A IMPORTÂNCIA DA CRIAÇÃO EM CATIVEIRO PARA A PRESERVAÇÃO DAS AVES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO: UMA AVALIAÇÃO DAS AÇÕES EXECUTADAS PELO IBAMA.

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1 i ANA RAQUEL FRANCO CARVALHO A IMPORTÂNCIA DA CRIAÇÃO EM CATIVEIRO PARA A PRESERVAÇÃO DAS AVES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO: UMA AVALIAÇÃO DAS AÇÕES EXECUTADAS PELO IBAMA. Monografia apresentada ao curso de Engenharia Ambiental da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial à obtenção do Título de Bacharel em Engenharia Ambiental. Orientador: Profª. Drª. Ida Cláudia Pessoa Brasil Brasília 2007

2 ii UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA CURSO: ENGENHARIA AMBIENTAL A IMPORTÂNCIA DA CRIAÇÃO EM CATIVEIRO PARA A PRESERVAÇÃO DAS AVES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO: UMA AVALIAÇÃO DAS AÇÕES EXECUTADAS PELO IBAMA Monografia defendida e aprovada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Ambiental, em 13 de junho de 2007, pela banca examinadora constituída por: Profª. Drª. Ida Cláudia Pessoa Brasil (Orientadora) Profª. Msc. Elenice dos Santos Costa (Examinadora) Brasília UCB

3 iii Dedico este trabalho primeiramente a Deus pela minha saúde, aos meus pais, Afonso e Edelvira Cristina, que sem o apoio deles não teria feito a minha graduação e ao Lidor que me incentivou nas horas que mais precisei e aos amigos de todas as horas.

4 iv Agradeço especialmente, À Deus pelo discernimento dado, À minha família, pela compreensão; À Professora Ida Claudia Brasil, pelo excelente auxílio no decorrer do trabalho e amizade; Ao meu namorado Lidor, pelo auxílio, paciência, incentivo e amor; Aos meus colegas do Ibama, em especial a Ugo Vercillo pela compreensão, Leonardo Mohr, Fernando Dal Ava e Flávia Sibele, pelo conhecimento transmitido no ambiente de trabalho; A todos aqueles que de alguma forma contribuíram para a realização deste trabalho, obrigada!

5 v RESUMO O Brasil é um país megadiverso e o detentor de uma das maiores biodiversidade de aves do mundo. Devido à perda e a degradação de hábitats e a antiga prática de captura de aves na natureza, sua avifauna está seriamente ameaçada. A criação de aves em cativeiro nas categorias comercial, conservacionista e amadorista é uma forma de preservação das espécies de aves ameaçadas de extinção. O presente estudo tem como objetivo analisar as ações executadas pelo Ibama no que se refere a criação em cativeiro como uma forma de preservação dessas espécies. Os resultados dessa análise demonstraram uma limitação nas ações, que comprometem a proteção da avifauna ameaçada de extinção. PALAVRAS-CHAVE: aves ameaçadas de extinção, criação em cativeiro, ações do Ibama.

6 vi ABSTRACT Brazil is the country that has the world's greatest bird biodiversity. Due to the loss and degradation of habitats and to the ancient practice of the capture of birds in the nature, Brazil's bird fauna is under serious threat. The brazilian categories stablihed to criate birds in captivity (commercial, conservative and anaterur), are some of one several ways to preserve the different species of birds that are under the threat of extinction. The purpose of the following study is to analyze the actions taken by Ibama regarding the breading in captivity of these birds as a way of preservation. The results of this analysis give proofs of the boundary of the actions being taken to promise the protection of all the bird fauna under threat. KEYWORDS: birds under threat of in extinction, nursing in captivity, actions of ibama.

7 vii SUMÁRIO RESUMO...v ABSTRACT...vi LISTA DE TABELAS...viii LISTA DE SIGLAS, SÍMBOLOS E ABREVIATURAS...x 1. INTRODUÇÃO OBJETIVOS JUSTIFICATIVA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Aves Ameaçadas de extinção no Brasil Políticas Públicas para a preservação das espécies de aves ameaçadas de extinção Estrutura Regimental do Ibama Criadouros de Aves Ações do Ibama para a preservação das aves ameaçadas Planos publicados na série espécies ameaçadas Criadouros de aves existentes no âmbito do Distrito Federal MATERIAIS E MÉTODOS RESULTADOS E DISCUSSÕES CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES...44 ANEXOS...47

8 viii LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Hierarquia das principais ameaças para extinção de aves...9 Tabela 2 - Categorias da lista de espécies ameaçadas de extinção...10 Tabela 3 - Número de espécies de aves ameaçadas de extinção ou extintas por família em cada categoria, de acordo com a Lista Nacional Revisada...11 Tabela 4 - Explica os anexos da CITES Tabela 5 - Quadro das prioridades para elaboração para dos planos de ação do Ibama...30 Tabela 6 - Quantidade de criadouros existentes no Distrito Federal por categoria...34

9 ix LISTA DE FIGURAS Figura 1 - bem-te-vi [Pitangus sulphuratus]...5 Figura 2 - mutum-do-nordeste [Mitu mitu]...5 Figura 3 - arara-azul-pequena [Anodorhynchus glaucus]...5 Figura 4 - Representa a distribuição da quantidade de espécies de aves e a porcentagem do endemismo das aves nos biomas brasileiros...7 Figura 5 Representa a porcentagem das aves ameaçadas de extinção no âmbito nacional...8 Figura 6 Representa a porcentagem de espécies ameaçadas e endêmicas por bioma....8 Figura 7 Mutum-do-sudeste...31 Figura 8 Albatroz-real-meridional Diomodea epomophora...32 Figura 9 Pato-mergulhão (Mergus octocetaceus)...32 Figura 10 Arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari)...33

10 x LISTA DE SIGLAS, SÍMBOLOS E ABREVIATURAS CF CITES COEFA COFAU DIFAP EBAs IBAMA IBDF IUCN MMA ONGs PNUMA Constituição Federal Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagem da Fauna e Flora em Perigo de Extinção Coordenação de Gestão do Uso de Espécies da Fauna Coordenação de Proteção das Espécies da Fauna Diretoria de Fauna e Recursos Pesqueiros Áreas de Endemismo de Aves Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal União Mundial para a Natureza Ministério do Meio Ambiente Organizações não governamentais Programa para as Nações sobre Meio Ambiente

11 1 1. INTRODUÇÃO Diversidade biológica ou biodiversidade é o termo usado para designar a variedade de formas de vida existentes na Terra. Foi a combinação de formas de vida, e suas interações com as outras espécies e com seu ambiente físico que tornou a Terra habitável para os seres humanos (MMA, 2002). O Brasil possui uma extensão territorial de 8,5 milhões Km² e ocupa a metade da América do Sul. Com uma diferença climática que resultou em uma variedade de ecossistemas e biomas (Amazônia, Pantanal, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga) e uma área de 3,5 milhões Km² de zona costeira e marinha que possuem uma variedade de ecossistemas, incluindo os recifes de corais, dunas, manguezais, lagoas, estuários e pântanos (CDB, 2007). A diversidade de biomas reflete a riqueza da fauna e flora brasileira, tornando-as as mais diversas do mundo. Muitas espécies brasileiras são exclusivas no mundo, ou seja, são endêmicas, só ocorrendo no território brasileiro, estimando cerca de 20% do número total de espécies do planeta (CDB, 2007). Apesar de sua imensa riqueza, a avifauna brasileira encontra-se ameaçada pela cultura de se buscar aves na natureza para servirem de animais de estimação (GIOVANINNI, 2003). Neste sentido, a ararinha-azul (Cyanopsitta apicii) já se tornou extinta na natureza devido ao tráfico de animais e algumas espécies como os bicudos (Oryzoborus maximilliani maximilliani) tiveram suas populações extremamente reduzidas. Desconsiderando-se os peixes, a maior pressão do tráfico é contra as aves, principalmente nas canoras e nos Psitacídeos. A captura de animais silvestres na natureza tem suas nefastas conseqüências ambientais e somente foi tipificada como crime a partir de 1967 com a criação da Lei nº Contudo as pessoas que mantinham espécimes em cativeiro antes do advento da lei não poderiam ser penalizadas. Assim, em 1972, objetivando regulamentar estes casos, o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF) editou uma Portaria que procurava regulamentar esta atividade. De acordo com Camara et al. (2002) a política socioeconômica adotada no Brasil proporcionou um aumento dos núcleos urbanos, motivando o crescimento da população humana e à ocupação desordenada de áreas cada vez maiores. Além dos lançamentos na atmosfera de grande quantidade de gases provenientes de centrais térmicas, refinarias petrolíferas, siderúrgicas e dos veículos automotores.

