18/04/2017. Melhoramento de espécies de propagação vegetativa. Introdução
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1 18/04/017 Aula 05 Introdução Melhoramento de espécies de propagação vegetativa Em espécies em que existe uma variabilidade intra e interespecífica como: produção de biomassa, taxa de crescimento, resistência a geadas e déficit hídrico, entre outros, uma forma de manter as características favoráveis, evitando a variabilidade encontrada em árvores obtidas a partir de sementes, é recorrer à propagação vegetativa. Exemplos Exemplos Mandioca Seringueira Cacau Eucalipto Cana-de-açúcar Princípios básicos da propagação vegetativa O processo da propagação vegetativa não inclui meiose, portanto as brotações originárias da planta doadora são geneticamente idênticos aos da planta doadora. O estado de maturação (ontôgenia=desenvolvimento biológico) tem um grande efeito na facilidade de propagação e subseqüente crescimento dos propágulos originários de estacas ou da cultura de tecidos. Técnicas para manter ou reduzir a juvenilidade são as chaves do sucesso para qualquer programa de propagação vegetativa. Métodos de propagação clonal A propagação clonal pode ser alcançado pela macropropagação ou pela micropropagação. A propagação vegetativa pela macropropagação envolve métodos convencionais, como a estaca e a enxertia, enquanto que na micropropagação se utiliza a técnica de cultura de tecidos. 1
2 18/04/017 eração 1 1 planta Métodos de propagação clonal Exemplos eração eração 3 eração plantas plantas plantas Os genótipos são idênticos em todas as gerações F = + E F = + E Reproduçao % O número de clones de cada planta (genótipo) aumenta de forma exponencial As plantas das espécies que apresentam reprodução vegetativa são altamente heterozigóticas (apresentam algum grau de cruzamento) e possuem alta carga genética acasalamento entre clone aparentados elevada DEPRESSÃO POR ENDOAMIA. eração da variabilidade genética 1. Tipos de cruzamentos Cruzamentos de cultivares comerciais: Variabilidade genética em função da heterozigosidade dos clones C 1 (A 1 A ) x C (A 3 A 4 ) Biparentais C 1 x C Multiparentais (C 1 x C ) x C 3 ou (C 1 x C ) x (C 3 x C 4 ) F 1 (1) x F 1 (34) F 1 (1)(34) F 1 ¼ A 1 A 3 : ¼ A 1 A 4 : ¼ A A 3 : ¼ A A 4 disponível para seleçao % São obtidos 4 genótipos, pois cada parental forma n = 1 gametas, logo: 1 x 1 = 4 Aula 5. Aula 5. Exemplo: a) parentais diferem em 0 locos com alelos: ametas A = 0 gametas diferentes ametas B = 0 gametas diferentes Nº de genótipos diferentes: 0 x 0 = Exemplo (cont.): Nº de genótipos diferentes 10 1 e Variabilidade enética Considerável b) parentais diferem em 50 locos com alelos: Nº de genótipos diferentes: 50 x 50 = Clones altamente heterozigotos, populações altamente heterozigóticas grande número de genótipos diferentes. Aula 5. Aula 5.
