D E EST Á GI O REALIZADO NO ÂMBITO DO MESTRADO INTEGRADO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS. Farmácia Higiénica. Ana Sofia Azevedo da Quinta M

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1 M RELAT ÓRI O D E EST Á GI O REALIZADO NO ÂMBITO DO MESTRADO INTEGRADO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS Farmácia Higiénica Ana Sofia Azevedo da Quinta

2 Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas Relatório de Estágio Profissionalizante Farmácia Higiénica setembro de 2016 a março de 2017 Ana Sofia Azevedo da Quinta Orientador: Dra. Ana Isabel Morais Garrido Tutor FFUP: Prof. Doutora Maria Helena da Silva de Vasconcelos Meehan março de 2017 II

3 Declaração de Integridade Eu, Ana Sofia Azevedo da Quinta, abaixo assinado, nº , aluno do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, declaro ter atuado com absoluta integridade na elaboração deste documento. Nesse sentido, confirmo que NÃO incorri em plágio (ato pelo qual um indivíduo, mesmo por omissão, assume a autoria de um determinado trabalho intelectual ou partes dele). Mais declaro que todas as frases que retirei de trabalhos anteriores pertencentes a outros autores foram referenciadas ou redigidas com novas palavras, tendo neste caso colocado a citação da fonte bibliográfica. Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, de de Assinatura: III

4 Agradecimentos Finalizada esta etapa não poderia deixar de agradecer a todos os que fizeram parte dela. À Prof.ª Doutora Susana Isabel Pereira Casal Vicente, pelo empenho, disponibilidade e apoio. À minha tutora, Prof.ª Doutora Maria Helena da Silva de Vasconcelos Meehan, pela ajuda e disponibilidade. À minha orientadora, Dra. Ana Isabel Morais Garrido, pela forma como me recebeu, acolheu e acompanhou durante o estágio. A toda a equipa da Farmácia Higiénica, pela paciência, dedicação, preocupação e transmissão de conselhos e conhecimentos. Aos meus pais, irmã, avós, madrinha, namorado e amigos, que sempre me apoiaram nesta caminhada de anos de trabalho e estudo, que me ocupava o dia praticamente todo, inclusive fins-de-semana. A força, paciência, compreensão, apoio e amor deles foi muito importante para eu conseguir percorrer a estrada. IV

5 Resumo A unidade curricular Estágio permite ao aluno ter oportunidade de compreender o papel de um farmacêutico, neste caso, em farmácia comunitária. É importante o farmacêutico saber fazer um aconselhamento racional sobre o uso dos medicamentos e uma correta monitorização terapêutica. Por isso o Estágio é uma unidade curricular bastante relevante. O meu estágio realizou-se na Farmácia Higiénica, em Fão Esposende, entre setembro de 2016 e março de Este relatório está dividido em duas partes. A primeira parte descreve as atividades que realizei durante o estágio na Farmácia Higiénica, com indicações de algumas situações que presenciei, e a segunda parte faz uma apresentação dos temas desenvolvidos na Farmácia Higiénica, que foram três: Saúde da Gestante, Saúde do Bebé e Importância da medição de pressão arterial e parâmetros bioquímicos na farmácia comunitária. Para os temas Saúde da Gestante e Saúde do Bebé, desenvolvi um Guia e Agenda para ser entregue às grávidas (utentes da Farmácia Higiénica) e para o tema Importância da medição de pressão arterial e parâmetros bioquímicos na farmácia comunitária, elaborei um desdobrável para se fazer os registos desses parâmetros. O estágio permitiu-me conhecer a realidade do papel farmacêutico numa farmácia comunitária. V

6 Índice PARTE I Descrição das atividades realizadas durante o estágio na Farmácia Higiénica 1. Introdução Caracterização do espaço físico e funcional da farmácia Localização e horário de funcionamento Espaço físico e funcional Recursos humanos: funções e responsabilidades Gestão e organização Sistema informático Aprovisionamento e armazenamento Gestão de stocks Encomendas Realização de encomendas Receção e verificação de encomendas Armazenamento Controlo de prazos de validade Devoluções Dispensa de medicamentos Medicamentos sujeitos a receita médica Prescrição médica e validação Aviamento de receitas Regimes de comparticipação Medicamentos psicotrópicos e estupefacientes Conferência de receituário e faturação Medicamentos não sujeitos a receita médica Dispensa de outros produtos disponíveis na farmácia Produtos cosméticos e de higiene corporal Medicamentos e produtos homeopáticos Produtos dietéticos e produtos para alimentação especial Suplementos alimentares Produtos fitoterapêuticos Medicamentos de uso veterinário Dispositivos médicos Medicamentos manipulados Outros serviços prestados pela farmácia Determinação de parâmetros fisiológicos e bioquímicos Administração de medicamentos e vacinas não incluídas no Plano Nacional de Vacinas Recolha de medicamentos e radiografias VI

7 8. Farmacovigilância Formações Cronograma das atividades realizadas Conclusão PARTE II Apresentação dos temas desenvolvidos na Farmácia Higiénica 1. Saúde da Gestante Enquadramento Objetivos Método Cuidados a ter na gravidez Alterações no corpo da mulher grávida Controlar o peso durante a gestação Postura correta na gravidez Saúde oral da gestante A grávida e as substâncias nocivas Cálculo da data provável do parto Primeiro trimestre (1ª 12ª semana) Segundo trimestre (13ª 26ª semana) Terceiro trimestre (27ª 40ª semana) Parto, nascimento e pós-parto Conclusão Saúde do Bebé Enquadramento Objetivos Método O recém-nascido O teste do pezinho Comportamentos Cuidados Alimentação Desenvolvimento Conclusão Importância da medição de pressão arterial e parâmetros bioquímicos na farmácia comunitária Enquadramento Objetivos Método Pressão arterial Glicemia.. 36 VII

8 3.6. Colesterol total Triglicerídeos Ácido úrico Avaliação do risco cardiovascular Conclusão 38 Bibliografia Anexos VIII

9 Lista de Abreviaturas AMI Assistência Médica Internacional ANF Associação Nacional de Farmácias ARS Administração Regional de Saúde CCF Centro de Conferência de Faturas CGD Caixa Geral de Depósitos COOPROFAR Cooperativa de Proprietários de Farmácia CTT Correios, Telégrafos e Telefones DCI Designação Comum Internacional DPP Data Provável do Parto FEFO First Expired First Out FH Farmácia Higiénica HCG Gonadotrofina Coriónica Humana HIV Vírus da Imunodeficiência Humana IASFA Instituto de Ação Social das Forças Armadas IMC Índice de Massa Corporal INFARMED Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde MNSRM Medicamento Não Sujeito a Receita Médica MSRM Medicamento Sujeito a Receita Médica OMS Organização Mundial de Saúde PA Pressão Arterial PAS Pressão Arterial Sistólica PNV Plano Nacional de Vacinas PTGO Prova da Tolerância à Glicose Oral PVP Preço de Venda ao Público RSP Receita Sem Papel SAMS Serviços de Assistência Médico Sociais SCORE Systematic Coronary Risk Evaluation SNC Sistema Nervoso Central SNS Serviço Nacional de Saúde IX

