Relatório de estágio em Farmácia Comunitária

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1 Relatório de estágio em Farmácia Comunitária Farmácia Roma, Braga Fevereiro Julho 2013 Ana Cristina Ribeiro de Freitas

2 Estágio curricular realizado no âmbito do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, na Farmácia Roma (Braga), no período de fevereiro a julho de 2013 A Diretora Técnica da Farmácia, (Dr.ª Susana Gabriela Alves Pereira de Castro) A Estagiária, (Ana Cristina Ribeiro de Freitas) Ana Cristina Ribeiro de Freitas ii

3 Relatório de estágio Declaração de Integridade Eu, Ana Cristina Ribeiro de Freitas, abaixo assinado, nº , estudante do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, declaro ter atuado com absoluta integridade na elaboração deste relatório de estágio. Nesse sentido, confirmo que NÃO incorri em plágio (ato pelo qual um indivíduo, mesmo por omissão, assume a autoria de um determinado trabalho intelectual ou partes dele). Mais declaro que todas as frases que retirei de trabalhos anteriores pertencentes a outros autores foram referenciadas ou redigidas com novas palavras, tendo neste caso colocado a citação da fonte bibliográfica. Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, de de Assinatura: Ana Cristina Ribeiro de Freitas iii

4 AGRADECIMENTOS Após os 6 meses de estágio na Farmácia Roma gostaria de agradecer a todos aqueles que contribuíram para a minha formação e pelo carinho e amizade com que me receberam. Em especial, gostaria de agradecer à diretora técnica e orientadora de estágio, Dr.ª Susana Gabriela Alves Pereira de Castro, pela oportunidade que me deu, pelo apoio prestado em todas as ocasiões e pela sua orientação e conhecimentos que me transmitiu e que contribuíram para que no final, este estágio tenha sido uma experiência fantástica. Aos restantes elementos da equipa, farmacêuticos, técnicos e auxiliares, obrigada pela simpatia com que me acolheram e por toda a ajuda disponibilizada. Por fim, gostaria de agradecer à minha amiga e colega Dra. Ana Sofia Simões: ter alguém ao nosso lado com quem partilhar as incertezas mas também as conquistas foi fundamental para que no final destes 6 meses sentisse que tinha alcançado com sucesso mais uma etapa do meu percurso académico. Ana Cristina Ribeiro de Freitas iv

5 ABREVIATURAS ADSE Assistência na Doença aos Servidores do Estado AMI Assistência Médica Internacional ANF Associação Nacional de Farmácias ARS Administração Regional de Saúde BPF Boas Práticas Farmacêuticas CCF Centro de Conferência de Faturas CEDIME Centro de Documentação e Informação sobre Medicamentos CIM Centro de Informação de Medicamentos CNPEM Código Nacional para a Prescrição Eletrónica de Medicamentos COFANOR Cooperativa dos Farmacêuticos do Norte, C.R.L. DCI Denominação comum internacional DGS Direção Geral de Saúde DL Decreto-lei FEFO First expire, first out hcg Gonadotrofina Coriónica Humana IMC Índice de Massa Corporal INFARMED Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. IVA Imposto sobre Valor Acrescentado LCD Liquid Crystal Display (monitor) MEDICANORTE Medicamentos do Norte, Lda. MG Medicamento Genérico MSRM Medicamento Sujeito a Receita Médica MNSRM Medicamento Não Sujeito a Receita Médica OCP Portugal Produtos Farmacêuticos S.A. OF Ordem dos Farmacêuticos OMS Organização Mundial de Saúde PVP Preço de Venda ao Público SAMS Serviços Assistência Médico Social do Sindicato dos Bancários do Norte SNS Serviço Nacional de Saúde TPA Terminal de Pagamento Automático Ana Cristina Ribeiro de Freitas v

6 ÍNDICE Declaração de Integridade... iii AGRADECIMENTOS... iv ABREVIATURAS... v 1. INTRODUÇÃO CARACTERIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO E FUNCIONAL Localização Horário de Funcionamento Caracterização do Espaço Exterior Caracterização do Espaço Interior Recursos Humanos GESTÃO DA FARMÁCIA Sistema Informático Biblioteca e fontes de informação Encomendas e aprovisionamento Gestão de stocks Fornecedores Realização de encomendas Receção e Conferência de Encomendas Armazenamento dos medicamentos Controlo de prazos de validade Devoluções PRODUTOS EXISTENTES NA FARMÁCIA MSRM e MNSRM Produtos Fitoterapêuticos Produtos de cosmética e higiene corporal Medicamentos de uso veterinário Produtos de Puericultura Produtos dietéticos e para Alimentação especial Suplementos Alimentares Dispositivos Médicos Medicamentos Homeopáticos Medicamentos e produtos manipulados Ana Cristina Ribeiro de Freitas vi

7 4.11. Cálculo do PVP e comparticipação de manipulados DISPENSA DE MEDICAMENTOS Medicamentos sujeitos a receita médica Regras de prescrição Análise da prescrição e validação pelo farmacêutico Interpretação e avaliação farmacêutica Processamento da receita médica Comparticipação de medicamentos Protocolo da Diabetes Medicamentos genéricos Sistema de preços de referência Medicamentos não sujeitos a receita médica MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS E ESTUPEFACIENTES Regras de aquisição, encomenda e armazenamento Receita médica e dispensa Ligação ao INFARMED e elaboração de mapas de controlo CONTABILIDADE E GESTÃO NA FARMÁCIA Processamento e faturação de receituário OUTROS SERVIÇOS DE SAÚDE Determinação de Parâmetros Biométricos, Bioquímicos e Fisiológicos Peso e Altura Pressão Arterial Glicose Colesterol e triglicerídeos Hormona β-hcg Consultas de assessoramento VALORMED e recolha de radiografias Farmacovigilância CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS Ana Cristina Ribeiro de Freitas vii

8 1. INTRODUÇÃO Após 5 anos de estudos no Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, o estágio em farmácia comunitária revela-se o primeiro contato com a realidade profissional. Deste modo, é então possível complementar a nossa formação enquanto farmacêuticos ao pormos em prática todos os conhecimentos científicos adquiridos, pelo desenvolvimento de novas competências e pela vivência de novas experiências. Segundo o Estatuto da Ordem dos Farmacêuticos aprovado pelo DL n.º 288/2001, de 10 de novembro, A primeira e principal responsabilidade do farmacêutico é para com a saúde e o bem-estar do doente e do cidadão em geral pelo que no exercício da sua profissão, deve ter sempre presente o elevado grau de responsabilidade que nela se encerra, o dever ético de a exercer com a maior diligência, zelo e competência. Na atualidade, e segundo as Boas Práticas de Farmácia (BPF) farmacêutico já não é visto como um mero dispensador de medicamentos mas sim como alguém capaz de realizar um conjunto de processos clínicos como a indicação, a revisão da terapêutica, a educação para a saúde, a farmacovigilância e o seguimento farmacoterapêutico, contribuindo assim para o uso racional do medicamento. Por conseguinte, este relatório visa relatar a minha experiência na Farmácia Roma bem como de todas as funções levadas a cabo pelo farmacêutico e as atividades e tarefas essenciais para o bom funcionamento e gestão de uma farmácia. 2. CARACTERIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO E FUNCIONAL 2.1. Localização A Farmácia Roma está localizada na Rua dos Chãos, nº111, na freguesia de São João do Souto, Braga. Como se situa no centro da cidade encontra-se próxima de vários estabelecimentos comerciais, estação de camionagem, pontos turísticos, antigo hospital de S. Marcos, centro de enfermagem, escolas, etc. Esta localização leva a uma grande heterogeneidade dos utentes que se dirigem à Farmácia Roma, sendo os utentes habituais sobretudo idosos, residentes locais e trabalhadores da zona. Deste modo, ao longo do meu estágio permitiu que houvesse uma diversidade de situações para as quais exigiu um aconselhamento farmacêutico adequado e específico, enriquecendo assim a minha experiência Horário de Funcionamento O horário de funcionamento da Farmácia Roma é contínuo, das 9h00 às 20h00, de segunda a sábado, permitindo deste modo que os utentes se desloquem à farmácia tanto à hora de almoço como no período pós-laboral. Este horário encontra- Ana Cristina Ribeiro de Freitas 1

9 se de acordo com o DL n.º 53/2007, de 8 de março 1, o qual refere um período mínimo semanal de 55 horas de atendimento. Nos dias de serviço permanente (de 13 em 13 dias), o funcionamento é ininterrupto das 9h00 às 20h00 do dia seguinte, sendo o atendimento noturno efetuado pelo postigo. Quando a farmácia estiver de turno, o vocábulo farmácia ou o símbolo cruz verde, devem estar iluminados durante a noite 3. A ARS (Administração Regional de Saúde do Norte), a Camara Municipal de Braga e o INFARMED são os responsáveis pela atribuição das escalas de turno, segundo a Portaria n.º 582/2007, de 4 de maio Caracterização do Espaço Exterior A Farmácia Roma ocupa o piso térreo de um edifício habitacional. De acordo com o DL n.º 307/2007, de 31 de agosto, a farmácia apresenta uma fachada com a inscrição Farmácia Roma e o símbolo cruz verde luminoso (anexo 1). Para além destes elementos identificativos também apresenta informações essenciais como o nome do diretor técnico, o horário de funcionamento, qual a farmácia de serviço, além de informação relativa a serviços farmacêuticos que presta e os respetivos preços, a existência de livro de reclamações e de um circuito fechado de videovigilância 3. Junto à entrada encontra-se uma montra envidraçada, a qual tive a oportunidade de personalizar e renovar periodicamente consoante a época do ano, promoções e novos produtos (anexo 1). A porta principal da farmácia, conduz a um hall, no qual se encontra o postigo que permite o atendimento em segurança quando a farmácia está de serviço permanente Caracterização do Espaço Interior O artigo 29º do DL n.º 307/2007, de 31 de agosto, refere que uma farmácia deve dispor de instalações adequadas de modo a garantir a segurança, conservação e preparação dos fármacos, e também a acessibilidade, comodidade e privacidade dos utentes e do respetivo pessoal 3. Deste modo, e tendo em conta a Deliberação nº 2473/2007, de 28 de novembro, a Farmácia Roma possui uma sala de atendimento ao público, um armazém, um laboratório, instalações sanitárias e um gabinete de atendimento personalizado cumprindo assim os requisitos das áreas mínimas de uma farmácia comunitária 4 : a) Sala de atendimento ao público (anexo 2): esta área é composta por cinco balcões, cada um equipado com um computador, impressora, dispositivo de leitura ótica e um TPA. Normalmente, também se encontram no balcão panfletos ou pequenos expositores de produtos não sujeitos a receita médica. Para os pagamentos em numerário há uma máquina automática, na qual o operador digita o seu código e o Ana Cristina Ribeiro de Freitas 2

