GEOGRAFIA. 1 A Terra 2 A tectônica de placas 3 Cartografia e poder 4 Cartografia e novas tecnologias. CAPÍTULOs. Terra Araujo Guimarães

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1 Terra Araujo Guimarães GEOGRAFIA Album/AKG/Latinstock Mosaico do mapa-múndi em homenagem ao navegador português Vasco da Gama, no Memorial Vasco da Gama, em Portugal (1999). CAPÍTULOs 1 A Terra 2 A tectônica de placas 3 Cartografia e poder 4 Cartografia e novas tecnologias

2 Tischenko Irina/Shutterstock Vista aérea de Veneza no século XVII, em óleo sobre tela de Joseph Heintz, 171 x 369 cm. Cartografia: a arte e a ciência de representar o espaço

3 Professor: Consulte o Plano de Aulas. As orientações pedagógicas e sugestões didáticas facilitarão seu trabalho com os alunos. bourbondog/shutterstock Naquele Império, a Arte da Cartografia alcançou tal Perfeição que o mapa de uma única Província ocupava toda uma Cidade, e o mapa do Império, toda uma Província. Com o tempo, esses Mapas Desmesurados não foram satisfatórios e os Colégios de Cartógrafos levantaram um Mapa do Império que tinha o tamanho do Império e coincidia pontualmente com ele. Menos Afeitas ao Estudo da Cartografia, as Gerações Seguintes entenderam que esse dilatado Mapa era Inútil e não sem Impiedade o entregaram às Inclemências do Sol e dos Invernos. Nos desertos do Oeste perduram despedaçadas Ruínas do Mapa, habitadas por Animais e por Mendigos; em todo o País não há outra relíquia das Disciplinas Geográficas. (Suárez Miranda: Viajes de varones prudentes, livro quarto, cap. XLV, Lérida, 1658.) BORGES, Jorge Luis. Do rigor na ciência. Em: O fazedor. São Paulo: Companhia das Letras, p Objetivos Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de: conhecer a origem e a evolução da Terra; compreender a dinâmica geológica da Terra; reconhecer os efeitos da tectônica de placas na Terra; descrever o ciclo das rochas; conhecer e analisar as diversas formas de representação do planeta Terra; conhecer as novas tecnologias de representação do planeta Terra.

4 CAPÍTULO 1 A Terra A geologia estuda a origem do planeta e de suas estruturas internas e externas. Ela analisa as marcas dos fenômenos e acontecimentos que ficaram gravados nas rochas e no relevo da crosta terrestre a camada mais superficial do planeta ao longo do tempo; marcas essas que constituem o registro da história geológica da Terra, do seu processo de formação. Neste capítulo, vamos estudar as linhas gerais traçadas pela geologia para explicar a origem e a evolução do planeta, uma história que não costuma ser contada em séculos, mas em milhões e até mesmo bilhões de anos. 1 A Terra: idade e evolução Até o início do século XVIII, as ideias religiosas eram a única fonte de explicação para a origem do nosso planeta. No Ocidente, poucos cogitaram a hipótese de que a idade da Terra fosse superior a 6 mil anos, data definida com base em interpretações de textos sagrados do judaísmo e do cristianismo. Pouco a pouco tais ideias passaram a ser criticadas, mas somente no final do século XIX, com o aprofundamento das descobertas no campo da radioatividade, foi possível datar as rochas e, a partir daí, estimar a idade da Terra. Também surgiram pistas provenientes do estudo de pedaços de meteoritos encontrados no planeta. Alguns desses meteoritos foram datados em aproximadamente 4,6 bilhões de anos. Como se supõe que a maioria dos corpos do Sistema Solar se formou ao mesmo tempo, a conclusão é de que a Terra tenha entre 4,6 e 5 bilhões de anos. 4 Glossário Radioatividade. Fenômeno natural característico de certos elementos químicos cujos átomos espontaneamente emitem partículas do núcleo, transformando-se assim em átomos de outros elementos químicos. Meteoritos. Fragmentos de corpos celestes que entram em contato com a atmosfera terrestre, às vezes desintegrando-se e, mais raramente, atingindo o solo. Âmbar. Resina fóssil de cor geralmente amarelada, semitransparente, cuja origem é atribuída a uma espécie de pinheiro do período terciário. Isto é essencial! A Terra se formou há cerca de 4,6 bilhões de anos, por aglomeração de matéria submetida à atração gravitacional, que é a força com que um astro atrai os corpos em direção ao seu centro. Essa força influencia o arranjo dos materiais, organizando as substâncias pela densidade: as menos densas, próximas à superfície; as mais densas, próximas ao centro do planeta. O processo que deu origem à formação da Terra é semelhante ao que ocorreu com os outros astros do Sistema Solar. 1.1 Métodos de datação A crosta terrestre guarda informações sobre a evolução do tempo na Terra e sobre as formas de vida que nela habitaram. Marcas ou vestígios de animais que viveram há milhões de anos foram preservados em rochas, gelo ou âmbar. São os chamados fósseis, que fornecem muitas evidências do que ocorreu no passado (figura 1).

5 1 2 MICHAEL FREEMAN/CORBIS/LATINSTOCK As diferentes formas de investigar e de estabelecer a escala de tempo das rochas, da evolução da vida e da Terra compõem a geocronologia. O método de datação mais utilizado envolve a análise da presença de elementos radioativos nas rochas e minerais. Essa técnica permite que se faça a chamada datação radiométrica, ou seja, a avaliação da idade dos minerais por meio da medição da quantidade de energia emitida pelos elementos radioativos. Todo elemento radioativo sofre um processo de desintegração natural chamado transmutação, pelo qual seus átomos se transformam em átomos de outro elemento químico num certo período de tempo. O período em que metade dos átomos de uma amostra sofre transmutação é chamado de meia-vida. O urânio-238, por exemplo, depois de um longo processo de transmutações, transforma-se em chumbo-206. Ele constitui um excelente datador de rochas, pois se apresenta de forma abundante na natureza e tem meia-vida longa (cerca de 4,5 bilhões de anos). Já o carbono radioativo (C-14) normalmente absorvido pelos seres vivos, desintegra-se quando estes morrem, formando o nitrogênio. Com meia-vida de cerca de anos, o C-14 mostra-se adequado à datação de achados arqueológicos mais recentes, de origem orgânica. No processo de datação de um objeto, como uma rocha ou um fóssil, calcula- -se a proporção entre o número de átomos radioativos e o de átomos resultantes da transmutação. Depois, o resultado obtido é comparado à meia-vida do elemento analisado, possibilitando assim o estabelecimento de uma data para a origem daquele objeto. Outro método de datação analisa a quantidade de traços latentes, marcas produzidas ao longo do tempo nos minerais por desarranjos na sua estrutura. Essas faixas de instabilidade são provocadas, em geral, pela presença de elementos como o urânio. Figuras 1 e 2 À esquerda, fósseis de peixes que viveram há cerca de 400 milhões de anos (era paleozoica). À direita, pegada de dinossauro no município de Sousa (PB, 2005); os dinossauros habitaram essa região entre 250 e 65 milhões de anos atrás (era mesozoica). JOÃO PRUDENTE/PULSAR 1.2 Pedras que contam a história da Terra Com base na geocronologia foi possível estabelecer uma sucessão de eventos desde o presente até a formação da Terra, chamada escala de tempo geológico. Essa linha do tempo é dividida em éons, eras, períodos, épocas e idades. Um éon é um intervalo de tempo que abrange duas ou mais eras. Estas, por sua vez, se dividem em períodos, e estes se dividem em épocas, como se pode observar na tabela a seguir e na figura 3. 5

6 ESCALA DE TEMPO GEOLÓGICO Éon Era Período Ma* Época Evolução física da Terra Desenvolvimento de plantas e animais Quaternário 2,6 Holoceno Pleistoceno Glaciações Desenvolvimento da espécie humana Fanerozoico Cenozoica (vida atual) Mesozoica (vida intermediária) Neógeno 23,0 Paleógeno 65,5 Cretáceo Jurássico Triássico Plioceno Mioceno Oligoceno Eoceno Paleoceno Idade dos Répteis Dobramentos modernos (Alpes, Andes, Himalaia) Separação dos continentes, formação de bacias sedimentares com jazidas de petróleo Idade dos mamíferos, extinção dos dinossauros e de muitas outras espécies Desenvolvimento de plantas com flores, pássaros, dinossauros dominantes Proterozoico Arqueano Paleozoica (vida antiga) Neoproterozoica Mesoproterozoica Paleoproterozoica Permiano Carbonífero Devoniano Siluriano Ordoviciano Cambriano Idade dos Anfíbios Idade dos Invertebrados Intenso processo de sedimentação, jazidas carboníferas Formação de escudos cristalinos (rochas magmáticas e metamórficas) e minerais metálicos Formação das rochas mais antigas (magmáticas) e dos dois primeiros continentes Desenvolvimento de répteis, pântanos de carvão, anfíbios, insetos, plantas terrestres, peixes. Extinção dos trilobitas e de animais marinhos Fauna de metazoários grandes, organismos multicelulares Organismos unicelulares Hadeano Início da Terra Nenhum sinal de vida * Milhões de anos atrás. Tabela 1. Fontes: CARNEIRO, Celso Dal Ré; MIZUSAKI, Ana Maria P.; ALMEIDA, Fernando F. Marques de. A determinação da idade das rochas. Campinas (SP): Terrae Didatica, v. 1, n. 1, 2005, p. 16. Disponível em: < Acesso em: out. 2012; International Dommission on Stratigraphy. Disponível em: < Acesso em: out (Adaptado.) Na época da formação da Terra, os elementos que viriam a constituir o planeta encontravam-se sob temperaturas muito elevadas. Esse tempo é considerado o éon mais antigo, chamado hadeano (referência a Hades, palavra que, na mitologia grega, designa o mundo dos mortos, interpretado pelos cristãos como o inferno). Nesse período, minerais densos como o ferro afundaram, formando o núcleo do 6

7 planeta. Na superfície, um oceano de magma (material pastoso em alta temperatura), menos denso, se resfriava lentamente, formando uma crosta fina que daria origem às primeiras rochas, enquanto meteoros e cometas bombardeavam o planeta, constituindo um quadro que justifica a escolha do nome desse éon. Os éons hadeano, arqueano e proterozoico tiveram duração aproximada de 4 bilhões de anos, ou seja, quase 90% da história da Terra até os dias atuais. Os acontecimentos que resultaram na atual conformação dos continentes e ocea nos e nas formas de re levo não ocorrem no mesmo ritmo que os acontecimentos da vida de uma pessoa, por exemplo. Os processos geológicos ocorrem ao longo de milhões ou mesmo bilhões de anos. Por isso, a duração desses processos é conhecida como tempo profundo. Nessa escala de tempo, os anos, as décadas e até mesmo os séculos representam apenas alguns breves instantes. No éon arqueano (ou arqueozoico) consolidou-se a crosta terrestre. O planeta cedeu calor, e o vapor de água contido na atmosfera primitiva se precipitou, ocorrendo assim as primeiras chuvas. Com isso, formou-se um oceano muito quente, onde surgiram as primeiras formas de vida: os organismos unicelulares. 3 A EVOLUÇÃO DA TERRA Se comparássemos os acontecimentos da escala do tempo profundo com o decorrer de um dia, considerando o período desde a formação da Terra até os dias atuais, os primeiros éons se prolongariam até as 21 horas. Somente a partir daí teria início a era paleozoica, que duraria até as 22h28. A era mesozoica só duraria até às 23h13, e a cenozoica começaria apenas às 23h39. Aparecem os pequenos mamíferos. Crise orogênica global 1 PRÉ-CAMBRIANO Formam-se depósitos de petróleo e gás. 10 CRETÁCEO 9 JURÁSSICO Os dinossauros desaparecem. 8 TRIÁSSICO Aparecem os grandes mamíferos. 2 CAMBRIANO Aparecem as plantas terrestres. 3 ORDOVICIANO Desertificação primitiva 7 PERMIANO Aparecem os recifes de coral. 6 CARBONÍFERO 11 TERCIÁRIO 5 DEVONIANO 12 QUATERNÁRIO Ocorre o último período glacial. 4 SILURIANO Aparecimento dos vertebrados Fonte: A Terra. São Paulo: Ática, p (Série Atlas Visuais.) (Adaptado.) Aparecem os seres humanos modernos (Homo sapiens). 7

8 O éon proterozoico foi o mais longo de todos (2 bilhões de anos). Com o resfriamento do magma, consolidaram-se rochas e blocos continentais. No final desse éon surgiram os organismos multicelulares, ainda nos oceanos. Algas e bactérias, ao liberarem oxigênio, mudaram a composição da atmosfera. No início do éon fanerozoico a vida começou a se diversificar. Desenvolveram- -se peixes, corais, moluscos, plantas terrestres, insetos, anfíbios e répteis. As frequentes mudanças climáticas provocaram extinções em massa de muitas espécies. No período carbonífero os continentes formavam uma única e gigantesca massa continental, conhecida como Pangeia. Pântanos e florestas de samambaias e coníferas se formaram e foram destruídos, constituindo os grandes depósitos de carvão que exploramos atualmente. No período mesozoico se desenvolveram os grandes répteis, as aves e as primeiras plantas com flores. Na era cenozoica, os grandes continentes se fragmentaram. Imensas cadeias de montanhas surgiram em decorrência de movimentos sísmicos (dobramentos em áreas de colisão de placas). As espécies, agora isoladas das demais, diversificaram-se, ocorrendo o desenvolvimento dos mamíferos e, finalmente, dos seres humanos. 4 A EVOLUÇÃO DOS CONTINENTES 2 Teoria da deriva continental A observação dos primeiros planisférios, no século XVI, levou o cartógrafo Ortelius a pensar que os continentes estiveram unidos em algum tempo no passado. A única evidência de que ele dispunha era a similaridade de formas das costas atlânticas da América do Sul e da África, que pareciam se encaixar. Essa ideia foi retomada por Alfred Wegener, que em 1912 formulou a teoria da deriva continental. Segundo Wegener, teria existido uma única massa continental, a Pangeia, que se dividiu e se separou. Evidências apresentadas por esse estudioso incluíam a presença de estruturas geológicas de clima frio em lugares onde atualmente predominam climas quentes, a coincidência dos tipos de rochas presentes na costa sul-americana e na africana (nos locais de possível encaixe) e as semelhanças entre os fósseis desses lugares. Angara 1 HÁ 500 MILHÕES DE ANOS 2 HÁ 325 MILHÕES DE ANOS Angara Euramérica Gonduana Gonduana 3 HÁ 240 MILHÕES DE ANOS 4 HÁ 50 MILHÕES DE ANOS Continentes formados pela ruptura da Pangeia Pangeia, formada pela união de Angara, Euramérica e Gonduana Fonte: A Terra. São Paulo: Ática, p. 13. (Série Atlas Visuais.) 8

