BETINHA-REDAÇÃO-ROTEIRO DE TABALHO DE RECUPERAÇÃO

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1 BETINHA-REDAÇÃO-ROTEIRO DE TABALHO DE RECUPERAÇÃO Gêneros: Diário Pessoal; Poesia/ Notícia PROPOSTA 1. POESIA Texto I Amanhã ou Depois Nenhum de nós Deixamos pra depois uma conversa amiga que fosse para o bem que fosse uma saída Deixamos pra depois a troca de carinho Deixamos que a rotina fosse nosso caminho Deixamos pra depois a busca de abrigo Deixamos de nos ver fazendo algum sentido Amanhã ou depois, tanto faz se depois for nunca mais nunca mais Deixamos de sentir o que a gente sentia E que trazia cor ao nosso dia a dia Deixamos de dizer o que a gente dizia Deixamos de levar em conta a alegria Deixamos escapar por entre nossos dedos A chance de manter unidas as nossas vidas Amanhã ou depois, tanto faz se depois for nunca mais nunca mais

2 Texto II Amanhã Patativa do Assaré Amanhã, ilusão doce e fagueira, Linda rosa molhada pelo orvalho: Amanhã, findarei o meu trabalho, Amanhã, muito cedo, irei à feira. Desta forma, na vida passageira, Como aquele que vive do baralho, Um espera a melhora no agasalho E outro, a cura feliz de uma cegueira. Com o belo amanhã que ilude a gente, Cada qual anda alegre e sorridente, Como quem vai atrás de um talismã. Com o peito repleto de esperança, Porém, nunca nós temos a lembrança De que a morte também chega amanhã. PROPOSTA DE PRODUÇÃO Após análise dos textos acima produza um poema com o título Amanhã. Nele você deverá escrever como se amanhã fosse um dia muito especial ou seu último dia. Como seria esse dia? Relate-o. Seu poema poderá ter rimas ou versos brancos. Faça um soneto (14 versos distribuídos em 2 tercetos e dois quartetos). PROPOSTA 2. Diário pessoal Imagine que você é um dos turistas brasileiros retidos pelas chuvas no Peru e escreva uma página de um diário pessoal, relatando as experiências que viveu durante três dias. (O diário deverá ser escrito após a chegada em casa) Instruções complementares: Os textos, a seguir, devem ser o ponto de partida para a produção do diário. Mas você pode inventar novos fatos que comprovem ou desmintam as notícias do dia. Não se limite a relatar os fatos. O (A) autor (a) do diário deve revelar também o que fazia, pensava e sentia. Ao terminar a primeira versão, faça uma cuidadosa revisão do texto e passe-o a limpo Texto 1 25/01/ h02 Chuva deixa turistas presos perto de Machu Picchu As fortes chuvas que atingem a região de Cuzco, no Peru, bloquearam a ferrovia que dá acesso ao sítio arqueológico de Machu Picchu, deixando turistas presos (...) Vocabulário: Machu Pichu - cidade pré-colombiana bem conservada, localizada a metros de altitude, no Peru. Construída no séc. XV, é provavelmente o maior símbolo do Império Inca.