12 2 Os processos de degradação também estão associados à intensidade do desmatamento indiscriminado, exploração do solo acima da capacidade de suporte e o uso intensivo de fertilizantes agrícolas que provocam verdadeiros desastres ecológicos. As atividades antrópica como crescimento urbano acelerado, destruição das vegetações nativas, supressão dos recursos hídricos são exemplos e motivo da deterioração nos sistemas ecológicos e a extinção de muitas espécies (CAMARA, 2002). Diante da tão vasta agressão ao meio ambiente, às plantas e todos os organismos vivos estão seriamente ameaçados. A fauna sofre as conseqüências devido à perda de seus habitats naturais, causando outros problemas que agravam ainda mais sua sobrevivência, como por exemplo: imigração e emigração, predadores, atropelamentos, caça entre outras causas. (RICKLEFS, 2001). O Ministério do Meio Ambiente (MMA), e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), juntamente com outras instituições vêm tentando amenizar essas ameaças criando legislações específicas, metas e estratégias de conservação entre outras ações para garantir a preservação das espécies para as gerações futuras. O presente trabalho tem por objetivo, analisar as ações executadas pelo Ibama no que se refere à criação em cativeiro para a preservação das aves ameaçadas de extinção. Diante do desafio de investigar as ações do Ibama, sobre aves ameaçadas de extinção entendemos que as ações são limitadas e que nem sempre asseguram uma ampla proteção a essas aves. 1.1 OBJETIVOS Objetivo Geral Analisar as ações executadas pelo Ibama no que se refere à criação em cativeiro para a conservação das aves ameaçadas de extinção Objetivos Específicos Analisar as ações do Ibama para a criação de aves ameaçadas de extinção nas variadas categorias de criadouro comercial, conservacionista e amadorista ;

13 3 Identificar os principais fatores relacionados ao sucesso dos criadouros no que se refere à proteção de espécies ameaçadas de extinção; Diagnóstico dos criadouros de aves silvestres no Distrito Federal. 1.2 JUSTIFICATIVA O Brasil é o terceiro país com a maior biodiversidade de aves no mundo. E devido a diversos fatores de degradação ambiental, sua avifauna está seriamente ameaçada, sendo o país a possuir o maior número de espécies ameaçadas de extinção. As principais conseqüências destas ações são as perdas, degradações e fragmentações de habitats, que se refletem no aumento do número de espécies presentes na lista nacional das espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção. Sendo assim, o presente estudo demonstra a importância de se analisar as ações governamentais relacionadas com o meio ambiente, no que se diz respeito à conservação dessas espécies ameaçadas de extinção. A criação de aves nas várias modalidades de cativeiro (conservacionista, amadorista e comercial) é um instrumento de conservação, onde podemos obter diversas informações como, por exemplo, a biologia dos grupos cativos, monitoramento e avaliação do sucesso das ações executadas por estes empreendimentos que estão relacionadas com as necessidades de conservação dessas espécies. Informações a respeito da atuação destes criadouros no âmbito do Distrito Federal, relacionadas à conservação da avifauna ameaçada de extinção, são escassas, sendo relevante à realização do presente estudo.

14 4 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A rica diversidade de aves do Brasil é bastante significativa, sendo uma das mais ricas do mundo, com as estimativas recentes variando entre mil e seiscentos a mil e setecentas espécies. Entretanto cerca de 10% dessas estão ameaçadas. A Amazônia apresenta o maior número de espécies, seguida pela Mata Atlântica e o Cerrado (MARINI; GARCIA, 2005). A maioria das espécies endêmicas do Brasil é encontrada na Mata Atlântica, especialmente nas terras baixas do litoral Sudeste e no Nordeste. O Cerrado possui o segundo maior número de espécies ameaçadas. A perda, degradação e fragmentação de habitats e a caça especialmente para o comércio ilegal são as principais ameaças às aves brasileiras. As iniciativas de conservação e pesquisa nos últimos 20 anos melhoraram significativamente a capacidade de abordar e solucionar temas importantes para a conservação das aves. (MARINI; GARCIA, 2005). 2.1 Aves Ameaçadas de extinção no Brasil O declínio de uma espécie ou população ocorre quando nas suas populações a mortalidade excede a natalidade e a emigração excede a imigração. Se este curso se mantiver, a extinção acontece, ou seja, a espécie desaparece de parte ou da totalidade da sua área de distribuição. Em geral, a extinção de uma espécie não acontece simultaneamente em toda a sua área de ocorrência. Começa com extinções locais isoladas, quando as condições ambientais se degradam. Frequentemente as extinções locais são desencadeadas quando, por destruição de hábitat, os indivíduos desalojados não encontram hábitat adequado; começam então a ocupar hábitat marginal e podem reduzir a sua taxa de reprodução ou sucumbir à predação e falta de recursos. À medida que o hábitat se torna mais fragmentado, a distribuição da espécie vai reduzindo-se a pequenos núcleos populacionais isolados, com reduzido contato com outras populações da mesma espécie. Como resultado, estas pequenas populações ficam fragilizadas e com uma capacidade reduzida de resistir às alterações ambientais. (NATURLINK, 2007) Segundo Marini e Garcia (2005), na região neotropical, o Brasil é o país com o maior número de espécies de aves ameaçadas. Entretanto as intervenções humanas afetaram, significativamente, as espécies de aves que habitam os ecossistemas naturais brasileiros. A resposta das aves a essas alterações varia desde aquelas que se beneficiaram com as alterações do hábitat e aumentaram suas populações, como por exemplo, a espécie do bem-te-vi (figura 1).

15 5 Figura 1 - bem-te-vi [Pitangus sulphuratus] Até aquelas espécies que foram extintas da natureza, como exemplo o mutum-donordeste (figura 2) e a arara-azul-pequena (figura 3). Figura 2 - mutum-do-nordeste [Mitu mitu] Figura 3 - arara-azul-pequena [Anodorhynchus glaucus]

16 6 A Amazônia e a Mata Atlântica são os dois biomas com o maior número de espécies de aves e os que possuem maiores níveis de endemismo. Depois desses biomas, o cerrado é o segundo maior bioma brasileiro em extensão, foi identificado como um dos mais ricos e ameaçados ecossistemas mundiais, para Mittermier et al. (1999) apud Alho (2005), é um dos 25 hotspot da biodiversidade. Alho (2005) explica que a conceituação de hostpots se ampara no endemismo e na ameaça, pois as espécies endêmicas são restritas em ambientes modificados pelo homem e por isso mais susceptíveis à extinção, em comparação com as espécies que tem uma distribuição maior. Indivíduos endêmicos são considerados quaisquer grupos taxonômicos que se desenvolvam numa região muito restrita, formando endemismos (do grego endémos, ou seja, indígena). Devido a alterações geográficas drásticas, muitas espécies tornam-se por força, endêmicas. Algumas doenças e pragas, ao serem próprias de determinadas regiões, por decorrerem de fatores ecológicos específicos de determinadas regiões, são, também, endêmicas (CAIXINHAS, 1999). As aves brasileiras são espécies residentes, de 92% apenas 8% espécies são migrantes (SICK, 1997). A distribuição das espécies residentes ao longo do Brasil é desigual, estando à maior diversidade de espécies concentrada na Amazônia e na Mata Atlântica, dois biomas que, originalmente, eram cobertos por florestas úmidas. O maior número de espécies de aves residentes, 1.300, e a maior taxa de endemismo (20%) ocorrem na Amazônia seguida pela Mata Atlântica, com espécies (18%) endêmicas. O Cerrado, dominado pela vegetação de savana, é o terceiro bioma mais rico do país, com 837 espécies (4,3% endêmicas) A Caatinga, uma vegetação de matas secas situada no Nordeste do Brasil, possui 510 espécies de aves (2,9% endêmicas) e os Campos sulinos, que são uma extensão dos Pampas argentinos no Brasil, têm 476 espécies e endemismo de apenas 0,4%. O Pantanal, a maior área alagada da América do Sul, possui 463 espécies de aves, mas nenhuma é endêmica. (MARINI; GARCIA, 2005). O mapa a seguir representa a distribuição de aves por biomas no Brasil.

17 7 837 espécies; 4,3% endêmicas espécies; 20 % endêmicas 510 espécies; 2,9% endêmicas 463 espécies; 0 % endêmica 1020 espécies; 18% endêmicas 476 espécies; 0,4% endêmicas Figura 4 - Representa a distribuição da quantidade de espécies de aves e a porcentagem do endemismo das aves nos biomas brasileiros. Foram utilizadas duas listas para definir o número de espécies de aves ameaçadas no Brasil: a lista vermelha da União Mundial para a Natureza IUCN das espécies globalmente ameaçadas (IUCN, 2007) e a lista vermelha das espécies da fauna brasileira ameaçada de extinção (MACHADO, 2003). A união dessas duas listas resultou em um total de 193 espécies e subespécies de aves ameaçadas, dentre as quais 124 estão globalmente ameaçadas (IUCN, 2007) e 69 estão ameaçadas em nível nacional (MACHADO, 2003). Dentre as nacionais, 25 são espécies, sendo 10 endêmicas do Brasil, e 44 são subespécies, todas elas endêmicas do Brasil. Diante de tal comparação foi observado que das 193 aves ameaçadas de extinção, 119 (62%) estão restritas ao Brasil, isso quer dizer que de um total de 100% de aves ameaçadas mundialmente, 62% dessas aves estão no Brasil.

18 8 62% 38% Mundial Brasil Figura 5 Representa a porcentagem das aves ameaçadas de extinção no âmbito nacional. Segundo Marini e Garcia (2005), a Mata Atlântica contém 75,6% das espécies ameaçadas e endêmicas do Brasil, fazendo do bioma o mais crítico para a conservação de aves no Brasil. Outras áreas, onde ocorrem aves endêmicas e ameaçadas, são os Cerrados (12,6%), a Caatinga (11,8%), a Amazônia (8,4%) e o Pantanal (0,8%). Como se pode observar na figura 6 abaixo. Porcentagem de espécies ameaçadas e endêmicas por bioma 11,8 12,6 8,4 0,8 75,6 Mata Atlântica Caatinga Cerrado Amazônia Pantanal Figura 6 Representa a porcentagem de espécies ameaçadas e endêmicas por bioma.