9 Outros geólogos completaram a teoria da deriva continental, propondo que a Pangeia teria se separado em unidades menores. Observe a figura 4, que mostra uma das possíveis concepções sobre a evolução dos continentes. Supõe-se que cerca de 65 milhões de anos atrás (início do período terciário) a América do Sul se separou da África, surgindo o oceano Atlântico; a Índia se deslocou em direção à Ásia; a América do Norte se separou da Europa; e a Austrália e a Antártida separaram-se há cerca de 40 milhões de anos. Nesse lento processo, alguns continentes se chocaram e suas bordas foram comprimidas, formando grandes cadeias de montanhas. Isto é essencial! São evidências da deriva dos continentes: O contorno do litoral atlântico do Brasil é complementar ao do litoral da África ocidental atlântica. Há sinais de uma gigantesca glaciação ocorrida há cerca de 250 milhões de anos, sinais esses encontrados em áreas terrestres de latitudes diferentes, como no Brasil, na África e na Índia. Isso indica que os atuais continentes eram unidos no passado, pois estavam sujeitos às mesmas condições climáticas. O fóssil do pequeno réptil mesossauro, encontrado no Brasil e na África, também é um indício de que os continentes estiveram juntos. Brasil e África têm ainda rochas sedimentares semelhantes, isto é, rochas que foram depositadas entre 350 milhões e 150 milhões de anos atrás. Há cerca de 300 milhões de anos, florestas substituíram o gelo e originaram depósitos de carvão. No sul do Brasil e da África, na Austrália e na Índia há depósitos de carvão com a mesma idade. Quando Wegener formulou sua teoria, imaginou que as massas continentais tivessem se arrastado sobre o assoalho oceânico. Não conseguiu explicar o mecanismo responsável pela separação dos continentes. Foi somente a partir da segunda década do século XX que os avanços tecnológicos permitiram o conhecimento do assoalho submarino. As evidências obtidas tornaram possível explicar então a deriva continental, ideia que, assim retomada, passou a fazer parte de novas teorias. Exercícios dos conceitos 1 Releia o item Pedras que contam a história da Terra, observe a tabela da pági na 6 e responda. a) Em que éon se formou o núcleo da Terra? O núcleo da Terra se formou milhões de anos atrás, no éon hadeano. b) O éon mais antigo, o hadeano, significa inferno. Explique por quê. Hades era o nome grego para o mundo dos mortos, e foi interpretado pelos cristãos como inferno. O material (hoje sólido) em ebulição, a atmosfera densa, o bombardeio de meteoritos e a ausência de vida justificam o nome escolhido. 9

10 2 Que evidências podemos observar sobre a vida dos animais das figuras que aparecem na página 5? Os fósseis representados nas figuras nos dão pistas, por exemplo, do tipo de animais, do seu tamanho e forma, da época em que viveram etc. 3 Uma das afirmações abaixo está errada. Explique por quê. I. Os grandes dinossauros viveram em uma época em que as condições ambientais propícias originaram o petróleo. II. As rochas sedimentares se originaram, na era paleozoica, do depósito de sedimentos em grandes depressões. III. O pré-cambriano representa quase 90% da história da Terra. IV. O desenvolvimento da espécie humana se deu na era em que ocorreu a separação dos continentes. A afirmativa IV está errada. O desenvolvimento da espécie humana ocorreu no período quaternário da era cenozoica, após a separação dos continentes, que aconteceu na era mesozoica. 4 Identifique a era geológica em que ocorreu a deriva dos continentes e aponte uma evidência desse fato. A separação dos continentes aconteceu na era mesozoica. A evidência mais clara é a semelhança entre o contorno oriental do continente africano e o contorno ocidental do continente sul-americano. Há também indícios fósseis e geológicos de que esses continentes estiveram unidos na Pangeia, que seria o grande continente único primordial. 5 A formação do carvão e do petróleo ocorreu em eras geológicas distintas. Identifique-as. As jazidas carboníferas surgiram na era paleozoica; na mesozoica surgiram os depósitos de petróleo e gás. 6 Quais são os principais acontecimentos que marcam a era cenozoica? A fragmentação dos continentes, a extinção dos dinossauros, as glaciações e o desenvolvimento da espécie humana. 10

11 Professor: Na Plataforma UNO, consulte o Banco de Questões e incentive os alunos a usar o Simulador de Testes. Retomada dos conceitos 1 (UEL-PR) Observe o quadro a seguir. GEOLOGIA Classificação estratigráfica Tempo geológico ( anos) Éon Era Período Época ,01 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1, , FANEROZOICO CENOZOICO MESOZOICO Terciário Quaternário Neogeno Paleogeno Cretáceo Jurássico Triássico Hologeno Pleistogeno Plioceno Mioceno Oligoceno Eoceno Paleoceno O planeta Terra tem aproximadamente 4,6 bilhões de anos. Para efeito de estudos, os geólogos dividiram esse tempo em éons, eras, períodos e épocas. Com base na ilustração e nos conhecimentos sobre o tema, analise as afirmativas a seguir: I. A era mesozoica durou, aproximadamente, 165 milhões de anos. II. A duração da era cenozoica foi maior que a duração da era mesozoica. III. As durações dos períodos triássico, jurássico e cretáceo são proporcionais a 8, 10 e 15, respectivamente. IV. O período terciário da era cenozoica durou aproximadamente anos. Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas corretas. a) I e II. d) I, II e IV. b) I e III. e) II, III e IV. c) III e IV. 11

12 2 (UFPel-RS) O cientista Alfred Wegener elaborou, em 1912, a Teoria das Derivas Continentais, observando que as formas dos continentes de cada lado do oceano Atlântico pareciam se encaixar perfeitamente. Ele sugeriu que os continentes estiveram unidos no passado. Com relação às derivas continentais, é INCORRETO afirmar que a) os sismos não devem ser relacionados aos movimentos tectônicos da Terra, por se tratarem de um fenômeno de vibração brusca e passageira da superfície terrestre. Além disso, não devem ter sua origem associada a processos vulcânicos ou ao deslocamento de gases no interior da Terra. b) existe uma semelhança entre as rochas localizadas nos litorais da América, Europa e África. Esse fato ajuda a comprovar que, num passado muito distante, os continentes estiveram unidos em um único bloco. c) a crosta terrestre é descontínua e fragmentada em vários blocos, os quais são formados por partes continentais e oceânicas que se deslocam pelos movimentos de convecção do magma. d) o contato entre as placas pode se dar por subducção nas zonas de convergência, quando elas se movem uma em direção à outra, e a placa oceânica, mais densa, submerge sob a continental, menos densa. e) o contato entre as placas pode se dar por obducção nas zonas de convergência, quando ocorre o choque na porção continental em virtude da grande espessura das porções que colidem. 3 (UFRGS-RS) Com base nos estudos dos fósseis e da dinâmica terrestre, os geocientistas procuram compreender as transformações do ambiente, organizadas em uma ordem cronológica expressa na escala de tempo geológico. Associe adequadamente as características apresentadas no bloco inferior com os intervalos de tempo geológico do bloco superior. 1. Mesozoico 3. Cenozoico 2. Paleozoico 4. Pré-Cambriano ( ) Surgimento das primeiras formas de vida. ( ) Formação das cadeias de montanhas atuais, como os Alpes, o Himalaia e os Andes. ( ) Início da fragmentação do continente primitivo (Pangeia), dando origem a duas massas continentais: Gondwana e Laurásia. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a) c) e) b) d) (PUC-PR) De acordo com a quase centenária Teoria da Deriva Continental, proposta por Alfred Wegener, havia uma única grande massa continental, a qual foi denominada Pangeia, cujas terras eram cercadas pelo único e vasto oceano, o Pantalassa. Foi por volta dessa época, há cerca de 250 milhões de anos, durante a era mesozoica, que houve a fragmentação de Pangeia, dando origem a dois novos continentes: Laurásia ao norte, e, o que nos interessa mais diretamente, Gondwana, ao sul; cerca de 120 milhões de anos depois foi a vez de esses continentes começarem a se dividir. Da divisão do continente de Gondwana, derivam: I. a separação da América do Sul em relação à África. II. a formação dos arquipélagos vulcânicos do Japão e do Havaí.

13 III. o término da última era glacial, no quaternário. IV. o surgimento da Austrália e da Antártida, entre outras áreas continentais. V. o nascimento do oceano Atlântico. As afirmações corretas são: a) I, II e IV, apenas. c) II, III e V, apenas. e) I, II, III e V. b) I, IV e V, apenas. d) III e IV, apenas. 5 (Enem-MEC) ERA PERÍODO MILHÕES DE ANOS EVOLUÇÃO BIOLÓGICA PALEOGEOGRAFIA PALEOZOICA MESOZOICA CENOZOICA QUATERNÁRIO NEOGÊNICO PALEOGÊNICO CRETÁCEO JURÁSSICO TRIÁSSICO PERMIANO CARBONÍFERO DEVONIANO SILURIANO ORDOVICIANO CAMBRIANO PRÉ-CAMBRIANO 0,01 1,8 5,3 23,8 34, Fauna e flora atuais Primeiras manifestações de arte Sepulturas mais antigas Extinção dos mastodontes e dinotérios Aparecimento dos bois, cavalos e veados Primeiros utensílios de pedra Aparecimento dos hominídeos Primeiros roedores Primeiros primatas Últimos dinossauros Primeiras angiospermas Primeiras aves Primeiros dinossauros Aparecimento dos répteis Aparecimento dos anfíbios Primeiras gimnospermas Primeiras plantas e primeiros animais terrestres Primeiros peixes Reprodução sexuada Primeiros depósitos de carvão (algas) Oxigênio livre na atmosfera Aparecimento de organismos eucariontes Primeiros micro-organismos procariontes Primeiros vestígios de vida Formação da Terra Elevação dos Himalaias Ligação das duas Américas Fecho e dessecação do Mediterrâneo Elevação dos Pireneus Conclusão da abertura do Atlântico Norte Constituição do continente Norte- -Atlântico Abertura do Atlântico Sul Início da fragmentação da Pangeia Constituição da Pangeia Fecho do oceano Lapetus Abertura dos oceanos Lapetus e Rheio Constituição da Avelônia Constituição do continente Rodinia Considerando o esquema anterior, assinale a opção correta. a) Quando os primeiros hominídeos apareceram na Terra, os répteis já existiam há mais de 500 milhões de anos. b) Quando a espécie Homo sapiens surgiu no planeta, América do Sul e África estavam fisicamente unidas. 13

14 c) No Pré-Cambriano, surgiram, em meio líquido, os primeiros vestígios de vida no planeta. d) A fragmentação da Pangeia ocasionou o desaparecimento dos dinossauros. e) A era mesozoica durou menos que a cenozoica. 6 (UFMS) A crosta terrestre está em constante movimento. Isso ocorre porque as placas tectônicas que constituem a crosta continuam se deslocando. Assinale a alternativa que indica o nome dado a esse fenômeno. a) Movimento de deriva continental. b) Movimento de coriolis. c) Movimento cratônico. d) Movimento hiperogenético. e) Movimento morfogenético. 7 (UFC-CE) Alguns processos naturais ocorrem durante longos períodos no tempo geológico, ou seja, são processos dinâmicos contínuos. Outros ocorrem de modo brusco e descontínuo e podem tornar-se eventos catastróficos. Indique a alternativa verdadeira que destaca dois processos dinâmicos descontínuos e que podem ocasionar catástrofes. a) Terremotos e impactos de meteoritos. b) Erosão de um rio meândrico e falhamentos. c) Epirogênese e compactação de sedimentos. d) Fluxo térmico do interior da Terra e vulcanismo. e) Crescimento de recifes e inundações torrenciais. 8 (UCS-RS) TEMPO GEOLÓGICO A Terra é um planeta muito antigo que já passou por diversas transformações. Animais e vegetais que habitavam este planeta desapareceram para dar lugar a outros. As transformações da Terra estão retratadas na tabela geológica, dividida em períodos e eras. A era é dividida em Triássico, Jurássico e Cretáceo. Nela surgiram os primeiros dinossauros e mamíferos. Foi uma época de grande atividade vulcânica. Os Andes iniciaram sua formação nesse momento e continuaram na era posterior. O homem só foi aparecer na era seguinte. Tornam-se, portanto, anacrônicos os filmes em que aparecem homens e dinossauros simultaneamente. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna acima. a) Arquezoica. c) Paleozoica. e) Mesozoica. b) Cenozoica. d) Proterozoica. 14