3 Texto 2 26/01/ h29 Cerca de 100 brasileiros estão entre os turistas ilhados no Peru Cerca de 100 brasileiros estão entre os turistas ilhados desde domingo em Aguas Calientes, vizinha a Machu Picchu, no Peru (...) As chuvas que caem na região são as mais intensas dos últimos 15 anos (...) Texto 3 26/01/ h20 (Adaptado de: < em: 1º fev ) Peru declara estado de emergência em Machu Picchu por chuvas que ilharam turistas Uma turista em Cuzco falou a uma rádio de Lima que mais de duas mil pessoas estavam no estádio de Aguas Calientes, perto de Machu Picchu, à espera de ajuda. (...) Segundo o ministro de Defesa peruano, cinco helicópteros foram enviados para realizar a retirada dos turistas e moradores. (...) "[Os turistas] estão distribuídos em hotéis e albergues, e alguns na estação ferroviária. O abastecimento está garantido para três a quatro dias", afirmou o ministro (...) Vocabulário: (Adaptado de: < em: 1º fev ) Cuzco (ou Cusco) era o mais importante centro administrativo e cultural do Império Inca. Cuzco está situada no Vale Sagrado dos Incas, na região dos Andes, e sua população é de cerca de habitantes. Lima capital do Peru. Está a quilômetros de Machu Pichu. Aguas Calientes é uma pequena cidade, localizada em um vale 450 metros abaixo de Machu Pichu, onde ficam as pousadas, restaurantes e serviços utilizados pelos viajantes que vão visitar as ruínas incas. Texto 4 27/01/ h10 Itamaraty espera autorização do Peru para resgatar brasileiros O Ministério das Relações Exteriores do Peru ainda não autorizou a entrada de quatro helicópteros e um avião disponibilizados pelo governo brasileiro para socorrer os turistas que estão presos em Aguas Calientes, informou hoje o Itamaraty. Segundo a embaixada, as autoridades peruanas preferem utilizar os próprios helicópteros. (...) Durante a tarde de hoje, os helicópteros peruanos voltaram a fazer o transporte de parte dos turistas. Pela manhã, os voos permaneceram suspensos, por conta da chuva. (...) Texto 5 27/01/ h56 (Adaptado de: < Acesso em: 1º fev ) Peru quer tirar cerca de 800 turistas de Machu Picchu ainda hoje da France Presse, em Cuzco (...) "As persistentes chuvas que caem na região andina de Cuzco atrasam os trabalhos de resgate", admitiu o primeiro-ministro peruano. (...) As autoridades peruanas responderam nesta quarta-feira às acusações de vários turistas que afirmaram haver discriminação contra latino-americanos para dar preferência a europeus ou norte-americanos. Turistas chilenos ilhados contaram que algumas pessoas pagavam até US$ 500 para entrar nos helicópteros, e outros compravam atestados médicos falsos para conseguirem embarcar. Velásquez negou a acusação e afirmou que a prioridade de embarque foi dada aos maiores de 60 anos, crianças e pessoas doentes. (...) (Adaptado de: < Acesso em: 1º fev )

4 Texto 6. 01/02/ h43 62 brasileiros resgatados no Peru desembarcam no RJ Sessenta e dois brasileiros que ficaram isolados por uma semana na cidade de Aguas Calientes por causa das enchentes no Peru chegaram por volta das 4h30 na base aérea do Galeão, no Rio de Janeiro. Vieram num avião da FAB (Força Aérea Brasileira), que partiu no final da tarde de ontem de Cuzco. Segundo a advogada F. F., que está entre os brasileiros resgatados, a maior lição dessas férias foi a solidariedade entre as pessoas. "Até desconhecidos se acolhiam como uma família", disse. Para M. F., de Santa Catarina, entrar no avião da FAB foi um alívio. "Pra gente, [o avião da FAB] é um pedacinho do solo brasileiro", disse. (Adaptado de: < Acesso em: 1º fev ) PROPOSTA 3. Diário Pessoal ATIVIDADE No dia 05 de novembro de 2015, em Mariana (MG), uma barragem da mineradora Samarco se rompeu. Esse rompimento destruiu completamente um distrito do município, provocou diversas mortes e se revelou um desastre ambiental de proporções jamais vistas no Brasil. O texto abaixo, publicado dez dias depois do ocorrido, traz informações detalhadas sobre a consequência do desastre. Leia-o com atenção. Tragédia em Minas Gerais deve secar rios e criar 'deserto de lama' As toneladas de lama que vazaram no rompimento de duas barragens da empresa Samarco em Mariana (MG) são protagonistas do maior desastre ambiental provocado pela indústria da mineração brasileira a Samarco é empresa fruto da sociedade entre a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton Sessenta bilhões de litros de rejeitos de mineração de ferro o equivalente a 24 mil piscinas olímpicas foram despejados ao longo de mais de 500 km na bacia do rio Doce, a quinta maior do país. Segundo ecólogos, geofísicos e gestores ambientais, pode levar décadas, ou mesmo séculos, para que os prejuízos ambientais sejam revertidos. Destruídos pelo tsunami marrom, que deixou ao menos sete mortos e 15 desaparecidos, os distritos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo devem se transformar em desertos de lama. "Esse resíduo de mineração é infértil. Nada nasce ali. É como plantar na areia da praia de Copacabana", diz um professor de geotecnia. "Vai virar um deserto de lama, que demorará dezenas de anos para secar", diz. Segundo ele, a reconstituição do solo pode levar "até centenas de anos, que é a escala geológica para a formação de um novo solo". RIO DOCE Transformado em uma correnteza espessa de terra e areia, o rio Doce não pode ter sua água captada. O abastecimento foi suspenso, e cerca de 500 mil pessoas estão com as torneiras secas. Especialistas que conhecem a região descrevem o cenário como "assustador". Para Marcus Vinicius Polignano, professor da UFMG (Federal de Minas Gerais), um dos mais graves efeitos do despejo do rejeito nas águas é o assoreamento de rios e riachos, que ficam mais rasos e têm seus cursos alterados pelo aumento do volume de sedimentos, no caso, de lama. "É algo irreversível. Fala-se em remediação, mas, no caso da lama nos rios, não existe isso. Não tem como retirá-la de lá." Enquanto está em suspensão no rio, a lama impede a entrada de luz solar e a oxigenação da água, o que sufoca peixes e outros animais aquáticos. A força da lama ainda arrastou a mata ciliar, que tem função ecológica de dar proteção ao rio. "A perda da biodiversidade pode demorar décadas para ser reestabelecida.", diz Ricardo Coelho, ecólogo da UFMG. "Existe ainda a possibilidade de espécies endêmicas [que existem só naquela região] serem extintas." "Há