10 montante e depois são inseridas as notas/moedas. É também nesta zona que se encontra o VALORMED. Na área de exposição, os lineares estão dispostos e organizados por marca comercial e contêm desde leites em pó e papas, produtos de puericultura e dermocosmética. Os medicamentos de venda livre como produtos de higiene dentária, suplementos alimentares e dietéticos, antitússicos e antigripais, laxantes e antiácidos, encontram-se atrás dos balcões bem como diversas gavetas, numeradas através do sistema informático da farmácia, com produtos como compressas, soro fisiológico, pílulas, seringas, pensos, preservativos etc. Ainda na sala de atendimento encontra-se uma balança/tensímetro que mede o peso corporal, a altura, o IMC e a tensão arterial; uma zona de descanso com duas cadeiras; uma área com brinquedos para as crianças e uma pequena zona mais reservada destinada a fazer determinações de parâmetros bioquímicos (anexo 3). A Farmácia Roma possui um sistema de atendimento por senhas visível através de um LCD, no qual também é possível ver as principais notícias do dia, a meteorologia e as horas. b) Armazém: todos os MSRM e não só encontram-se armazenados no robot farmacêutico (anexo 4), os quais são dispensados de acordo com a ordem dada pelo operador através de um computador. O excedente dos produtos expostos na sala de atendimento e aqueles que não podem ser colocados no robot, são armazenados em prateleiras localizadas junto ao robot. É na área adjacente ao robot que se encontra a zona de realização, receção e conferência de encomendas. Para auxiliar estas tarefas existe um computador, um dispositivo de leitura ótica e uma impressora de códigos de barras. Ainda nesta zona encontra-se um móvel para medicamentos reservados e o frigorífico para produtos que exijam temperaturas mais baixas (2 a 8ºC), como vacinas, insulinas, colírios, entre outros. c) Laboratório: o laboratório contém um lavatório e todo o material obrigatório, decretado pelo INFARMED através da Deliberação nº 1500/2004, de 7 de dezembro, como uma balança de precisão sensível ao mg (marcação CE), almofarizes de vidro e porcelana, pipetas graduadas, vidros de relógio, matrazes de várias capacidades, sistema de exaustão para a eliminação de fumos e gases, entre outros 5. d) Instalações Sanitárias: estas são de uso exclusivo dos funcionários da farmácia e englobam, além de uma casa de banho, um chuveiro, um lavatório e cacifos para a colocação dos pertences pessoais dos funcionários. e) Gabinete de Atendimento Personalizado (anexo 5): aqui fazem-se medições de vários parâmetros bioquímicos, testes de gravidez, diagnósticos do tipo de pele, etc. Possui ainda uma casa de banho para uso dos utentes da farmácia. Entre as divisões facultativas, a Farmácia Roma dispõe de um gabinete de direção técnica (pertencente à diretora técnica estando assim reservado a trabalho Ana Cristina Ribeiro de Freitas 3

11 administrativo, atendimento dos delegados e reuniões), uma área de informática e economato (composta por um computador, impressora e fotocopiadora, telefones, arquivos e documentação contabilística) e um quarto de descanso Recursos Humanos Segundo o artigo 23º do DL n.º 307/2007, de 31 de agosto, uma farmácia deve dispor pelo menos de um diretor técnico e de outro farmacêutico, sendo que os farmacêuticos devem, tendencialmente, constituir a maioria dos trabalhadores da farmácia. Estes podem ser coadjuvados por técnicos de farmácia ou por outro pessoal devidamente habilitado 3. Todos os funcionários da farmácia encontram-se devidamente identificados mediante o uso de um cartão em que é possível verificar o nome e o título profissional, conforme o DL n.º 307/2007, de 31 de agosto. Dra. Susana Castro: Farmacêutica e Diretora Técnica Dra. Helena Dinis: Farmacêutica Substituta Dr. António Fernandes: Farmacêutico Dra. Sandra Ferreira: Farmacêutica Sr. José António Teixeira: Técnico de Farmácia Sr. Carlos Palha: Técnico de Farmácia Sr. José Marques: Auxiliar de gestão D. Lurdes Oliveira: Auxiliar de limpeza De realçar que, durante o meu estágio tive ainda o privilégio de trabalhar com a minha colega e amiga Dra. Ana Sofia Simões. 3. GESTÃO DA FARMÁCIA 3.1. Sistema Informático No decurso do meu estágio na Farmácia Roma, tive a oportunidade de trabalhar inicialmente com o Sifarma Clássico e depois com o Sifarma 2000 (anexo 6), ambos criados pela ANF. Este constitui uma ferramenta indispensável na realização das várias atividades farmacêuticas exercidas na farmácia, sendo essencial para uma boa gestão, organização e bom funcionamento da mesma. De um modo geral, as suas funcionalidades vão desde a gestão e receção de encomendas, controlo de prazos de validade, gestão de stocks, realização de vendas e consulta de informação relativa aos medicamentos, passando pela faturação e emissão de lotes de receitas, até gestão da contabilidade e consulta de movimentos financeiros. Cada profissional da farmácia possui um número de trabalho e respetivo código de acesso, sendo que no meu caso, era o número 05. Ao longo do meu estágio, tive a oportunidade de trabalhar com as várias funcionalidades do Sifarma, desde a receção Ana Cristina Ribeiro de Freitas 4

12 de encomendas, listagem das existências, controlo dos prazos de validade, mas aquela que mais utilizei foi a da realização de vendas. O sistema aqui é fundamental na medida em que otimiza o tempo, diminui as margens de erro ao permitir verificar equivalências entre medicamentos e assim saber como substituir medicamentos. Em virtude destas valências, o sistema faz com que o ato farmacêutico não seja centrado apenas na dispensa do medicamento mas sim seja direcionado para o utente Biblioteca e fontes de informação Segundo as BPF O farmacêutico deve manter-se informado a nível científico, ético e legal e assumir um nível de competência adequado à prestação de uma prática eficiente. 6. Deste modo, durante o exercício da atividade farmacêutica, é possível na Farmácia Roma recorrer ao próprio sistema informático, consultar o site do INFARMED ( bem como o Prontuário Terapêutico online, o CEDIME (Centro de Documentação e Informação sobre Medicamentos) da ANF ou o CIM (Centro de Informação de Medicamentos) da OF. Quanto às publicações obrigatórias numa farmácia, e de acordo com o DL n.º 307/2007, artigo 37º e a Deliberação 414/CD/2007, estão disponíveis na farmácia Roma a Farmacopeia Portuguesa (em edição de papel, em formato eletrónico ou online, a partir de sítio da Internet reconhecido pelo INFARMED) e o Prontuário Terapêutico 3,7 e outras publicações não obrigatórias como o Simposium Terapêutico, o Índice Nacional Terapêutico, Boas Práticas de Farmácia, Index Merck, Direito Farmacêutico, Formulário Galénico Português, o Manual dos Medicamentos Não Prescritos Aconselhamento Farmacêutico, o Dicionário de Termos Médicos, o Formulário Galénico Nacional, entre outras publicações complementares Encomendas e aprovisionamento O aprovisionamento é um conjunto de ações que visam gerir a quantidade de produtos que se encomenda com a quantidade que se vende, de modo a evitar ruturas de stock e para que o empate de capital seja o mínimo possível para a farmácia, e de modo a garantir que a satisfação do utente seja assegurada. Nas três primeiras semanas do meu estágio foram dedicadas a conhecer a organização da farmácia; rececionar e conferir encomendas, o que permitiu começar a associar nomes comerciais a princípios ativos; armazenamento dos produtos; familiarização com o sistema informático e com a diversidade e localização de medicamentos e outros produtos de saúde. Esta primeira etapa foi então fundamental para o restante estágio e também para o meu futuro na medida que um farmacêutico deve ser um profissional polivalente: este não se deve dedicar exclusivamente ao Ana Cristina Ribeiro de Freitas 5

13 atendimento mas também deve ter uma ação na gestão da farmácia, nomeadamente na realização/receção de encomendas e controlo de stocks Gestão de stocks O stock corresponde ao conjunto de produtos e medicamentos que uma farmácia possui num determinado momento e que estão disponíveis para venda. Assim sendo, a gestão de stocks deve ser feita de modo a evitar um stock demasiado grande, pois implica um empate financeiro e aumenta o risco de determinados medicamentos expirarem o prazo de validade; e também evitar um stock muito pequeno, pois há uma maior facilidade de rutura do stock. É então que o sistema informático se revela fundamental pois permite a consulta rápida das quantidades existentes de um produto na farmácia e do seu histórico de venda e compra, pelo que se pode definir um stock mínimo e máximo do produto. Assim, quando um determinado produto atinge o stock mínimo estabelecido, o sistema gera automaticamente uma proposta de encomenda que depois é analisada para confirmar se é realmente necessário. No entanto, aquando da gestão de stocks, é necessário ter em conta vários fatores que vão influenciar a realização da encomenda dos produtos como a localização da farmácia, o perfil dos utentes (idade, poder de compra, preferências pessoais), tipo de receituário, média mensal de vendas, rotatividade dos produtos, sazonalidade (ex: verão-protetores solares, inverno-antigripais), capital disponível, condições de pagamento e bonificações dos armazenistas, promoções de laboratórios e proximidade dos dias de serviço ou reforço Fornecedores Na altura da escolha do fornecedor, a farmácia deve ter em conta vários fatores como o preço mais atrativo, a rapidez e eficiência de entrega, condições de pagamento, bonificações, gama de produtos que dispõem, facilidade nas devoluções e qualidade dos serviços prestados. A aquisição dos produtos 3 pode assim ser feita através de armazenistas, os quais permitem uma aquisição mais rápida e frequente e de quantidades menores, o que se traduz num menor empate de capital; no entanto, os preços são menos apelativos. Ou diretamente aos laboratórios, os quais implicam a aquisição de grandes quantidades de forma a se poder usufruir de bonificações, no entanto isto traduz-se num elevado empate de capital pois não se podem adquirir quantidades menores e as entregas são pouco frequentes. A Farmácia Roma trabalha diariamente com vários fornecedores como o A. Sousa, OCP Portugal, Botelho & Rodrigues e também com a Cofanor e Medicanorte. Ana Cristina Ribeiro de Freitas 6