15 CAPÍTULO 2 A tectônica de placas Atualmente, a superfície da Terra é objeto de 1 observações científicas proporcionadas tanto por escavações diretas quanto pelas informações geradas por sondas espaciais lançadas ao espaço, dotadas de telescópios, radiotelescópios e outros equipamentos. Já o espaço interior, incomparavelmente maior em volume, foi muito menos devassado pelo ser humano. As perfurações de poços de petróleo não ultrapassam os 7 km de profundidade, ou seja, aproximadamente um milésimo dos km que separam a superfície do centro do núcleo terrestre. Em programas de exploração da crosta, como o realizado na península de Kola, no norte da Rússia, são feitas perfurações que atingem no máximo 15 km de profundidade. O conhecimento do espaço interno do planeta baseia-se principalmente na sismologia, ciência que estuda os abalos e movimentos da crosta terrestre. Por meio de sismógrafos aparelhos que medem a propagação das ondas sísmicas (do grego seismos, que significa abalo) foi possível verificar hipóteses sobre a natureza fluida das camadas internas do planeta, deduzindo-se que a composição interna da Terra não é homogênea. Os sismógrafos são alimentados por sensores, em geral instalados em locais tranquilos e pouco povoados. Cada sensor consiste, basicamente, numa bobina que envolve um ímã pendurado numa mola. Sempre que a terra treme, o ímã balança e produz na bobina uma corrente elétrica, que é transmitida por meio de cabos ao sismógrafo. Porém, existem outros tipos de aparelho que podem detectar terremotos (figura 1). Alguns animais, como as cobras, mudam de comportamento nos dias Reflita que antecedem os terremotos. Não se sabe exatamente como eles processam as informações a respeito do que se passa na crosta terrestre. Porém, em algumas localidades sujeitas a terremotos, as autoridades passaram a observar não apenas os sismógrafos, mas também o comportamento desses animais. Isso faz pensar que nem todo o conhecimento sobre a Terra depende da tecnologia. Que habilidades devemos exercitar para conhecer melhor o planeta? Figura 1 O primeiro sismógrafo conhecido foi inventado por Chang Heng, no ano 132. Era composto de um jarro de bronze com oito cabeças de dragão, cada uma com uma bolinha, também de bronze, em sua boca. Sempre que ocorria um tremor de terra, mesmo que mínimo, a boca de um dos dragões permitia que a bola caisse na boca aberta de um dos oito sapos de metal que se encontravam embaixo da estrutura. Com isso, era possível detectar até mesmo a direção do tremor AAAC/TOPFOTO.CO.UK/KEYSTONE Professor: A atividade científica se apoia em conhecimentos técnicos inteligíveis e também na observação direta e na percepção sensível. Mostre aos alunos que há espaço para diversas abordagens no estudo dos fenômenos terrestres. 15

16 1 No interior da Terra 2 NAS PROFUNDEZAS DA TERRA Crosta Camada superficial (0,2% da massa da Terra). A crosta continental (espessura de 20 a 90 km) e a crosta oceânica (7 km) são separadas pela descontinuidade de Conrad. (km) Estrutura externa da Terra Manto Constituído de minerais silicáticos ricos em ferro e magnésio. Divide-se em manto superior e manto inferior. Manto superior Pode atingir profundidades de até 350 km. Núcleo externo Líquido, constituído de material bastante denso, composto essencialmente de uma liga de ferro e provavelmente silício e enxofre Zona de transição 16 Zona de transição Núcleo interno Sólido, possui apenas 1,7% da massa da Terra e é provavelmente composto de níquel e ferro Manto inferior Sua densidade aumenta levemente com profundidade. Fonte: Atlas geográfico mundial. São Paulo: Folha de S. Paulo, p. 23. Nas camadas superficiais da Terra, a temperatura aumenta em 1 C a cada 33 metros de profundidade. Esse é o chamado grau geotérmico. No entanto, nas camadas mais profundas, ela não continua a aumentar nessa proporção. Por não ser possível observar as camadas internas da Terra, as hipóteses sobre sua composição são elaboradas com base em métodos indiretos de investigação. Por exemplo, utilizam-se comparações com a composição dos meteoritos, pois pressupõe-se que estes, tal como a Terra, tiveram origem em matéria em ebulição, além de terem tido uma evolução semelhante à do nosso planeta. Outro método utilizado é o estudo do comportamento das ondas sísmicas (vibração, velocidade e trajetória), que possibilita determinar como seria o interior do planeta. Foram reconhecidas três camadas principais, com densidade, estado físico, temperatura, pressão e espessura diferentes: a crosta, o manto e o núcleo (figura 2 e tabela 1). As camadas que compõem a crosta ficam entre 30 e 70 km de profundidade e suas temperaturas oscilam entre 800 e o C. As do manto, situadas a km de profundidade, têm temperaturas em torno de o C. Finalmente, o núcleo, localizado a km de profundidade, apresenta temperaturas que variam de a o C. Os dados fornecidos pela sismologia indicam principalmente as descontinuidades entre unidades com diferentes propriedades. Por exemplo, a variação da velocidade de propagação das ondas sísmicas do tipo P (longitudinais) indica uma descontinuidade abrupta e bem-definida entre a crosta e o manto (a velocidade aumenta bruscamente). Ela é conhecida como descontinuidade de Mohorovicic.

17 Profundidade (quilômetros) Tabela ESTRUTURA E CONSTITUIÇÃO DA TERRA Camadas Constituição Densidade Crosta superior Crosta inferior Sial (rochas ricas em silício e alumínio) Sima (silicatos, principalmente de ferro e magnésio) Descontinuidade de Mohorovicic Manto externo Silicatos de ferro e 3,3 Manto interno de magnésio 5,5 Descontinuidade de Wiechert-Gutenberg Temperatura (graus Celsius) 2, Núcleo externo 9,0 a 11, Nife (níquel e ferro) Núcleo interno 12,0 a 14,0 Cerca de Fonte: POPP, José Henrique. Geologia geral. Rio de Janeiro: LTC, p. 12. (Adaptado.) 2 Teoria da tectônica de placas O fundo dos oceanos que cobrem 75% da crosta terrestre apresenta planícies, profundas fossas e cordilheiras submersas conhecidas como dorsais submarinas (cujos picos mais altos formam ilhas). O conhecimento do assoalho marinho só se tornou possível pela utilização do som para detectar essas formas de relevo. Foi principalmente durante as duas guerras mundiais do século XX que a sondagem acústica se aperfeiçoou, com a finalidade de detectar submarinos inimigos. Com a utilização de um aparelho conhecido como sonar, essa técnica possibilita determinar a profundidade marinha medindo-se o tempo decorrido entre a emissão de um pulso sonoro e a recepção do eco som refletido pelo fundo submerso. O sonar multifeixe, mais aperfeiçoado, torna possível reconhecer a topografia da zona sondada e obter informações sobre a dureza dos materiais e sua extensão. Com dados mais precisos sobre o fundo dos oceanos, foi elaborada a teoria da tectônica de placas. De acordo com essa teoria, considera-se que a litosfera (formada pela crosta e pela parte superior do manto) é constituída de uma série de placas que se movem sobre a astenosfera, zona menos rígida do manto externo. Essas placas podem se separar, se chocar ou deslizar umas sobre as outras. 3 corbis/latinstock Figura 3 O recorde de profundidade das fossas pertence à fossa das Marianas, com metros registrados, que foi visitada pelos exploradores Jacques Piccard e Don Walsh em 1960, a bordo do batiscafo Trieste. A fossa das Marianas, ponto mais profundo dos oceanos, encontra-se perto de Guam, uma das ilhas Marianas, no Pacífico Oeste. 17

18 A separação das placas provoca fendas na crosta oceânica (chamadas rifts) e a formação de cadeias montanhosas submersas (denominadas dorsais). Rochas derretidas são empurradas para a superfície e se solidificam, podendo provocar a expansão do assoalho marinho (formação de um novo piso) ou formar cadeias oceânicas. Quando uma placa se move em direção a outra, pode ser forçada a mergulhar sob esta, fenômeno conhecido como subducção. Esse processo pode dar origem às fossas (figura 3), a ilhas vulcânicas e a intensas atividades sísmicas. O magma superaquecido ascende, por convecção térmica, das zonas mais profundas e rompe a camada superficial em determinados pontos do manto terrestre. São os chamados hot spots (ou pontos quentes), nos quais existe intenso vulcanismo. Glossário Convecção térmica. Processo de transmissão em que a energia decorrente de calor é propagada mediante o transporte de matéria, havendo, portanto, deslocamento de partículas; trata-se de um fenômeno que só acontece em meios fluidos, ou seja, em líquidos e gases. É o que ocorre, por exemplo, quando se aquece a água de uma chaleira: devido ao calor, a porção inferior da água sofre dilatação e tende a subir, transportando a energia térmica. Ao mesmo tempo, a porção superior, mais fria, desce, formando correntes, chamadas correntes de convecção. A Fenda pode originar novo oceano Dados recolhidos por satélites indicam que uma nova fenda de 60 km, aberta por um terremoto em setembro de 2005, pode dar início a um novo oceano. A fenda, que faz parte da linha de falhas conhecida como rift valley, está crescendo e pode atingir o mar Vermelho, isolando parte da Etiópia e da Eritreia do resto da África. Utilizando instrumentos sísmicos de última geração e imagens de satélites, cientistas calculam que, se o movimento continuar, a fenda alcançará o mar Vermelho em aproximadamente um milhão de anos, separando a região conhecida como Chifre da África do resto do continente. Pela primeira vez está sendo possível observar um processo de afastamento de placas no momento em que ele ocorre. Que desenvolvimentos científicos tornaram esse fato possível? A atividade vulcânica pode acarretar a formação de ilhas, nos oceanos, ou de montanhas, nos continentes. Como exemplos temos as ilhas dos Açores, a Islândia, o Havaí, Galápagos e Fernando de Noronha, além de montanhas como as de Yellowstone e o monte Camarões. Isso explica por que as áreas de vulcanismos e terremotos coincidem com as chamadas falhas geológicas isto é, com as bordas das placas tectônicas (figura 4). Professor: Além da teoria da tectônica de placas, o uso de satélites e sismógrafos permite observar os fenômenos, ajudando na formulação ou comprovação de hipóteses científicas. 4 PLACAS TECTÔNICAS E ÁREAS DE INSTABILIDADE Katmai PLACA NORTE-AMERICANA PLACA EURO-ASIÁTICA Vesúvio Fujiyama Kilauea Popocatepetl COCOS CARIBE IRÃ ARÁBIA Mte. Pelée PLACA DAS FILIPINAS PLACA DO PACÍFICO 0 PLACA DO PACÍFICO Dorsais submarinas Placas tectônicas PLACA DE NAZCA PLACA SUL-AMERICANA PLACA AFRICANA Krakatoa PLACA INDO-AUSTRALIANA Vulcões Atividade sísmica PLACA ANTÁRTICA km Fontes: Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, p. 66; FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, p Reflita

19 Nessas regiões de grande instabilidade geológica localizam-se também as dorsais submarinas e as altas cadeias de montanhas (figura 5). 5 Dorsal atlântica. Zona de geração de litosfera oceânica. Figura 5 Nas dorsais, o manto emerge continuamente, transformando-se em litosfera com o esfriamento. Nas fossas, ao contrário, a litosfera é destruída quando há subdução, ou seja, quando o choque de placas faz com que uma fique debaixo da outra. Fossa da costa Pacífica da América do Sul. Zona de destruição de litosfera oceânica km Fonte: Enciclopédia do estudante: ciências da Terra e do Universo. São Paulo: Estadão/Moderna, p. 35. hubert stadler/corbis/latinstock As partes emersas das dorsais submarinas correspondem às ilhas oceânicas. As ilhas vulcânicas localizam-se, em geral, próximo às dorsais submarinas. A ilha de Páscoa é uma ilha vulcânica situada na Polinésia, ao sul do oceano Pacífico e a km de distância da costa do Chile (figura 6). Essa ilha foi formada pela fusão de três vulcões: o Poike, de 3 milhões de anos; o Rano Raraku, de 2,5 milhões de anos; e o Maunga Terevaka, com cerca de 11 mil anos. 6 Figura 6 A ilha de Páscoa é famosa por suas enormes estátuas de pedra, conhecidas como moais, cabeças gigantescas talhadas nas rochas vulcânicas, e que contêm inscrições hieroglíficas. 19

20 3 Interpretando as rochas Como vimos, a Terra é um planeta em constante transformação. Ao longo do tempo seus continentes deslocaram-se, juntaram-se e separaram-se. Materiais menos densos foram transferidos do manto para a superfície terrestre e vice-versa. Muitos desses processos são internos e de longa duração e não podem ser diretamente observados na paisagem. Porém, em outras situações, alguns eventos são evidentes, como nas erupções vulcânicas, ou quando observamos uma paisagem antes e depois de uma tempestade. Nesse caso, por exemplo, um córrego tranquilo e silencioso pode se transformar em uma torrente de lama, inundando as margens e arrastando materiais por quilômetros. A formação das rochas está ligada a processos geológicos, e por isso elas podem fornecer informações sobre esses mesmos processos. Entre os principais deles estão o vulcanismo, a sedimentação e as alterações de temperatura e pressão ocorridas no curso da evolução da Terra. MARC MORITSCH/NATIONAL GEOGRAPHIC/GETTY IMAGES 20 Glossário Cristais. Sólidos homogêneos em que as partículas constituintes estão agregadas regularmente, criando uma estrutura cristalina. Sob condições favoráveis, podem apresentar superfícies planas e lisas. Figura 7 Lava de vulcão no Havaí, área de intensa atividade vulcânica Minerais e rochas As rochas e o gelo constituem a parte sólida do planeta. As rochas são compostas de um ou vários minerais, que por sua vez são compostos de elementos químicos, ainda que alguns destes possam eventualmente ser encontrados na natureza em estado puro. Como existem muitos minerais diferentes, as diversas combinações e agrupamentos dão origem a uma grande variedade de rochas. Uma das classificações mais utilizadas baseia-se no tipo de processo que deu origem às rochas, distinguindo-se três grandes grupos: rochas magmáticas (ou ígneas), sedimentares e metamórficas. Rochas magmáticas (ou ígneas) Como vimos, durante a história geológica da Terra o magma se resfriou e solidificou lentamente. Isso deu origem às primeiras rochas magmáticas (ou ígneas). As rochas magmáticas podem se formar lentamente no interior da crosta pela solidificação do magma, sendo chamadas, nesse caso, de rochas magmáticas intrusivas (ou plutônicas, ou abissais). Como se formam em regiões profundas, apresentam cristais grandes, estruturados num lento processo de resfriamento. São exemplos o granito, o sienito e o gabro. As rochas magmáticas extrusivas (ou vulcânicas, ou efusivas) se consolidam na superfície. Chegam em estado de fusão através de vulcões ou de fendas na litosfera e, em contato com a atmosfera, resfriam- -se mais rapidamente, muitas vezes sem formar cristais visíveis a olho nu. São exemplos o basalto e o riólito (figura 7). As rochas magmáticas podem conter minerais metálicos, formando jazidas importantes do ponto de vista econômico. O mineral do qual se pode extrair economicamente um ou mais metais é denominado minério.