10 Índice de Tabelas Tabela 1 Colaboradores da FH e suas funções Tabela 2 Cronograma das atividades desenvolvidas no estágio Índice de Anexos Anexo 1 Certificados das formações Anexo 2 Guia e Agenda A Gravidez e o Bebé Anexo 3 Desdobrável para registo da pressão arterial e parâmetros bioquímicos.. 47 X

11 Ana Sofia Quinta PARTE I Descrição das atividades realizadas durante o estágio na Farmácia Higiénica 1. Introdução O papel do farmacêutico em farmácia comunitária é muito importante, pois é necessário proporcionar aos utentes serviços e informações atualizadas, credíveis e sustentadas. Isto faz com que o farmacêutico seja responsável pela garantia de eficácia e segurança da terapêutica de cada utente, tendo o dever de promover a educação do utente, o uso racional, seguro e eficaz dos produtos farmacêuticos, bem como fazer um acompanhamento terapêutico depois do seu aconselhamento. Por isso é importante o farmacêutico ter consciência da responsabilidade no exercício da sua atividade, conjugando atitude profissional, rigor e uma postura emocional adequada. O estágio permitiu-me o contacto e conhecimento da realidade profissional. Para isso tive uma preparação teórica e prática anterior, na faculdade, com a finalidade de aplicar, na realidade profissional, os conhecimentos aí adquiridos, de forma a conseguir responder claramente e sustentadamente às questões colocadas pelo utente. Por tudo isto, é que o Estágio é uma unidade curricular muito importante, pois prepara o estudante para que, no final do curso, esteja apto, a fim de trabalhar, neste caso, numa farmácia comunitária. O meu estágio realizou-se na Farmácia Higiénica (FH) em Fão, concelho de Esposende, de 12 de setembro de 2016 a 10 de março de Durante estes seis meses efetuei diversas atividades, que me permitiram adquirir conhecimento e prática do trabalho que é realizado numa farmácia comunitária, preparando-me para, futuramente, o mundo do trabalho como farmacêutica. Todas essas atividades vão ser descritas nesta parte. 2. Caracterização do espaço físico e funcional da farmácia 2.1. Localização e horário de funcionamento A FH localiza-se na Rua Dr. Moreira Pinto, n.º 8, na freguesia de Fão, concelho de Esposende. Próximo da FH encontra-se o Centro de Saúde de Fão, uma Clínica Dentária, uma Clínica Veterinária e o Hospital de Fão da Santa Casa da Misericórdia de Fão, o que permite uma boa afluência de utentes à FH. Em relação ao horário, a FH de 2ª feira a 6ª feira encontra-se aberta das 9h às 22h, não fazendo interrupção para almoço. Aos sábados, domingos e feriados, o horário de funcionamento é das 9h às 13h e das 15h às 22h, fazendo interrupção de almoço das 13h às 15h. A FH tem também um regime de disponibilidade das 22h às 9h para casos urgentes, necessitando de um farmacêutico ou de um auxiliar legalmente habilitado disponível para atender os utentes 1. 1

12 Ana Sofia Quinta 2.2. Espaço físico e funcional As instalações de uma farmácia devem assegurar a conservação, a segurança e a preparação dos medicamentos, assim como a acessibilidade, a privacidade e a comodidade dos colaboradores e dos utentes 2. Na zona exterior da FH existe a Cruz Verde das Farmácias Portuguesas, o nome da farmácia, o horário de funcionamento, o nome da Diretora Técnica (Dra. Ana Isabel Morais Garrido), a publicidade de alguns medicamentos (promovida pelos laboratórios) e o Pharma Shop 24 com produtos que o utente pode comprar sem o aconselhamento do farmacêutico ou técnico de farmácia. Existe uma porta para a entrada dos utentes e outra para o pessoal e as encomendas e, uma rampa para os utentes com mobilidade reduzida. À entrada da FH existe o catálogo com os produtos que o utente pode adquirir com os pontos que tem no cartão das Farmácias Portuguesas. Também há o aparelho max21 da DINA que mede o peso, a altura e calcula o Índice de Massa Corporal (IMC). A FH possui dois pisos, o rés-do-chão (piso 0) e o 1º andar (piso 1). No piso 0 encontra-se a zona de atendimento, o gabinete de atendimento e o back office. A zona de atendimento é constituída por quatro balções, cada um com um computador, uma impressora fiscal da Epson, um leitor de cartões de cidadão e um aparelho para pagamento por multibanco. Também existe a máquina Cashlogy que recebe o dinheiro dos pagamentos e devolve os trocos, evitando a falta de dinheiro no final do dia, por erros no troco e, aumentando a rapidez no atendimento, o que beneficia a farmácia e o utente. Atrás dos balcões há prateleiras com medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM). Nesta zona existem diversos dispositivos com produtos de cosmética e um espaço infantil (com produtos para a gestante e para o bebé). Os medicamentos e os produtos desta zona que não estão visíveis, por estarem arrumados em gavetas, estão ordenados por ordem alfabética e, os que estão visíveis encontram-se organizados por categorias, o que permite ao farmacêutico ou técnico de farmácia saber melhor onde estão os produtos farmacêuticos. Também no rés-do-chão há o back office, como referido anteriormente, onde são realizadas as encomendas, o frigorífico, onde são colocados os medicamentos que necessitam de estar no frio, e o gabinete de atendimento, onde são realizados serviços: medição da tensão arterial, medição dos valores de glicemia, colesterol total, triglicerídeos e ácido úrico; audiometria; rastreios de nutrição, capilares, vasculares e cardiovasculares. No piso 1 existe a zona da receção das encomendas, o armazém, onde são armazenados os produtos em excesso, ou seja, os produtos para os quais não há espaço nas prateleiras ou dispositivos e, o Robot CareFusion-Rowa Smart TM System, onde são colocados a maior parte dos medicamentos. É neste andar que se encontra o escritório, onde estão os arquivos, a bibliografia, a legislação, entre outros e onde a Diretora Técnica realiza todas as atividades relacionadas com a gestão da FH. Também neste andar encontra-se o laboratório, que contem a Farmacopeia Portuguesa, o Formulário Galénico Português, as matérias-primas e o material necessário para fazer medicamentos manipulados. 2