14 Realização de encomendas Sempre que um produto é vendido, o sistema informático atualiza automaticamente o stock, pelo que se este se encontrar abaixo do stock mínimo é colocado na proposta de encomenda. Depois de revista a proposta pelo profissional responsável, esta pode ser alterada conforme as necessidades da farmácia, pelo que após a sua validação a realização da encomenda é efetuada via modem, para os fornecedores habituais. Por vezes, há também a necessidade de se fazer pedidos via telefone para os mesmos, de produtos que estão em falta no momento e que o utente necessita com alguma urgência, ou de produtos com os quais a farmácia não trabalhe habitualmente. No caso das encomendas diretas aos laboratórios, estas são feitas pela diretora técnica juntamente com um representante dos mesmos. É então elaborada uma Nota de Encomenda onde é feito um registo dos produtos encomendados, bem como das bonificações e descontos. Este documento é guardado até à altura da receção da encomenda. Na Farmácia Roma são efetuadas duas encomendas diárias, sendo estas efetuadas geralmente ao fim da manhã (até às 14h) e ao fim da tarde (até às 20h), e tendo em conta o horário de entrega de cada fornecedor Receção e Conferência de Encomendas Os produtos chegam à farmácia em contentores apropriados devidamente selados e identificados com o nome do armazenista ou laboratório, o nome da farmácia e a presença de uma guia de remessa e/ou fatura a qual vai ser utilizada para conferir a encomenda. Na fatura (anexo 7) consta a identificação do fornecedor, o número da fatura, a hora e data da encomenda, a identificação da farmácia e a lista dos produtos: os seus códigos e nomes, a quantidade pedida e enviada, o IVA e o preço dos produtos com e sem IVA. A receção é então feita tendo como auxílio o sistema informático: a entrada do produto é realizada através de leitura ótica ou por introdução do código de barras, é feita a correspondência entre o produto pedido na encomenda que está no computador com o produto entregue e o produto debitado na fatura, verifica-se a sua quantidade, o estado da embalagem, compara-se o preço da embalagem com o preço atual do INFARMED e com o preço faturado, verifica-se o prazo de validade, confere-se as margens de lucro dos produtos NETT e, no caso de existirem produtos novos, é criada uma ficha nova. No caso de haver produtos do frio é importante que estes sejam guardados de imediato: armazenistas como a OCP usam contentores devidamente identificados, sendo aqueles que contêm produtos do frio de cor azul e com um acondicionamento interior apropriado e os restantes de cor verde. Quanto ao A.Sousa e Cofanor o transporte destes produtos é efetuado à parte Ana Cristina Ribeiro de Freitas 7

15 da restante encomenda, numa embalagem com acumulador de frio e rotulada com produto do frio. Depois de se dar entrada de todos os produtos e conferido o valor total da fatura, a encomenda é finalizada: é introduzido o número da fatura, é impressa uma listagem dos produtos rececionados (anexo 8), é rubricada e agrafada à fatura original, sendo o duplicado enviado para a contabilidade. Havendo produtos em falta na encomenda são então reencaminhados para outra proposta de encomenda e para outro fornecedor de forma a evitar ruturas de stock; caso falte algum produto que venha faturado ou que venha um produto que não esteja faturado, o fornecedor é contatado para que a situação seja resolvida. Na presença de produtos de dermocosmética, MNSRM e outros com IVA de 23% é necessário proceder à marcação do preço e impressão da etiqueta com o código de barras: o PVP está assim dependente do preço de custo, da margem de lucro, e do IVA aplicável 8. Se a encomenda for feita por telefone, é necessário criar primeiro a encomenda no sistema, e só depois dar entrada dos produtos. No final de cada mês, o fornecedor envia para a farmácia a fatura total das encomendas efetuadas para se proceder ao seu pagamento Armazenamento dos medicamentos Na Farmácia Roma, os MSRM estão armazenados no robot farmacêutico. Após ser inserido o prazo de validade e o código de barras, o medicamento é colocado no tapete rolante, sendo depois arrumado pelo robot nas suas prateleiras. Os medicamentos devem ser armazenados em locais distintos dos de outras mercadorias e obrigatoriamente nas condições especificadas pelo fabricante, para evitar a sua deterioração pela luz, humidade ou temperatura, sendo que estas últimas devem ser periodicamente monitorizadas e registadas 9. O robot encontra-se com todas as exigências de temperatura e humidade exigidas: temperatura inferior a 25ºC e humidade relativa inferior a 60%, sem contato direto com a luz solar. Os produtos sujeitos a refrigeração, como insulinas, vacinas, alguns colírios, estão armazenados no frigorífico a uma temperatura entre 2ºC a 8ºC, conforme o regulamentado. Além dos MSRM, o robot também tem armazenado MNSRM, produtos de cosmética e higiene corporal, entre outros, exceto as matérias-primas que estão armazenadas no laboratório. De acordo com a altura do ano, campanhas e promoções, lançamento de novos produtos e rotatividade dos já existentes, encontram-se nos lineares na sala de atendimento ao público vários produtos não sujeitos a receita médica sendo a maior parte produtos de puericultura, de higiene corporal e de cosmética. Aqui, o armazenamento é feito tendo em conta o método FEFO, ou seja, os produtos são Ana Cristina Ribeiro de Freitas 8

16 colocados de modo que aqueles que expirem primeiro sejam os primeiros a ser vendidos Controlo de prazos de validade O controlo de prazos de validade é feito todos os meses, através do sistema informático. Este permite que seja elaborada uma lista dos produtos (anexo 9) cujo prazo de validade termine, por exemplo, nos três meses seguintes de modo a garantir a dispensa de produtos em boas condições e em segurança. Os produtos são então agrupados por família e cada um é analisado individualmente: aqueles que irão ficar fora do prazo de validade são recolhidos e identificados e posteriormente é atualizado o prazo de validade dos restantes. Os produtos recolhidos são então devolvidos aos armazenistas ou aos laboratórios através de uma Nota de Devolução com o motivo Prazo de validade a expirar Devoluções Um produto pode ser devolvido em várias situações, nomeadamente: prazo de validade a expirar, pedidos por engano, produtos enviados com prazos de validade curtos, produtos que não foram pedidos, preços incorretos, produtos danificados durante o transporte, produtos que não foram faturados e ainda a recolha de produtos por indicação do INFARMED ou do laboratório que os comercializa. O sistema informático permite a emissão de uma nota de devolução em triplicado, sendo que a terceira via permanece na farmácia e as restantes são enviadas juntamente com o produto, e na qual consta: o número da guia de devolução, identificação da farmácia, nome comercial e código do produto, quantidade devolvida, o fornecedor e o motivo da devolução. (anexo 10) Uma devolução pode ou não ser aceite: quando não é aceite, os produtos em causa são devolvidos à farmácia e entram para a contabilidade como quebras ; quando é aceite, a devolução pode ser regularizada através de uma nota de crédito ou então pela troca de um produto. 4. PRODUTOS EXISTENTES NA FARMÁCIA 4.1. MSRM e MNSRM De acordo com o DL n.º 176/2006, de 30 de agosto, um medicamento é definido como toda a substância ou associação de substâncias apresentada como possuindo propriedades curativas ou preventivas de doenças em seres humanos ou dos seus sintomas ou que possa ser utilizada ou administrada no ser humano com vista a estabelecer um diagnóstico médico ou, exercendo uma ação farmacológica, imunológica ou metabólica, a restaurar, corrigir ou modificar funções fisiológicas. Os Ana Cristina Ribeiro de Freitas 9

17 medicamentos são classificados, quanto à dispensa ao público, em medicamentos sujeitos a receita médica (MSRM) e medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM) Produtos Fitoterapêuticos Segundo o DL n.º 176/2006, de 30 de agosto, designam-se por fitoterapêuticos (ou medicamentos à base de plantas) qualquer medicamento que tenha exclusivamente como substâncias ativas uma ou mais substâncias derivadas de plantas, uma ou mais preparações à base de plantas ou uma ou mais substâncias derivadas de plantas em associações com uma ou mais preparações à base plantas. 10 Existe uma grande procura de produtos fitoterapêuticos para diversos fins, como para o emagrecimento, melhoria da digestão (Cholagutt ), laxantes (chá Herbis nº11) e para as insónias (extrato de Valeriana) Produtos de cosmética e higiene corporal De acordo com o DL n.º 189/2008, de 24 de setembro, um produto cosmético é qualquer substância ou preparação destinada a ser posta em contacto com as diversas partes superficiais do corpo humano, designadamente epiderme, sistemas piloso e capilar, unhas, lábios e órgãos genitais externos, ou com os dentes e as mucosas bucais, com a finalidade de, exclusiva ou principalmente, os limpar, perfumar, modificar o seu aspeto, proteger, manter em bom estado ou de corrigir os odores corporais. 11 Entre as marcas de produtos cosméticos expostas na Farmácia Roma é possível encontrar Lierac, D Aveia, Roc, Vichy, Mustela, La Roche Posay, Avéne, Phyto, entre outros Medicamentos de uso veterinário De acordo com o DL n.º 148/2008, de 29 de julho, um medicamento veterinário é toda a substância, ou associação de substâncias, apresentada como possuindo propriedades curativas ou preventivas de doenças em animais ou dos seus sintomas, ou que possa ser utilizada ou administrada no animal com vista a estabelecer um diagnóstico médico/veterinário ou, exercendo uma ação farmacológica, imunológica ou metabólica, a restaurar, corrigir ou modificar funções fisiológicas. 12 Os medicamentos veterinários possuem normalmente uma imagem alusiva de um animal e com a inscrição da expressão uso veterinário em fundo verde. Devido à baixa procura na Farmácia Roma, a quantidade de produtos em stock é também baixa limitando-se a antiparasitários (Advantix ) e anticoncetivos. Ana Cristina Ribeiro de Freitas 10

