A QUÍMICA COMO FERRAMENTA PARA O ESTUDO DE SUPERFÍCIES ESPACIAIS. Professora Diana Andrade Observatório do Valongo UFRJ

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1 A QUÍMICA COMO FERRAMENTA PARA O ESTUDO DE SUPERFÍCIES ESPACIAIS Professora Diana Andrade Observatório do Valongo UFRJ diana@astro.ufrj.br

2 Aula 2 Do Laboratório para o Espaço Sideral Espectrometria de massas por tempo de vôo

3 DETERMINAÇÃO DAS ESTRUTURAS Algumas técnicas são muito uteis: - Espectrometria de massas (MS); - Espectroscopia no Infravermelho (FTIR); - Espectroscopia de Fotoeletron (XPS e UPS); - Particle-induced X-ray emission (PIXE).

4 Espectrometria de massas (MS);

5 Espectrometria de massas (MS);

6 Espectrometria de massas (MS);

7 Espectrometria de massas (MS);

8 Espectrometria de massas (MS);

9 Espectrometria de massas (MS);

10 Espectrometria de massas (MS);

11 Espectrometria de massas (MS); C 3 H 8

12 Espectrometria de massas (MS);

13 No Universo... RADIAÇÃO E PARTÍCULAS INCIDINDO SOBRE GELO ASTROFÍSICO 13

14 Primeiros trabalhos: Metodologia Experimental Fonte de íons ( 252 Cf) O Sol é substituido por fontes de íons, luz síncrotron e canhão de elétrons

15 Processos de Alteração e Destruição: FOTÓLISE: Fótons (UV, Raios X) RADIÓLISE: Partículas (e -, íons, CRs); Vento solar. AQUECIMENTO: Colisão entre os grãos Reações químicas Dessorção Aquecimento e Evaporação Sputtering (erosão) Compactação

16 Porque necessitamos de Ultra-alto vácuo? Necessário se queremos encontrar quantitativamente as taxas de reação, probabilidade de aderência (SP, sticking probabilities), barreiras para reações e mecanismos de reações dominantes que serviriam de base para a química do estado sólido de regiões interestelares. No caso de sistemas de alto vácuo, a atmosfera é dominada por moléculas 16de H2O numa quantidade entre 90-95%. Outros contaminantes: nitrogênio, oxigênio, argônio e, em menor proporção, gás carbônico, neônio, hélio, metano, criptônio, hidrogênio, oxido nítrico

17 Porque necessitamos de Ultra-alto vácuo? P = 10-7 mbar 1 monocamada de água a cada 10 s. P = 10-8 mbar 1 monocamada de água a cada 100 s. P = 10-9 mbar ~ 4 monocamadas de água a cada hora. Além disso, temos que garantir que o feixe de radiação chegue até a amostra sem que sofra os efeitos das camadas superficiais contaminantes; Que os íons dessorvidos não sejam neutralizados por estas camadas superficiais, chegando ao detector sem colidirem com as moléculas do gás residual. Precisamos ainda garantir que não haverá perda da energia inicial do feixe de radiação ionizante nem dos íons desservidos. 17

18 Porque necessitamos de Ultra-alto vácuo? O que precisa ser feito? Bombas de vácuo eficientes; Aquecimento das paredes da câmara até 150 o C; P ~ mbar. Consequência: atmosfera de H 2

19 Preparando a amostra

20 Preparando a amostra No caso de análise na fase gasosa, haveria uma agulha onde sairia o gás no lugar do substrato com a amostra. E a T seria de câmara (~ 300 K). 20

21 Foto da Câmara de Ultra-alto váuo do Laboratório de Química de Superfícies (LaQuiS) da UFRJ

22 Espectrometria de Massas O espectro de massas é um gráfico contendo a razão massa/carga dos fragmentos carregados e suas concentrações relativas. Em algumas condições é possível encontrar valores absolutos. Quando não normalização pelo pico base (PB). PB sinal mais intenso do espectro. Na fase gasosa, pode aparecer um pico com massa (M+1) + e/ou (M+2) + Isótopos.