13 Ana Sofia Quinta Em relação às instalações sanitárias, existem duas casas de banho, uma no piso 0 e outra no piso Recursos humanos: funções e responsabilidades A equipa da FH cumpre com a legislação em vigor, que estipula que as farmácias devem dispor de, pelo menos, dois farmacêuticos (um diretor técnico e outro para substituir o diretor técnico na sua ausência) 2. Isto porque a equipa da FH é constituída pelos seguintes colaboradores: Tabela 1 Colaboradores da FH e suas funções Colaborador Função Dra. Ana Isabel Garrido Diretora Técnica José Garrido Gestor e Técnico de Farmácia Dra. Daniela Silva Farmacêutica Substituta Dra. Luísa Barbosa Farmacêutica Substituta Dra. Tânia Couto Farmacêutica Emílio Linhares Técnico de Farmácia Paula Barral Técnica de Farmácia Joana Neves Técnica Auxiliar de Farmácia Barbara Pereira Auxiliar de Farmácia Todos os colaboradores da FH trabalham em conjunto, de forma a garantir um bom serviço prestado aos utentes e um correto funcionamento da farmácia. 3. Gestão e organização 3.1. Sistema informático A FH possui o sistema informático Sifarma 2000 da Glintt. Este sistema informático está presente na maioria das farmácias portuguesas e permite a gestão dos produtos presentes na farmácia, a definição de stocks mínimos e máximos, a faturação, a realização de encomendas, a receção de produtos, a dispensa ao utente, o controlo dos prazos de validade, entre outros 3. É portanto, uma ferramenta importante para o bom funcionamento da farmácia. Cada utilizador do Sifarma possui um código de acesso. Na FH existem 6 terminais informáticos equipados com o Sifarma 2000, em que quatro destinam-se ao atendimento ao público e os outros dois destinam-se à realização e entradas de encomendas Aprovisionamento e armazenamento Ao conjunto de operações administrativas, técnicas e económicas que dispõem aos utentes medicamentos e outros produtos, chama-se aprovisionamento 4. 3

14 Ana Sofia Quinta Gestão de stocks A correta gestão de stocks é muito importante para satisfazer as necessidades dos utentes, assim como a viabilidade financeira da farmácia. Na FH a gestão de stocks é rigorosa, estabelecendo níveis de stock mínimos e máximos, de forma a evitar a acumulação exagerada (o que é prejudicial economicamente para a farmácia) ou a falta de produtos. Para isto, na FH, faz-se uma previsão da procura, tendo em conta os seguintes aspetos: a sazonalidade, as campanhas promocionais, as condições de negociação, a rotação do produto, as preferências dos utentes, a alteração de hábitos de consumo e os hábitos das prescrições médicas dos estabelecimentos de saúde próximos. Esta gestão de stocks, na FH, é auxiliada pelo programa informático Sifarma 2000, uma vez que permite aceder aos detalhes dos produtos, stocks e vendas, possibilitando criar um mínimo e máximo para os produtos. Quando o stock mínimo é atingido, o produto é automaticamente inserido na encomenda diária Encomendas A aquisição de medicamentos e outros produtos de saúde pode ser efetuada a laboratórios de indústria farmacêutica ou a distribuidores grossistas (intermediários entre a farmácia e os laboratórios) 5. Na FH as encomendas aos laboratórios são mais periódicas ou esporádicas, enquanto que as encomendas aos distribuidores grossistas são efetuadas diariamente. Para garantir a satisfação do utente e a viabilidade financeira da farmácia é essencial fazer a escolha de fornecedores. Esta escolha vai depender da certificação de qualidade, dos preços, da capacidade de stocks, do tempo de entrega, dos descontos, do cumprimento de horários, da facilidade de devoluções, das condições de pagamento e da capacidade de resposta em caso de dificuldade. Tendo em conta os critérios mencionados anteriormente, a FH colabora com 4 fornecedores: COOPROFAR (Cooperativa de Proprietários de Farmácia), OCP Portugal, A. Sousa e Medicanorte. Durante o estágio tive a oportunidade de fazer diversas encomendas a distribuidores grossistas Realização de encomendas O sistema informático Sifarma 2000, quando o stock mínimo é atingido, cria automaticamente uma proposta de encomenda que é analisada pelo operador, podendo adicionar ou retirar produtos e alterar as quantidades propostas antes de finalizar a operação, enviando depois a encomenda para o fornecedor via internet. Na FH, quando surgem utentes que pretendem adquirir um produto que está em falta, é efetuada uma encomenda instantânea ao fornecedor, via internet ou telefónica. A FH também faz encomendas diretamente aos laboratórios, como referido anteriormente. Isto normalmente é mediado por um delegado de informação médica, que vai à farmácia 4

15 Ana Sofia Quinta periodicamente. A quantidade encomendada é adequada à rotação dos produtos na farmácia de forma a gerar lucro num dado intervalo de tempo Receção e verificação de encomendas As encomendas chegam à farmácia em contentores próprios (caixas de plástico ou cartão, consoante o fornecedor) acompanhadas com a respetiva fatura (original e duplicado) ou guia de remessa. Em contentores térmicos, vêm os produtos que são armazenados no frigorífico. Estes são armazenados com prioridade. A receção da encomenda é efetuada com o auxílio do sistema informático Sifarma Assim verifica-se se os produtos recebidos correspondem aos produtos encomendados e confere-se o código do produto, o prazo de validade, o número de embalagens, o preço de unitário e o preço de venda ao público (PVP), efetuando alterações sempre que necessário. Para produtos sem PVP fixado, o Gestor José Garrido ou a Diretora Técnica Dra. Ana Garrido estabelecem-no. No caso de haver alguma incoerência, é feita uma reclamação ao fornecedor. Para finalizar a receção da encomenda, confere-se o valor total faturado e emite-se um documento comprovativo da receção da encomenda e arquiva-se juntamente com a fatura. Após finalizar a receção da encomenda, os produtos são armazenados (uns nas respetivas prateleiras, gavetas e expositores, e outros no Robot) e, aqueles que não têm preço (os produtos de venda livre) são etiquetados. Isto porque é obrigatório a indicação do PVP na rotulagem dos produtos Armazenamento Depois da receção das encomendas, os produtos são armazenados nos locais apropriados (Robot, prateleiras, gavetas, expositores ou frigorífico). É seguido o conceito First Expired First Out (FEFO), permitindo que produtos com prazos de validade mais curtos sejam dispensados primeiro. Na FH os produtos sujeitos a refrigeração, como vacinas, insulinas, alguns colírios e vitaminas, são armazenados no frigorífico. A maioria dos medicamentos sujeitos a receita médica (MSRM) e alguns MNSRM são armazenados no Robot (CareFusion-Rowa Smart TM System). Ao introduzir os produtos no Robot verifica-se sempre o prazo de validade e o PVP. O Robot funciona com interligação ao programa informático Sifarma Ele armazena os produtos nas prateleiras baseando-se nas dimensões da embalagem, podendo armazenar cerca de embalagens. O Robot tem as condições (temperatura, luz e humidade) apropriadas para os produtos que lá são armazenados. Com o Robot é mais fácil e rápido, para o farmacêutico ou técnico de farmácia, a dispensa de medicamentos no atendimento, pois não necessita de fazer a procura nas gavetas. Os produtos chegam pelo Robot ao operador. Atrás de cada balcão de atendimento existe um espaço próprio, onde chegam os produtos vindos do Robot, quando são pedidos pelo operador. 5