21 Rochas sedimentares Qualquer rocha exposta à ação do vento, da chuva, das variações de temperatura passa a sofrer a ação do intemperismo, ou seja, do conjunto de processos mecânicos, químicos e biológicos que provocam a desintegração das rochas. Quando as rochas perdem a coesão, seus sedimentos passam a ser transportados por diferentes agentes, como o vento, a chuva e a gravidade. Esse processo é conhecido como erosão. A deposição desse material em outro ambiente é denominada sedimentação. As rochas sedimentares se formam pela deposição dos detritos de outras rochas, pelo acúmulo de detritos orgânicos ou de precipitados químicos. Esses detritos são consolidados por meio de cimentação natural, compactação por pressão ou reações químicas, num processo conhecido como diagênese, que transforma sedimentos não consolidados em rocha sedimentar (figura 8). 8 DEPOSIÇÃO DE DETRITOS OU SEDIMENTOS E FORMAÇÃO DE ROCHA SEDIMENTAR A chuva desgasta as rochas. A enxurrada transporta os detritos. Rochas magmáticas e metamórficas Camadas de rochas sedimentares Fonte: ADAS, Melhem. Panorama geográfico do Brasil. São Paulo: Moderna, p As rochas formadas pelo acúmulo de fragmentos de outras rochas são denominadas rochas sedimentares clásticas (ou detríticas). Um exemplo é o arenito, formado pela deposição de areia. As que se formam por meio de processos químicos, como as estalactites e as estalagmites de cavernas, são denominadas rochas sedimentares químicas. As que se formam de restos de animais e vegetais, como o carvão mineral, são as rochas sedimentares orgânicas. As rochas sedimentares apresentam camadas ou estratos que se depositam horizontalmente, as mais novas sobre as mais antigas. A disposição horizontal das camadas pode ser perturbada por forças internas da Terra. No meio desses estratos podemos encontrar vestígios fósseis de seres vivos, preservados ao longo do tempo, e que fornecem informações sobre a história geológica e a evolução da vida no planeta. As bacias sedimentares também podem conter petróleo, gás natural e carvão, fontes de energia essenciais no mundo atual. Rochas metamórficas e o ciclo das rochas As rochas metamórficas se formam por meio de transformações (metamorfismo) sofridas por qualquer outra rocha, quando esta é submetida a novas condições de temperatura e pressão. Nesse novo ambiente os minerais se modificam, reorientando-se e transformando-se em outros minerais. 21

22 O alinhamento dos cristais confere a essas rochas uma nova característica de orientação de camadas. São exemplos o quartzito, o mármore e o gnaisse, provenientes respectivamente do arenito, do calcário e do granito. A análise dessas rochas permite identificar condições e eventos que ocorreram no passado. Por exemplo, a deriva dos continentes e sua colisão submeteram parte das rochas a pressões e temperaturas elevadas. Como vemos, as rochas se modificam com o tempo. O chamado ciclo das rochas se refere às diversas possibilidades de formação e transformação de um tipo de rocha em outro. Trata-se de um processo ininterrupto, que decorre dos movimentos da crosta terrestre, do vulcanismo, do intemperismo, da erosão etc. (figura 9). 9 ESTÁGIO DO CICLO DAS ROCHAS Magma ejetado como lava, que se solidifica para formar rocha magmática. A geleira erode a rocha e carrega as partículas até o rio. A queda-d água erode a rocha. Em volta do magma, a rocha é transformada pelo calor e forma rocha metamórfica. Cratera O calor intenso do magma ascendente funde parte da rocha. A rocha sedimentar triturada e dobrada transforma-se em rocha metamórfica. Fonte: A Terra. São Paulo: Ática, p (Série Atlas Visuais.) O rio erode o fundo do vale e carrega as partículas de rocha. As partículas de rocha se depositam como sedimentos no lago. As partículas de rocha depositadas pelo vento formam dunas de areia. Partículas de rocha depositadas no delta Partículas mais pesadas de rocha depositadas na plataforma continental As partículas mais leves acumulam-se nos fundos oceânicos. Camadas de sedimentos comprimidas e cimentadas para formar rocha sedimentar. Figura 9 A atividade vulcânica dá origem a rochas magmáticas, tanto ígneas como vulcânicas e, por meio do contato e da pressão destas com outras rochas, ocorre a formação de rochas metamórficas. Os agentes erosivos, como geleiras, ventos e a ação das águas de rios e do mar, favorecem a formação da rocha sedimentar. Com a pressão de novos depósitos de sedimentos, as rochas que estão em camadas inferiores podem atingir maior profundidade e passam a sofrer modificações, dando origem a rochas metamórficas. Exercícios dos conceitos 1 A existência de uma grande cadeia de montanhas submersa no oceano Atlântico, a dorsal atlântica, ajuda a explicar a pouca probabilidade de ocorrerem tsunamis na costa brasileira, provenientes de forças internas. Explique por quê. A dorsal atlântica situa-se entre a América do Sul e a África, em uma região onde as placas Sul-Americana e Africana não se atritam, mas se afastam. Nessas áreas não é comum a existência de maremotos e, consequentemente, de tsunamis. 22

23 2 Observe o esquema e diga qual dos números corresponde às rochas sedimentares, ígneas e metamórficas. O CICLO DAS ROCHAS I Intemperismo, transporte e deposição Sedimentos Resfriamento e solidificação (cristalização) Magma Fusão Calor e pressão (metamorfismo) Intemperismo, transporte e deposição Intemperismo, transporte e deposição Compressão e cimentação (litificação) II Calor e pressão (metamorfismo) Fonte: A Terra. São Paulo: Ática, p. 20. (Série Atlas Visuais.) I rocha ígnea; II rocha metamórfica; III rocha sedimentar. 3 Observe a figura e explique o processo de: MOVIMENTO DAS PLACAS TECTÔNICAS Fossa oceânica III Zona de subducção Rift valleys Região de expansão do assoalho marinho Cadeias oceânicas Deslizamento de placas Rift formado onde duas placas se separam. Cadeia de montanhas Vulcão em desenvolvimento Ilha vulcânica O magma sobe para formar um vulcão. Fonte: A Terra. São Paulo: Ática, p (Série Atlas Visuais.) a) expansão de assoalho marinho. No fundo dos oceanos, a separação das placas provoca fendas na crosta. Rochas derretidas são empurradas para a superfície e se solidificam, provocando a expansão do assoalho marinho (formação de um novo piso). 23

24 b) formação de ilha vulcânica no oceano. O magma sobe para formar um ponto quente a partir do qual se desenvolve um vulcão, que aumenta de tamanho até formar uma ilha. 4 Qual é o indício de que a rocha magmática representada na foto se formou em profundidade? FABIO COLOMBINI Granito O granito apresenta cristais visíveis a olho nu, evidência de que se resfriaram lentamente, em profundidade, dando tempo para os cristais se formarem. 5 Diferencie rochas magmáticas plutônicas e rochas magmáticas vulcânicas. As rochas plutônicas (ou rochas magmáticas intrusivas) se originam do resfriamento lento do magma em áreas profundas, enquanto as rochas magmáticas vulcânicas originam-se do resfriamento rápido do magma que ocorre na superfície terrestre. Retomada dos conceitos Professor: Na Plataforma UNO, consulte o Banco de Questões e incentive os alunos a usar o Simulador de Testes. 1 (UEPG-PR) Com relação à constituição interna da Terra, suas camadas e características gerais, assinale o que for correto. (01) A crosta sólida ou litosfera é a fina camada superficial, constituída principalmente de rochas sedimentares (92%) e rochas ígneas e metamórficas (8%). (02) O núcleo interno, constituído principalmente de ferro e níquel, encontra-se em estado sólido devido às altas pressões ali reinantes. (04) O núcleo externo encontra-se em estado de fusão e apresenta uma constituição metálica. Nele são geradas correntes elétricas que imantam o núcleo interno e criam o campo magnético da Terra. (08) A astenosfera, porção do manto dotada de plasticidade, é a sede das correntes de convecção que movimentam as placas litosféricas. Professor: A resposta é a soma das alternativas corretas = 14 24

25 2 (Uece) Assinale a alternativa que contém, apenas, rochas cristalinas e de consolidação muito antiga (Pré-Cambriano). a) Arenito, gnaisse e mármore b) Quartzo, calcário e granito c) Gnaisse, granito e quartzito d) Mármore, mica e arenito 3 (UFC-CE) Minerais, rochas e solos são elementos fundamentais da dinâmica de transformação da natureza. As questões a seguir versam sobre esses elementos: os fatores de sua formação e interação e a importância de sua conservação. a) Dê exemplo de um tipo de rocha magmática e aponte os principais minerais que a constituem. Pode-se destacar o granito, rocha magmática intrusiva, muito abundante na crosta terrestre. O granito é constituído de quartzo, feldspato e mica. b) Cite um fator fundamental para a origem das rochas metamórficas. As rochas metamórficas resultam da pressão e temperatura exercidas pelo edifício geológico. c) Aponte os principais tipos de intemperismo; a ação que realizam sobre as ro chas e os principais fatores condicionantes de cada um deles. Tipos de intemperismo: físico e químico. Ação que produzem: o intemperismo físico promove a desagregação das rochas; o intemperismo químico altera a decomposição destas. Principais fatores de cada tipo de intemperismo: no intemperismo físico ocorrem variações de temperatura; no intemperismo químico há a interação química da água com as rochas. 4 (UEM-PR) Sobre a estrutura da Terra e a sua composição, assinale o que for correto. (01) A camada sólida e externa da Terra é chamada de litosfera ou crosta terrestre. Subdivide-se em Sial e Sima. (02) O Sial corresponde à camada externa da crosta. Nessa camada, o silício e o alumínio são os principais minerais presentes. (04) O Sima corresponde à camada interna da crosta. Nessa camada, predominam as lavas vulcânicas, sendo o silício e a magnetita os principais minerais presentes. (08) O Nife corresponde ao núcleo da Terra, formado por minerais pesados, com destaque para o níquel, o chumbo e o mercúrio. (16) Os principais recursos minerais inorgânicos encontram-se no subsolo, isto é, na camada imediatamente inferior à crosta externa. (32) Os recursos minerais de origem orgânica, como os combustíveis fósseis, encontram-se no manto, que corresponde a uma camada intermediária entre a crosta e o núcleo, mais próxima da superfície do planeta, no fundo oceânico. Soma: = 3 25

26 5 (UFPR) Verifique a figura a seguir e identifique as camadas da Terra que ela representa e, na sequência, identifique qual das alternativas traz a associação correta dessas camadas. I km km km 70 km 0 km II III IV a) I - Núcleo interno, II - Núcleo externo, III - Manto e IV - Crosta. b) I - Núcleo interno, II - Manto, III - Núcleo externo e IV - Crosta. c) I - Crosta, II - Núcleo externo, III - Manto e IV - Núcleo interno. d) I - Núcleo externo, II - Núcleo interno, III - Manto e IV - Crosta. e) I - Crosta, II - Manto, III - Núcleo externo e IV - Núcleo interno. 6 (Uece) A porção sólida da Terra é uma camada mais ou menos rígida, apresentando uma espessura variada. Tal camada é o(a) a) magma. c) troposfera. b) litosfera. d) criosfera. 7 (UFU-MG) Observe o mapa a seguir N Fonte: Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, p. 66. (Adaptado.) 26 Com relação ao movimento das placas tectônicas ilustrado no mapa, marque a alternativa correta. a) Por subducção, a placa 6 provoca terremotos no oeste dos Estados Unidos; ao se encontrar com a placa 5, ocorre translação, como no Japão, provocando tremores e vulcanismo intenso. b) Entre as placas 3 e 4 há um movimento de dilatação, que provoca vulcanismo de fenda, o qual formou ilhas que representam o topo da cadeia montanhosa submersa, a dorsal Atlântica.