23 Espectrometria de Massas

24 Espectrometria de Massas 24

25 Espectrometria de Massas (Impacto de elétrons)

26 Espectrometria de Massas Espectrômetro de baixa resolução separação de massas unitárias. Espectrômetros de alta resolução 4 casas decimais. 26

27 Espectrometria de Massas Alguns Exemplos 27

28 Gelo de água - PDMS 28

29 Espectrometria de Massas Ex. Investigações da superfície pelo impacto de íons rápidos PDMS: Plasma Desorption Mass spectrometry by 252 Cf FF E~ 65MeV; (Regime eletrônico) Baixo fluxo ~ 1000 cm -2 s -1. Ex. Gelo de água Cluster 25 Ex. PET

30 Metanol - PDMS 30

31 Espectrometria de Massas Metanol - PDMS 31

32 Resultados Similar aos hidrocarbonetos AE 13 =22,31 ev AE 14 =15,30 ev AE 15 =13,82 ev PDMS Metanol PI 12 = 11,26 ev PI 13 = 11,13 ev PI 14 = 10,40 ev PI 15 = 9,83 ev PI 16 = 12,6 ev 29 e 31 Adaptado de Wagner et al. (1993)

33 Resultados Comportamento dos hidrocarbonetos PDMS Metanol Comportamento similar até aqui série H p CO + PI 29 = 8,12 ev C 2 H 5+ e HCO + PI 30 = 10,88 e 11,0 ev - C 2 H 6+ e HCOH + Adaptado de Wagner et al. (1993)

34 Espectrometria de Massas Metanol - PDMS 30 < m/q < 100 u/e 34

35 Espectrometria de Massas Metanol - PDMS Clusters 35

36 Resultados (CH 3 OH)HCO + PDMS Metanol (CH 3 OH)CH 3 OH 2 +

37 Ácido fórmico - PDMS 37

38 Martin e co-autores (2005) mostraram que e - com E~1eV induzem interessantes reações químicas em clusters de ácido fórmico, os quais não aparecem no espectro da molécula isolada. Espectrometria de Massas Ex. Investigações da superfície pelo impacto de íons rápidos Gelo de acido Fórmico (HCOOH) à 55K Reativos Decaimento exponencial (dupla) PSD Anômalo

39 Espectrometria de Massas Ex. Investigações da superfície pelo impacto de íons rápidos Gelo de acido Fórmico (HCOOH) à 55K 39

40 Espectrometria de Massas Ex. Investigações da superfície pelo impacto de íons rápidos

41 Química Teórica: ácido fórmico 41 versus

42 (HCOOH) n OH - versus (HCOOH) n (H 2 O)HCOO - 42

43 Ácido fórmico EXAFS e PSID 43

44 Espectrometria de Massas PSID Dessorção de íons estimulada por fótons NEXAFS HCOOH Espectroscopia de absorção de Raio-X 44

45 PSID Photon Stimulation Ion Desorption Raios X; Feixe Pulsado (LNLS) TOF-MS Dissociação molecular. Desorção estimulada. Íons positivos e negativos. NÃO produz Clusters Espectrometria de Massas PSID Dessorção de íons estimulada por fótons Gelo de acido Fórmico (HCOOH) à 55K Andrade et al Feixe pulsado

46 Espectrometria de Massas PSID Dessorção de íons estimulada por fótons - HCOOH Curvas de rendimento para diferentes energias 46

47 PSID - Metanol 47

48 NOS AMBIENTES ESPACIAIS... Abundancias moleculares dependem do mecanismo de formação e destruição. Fotodessorção pode explicar a abundancia de íons e neutros na fase gasosa detectados em ambientes frios. Fótons de raio-x de estrelas jovens podem penetrar regiões densas dos discos proto-planetários dissociação e dessorção de moléculas que estavam no mantos dos grãos. 48

49 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA Contribuição da dessorção de íons a partir do metanol condensado. Partícula ionizante: Fótons de raio-x mole. Ambiente simulado: Disco proto-planetário.

50 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA Porque metanol??? Álcool mais simples; Importante precursor de espécies mais complexas; Abundante na fase condensada nos mantos interestelares e nos grãos protoestelares. O enriquecimento de metanol na fase gasosa nas nuvens frias e densas seria uma evidência de que o metanol está sendo liberado dos grãos por processos não-térmicos (fóton ou raios cósmicos).

51 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA Inpiração: Das observações: T-Tauris emitem grande quantidade de fótons de Raio-X; Esses fótons alcançam o interior do disco. Estudo anteriores: Najita, Bergin & Ullom (2001) analisaram a dessorção de moléculas nos discos protoplanetários aquecimento dos grãos por raio-x pode ser uma fonte significante de dessorção molecular no topo do disco. Aikawa & Herbst (1999) calcularam a distribuição e abundância de várias moléculas nos discos protoplanetários levando em conta a adsorção, reações químicas e dessorção não térmica. altas abundâncias devido a eficiência de ionização dos raios-x favorecimento de reações íon-molécula.