19 9 A distribuição das espécies de aves ameaçadas e endêmicas de um bioma em particular mostra um padrão similar ao de todas as outras espécies ameaçadas, embora a concentração seja ainda maior na Mata Atlântica. Algumas também são encontradas no Cerrado e na Caatinga e algumas poucas espécies são encontradas nos outros biomas. De acordo com a classificação da Birdlife International (2007), o Brasil tem 63 espécies ameaçadas com distribuição restrita a 24 Áreas de Endemismo de Aves, EBAs Endemic Bird Areas. Todos os biomas brasileiros, exceto o Pantanal, contêm alguma EBAs. Muitas EBAs estão na Mata Atlântica, o bioma com a maior concentração de espécies endêmicas e ameaçadas, e alta prioridade de conservação. As principais ameaças para as aves brasileiras é sem dúvida, a alteração dramática de seus habitats, e com freqüência, dos biomas como um todo. Observa-se um grande número de táxons coincide fortemente com o endemismo de paisagens exclusivamente brasileiras, que já se encontram praticamente erradicadas ou, ainda, com espécies de distribuição extremante restrita. Por outro lado, isso é evidenciado também pela pequena representação proporcional de espécies privativas de grandes extensões de habitat que ainda se encontram razoavelmente intactos. (MARINI; GARCIA, 2005). O Cerrado é o segundo colocado em número de espécies ameaçadas e endêmicas ameaçadas, com quase 80% da sua vegetação natural já foi convertida devido às pastagens intensivas e à disseminação da agricultura mecanizada. Estimativas recentes sugerem que os hábitas naturais remanescentes estarão, em grande parte, destruídos até 2030, se continuarem as atuais taxas de destruição (ALHO, 2005). As principais ameaças para as aves brasileiras, para a maioria das espécies brasileiras presentes na lista vermelha da IUCN (2007), a perda e degradação do habitat (35,5%) é uma das principais ameaças, seguida pela captura excessiva (28%). Outras ameaças incluem a invasão de espécies exóticas e a poluição (14%), a perturbação antrópica e a morte acidental (9,5%), alterações na dinâmica das espécies nativas (6,5% cada), desastres naturais (5%) e perseguição (1,5%). Na tabela 1, está listada a hierarquia das principais ameaças de extinção de aves. Tabela 1 - Hierarquia das principais ameaças para extinção de aves Principais ameaças de extinção de aves 1 º Perda ou degradação do habitat 2 º Captura excessiva 3 º Invasão de espécies exóticas

20 10 4 º Poluição 5 º Morte acidental 6º Desastres naturais Os números de aves ameaçadas ou extintas nas diferentes famílias estão representados na tabela 3, e são classificadas nas cinco categorias a seguir: vulnerável (VU) quando um táxon enfrenta um alto risco de extinção na natureza; em perigo (EN) considerado um táxon que enfrenta um alto risco de extinção na natureza; criticamente em perigo (CR) quando o táxon enfrenta um risco extremamente alto de extinção na natureza; extinto na natureza (EW) quando se sabe que ele existe somente em cultivo, cativeiro ou em população inseridas na natureza em áreas completamente distintas de sua distribuição original e extinto (EX) quando não há dúvida que o último indivíduo morreu, presume-se que um táxon esteja Extinto quando inventários exaustivos em seu hábitat conhecido e/ou esperado em tempos apropriados ao longo de toda sua distribuição histórica não registram qualquer indivíduo (MACHADO, 2003). A tabela 2, mostra as cinco categorias da lista de espécies ameaçadas de extinção. Tabela 2 - Categorias da lista de espécies ameaçadas de extinção Categoria Vulnerável (VU) Significado Um alto risco de extinção a médio prazo Em perigo (EN) risco muito alto de extinção num futuro próximo Criticamente em perigo (CR) Risco extremamente alto de extinção num futuro próximo Extinto na natureza (EW) Existem espécies em cativeiro, mas não na natureza. Extinto (EX) Quando o último indivíduo de uma determinada espécie morreu A tabela 03 mostra o número de espécies extintas por família, em cada categoria representada na tabela acima, que foi regulamentada pela Instrução Normativa n 03/2003 que regulamentou a lista das espécies ameaçadas de extinção.

21 11 Tabela 3 - Número de espécies de aves ameaçadas de extinção ou extintas por família em cada categoria Ordem** Família** Categorias* Total EX EW CR EN VU Tinamiformes Tinamidae Diomedeidae - Procellariiformes Procellariidae Pelecaniformes Fregatidae Phethontidae Ciconiiformes Ardeidae Anseriformes Anatidae Falconiformes Accipitridae Cracidae - - Galliformes Phasianidae Gruiformes Psophiidae Rallidae Laridae - - Charadriiformes Scolopacidae Columbiformes Columbidae Coraciiformes Momotidae Psttaciformes Psittacidae Cuculiformes Cuculidae Caprimulgiformes Caprimulgidae Apodiformes Trochilidae Picidae Piciformes Ramphastidae Conopophagidae Cotingidae Dendrocolaptidae Emberizidae Formicariidae Fringilidae Furnariidae Motacilidae Muscicapidae Pipridae Rhinocryptidae Thamnophilidae Thraupidae Tyrannidae Passeriformes Vireonidae Total * EX Extinta; EW Extinta na natureza; CR Criticamente em perigo; EN Em perigo; VU Vulnerável. ** Nomenclatura Taxonômica FONTE: Machado, A.B.M. (2003)

22 Políticas Públicas para a preservação das espécies de aves ameaçadas de extinção Segundo a Constituição Federal "Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações". Estando a fauna abrangida pelo conceito de meio ambiente, vem o inciso VII do parágrafo primeiro do artigo 225, como instrumento de garantia e efetividade da norma constitucional, impor ao Poder Público o dever de proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma de lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade (BRASIL, 1988). A Lei nº de 31 de agosto de 1981 dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente. Nessa política o artigo 3º, inciso I, meio ambiente é definido como um conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas (BRASIL, 1981). Nesse contexto no que se refere às sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, a Lei nº de 12 de fevereiro de 1998 destaca em seu artigo 29, a definição dada para a "fauna silvestre", que são todos aqueles espécimes pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres que tenham todo ou parte do seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras, passaram a ser considerados fauna silvestre (BRASIL, 1998). A Lei define ainda, que o uso da fauna não é proibido, porém o acesso deve ser feito através de permissão, licença ou autorização da autoridade competente. E diz ainda, que a comercialização de animais vivos, partes, produtos e subprodutos são permitidos desde que seja de criadouros autorizados. (GIOVANINNI, 2003) Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagem da Fauna e Flora em Perigo de Extinção CITES. O comércio ilegal de animais silvestres é uma prática antiga. A percepção de que este comércio estaria comprometendo a sobrevivência da maioria das espécies do Planeta, chamou a atenção das Nações Unidas, que se posicionou decisivamente diante do problema. Desta maneira, em 1972 foi realizada em Estocolmo a I Conferência das Nações Unidas para o Meio

23 13 Ambiente, ou mais conhecida como, Conferência de Estocolmo, que passou a regulamentar a nível global, o comércio legal de animais silvestres, contribuindo assim no combate ao comércio internacional ilegal. (GIOVANINNI, 2003) De acordo com o Decreto nº de 17 de novembro de 1975, que promulgou a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagem da Fauna e Flora em Perigo de Extinção CITES, tiveram como objetivo principal, regular o comércio Internacional e prevenir o declínio de espécies ameaçadas ou potencialmente ameaçadas de extinção. Tais ações são gerenciadas pela Organização das Nações Unidas - ONU e pelo Programa para as Nações sobre Meio Ambiente PNUMA. (GIOVANINNI, 2003) Com referência a CITES, o Decreto nº 3.179, de 21 de setembro de 1999, Seção I, Capítulo II, estabelece as sanções aplicáveis às infrações contra a fauna e considera como agravante o fato de se tratar de espécies constantes dos anexos da CITES, conforme explicação dos anexos (tabela 04): Tabela 4 - Explica os anexos da CITES. ANEXO 1 ANEXO 2 ANEXO 3 As espécies incluídas no Anexo I da CITES são consideradas ameaçadas de extinção e que são ou podem ser afetadas pelo comércio, de modo que sua comercialização somente poderá ser autorizada pela Autoridade Administrativa mediante concessão de Licença ou Certificado. As espécies incluídas no Anexo II da CITES são aquelas que, embora atualmente não se encontrem necessariamente em perigo de extinção, poderão chegar a esta situação, a menos que o comércio de espécimes de tais espécies esteja sujeito a regulamentação rigorosa, podendo ser autorizada a sua comercialização, Autoridade pela Administrativa, mediante a concessão de Licença ou emissão de Certificado.. As espécies incluídas no Anexo III da CITES por intermédio da declaração de qualquer país são aquelas cuja exploração necessita ser restrita ou impedida e que requer a cooperação no seu controle, podendo ser autorizada comercialização, sua mediante concessão de Licença ou Certificado, pela Autoridade Administrativa.

24 14 A implementação da CITES no Brasil, regulmantada pelo Decreto nº 3.607, de 21 de setembro de 2000, reforça a necessidade do cumprimento das suas disposições e designa o Ibama, como Autoridade Administrativa e Científica da Convenção. (GIOVANINNI, 2003) Estrutura Regimental do Ibama O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA foi criado pela Lei nº 7.735, de 22 de fevereiro de O Ibama foi formado pela fusão de quatro entidades brasileiras que trabalhavam na área ambiental: Secretaria do Meio Ambiente - SEMA; Superintendência da Borracha - SUDHEVEA; Superintendência da Pesca SUDEPE, e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal IBDF (IBAMA, 2007). O Ibama é uma entidade autárquica de regime especial, com autonomia administrativa e financeira, dotada de personalidade jurídica de direito público, com sede em Brasília, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, tem objetivos finalísticos definidos para o cumprimento de sua missão institucional: 01 reduzir os efeitos prejudiciais e prevenir acidentes decorrentes da utilização de agentes e produtos agrotóxicos, seus componentes e afins, bem como seus resíduos; 02 promover a adoção de medidas de controle de produção, utilização, comercialização, movimentação e destinação de substâncias químicas e resíduos potencialmente perigosos; 03 executar o controle e a fiscalização ambiental nos âmbitos regional e nacional; 04 intervir nos processos de desenvolvimento geradores de significativo impacto ambiental, nos âmbitos regional e nacional; 05 monitorar as transformações do meio ambiente e dos recursos naturais; 06 executar ações de gestão, proteção e controle da qualidade dos recursos hídricos; 07 manter a integridade das áreas de preservação permanentes e das reservas legais; 08 ordenar o uso dos recursos pesqueiros em águas sob domínio da União; 09 ordenar o uso dos recursos florestais nacionais; 10 monitorar o status da conservação dos ecossistemas, das espécies e do patrimônio genético natural, visando à ampliação da representação ecológica; 11 executar ações de proteção e de manejo de espécies da fauna e da flora brasileiras; 12 promover a pesquisa, a difusão e o desenvolvimento técnico-científico voltados para a gestão ambiental; 13 promover o acesso e o uso sustentado dos recursos naturais e 14 desenvolver estudos analíticos, prospectivos e situacionais verificando tendências e cenários, com vistas ao planejamento ambiental (BRASIL, 2002-a).