27 c) O choque entre as placas 2 e 6, pelo processo de subducção, formou a cordilheira dos Andes; enquanto o choque entre as placas 5 e 4 formou a cordilheira do Himalaia, área de grande instabilidade tectônica. d) A placa 4 distancia-se da 5 chocando-se com a placa 3, o que tem provocado, por subducção, intensos terremotos na Europa e aumentado significativamente o fundo do oceano Atlântico. 8 (UFG-GO) Veja a tira a seguir. Calvin e Haroldo by Bill Watterson 1992 WATTERSON/DISTRIBUTED BY Universal Press Syndicate Fonte: MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia para o ensino médio: Geografia geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, p Sobre as rochas pode-se afirmar que ( V ) as rochas ígneas ou magmáticas formam-se pelo resfriamento e solidificação do magma. ( F ) o arenito, utilizado na correção de acidez do solo, é uma rocha dita metamórfica, pois sua formação está ligada à ação da temperatura e da pressão em rochas preexistentes. ( V ) as rochas sedimentares são formadas pelo acúmulo de sedimentos de outras rochas. ( V ) o basalto, utilizado na construção civil, é um exemplo de rocha ígnea extrusiva, formada com o magma das erupções vulcânicas. 27

28 CAPÍTULO 3 Cartografia e poder Os mapas são representações geométricas e planas de toda a superfície terrestre ou de parte dela. Esse tipo de representação é uma reprodução incompleta da realidade, na qual são mostrados apenas os elementos mais significativos, por meio de símbolos e grafismos definidos por convenção internacional para indicar as formas e as características do terreno e dos objetos nele implantados. Observe as figuras. 1 SANTA CATARINA (TRECHO DO LITORAL): 2 USO DO SOLO 2006 SÃO JOÃO BATISTA CANELINHAS SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA SANTO AMARO DA IMPERATRIZ ANTÔNIO CARLOS BIGUAÇU SÃO JOSÉ PALHOÇA TIJUCAS GOVERNADOR CELSO RAMOS Baía Norte Ilha de Santa Catarina FLORIANÓPOLIS Aeroporto Baía Sul Ilha do Arvoredo OCEANO ATLÂNTICO Lagoa da Conceição Praia do Campeche Ilha do Campeche Figura 2 Imagem obtida pelo satélite sino-brasileiro CBER-2, mostrando o litoral de Santa Catarina e a ilha de Florianópolis (2006). 3 INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS EDU LYRA/SAMBAPHOTO ÁGUAS MORNAS Parque Estadual da Serra do Tabuleiro Lagoa do Peri 5 km BIGUAÇU Cidade Área urbana Mangue Rodovia Área rural Praia/dunas Ponte Mata Fonte: Mapa elaborado com base na imagem de satélite. Figura 3 Praia na ilha do Campeche, no município de Florianópolis (SC, 2002). 28

29 1 Para que servem os mapas? Os mapas têm, a princípio, uma função prática: servem como instrumento de conhecimento, domínio e controle de um território. A confecção de um mapa exige algum conhecimento matemático do território representado. As distâncias e localizações dos elementos geográficos (cidades, rios, estradas, litoral) devem ser estabelecidas com precisão. A posição em que se encontram tem de ser corretamente fixada, levando-se em conta os pontos cardeais e os pontos colaterais. As distâncias verdadeiras precisam ser reduzidas obedecendo- -se a uma escala. A escala é um dos atributos fundamentais de um mapa, pois estabelece a correspondência entre as distâncias representadas e as distâncias reais da superfície cartografada. Veja o quadro a seguir. Isto é essencial! Existem duas maneiras de indicar a proporção de áreas entre o mapa e a realidade: numérica e gráfica. Na escala numérica, a correspondência é indicada por meio de uma fração. Em um mapa com escala 1: (lê-se um por cinco milhões), por exemplo, cada centímetro no papel corresponde a 5 milhões de centímetros (ou 50 mil metros) no terreno. Por ser uma fração, a escala fica menor à medida que o denominador aumenta. Na escala gráfica, essa relação é indicada em uma linha graduada, como observamos no exemplo a seguir. 50 km Um mapa em pequena escala, como os planisférios ou os mapas dos continentes, tem o denominador maior (por exemplo, 1: ) e representa uma área muito grande, mas não mostra detalhes. Um mapa em grande escala, como os mapas urbanos, tem o denominador menor (por exemplo, 1:50.000) e representa uma área menor, mas contém informações mais precisas e detalhadas sobre ela. As técnicas cartográficas evoluíram e se desenvolveram devido à necessidade prática de conhecer e dominar territórios. Por esse motivo, o ofício de cartógrafo se difundiu nos exércitos, levando oficiais militares a se especializarem nessa função. 2 Cartografia e propaganda Os mapas são uma fonte de poder, tanto civil quanto militar. Com eles, as forças armadas organizam estratégias e táticas de combate, os Estados dividem o território em distritos e províncias, as administrações públicas empreendem projetos de intervenção sobre o território e interferem na distribuição da população e da terra, as empresas e os conglomerados econômicos tomam decisões de implantação e investimentos. Por esses motivos, no mundo todo, tanto o poder estabelecido, no caso, os governos, quanto as forças que se opõem a ele, como movimentos guerrilheiros e grupos terroristas, aprendem a ler e interpretar mapas. Nas ditaduras, os produtos cartográficos constituem, frequentemente, segredo de Estado. Por muito tempo, os cidadãos da extinta União Soviética não dispuseram de mapas detalhados das principais cidades do país. Os mapas em grande escala eram mantidos sob sigilo militar e até mesmo os estudantes de geografia tinham de usar mapas fictícios em seus exercícios universitários. A cartografia de 29

30 áreas urbanas também era muito pouco confiável. Mapas detalhados de Moscou e de outras cidades importantes do país muitas vezes omitiam tanto a escala quanto a localização do quartel-general da KGB, o serviço secreto soviético. No Brasil, durante a ditadura militar ( ), uma simples carta topográfica na escala 1: (1 centímetro da carta representa 500 metros da realidade cartografada), editada pelo IBGE, referente a São José dos Campos, era mantida como segredo reservado ao Estado-Maior das Forças Armadas, pois nesse município se localizam instalações militares e fábricas de armamentos. Porém, com o advento da cartografia digital e a popularização das imagens de satélites, tornou-se impossível conservar em segredo dados como esse. Cartografia publicitária Reprodução O que a publicidade e a cartografia têm em comum? Sem dúvida, a melhor resposta é que ambas têm necessidade de comunicar uma versão limitada da verdade. Uma propaganda deve criar uma imagem que seja atraente e um mapa deve apresentar uma imagem clara, mas nenhum dos dois pode alcançar o seu objetivo mostrando tudo. Para promover uma comparação favorável de produtos similares, diferenciar um produto de seus competidores ou promover uma imagem institucional, uma propaganda pode precisar suprimir ou diminuir, por exemplo, a presença de sal ou gordura saturada em um alimento, um histórico de baixo desempenho em um eletroeletrônico, ou eventuais problemas da empresa com a legislação antitruste, ambiental ou trabalhista. Da mesma maneira, um mapa pode omitir detalhes que possam confundir ou distrair. Quando o produto ou serviço envolve uma localização ou um lugar, a propaganda frequentemente inclui um mapa, muitas vezes com grande destaque. Existem dois motivos maquiavélicos que sustentam o uso de mapas como elementos centrais em campanhas de propaganda. Em primeiro lugar, como os diretores de arte e os especialistas em marketing já descobriram, os 30

31 mapas podem ser manipulados graficamente de forma a exagerar ou suprimir elementos da realidade, conforme as necessidades do publicitário. De fato, mapas que são usados em propaganda tendem a ser muito genéricos e pouco claros. Em segundo lugar, a propaganda deve atrair a atenção, e os mapas comprovadamente despertam o interesse. Em propaganda, mapas decorativos parecem ser no mínimo tão comuns quanto os mapas que informam. MONMONIER, Mark. How to lie with maps. Chicago/Londres: The University of Chicago Press, p O mundo nos mapas Nos planisférios modernos, o hemisfério norte ocupa posição relevante, na parte de cima do mapa. Não há nenhum motivo científico para isso, já que a trajetória da Terra no espaço não se orienta por nenhum referencial fixo. Os mapas antigos eram organizados de maneira diferente. O mapa-múndi de Hereford (figura 4), feito há aproximadamente 800 anos, mostra o paraíso terrestre a leste, no topo. Nele, a Inglaterra, situada nos limites ocidentais do mundo conhecido, ocupa posição irrelevante, na parte inferior e à esquerda. A expressão orientação nasceu do fato de se apresentar o leste no topo: orientar-se significa tomar o caminho do oriente (leste), onde se encontra a salvação da alma. Essa não é uma forma incorreta de representação dos continentes; apenas reflete visões e concepções do mundo vigentes em outra época, que ainda não conhecia a supremacia geopolítica e econômica dos Estados do hemisfério norte. No século XVI, com as Grandes Navegações, a conquista do novo mundo e o domínio sobre o caminho marítimo para as Índias Orientais consolidaram a supremacia da Europa sobre o mundo conhecido. Os mapas europeus confeccionados nos primeiros anos desse século já mostravam sistematicamente o norte no topo, trocando a antiga localização subalterna da Europa por uma posição superior. BETTMANN/CORBIS/LATINSTOCK 4 Figura 4 O mapa de Hereford, criado por volta de 1280, deve seu nome à cidade em cuja catedral ficou guardado. 31

32 3.1 Projeções de Mercator e Peters Observe os planisférios das figuras 5 e 6. 6 PLANISFÉRIO DE PETERS Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, p. 6. Figuras 5 e 6 Confron tado com o de Mercator, o planisfério de Peters parece-nos falso. Aparente mente se trata de um mapa distorcido, estranho. A África é mostrada de forma bastante alongada e com maior dimensão no planisfério de Peters. Já a América do Norte aparece bem mais extensa no planisfério de Mercator. Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, p. 6. O planisfério de Mercator é usado como padrão nos livros e atlas do mundo todo. Entretanto, nenhum planisfério é completamente verdadeiro. Não há um modo de representar com absoluta precisão uma superfície esférica a Terra é quase uma esfera perfeita sobre uma base plana. Todas as representações da esfera sobre o plano geram alguma espécie de distorção. Os diferentes tipos de planisfério representam o planeta, com distorções em alguns dos seus elementos, a fim de retratar fielmente outros. Confeccionar um planisfério significa optar por aquilo que se quer representar com precisão. Mercator transformou a cartografia numa técnica precisa. Antes dele, os mapas eram obras de arte: as gravuras e desenhos tinham mais importância que o próprio mapa e, com frequência, serviam para disfarçar a pobreza dos conhecimentos geográficos. O mais famoso dos seus mapas ficou pronto em 1569, na cidade de Duisburg, na Renânia. Era um planisfério baseado numa nova projeção que entraria para a história da cartografia (figura 7). 7 PROJEÇÃO CILÍNDRICA DE MERCATOR Figura 7 Nesta projeção, é como se uma tela fosse enrolada sobre o globo terrestre, formando um cilindro iluminado por uma fonte localizada no centro do globo. A imagem dos continentes projetada na tela origina o planisfério. 32 Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, p PLANISFÉRIO DE MERCATOR

33 A projeção cilíndrica conforme conserva a forma das massas continentais (daí o termo técnico conforme), mas deforma as áreas relativas dos continentes. Assim, à medida que aumenta a distância ao equador (onde está o foco da projeção), cresce a distorção das áreas. O planisfério de Mercator não tem uma escala, mas muitas, dependendo da latitude. Como consequência, os continentes e países situados nas latitudes maiores são favorecidos, aparentando uma dimensão relativa maior do que a real. A Groen lândia, por exemplo, é representada numa escala nove vezes maior que a da região equatorial, parecendo ter área maior que toda a América do Sul (na realidade a América do Sul estende-se por milhões de km 2, enquanto a Groenlândia não ultrapassa os milhões). O planisfério de Mercator valoriza os países do hemisfério norte, geralmente localizados em latitudes mais altas que as daqueles do hemisfério sul. As terras da pequena Europa ficam valorizadas, enquanto as africanas e sul-americanas têm suas dimensões subestimadas. O planisfério de Peters, elaborado pelo professor alemão Arno Peters e publicado pela primeira vez em 1973, concebe o mundo de uma maneira bem diferente. O século XX, especialmente no pós-guerra, caracteriza-se pela crítica ao colonialismo e também pelos movimentos de descolonização. Nesse século, o eurocentrismo, que predominara durante trezentos anos, sofreu o impacto do aparecimento de dezenas de novos Estados independentes na Ásia e na África. Paralelamente, as questões da pobreza e da desigualdade entre as nações foram adquirindo importância inesperada. Em 1955, os países afro-asiáticos recém- -independentes se reuniram na Conferência de Bandung (Indonésia): era o início do percurso que conduziria à formação do Movimento dos Não Alinhados, uma tentativa de criar um novo polo de poder, à margem das superpotências da Guerra Fria (Estados Unidos e União Soviética) e das velhas potências europeias. A expressão Terceiro Mundo surgiu desse processo: os países subdesenvolvidos do hemisfério sul procuravam lançar luz sobre a desigualdade da distribuição mundial da riqueza. Para eles, a tensão entre o leste e o oeste ou seja, o conflito entre o Primeiro Mundo (capitalista) e o Segundo Mundo (socialista) deveria dar lugar ao diálogo norte-sul, ou seja, o diálogo sobre uma nova organização do poder político e da riqueza econômica entre as nações desenvolvidas do hemisfério setentrional e as nações subdesenvolvidas do hemisfério meridional. O planisfério de Peters espelha as preocupações desse mundo. Ele traduz cartograficamente as reivindicações de uma maior igualdade entre os Estados. Trata-se do planisfério do terceiro-mundismo. Sua projeção não é uma projeção conforme, e sim uma projeção cilíndrica de área igual. Nessa projeção equivalente, as áreas dos continentes e países aparecem em escala igual, conservando suas dimensões relativas. No entanto, as formas são distorcidas, gerando o alongamento dos continentes. Não se pode dizer que esse tipo de projeção seja uma representação mais verdadeira do planisfério do que a de Mercator; ele apenas expressa outra maneira de olhar o mundo. Glossário Eurocentrismo. Visão de mundo referenciada nos valores morais e culturais da Europa. 4 A projeção geopolítica No mapa da figura 8, o centro do planeta está na Europa, onde se encontra Moscou. Trata-se da visão de mundo de Moscou na época da Guerra Fria, quando ainda existia a União Soviética, que se desagregou em dezembro de O Estado soviético encontrava-se parcialmente envolvido por países-satélites (como os do leste europeu e a Mongólia) ou por áreas militarmente ocupadas (como o Afeganistão). 33