52 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA Experimento Laboratório nacional de Luz Síncrotron (LNLS) Campinas Brasil. Energia dos fótons: 537 ev (O 1s). Modo single-bunch do acelerador 1 pico a cada 311 ns, com largura de 60 ps. P ~10-9 mbar T = 55 K. Espessura do filme: ~ 2μm.

53 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA Experimento Fótons interagem com a amostra induzindo excitação e ionização de caroço dissociação e dessorção. Fragmentos ionizados dessorvem da superfície e são acelerados por um campo elétrico discriminado em massa por um tubo de vôo detectados. Calibração em massa é feita apenas com o SIMION. Divisão da contagem por start Rendimento de dessorção; # ions dessorvidos por fóton incidente # bunchs Área do pico # fótons/bunchs

54 PROCESSO A NÍVEL MOLECULAR

55 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA Processo a nível molecular Se a energia de um fóton for suficiente para promover um elétron (de valência ou de camada interna) de um orbital da molécula, cuja energia é menor, para um orbital de energia maior, a molécula ficará num estado chamado de estado excitado foto-excitação.

56 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA Processo a nível molecular Caso a energia seja suficiente para vencer as forças que mantém o elétron ligado, este pode ser ejetado, desacoplando-se completamente dos orbitais moleculares molécula sem um elétron + elétron (fotoelétron) livre foto-ionização.

57 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA Processo a nível molecular Após a excitação ou ionização, a molécula é forçada a buscar uma nova configuração de mais baixa energia, devido ao buraco criado Relaxação eletrônica - Processo Auger e fluorescência de raio-x mutuamente excludentes. A probabilidade de ocorrência das transições Auger é favorecida para energias de ligação abaixo de 2 kev. Esta probabilidade é chamada rendimento Auger (Auger yield). Z, a probabilidade de ocorrência do mecanismo Auger. Curva de probabilidade de ocorrência do processo Auger e da fluorescência para alguns elementos químicos.

58 Relaxação - Fluorescência Fluorescência de raio-x: Figura mostra o buraco de caroço e decaimentos K-alfa, K-beta e L-alfa

59 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA Exemplo didático do Be: O estado atômico neutro do Be será tomado como referencia, atribuindo-se a ele energia zero. (b) um elétron é removido do nível K. A energia correspondente a esse estado é igual à energia de ligação do elétron removido (Ek). O único mecanismo possível de desexcitação é a emissão de elétron Auger, pois as regras de seleção de dipolo proíbem emissões de raios-x para transições que envolvam estados de mesmo momento angular (do tipo 2s-1s).

60 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA Exemplo didático do Be: A repulsão coulombiana entre os elétrons 2s na presença da lacuna no nível 1s, conduz à transição Auger resultando no íon Be ++. A energia no estado final é a soma das energias de ionização dos estados anteriores, denotadas por E L1 (Be 0 ) e E L1 (Be + ).

61 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA Exemplo didático do Be: A energia do elétron emitido (E A ) é dada por: e é função unívoca dos níveis envolvidos, ou seja, é independente da energia do fóton incidente, que gerou a primeira vacância. Cada elemento da tabela periódica possui seu conjunto de energias Auger características.

62 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA Exemplo didático do Be: Pelo menos estados de energia de três elétrons tomam parte do processo. Portanto H, He e Li isolados não podem gerar elétrons Auger.

63 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA Processo a nível molecular Para os elementos mais pesados, a estabilização ocorre via sequência de emissões Auger e raios-x, resultando em estado de ionização múltipla. Dependendo de como ocorra o rearranjo dentro do átomo, têm-se diferentes processos Auger. 2e- 2h 1e- 1h 1e- 2h 2e- 3h

64 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA DESSORÇÃO IÔNICA ESTIMULADA POR FÓTONS (PSID) OU ELÉTRONS (ESID) Em ambos os casos, o que se forma após o impacto são íons, espécies neutras e elétrons secundários. Todas essas espécies podem dessorver ou interagir com outras na própria superfície. DIFERENÇAS: Na excitação e ionização estimulada por elétrons, o impacto do elétron fornece parte de sua energia e momento para o alvo (amostra). Em contraste, a absorção de fóton ressonante transfere TODA a energia e momento do fóton para o sistema. Assim, a energia do elétron (Ei) pode causar qualquer excitação (ΔE) numa faixa de 0 ΔE Ei, enquanto um fóton monoenergético promoverá somente excitações referentes à ΔE = hν.