25 15 A estrutura organizacional do Ibama compreende os Órgãos Colegiados; Órgãos de Assistência Direta e Imediata ao Presidente: Gabinete e Procuradoria-Geral; Órgãos Seccionais: Auditoria, Diretoria de Gestão Estratégica e Diretoria de Administração e Finanças; Órgãos Específicos Singulares: Diretoria de Florestas, Diretoria de Fauna e Recursos Pesqueiros, Diretoria de Ecossistemas, Diretoria de Licenciamento e Qualidade Ambiental e Diretoria de Proteção Ambiental; Órgãos Descentralizados: Superintendência do Ibama (antiga Gerência Executiva) nos estados, Escritórios Regionais, Unidades de Conservação Federais e Centros especializados (BRASIL, 2002). A Diretoria de Fauna e Recursos Pesqueiros DIFAP compete, de acordo com as diretrizes definidas pelo Ministério do Meio Ambiente, coordenar, supervisionar, regulamentar e orientar a execução das ações federais referentes à gestão e ao manejo da fauna silvestre e exógena, dos recursos pesqueiros. Dentro da estrutura regimental do Ibama, a DIFAP é divida em coordenações, dentro dessa está a Coordenação de Proteção de Espécies da Fauna COFAU e nesta compete implementar as medidas necessárias para a proteção das espécies da fauna silvestre, sobretudo as espécies ameaçadas de extinção, as de acesso restritivo e as de situações emergentes, e em especial: I - estabelecer diretrizes, para a proteção dos recursos faunísticos a serem executadas pelas unidades descentralizadas; II - promover o controle, o monitoramento e a orientação das ações de manejo da fauna silvestre e da fauna exótica na natureza e em cativeiro; III - promover o controle, o monitoramento, a orientação e oferecer apoio às ações de proteção e manejo das espécies ameaçadas de extinção, de acesso restritivo e de situações emergentes, passíveis de ações de proteção específica; IV - promover a elaboração e a revisão periódica de normas e estratégias para a proteção das espécies; V - orientar a elaboração e a execução de planos de proteção e manejo das espécies; VI - monitorar, supervisionar e avaliar as ações de proteção e manejo das espécies; VII - promover o controle e a implementação de ações de melhoria contínua no âmbito da execução dos planos de ação para a proteção e manejo das espécies;movimentação das espécies, na natureza e em cativeiro; IX - orientar a aprovação de projetos e de atividades relacionadas à recuperação, translocação e reintrodução das espécies; X - coordenar a implementação de projetos de proteção da fauna, mediante a orientação, supervisão, avaliação e controle dessas atividades nas unidades descentralizadas; XI - incentivar e subsidiar a participação institucional em órgãos colegiados, técnicos e científicos inclusive, voltados para elaboração de estratégias de conservação e manejo das espécies da fauna, na natureza e em cativeiro, implementando as ações pertinentes;

26 16 XII - promover a elaboração e atualização da lista oficial de espécies da fauna ameaçada de extinção; XIII - promover a elaboração, a implantação, à implementação e a manutenção de sistemas de informação para a proteção dos recursos faunísticos; e XIV - apoiar o desenvolvimento de ações que visem levar à sociedade o conhecimento da fauna brasileira, buscando sua conscientização para a conservação da vida silvestre, principalmente as ameaçadas. (IBAMA, 2007) Continuando na estrutura da DIFAP existe a Coordenação de Gestão do Uso de Espécies da Fauna COEFA e nesta compete implementar as medidas necessárias ao disciplinamento do uso das espécies de fauna silvestre, inclusive das espécies invasoras/problemas, das espécies com potencial de exploração econômica e das situações emergentes, e em especial: I - promover o controle, o monitoramento, a orientação e o apoio a ações de gestão do uso de espécies invasoras/problemas, com potencial econômico e de espécies de situação emergentes, passíveis de uso; II - propor o licenciamento para a entrada e saída do país de animais vivos, produtos e subprodutos da fauna silvestre e exótica, bem como das espécies listadas na Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies de Fauna e Flora em Perigo de Extinção - CITES; III - promover à elaboração, a implantação, a implementação e a manutenção de sistemas de informação do manejo e da gestão do uso dos recursos faunísticos; IX - promover o controle e a implementação de ações para a melhoria contínua da execução dos planos de ação da gestão do uso das espécies; X - promover a elaboração e a revisão periódica de normas, critérios, padrões e procedimentos para o uso, o manejo e a movimentação das espécies na natureza e em cativeiro; XIII - preparar e atualizar a listagem de espécies da fauna com potencial de uso; XIV - apoiar o desenvolvimento de ações que visem levar à sociedade o conhecimento da fauna brasileira das espécies passíveis de uso, buscando sua conscientização para a conservação da vida silvestre; XVI - coordenar e normatizar as ações de manejo e movimentação da fauna silvestre e exótica no ambiente natural, em cativeiro e daquelas sujeitas à exposição pública ou privada. (IBAMA, 2007) A Superintendência do Ibama SUPES representa o Ibama nos estados, são chamados Órgãos Descentralizados, no caso do Distrito Federal a SUPES-DF é a responsável pela fiscalização e emissão de licença para os criadouros existentes no DF.

27 Criadouros de Aves Criadouro é caracterizado como áreas especialmente delimitadas e preparadas, dotadas de instalações capazes de possibilitar a criação racional de espécies da fauna silvestre brasileira, com assistência adequada. A existência de criadouros é previsto na Lei de Proteção a Fauna- Lei nº. 5197/67, no seu artigo 6 onde diz que o Poder Público estimulará: a) a formação e o funcionamento de clubes e sociedades amadoristas de caça e tiro ao vôo, objetivando alcançar o espírito associativista para a prática desse esporte. b) a construção de criadouros destinados à criação de animais silvestres para fins econômicos (BRASIL, 1967, artigo 6º). Com o intuito de ordenar a criação de animais silvestres em cativeiro e visando a diminuição do tráfico de animais silvestres, em 1993 o Ibama publicou instrumentos legais que regulamentam o registro e funcionamento dos criadouros de animais silvestres, foram diversas portarias e instruções normativas, nas mais variadas modalidades, além do comércio de animais nascidos nos criadouros comerciais. A Portaria n 193/93 regulamenta os criadouros conservacionistas, diz que: Art. 2º - Os interessados em obter registro na qualificação "Criadouro Conservacionista", deverão solicitar autorização à Superintendência do IBAMA indicando: a) preenchimento do formulário de "cadastro", no modelo adotado pela Instituição; b) local do Criadouro; c) composição das matrizes, (nome científico/comum das espécies); e d) planta da área e detalhes dos viveiros/recintos. Art. 3º - Após a aprovação da carta-consulta, os criadouros deverão apresentar planejamento complementar contendo: - DADOS BIOLÓGICOS. estoque inicial de matrizes por sexo;. características do habitat projetado (descrição); e. dados sobre a reprodução. - CARACTERÍSTICAS DO CRIADOURO. exigências e tolerância dos animais;. área ou volume mínimo indispensável para o criadouro (medidas);. água (como será fornecida);. alimentação a ser fornecida;. proteção contra o ambiente exterior;. piso;. aeração;. luz;. proteção contra chuvas;. proteção acústica;

28 18. temperatura ideal;. exercício e repouso para os animais; e. outras práticas. - DADOS SANITÁRIOS. parasitos e doenças assinaladas;. combate utilizado;. cuidados especiais; e. outros aspectos. Art. 4º - Os Criadouros Conservacionistas, deverão cumprir as seguintes exigências: a) ter a assistência de pelo menos um biólogo ou um médico veterinário; b) possuir instalações adequadas a misteres da alimentação animal; c) possuir pelo menos um tratador contratado em regime de tempo integral; d) ter capacitação financeira devidamente comprovada; e) manter arquivo de registro através de fichas individuais por animal; f) manter contato/referência de laboratórios para análises clínicas, para auxiliar no diagnóstico e tratamento de doenças; g) apresentar um sistema de marcação dos animais; h) necropsiar todos os animais que morrerem e as informações deverão constar na ficha individual do animal; e i) sexar todos os espécimes. Art. 5º - Os espécimes do plantel dos Criadouros conservacionistas, em hipótese alguma poderão ser objeto de venda. 1º - As permutas de animais entre criadouros brasileiros, devem ser objeto de consulta prévia ao IBAMA. 2º - As permutas com criadouros internacionais, além de consulta prévia ao IBAMA, obedecerá as normas da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagens em Perigo de Extinção - CITES. Art. 6º - Os Criadouros Conservacionistas, ficam obrigados, sob pena de cassação do registro a mandar relatório anual à Superintendência do IBAMA. Art. 7º - Os Criadouros Conservacionistas poderão receber animais em depósito, quando solicitado pelo IBAMA, ou qualquer outra autoridade constituída. Art. 8º - O IBAMA fiscalizará os Criadouros Conservacionistas, sendo que qualquer infração à presente Portaria, principalmente ao seu art. 5º obriga ao cancelamento imediato do registro, sem prejuízo das sanções previstas na Lei nº 5.197/67, com as alterações introduzidas pela Lei 7.653, de 12 de fevereiro de Art. 9º - Os criadouros Conservacionistas que possuírem em seu plantel, animais da fauna silvestre brasileira, listada como ameaçada de extinção, deverão colocá-los, sempre que solicitado, à disposição do IBAMA para programas de reintrodução à natureza, acasalamentos em Criadouros Científicos e/ou Zoológicos. Art Os casos omissos serão resolvidos pela Superintendência do IBAMA envolvida ou a Presidência se necessário. (IBAMA, 2007) O objetivo desse criadouro é apoiar as ações do IBAMA e dos demais órgãos ambientais envolvidos na conservação das espécies, auxiliando a manutenção de animais silvestres em condições adequadas de cativeiro e dando subsídios no desenvolvimento de