16 Ana Sofia Quinta O armazenamento deve garantir que são cumpridas as condições de conservação obrigatórias em relação à luz, temperatura e humidade 4. Portanto, a temperatura, a luz e a humidade da FH, salientando a do frigorífico e do Robot são importantes para manter os produtos viáveis. A temperatura ambiente da farmácia e do Robot deve ser inferior a 25ºC e a do frigorífico deve estar entre 2 e 8ºC. Estes parâmetros são controlados por termohigrómetros periodicamente. No estágio, observei a inserção no computador dos valores que os termohigrómetros registavam Controlo de prazos de validade Para evitar erros (entrega de produtos fora do prazo) é necessário realizar um controlo dos prazos de validade eficaz. Isto é efetuado diariamente, na receção das encomendas, e mensalmente. Assim, todos os meses é emitida uma listagem do sistema informático Sifarma 2000, com os produtos em que a validade expira nos três meses seguintes. Depois procedese à verificação da mesma, devolvendo ao fornecedor os produtos que estejam a expirar (caso o fornecedor não aceite, os produtos vão para quebras), ou efetua-se a correção das validades no sistema informático Sifarma 2000 para os produtos cuja validade não está atualizada. Com cinco meses de antecedência são verificadas as validades dos produtos para diabéticos (tiras, lancetas e agulhas), com a finalidade de proceder à devolução caso a validade se encontre nesses cinco meses Devoluções São diversos os motivos para se proceder à devolução dos produtos: prazo de validade a expirar ou já expirado, retirada de produtos por indicação do Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (INFARMED), produto e/ou embalagem com perda de integridade, mudança de preço, envio de um produto não encomendado ou em quantidades diferentes ou pedido por engano e, produtos sem rotação. É emitida uma nota de devolução ao fornecedor, indicando o produto, o preço de custo, a quantidade a devolver, o motivo da devolução e o número da fatura desse produto. Esta operação é efetuada no sistema informático Sifarma 2000 e, por este motivo, é comunicada à Autoridade Tributária, o que é obrigatório. Depois é emitida em triplicado a nota de devolução, que é carimbada, datada e rubricada. O documento original e o duplicado juntamente com os produtos são levados para o fornecedor e o triplicado é arquivado na farmácia até à sua regularização. Se o fornecedor aceitar a devolução pode emitir à farmácia uma nota de crédito ou enviar uma nova embalagem do mesmo produto ou enviar outros produtos para regularizar essa situação. Se o fornecedor não aceitar, o produto é devolvido à farmácia. 6

17 Ana Sofia Quinta 4. Dispensa de medicamentos O farmacêutico é o responsável pela dispensa de medicamentos, ou seja, após avaliação da medicação, o farmacêutico cede ao utente medicamentos ou substâncias medicamentosas, mediante prescrição médica ou em regime de automedicação ou indicação terapêutica. O farmacêutico deve prestar ao utente toda a informação necessária e apropriada para um uso eficaz, correto e seguro do medicamento, de forma que o utente tenha benefício no tratamento 4. O papel do farmacêutico é muito importante, uma vez que é o último profissional de saúde a contactar com o utente antes de ele iniciar o tratamento. Na dispensa de medicamentos que efetuei, tive sempre o cuidado de usar uma linguagem adaptada ao utente, para que ele percebe-se como deveria utilizar o medicamento, escrevendo nas embalagens a posologia Medicamentos sujeitos a receita médica Os medicamentos podem ser classificados em MSRM e em MNSRM 5. Os MSRM só podem ser vendidos perante a apresentação de receita médica válida. São MSRM os medicamentos que 5 : possam ser um risco, direto ou indireto, para a saúde do utente, quando utilizados sem vigilância médica; possam ser um risco para a saúde, direta ou indiretamente, quando usados com frequência e em quantidades consideráveis para fins distintos daquele a que se destinam; possuem substâncias cuja atividade ou reações adversas necessitam de uma avaliação aprofundada; se destinam a uma administração por via parentérica. O grande volume de vendas na FH é deste tipo de medicamentos Prescrição médica e validação Para dispensar MSRM é obrigatório o utente apresentar a prescrição médica. As receitas médicas são de dois tipos 5 : receita médica não renovável: tem validade de trinta dias a partir da data da prescrição; usada essencialmente para tratamentos de curta e média duração; receita médica renovável: tem validade de seis meses; usada essencialmente para tratamentos de longa duração. A prescrição médica deve ser realizada informaticamente para minimizar erros na dispensa, mas a lei prevê situações excecionais para a prescrição de receita manual, devidamente reconhecida por uma das seguintes exceções: prescrição ao domicílio; falência de sistema informático; inadaptação fundamentada do prescritor; máximo de quarenta receitas por mês 7. É obrigatório a prescrição de medicamentos conter: Designação Comum Internacional (DCI) da substância ativa; forma farmacêutica; dosagem; quantidade. Em algumas situações, quando 7

18 Ana Sofia Quinta o médico não tem um similar ou quando justifica, a prescrição é válida pelo nome comercial. As justificações apresentadas pelo médico podem ser: exceção a) (medicamentos com margem ou índice terapêutico estreito); exceção b) (reação adversa prévia); exceção c) (continuidade de tratamento superior a 28 dias). Para as exceções a) e b), o utente não tem direito de opção, mas na exceção c), o utente pode optar por outro medicamento com PVP inferior ao prescrito 7,8. Por cada receita médica com papel só pode ser prescrito um máximo de quatro medicamentos diferentes, com um limite de duas embalagens para cada. Se for prescrito apenas um medicamento, pode conter quatro embalagens 9. Foi através do Despacho de 25 de fevereiro de 2016 que a Receita Sem Papel (RSP) passou a ser obrigatória a partir de 1 de abril de 2016, para todas as entidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) 10. Este modelo eletrónico permite a prescrição simultânea de diferentes medicamentos e é vantajoso para o utente, uma vez que todos os produtos de saúde prescritos estão num único receituário. Durante a dispensa na farmácia, o utente pode aviar todos os produtos prescritos ou apenas parte deles, tendo a possibilidade de levantar os que restam em outras datas e farmácias, desde que estejam no prazo de validade 11. A receita médica com papel deve ser bem analisada, para ser validada, conferindo o número da receita e respetivo código de barras, a identificação do médico, a identificação do local de prescrição, a identificação do utente, o regime de comparticipação, a data de prescrição, a validade, a rubrica do médico e a identificação do medicamento. No contacto com este tipo de receita, tive sempre muita atenção a estes aspetos, para não aceitar uma prescrição com algum destes parâmetros em não conformidade. Em algumas situações contactava-se diretamente o médico prescritor de forma a resolver-se a situação e o utente só precisar de levantar nova prescrição junto dele. Nas RSP já não é necessário tantos cuidados, uma vez que tudo está informatizado. Nestas últimas, só é necessário o número do guia de tratamento da prescrição, o código de acesso e dispensa e o código direito de opção (quando o utente opta por um medicamento com um PVP superior ao quinto PVP mais barato da mesma família de medicamentos). Assim, estas RSP, oferecem ao farmacêutico maior disponibilidade para se dedicar à dispensa do medicamento Aviamento de receitas Depois de validar a receita médica, procede-se ao seu aviamento. Nas receitas com papel, é impressa no verso da receita a informação relativa à faturação, de acordo com o organismo de comparticipação. Nesta impressão consta: o nome da farmácia; o número de venda; a entidade de comparticipação; os códigos de barras de todos os medicamentos comparticipados; o respetivo preço total; o preço de referência; o valor comparticipado; o valor a ser pago pelo utente. Depois o utente assina no espaço reservado, declarando assim, que lhe foram dispensados os medicamentos presentes na receita e que lhe foi dada toda a informação necessária para a utilização do medicamento. No final, a receita é 8