65 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA DESSORÇÃO IÔNICA ESTIMULADA POR FÓTONS (PSID) OU ELÉTRONS (ESID) Em ambos os casos, o que se forma após o impacto são íons, espécies neutras e elétrons secundários. Todas essas espécies podem dessorver ou interagir com outras na própria superfície. DIFERENÇAS: Feixe de elétrons atua como uma fonte de radiação branca com energia máxima de um pseudo-fóton (Ei = hν). Excitações por feixe de elétrons são então menos específicas do que excitações por fóton ressonante. Logo, os decaimentos são mais complexos de interpretar.

66 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA DESSORÇÃO IÔNICA ESTIMULADA POR FÓTONS (PSID) OU ELÉTRONS (ESID) Esquema mostrando o processo de dessorção devido ao impacto de raios-x (ou elétrons) na superfície congelada (poeira interestelar/cometa). Elétrons ou fótons de raio-x interagem com moléculas da superfície, excitando-as ou ionizando-as. Fótons podem ser absorvidos e os elétrons capturados. Ambos podem ser espalhados. Fótons, podem ainda ser refletidos ou transmitidos pela superfície.

67 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA DESSORÇÃO IÔNICA ESTIMULADA POR FÓTONS (PSID) OU ELÉTRONS (ESID) a) Se um fóton (ou elétron) incidente é absorvido (ou capturado) (t s), ele pode promover um elétron de uma molécula da superfície para um estado excitado ou para o contínuo, criando um buraco de caroço. ionização, fotoelétrons são ejetados pela superfície. Elétrons secundários são também formados. b) após relaxação emissão de elétron Auger (Z < 30). c) Por causa da repulsão colombiana dos buracos positivos, devido ao processo Auger, ocorre dissociação molecular e dessorção.

68 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA DESSORÇÃO IÔNICA ESTIMULADA POR FÓTONS (PSID) OU ELÉTRONS (ESID) RESULTADOS Mais intensos CH 2 +. Seguido por: H +, H 3 O +.

69 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA DESSORÇÃO IÔNICA ESTIMULADA POR FÓTONS (PSID) OU ELÉTRONS (ESID) RESULTADOS - METANOL M/q = 16 (CH 4 + ou O + ) é intenso. CH 4 foi observado por FTIR de methanol puro a 10 K irradiado por He + 3 kev (Palumbo, Castorina & Strazzulla 1999), mas experimentos do grupo simulando raios cósmicos em metanol a 55 K mostrou que m/q 16 é devido ao O +. sugerimos O +.

70 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA DESSORÇÃO IÔNICA ESTIMULADA POR FÓTONS (PSID) OU ELÉTRONS (ESID) RESULTADOS - METANOL Em comparação, o espectro negativo mostra apenas O - e H -. Cátions são mais facilmente formados do que ânions. auger.

71 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA DESSORÇÃO IÔNICA ESTIMULADA POR FÓTONS (PSID) OU ELÉTRONS (ESID) RESULTADOS - METANOL Fragmentos devido a ruptura do C-O são intensos Rotas de dissociação sugeridas:

72 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA DESSORÇÃO IÔNICA ESTIMULADA POR FÓTONS (PSID) OU ELÉTRONS (ESID) RESULTADOS - METANOL Fortes candidatas na formação dos íons negativos. Pouco favoráveis na formação dos íons negativos. (Baixa intensidade de C + CH + 3 ). e

73 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA PRODUÇÃO DE ÍONS EM DISCOS PROTO-PLANETÁRIOS Um disco proto-planetário é um disco de poeira e gás ao redor de estrelas muito jovens, num estágio inicial de formação planetária. TW Hya é a T-Tauri mais próxima conhecida (~5 x 10 6 A). Ela tem um rico espectro de emissão de molécula e íons atômicos resultantes de fotoionização de camada interna (K) por raios-x. Talvez haja um planeta sendo formado na região interna do disco (< 5 UA).

74 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA PRODUÇÃO DE ÍONS EM DISCOS PROTO-PLANETÁRIOS A luminosidade de raio-x da TW Hya, integrada de 0.2 a 2 kev é 2 x erg s -1 Então, o fluxo de fótons numa energia específica: Seção de choque de foto absorção Densidade de coluna do H.