34 8 Fonte: Heródote, Paris, n. 47, Em todos os continentes havia pontos de apoio para as forças aeronavais soviéticas, assentados em países aliados, como Cuba, Angola, Etiópia e Vietnã. Esse mapa exibe uma perspectiva incomum do planeta, deixando transparecer nitidamente a importância estratégica das regiões polares do hemisfério norte: a trajetória programada para os mísseis intercontinentais das duas superpotências atravessava o polo norte. Nesse mapa, as terras emersas estão distorcidas, fator que se acentua à medida que elas se tornam mais distantes de Moscou. A Europa ocidental e a Ásia surgem como áreas vitais para a segurança do império soviético, pois o envolvem como uma moldura. Por outro lado, a América do Sul e a Oceania praticamente desaparecem do horizonte de visão. Depois da desagregação da União Soviética, a independência de antigas repúblicas soviéticas europeias (como a Ucrânia e Belarus), caucasianas (como a Geórgia) ou centro-asiáticas (como o Cazaquistão e o Uzbequistão) e a turbulência política que tomou conta de algumas delas transformaram o cenário. O mapa da figura 9 revela um planeta centrado no Brasil. Na visão dos geopolíticos brasileiros, geralmente militares, a segurança imediata do país estava associada à sua capacidade de influenciar os vizinhos sul-americanos. Essa forma de interpretar a posição brasileira no mundo foi decisiva para impulsionar as políticas de integração nacional destinadas a incrementar o povoamento e a modernização do Centro- -Oeste e da Amazônia. Ela também gerou estratégias que procuravam sedimentar a liderança brasileira nas bacias amazônica e Platina. Atualmente, essa visão geopolítica de inspiração militar exerce influência muito menor sobre as estratégias e a diplomacia do Brasil. Entretanto, o interesse pelas áreas que se encontram geograficamente próximas continua muito grande. A constituição do Mercosul e os projetos para a criação de uma zona continental de livre-comércio são expressões contemporâneas da importância que se atribui à posição que o Estado ocupa no mundo. Esses dois mapas geopolíticos baseiam-se na mesma técnica cartográfica. Em ambos foi utilizada a projeção azimutal ortográfica, que apresenta a Terra como se ela fosse vista a grande distância. Esses mapas resultam da projeção de uma parte da superfície terrestre sobre um plano. Essa projeção não conserva as formas nem as áreas corretas. Estas sofrem distorções crescentes à medida que aumenta a distância do centro da projeção. Mas ela cumpre a finalidade a que se propõe: revela os azimutes (direções) exatos de A VISÃO SOVIÉTICA DO MUNDO NA GUERRA FRIA 9 A VISÃO DE MUNDO DOS GEOPOLÍTICOS BRASILEIROS Fonte: MATTOS, G. Meira. Brasil: geopolítica e destino. Rio de Janeiro: José Olympio, Figura 8 Observe a pequena distância entre as potências da época, numa perspectiva do oceano Glacial Ártico. Figura 9 Observe como o mapa destaca a proeminência brasileira no Atlântico Sul. 34

35 todos os pontos do globo em relação ao ponto central do mapa. A projeção azimutal ortográfica oferece um conjunto de utilidades práticas ligadas basicamente ao deslocamento a partir de um único ponto do globo. É empregada por governos municipais de cidades importantes para determinar as rotas mais curtas para qualquer parte do mundo. Empresas transnacionais fazem mapas azimutais ortográficos tendo como centro sua sede mundial A projeção azimutal é, acima de tudo, uma projeção geopolítica. Ela expressa, como nenhuma outra, a visão do planeta sob a perspectiva do Estado. Nas suas considerações estratégicas, cada Estado apreende o mundo por meio de um mapa diferente, um mapa que tem o território desse Estado no seu centro geométrico. Para cada Estado, um mapa do mundo essa é a lei que rege o olhar geopolítico. Dessa forma, a projeção azimutal recusa qualquer pretensão de objetividade, de neutralidade ou de distanciamento. Ela não pretende mostrar um mundo igual para todas as pessoas, ou para todas as nações, como tentaram fazê-lo cada uma à sua maneira as projeções de Mercator e de Peters (figuras 10 e 11). Ao contrário, assume a sua parcialidade, revelando a existência de tantas visões de mundo quantos são os Estados. Os mapas azimutais desvendam o significado essencial da própria geopolítica, que é um instrumento a serviço do poder e não um conhecimento neutro ou desinteressado. Exatamente por isso, muitos a definem como a geografia dos Estados-Maiores. Exercícios dos conceitos BETTMAnN/CORBIS/LATINSTOCK Figuras 10 e 11 Mercator (à esquerda) é o codinome latino do holandês Gerhard Kramer ( ). À direita, o alemão Arno Peters ( ). COLEÇÃO FAMÍLIA PETERS 1 Leia o texto e faça o que se pede. Olhar os mapas pode ser esclarecedor. Olhar para eles de ângulos novos pode ser ainda mais esclarecedor. Mas, se você quer libertar a sua mente de todas as ideias preconceituosas e preconcebidas que os planisférios tendem a produzir, provavelmente só terá um remédio: arranje um globo e mantenha-o sempre rodando. The Economist, Londres, 14 jan Justifique a afirmação acima. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos observem que toda representação plana da Terra mostra distorções que expressam visões de mundo distintas entre nações e em diferentes períodos históricos. Mesmo a representação do planeta em um globo está repleta de significados, pois geralmente sua orientação segue a convenção cartográfica que prevê o norte voltado para cima. 35

36 2 Analise o texto e as imagens a seguir e responda. BIBLIOTECA estense, módena,itália Mapa T-O BIBLIOTECA BRITÂNICA O mapa T-O (século XV) apresenta a divisão entre os três continentes até então conhecidos por meio dos cursos de água que formavam as letras T e O. A primeira letra representa a cruz e o sacrifício de Cristo e é o símbolo da Santíssima Trindade, enquanto a segunda evoca a harmonia do mundo fechado. A revolução no conhecimento geográfico evidencia-se no planisfério de Cantino (1502). O mapa é o primeiro documento que registra a existência do Novo Mundo. As dimensões da Terra e a configuração geral dos continentes tornaram-se conhecidas. Planisfério de Cantino a) Qual visão de mundo predomina no mapa T-O? O mapa T-O apresenta a visão religiosa que predominou na Idade Média da Europa cristã. b) Qual foi a novidade histórica expressa no planisfério de Cantino? O planisfério de Cantino evidenciou a revolução no pensamento geográfico promovido pelas Grandes Navegações, registrando a existência da América e as dimensões reais da Terra, até então desconhecidas. 36

37 3 Observe o mapa e faça o que se pede. GUARAREMA (SP) B A Curso de água 700 Cota altimétrica Estrada Via férrea PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR ESCALA 1: metros EQUIDISTÂNCIA DAS CURVAS DE NÍVEL: 20 METROS Fonte: Carta do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, Folha SF-23-Y-D-I-4. a) Meça a distância entre os pontos A e B. Utilize a escala para calcular quantos quilômetros separam, em linha reta, os dois pontos assinalados. A distância entre os pontos A e B é de 4 cm no mapa, o que equivale a 2 km na realidade. b) Qual das escalas nos permite transformar as dimensões gráficas em distâncias reais de forma direta? A escala gráfica permite identificar diretamente as distâncias reais. 4 A distância em linha reta entre duas cidades é de 32,5 km. Em um mapa de escala 1: , qual será a distância em milímetros? Será de 65 mm. Considerando que 32,5 km equivalem a cm, divide-se esse valor por (que está expresso na escala numérica) e obtém-se 6,5 cm ou 65 mm. 5 Por que a projeção azimutal ortográfica pode ser considerada uma típica projeção geopolítica? A projeção azimutal ortográfica mantém todos os azimutes exatos em relação ao ponto central do mapa, o que se traduz por uma visão própria do Estado, cujas atuações políticas enfatizam a apreensão do mundo a partir de seu próprio território. 37

38 6 Planisférios feitos com a projeção de Mercator costumam cortar total ou parcialmente a Antártida. Proponha uma justificativa para esse procedimento. PLANISFÉRIO DE MERCATOR Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, p. 6. Como a projeção de Mercator apresenta uma grande deformação de área nas altas latitudes, a Antártida ganha contornos gigantescos, o que confere um destaque muito desproporcional em relação à realidade, razão pela qual comumente as áreas de altas latitudes são cortadas nos mapas didáticos. Retomada dos conceitos Professor: Na Plataforma UNO, consulte o Banco de Questões e incentive os alunos a usar o Simulador de Testes. 1 (UEPG-PR) Sobre projeções cartográficas e convenções utilizadas na confecção de mapas, assinale o que for correto. (01) As projeções cilíndricas, a exemplo da de Mercator, são baseadas na projeção dos paralelos e meridianos em um cilindro envolvente, posteriormente planificado. (02) As projeções azimutais se baseiam na projeção da superfície terrestre num plano em que os meridianos são linhas retas divergentes e os paralelos são círculos concêntricos. (04) As projeções cônicas são baseadas na projeção do globo terrestre sobre um cone que o tangencia e que depois é planificado. (08) Os símbolos ou sinais utilizados nos mapas são denominados convenções. As formas de relevo podem ser representadas por curvas de nível, hachuras e sombreamento. (16) A profundidade nos oceanos é representada nos mapas por tonalidades diferentes da cor azul, indo de um tom mais escuro (maiores profundidades) para um azul-esbranquiçado (menores profundidades). Professor: A resposta é a soma das alternativas corretas = 31 38

39 2 (Cefet-PR) Fonte: MORAIS, Paulo Roberto. Geografia geral e do Brasil. 3. ed. São Paulo: Harbra, No mapa obtido dessa projeção cartográfica, a) as regiões polares apresentam pequenas distorções. b) o círculo polar Ártico mantém as dimensões inalteradas. c) os paralelos e os meridianos cruzam-se, formando ângulos retos. d) a área em destaque tem forma e tamanho idênticos aos da sua origem no globo. 3 (Uece) Tratando de questões de natureza cartográfica, assinale o correto. a) Os mapas que tratam, tematicamente, dos solos, da pluviometria, do relevo e da fauna correspondem, nesta ordem, aos mapas pedológicos, de isoietas, geológicos e zoogeográficos. b) A fauna, as rochas, as temperaturas e a vegetação são representadas, nesta ordem, nos mapas zoogeográficos, geológicos, de isotermas e fitogeográficos. c) Mapas ou cartas que têm escalas grandes e com detalhes a respeito dos temas cartografados são também chamados de Atlas. d) Nos mapas altimétricos, as linhas que unem pontos que têm as mesmas altitudes são chamadas de linhas isotérmicas ou isobáricas. 4 (UEL-PR) Leia a descrição seguinte: aponta a direção de um ponto localizado no horizonte ou de um corpo celeste, fornece ângulos que variam de 0 a 360, sempre no plano horizontal, a partir do norte e no sentido horário. A palavra que preenche adequadamente a lacuna é: a) O azimute c) A declinação e) A longitude b) A analema d) A latitude 5 (UFG-GO) Para atingir o objetivo de ler e interpretar mapas, o leitor necessita identificar e analisar os elementos de representação cartográfica. Dentre esses, a escala cumpre um papel importante, visto que é a partir dela que se tem a) a localização de um fenômeno na superfície terrestre. b) a apresentação da superfície esférica no plano. c) os diferentes fusos horários no globo. d) a identificação dos diferentes hemisférios terrestres. e) o nível de detalhe das informações representadas. 39

40 6 (Uece) Em se tratando de questões de natureza cartográfica, assinale o correto. a) A realização de mapeamentos temáticos muito detalhados requer a utilização de produtos de sensoriamento remoto de alta resolução e com grandes escalas. b) Escalas como 1: e 1: são muito adequadas para a cartografia de detalhe, especialmente de áreas urbanas. c) O relevo, os solos e a vegetação são cartograficamente representados, nesta ordem, nos mapas geológicos, geomorfológicos e biogeográficos. d) Em um mapa, construído na escala 1: , uma distância linear de 7,5 cm corresponde a uma distância real de 18,75 km lineares. 7 (UTFPR) Todos os mapas e globos representam as características da Terra a um tamanho muito menor do que ela possui na realidade. Os globos foram criados, em princípio, para serem modelos perfeitos da Terra, diferenciando-se dela pelo tamanho. A escala é utilizada como uma fração simples, que se obtém representando a distância do globo e da Terra na mesma unidade. Considere que um centímetro no globo corresponde a 650 km na Terra e identifique, das alternativas a seguir, qual possui escala numérica correta para a distância no globo e na Terra: a) 1: d) 1: b) 1: e) 1: c) 1: (PUC-Minas) QUINO Quino. Ediciones de La Flor. S.R.L. 40 O texto faz uma importante reflexão referente ao uso ideológico das representações cartográficas. Segundo a crítica, a representação do Norte, na parte superior dos mapas, deve ser entendida num contexto histórico específico, que se relaciona: a) ao período da geopolítica da Guerra Fria, visto que os Estados Unidos e a União Soviética passaram a ser representados na parte superior dos mapas após a Segunda Guerra Mundial. b) a uma visão estadunidense, que no século XX impôs a representação do território dos Estados Unidos da América na parte superior. c) a uma visão eurocêntrica, que convencionou representar o continente europeu na parte superior dos planisférios, ainda no século XVI. d) aos interesses da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que, na segunda metade do século XX, impôs a representação de sua área de atuação na parte superior dos mapas.

