Como Se Faz 1 RESUMO. PALAVRAS-CHAVE: Comunicação; Criação; Televisão; Educação; Reciclagem. 1 INTRODUÇÃO

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1 Como Se Faz 1 Marcelo Goulart de ARAÚJO 2 Michelle Maria de Pontes PESSOA 3 Miriam Moema PINHEIRO 4 Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN RESUMO Diante da necessidade de veiculação de novos formatos e programas para a televisão, o projeto Como Se Faz surge como alternativa para atrelar o lúdico ao tema sustentabilidade, utilizando material reciclável, recriando brinquedos e peças decorativas para uso no dia a dia. Direcionado à faixa etária infanto-juvenil, o programa é de fácil compreensão, pois adota uma linguagem simples, objetiva e direta. PALAVRAS-CHAVE: Comunicação; Criação; Televisão; Educação; Reciclagem. 1 INTRODUÇÃO Reaproveitar o que iria para o lixo é a temática do Como Se Faz. Utilizando a linguagem televisiva mostra que é possível recriar objetos, transformando em materiais úteis que podem ser usados por toda família. A ideia de produzir este programa educativo surge basicamente com a finalidade de educar o espectador, relacionando o lúdico ao sustentável. Ao final da exibição do programa, o telespectador deve sentir-se motivado a produzir o que aprendeu, assim como interagir, dando novas ideias e sugestões. Pensando no projeto foi necessário um olhar direcionado para a programação das emissoras da TV aberta. Após essa análise foi identificado a carência de conteúdo de caráter educativo. A partir dessa observação surgiu a ideia de atribuir elementos recicláveis em um programa de televisão, objetivando criar uma programação de cunho mais educativo, aliando o formato televisivo à sustentabilidade, tema de grande importância nos dias atuais. 1 Trabalho submetido ao XXI Prêmio Expocom 2014, na Categoria Rádio TV e Internet, na modalidade 02 Programa laboratorial de TV. 2 Estudante do 9º semestre do Curso de Radialismo da UFRN, midiagoulart@hotmail.com. 3 Estudante do 8º Semestre do Curso de Radialismo da UFRN, michelli_pessoa@hotmail.com. 4 Orientadora do Trabalho. Professora Doutora do Departamento de Comunicação Social da UFRN, moemapinheiro@uol.com.br. 1

2 De fato, talvez se deva buscar, em televisão, um conceito de qualidade a tal ponto elástico e complexo, que permita valorizar trabalhos nos quais os constrangimentos industriais (velocidade e estandardização da produção) não sejam esmagadoramente conflitantes com a inovação e a criação de alternativas diferenciadas, nos quais a liberdade de expressão dos criadores não seja totalmente avessa às demandas da audiência, nos quais ainda as necessidades de diversificação e segmentação não sejam inteiramente refratárias às grandes questões nacionais e universais (MACHADO, 2005, p. 25). O vídeo experimental apresenta a confecção de três objetos, sendo mostrados de acordo com o grau de dificuldade. Brinquedos e peças decorativas são produzidos utilizando o que as pessoas têm disponível em casa e que pode ser usado na confecção das peças. O programa possui cerca de oito minutos e meio, divido em três blocos. Em cada um há a apresentação de um objeto e como se faz até chegar à etapa final. É do gênero entretenimento com um formato educativo, explorando uma temática que desperta interesse e causa impacto junto ao público espectador, graças a sua atualidade. 2 OBJETIVO O principal objetivo do programa é mostrar que qualquer pessoa pode recriar peças e produzí-las facilmente através do reaproveitamento de material em desuso. Além de possibilitar a integração entre os interessados em reciclagem, motiva e desperta o telespectador para confecção de objetos utilitários. Com isso pretende alertar as famílias, educadores e jovens que é possível dar uma nova destinação ao lixo doméstico. Dessa forma, pretendemos criar uma nova percepção acerca do que pode ser reaproveitado, oferecendo um formato de programa ágil, fácil e dinâmico, utilizando uma linguagem acessível. Com elementos de edição, o Como Se Faz pretende ser mais uma alternativa prática para soluções criativas na relação diária entre o público alvo pretendido. Sempre que pretender usar um efeito visual, pergunte-se: É realmente necessário? Ele vai ajudar a esclarecer e intensificar a minha mensagem? É apropriado? Se a resposta a todas as três perguntas for sim, os efeitos vão estar facilmente disponíveis até mesmo nas mesas de corte mais modestas, e muitos outros podem ser criados com softwares de efeitos especiais (ZETTL, p. 242). 2