75 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA PRODUÇÃO DE ÍONS EM DISCOS PROTO-PLANETÁRIOS O fluxo de íons (ions/cm 2 s): Rendimentos iônicos obtidos neste trabalho Assim, encontramos o fluxo de íons dessorvidos do metanol como função da distância a estrela central.

76 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA PRODUÇÃO DE ÍONS EM DISCOS PROTO-PLANETÁRIOS Fluxo de íons dessorvidos do metanol como função da distância a estrela central. Por exemplo, a 40 ua, um fluxo de 5,8 x 10 8 fótons cm -2 s -1 pode produzir 4,2 íons.cm -2.s -1 de CH + 2 e 0,35 íons.cm -2.s -1 de HCO +. Serão necessários cerca de 1 MA para HCO + alcançar a quantidade de 1,1 x ions.cm -2.

77 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA PRODUÇÃO DE ÍONS EM DISCOS PROTO-PLANETÁRIOS Fluxo de íons dessorvidos do metanol como função da distância a estrela central. Também encontramos o tempo de meia vida do metanol no disco. Por exemplo, metanol sobrevive: ~ 6,2 anos a 10 ua e ~ 308 anos a 70 ua.

78 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA A partir de resultados de laboratório (do grupo) Cálculos quanticos para várias reações interestelares envolvendo ácido fórmico e acético na fase gasosa e condensada. Idéia é: Tentar entender quais reações poderiam ser mais favoráveis para produzir glicina em regiões iluminadas por raios-x e UV, como nas regiões de formação estelar.

79 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA Cálculo das entalpias das reações

80 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA Cálculo das entalpias das reações Resultados da espectrometria de massa Ácido fórmico é mais destruído por raios-x que o acético, na fase gasosa. A sobrevivência do ácido acético é quase 6 vezes maior. HCOOH + a partir da fotodissociação do ácido acético é desprezível. Pilling et al. (2008) Para o ácido acético, CH 3 COOH + e COOH + representam 19% da dissociação por raio-x e quase metade dos caminhos de dissociação por UV.

81 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA Cálculo das entalpias das reações Resultados da espectrometria de massa No caso do ácido fórmico usando raios-x, apenas 2% dos canais de dissociação envolvem precursores de aminoácidos HCOOH + e COOH +. Pilling et al. (2008) No caso do UV, ambas as moléculas produziram quase a mesma quantidade de íons pais (~ 20%). Então, na fase gasosa, CH 3 COOH tem vantagem.

82 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA Cálculo das entalpias das reações Resultados da espectrometria de massa Andrade et al (2009) acido fórmico a 56 K Borda O 1s 535 ev. Sem formação de COOH + e de HCOOH + - Formação de (HCOOH)H + Uma fração do HCOOH é dessorvido intacto.

83 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA Cálculo das entalpias das reações Foram feitos cálculos de entalpias das reações para investigar o favoritismo na formação da glicina envolvendo reações de dois corpos. Um dos reagentes é o ácido fórmico ou acético ou o radical carboxílico. Geometria dos reagentes e produtos foram otimizadas. Os cálculos foram feitos em quatro diferentes níveis na fase gasosa (B3LYP/6-31G*, B3LYP/ G**, MP2/6-31G*, and MP2/ G**) e em MP2/ G** na fase condensada.

84 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA Cálculo das entalpias das reações

85 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA Cálculo das entalpias das reações

86 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA Cálculo das entalpias das reações Conclusão Na fase gasosa:

87 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA Cálculo das entalpias das reações Conclusão Na fase condensada: HCOOH + + NH 2 CH ou HCOOH + + NH 2 CH 2 OH

88 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA Ionização, dissociação e dessorção da pirimidina na fase condensada e gasosa usando fótons de raio-x (394 a 427 ev) e prótons de 2,5 MeV. TOF. Resultados foram aplicados a TW Hya.

89 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA RESULTADOS

90 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA RESULTADOS

91 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA RESULTADOS

92 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA RESULTADOS

93 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA RESULTADOS Half-life of the pyrimidine molecule as a function of the distance r from the central star TW Hydra.

94 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA Fótons de Raio-X - T = 10 K P = 1 x 10-9 mbar.

95 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA RESULTADOS

96 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA RESULTADOS

97 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA RESULTADOS ACETONA Todos os fragmentos mostram mais alto rendimento na ressonancia O1s ᴨ * forte evidência de que a dessorção por Auger é o mecanismo dominante.

98 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA RESULTADOS Canais de dissociação

99 ESPECTROMETRIA DE MASSAS APLICADA A ASTROQUÍMICA RESULTADOS

100

101 101

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