19 Ana Sofia Quinta carimbada, datada e rubricada pelo farmacêutico. De seguida, separa-se e guarda-se consoante o organismo de comparticipação Regimes de comparticipação São medicamentos comparticipados a maioria dos MSRM na presença de receita médica pelo utente. Assim, o utente não paga o valor total do PVP e, em algumas situações, adquire o medicamento gratuitamente. O valor que não é pago pelo utente fica à responsabilidade da entidade de saúde responsável. No caso de ser cidadão português, a entidade responsável é o SNS, de salientar o Regime Geral e o Regime Especial (alguns pensionistas, identificados na receita com a letra R e utentes com algumas doenças) 12,13. Em relação ao Regime Geral de comparticipação de medicamentos, o Estado comparticipa os medicamentos dependendo do escalão em que se insere (Escalão A 90% do PVP; Escalão B 69% do PVP; Escalão C 37% do PVP; Escalão D 15% do PVP), variando de acordo com a classificação farmacoterapêutica. Para o Regime Especial há um aumento na comparticipação (5% para o Escalão A 95%; 15% para os Escalões B, C e D 84%, 52% e 30%, respetivamente) 9. Existem subsistemas de saúde que beneficiam os beneficiários de uma comparticipação adicional à estabelecida pelo SNS (exemplos: Serviços de Assistência Médico Sociais SAMS; Serviços Sociais da Caixa Geral de Depósitos CGD). É necessário, nestas situações, fotocopiar a receita e o cartão do subsistema, sendo o documento original enviado ao SNS para faturar e a cópia ao subsistema. A maior parte dos medicamentos dispensados na FH são comparticipados pelo SNS, no entanto, tive oportunidade de contactar com diferentes subsistemas de saúde como: SAMS, CGD, IASFA Instituto de Ação Social das Forças Armadas e CTT Correios, Telégrafos e Telefones. No programa Sifarma há um código para cada entidade, ao qual se dá o nome de plano (exemplo: SNS Regime Geral 01; SNS Regime Especial 48; Protocolo Diabetes Mellitus DS) Medicamentos psicotrópicos e estupefacientes Os medicamentos psicotrópicos e estupefacientes são um grupo de fármacos, cujas substâncias ativas atuam no Sistema Nervoso Central (SNC), podendo causar dependência se não usados corretamente. Para evitar isto, estes medicamentos são sujeitos a uma legislação que regula a sua prescrição, distribuição e dispensa. A entidade que fiscaliza e controla o movimento destes fármacos é o INFARMED 14. Estes medicamentos são dispensados com a apresentação da receita, do cartão de cidadão do utente e do adquirente, sendo preenchidos informaticamente os dados pedidos do utente e do adquirente. Depois de finalizar, é emitido um documento de psicotrópico (em duplicado) que é anexado à cópia da receita (receitas com papel; nas receitas sem papel só se guarda o documento de psicotrópico) e arquivado na farmácia durante três anos 7,15. 9

20 Ana Sofia Quinta A Diretora Técnica Dra. Ana Garrido envia periodicamente, conforme a legislação, uma listagem de entradas e saídas de psicotrópicos ao INFARMED. Durante o estágio, tive oportunidade de contactar com receitas contendo este tipo de fármacos, que dispensei, sempre com a supervisão de um farmacêutico Conferência de receituário e faturação A conferência do receituário e a faturação é de extrema importância para a farmácia, permitindo que esta receba o valor correspondente às comparticipações dos medicamentos dispensados. As receitas são separadas por organismo e agrupadas por lotes de trinta receitas, de acordo com o número de lote, por ordem crescente 15. Depois as receitas são conferidas para verificar se existem inconformidades, pois estas podem levar a devoluções por parte da entidade e consequentemente prejuízos para a farmácia. Para lotes completos, procede-se à emissão do verbete de identificação de lote, que é carimbado, datado e anexado ao lote. Posteriormente, são emitidas as faturas para o reembolso das comparticipações. Os lotes ordenados e respetivos verbetes dos sistemas ou subsistemas do SNS são enviados para a Administração Regional de Saúde (ARS) e os restantes subsistemas são enviados para a Associação Nacional de Farmácias (ANF). O Centro de Conferência de Faturas (CCF) confere o receituário e, quando deteta alguma inconformidade, devolve a receita juntamente com um documento explicativo dos motivos da devolução. Sendo possível, a farmácia corrige o erro e fatura novamente a receita. No estágio, organizei os lotes, separando-os por organismo e agrupando-os por número de lote Medicamentos não sujeitos a receita médica São considerados MNSRM, aqueles que não obedecem a qualquer uma das condições necessárias para serem classificados MSRM. A dispensa destes medicamentos não exige receita médica e não são comparticipados 5. A utilização de MNSRM é uma prática integrante do sistema de saúde, que está limitada a situações clínicas bem definidas e deve efetuar-se de acordo com as especificações estabelecidas para estes medicamentos 16. Na dispensa de MNSRM, o farmacêutico deve analisar a situação clínica do utente e oferecer-lhe um correto e completo aconselhamento. Há situações em que o utente se automedica. Nestas situações, o farmacêutico deve alertar o utente para os perigos que a automedicação pode ter. Ao longo do meu estágio, deparei-me com alguns casos em que os utentes dirigiam-se primeiro à farmácia para resolver rapidamente os seus problemas de saúde, antes de ir ao médico. Para alguns casos aconselhei a toma de MNSRM, mas para outros recomendei a ida ao médico. 10