41 9 (Cefet-MG) Um geógrafo, ao realizar um levantamento cartográfico em uma reserva florestal, selecionou a seguinte área: 30 cm 20 cm = 15 unidades vegetais E = 1/100 Com base nos dados, comprova-se, corretamente, que a(o) a) total de 75 vegetais ocupa cada faixa longitudinal de 150 m 2. b) número de 45 plantas se encontra em cada 30 m 2 do terreno. c) densidade vegetacional equivale a duas espécies por metro quadrado. d) área real selecionada possui 600 cm (UFSM-RS) Observe o mapa. Comparando-o ao mapa-múndi que se está acostumado a ver, pode-se afirmar: a) Este mapa apresenta um problema de escala, que acaba por produzir uma distorção na forma dos continentes. b) A deformação do mapa decorre da projeção adotada, confrontando a visão eurocêntrica do mundo. c) O sistema de coordenadas adotado está invertido, visando dar maior destaque à linha internacional de mudança da data. d) Este mapa inverte a posição real dos continentes no planeta. e) Trata-se de uma projeção azimutal, com vistas a dar maior destaque às áreas situadas acima dos 40 de latitude. 41

42 CAPÍTULO 4 Cartografia e novas tecnologias Atualmente, a tecnologia utilizada na produção de mapas inclui o uso de computadores e satélites. Mapas computadorizados altamente precisos e detalhados são produzidos com base em imagens feitas do espaço por satélites, que captam ondas eletromagnéticas provenientes da Terra (incluindo a radiação infravermelha). Dessa forma, um novo domínio do planeta, que exige investimentos e recursos volumosos, está à disposição dos Estados Sensoriamento remoto O sensoriamento remoto, um dos principais recursos tecnológicos utilizados atualmente, é um sistema de obtenção de informações aéreas ou espaciais. Sensores remotos localizados em satélites artificiais captam, registram e processam imagens da energia refletida por elementos da superfície terrestre (formas do relevo, objetos etc.) (veja o boxe da página ao lado). O sensoriamento remoto por meio de satélites artificiais teve início no fim da década de 1950, depois do lançamento, pela ex-união Soviética, do primeiro satélite artificial, o Sputnik, em Desde então, diversos outros programas foram desenvolvidos. Dentre os principais sistemas de sensoriamento por satélite da atualidade podemos citar o Landsat e o Ikonos (EUA), desenvolvidos pela National Aeronautics and Space Administration (Nasa), o Spot (França), o Resurs (Rússia) e o CBERS (sino-brasileiro). Além de agilizar o levantamento de dados e o mapeamento, o sensoriamento remoto permite tornar mais precisos os dados obtidos com esses procedimentos. Pode ser aplicado em diversas áreas: na cartografia, na previsão do tempo, na análise geomorfológica e geológica de um terreno, no estudo da atmosfera terrestre e do clima, para mapeamento dos recursos naturais, na distribuição da vegetação. Essa técnica também possibilita o monitoramento dos impactos ambientais resultantes, por exemplo, de queimadas e de processos erosivos. No entanto, há ainda controvérsias em relação à propriedade dos dados obtidos por satélite, já que algumas dessas informações têm importância estratégica, e sua divulgação poderia ser considerada uma violação de segredos dos países mapeados (veja o boxe Sensoriamento remoto e legislação, p. 44). Na segunda metade do século XX, foram lançados ao espaço aproximadamente satélites. Entretanto, só cerca de 500 deles continuam funcionando. O restante virou sucata e está perdido no espaço. Cerca de 2 mil toneladas de lixo espacial poderão ser, em algum momento, atraídas pela força gravitacional da Terra. É provável que uma quantidade significativa deles caia nos oceanos, que ocupam a maior parte da superfície terrestre. Outra porção desse lixo deverá se desintegrar ao entrar novamente na atmosfera. Para evitar o risco de acidentes com esses resíduos, o trânsito orbital precisa ser regulamentado, de forma a garantir que os satélites funcionem com segurança e eficiência. Nesse sentido, em

43 Da imagem ao mapa A imagem do satélite TM-Landsat-5 foi fundamental para a elaboração do mapa da região nordeste de São Paulo. Nela podem ser verificados os diferentes tipos de paisagem representados no mapa. Observe, por exemplo, como foi possível mostrar com detalhes a área de floresta identificada na foto. 1 TM-LANDSAT-5 Imagem da região nordeste de São Paulo obtida do satélite TM-Landsat-5. 2 MG NORDESTE DE SÃO PAULO: USO DA TERRA Santo Antônio do Pinhal S E R R A Campos do Jordão D A Rio Paraíba do Sul Caçapava M A N T I Q U E I R A BR-116 Taubaté Pindamonhangaba Lorena Guaratinguetá Aparecida SA. DO QUEBRA-CANGALHA Rio Paraitinga SÃO PAULO A R MORRO BOA VISTA M SA. DA BOCAINA Parati RIO DE JANEIRO Angra dos Reis Baía da Ilha Grande Ponta da Juatinga Ilha Grande São José dos Campos Repr. Sta. Branca Rio Tietê Repr. Ponte Nova Paraibuna Ponta do Una Repr. Paraitinga Maresias S E São Sebastião Rio A R R Caraguatatuba D O Paraibuna Ilhabela BR-101 M Ubatuba Ilha de São Sebastião Ilha Anchieta I. dos Búzios OCEANO ATLÂNTICO 45ºO 12 km Ponta da Trindade TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO Área urbanizada Cultura Pastagem-campo antrópico Silvicultura Capoeira Campo Floresta Limite de estado Rodovia Ferrovia Represa Pico Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, p

44 2007 foram aprovadas diretrizes pelo Comitê das Nações Unidas para o Uso Pacífico do Espaço Cósmico (Copuos), que regulamenta as atividades espaciais. Porém, os problemas persistem porque algumas potências espaciais preferem normas técnicas a normas jurídicas, já que estas têm maior peso político. É necessário também a criação de um sistema de controle que permita saber, exatamente e o tempo todo, a localização de cada satélite. Vale lembrar que, segundo a Convenção sobre Responsabilidade Internacional dos Estados pelos Danos Causados por Objetos Espaciais, de 1972, um país é responsável pelos danos causados a um objeto espacial de um outro, no espaço, se ficar caracterizada a culpa do país ou de pessoas pelos quais ele é responsável. Do espaço, os satélites conseguem informações estratégicas que muitos países não gostariam que fossem conhecidas, e muito menos revela- Reflita das. Por outro lado, os proprietários dos satélites têm livre acesso a essas informações. A quem, realmente, pertencem as imagens obtidas por sensoriamento remoto: aos detentores de satélites ou aos países que são objeto dessas imagens? 3 Figura 3 Vista parcial do Canal do Panamá, ao centro, e do Lago Miraflores, no alto à esquerda, Panamá, A cartografia ao alcance de todos Desde 2005, um programa de computador, o Google Earth, foi colocado à disposição para uso pessoal permitindo o acesso a um globo terrestre montado a partir de imagens aéreas e de satélites do mundo todo (figuras 3 e 4). Para as representações bidimensionais de espaços tridimensionais foram utilizadas técnicas como o Sistema de Informação Geográfica (SIG) que por meio de programas de computador integra bancos de dados, analisa e processa as informações espaciais. Desde a sua criação, o programa foi atualizado constantemente e se difundiu tornando possível a qualquer cidadão, além de gerar mapas, espiar e explorar visualmente o planeta todo, a partir de um computador ou até de um telefone celular. Novas versões do programa permitem também a navegação pelo universo (Marte, Urano, Lua) e pelo fundo dos oceanos e localização de áreas vulcânicas e de terremotos. A disponibilidade gratuita do programa revolucionou o acesso à visualização de qualquer área do planeta, tão restrito em séculos passados. Mas, assim como possibilita a navegação despretensiosa por áreas geladas do Polo Norte, ruas de qualquer cidadela do mundo e por lugares turísticos, como a Torre Eiffel, em Paris, também fornece acesso a lugares estratégicos, como bases militares, prédios oficiais, refinarias, usinas nucleares etc. Por esse motivo, governantes de diversos países protestaram contra a facilidade de acesso a informações antes restritas e globe/google earth 44

45 pediram medidas de proteção. Mas o avanço é irreversível e empresas de tecnologia concorrentes investem no setor. Mapas digitais também são oferecidos aos milhares na internet. Com isso, a era dos mapas secretos parece ter chegado ao fim e os governantes terão de se adaptar às novas tecnologias. 4 france/google earth Figura 4 Vista parcial de Paris com marcador vermelho no centro indicando a posição da Torre Eiffel, França, Sistema de Posicionamento Global O GPS (Global Positioning System; em português, Sistema de Posicionamento Global) oferece, com grande precisão, a posição instantânea de um receptor em qualquer ponto da Terra. Consiste em um sofisticado sistema eletrônico que se apoia em uma rede de satélites (figura 5). 5 SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL Fonte: FatorGIS. Disponível em: < Acesso em: 1 o fev Figura 5 Atualmente, os recursos de orientação do GPS são utilizados em aeronaves, embarcações, automóveis e até mesmo celulares, o que prova o alcance e o grau de difusão dessa tecnologia. 45

46 O GPS é muito utilizado no levantamento de dados. Esse sistema determina a posição de objetos, ruas, estradas, rios e limites de propriedades, tendo grande utilidade também na confecção de cartas temáticas, no controle de fronteiras, na prospecção e exploração de recursos naturais, na coleta de dados para planejamento ambiental etc. 3 O Brasil na era dos satélites O Brasil e a China desenvolveram o programa CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite; em português, Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres). Essa parceria no setor técnico-científico espacial levou o Brasil a ingressar no seleto grupo de países detentores da tecnologia de sensoriamento remoto, mercado até então dominado pelos países desenvolvidos. A responsabilidade do programa ficou a cargo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Academia Chinesa de Tecnologia (Cast). Num primeiro momento, foram desenvolvidos dois satélites: CBERS-1 (lançado em 1999) e CBERS-2 (lançado em 2003). Como cada satélite tem vida útil de dois a três anos, são periodicamente substituídos por novas unidades como o CBERS- -2B, lançado em O sucesso do lançamento e o perfeito funcionamento dos satélites levou os dois países a expandir o acordo, incluindo o desenvolvimento de mais dois satélites: o CBERS-3 (previsto para 2013) e o CBERS-4 (previsto para 2014). As principais aplicações dos CBERS estão nos setores agrícolas e de levantamento de riquezas naturais (figura 6). cbers/inpe/divulgação 6 Figura 6 Imagem da cidade de Fortaleza (CE) obtida pelo satélite CBERS-1 (2004). O satélite fornece informações sobre a agricultura. No caso da capital cearense, foram construídos vários açudes nos arredores para garantir o abastecimento de água Anamorfose Muitas vezes o fenômeno a ser cartografado ou mapeado está diretamente relacionado ao seu grau de incidência em um território, aos dados e informações estatísticas a ele referentes e não necessariamente à forma ou dimensão do território em si. Quando isso acontece, recorre-se a uma anamorfose (literalmente formar de novo ) para fazer a representação geográfica. Esse recurso não se prende à representação tradicional de uma região, mas se detém num determinado elemento (figura 7).