29 19 estudos sobre sua biologia e reprodução. Nesta categoria, os animais não podem ser vendidos ou doados, apenas intercambiados com outros criadouros e zoológicos para fins de reprodução. diz: Em 1994 aprovou-se a Portaria nº 016 que regulamenta os Criadouros Científicos que Art. 1º - A manutenção e ou criação em cativeiro da fauna silvestre brasileira com finalidade de subsidiar pesquisas científicas em Universidades, Centros de Pesquisa e Instituições Oficiais ou Oficializadas pelo Poder Público, sujeitar-se-ão às normas desta Portaria. Art. 2º - Os órgãos mencionados no artigo anterior, solicitarão registro junto às Superintendências Estaduais do IBAMA, mediante requerimento encaminhando Projeto de Pesquisa, contendo as seguintes informações: a) justificativa para a criação e ou manutenção de animais silvestres em cativeiro; b) espécie(s) e respectiva(s) quantidade(s); b.1) a proporção entre reprodutores e matrizes (nos casos onde o projeto de pesquisa prevê reprodução); c) tempo de manutenção dos animais em cativeiro; d) local para a manutenção (viveiros, terrários, gaiolas, tanques, caixas, recintos, outros), incluindo suas dimensões; e) forma de obtenção dos animais; f) aspectos sanitários e de manejo (água, alimentação/nutrição, limpeza, profilaxia, outros); g) destino dos animais após a conclusão das pesquisas; h) outros aspectos considerados relevantes do ponto de vista do manejo; i) preenchimento do formulário de "Registro Pessoa Física e Jurídica", conforme modelo adotado por esse Instituto; j) sistema de segurança contra fuga de animais; e k) termo de compromisso da Instituição, assegurando a manutenção dos animais. Art. 3º - A utilização de espécies constantes na Lista Oficial de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, somente poderá ser autorizada quando houver, comprovadamente, benefício da pesquisa em favor da espécie. Art. 4º - As Instituições de Pesquisa deverão listar os sistemas de segurança contra fuga de animais, apetrechos para sua captura e pessoal habilitado para tal. Parágrafo Único - Nos casos de manutenção e ou criação de animais peçonhentos é indispensável ter à mão soros específicos, com período de validade igual ou superior ao período da pesquisa. Art. 5º - Ao final da pesquisa os animais poderão ser transferidos para Instituições afins, ou para criadouros registrados mediante prévia autorização do IBAMA. Parágrafo Único - Quando não for possível a transferência dos animais para outras Instituições ou criadores, a Instituição detentora dos animais deverá mantê-los até que surja oportunidade de transferência. Art. 6º - Ficam proibidas transferências de animais constantes na Lista Oficial de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção entre Instituições registradas por esta Portaria e Criadores Comerciais.

30 20 Art. 7º - Qualquer alteração no projeto de pesquisa deverá ser previamente comunicada e justificada ao IBAMA, inclusive mudanças na responsabilidade técnica. Art. 8º - A documentação protocolada no IBAMA será analisada pelo corpo técnico e, estando de acordo com as normas desta Portaria, será realizada vistoria técnica. Art. 9º - A qualquer momento o IBAMA poderá realizar vistoria técnica nas Instituições regulamentadas por esta Portaria. 1º - Se ficar constatada a manutenção inadequada ou negligente dos animais, a Instituição será advertida e terá prazo de 30(trinta) dias para efetuar as modificações. 2º - Decorrido os 30(trinta) dias, será realizada nova vistoria técnica. Não havendo melhoria nas condições de manutenção, a Instituição terá seu registro cancelado e o IBAMA dará destino aos animais, sem prejuízo de outras penalidades previstas em Lei. Art Para os projetos de pesquisa com duração superior a um ano, deverão ser encaminhados ao IBAMA, através do responsável técnico, relatórios anuais e relatório de conclusão ao término da pesquisa. Parágrafo Único - Para projetos com período inferior a um ano, o relatório deverá ser enviado ao término do projeto. Art O responsável técnico deverá encaminhar ao IBAMA, cópia dos trabalhos a serem publicados decorrentes das pesquisas feitas com animais mantidos e/ou criados na forma desta Portaria até 60(sessenta) dias após a sua publicação. Parágrafo Único - O não cumprimento do disposto no presente artigo, implicará no indeferimento de autorizações para novos projetos, consoante o que estabelece a presente Portaria. (IBAMA, 1994). Esses criadouros promovem atividades de pesquisas científicas com animais silvestres. Só podem obter esse registro, Órgãos ou Instituições devidamente reconhecidas pelo Poder Público, como Universidades e Centros de Pesquisa. Nesse mesmo contexto em 1997 a Portaria n 118/97 regulamentou os Criadouros Comerciais que: Art. 1º - Normalizar o funcionamento de criadouros de animais da fauna silvestre brasileira com fins econômicos e industriais. Art. 2º - Para os efeitos desta Portaria, considera-se criadouro a área dotada de instalações capazes de possibilitar o manejo, a reprodução, a criação ou recria de animais pertencentes à fauna silvestre brasileira. Art. 3º - Considera-se fauna silvestre brasileira todos aqueles animais pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, reproduzidos ou não em cativeiro, que tenham seu ciclo biológico ou parte dele ocorrendo naturalmente dentro dos limites do Território Brasileiro e suas águas jurisdicionais. Art. 5º - Os criadouros com fins econômicos e industriais serão enquadrados nas seguintes categorias: a) Criadouro de Espécimes da Fauna Silvestre Brasileira e Exótica para fins Comerciais - Pessoa Jurídica; e b) Criadouro de Espécimes da Fauna Silvestre Brasileira e Exótica para fins Comerciais - Pessoa Física.

31 Art. 6º - O interessado em implantar criadouro com fins econômicos e industriais de animais da fauna silvestre brasileira deverá protocolar cartaconsulta na Superintendência do IBAMA onde pretende instalar o empreendimento, conforme modelo constante no Anexo I da presente Portaria, com as seguintes informações/documentos: a) preenchimento e assinatura do formulário padrão do IBAMA de Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Naturais; b) cópia dos documentos de identificação da pessoa física (Identidade e CPF) e da pessoa jurídica, no caso de empresa (Cadastro Geral do Contribuinte-CGC, Contrato Social atualizado, CPF e Identidade do dirigente); c) localização do empreendimento e forma de acesso, com croqui da localização do criadouro na propriedade; d) objetivo da criação e sistema de manejo; e f) estimativa da quantidade inicial de matrizes e reprodutores, com nome popular e científico da(s) espécie(s) e sua procedência Art. 7º - Aprovada a carta-consulta pela Superintendência, o interessado deverá protocolar projeto complementar, no prazo de 90 (noventa) dias, contendo: a) descrição técnica do manejo a ser aplicado aos animais nas diversas fases da criação; b) sistema de marcação individual a ser adotado; c) características do criadouro: área disponível, planta baixa ou croqui das instalações/recintos destinados ao manejo dos animais, com tamanho e denominação, espécie e quantidade de animais por instalação e área, abrigos naturais e artificiais, aspectos sanitários dos animais e das instalações e descrição dos aspectos qualitativos e quantitativos do manejo alimentar (alimentação e água); d) apresentação de cronograma de produção; e) estudo prévio de mercado dentro dos objetivos do manejo com vistas a comercialização (existência de abatedouros e pontos de venda de animais vivos, abatidos, partes, produtos e subprodutos, preços esperados e demanda de produtos); f) formas de comercialização de acordo com portaria específica; e g) apresentação do Documento de Recolhimento de Receitas - DR do IBAMA. Parágrafo Único - A não apresentação do projeto definitivo no prazo estipulado no caput deste Artigo implicará no arquivamento do processo contendo a carta-consulta. Art. 8º - O projeto técnico deverá ser elaborado e assinado por responsável técnico devidamente habilitado pelo respectivo Conselho de Classe. 1º A responsabilidade técnica pelo projeto e execução do empreendimento poderá ser assumida por órgão estadual ou municipal de extensão rural, de acordo com o caput deste Artigo. 2º A responsabilidade técnica do empreendimento compreenderá todas as fases da implantação e criação, cabendo ao responsável técnico a apresentação de termo de responsabilidade técnica pelo empreendimento. 3º - O proprietário do criadouro deverá comunicar ao IBAMA qualquer alteração na responsabilidade técnica, num prazo não superior a 30 ( trinta) dias. Art. 9º - Constatado o enquadramento do projeto nos padrões desta Portaria, o interessado será comunicado oficialmente pela Superintendência do IBAMA. 21