21 Ana Sofia Quinta 5. Dispensa de outros produtos disponíveis na farmácia Para além dos MSRM e os MNSRM, também existem, nas farmácias, produtos cosméticos, dispositivos médicos, produtos fitoterapêuticos, suplementos alimentares, produtos dietéticos e para alimentação especial, produtos veterinários, ortopédicos, entre outros. O farmacêutico possui formação sobre estes produtos e, portanto, apesar de muitos destes estarem à venda em grandes superfícies, os utentes preferem adquiri-los na farmácia, pois recebem aconselhamento adequado e qualificado. No atendimento, dispensei alguns destes produtos, verificando a preferência do utente em comprá-los na farmácia, uma vez que recebem toda a informação necessária para os utilizar Produtos cosméticos e de higiene corporal Um produto cosmético e de higiene corporal é uma substância ou mistura de substâncias, destinado a ser colocado em contacto com várias partes externas do corpo humano (epiderme, sistemas piloso e capilar, lábios, órgãos genitais externos, unhas, dentes e mucosas bucais), com a finalidade de as limpar, proteger, perfumar, modificar o seu aspeto, manter num estado bom ou corrigir odores corporais 17. Na FH existem várias marcas de laboratórios destes produtos, o que exige um bom conhecimento deles por parte do farmacêutico, para que possa fazer um bom aconselhamento. Estes produtos, na FH, estão organizados por produtos para o cabelo, produtos para os dentes e higiene bucal, produtos de cosmética de rosto e corporais, entre outros, agrupados por marca do laboratório. Durante o meu estágio, recebi uma formação, na farmácia, sobre alguns produtos da Bioderma, pela delegada de informação médica deste laboratório. Esta formação reforçou o meu conhecimento sobre esses produtos Medicamentos e produtos homeopáticos Um medicamento homeopático é um medicamento obtido a partir de substâncias denominadas stocks ou matérias-primas homeopáticas, de acordo com um processo de fabrico descrito na farmacopeia europeia ou, na sua falta, em farmacopeia utilizada de modo oficial num Estado membro, e que pode conter vários princípios 5. Na FH, a procura por estes medicamentos é pouca Produtos dietéticos e produtos para alimentação especial Os produtos destinados a uma alimentação especial são aqueles que, devido à sua composição especial ou a processos especiais de fabrico, se distinguem claramente dos alimentos de consumo corrente, mostrando-se adequados às necessidades nutricionais especiais de determinadas categorias de pessoas 18. Esta classe de produtos é destinada a pessoas com perturbações do sistema digestivo ou do metabolismo, a pessoas com uma condição fisiológica especial e a latentes ou crianças jovens que necessitam. 11

22 Ana Sofia Quinta As fórmulas para latentes são os únicos géneros alimentícios transformados que satisfazem integralmente as necessidades nutritivas dos latentes durante os primeiros meses de vida, até à introdução de uma alimentação complementar adequada 19. Na FH, os produtos mais dispensados, deste género, são os leites e farinhas para latentes e suplementos nutricionais para idosos ou doentes Suplementos alimentares São suplementos alimentares, os produtos constituídos por nutrientes como vitaminas, fibras, minerais, ácidos gordos, aminoácidos, etc., de forma individual ou em associação. Estes podem ser utilizados para o reforço capilar, ajuda na memória e concentração, fortalecimento de ossos e articulações, manutenção do peso, na gravidez, etc.. No decorrer do estágio, dispensei vários suplementos alimentares, tendo o cuidado de saber para que se destinavam e para quem, de forma a aconselhar o mais indicado Produtos fitoterapêuticos Um produto fitoterapêutico é qualquer medicamento que tenha exclusivamente como substâncias ativas uma ou mais substâncias derivadas de plantas, uma ou mais preparações à base de plantas ou uma ou mais substâncias derivadas de plantas em associação com uma ou mais preparações à base de plantas 5. Este pode-se apresentar na forma de chás, ampolas e comprimidos. O utente muitas vezes considera este tipo de produtos inofensivos, uma vez que são naturais. Mas é importante o farmacêutico informar o utente dos efeitos adversos, das interações e contraindicações, que poderão ter. Na FH, os produtos fitoterapêuticos mais procurados são os destinados para o sono, para a disfunção hepática, para as infeções urinárias, para o emagrecimento e para a obstipação Medicamentos de uso veterinário É considerado medicamento de uso veterinário toda a substância, ou associação de substâncias, apresentada como possuindo propriedades curativas ou preventivas de doenças em animais ou dos seus sintomas, ou que possa ser utilizada ou administrada no animal com vista a estabelecer um diagnóstico médico-veterinário ou, exercendo uma ação farmacológica, imunológica ou metabólica, a restaurar, corrigir ou modificar funções fisiológicas 20. Segundo o Decreto-Lei nº314/2009, de 28 de outubro, só podem ser dispensados medicamentos veterinários sujeitos a receita médico-veterinária e medicamentos veterinários preparados extemporaneamente (preparação medicamentosa, magistral ou oficinal) perante a apresentação de uma receita médico-veterinária 21. Os medicamentos de uso veterinário mais dispensados na FH são os desparasitantes internos e externos. 12

23 Ana Sofia Quinta 5.7. Dispositivos médicos Um dispositivo médico é qualquer instrumento, aparelho, equipamento, software, material ou artigo utilizado isoladamente ou em combinação, incluindo o software destinado pelo seu fabricante a ser utilizado especificamente para fins de diagnóstico ou terapêuticos e que seja necessário para o bom funcionamento do dispositivo médico, cujo principal efeito pretendido no corpo humano não seja alcançado por meios farmacológicos, imunológicos ou metabólicos, embora a sua função possa ser apoiada por esses meios, destinado pelo fabricante a ser utilizado em seres humanos para fins de: diagnóstico, prevenção, controlo, tratamento ou atenuação de uma doença; diagnóstico, controlo, tratamento, atenuação ou compensação de uma lesão ou de uma deficiência; estudo, substituição ou alteração da anatomia ou de um processo fisiológico; controlo da conceção 22. Os dispositivos médicos mais dispensados na FH são: seringas, ligaduras, material de penso, testes de gravidez, termómetros, entre outros. Na dispensa destes dispositivos, preocupava-me sempre em explicar o seu funcionamento. 6. Medicamentos manipulados Um medicamento manipulado é qualquer fórmula magistral ou preparado oficinal, preparado e dispensado sob a responsabilidade de um farmacêutico. Estes medicamentos, quando preparados a partir de indicações de uma farmacopeia ou de um formulário oficial são considerados preparados oficinais, quando realizados segundo uma receita médica e especifica para um utente são considerados fórmulas magistrais 23. A preparação de medicamentos manipulados numa farmácia deve seguir as boas práticas de preparação, que incidem no pessoal, na documentação, nas instalações e equipamentos, nas matérias-primas, na manipulação, nos materiais de embalagem, na rotulagem e no controlo de qualidade 23. Isto para assegurar a segurança, a qualidade e eficácia do medicamento. Na FH, a preparação de manipulados é pouco comum. Durante o estágio não tive oportunidade de preparar nenhum, mas explicaram-me como se deve proceder para preparar um manipulado (documentação, fichas de preparação e legislação). 7. Outros serviços prestados pela farmácia A FH disponibiliza vários serviços, como a determinação de parâmetros fisiológicos e bioquímicos, a administração de medicamentos e vacinas não incluídas no Plano Nacional de Vacinas (PNV), o serviço de nutrição e audiometria, a recolha de medicamentos e radiografias e, diversas temáticas realizadas por profissionais de saúde que se deslocam à farmácia em dias predefinidos Determinação de parâmetros fisiológicos e bioquímicos As determinações efetuadas na FH são: pressão arterial, peso, altura, IMC, glicemia capilar, colesterol total, triglicerídeos e ácido úrico. 13