3 18/04/017. Escolha de cultivares parentais Cultivares parentais cultivares comerciais, formados de apenas um genótipo: Assim, a variabilidade genética para os caracteres menos complexos que a produtividade é menor, permitindo que a seleção seja intensa para produtividade. Motivo: procura-se aproveitar os efeitos da seleção já praticada para produzí-los. Aumenta-se a probabilidade de concentração de alelos favoráveis em um genótipo. Estes clones geralmente apresentam um nível já elevado de produtividade e uma série de características favoráveis, como resistência a doenças e pragas, acamamento, precocidade, etc. Aula 5. Exemplo: florescimento em cana-de açúcar: normalmente são cruzados parentais que não florescem na região do cultivo comercial. Aula 5. Escolha dos parentais genealogias, divergência genética, complementariedade e performance b) Divergência genética: maximizar variabilidade em F 1, heterose a) enealogias: evitar cruzamento de indivíduos aparentados (endogamia). 0,4 (C 1 x C ) x (C x C 4 ) inferiores 0,3 0, superiores C 3 x C 5 0,1 C Aula 5. Aula 5. c) Complementariedade: concentrar características favoráveis em um único genótipo. C 1 (R A S B ) x C (S A R B ) Objetivo: C 3 (R A R B ) Avaliação e seleção Objetivos: identificar, selecionar e multiplicar os genótipos superiores. d) Performance: Presença de enes de interesse. 0,4 0,3 Banco de dados com informações sobre: enealogias e divergências genéticas, complementariedade e performance dos caracteres inferiores 0, 0,1 superiores de importância agronômica e/ou econômica Aula 5. 3
4 18/04/017 Sem repetições: F= + E F X = X + E X F Y = Y + E Y h plantas individuais: h = = S = ds F + E h ( FX FY ) = ( X Y ) + ( EX EY ) Com repetições: 1 ( FX FY ) = ( X Y ) + ( EX EY ) r h nível de médias de repetições: h = S = ds h X E + r X Exemplo: Etapas de um programa de melhoramento 1ª Etapa Obtenção dos indivíduos F 1 Sementes Plantas individuais ( a em cana-de-açúcar). Bordadura Avaliação de plantas individuais: competição completa. Cada genótipo é diferente dos demais. Bordadura Bordadura Seleção massal Caracteres de alta herdabilidade (p. ex. resistência doenças e pragas, altura, precocidade). ª Etapa cada planta selecionada é clonada. Características desta fase: Experimentos com poucas repetições (reduzido número de clones/planta); Seleção com base nas médias; Poucas repetições: seleção para caracteres de herdabilidade alta e mediana. I II Médias 1 Y 1I Y 1II Y 1 Y I Y II Y n Y ni Y nii Y n 3ª Etapa avaliação dos genótipos selecionados na etapa anterior. Aumento do número de repetições; Seleção com base nas médias; I II III IV V VI Médias 15 Y 15I Y 15II Y 15III Y Y n n Y ni Y nii Y niii Y n 4
5 18/04/017 I II III IV V VI Médias 15 Y 15I Y 15II Y 15III Y Y n n Y ni Y nii Y niii Y n Valores fenotípicos mais precisos; Seleção com intensidade alta para caracteres de herdabilidade mediana e intensidade média para os de baixa herdabilidade. 4ª Etapa Avaliação dos genótipos selecionados na etapa anterior. Aumento do número de repetições; Avaliação em diversos locais; Seleção com base nas médias (de repetições e de locais); Intensidade de seleção alta para caracteres de baixa herdabilidade. 5ª Etapa seleção dos poucos genótipos selecionados na etapa anterior. Aumento do número de repetições; Aumento do número de locais onde são instalados os experimentos; Seleção do genótipo superior; Origem dos cultivares. Redução da Base enética Causas e conseqüências: Vulnerabilidade genética; Redução da ; Patamar de produtividade; Riscos: doenças e pragas. Ampliar a base genética com introdução de material exótico que tenha potencial para integrar programas de melhoramento. Aula 5.4 Exemplo: Ce X Cc 1 F 1 (50% Ce; 50% Cc 1 ) X Cc F 1 (5% Ce; 5% Cc 1 ; 50% Cc ) Bibliografia 1. Valois, A.C.C; Paiva, J.R.; Ferreira, F.R.; Filho, W.S.S.; Dantas, J.L.L. Melhoramento de espécies de propagação vegetativa. In: Nass, L.L.; Valois, A.C.C.; Melo, I.S. e Valadares- Inglis, M.C. (Eds.) Recursos genéticos & melhoramento Plantas. p , Pereira, A.B. Melhoramento clonal. In: Dias, L.A.S. (Ed) Melhoramento genético do cacaueiro. p , % Cc Aula 5.5 5
6 18/04/017 Aula 05 Obrigado! 6
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