32 1º - Após a conclusão de pelo menos 50% (cinqüenta por cento) das obras ou instalações previstas no projeto, o interessado deverá comunicá-la à Superintendência do IBAMA, visando a realização de vistoria. 2º - Estando as obras e instalações de acordo com o projeto apresentado, o mesmo será homologado pela Superintendência com delegação de competência e o registro será concedido ao criadouro, mediante expedição de certificado de registro pela Diretoria de Controle e Fiscalização - DIRCOF Art. 10º - O criadouro implantado em propriedade que possua Reserva Legal averbada em Cartório ou área declarada como Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN, devidamente comprovada, será isentado da apresentação do Documento de Recolhimento de Receitas - DR para registro inicial e do recolhimento da taxa de renovação de registro anual. Art Para a formação de plantel inicial, o criadouro poderá utilizar matrizes e reprodutores de animais da fauna silvestre brasileira provenientes de estabelecimentos registrados ou cadastrados junto ao IBAMA e de ações de fiscalização e na ausência destes, poderá solicitar a captura na natureza, mediante requerimento que informe o nome do responsável pela captura e pelo transporte, local de captura, quantidade de animais a serem capturados, método de captura, meio de transporte e apresentação de censo populacional estimativo. 1º - A captura na natureza será permitida preferencialmente em locais onde as espécies estejam causando danos à agricultura, pecuária ou saúde pública, comprovado por meio de laudo técnico de órgão de extensão rural ou por órgão de pesquisa ou pesquisador, ratificado pelo IBAMA. 2º - A captura será autorizada através de Licença expedida pela Superintendência do IBAMA onde se localiza o criadouro, ouvidas as demais Superintendências envolvidas. 3º - Não será permitida a captura na natureza de animais constantes na Lista Oficial de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. 4º- As matrizes e reprodutores originários de captura na natureza, que formaram o plantel inicial e forem considerados improdutivos, poderão ser comercializados abatidos, mediante autorização expressa do IBAMA. 5º- Não será permitida a venda de matrizes e reprodutores citados no parágrafo anterior para formação de plantel de novos criadouros ou para servirem como animais de estimação, devendo permanecer sob os cuidados do criadouro até o óbito. 6º - A necessidade de captura de animais na natureza visando o melhoramento genético do plantel deverá atender o disposto no caput deste Artigo. Art É facultado ao IBAMA, sempre que necessário, exigir do criadouro a colocação do quantitativo de espécimes que foram capturados, ou parte dele, a disposição, para atender programas de reintrodução ou para a implantação de novos criadouros que tenham importância e caráter social, comunitário ou demonstrativo. Art O criadouro deverá remeter anualmente à Superintendência do IBAMA, declaração dos animais vivos mantidos em cativeiro e de animais abatidos, partes e produtos constantes em seu estoque, conforme modelo constante no Anexo II, bem como informar a quantidade de selos/lacres de segurança fornecidos pelo IBAMA. Parágrafo Único - O criadouro deverá manter em seu poder, as cópias ou segundas vias das Notas Fiscais dos animais vivos, abatidos, partes e produtos que foram comercializados, num prazo de 5 (cinco) anos, de conformidade com portaria de comercialização específica. 22

33 Art No caso de constatação de deficiência operacional do criadouro, através da análise de relatórios, declaração de estoque, denúncias e vistorias, o IBAMA exigirá a reformulação do projeto em prazo que não excederá a 6 (seis) meses, sob pena de cancelamento do registro. Art O IBAMA poderá exigir a qualquer momento, a comprovação do domínio da área do criadouro. Art O proprietário do criadouro que não cumprir as determinações previstas nesta Portaria será notificado e terá um prazo de 30 (trinta) dias para regularizar a situação. 1º - Findo este prazo, será realizada vistoria no criadouro e constatada a continuidade das irregularidades, será lavrado o Termo de Apreensão e Depósito dos animais e assinado Termo de Compromisso, conforme Anexo III da presente Portaria. 2º - Esgotado o prazo definido no Termo de Compromisso, dar-se-á início ao processo de cancelamento do registro e aplicadas as sanções civis e penais Art No caso de encerramento das atividades, os animais vivos, se acaso existirem, deverão ser transferidos para outros criadouros indicados pelo IBAMA e a transferência deverá ser custeada pelo proprietário do criadouro encerrado ou pelo destinatário. Art Ficam expressamente proibidos quaisquer atos ou procedimentos de soltura aleatória dos animais, colocando em risco outras espécies ou ecossistemas. Art O criadouro que intencione comercializar no mercado externo, animais e produtos constantes no Anexo I da Convenção Internacional Sobre o Comércio de Fauna e Flora Ameaçados de Extinção - CITES, deverá regularizar-se junto ao Secretariado, atendendo as suas normas e exigências. Art O criadouro comercial de animais da fauna silvestre brasileira que possua autorização para manter em seu plantel espécies constantes da Lista Oficial de Animais Ameaçados de Extinção ou pertencentes ao Anexo I da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécimes da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção.- CITES somente poderá iniciar a comercialização no mercado interno a partir da geração F2, comprovadamente reproduzida em cativeiro. Art O transporte em todo o Território Brasileiro de animais vivos, partes, produtos e subprodutos originários de criadouros comerciais e jardim zoológicos devidamente legalizados junto ao IBAMA será permitido quando acompanhado da Nota Fiscal que oficializou o comércio e da Guia de Trânsito Animal - GTA do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, quando tratar-se de transporte interestadual de animais vivos. Parágrafo Único - Para o transporte internacional, além dos documentos mencionados no "caput" deste artigo, o interessado deverá solicitar ao IBAMA no Estado onde residir, a expedição de Licença de Exportação, conforme Portaria específica. Art O IBAMA poderá realizar vistoria no criadouro em qualquer tempo. Parágrafo Único - O IBAMA poderá solicitar, com antecedência de 10 (dez) dias, a presença do responsável técnico pelo criadouro Art As Superintendências organizarão ficha cadastral dos criadouros, atualizado anualmente com base na declaração constante no Art. 12 desta Portaria. 23

34 24 Art A Administração Central do IBAMA e as Superintendências com delegação de competência poderão baixar normas complementares visando a aplicação da presente Portaria e o funcionamento dos criadouros. Art O fiel atendimento do teor da presente portaria não exime o criadouro do cumprimento de outras normas do Ministério da Agricultura e Abastecimento ou de outros órgãos do Poder Público. Art Os casos omissos serão resolvidos pela Superintendência do IBAMA ou pela sua Presidência. O objetivo desse criadouro é a produção das espécies para fins de comércio, seja do próprio animal ou de seus produtos e subprodutos. A mais atual é a Instrução Normativa n 001/03 que diz que é competência do IBAMA regulamentar: Art. 1º As atividades dos criadores amadoristas de PASSERIFORMES DA FAUNA SILVESTRE BRASILEIRA, cujas espécies constem no Anexo I desta Instrução Normativa, serão coordenadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, para todos os assuntos ligados à criação, manutenção, treinamentos, exposições, transferências e realização de torneios. 1º - Para efeito desta Instrução Normativa, Criador Amadorista é toda pessoa física que cria e mantém em cativeiro espécimes de aves da Ordem Passeriforme objetivando a preservação e conservação do patrimônio genético das espécies, sem finalidade comercial, relacionadas no Anexo I desta Instrução Normativa. 2º - Em cada Gerência Executiva I e II do IBAMA haverá 1 (um) Servidor Titular e, no mínimo, 1 (um) Suplente, sendo que nos Escritórios Regionais deverá haver, no mínimo, 1 (um) Suplente, a serem designados pelo Gerente Executivo respectivo, através de Ordem de Serviço, para responder pelo assunto objeto desta Instrução Normativa. Art. 2º A Licença para inclusão na categoria de Criador Amadorista de Passeriformes da Fauna Silvestre Brasileira, concedida a pessoas físicas, nos termos da presente Instrução, deverá ser solicitada por meio do Sistema de Cadastramento de Passeriformes SISPASS, que tem por objetivo a gestão das informações referentes às atividades de criação amadorista. 1º - O SISPASS está disponível no website do IBAMA ( onde deverão ser informados os dados pessoais do interessado. 2º - Depois de preenchidos todos os dados exigidos no SISPASS, o criador será inscrito automaticamente no Cadastro Técnico Federal, conforme determina a Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, sendo expedido o número de registro, e, senha pessoal e intransferível que deverão ser utilizados para acessar ao Sistema de Passeriformes SISPASS. 3º - O Sistema irá gerar um boleto de recolhimento bancário que deverá ser pago no vencimento. 4º - A Licença para criação amadorista de passeriformes será efetivada somente após a confirmação do pagamento da taxa correspondente, após o que, o interessado estará apto a acessar o SISPASS para realizar operações de aquisições, transferências, solicitação de anilhas, registro de nascimentos, óbitos, fugas, furtos ou roubos, emissão de