24 Ana Sofia Quinta A pressão arterial é medida no aparelho Intelli Sense da Omron, a glicemia é avaliada no aparelho Verio Pro da OneTouch, com sangue capilar e, o colesterol total, os triglicerídeos e o ácido úrico são determinados no aparelho Reflotron Plus da Roche com sangue capilar. Em relação ao peso e altura, estes são medidos no aparelho max21 da DINA, que também calcula o IMC. Durante o estágio tive oportunidade de fazer a medição de todos estes parâmetros, sempre com o cuidado de registar os valores dos mesmos num cartão que acompanhava o utente e de o informar à cerca deles e de alguns cuidados que deveria ter quando os valores estavam fora dos valores de referência. Caso os valores ultrapassassem muito os valores de referência, comunicava a situação à Diretora Técnica, Dra. Ana, ou às Farmacêuticas Substitutas. Tive oportunidade de assistir a uma situação em que o utente tinha a pressão arterial sistólica a 200 mmhg, pelo que só saiu da farmácia com ordem do seu médico de família que o seguiu posteriormente Administração de medicamentos e vacinas não incluídas no Plano Nacional de Vacinas As vacinas não incluídas no PNV podem ser administradas numa farmácia, por farmacêuticos com formação de administração de injetáveis. A FH possui farmacêuticos habilitados que administram injetáveis quando requisitado pelos utentes. O que foi muito solicitado pelos utentes, no período do meu estágio, foi a administração da vacina contra a gripe. Para isto a FH possui uma sala com todo o material e condições necessárias para este serviço Recolha de medicamentos e radiografias A VALORMED é uma sociedade gestora do sistema integrado de recolha de embalagens vazias e medicamentos fora de uso, sem fins lucrativos. Esta sociedade é uma associação entre farmácias, distribuidores grossistas e indústria farmacêutica, que tem como objetivo a recolha segura e tratamento adequado dos medicamentos fora de uso 24. Os utentes entregam os medicamentos fora de uso na farmácia, que depois são depositados num contentor de cartão próprio e identificado. Este quando completo, é selado, pesado e recolhido por um distribuidor grossista que o encaminha para tratamento. Também é preenchida uma ficha de identificação com o nome da farmácia, o número da ANF, a massa do contentor e rúbrica do profissional que fecha o contentor. Durante o estágio assisti, auxiliando, ao fecho do contentor VALORMED e envio deste para o distribuidor grossista. A FH também recolhe radiografias para a Campanha de Reciclagem de Radiografias que é realizada anualmente pela Assistência Médica Internacional (AMI). Cada tonelada de radiografias origina cerca de 10 Kg de prata. Esta é vendida e o dinheiro reverte a favor da AMI a fim de ser usado nas suas ações humanitárias

25 Ana Sofia Quinta 8. Farmacovigilância Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a farmacovigilância consiste na identificação, avaliação, monitorização, compreensão e prevenção de reações adversas dos medicamentos e outros produtos de saúde, baseando-se em informação fornecida pelos utentes e profissionais de saúde. O objetivo é assegurar a segurança e qualidade do medicamento 26. Se o farmacêutico suspeitar de reações adversas relacionadas com a toma de algum medicamento, deve notifica-las, preenchendo um formulário próprio, que depois é enviado para o Sistema Nacional de Farmacovigilância do INFARMED para analisar a situação. 9. Formações A formação contínua é importante para a atualização de conhecimentos do farmacêutico. Durante o estágio participei nas seguintes formações: 28 de setembro de 2016 Formação da Theralab: Intervenção Farmacêutica no Âmbito da Saúde Cognitiva Estratégias de Atuação com Fitoterapia e Suplementos Alimentares, em Viana do Castelo (anexo 1). 26 de outubro de 2016 Formação da Gedeon Richter Farmácia e o Aconselhamento à Mulher em Atendimento com o tema Infeções vaginais, na Póvoa de Varzim (anexo 1). 7 de novembro de 2016 Formação sobre os produtos Rhinomer e Vibrocil, na FH. 11 de novembro de 2016 Formação da Bioderma sobre os seus produtos cosméticos, na FH. 23 de novembro de 2016 Formação sobre Antigripine, no Porto. 20 de janeiro de 2017 Formação sobre os testes da Clearblue (teste de ovulação e testes de gravidez), na FH. 10. Cronograma das atividades realizadas Tabela 2 Cronograma das atividades desenvolvidas no estágio Atividade Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Conferência, receção e armazenamento de encomendas Observação e aprendizagem do atendimento Aprendizagem do sistema informático Sifarma

26 Ana Sofia Quinta Tabela 2 Cronograma das atividades desenvolvidas no estágio (continuação) Atividade Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Conferência de receituário Controlo dos prazos de validade Atendimento ao público Medição da pressão arterial e parâmetros bioquímicos Marcação de preços e reposição 11. Conclusão A realização deste estágio permitiu-me desenvolver novas competências, conhecer o funcionamento de uma farmácia comunitária, aprender a comunicar com os utentes e como fazer o aconselhamento o mais correto possível. Este estágio foi fundamental, uma vez que me preparou para o mundo profissional em farmácia comunitária. 16

27 Ana Sofia Quinta PARTE II Apresentação dos temas desenvolvidos na Farmácia Higiénica 1. Saúde da Gestante 1.1. Enquadramento A Gravidez é um momento muito harmonioso. A existência de um ser a crescer dentro de uma mulher desencadeia alegria, dúvidas, receios e inseguranças. A Gravidez, o parto e o pósparto são fases com muitas mudanças e sacrifícios físicos e/ou mentais para a gestante, sendo especiais para a adaptação entre ela e o seu filho. Na FH existe uma área infantil que dispõe produtos para a gestante e para o bebé, o que atrai as grávidas e mães com bebés. Seria mais enriquecedor a FH oferecer informação à gestante sobre a sua saúde durante a gravidez, ou seja, algo interessante e não muito massudo, tornando esta área ainda mais apelativa. Daí surgiu a ideia de realizar um Guia e Agenda para oferecer às gestantes Objetivos Orientar a gestante em relação aos cuidados que deve ter durante a gravidez; Advertir a grávida para alguns sintomas e alterações físicas e/ou mentais que terá ao longo da gestação; Informar a gestante à cerca do parto, do nascimento e do pós-parto; Ajudar a grávida a encarar os seus receios da melhor forma possível; Ser um manual que acompanhe a grávida, permitindo-lhe registar a evolução da sua gestação Método Como já referido anteriormente, para este tema, elaborei um Guia e Agenda intitulado A Gravidez e o Bebé (Anexo 2), que se encontra na FH para ser fornecido às gestantes, utentes da FH. Nesse Guia e Agenda, a primeira parte é dedicada à Gravidez, com informações sobre esta fase e espaços para que a grávida registe com frases e fotografias todos os momentos da sua gravidez Cuidados a ter na gravidez Cuidados pré-natais vigilância médica Para uma gravidez saudável e para o bom desenvolvimento do bebé, os cuidados pré-natais são importantes 27,28,29. A gestante deve consultar um médico logo que saiba que está grávida 27. O serviço nacional de saúde garante o acompanhamento médico durante a gravidez 28. É fundamental a grávida seguir as indicações do obstetra e fazer todos os exames prescritos, pois se as complicações forem detetadas a tempo podem ser solucionadas 27,28. 17