18 4.5. Produtos de Puericultura Na Farmácia Roma existe uma grande variedade de produtos de puericultura englobando os produtos pré-mamã (cintas, soutiens, discos protetores de mamilos, bombas para extração de leite materno, sacos para conservação de leite materno, cremes para prevenção e tratamento de estrias) e os produtos para bebés/crianças (chupetas, biberões e tetinas (Nuk, Chicco ), fraldas e toalhitas, cremes, produtos dentífricos e outros produtos de higiene (Mustella ), acessórios e brinquedos interativos (Chicco )) Produtos dietéticos e para Alimentação especial De acordo com o DL n.º 74/2010, de 21 de junho, consideram-se géneros alimentícios destinados a uma alimentação especial aqueles que, devido à sua composição especial ou a processos especiais de fabrico, se distinguem claramente dos alimentos de consumo corrente. Estes produtos destinam-se a pessoas com necessidades nutricionais especiais tais como: pessoas cujo processo de assimilação ou metabolismo se encontrem perturbados; pessoas que se encontram em condições fisiológicas especiais e que, por esse facto, podem retirar benefícios especiais de uma ingestão controlada de determinadas substâncias contidas nos alimentos e lactentes ou crianças de pouca idade em bom estado de saúde. 13 Na Farmácia Roma, a intervenção farmacêutica passa, sobretudo, pela dispensa e informação ao utente sobre os vários tipos de leite disponíveis (leites antiobstipantes, antiregurgitação, antidiarreicos, anticólicas, sem lactose). Quanto aos produtos dietéticos destinados a adultos, os principais são os que se destinam a suprir necessidades de doentes acamados (iogurtes Fortimel, Resource Arginaid ) Suplementos Alimentares De acordo com o DL n.º 560/99, de 18 de dezembro e o DL n.º 136/2003, de 28 de junho, não podem ser atribuídos aos suplementos alimentares propriedades profiláticas, de tratamento ou cura de doenças, nem fazer referência a essas propriedades, ao contrário dos medicamentos. Os suplementos alimentares são então descritos como géneros alimentícios que se destinam a complementar e ou suplementar o regime alimentar normal e que constituem fontes concentradas de determinadas substâncias nutrientes ou outras com efeito nutricional ou fisiológico ( ). Podem conter um leque bastante variado de substâncias nutrientes e outros ingredientes, designadamente vitaminas, minerais, aminoácidos, ácidos gordos essenciais, fibras e várias plantas e extratos de ervas. 14,15 Ana Cristina Ribeiro de Freitas 11

19 Uma dieta alimentar adequada e variada consegue fornecer as quantidades necessárias e suficientes de nutrientes ao ser humano. No entanto, na sociedade atual os suplementos são cada vez mais procurados de forma a combater o stress, a fadiga e a má alimentação resultante do estilo de vida adotado. Deste modo, os mais procurados na Farmácia Roma são o Centrum, Neurozan, Sargenor, Inneov, Magnesium-B, entre outros Dispositivos Médicos Segundo o DL n.º 145/2009, de 17 de junho, um dispositivo médico é definido como qualquer instrumento, aparelho, equipamento, software, material ou artigo utilizado isoladamente ou em combinação, incluindo o software destinado pelo seu fabricante a ser utilizado especificamente para fins de diagnóstico ou terapêuticos e que seja necessário para o bom funcionamento do dispositivo médico, cujo principal efeito pretendido no corpo humano não seja alcançado por meios farmacológicos, imunológicos ou metabólicos, embora a sua função possa ser apoiada por esses meios, destinado pelo fabricante a ser utilizado em seres humanos para fins de: Diagnóstico, prevenção, controlo, tratamento ou atenuação de uma doença; Diagnóstico, controlo, tratamento, atenuação ou compensação de uma lesão ou de uma deficiência; Estudo, substituição ou alteração da anatomia ou de um processo fisiológico; Controlo da conceção. 16 Na Farmácia Roma existe uma grande variedade de dispositivos médicos, destacando-se, entre muitos outros, os seguintes: material ortopédico (meias de compressão e de descanso, sapatos ortopédicos, pés e pulsos elásticos); material pediátrico (biberões, tetinas, chupetas, esterilizadores, fraldas); material de penso e sutura (ligaduras, gaze, adesivos, compressas, algodão); artigos para drenagem (drenos, bolsas coletoras de urina); sistemas para administração parentérica (seringas, agulhas); dispositivos para medição da pressão arterial; dispositivos para autodiagnóstico (glicemia, glicosúria, cetonúria, colesterolemia, triglicerídeos plasmáticos, autoteste da gravidez), preservativos 4.9. Medicamentos Homeopáticos De acordo com o DL n.º 176/2006, de 30 de agosto, os medicamentos homeopáticos são definidos como medicamentos obtidos a partir de substâncias denominadas stocks ou matérias-primas homeopáticas, de acordo com um processo de fabrico descrito na farmacopeia europeia ou, na sua falta, em farmacopeia utilizada de modo oficial num Estado membro, e que pode conter vários princípios. 10 Devido à pouca procura deste tipo de medicamentos, na Farmácia Roma existem poucos produtos, nomeadamente, o Corizalia, Oscillococcinum e o Stodal. Ana Cristina Ribeiro de Freitas 12

20 4.10. Medicamentos e produtos manipulados Entre outras funções, incumbe à profissão farmacêutica prover medicamentos à população, responsabilidade que inclui, naturalmente, a sua preparação. Segundo o DL n.º 95/2004, de 22 de abril, um medicamento manipulado é qualquer fórmula magistral ou preparado oficinal preparado e dispensado sob a responsabilidade de um farmacêutico. De acordo com o Estatuto do Medicamento, uma fórmula magistral é definida como sendo o medicamento preparado em farmácia de oficina ou nos serviços farmacêuticos hospitalares segundo receita médica que especifica o doente a quem o medicamento se destina enquanto que um preparado oficinal é qualquer medicamento preparado segundo as indicações compendiais, de uma farmacopeia ou de um formulário, em farmácia de oficina ou nos serviços farmacêuticos hospitalares, destinado a ser dispensado diretamente aos doentes assistidos por essa farmácia ou serviço. 10 O artigo 4.º do DL n.º 95/2004, de 22 de abril estabelece que, ao preparar um medicamento manipulado, o farmacêutico deve assegurar-se da qualidade da preparação, observando para o efeito as boas práticas a observar na preparação de medicamentos manipulados em farmácia de oficina e hospitalar, aprovadas por portaria (Portaria n.º 594/2004, de 2 de junho) do Ministro da Saúde. 17 Devido ao grande desenvolvimento da indústria farmacêutica, a expressão dos medicamentos manipulados na farmácia comunitária é pouco acentuada. Contudo, tem vindo a ganhar alguma importância devido à forte tendência para a individualização das terapêuticas de forma a permitir o melhor ajuste ao perfil fisiopatológico do utente. Na Farmácia Roma, não é prática comum a preparação de medicamentos manipulados Cálculo do PVP e comparticipação de manipulados De acordo com a Portaria n.º 769/2004, de 1 de julho, o cálculo do PVP dos medicamentos manipulados é efetuado tendo em conta 18 : o valor dos honorários, que tem por base um fator (F) atualizado anualmente, e é calculado em função da forma farmacêutica e da quantidade a preparar; o valor das matérias-primas, que é determinado pelo valor da aquisição de cada matéria-prima utilizada (deduzido do respetivo IVA) multiplicado por um fator variável consoante a maior das unidades em que forem utilizadas e o valor dos materiais de embalagem, que é obtido pelo preço de aquisição dos materiais de embalagem (deduzido do IVA) multiplicado pelo fator 1,2. O PVP dos medicamentos manipulados resulta então da aplicação da fórmula: [(Valor dos honorários + Valor das matérias-primas + Valor dos materiais de embalagem) x 1,3] + IVA (6%). Ana Cristina Ribeiro de Freitas 13

21 Os medicamentos manipulados são passíveis de comparticipação desde que constem da lista aprovada anualmente por despacho (Despacho n.º 18694/2010, de 18 de novembro) do membro do Governo responsável pela área da saúde, mediante proposta do conselho diretivo do INFARMED, sendo atualmente comparticipados em 30 % do seu preço. 18 Para tal, o utente deverá apresentar uma receita na qual estejam descritas as substâncias, qualitativa e quantitativamente, a forma farmacêutica e a menção fsa ou manipulado. 5. DISPENSA DE MEDICAMENTOS Segundo as BPF, a cedência de medicamentos é o ato profissional em que o farmacêutico, após avaliação da medicação, cede medicamentos ou substâncias medicamentosas aos doentes mediante prescrição médica ou em regime de automedicação ou indicação farmacêutica, acompanhada de toda a informação indispensável para o correto uso ( ), seguro e eficaz dos medicamentos de acordo com as necessidades individuais de cada doente. 6 Antes de se proceder à dispensa do medicamento, é necessário avaliar o perfil farmacoterapêutico do utente tendo em conta a necessidade do medicamento, a adequação ao doente (existência de contraindicações, reações adversas, interações), a adequação da posologia (dose, frequência e duração do tratamento) e se o doente tem condições sociais e económicas para administrar o medicamento. 6 O farmacêutico deve sempre assegurar-se de que o utente não tem dúvidas relativamente à finalidade e precauções da utilização do medicamento pelo que, para além da comunicação oral, os conselhos e informação prestados devem ser reforçados por escrito ou com material de apoio apropriado, como a disponibilização de folhetos informativos. O farmacêutico deve ter sempre presente que se encontra ao serviço da saúde pública e dos doentes, pelo que deve assegurar, em todas as situações, a máxima qualidade dos serviços que presta, em harmonia com as boas práticas de farmácia. 19 A fase de dispensa de medicamentos foi assim, sem dúvida, a mais desafiante e gratificante do meu estágio, tendo em conta que pude contribuir de forma significativa para o bem-estar e melhoria da qualidade de vida daqueles que se dirigiram à Farmácia Roma Medicamentos sujeitos a receita médica Os MSRM são aqueles que só podem ser dispensados na farmácia mediante apresentação de receita médica a qual, segundo o Estatuto do Medicamento, é descrita como sendo o documento através do qual são prescritos, por um médico ou, nos casos previstos em legislação especial, por um médico dentista ou por um Ana Cristina Ribeiro de Freitas 14