47 7 POPULAÇÃO (2000) ESTADOS UNIDOS CHINA BRASIL NIGÉRIA 10 milhões de habitantes ÍNDIA INDONÉSIA JAPÃO Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, p. 7. Figura 7 A população mundial é o elemento representado no mapa. O tamanho dos países se subordina a esse fator. 5 Novas tecnologias e velhos ícones Os símbolos são a linguagem visual de um mapa. Assim, independentemente de como os dados são obtidos, por meio de novas ou velhas tecnologias, os mapas utilizam uma simbologia universal que permite que, seja qual for o idioma, as informações cartográficas venham a ser compreendidas. Os símbolos e convenções ajudam na interpretação dos mapas. Por exemplo, o uso das cores: azul (água), verde (vegetação), marrom (relevo) etc. Veja a figura a seguir: 8 A ATUALIZAÇÃO DOS SÍMBOLOS Mas os mapas podem mostrar algo mais do que apenas a posição do lugar, isto é, fazer mais do que responder à questão onde?. Eles podem dizer muito mais sobre cada lugar, caracterizando-o. Entramos, assim, no domínio dos mapas temáticos. MARTINELLI, Marcello. Gráficos e mapas, construa-os você mesmo. São Paulo, Moderna, p. 10 e 70. Símbolos diferenciados Linhas diferenciadas Áreas diferenciadas Pontos ordenados Linhas ordenadas Áreas ordenadas O aspecto ordenado responde à questão em que ordem?, caracterizando relações de ordem entre os lugares. Pontos proporcionais Linhas proporcionais Áreas proporcionais O aspecto qualitativo responde à questão o quê?, caracterizando relações de diversidade entre os lugares. O aspecto quantitativo responde à questão quanto?, caracterizando relações de proporcionalidade entre os lugares. Fonte: COELHO, Marcos A.; TERRA, Lygia. Geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, p. 24. Os mapas sempre foram um instrumento eficaz de representação do espaço. Com a utilização de tecnologias cada vez mais sofisticadas, hoje em dia eles são elaborados com muita precisão. 47

48 Exercícios dos conceitos 1 Observe a foto de satélite da cidade de Fortaleza na página 46. Considerando que as manchas urbanas são registradas na cor púrpura e as águas em preto, analise a imagem dos arredores de Fortaleza e responda: a) Qual é o padrão espacial da área metropolitana de Fortaleza? Na orla marítima está concentrada a maior parte dos edifícios e equipamentos urbanos da mancha metropolitana, dentro dos limites do município de Fortaleza. As demais cidades estão pulverizadas em um eixo norte-sul, interligadas à cidade de Fortaleza por meio de eixos viários. b) Por que foram construídos os diversos açudes observados na imagem? Como Fortaleza está localizada no Polígono das Secas, os açudes servem para garantir um abastecimento satisfatório de água à cidade. 2 Leia o texto e responda. Na ex-urss, trinta cidades nas quais se localizavam importantes institutos militares eram interditadas, ou seja, não apareciam nos mapas. Muitos institutos militares localizados fora dessas cidades também jamais foram localizados nos mapas públicos. Os cientistas soviéticos inventaram projeções cartográficas especiais, que usavam sistemas falsos de coordenadas geográficas. Essas projeções eram utilizadas, por exemplo, nas publicações geológicas nas quais apareciam as reservas de matérias- -primas. Dessa forma, era impossível localizar as reservas cartografadas. Entrevista com Ruben Mnatsakanian. Em: BAUD, Pascal et al. Dictionnaire de géographie. Paris: Hatier, p. 49. Com base nesse exemplo, explique por que a cartografia é considerada um instrumento de poder. Espera-se que os alunos apontem a importância da cartografia como conhecimento estratégico para o Estado, sobretudo em situações de conflito bélico, nas quais a localização exata dos elementos do espaço permite a elaboração de estratégias de controle e de invasão mais eficientes. 3 Qual é a relação das ondas eletromagnéticas com as imagens de satélite? Os satélites espaciais conseguem captar as ondas eletromagnéticas emitidas pela superfície terrestre e as usam para produzir imagens. 48

49 4 Nos dias de hoje o uso do GPS se torna cada vez mais comum. Explique o que é e como funciona esse sistema. O GPS (Global Positioning System, ou Sistema de Posicionamento Global) consiste em um sofisticado sistema eletrônico que se apoia em uma rede de satélites e oferece, com grande precisão, a posição instantânea de um receptor em qualquer ponto da Terra. 5 A aliança entre Brasil e China na área de produção de satélites está sendo muito proveitosa para o Brasil. Explique por quê. O Brasil e a China desenvolveram o programa CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite, ou Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres). Essa parceria no setor técnico-científico espacial levou o Brasil a ingressar no seleto grupo de países detentores da tecnologia de sensoriamento remoto, mercado até então dominado pelos países desenvolvidos. 6 Por que, apesar da existência de novas tecnologias, ainda se utilizam praticamente os mesmos símbolos de antigamente em um mapa? Isso ocorre porque a linguagem visual de um mapa tem de ser universal. Qualquer pessoa, independentemente da língua que fale, deve ser capaz de interpretá-lo. Por esse motivo, os símbolos foram mantidos. Professor: Na Plataforma UNO, consulte o Banco de Questões e incentive os alunos a usar o Simulador de Testes. Retomada dos conceitos 1 (Cefet-MG) Em relação às características da cartografia automática ou da cartografia assistida por computador, é verdadeiro afirmar que: a) na década de 1980, com a utilização da informática, surgiu a tecnologia da cartografia automática. b) ocorreu grande velocidade na produção de inúmeros mapas diferentes a partir de um mesmo conjunto de informações digitais. c) na cartografia automática, os programas de computadores não realizam conversões de uma projeção para outra. d) a cartografia automática não pode ser alimentada pelas tecnologias de sensoriamento remoto. e) as informações arquivadas sob forma eletrônica formam um banco de dados denominado escala. 49

50 2 (PUC-SP) Veja com atenção: POPULAÇÃO ABSOLUTA NO MUNDO (2000) Fonte: < Esse mapa-múndi é uma anamorfose. O tamanho dos países depende da quantidade de habitantes. Sobre o que você está vendo pode ser dito que: a) países como Japão e Austrália ficam sub-representados em razão de terem pequena população, a despeito de terem grande extensão territorial. b) a Europa ocidental tem pouca expressão no mapa-múndi por ser uma área que está perdendo população, por conta de sua baixa taxa de natalidade. c) na América do Norte a representação praticamente coincide com o mapa que mostra a extensão territorial, pois México, Canadá e os EUA possuem grandes populações. d) a Ásia ganha área em relação ao mapa convencional, o que mostra que alguns países têm grande população absoluta. e) em relação a um mapa convencional, a África perde muito mais área que a América do Sul, mostrando o quanto esse continente é pouco populoso. 3 (UFC-CE) Analise as afirmativas a seguir, que se referem a aspectos de natureza cartográfica. I. As fotografias aéreas e as imagens de satélite constituem recursos técnicos de sensoriamento remoto, utilizados no mapeamento do espaço geográfico. II. As isoietas são linhas que unem pontos altimetricamente iguais e servem para representar as variações existentes no relevo submarino. III. As representações cartográficas de rochas, relevo e solos resultam, respectivamente, em mapas geológicos, geomorfológicos e pedológicos. De acordo com as afirmativas acima, assinale a opção correta. 50 a) Apenas II é verdadeira. b) Apenas III é verdadeira. c) Apenas I e II são verdadeiras. d) Apenas I e III são verdadeiras. e) I, II e III são verdadeiras.

51 4 (FGV-SP) Considere a história em quadrinhos apresentada a seguir. LAERTE Fonte: Laerte. Folha de S.Paulo, fev A história em quadrinhos faz referência: a) à transição da agência espacial americana Nasa para empresa comercial voltada ao público civil. b) à popularização e democratização do uso da internet e de programas de sensoriamento remoto no Brasil. c) à expansão do uso de imagens de satélite para investigação de fenômenos em várias escalas. d) à globalização, que possibilitou maior integração do espaço mundial pela rápida evolução das telecomunicações. e) aos vultosos investimentos brasileiros em programas de sensoriamento remoto voltados para o controle do território nacional. 5 (UFPI) O sensoriamento remoto é uma técnica utilizada pela Cartografia para analisar e interpretar o espaço geográfico. Marque a alternativa que indica corretamente o material utilizado por essa técnica. a) Telescópio, bússola e clinômetro. b) Astrolábio, satélites e altímetro. c) Fotos aéreas, imagens de radar e de satélites. d) Cartas marítimas, cartas náuticas e radares. e) Termógrafos, bússolas e curvímetros. 6 (UFU-MG) No final do século XX e início do século XXI, vivenciamos grandes transformações técnicas e científicas; aliadas a elas adquirimos grande rapidez na transmissão de informações, facilmente evidenciada nos procedimentos de aquisição e manipulação de dados. A cartografia, que sempre contribuiu para uma maior visualização das distribuições dos fenômenos geográficos, também vem se utilizando destas novas tecnologias. Os dados obtidos pelos satélites da série Landsat, Spot, CBERS, Ikonos, Goes, Meteosat vêm sendo muito utilizados por profissionais das mais diferentes áreas, especialmente por geógrafos. Cite cinco aplicações dos satélites mencionados. Fiscalização de áreas estratégicas, previsões meteorológicas, mapeamentos, levantamento de recursos, análise de problemas ambientais. 51

52 7 (UFSM-RS) Figura 1 Pontos Linhas Áreas Figura 2 Símbolos Linhas Áreas Figura 3 Pontos Linhas Áreas COELHO, Marcos A.; TERRA, Lygia. Geografia geral: o espaço natural e socioeconômico. São Paulo: Moderna, p. 24. Os mapas podem mostrar algo mais do que apenas a posição do lugar, isto é, podem fazer mais do que responder à questão onde?. Considerando as figuras, assinale verdadeira (V) ou falsa (F) nas afirmativas a seguir. ( ) A utilização dos símbolos representados na figura 1 permite visualizar o aspecto ordenado, caracterizando relações de ordem dos fenômenos geográficos. ( ) O uso dos símbolos representados na figura 2 permite visualizar o aspecto qualitativo, caracterizando relações de diversidade dos fenômenos geográficos. ( ) O emprego dos símbolos representados na figura 3 permite visualizar o aspecto quantitativo, caracterizando relações de proporcionalidade dos fenômenos geográficos. A sequência correta é a) V V V. c) F V F. e) V F F. b) V F V. d) F F V. 8 (UFC-CE) A linguagem cartográfica é essencial à geografia. Neste âmbito, considere as afirmações adiante. I. O mapa é uma reprodução idêntica da realidade. II. São elementos que compõem os mapas: escala, projeção cartográfica, símbolo ou convenção e título. III. A escala é a relação entre a distância ou comprimento no mapa e a distância real correspondente à área mapeada. Considerando as três assertivas, pode-se afirmar corretamente que: a) apenas I é verdadeira. d) apenas I e III são verdadeiras. b) apenas II é verdadeira. e) apenas II e III são verdadeiras. c) apenas III é verdadeira. 52

53 Leitura visual Observe, nos mapas que se seguem, a região do Japão. A PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB) 2000 REINO UNIDO ESTADOS UNIDOS FRANÇA ALEMANHA ITÁLIA CHINA COS JAPÃO BRASIL ARS 80 bilhões de dólares Fonte: ONU, B PLANISFÉRIO: ESTRUTURA GEOLÓGICA RAS km Escudos antigos Escudos recobertos por sedimentos Outras regiões sedimentares Dobramentos antigos Dobramentos recentes Fossas abissais Principais alinhamentos montanhosos Dorsais submarinas Fossas tectônicas Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, p

54 1 Identifique os tipos de representação geográfica das imagens A e B. A imagem A é uma anamorfose, tipo de representação que prioriza um fenômeno ou um elemento em detrimento da forma do território. A imagem B é uma representação do planisfério segundo a estrutura geológica. 2 Observe a dimensão do Japão na imagem A e na imagem B. Explique a diferença nas duas projeções. Na imagem A o Japão assume uma proporção maior, uma vez que o elemento representado é o Produto Nacional Bruto (PNB) e o Japão é um dos países mais ricos do planeta. Na imagem B o Japão é mostrado em seu tamanho natural sendo possível observar a pequena dimensão de seu território (nesse mapa o objetivo é mostrar a estrutura geológica, e a proporção entre os países é mantida, com pequenas distorções, resultantes do caráter bidimensional da cartografia. 3 Na imagem B observe a legenda e identifique, em linhas gerais, as características geológicas do território japonês. O Japão se localiza em uma área de dobramentos. Esse tipo de estrutura geológica tem como característica a origem recente (era cenozoica), a presença de elevadas cadeias montanhosas e os constantes abalos sísmicos e vulcões. 54

55 Conexões PARA ASSISTIR PARA LER Cidade dos homens: Correio, de Kátia Lund e Paulo Lins. Brasil, O terceiro episódio da primeira temporada da série apresenta os personagens diante do problema da falta do serviço de correio na favela. Eles iniciam o trabalho como carteiros e, a partir de uma falha na entrega das correspondências, decidem produzir um mapa da comunidade. As montanhas da lua, de Bob Rafelson. EUA, Baseado no livro de William Harrison, narra a expedição da descoberta do lago Vitória, na busca pela nascente do rio Nilo. É interessante observar que, na falta de melhor conhecimento técnico, os cartógrafos iriam ocupar o centro da África levando em conta hipóteses e lendas que cada um deles levantava. À medida que os descobrimentos foram avançando, o contato direto com o que se via foi destruindo as lendas. O descobrimento da Terra, de Oswaldo Dreyer-Eimbecke. São Paulo: Melhoramentos, O livro apresenta um pouco da história da cartografia e dos descobrimentos que se realizaram por meio dos instrumentos cartográficos. Possibilita o entendimento de que as pessoas podem se deslocar nos territórios, viajar a lugares em que nunca estiveram antes usando mapas. A geografia: isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra, de Yves Lacoste. Campinas: Papirus, O geógrafo francês aborda como o conhecimento geográfico e o conhecimento cartográfico são utilizados pelos Estados para desenvolver táticas de guerra. REPRODUçÃO PARA NAVEGAR Google Earth ( Google Earth é um navegador geográfico, isto é, uma ferramenta para visualizar, criar e compartilhar arquivos interativos com informações visuais específicas do local. Permite voar para qualquer lugar na Terra e ver imagens de satélite, mapas, terrenos, edificações em 3D e até mesmo explorar galáxias no céu. Embrapa Monitoramento por Satélite ( A combinação de novas técnicas, softwares de domínio público e programas desenvolvidos na Embrapa Monitoramento por Satélite permitiu disponibilizar, via internet, imagens reais do Brasil. A iniciativa garante o acesso gratuito a subprodutos de satélites, que antes eram de uso exclusivo de pesquisadores ou do governo, devido, principalmente, ao alto custo e à alta demanda de memória eletrônica para armazenagem dos arquivos. 55

56 Navegando no módulo Planeta e cartografia Origem Terra Datação eras geológicas Teoria da deriva continental crosta Manto núcleo cartografia Rochas Teoria da tectônica de placas ciclos das rochas Sismologia Camadas internas da Terra mapas escala projeção cilíndrica equivalente éon hadeano éon arqueano éon proterozoico éon fanerozoico geopolítica azimutal ortográfica númerica gráfica GPS magmáticas sedimentares metamórficas sensoriamento remoto anamorfose símbolos GEOGRAFIA Lygia Terra Regina Araujo Raul Guimarães

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