35 Relação de Passeriformes e demais operações disponíveis ao criador nos termos da presente Instrução. 5º - Somente após a efetivação do Cadastro Técnico Federal e licenciamento do SISPASS, o criador estará autorizado a adquirir as aves de outros criadores amadoristas já licenciados e criadouros comerciais registrados, dos quais se tenha total certeza de sua procedência. 6º - Os criadores amadoristas de passeriformes devidamente registrados no IBAMA, poderão receber através de depósito efetuado pelo IBAMA, exclusivamente para composição de seu plantel reprodutor, aves constantes no anexo I da presente Instrução Normativa, oriundas de apreensão e entregas espontâneas. 7º - A Licença de Criador Amadorista de Passeriformes da Fauna Silvestre Brasileira somente será efetivada caso o interessado não possua débitos junto ao IBAMA, conforme determina a Lei nº , de 19 de julho de Art. 3º Em caso de desaparecimento, roubo, furto ou fuga de indivíduo(s) da(s) espécie(s), o criador deverá registrar ocorrência policial, que deverá ser informada no SISPASS. Art. 4º Todo criador amadorista para estar devidamente regularizado perante o IBAMA e assegurar o livre trânsito dos passeriformes, exclusivamente para participação em Concursos de Cantos e Exposições autorizados, ou ainda, treinamentos dentro e fora da Unidade Federada onde mantém domicílio, deverá: I - manter o seu plantel de passeriformes, em conformidade com o Anexo I desta Instrução Normativa, devidamente anilhados com anilhas invioláveis, conforme especificações nos Anexos I e III; II - portar a Relação de Passeriformes atualizada, conforme modelo do Anexo II, a qual deverá estar preenchida sem rasuras e dentro do prazo de validade; III - portar documento de identificação. 1º - Para fins desta Instrução Normativa entende-se por treinamento: I A utilização de equipamento sonoro para reprodução de canto com fins de treinamento de outro pássaro; II A utilização de um pássaro adulto para ensinamento de canto a outro pássaro; III A reunião de pássaros adultos para troca de experiências de canto, desde que em local fechado e que não propicie a visitação pública. 2º O deslocamento de pássaros de seu mantenedouro visando à estimulação e resgate de características comportamentais inatas à espécie, utilizando-se o ambiente natural, será considerado legal desde que não seja caracterizado Exposição ou Concurso de canto e, ainda, que o criador esteja portando toda a documentação de registro junto ao IBAMA. 3º Será permitida a permanência das aves em logradouros públicos praças, estabelecimentos comerciais em geral ou similares, desde que o criador esteja portando toda a documentação de registro junto ao IBAMA, e ainda, que não seja caracterizada exposição, comércio ilegal, concurso de canto ou maus tratos, podendo o infrator incorrer nas sanções previstas em Lei. 4º - O treinamento ou o intercâmbio para fins de reprodução dos passeriformes da fauna silvestre brasileira, devidamente anilhados com anéis invioláveis, de acordo com os Anexos I e III, os quais compõem o plantel do criador amadorista, poderá ser realizado no domicílio de outro criador devidamente registrado, desde que ambos estejam de posse do Comunicado de Transporte e Permanência de Passeriformes, o qual deverá 25

36 ser preenchido no SISPASS sempre que a permanência do(s) pássaro(s) ultrapassar 24 horas, com validade máxima de 90 (noventa) dias. Art 5º A licença de criador amadorista tem validade anual, devendo ser requerida nova licença 30 (trinta) dias antes da data de vencimento constante na relação de passeriformes. 1º - As informações referentes às alterações do plantel do criador amadorista, conforme as operações citadas no 6º do artigo 2º, deverão ser incluídas no SISPASS, no prazo máximo de 30 (trinta) dias após sua ocorrência, sem ônus para o criador, devendo ser impressa nova relação de passeriformes atualizada. 2º - No caso de óbito de aves as respectivas anilhas deverão ser encaminhadas ao IBAMA para fins de baixa no plantel. Art. 6º O IBAMA, através das Gerências Executivas, fornecerá anilhas invioláveis, destinadas ao anilhamento de passeriformes nascidos em cativeiro, contendo numeração seqüencial conforme Anexo III, aos criadores amadoristas mediante requerimento prévio e recolhimento da taxa correspondente. 1º - O criador amadorista deve solicitar anilhas por meio do SISPASS, até o número máximo de 50 (cinqüenta) durante o período de validade da licença, observadas as médias por fêmea viável especificadas no Anexo I. 2º - A solicitação de anilhas deverá ser feita com, no mínimo, 30 (trinta) dias de antecedência ao nascimento dos filhotes, sendo que após a comprovação de pagamento da taxa correspondente, o IBAMA terá 15 (quinze) dias para disponibilizar as anilhas ao criador. 3º - Após o preenchimento de todos os dados exigidos e validação do pedido pelo SISPASS, será emitido boleto de recolhimento bancário que deverá ser pago até o vencimento, sendo que o IBAMA disponibilizará as anilhas requeridas somente após a confirmação do pagamento, no prazo descrito no parágrafo anterior. 4º - A Gerência Executiva do IBAMA somente aceitará os pedidos de anéis dos criadores amadoristas que estejam em situação regular junto ao Instituto e em função do plantel básico contido na relação de passeriformes. Art. 7º Poderão participar de torneios, exposições e ser objeto de transferência, assim como transitar fora do domicílio de seu mantenedor, para participação em treinamentos, somente os passeriformes da fauna silvestre brasileira portadores de anilhas invioláveis, conforme Anexos I e III. Art. 8º As transferências de passeriformes entre criadores amadoristas devidamente registrados, serão efetuadas através de solicitação no SISPASS, sendo estas efetivadas após sua confirmação no programa pelos criadores envolvidos. Art. 9º Os criadores amadoristas poderão transferir as aves de seu plantel, devidamente anilhadas com anilhas invioláveis, até o número máximo de 50 (cinqüenta) indivíduos por ano. Parágrafo único - Os criadores que pretendam transferir um número superior a 50 (cinqüenta) indivíduos, deverão procurar o IBAMA para registro em categoria específica de criadouro com finalidade econômica, conforme legislação pertinente. Art. 10. É facultado aos criadores amadoristas organizarem-se em Federações, Associações ou Clubes Ornitófilos, os quais poderão representá-los através de procuração registrada em cartório para efeito de atualização de sua Relação de Passeriformes, retirada de anilhas, bem como, organização de torneios e exposições. 26

37 Parágrafo Único O criador poderá se fazer representar junto ao IBAMA, para efeitos da presente Instrução Normativa, através de procuração registrada em cartório, outorgando o poder de representação à pessoa física ou jurídica de seu interesse. Art. 11. As Federações, Associações ou Clubes Ornitófilos deverão registrar-se, encaminhando à Gerência Executiva do IBAMA onde tenham sede e foro, requerimento instruído com os seguintes documentos: I - cópia da ata da assembléia de eleição e posse da atual diretoria e do estatuto social devidamente registrado no município sede da entidade; II - balancete dos 03 (três) últimos anos, para o caso de federação já existente; III certidões negativas do recolhimento de impostos federais; IV - alvará de localização e funcionamento fornecido pelo órgão municipal competente, onde a Federação, Associação e/ou Clube Ornitófilo tenha sede e foro; V - relação nominal dos criadores amadores filiados com os respectivos endereços; e VI - comprovante de registro no Cadastro Técnico Federal. 1º O registro será concedido pela Gerência Executiva do IBAMA, onde as Federações, Associações ou Clubes Ornitófilos possuam sede e foro, homologado pelo gerente executivo do IBAMA no Estado, ouvido o núcleo de fauna e inscrito no Cadastro Técnico Federal. 2º As Federações, Associações ou Clubes Ornitófilos deverão comunicar às Gerências Executivas I e II ou Escritórios Regionais do IBAMA, no prazo de 30 (trinta) dias, as alterações que ocorrerem no seu endereço, no objeto social e na denominação da razão social. Art. 12. Os criadores amadoristas, individualmente, ou através de Federações, Associações ou Clubes Ornitófilos registrados no IBAMA, poderão organizar, promover e participar de torneios e exposições de caráter público, em geral, ou em caráter restrito e interno, observando rigorosamente as disposições estabelecidas na legislação vigente e mediante recolhimento de receita. 1º O calendário anual de eventos deverá ser enviado às Gerências Executivas I e II ou Escritórios Regionais do IBAMA para aprovação, até o último dia útil do mês de outubro do exercício anterior. 2º Após aprovação do calendário anual pelas Gerências Executivas I, II ou Escritórios Regionais do IBAMA, será emitida autorização conforme anexo IV, onde constarão os eventos previstos com suas respectivas datas e localizações, devendo a mesma permanecer em posse dos organizadores do evento, para efeitos de fiscalização. 3º Havendo necessidade de modificação de alguma data constante no calendário anual aprovado, o IBAMA deverá ser comunicado oficialmente com antecedência de 30 dias, para fins de emissão de nova autorização. 4º Os torneios e exposições devem ser realizados em locais adequados e devidamente protegidos de ventos, chuvas e sol. 5º Somente poderão participar aves com anilhas invioladas, sem quaisquer sinais de adulteração e de origem comprovada. 6º A critério dos organizadores os Criadores Comerciais de Passeriformes, devidamente registrados, poderão participar dos eventos desde que munidos de autorização específica expedida pelo IBAMA. 7º - Os Criadouros Comerciais deverão protocolar junto às Gerências Executivas I e II ou Escritórios Regionais do IBAMA da Unidade Federada onde mantém domicílio, solicitação de Licença de Transporte, com validade 27