22 odontologista, um ou mais medicamentos determinados. De acordo com a legislação, estão sujeitos a receita médica os medicamentos que 10 : Possam constituir um risco para a saúde do doente, mesmo quando usados para o fim a que se destinam, caso sejam utilizados sem vigilância médica; Possam constituir um risco para a saúde, quando sejam utilizados com frequência em quantidades consideráveis para fins diferentes daquele a que se destinam; Contenham substâncias, ou preparações à base dessas substâncias, cuja atividade ou reações adversas seja indispensável aprofundar; Destinem-se a ser administrados por via parentérica (injetável). Os MSRM podem ainda ser classificados como medicamentos de receita renovável (a receita é composta por três vias tendo uma validade de 6 meses desde a data de prescrição, e é aplicável para medicamentos que se destinem a determinadas doenças ou a tratamentos prolongados e possam, no respeito pela segurança da sua utilização, ser adquiridos mais de uma vez, sem necessidade de nova prescrição médica. ), medicamentos de receita não renovável (validade de 30 dias), medicamentos sujeitos a receita médica especial (aqueles que contenham, em dose não dispensada de receita, uma substância classificada como estupefaciente ou psicotrópico, nos termos do DL n.º 15/93, de 22 de janeiro ou que possam, em caso de utilização anormal, dar origem a riscos importantes de abuso medicamentoso, criar toxicodependência ou ser utilizados para fins ilegais) e medicamentos de receita médica restrita (utilização reservada a certos meios especializados, uso hospitalar) Regras de prescrição No decurso do meu estágio foram realizadas algumas alterações relativamente às regras de prescrição e os modelos das receitas médicas. A Lei n.º 11/2012, de 8 de março, regulamentada pela Portaria n.º 137-A/2012, de 11 de maio, instituiu um novo paradigma na prescrição, dispensa e monitorização da utilização de medicamentos no nosso país. 20 Decorrido o processo de adaptação tecnológica dos sistemas de apoio à prescrição, iniciou-se a 1 de abril a implementação de novos modelos de receita médica, sendo aceites as receitas médicas emitidas até dia 31 maio de 2013, independentemente do respetivo modelo. 21 O modelo de receita médica pré-impressa é de edição exclusiva da Imprensa Nacional - Casa da Moeda. 20 (anexo 11) As principais alterações introduzidas englobam a obrigatoriedade da prescrição por DCI, salvo nas exceções previstas na lei; cada prescrição por DCI é representada por um novo código criado pelo INFARMED CNPEM, o qual é representado por um conjunto de oito dígitos iniciado por um 5 e um código de barras, abrange todos os Ana Cristina Ribeiro de Freitas 15

23 medicamentos com AIM e agrupa as caraterísticas do medicamento (princípio ativo, dosagem, forma farmacêutica e número de unidades); o número da receita é constituído por dezanove dígitos, passando as receitas renováveis a ter numeração única; a receita manual passa a apresentar um espaço pré-impresso relativo ao regime excecional de prescrição manual; a receita passa a ser identificada com uma das seguintes siglas, consoante o tipo (RN: receita de medicamentos, RE: receita especial (psicotrópicos e estupefacientes), MM: receita de medicamentos manipulados, MD: receita de produtos dietéticos, MDB: receita de produtos para o autocontrolo da diabetes mellitus, OUT: receita de outros produtos). 22 A prescrição de medicamentos por via manual implica a aposição de vinhetas na receita médica referentes à identificação do prescritor, conforme modelo constante do anexo II da presente portaria. 23 A utilização obrigatória dos novos modelos de vinhetas aprovados em anexo à Portaria n.º 137-A/2012, de 11 de maio, deve ser efetuada a partir de 1 de janeiro de e, na sequência da publicação do Despacho nº 13381/2012, de 12 outubro, a Circular Normativa nº28/2012/cd veio instaurar que A partir de 15 de fevereiro de 2013, só são válidas as vinhetas emitidas conforme os modelos aprovados em anexo à Portaria nº 137-A/2012, de 11 de maio. Sempre que a prescrição seja dirigida a um pensionista abrangido pelo regime especial de comparticipação a identificação é efetuada através de uma vinheta de cor verde, enquanto que o regime normal é assinalado sob fundo azul. Estes novos modelos apresentam um código alfanumérico único por vinheta e correspondente código de barras; nome do médico e número da respetiva cédula profissional ou nome do local de prescrição e respetivo código; imagem holográfica 8 mm 8 mm no canto superior direito da vinheta, com repetição de imagem logótipo do Ministério Saúde, em película metálica prateada. 23 Em cada receita médica podem ser prescritos até quatro medicamentos distintos, não podendo, em caso algum, o número total de embalagens prescritas ultrapassar o limite de duas por medicamento, nem o total de quatro embalagens, exceto se os medicamentos prescritos se apresentarem sob a forma de embalagem unitária. A prescrição de um medicamento inclui obrigatoriamente a respetiva denominação comum internacional da substância ativa, a forma farmacêutica, a dosagem, a apresentação e a posologia. A prescrição pode, excecionalmente, incluir a denominação comercial do medicamento, por marca ou indicação do nome do titular da autorização de introdução no mercado, nas situações em que não exista medicamento genérico comparticipado ou por justificação técnica do prescritor quanto à insusceptibilidade de substituição do medicamento prescrito 10,23 : a) Prescrição de medicamento com margem ou índice terapêutico estreito, conforme informação Ana Cristina Ribeiro de Freitas 16

24 prestada pelo INFARMED (Ciclosporina, Levotiroxina sódica e Tacrolimus); b) Fundada suspeita, previamente reportada ao INFARMED, de intolerância ou reação adversa a um medicamento com a mesma substância ativa, mas identificado por outra denominação comercial; c) Prescrição de medicamento destinado a assegurar a continuidade de um tratamento com duração estimada superior a 28 dias. Nestes casos, a prescrição destas exceções só é válida em receitas com apenas um medicamento, caso contrário a exceção é considerada nula. A prescrição de medicamentos é feita por via eletrónica sendo, excecionalmente, e nos seguintes casos previstos na legislação, poder ser feita por via manual 23 : a) Falência do sistema informático; b) Inadaptação fundamentada do prescritor; c) Prescrição ao domicílio; d) Outras situações até um máximo de 40 receitas médicas por mês Análise da prescrição e validação pelo farmacêutico Antes da dispensa dos medicamentos é necessário proceder-se à análise da prescrição e, consequentemente, à sua validação. No caso de se encontrarem possíveis erros que inviabilizem o correto processamento da receita médica, deve ser comunicado ao doente de modo a resolver a situação sem prejuízo para o bem-estar do mesmo. De acordo com a Portaria n.º 137-A/2012, de 11 de maio, o farmacêutico deve ter então em conta, durante a validação de uma receita, da presença dos seguintes elementos 23 : Número da receita; Local de prescrição; Identificação do médico prescritor; Nome e número de utente ou de beneficiário de subsistema; Entidade financeira responsável; Se aplicável, referência ao regime especial de comparticipação de medicamentos; DCI; Dosagem, forma farmacêutica, dimensão da embalagem, número de embalagens; quando o tamanho da embalagem ou a dose não é especificado na receita, deve ser sempre dispensada a embalagem de menor dimensão, bem como a dose mais baixa existente no mercado 25 ; Se e consoante aplicável, a informação quanto à insusceptibilidade de substituição do medicamento prescrito; Se aplicável, identificação do despacho que estabelece o regime especial de comparticipação de medicamentos; Data de prescrição; Assinatura do prescritor. Relativamente às receitas manuais, a validação difere na medida em que se deve confirmar também a presença de: Se aplicável, vinheta identificativa do local de prescrição; Vinheta identificativa do médico prescritor; Identificação da portaria e exceção pelo qual se prescreve em receita manual. Ana Cristina Ribeiro de Freitas 17

25 Interpretação e avaliação farmacêutica Após receção da prescrição e confirmação da sua validade legal e autenticidade, é necessário proceder-se à interpretação farmacêutica da mesma. De acordo com as BPF, cada prescrição deve ser avaliada farmacoterapeuticamente pelo farmacêutico tendo por base 6 : a pessoa a quem se destina o medicamento; identificar o medicamento prescrito quanto à substância ativa, forma farmacêutica, posologia e duração do tratamento; avaliar se o medicamento é indicado para tratar o problema de saúde tendo em conta a sintomatologia apresentada e se é o adequado (ter em atenção contraindicações, interações, alergias e intolerâncias); em caso de terapêutica de continuação, confirmar a sua eficácia e segurança de modo a garantir uma boa adesão à terapêutica; em caso de nova terapêutica, fornecer todas as informações essenciais para a correta administração do medicamento, alertar para possíveis efeitos adversos, condições de armazenamento (colírios, vacinas, insulinas) e também informar o utente da existência do medicamento comercializado que, cumprindo a prescrição, apresente o preço mais baixo de modo a poder exercer o seu direito de opção 23. Para além destes aspetos, é necessário também avaliar os aspetos sociais e económicos em especial no caso dos idosos, uma vez que podem ser entraves para a aquisição dos medicamentos (reformas baixas implicam muitas vezes a não aquisição de medicamentos ou o detrimento de uns em relação a outros ) ou para a sua correta utilização (dificuldade na deglutição, abertura de embalagens, esquecimento de tomas ). É então essencial, em todas as ocasiões, que o utente não fique com dúvidas pelo que toda a informação prestada deve ser efetuada em linguagem clara e simples e, se necessário, escrita nas embalagens Processamento da receita médica Após identificar e confirmar quais os medicamentos a dispensar, procede-se ao processamento da receita médica. É então introduzido no sistema o código de barras (por leitura ótica ou manualmente) do medicamento, a quantidade dispensada, o código referente à entidade comparticipadora responsável e, se aplicável, a portaria/despacho. Com a finalização da venda, e após o preenchimento dos dados do utente, o sistema informático imprime o documento de faturação no verso da receita e emite uma fatura que é carimbada, rubricada e entregue ao utente. No caso de regimes de comparticipação com complementaridade, é necessário processar duas receitas: a receita original vai para o organismo de comparticipação da receita (ex: SNS) enquanto que a fotocópia é enviada para o outro organismo (ex: SAMS Norte). No final, o utente assina a receita confirmando assim a dispensa dos medicamentos, a prestação de conselhos e informações sobre a sua utilização e, se exerceu ou não, o Ana Cristina Ribeiro de Freitas 18