3 3 JUSTIFICATIVA Percebendo a necessidade de programas de base educativa na TV aberta, o Como Se Faz surge como mais uma alternativa para ocupar esse espaço e mostrar que a comunicação aliada à educação é uma ferramenta de ensino-aprendizagem capaz de proporcionar a ampliação da informação e expressão comunicativa do receptor através da arte. Nesse sentido, vimos a viabilidade da produção de um programa que contemplasse essa lacuna, podendo ser veiculado tanto nas empresas comerciais quanto nas públicas, uma vez que a temática detém um dos principais componentes na seleção da informação que é a atualidade. 4 MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS Após o surgimento da idéia, adotamos a pesquisa bibliográfica capaz de fundamentar o tema escolhido. Além disso, fizemos um levantamento na internet de produções televisivas com esse assunto. Em seguida, discutimos em grupo quais os objetos que seriam escolhidos para confecção e o material a ser utilizado. Partimos para a etapa de pré-produção, elaboração de roteiro, definição da gravação em estúdio, personagens integrantes da narrativa, locução, escolha de cenário e aquisição de todo o material. A etapa seguinte comportou a produção propriamente dita, testes de iluminação, planos, enquadramentos e produção de fotografias para a elaboração do storyboard. Partimos para o ensaio geral e a gravação. A última etapa foi dedicada a pós-produção, edição das imagens e trilhas sonoras, vinheta de abertura, chroma-key e finalização. 5 DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO O produto é um programa educativo com duração máxima de oito minutos e trinta segundos, dividido em três blocos, sendo que em cada um confeccionando um objeto diferente. Possui uma abertura diretamente relacionada a uma idéia criativa, a qual procura incentivar os telespectadores a usar as mãos, e com elas criar e recriar 3

4 coisas novas e diferentes que talvez não tenham imaginado ser possível fazer. No início de cada bloco, o apresentador informa ao público todos os materiais que serão utilizados na confecção das peças. De forma lúdica e didática é mostrado na tela passo a passo de cada etapa de construção do objeto. Utilizamos no áudio vozes infantis numa locução intencional, com intuito de despertar as crianças para a produção de peças elaboradas com material reciclado. Dessa maneira o programa se tornou mais lúdico com atrativos que incentivam a emoção e o imaginário, a fantasia infantil. No final de cada bloco, o produto final é apresentado. Entra na tela a chamada para o bloco seguinte com os utensílios necessários para a próxima produção. Dessa forma continua até o fim do terceiro e último bloco, quando o programa chega ao final, mostrando as crianças se divertindo com tudo que foi apresentado, experimentando na prática a utilidade dos brinquedos produzidos. 6 CONSIDERAÇÕES Ao passar por todas as etapas de uma produção foi constatado que o projeto possibilitou o aprendizado sobre a produção na TV. Desde o início, no processo de pesquisa, observamos quanta coisa poderia desenvolver e compartilhar com as pessoas através do texto audiovisual. Tudo o que vemos ou ouvimos em televisão ou cinema é fruto de uma idéia. Trata-se de um conceito aparentemente simples, porém criar, todas as semanas, boas idéias para um programa de TV, particularmente as viáveis, não é tarefa fácil. O produtor profissional de televisão não pode esperar pela eventual inspiração divina, mas criar boas idéias de acordo com a necessidade (ZETTL, 2011, p. 23). Durante todo o processo de produção, assimilamos novos conhecimentos o que nos fez acreditar que a televisão quando cumpre o seu papel de informar, educar e entreter pode ser uma ferramenta poderosa na formação de uma opinião crítica e cidadã. O vídeo experimental dá margem a continuidade, num formato seriado ou de interprogramas, em que cada episódio ensina e mostra como é possível recriar novas peças, usando o que se tem em casa. Nossa intenção é apostar na força desse projeto que 4

5 além de instruir, pretende encantar e implantar em seu telespectador a necessidade de reaproveitamento de material até então em desuso, considerado como lixo doméstico. Por essa razão estamos empenhados na busca de parcerias, patrocinadores para assumir os custos de produção a fim de que possamos inserir na grade de programação de uma emissora de TV aberta. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRESLIN, Jan Roberts. Produção de Imagem e Som. São Paulo, Ed. Campus / Elsevier, DUARTE, Elizabeth Bastos. Televisão - Ensaios Metodológicos. Rio Grande do Sul, Ed. Sulinas, DUARTE, Elizabeth Bastos; CASTRO, Maria Lília Dias de. Televisão: Entre o Mercado e a Academia. Rio Grande do Sul, Ed. Sulinas, KELLISON, Catherine. Produção e Direção Para TV e Vídeo. Rio de Janeiro. Elsevier, Editora, MACHADO, Arlindo. A Televisão Levada A Sério. 4ª Ed São Paulo: Editora Senac São Paulo, ZETTL, Herbert. Manual de Produção de Televisão. São Paulo: Cengage Learning,