38 de até 01 (um) ano, para participações em eventos com antecedência mínima de 30 dias listando todas as aves, por nome científico e informando a identificação adotada (número de anilha, microchip, etc.). 8º Organizadores dos torneios e exposições de que trata este artigo e criadores amadoristas, serão responsabilizados administrativa, civil e penalmente quando constatadas irregularidades, como: I - comércio ilegal, caracterizado como tráfico, praticado por criadores amadoristas registrados no IBAMA e participantes do evento dentro e fora do âmbito deste ou, ainda, em suas proximidades, que de imediato terão suas aves apreendidas e as licenças suspensas podendo ser canceladas após a apuração dos fatos, sem prejuízo das demais penalidades previstas na legislação em vigor. II - criadores amadoristas com passeriformes sem anilhas, anilhas violadas ou adulteradas; III - anilhas gravadas com datas que não correspondam à idade real do espécime; IV - relações de passeriformes adulteradas; V - anilhas com diâmetros (bitola interna) incompatíveis com o tarso da ave ou em desacordo com as especificações contidas nos Anexos I e III; e VI - qualquer evento sem a via original da Autorização expedida pela Gerência Executiva do IBAMA da Unidade Federada onde este esteja ocorrendo. Art. 13. Na hipótese de os criadores amadoristas, por qualquer razão, desistirem da criação das espécies aqui tratadas, e, na impossibilidade de repassarem o plantel para outro criador amadorista, o interessado deverá, em prazo não superior a 30 (trinta) dias, comunicar sua intenção às Gerências Executivas I e II ou Escritórios Regionais do IBAMA da Unidade Federada onde mantiver domicílio, que promoverá o repasse das aves a outro criador devidamente registrado. Parágrafo Único - Em caso de desistência da criação e caso o plantel ultrapasse o número de passeriformes autorizados para transação, o IBAMA deverá ser comunicado em prazo não superior a 30 (trinta) dias, para fins de emissão de autorização para transferência e licença de transporte. Art. 14. Os criadores amadoristas não poderão expor as aves de seu plantel com ou sem finalidade comercial, salvo pelas situações previstas nos artigos 4º, 7º e 10 desta Instrução Normativa. Art. 15. Em nenhuma hipótese pássaros oriundos de criações amadoristas poderão ser soltos salvo autorização expressa do IBAMA ouvido o Núcleo de Fauna da Gerência Executiva da localidade responsável. Art. 16. Está assegurado a todos os criadores de aves passeriformes e não passeriformes portadoras de anilhas abertas, registrados com base na Portaria IBDF nº 31-P de 13 de dezembro de 1976, que possuam documentação comprobatória, e passeriformes portadores de anilhas abertas registrados de conformidade com a Portaria n.º 131-P de 5 de maio de 1988, o direito de permanecerem com as aves estando porém, impedidas de participarem de torneios e exposições, serem objeto de transação, assim como transitarem fora do domicílio de seu mantenedor para participação em treinamentos. 1º - As aves descritas no caput, de espécies não relacionadas no anexo I desta IN não poderão ser objeto de reprodução. 2º - Em caso de reprodução das aves descritas no caput e que não constarem no anexo I da presente Instrução, o nascimento dos filhotes 28

39 29 deverá ser comunicado ao IBAMA para fins de anilhamento e destinação das aves. 3º - Na hipótese de óbito de algum espécime nestas condições, caberá ao criador registrar no SISPASS a ocorrência, além de encaminhar a respectiva anilha ao IBAMA, para fins de baixa na relação de passeriformes e conseqüentes autenticações. Art. 17. A inobservância desta Instrução Normativa implicará na aplicação das penalidades previstas nas Leis nº 5.197, de 3 de janeiro de 1967 e n.º 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, no Decreto nº 3.179, de 21 de setembro de 1999, e demais legislações pertinentes. 1º - Quando da aplicação, pelo agente autuante em caso de fiscalização, das penalidades dispostas no art. 2º do Decreto nº 3.179, de 1999, ao criador amadorista, deverá aquele proceder, anteriormente à apreensão dos pássaros, à notificação do interessado, para, no período de 15 dias, apresentar a documentação que comprove a legalidade de seu plantel. 2º - Em caso de comprovação de irregularidade o infrator será autuado e terá os pássaros apreendidos, podendo as aves permanecer sob a guarda do infrator até que o IBAMA providencie a destinação final dos mesmos. 3º - Em nenhuma hipótese os órgãos fiscalizadores que mantêm convênio com o IBAMA poderão efetuar solturas aleatórias de pássaros oriundos de criadores amadoristas registrados. 4º - Em caso de necessidade de soltura de espécimes de aves da Ordem Passeriformes consideradas da fauna domesticada, o local deverá ser definido pela Gerência Executiva do IBAMA no Estado onde ocorreu a apreensão, sendo a soltura, quando possível, acompanhada por um técnico do órgão. 5º - No caso de operações externas, em feiras ou ambientes públicos, onde sejam encontradas aves em situação irregular, estas deverão ser imediatamente apreendidas e encaminhadas à Gerência Executiva do IBAMA, a qual definirá seu destino. Art. 18. Os casos omissos nesta Instrução Normativa serão resolvidos pela Gerência Executiva do IBAMA ou por sua Presidência, através da Diretoria de Fauna e Recursos Pesqueiros. Art. 19. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, sendo que o cadastramento de novos criadores será feito no programa já existente até que se proceda a total alimentação do SISPASS e sua conseqüente disponibilização na Internet. O principal objetivo dessa criação é a conservação do patrimônio genético das espécies, sem finalidade comercial. 2.4 Ações do Ibama para a preservação das aves ameaçadas As ações do Ibama com relação às aves ameaçadas tem sido a atuação em conjunto com a sociedade para estabelecer planos para a conservação de diversos grupos da fauna ameaçada de extinção. Neste processo de construção dos Planos de Ação, tem sido de grande importância à participação do setor acadêmico, de organizações não governamentais - ONGs

40 30 dedicadas ao estudo e proteção de espécies e seus hábitats e de outros órgãos governamentais federais, estaduais e municipais. Os Planos de Ação são divididos em duas partes. Na primeira, são explorados temas de interesse para o conhecimento das espécies e discutidos os problemas que elas enfrentam.. Na segunda parte, são elaboradas as ações mais desejáveis para se conseguir melhorar o estado de conservação das espécies. Esta segunda parte é o Plano de Ação propriamente dito. Neste, são tratados temas de relevante interesse para as espécies, como mostra o quadro abaixo: Tabela 5 - Quadro das prioridades para elaboração para dos planos de ação do Ibama Instrumentos de conhecimento sobre a biodiversidade Instrumentos de conservação da biodiversidade Instrumentos de controle dos impactos sobre a biodiversidade Instrumentos de promoção do uso sustentável e da repartição de benefícios oriundos da biodiversidade Gestão da informação Proteção do habitat Conservação das espécies Proteção das espécies Políticas Públicas Elaboração de Planos de Ação; banco de dados e mapeamentos; pesquisa, inventários e monitoramentos Criação e implementação de UCs; proteção e restauração de habitats; criação de sistemas de conexão de habitats. Manejo da natureza (translocação, remoção de espécies invasoras, reintrodução); Mitigação dos impactos; fiscalização e controle. Legislação; atuação nacional integrada aos três níveis do governo; atuação Educação ambiental e conscientização pública; envolvimento da sociedade em ações de manejo em internacional; conservação; cativeiro financiamentos, formação (reprodução). incentivos a recursos boas práticas e humanos. certificação ambiental; licenciamento ambiental.

41 31 Os planos de ação são publicados pelo IBAMA e MMA na Série Espécies Ameaçadas, publicação destinada a disponibilizar informações que possibilitem uma melhora do conhecimento sobre estas espécies e das ações a serem desenvolvidas para sua recuperação. Tais planos apresentam informações sobre a biologia da espécie ou grupo de espécies envolvidas e propõem uma série de medidas a serem implementadas em diversas áreas temáticas, seguindo uma escala de prazos e prioridades, visando a conservação destas espécies. Além disso, os planos devem ser revisados periodicamente como forma de monitorar e avaliar o sucesso das ações executadas e atualizar as necessidades de preservação. 2.5 Planos publicados na série espécies ameaçadas Os planos destinados às espécies ameaçadas foram elaborados através de grupos de trabalhos entre Ibama e MMA e os responsáveis técnicos da área fim, tais planos serão comentados a seguir. Plano de Ação para a Conservação do mutum-do-sudeste (Crax blumenbachii) Figura 7 mutum-do-sudeste O primeiro plano trata do mutum-do-sudeste Crax blumembachii, espécie endêmica da Mata Atlântica brasileira considerada em perigo de extinção, tendo como principais ameaças à sua sobrevivência a destruição do seu ambiente natural pelo desmatamento e a caça. A reunião de especialistas, que discutiram amplamente a situação da espécie e as medidas necessárias à sua preservação, gerou o documento.

42 32 Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Albatrozes e Petréis Figura 8 Albatroz-real-meridional Diomodea epomophora O segundo número da Série é Plano de Ação Nacional para a Conservação de Albatrozes e Petréis, espécies de aves oceânicas que passam a maior parte de suas vidas em alto mar, procurando a terra firme somente para reprodução, que geralmente ocorre em ilhas oceânicas. As duas principais ameaças aos albatrozes e petréis são a pesca industrial realizada com espinhéis e a alteração de suas áreas de reprodução, devido à introdução de espécies exóticas invasoras. Plano de Ação para a Conservação do Pato-mergulhão (Mergus octocetaceus) Figura 9 Pato-mergulhão (Mergus octocetaceus)

43 33 O terceiro número desta Série é o Plano de Ação para Conservação do Pato- Mergulhão, espécie Criticamente Ameaçada que ocorria originalmente no Brasil, Argentina e Paraguai. Atualmente existem registros apenas no Brasil e na Argentina, sendo que neste país as populações, se ainda existentes, devem ser extremamente reduzidas. Este fato reforça a necessidade de conservar a espécie em território brasileiro, desenvolvendo esforços conjuntos, de forma a garantir que o pato-mergulhão não seja extinto num futuro próximo. A estimativa populacional atual é de apenas cerca de 250 aves na natureza e nenhuma em cativeiro. Plano de Manejo da arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) Figura 10 arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) O quarto número desta Série é o Plano de Manejo da Arara-Azul-de-Lear (Anodorhynchus leari), espécie Criticamente Ameaçada, endêmica da Caatinga. A estimativa populacional atual é de apenas cerca de 600 aves na natureza e 40 conhecidas em cativeiro. As principais ameaças a esta espécie são a perda de habitat e a captura para o comércio ilegal. 2.6 Criadouros de aves existentes no âmbito do Distrito Federal De acordo com SUPES-DF (IBAMA, site, 2007) existem criadouros (Tabela 06). Esses criadouros estão listados de acordo com as categorias: comercial, conservacionista e amadorista.

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