26 direito de opção. Posteriormente, e após a sua conferência (de modo a verificar que não há nenhuma inconformidade), o farmacêutico assina, data e carimba a receita. Na Farmácia Roma, as receitas aviadas são colocadas num local próprio de modo a que, durante o dia, os farmacêuticos encarregues as possam voltar a conferir e corrigir possíveis erros de faturação e eventuais erros de aviamento (nestes casos o utente é contatado para resolução da situação). Aos utentes que possuem conta corrente é possível realizar uma venda a crédito, no entanto é emitido um comprovante de crédito sendo a fatura/recibo apenas emitida aquando da regularização da sua conta Comparticipação de medicamentos A comparticipação dos medicamentos tem por base protocolos efetuados entre as entidades de saúde e os organismos de comparticipação, sendo esta fixada de acordo com os seguintes escalões: escalão A - 90%; escalão B - 69%; escalão C - 37%; escalão D - 15%. Estes escalões variam de acordo com as indicações terapêuticas do medicamento, a sua utilização, as entidades que o prescrevem e ainda com o consumo acrescido para doentes que sofram de determinadas patologias. 26,27,28 Nestes está prevista a possibilidade de comparticipação de medicamentos através de um regime geral (que abrange todos os utentes do SNS) e um regime especial, identificado na receita pela letra R. O regime especial de comparticipação de medicamentos prevê dois tipos de comparticipação: em função dos beneficiários e em função das patologias ou de grupos especiais de utentes. A comparticipação do Estado no preço dos medicamentos integrados no escalão A é acrescida de 5% e nos escalões B, C e D é acrescida de 15% para os pensionistas cujo rendimento total anual não exceda 14 vezes a retribuição mínima mensal garantida em vigor no ano civil transacto ou 14 vezes o valor do indexante dos apoios sociais em vigor, quando este ultrapassar aquele montante. A comparticipação do Estado no preço dos medicamentos para os beneficiários do regime especial de comparticipação de medicamentos é de 95% para o conjunto dos escalões, para os medicamentos cujos preços de venda ao público sejam iguais ou inferiores ao quinto preço mais baixo do grupo homogéneo em que se inserem. 26,27 Os medicamentos para patologias crónicas especiais (Lupus, Psoríase, Alzheimer, entre outros) estão sujeitos a um regime de comparticipação diferente (anexo 12) 29, pelo que o prescritor deve mencionar o despacho/portaria/decreto a que estão sujeitos de modo a ter a comparticipação adequada. O utente pode também beneficiar da complementaridade entre duas entidades responsáveis pela comparticipação (ex: SNS e SAMS): nestes casos deve- Ana Cristina Ribeiro de Freitas 19

27 se tirar uma fotocópia da receita, sendo a receita original enviada para o SNS e a fotocópia para o subsistema. No decurso do meu estágio, ocorreram algumas alterações relativamente à comparticipação dos medicamentos por parte de alguns organismos: a partir de 1 de abril procedeu-se à migração para o SNS dos encargos com medicamentos da ADSE, ADM, SAD-PSP e SAD-GNR Protocolo da Diabetes A reestruturação do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes Mellitus, iniciada em 1998, marcou uma nova etapa no circuito de vigilância da doença através de uma congregação de esforços na melhoria da acessibilidade das pessoas com diabetes aos dispositivos indispensáveis à autovigilância do controlo metabólico e de administração de insulina. A Portaria n.º 364/2010, de 23 de junho veio regular os valores máximos da venda ao público das tiras-teste para determinação de glicemia, cetonemia e cetonúria, das agulhas, seringas e lancetas destinadas aos doentes com diabetes. Deste modo, fixou-se a comparticipação do Estado no custo de aquisição das tiras-teste para 85% e o custo de aquisição das agulhas, seringas e lancetas de para 100%. 31 Recentemente foi publicado o Despacho nº 4294-A/2013, de 22 março, que veio aplicar, a partir de 1 abril de 2013 a redução de 15% aos PVP (preços máximos de venda ao público) fixados pelo artigo 3.º da Portaria n.º 364/2010, de 23 de junho, relativos a reagentes (tiras-teste) para determinação de glicemia, cetonemia e cetonúria e das agulhas, seringas e lancetas destinadas a pessoas com diabetes Medicamentos genéricos Sistema de preços de referência Segundo o Estatuto do Medicamento, um medicamento genérico é um medicamento com a mesma composição qualitativa e quantitativa em substâncias ativas, a mesma forma farmacêutica e cuja bioequivalência com o medicamento de referência haja sido demonstrada por estudos de biodisponibilidade apropriados, sendo o medicamento de referência aquele que foi autorizado com base em documentação completa, incluindo resultados de ensaios farmacêuticos, pré-clínicos e clínicos. 10 Os medicamentos genéricos só podem ser comercializados quando caducam os direitos de propriedade do fabricante a essa mesma substância ativa, sendo depois identificados na embalagem pela sigla MG. O aumento da despesa pública no sector da saúde e em particular na área do medicamento, tem levado à adoção de estratégias de contenção de custos e a um maior rigor na comparticipação por parte do Estado nos gastos com medicamentos. Deste modo, a introdução dos Preços de Referência na comparticipação dos Ana Cristina Ribeiro de Freitas 20

28 medicamentos teve como objetivo equilibrar os preços dos medicamentos comparticipados, instituindo assim um valor máximo a ser comparticipado racionalizando desta forma os custos dos medicamentos e garantindo ao utente uma alternativa de qualidade garantida e equivalência terapêutica comprovada. 33 O DL n.º106-a/2010, de 1 de Outubro, veio alterar a definição de preço de referência para cada grupo homogéneo ( conjunto de medicamentos com a mesma composição qualitativa e quantitativa em substâncias ativas, forma farmacêutica, dosagem e via de administração, no qual se inclua pelo menos um medicamento genérico existente no mercado ) 28 exposto no DL n.º 48-A/2010, de 13 de maio, para a média dos cinco PVP mais baixos praticados no mercado, tendo em consideração os medicamentos que integrem aquele grupo. 27 O sistema de preços de referência abrange então, os medicamentos comparticipados incluídos em grupos homogéneos e para os quais existem medicamentos genéricos comparticipados. Com isto, os membros do Governo responsáveis pela área da economia e da saúde, e mediante proposta do INFARMED, aprovam até ao 15.º dia do último mês de cada trimestre, os preços de referência para cada um dos grupos homogéneos de medicamentos, entrando estes em vigor a partir do 1.º dia do trimestre civil a que respeitam. 28 O valor máximo da comparticipação a pagar pelo SNS é determinado tendo em conta o escalão ou regime de comparticipação aplicável, calculado sobre o preço de referência do respetivo grupo homogéneo: se o PVP for superior ao valor calculado, o valor a pagar pelo utente será a diferença entre o PVP e o valor pago pelo SNS mas, se o PVP do medicamento for inferior, o medicamento será gratuito para o utente. Ex: Amoxicilina, 1000mg, comprimidos revestidos, 16 unidades 34 PVP (taxa de comparticipação preço de referência) = Regime Geral: 3,75 (0,69 4,93) = 0,35 Regime Especial: 3,75 (0,84 4,93) = 0,00 Ao longo do meu estágio tive a oportunidade de verificar que a preferência pelos medicamentos genéricos tem vindo a aumentar, apesar de uma grande maioria dos utentes ainda se mostrar relutante face à eficácia dos mesmos. Aquando da dispensa dos medicamentos tive sempre a preocupação em dar a conhecer qual o medicamento mais barato de modo a que o utente pudesse exercer o seu direito de opção. No entanto, no caso dos utentes idosos muitas vezes polimedicados, tive sempre em consideração qual o medicamento usual de forma a evitar possíveis confusões. Ana Cristina Ribeiro de Freitas 21

29 5.5. Medicamentos não sujeitos a receita médica Segundo o Estatuto do Medicamento, os MNSRM são todos os medicamentos que não preencham qualquer das condições previstas para os MSRM 10, destinando-se assim à prevenção, alívio ou tratamento de sintomas ou síndromes menores que não requeiram cuidados médicos. A utilização de MNSRM é hoje uma prática integrante do sistema de saúde, especialmente em sistema de automedicação. Contudo, esta tem de estar limitada a situações clínicas bem definidas e deve efetuar-se de acordo com as especificações estabelecidas para aqueles medicamentos. 35 Durante o meu estágio tive a oportunidade de verificar que em muitas ocasiões os utentes, perante um estado patológico, antes de se dirigirem ao médico pediam conselho ao seu farmacêutico com vista à aquisição de algum medicamento para a melhoria do seu estado de saúde. É então neste âmbito, que o farmacêutico assume um papel muito importante, uma vez que possui as capacidades e o conhecimento que lhe permitem informar o utente quanto ao uso racional deste tipo de medicamentos. Quer seja em automedicação ou por indicação farmacêutica, o farmacêutico deve recolher junto do utente o máximo de informação de forma a possibilitar a correta avaliação do seu estado patológico. Assim sendo, devem ser identificadas quais os sinais e sintomas apresentados; a sua duração, persistência, recorrência e intensidade; se possui alguma patologia e se toma algum medicamento; história familiar; intolerâncias e se já foi tomada alguma atitude para resolver o problema. Após recolha desta informação e a avaliação da situação, o farmacêutico deverá então decidir se os sintomas estão associados a um problema de saúde grave, e neste caso o utente deverá ser encaminhado para o médico; ou no caso de os sintomas estarem associados a um problema de saúde menor, o farmacêutico deve dispensar ou não um MNSRM, prestar toda a informação essencial e aconselhar o doente da necessidade de consultar um médico caso a situação não se resolva. 6 Na dispensa de um MNSRM, o utente deve ser informado sobre a ação do medicamento, como deve ser administrado e qual a posologia, duração do tratamento, possíveis efeitos secundários, contraindicações e interações pois não há medicamentos totalmente inócuos. É ainda importante de realçar que a automedicação desregrada pode mascarar sintomas e, consequentemente doenças mais graves, pelo que a utilização de MNSRM deve ser sempre feita com a assistência e aconselhamento de um profissional de saúde 6. MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS E ESTUPEFACIENTES Normalmente associados à prática de crimes e ao consumo de drogas, os psicotrópicos e os estupefacientes são também medicamentos utilizados na terapêutica de diversas doenças. Uma vez que atuam diretamente sobre o sistema Ana Cristina Ribeiro de Freitas 22