5 espécies animais e vegetais ali que podemos considerar extintas a partir de hoje", diz o biólogo e pesquisador André Ruschi, diretor de uma das mais antigas instituições de pesquisa ambiental no país, a Estação de Biologia Marinha Augusto Ruschi. Ele chama a atenção para o fato de que o rompimento das barragens coincidiu com o período de reprodução de várias espécies de peixes. "É o maior desastre ambiental da história do país", avalia. DESOVA DE TARTARUGAS Desde o dia 5, quando as barragens romperam, toneladas de lama tomaram o rio Doce em direção a sua foz, no litoral do Espírito Santo. Essa zona costeira é área de desova da tartaruga-de-couro, espécie que mede até 170 centímetros de comprimento e que está ameaçada de extinção. O mês de novembro corresponde justamente ao pico da desova da espécie. Biólogos do Projeto Tamar efetuaram a retirada de alguns ninhos do local. Técnicos do Ibama também desenvolvem ações nos trechos do rio ainda não atingidos pelo rejeito. Segundo o órgão, o resgate de peixes vivos e sadios e sua preservação em tanques é ação fundamental. DANO BILIONÁRIO A Samarco, empresa responsável pela exploração de minério de ferro nas barragens de Fundão e Santarém, no município de Mariana (MG), já foi multada pelo Ibama em R$ 250 milhões pelos danos ambientais causados pelo desastre. Ainda assim, segundo estimativa de Alessandra Magrini, professora de planejamento energético e ambiental da Coppe-UFRJ e especialista no cálculo de prejuízos em desastres ambientais, os danos causados pelo desastre de Mariana "serão da ordem de bilhões". "É preciso contabilizar a produção sacrificada, ou seja, pesca, criações, plantações e outras atividades econômicas perdidas, mas também os danos aos recursos naturais, à fauna e à flora e às funções ambientais que eles exercem", declara. "Quanto custa a perda de uma espécie, de um rio ou de um manguezal?" Ela destaca o acordo feito há menos de dez dias entre EUA e a petroleira BP, responsável pelo vazamento de óleo no Golfo do México: US$ 20 bilhões (R$ 76,7 bilhões). "Para se chegar a este valor, são necessários estudos do impacto do desastre que levem em conta não só a extensão do dano no espaço, mas também o prejuízo ao longo do tempo", diz. "Isso deveria ser feito no caso de Mariana", avalia. PROPOSTA Seu trabalho agora será escrever uma página de diário pessoal, comentando (elogiando ou criticando) os fatos que envolvem o rompimento da barragem em Mariana. Quais os sentimentos vividos por você nesse período. ATENÇÃO! 01 Pegar a folha padrão de Redação com o orientador educacional Geraldo. 02 Redação realizada em outra folha não será corrigida.