RELATÓRIO V. Erupção Vulcânica de 2014
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- Maria das Dores Amaro Costa
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1 RELATÓRIO V Erupção Vulcânica de /11/2014 5º dia Os trabalhos iniciaram-se juntamente com a equipa do Instituto Tecnológico de Energias Renováveis de Tenerife (ITER)/INVOLCAN constituida pelos seguintes elementos: Nemésio Perez Coordenador da equipe Gladys Melian Pedro Hérnandez Samara Dionis José Barranco E do Centro de Vulcanologia e avaliação de Riscos Geológicos da Universidade de Lisboa: Doutorando Jeremias Cabral. Os objetivos da missão técnica do ITER/INVOLCAN é apoiar a equipe caboverdiana na medição e avaliação dos gases e de temperatura. Observa-se a queda de cinzas vulcânicas em Patim e S. Filipe. No foco emissor observa-se a projecção balística de piroclastos: areias, lapilli (2-64 mm), blocos e bombas (> 64 mm), e gases (CO 2, SO 2, H 2 S, H 2 0), com fumarolas de cor acastanhada (devido à presença de carbono e fragmentação dos piroclastos), azulada clara, branca e amarela (figura 1 e 2). 1
2 A norte de Monte Beco, desloca-se uma frente de lavas aa com cerca de 1m/hora e cerca de 30 a 40 metros de largura que sai do cone vulcânico (figura 3). No período da manhã, Em Portela, avanço das lavas a 1-2metros/horas e com temperaturas de 860ºC. Às 19h, o avanço das lavas (lado N) em Portela, a 30 metros de distância da Pensão Pedra Brabo e a 120 metros de distancia da Escola Básica de Chã das Caldeiras, em Portela. Ás 17h45, no foco emissor, observou-se a passagem do alinhamento fissural para a formação de uma cratera maior com cerca de 100 metros de diâmetro e outra menor com cerca de 20 metros de diámetro. Continuidade das explosões estrombolianas (gases e piroclastos) e formação de spartter (projecção de lavas em altura e espraiamento). Deslocação de um segundo fluxo de lavas, em que cerca de 5 horas terá-se deslocado cerca de 100 metros. Ocorrência de um pequeno fluxo na base do cone vulcânico. Formação de um terceiro fluxo lávico que acabou por se fundir ao segundo fluxo e continuidade da emissão de gases. Aumento da velocidade da deslocação dos fluxos de lavas com projecção de piroclastos. Com a câmara térmica registou-se temperaturas de 1000º C no cone vulcânico e cerca de 860º a 900º c nos fluxos de lavas na área adjacente. 2
3 ANEXOS Figuras 1 e 2 Libertação de fumarolas de cor acastanhada (devido à presença de gases e cinzas). 3
4 Figura 3 - Frente de lavas aa com cerca de 1m/hora e cerca de 30 a 40 metros de largura que sai do cone vulcânico. 4
5 HABITAÇÕES DESTRUÍDAS PELA ACTIVIDADE VULCÂNICA DE 23 DE NOVEMBRO DE 2014 Data Proprietários Tipo de habitação Outros bens Alizandro de Leoner Funco Cisterna 24/11/2014 Izaque de djoka Funco Cisterna João de Candinha Funco Cisterna Nilton de Adelina Casa Cisterna Meodim de Quito Funco Cisterna Felisberto de Hilario Casa Cisterna 25/11/2014 Gomery de Chiquinha Casa Cisterna Nezito de Chiquinha Casa Cisterna Valdir de Nona Funco Cisterna Doroty de Nona Funco Cisterna Vital Funco Cisterna Ernesto Funco Nilton de Mery Funco João de titina Uma casa de campo Cisterna Eduardo Uma casa de campo 26/11/2014 Juvenal de Berta Casa Cisterna Deolinda Casa Cisterna Neto de Achada Furna Um Contentor Obs: 15 Casas de moradias 14 Cisterna; Em cada habitação havia cancelo para criação de animais; 2 Casas de campo pequenas casinhas de 6 8 m2, construídas nos campos de cultivos. 1 Contentor. Sede do Parque Natural empurrada pelas lavas apenas na parte traseira, uma destruição de cerca 8 a 10%, no dia 24/11/2014 pelas 19:20mn. Furo de água e Gerador de bombagem, inaugurado recentemente, destruída na madrugada de dia 25/11/2014. A maioria das habitações foram destruídas na noite de 25/11/2014, devido ao rápido avanço das lavas, facilitado pela topografia da superfície. Levantamento in loco, feito às 17horas do dia 26 de Novembro de 2014, Hélio Geólogo, Técnico dos Serviços de Proteção de Civil; António Gonçalves (Moniz), Professor de Geografia, Escola Secundária de Cova Figueira; Com o apoio dos residentes: Paulo Teixeira Nezito de Chiquinha Zé Noqueira 5
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