30 nervoso central, a sua aplicabilidade terapêutica vai desde as doenças psiquiátricas, oncologia, em analgesia ou como antitússicos. Apesar das suas propriedades benéficas estas substâncias apresentam alguns riscos, podendo induzir habituação, e até dependência, quer física quer psíquica, causando alterações do comportamento, humor e consciência. Por esta razão, é fundamental que sejam utilizadas no âmbito clínico e de acordo com indicações médicas, sempre em conformidade com a legislação em vigor. 36 Deste modo, o regime jurídico dos medicamentos psicotrópicos e estupefacientes foi estabelecido pelo DL n.º 15/93, de 22 de janeiro (entretanto retificado por outros diplomas) o qual, também elaborou uma lista dos medicamentos que se integram nesta classificação, organizando-os em tabelas Regras de aquisição, encomenda e armazenamento Na Farmácia Roma, a aquisição de medicamentos psicotrópicos e estupefacientes é feita igualmente aos fornecedores. No entanto, as encomendas além de virem acompanhadas de uma fatura, vêm também acompanhadas de uma requisição (de acordo com o DR n.º 61/94), em duplicado. Na altura da confirmação da encomenda, o sistema informático atribui um número (código de registo de entrada) que é adicionado ao duplicado da fatura e arquivado para efeitos de controlo. Quanto à requisição, nesta constam a identificação da farmácia, número da requisição, data e número da fatura, e uma lista com os medicamentos encomendados, a quantidade pedida e a quantidade enviada. Esta é depois enviada em duplicado sendo que o original fica arquivado na farmácia e a cópia devolvida, no final do mês, ao fornecedor, devidamente assinada pelo diretor técnico, com o carimbo da farmácia e data. (anexo 13) Os psicotrópicos e estupefacientes também se encontram armazenados no robot, isto porque os utentes não têm qualquer acesso a ele, caso contrário teriam de estar dentro de um cofre Receita médica e dispensa Antes do dia 1 de junho de 2012, as substâncias e preparações compreendidas nas tabelas I a II só podiam ser dispensadas mediante apresentação de receita médica especial (cor amarela, em papel autocopiativo, constituídas por um original e duplicado) enquanto que as compreendidas nas tabelas III a IV estavam sujeitas a receita médica nos termos da lei geral. 37,38 No entanto, com a entrada em vigor da prescrição por DCI regulamentada pela Portaria n.º 137-A/2012, de 11 de maio, as receitas que contêm este tipo de medicamentos obedecem às regras dos restantes medicamentos. Contudo, a prescrição de medicamentos contendo uma substância classificada como estupefaciente ou psicotrópica, compreendidas nas tabelas I a II Ana Cristina Ribeiro de Freitas 23

31 anexas ao DL n.º 15/93, de 22 de janeiro, ou qualquer das substâncias referidas no n.º 1 do artigo 86.º do DR n.º 61/94, de 12 de outubro, não pode constar de receita onde sejam prescritos outros medicamentos. 23 Ao processar a venda, o sistema informático reconhece que se trata de um estupefaciente ou psicotrópico, pelo que não deixa finalizar a venda sem que se introduza: nome e morada do doente; nome do médico prescritor; nome, idade, morada e número e data de emissão do bilhete de identidade /cartão único do adquirente; e número da receita. Após término da venda, a receita original é enviada para o CCF e a cópia, juntamente com o documento comprovativo de psicotrópico, fica em arquivo na farmácia Ligação ao INFARMED e elaboração de mapas de controlo O INFARMED é o responsável pelo controlo e fiscalização de todas as atividades que envolvem psicotrópicos e estupefacientes. Assim sendo, a Farmácia Roma tem de enviar para o INFARMED até ao dia 8 de cada mês, uma listagem das receitas aviadas no mês anterior; tem de enviar o registo das entradas até 15 dias após o termo de cada trimestre (exceto no caso das benzodiazepinas cujo registo só precisa de ser enviado anualmente, até dia 31 de janeiro); tem de enviar mensalmente o registo das saídas (exceto no caso das benzodiazepinas que não é necessário) e por fim, tem de enviar até ao dia 31 de janeiro, o mapa do balanço anual da entrada e saída destes medicamentos. Para além destes controlos, a farmácia deve ainda conservar pelo período de três anos, uma reprodução em papel ou em suporte informático das receitas que incluam medicamentos estupefacientes ou psicotrópicos, ordenadas por data de aviamento. 23,39 7. CONTABILIDADE E GESTÃO NA FARMÁCIA 7.1. Processamento e faturação de receituário Após processamento da receita médica, o sistema informático atribui um número sequencial relativo à venda e respetivo organismo responsável pela comparticipação, sendo então as receitas ordenadas sequencialmente em lotes de 30 receitas. Antes do fecho do receituário deve-se proceder à conferência do mesmo: as receitas são conferidas diariamente quanto à sua validade legal, correspondência do medicamento prescrito e o aviado, comparação da entidade na receita e a faturada, presença do carimbo, data de faturação e assinatura do utente e do farmacêutico. Não havendo qualquer erro, as receitas são então organizadas por organismos e, dentro destes, agrupadas por lotes e ordenadas por ordem crescente. Sempre que um lote fica completo, procede-se à emissão do Verbete de Identificação do Lote o qual é devidamente carimbado, assinado e datado pela Diretora Técnica. Neste figura o Ana Cristina Ribeiro de Freitas 24

32 nome e código da farmácia, o mês/ano, a entidade a que se remete, o número sequencial de lote, a importância total do lote correspondente ao PVP, a importância total do lote a pagar pelo utente, a importância total do lote da comparticipação efetuada pelo organismo e a importância total do lote a pagar pela entidade. Os lotes devem ser fechados até ao final do mês, altura em que se emite uma Relação Resumo de Lotes e a Fatura Mensal dos Medicamentos. No caso do receituário correspondente ao SNS, são enviadas para o CCF, até ao dia 5 de cada mês, as receitas juntamente com os verbetes de lotes, uma cópia da relação resumo de lotes e duas cópias da fatura mensal dos medicamentos. Quanto aos restantes organismos, o processo é semelhante, embora a relação resumo de lotes e a fatura mensal dos medicamentos sejam enviados em triplicado (ficando uma cópia de cada na farmácia) para a ANF até ao dia 10 de cada mês sendo esta a responsável pelo reenvio de toda a documentação para os diferentes organismos. A ANF, em ambos os casos, é a entidade que no final efetua o pagamento do valor comparticipado até ao dia 20 do mês subsequente. Quando são verificadas desconformidades na receita, erros ou diferenças nos documentos conferidos, o CCF envia à farmácia, no dia 25 de cada mês ou até aos cinco dias úteis seguintes, os seguintes documentos: uma relação resumo contendo o valor das desconformidades; a justificação das desconformidades e as receitas. Não serão enviadas às farmácias as receitas que, embora apresentem desconformidades, erros ou diferenças, tenham sido em parte comparticipadas pelo SNS e em que o erro apurado seja inferior a 0,50. No caso de desconformidades, as farmácias emitem as respetivas notas de crédito ou de débito e enviam-nas ao CCF, com a fatura mensal, até ao dia 10 do mês seguinte, sendo depois devolvida uma cópia (devidamente assinada) até ao dia 10 do 2.º mês seguinte. A farmácia tem então depois 40 dias para reclamar e 60 dias para corrigir e voltar a enviar as receitas, de forma a recuperar o valor da comparticipação OUTROS SERVIÇOS DE SAÚDE 8.1. Determinação de Parâmetros Biométricos, Bioquímicos e Fisiológicos Ao longo dos anos, o conceito de farmácia tem vindo a evoluir, passando de meros locais de venda de medicamentos para importantes espaços de saúde, reconhecidos pelos utentes. Segundo a Portaria n.º 1429/2007, de 2 de Novembro O regime jurídico das farmácias de oficina, previsto no Decreto-Lei n.º 307/2007, de 31 de Agosto, consagrou a possibilidade de as farmácias prestarem serviços farmacêuticos de promoção da saúde e do bem-estar dos utentes. Estes serviços farmacêuticos englobam apoio domiciliário; administração de primeiros socorros; Ana Cristina Ribeiro de Freitas 25

33 administração de medicamentos; utilização de meios auxiliares de diagnóstico e terapêutica; administração de vacinas não incluídas no Plano Nacional de Vacinação; programas de cuidados farmacêuticos; campanhas de informação e colaboração em programas de educação para a saúde. No decurso do meu estágio na Farmácia Roma, tive a oportunidade de realizar medições da pressão arterial, glicose, colesterol e triglicerídeos e ainda auxiliar na execução de testes de gravidez Peso e Altura Segundo a OMS 40, a obesidade e o excesso de peso são o quinto fator de risco principal para eventos mortais estando associados a doenças cardiovasculares, diabetes e certos tipos de cancro. Através da fórmula peso/(altura) 2 é possível calcular o IMC de cada individuo e assim determinar qual o seu estado nutricional. Estado nutricional IMC Estado nutricional IMC Baixo peso < 18.5 Obesidade grau I 30.0 a 34.9 Peso normal 18.5 a 24.9 Obesidade grau II 35.0 a 39.9 Pré-obesidade 25.0 a 29.9 Obesidade grau III > 40 Estes parâmetros são avaliados através da balança localizada na sala de atendimento, a qual também permite avaliar a percentagem de massa gorda Pressão Arterial Valores de pressão arterial elevados aumentam o risco de doença cardiovascular, a qual constitui a maior causa de mortalidade e de morbilidade com grave impacto social em Portugal. De acordo com a DGS 41, os valores normais de pressão arterial são de /80-89 mmhg, pelo que valores superiores a 140/90 mmhg estão associados a um quadro de hipertensão arterial. A medição da pressão arterial foi um dos serviços farmacêuticos que eu realizei mais solicitados na Farmácia Roma. Esta medição pode ser feita na máquina localizada na sala de atendimento ou então pelo farmacêutico, na área reservada, através de um medidor digital, da marca Colson. Antes de proceder à medição, é aconselhável que o utente descanse cerca de 15 minutos, não tenha ingerido estimulantes 30 minutos antes, esteja numa postura direita e relaxada e não fale nem mexa o braço (o qual deve estar apoiado na mesa e ao nível do coração) durante a medição, para não interferir com os valores. Os valores obtidos são então registados num cartão para que seja possível fazer uma monitorização dos resultados ao longo do tempo. Caso o valor da pressão arterial fosse elevado, a medição era repetida passados 5 minutos mas se continuasse elevado, era solicitado ao utente para voltar à Ana Cristina Ribeiro de Freitas 26

34 farmácia no dia seguinte ou era encaminhado para o centro de saúde, dependendo da gravidade da situação Glicose A Diabetes é uma das principais causas de morbilidade crónica e de perda de qualidade de vida, estando previsto o seu aumento nas próximas décadas 42. Com a medição da glicose é possível controlar o seu aparecimento e analisar o efeito da terapêutica em doentes já diagnosticados, de modo a prevenir possíveis descompensações. O teste é feito através de um dispositivo digital, da marca OneTouch Vita, que com um pouco de sangue capilar e em alguns segundos é capaz de dar um valor de glicémia relativamente preciso e seguro. Para se poderem tirar conclusões mais corretas dos valores obtidos é necessário que a medição seja feita em jejum ou 2 horas após uma refeição. Classificação Jejum (mg/dl) Pós-prandial (mg/dl) Normal <140 Hiperglicémia >126 > Colesterol e triglicerídeos A dislipidemia (colesterol e triglicerídeos elevados) está também associada a um maior risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e, como se apresenta de uma forma silenciosa, é fundamental o seu rastreio. Este teste é semelhante ao teste de glicemia, contudo é usado um aparelho da marca Accutrend GCT, da Roche. A tira do aparelho necessita de estar bem impregnada com sangue capilar e a determinação demora cerca de 3 minutos. O valor ideal do colesterol deve ser inferior a 190mg/dl, sendo que valores superiores a 240 devem merecer maior atenção com possível encaminhamento do utente para o médico. Quanto aos valores dos triglicerídeos, estes sofrem grandes oscilações ao longo do dia, pelo que a sua medição deve ser efetuada após um jejum de 12 horas e tem como valores ideais inferiores a 150mg/dl Hormona β-hcg O teste de gravidez baseia-se na pesquisa da hormona gonadotrofina coriónica humana (hcg), uma glicoproteína produzida pela placenta. Esta hormona aumenta rapidamente na urina cerca de 7 a 10 dias após a fecundação, pelo que é aconselhável fazer a determinação cerca de uma semana depois da data prevista para Ana Cristina Ribeiro de Freitas 27

35 a menstruação e com a primeira urina da manhã. As utentes têm a possibilidade de comprar o teste e realizá-lo em casa, ou entregar um frasco de urina na farmácia Consultas de assessoramento Como vivemos numa sociedade que cada vez mais se preocupa com o seu bem-estar, a Farmácia Roma proporciona aos seus utentes, de quinze em quinze dias, um serviço de assessoramento de nutrição, mediante marcação VALORMED e recolha de radiografias A Farmácia Roma tem ao dispor dos seus utentes um Sistema Integrado de Recolha de Embalagens e Medicamentos fora de uso VALORMED, de modo a que os medicamentos fora da validade e embalagens vazias sejam corretamente eliminados. Quando o contentor do VALORMED (anexo 14) está cheio é fechado e pesado procedendo-se depois ao preenchimento de uma ficha, em papel autocopiável: uma cópia fica na farmácia e as restantes seguem com o fornecedor que o recolhe. Também é possível a recolha de radiografias velhas em virtude da Campanha de Reciclagem de Radiografias realizada anualmente pela AMI 43. Por cada tonelada de radiografias recolhida dá origem a cerca de 10Kg de prata, cuja venda vai ajudar a AMI nas suas ações humanitárias Farmacovigilância A Farmacovigilância é uma atividade que visa melhorar a qualidade e segurança dos medicamentos, em defesa do utente e da Saúde Pública, através da deteção, avaliação e prevenção de reações adversas a medicamentos (RAM). Deste modo, foi criado em 1992 o Sistema Nacional de Farmacovigilância (SNF), que é coordenado pelo INFARMED. Antes da autorização da comercialização de qualquer medicamento, este é sujeito a ensaios clínicos rigorosos de modo a comprovar a sua segurança e eficácia. No entanto, estes estudos apenas permitem detetar as reações adversas mais frequentes não havendo a possibilidade de registo de reações raras ou de aparecimento tardio. Deste modo, é de realçar o papel dos farmacêuticos que, perante uma RAM, ou até mesmo suspeita de RAM, devem proceder ao preenchimento da Ficha de Notificação de Reações Adversas e enviá-la para o SNF via correio, fax ou internet CONCLUSÃO Com o estágio em farmácia comunitária tive finalmente a oportunidade de contatar com a realidade da profissão farmacêutica. Após um longo percurso Ana Cristina Ribeiro de Freitas 28

36 académico onde foram adquiridos muitos conhecimentos teóricos, esta nova etapa permitiu que os mesmos fossem postos em prática e novos fossem alcançados. Apesar das incertezas e inseguranças iniciais inerentes a um novo desafio e a uma responsabilidade acrescida, estas foram rapidamente colmatadas pela hospitalidade, compreensão e ajuda verificadas por toda a equipa da Farmácia Roma. São excelentes profissionais como aqueles com os quais trabalhei que dignificam a atividade farmacêutica: são a ética e o profissionalismo que os pontua, a preocupação pelo bem-estar da população e a constante procura pelo conhecimento que me fazem ambicionar também, a um dia ser uma farmacêutica de excelência. Durante a formação académica apenas se fala no farmacêutico como sendo o especialista do medicamento, pelo que com o estágio pude desmistificar algumas ideias de que este só está na linha da frente, ao balcão junto do utente, quando na verdade há todo um trabalho de bastidores de grande importância que vai desde a elaboração e conferência de encomendas ao processamento e faturação do receituário. Ao longo destes 6 meses foram também vários os desafios que puseram à prova todo o meu conhecimento, como saber avaliar uma prescrição médica e se a mesma estava adequada ao utente; saber ouvir os problemas de saúde e interpretálos corretamente; promover junto da população cuidados de saúde e conselhos sobre um uso racional dos medicamentos; mas também houve situações em que tive de saber dar uma palavra de apoio e incentivo nos momentos mais difíceis. No final desta etapa que marca assim o fim do meu percurso académico, posso concluir que se tratou de uma experiência gratificante e enriquecedora fundamental para a minha formação enquanto futura farmacêutica. Ana Cristina Ribeiro de Freitas 29

37 BIBLIOGRAFIA 1. DL n.º 53/2007, de 8 de março 2. Portaria n.º 582/2007, de 4 de maio 3. DL n.º 307/2007, de 31 de agosto 4. Deliberação nº 2473/2007, de 28 de novembro 5. Deliberação n.º1500/2004, de 7 de dezembro 6. Boas Práticas Farmacêuticas para a farmácia comunitária (BPF). 3ª edição: Ordem dos Farmacêuticos Deliberação 414/CD/ DL n.º 65/2007, 14 de março 9. Portaria 348/98, de 15 de junho 10. DL n.º 176/2006, de 30 de agosto 11. DL n.º 189/2008, de 24 de setembro 12. DL n.º 148/2008, de 29 de julho 13. DL n.º 74/2010, de 21 de junho 14. DL n.º 560/99, de 18 de dezembro 15. DL n.º 136/2003, de 28 de junho 16. DL n.º145/2009, de 17 de Junho 17. DL n.º 95/2004, de 22 de abril 18. Portaria n.º769/2004, de 1 de julho 19. Código Deontológico da Ordem dos Farmacêuticos (acedido em /NACIONAL/CodigoDeontologico_OF.pdf) 20. Despacho n.º 15700/2012, de 12 de dezembro 21. Despacho n.º 4322/2013, de 25 de março 22. Ofício Circular n.º 1208/2013, de 28 de março 23. Portaria n.º137-a/2012, de 11 de maio 24. Despacho n.º 13381/2012, de 12 de outubro 25. Portaria n.º 193/2011, de 13 de maio rticipacaomedicamentos.htm (acedido em ) 27. DL n.º 106-A/2010, de 1 de Outubro 28. DL n.º 48-A/2010, de 13 de maio NO/AVALIACAO_ECONOMICA_E_COMPARTICIPACAO/MEDICAMENTOS_USO_A Ana Cristina Ribeiro de Freitas 30

38 MBULATORIO/MEDICAMENTOS_COMPARTICIPADOS/Dispensa_exclusiva_em_Far macia_oficina (acedido em ) 30. Oficio Circular ANF n.º 1177/2013, de 27 março 31. Portaria n.º 364/2010, de 23 de junho 32. Despacho n.º 4294-A/2013, de 22 de março EDICAMENTOS_USO_HUMANO/AVALIACAO_ECONOMICA_E_COMPARTICIPACA O/MEDICAMENTOS_COMPARTICIPADOS_SPR (acedido em ) ci&escolha_dci=qw1vegljawxpbme= (acedido em ) 35. Despacho n.º 17690/2007, de 23 de julho IBA_MAIS_SOBRE/SAIBA_MAIS_ARQUIVO/22_Psicotropicos_Estupefacientes.pdf (acedido em ) 37. DL n.º 15/93, de 22 de janeiro 38. Lei n.º 18/2009, de 11 de maio 39. Oficio Circular ANF n.º 52471/2012, de 28 de maio Circular Normativa n.º 23/DSCS/DPCD, de 14/11/07 (acedido em em ) (acedido em ) EDICAMENTOS_USO_HUMANO/MUH_FARMACOVIGILANCIA (acedido em ) Todos os Decretos-Lei, portarias e despachos acedidos em Ana Cristina Ribeiro de Freitas 31

39 ANEXOS 1. Exterior da farmácia Roma, com pormenor da montra 2. Sala de atendimento 3. Zona de medição de parâmetros bioquímicos Ana Cristina Ribeiro de Freitas 32

40 4. Robot e armazém de stock excedente 5. Gabinete 6. Sifarma 2000 Ana Cristina Ribeiro de Freitas 33

41 7. Fatura de encomenda 8. Lista dos produtos entregues Ana Cristina Ribeiro de Freitas 34

42 9. Listagem para controlo do prazo de validade 10. Nota de devolução Ana Cristina Ribeiro de Freitas 35

43 11. Receita médica 12. Regimes especiais de comparticipação de medicamentos Ana Cristina Ribeiro de Freitas 36

44 13. Requisição de medicamentos psicotrópicos e estupefacientes Ana Cristina Ribeiro de Freitas 37

45 14. VALORMED Ana Cristina Ribeiro de Freitas 38

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