28 Ana Sofia Quinta A Primeira consulta deve realizar-se entre a 6ª e a 12ª semana 1. Nessa consulta será entregue à gestante o Boletim de Saúde da Grávida documento importante que a deve acompanhar ao longo da sua gravidez. Este documento contém dados como: grupo sanguíneo, peso, aumento de peso e todas as informações importantes do ponto de vista clínico 28. Nesta consulta é feito o acolhimento da futura mãe e do futuro pai, o levantamento da história clínica, a confirmação da gestação e tomam-se as medidas para que a gravidez corra bem 27,30. É nesta consulta que a gestante deve fornecer ao médico o máximo de informações (se fuma, se bebe bebidas alcoólicas, etc), para que ele possa elaborar um relatório clínico rigoroso 27. Os exames efetuados na primeira consulta são: exame ginecológico; audição do foco (coração) do bebé; medição da tensão arterial, do peso e da altura; o médico prescreverá a primeira ecografia e uma série de exames (que serão repetidos no segundo e terceiro trimestre) 27,31. Até à 28ª semana a gestante deverá ir ao médico regularmente (de mês a mês) 27,30. Da 28ª à 36ª semana poderá ter que ir ao médico de 2 em 2 semanas 27,32. Após a 36ª semana terá que ir todas as semanas até ao parto, com o objetivo de preparar os pais para o parto e pósparto 27,30. Nestas consultas é avaliado o estado nutricional e o ganho do peso da grávida, a pressão arterial é controlada, é feita a auscultação dos batimentos cardíacos do bebé e são avaliados os movimentos fetais 30,33. Estas consultas são importantes para verificar se a gravidez está a correr bem, sem complicações para a gestante e para o bebé, e também para clarificar todas as dúvidas que lhe possam surgir à grávida 27,30. As análises de rotina que poderão ser feitas nos 3 trimestres são: 1º trimestre: análises de avaliação do estado geral (hemograma, glicemia em jejum, função renal); determinação do grupo sanguíneo; análises imunológicas (rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus, hepatite C, hepatite B, vírus da imunodeficiência humana HIV, sífilis) 28,30. 2º trimestre: análises de avaliação do estado geral; prova de tolerância à glicose oral (PTGO) rastreio de diabetes gestacional; análises imunológicas (toxoplasmose e sífilis) 28,30. 3º trimestre: análises de avaliação do estado geral; análises imunológicas (sífilis, toxoplasmose, serologias para hepatite C, hepatite B, HIV 1 e 2); provas de coagulação; exsudado vaginal para avaliar a colonização pelo streptococos β (esta bactéria quando presente, pode infetar o bebé no parto) 28,30. São 3 as ecografias que a grávida terá de realizar: 1ª ecografia das semanas: avalia a translucência da nuca. Permite datar a gravidez, avaliar os riscos de Trissomia 21, diagnosticar uma gravidez de gémeos e algumas anomalias fetais 27,30,34. 2ª ecografia das semanas: pesquisa de anomalias/normalidade fetal. Conhecida como ecografia morfológica, onde o feto é observado com grande detalhe (cérebro, face, coluna, coração, estômago, intestinos, rins e membros do bebé). Também nesta ecografia pode ser detetado o sexo do bebé 27,30. 18

29 Ana Sofia Quinta 3ª ecografia das semanas: avalia o bem-estar e o crescimento fetal. Verifica o volume de líquido amniótico, deteta patologias e a posição da placenta e, avalia a posição do bebé 27,30. Normalmente a gestante efetua 2 rastreios: Rastreio do 1º trimestre realizado entre a 11ª e a 13ª semana. É importante para calcular o risco do bebé ser portador de Trissomia Rastreio do 2º trimestre realizado entre a 14ª e a 22ª semana. É efetuado quando o rastreio de 1º trimestre não foi realizado, sendo a eficácia inferior à do 1º trimestre 27. Alimentação A alimentação na gravidez é importante para melhorar ou manter a saúde da gestante, proporcionar um desenvolvimento fetal normal e criar condições para o parto 27,30. Para isto a alimentação deve ser adequada. Ela também é importante para a saúde ao longo da vida do filho 35. A grávida deve praticar uma alimentação saudável: variada, equilibrada e completa, seguindo os princípios da roda dos alimentos 27,30,34,36. Na gravidez, as necessidades de energia e nutrientes aumentam, dependendo do trimestre em que a gestante se encontra. Mas isto não significa que ela deva comer por dois 27,37. As recomendações nutricionais e alimentares devem adaptar-se a cada mulher, uma vez que são diferentes 38. A gestante deve: Fazer 6 a 7 refeições por dia (3 refeições principais e 3 pequenos lanches) 30,40 ; Evitar estar mais de 3 horas sem comer 30,33 ; Cozinhar bem os alimentos e lavar bem aqueles que come crus 30,34 ; Beber cerca de 2,3 L de água ( 10 copos) por dia. A água desempenha um papel fundamental durante a gravidez, pois transporta nutrientes para o bebé, ajuda na prevenção de obstipação, de hemorroidas e infeções urinárias 30,31,34. É importante salientar que a água está presente nos alimentos, nuns em maior quantidade (sopas, saladas e frutas) e noutros em menor. Portanto, a ingestão de alimentos ricos em água também é importante 41 ; Reduzir o sal e alimentos temperados 30. Em alternativa pode usar ervas aromáticas para temperar 39 ; Consumir carnes magras, frutas, verduras, legumes, cereais integrais, leite e seus derivados 31,33 ; Moderar o consumo de massas, doces, gorduras e fritos 31,33 ; Segundos os estudos, os bebés, nas primeiras refeições sólidas, aceitam melhor os alimentos que as mães ingeriram durante a gravidez 42. Os nutrientes com muita importância na gravidez são: ácido fólico, ferro, ácidos gordos essenciais e fibra alimentar 27,33. O ácido fólico está presente em frutos, hortícolas, cereais integrais (pão integral, arroz e massa integrais) e leguminosas (feijão, ervilhas, grão de bico e 19

30 Ana Sofia Quinta favas), podendo ser auxiliado pela toma de suplementos. É essencial desde as primeiras semanas da gravidez para a redução do risco de desenvolvimento de deficiência no tubo neural do feto, uma vez que é importante para o desenvolvimento do cérebro, espinal medula e coluna vertebral do bebé 27,28,40,43,44. O ferro é um nutriente importante para o metabolismo energético e crescimento do bebé. Os alimentos ricos em ferro são os de origem animal (carne, peixe e vísceras), as leguminosas (soja, feijão e grão de bico) e vegetais folhosos verde-escuro (brócolos, couve galega e alface). Há necessidade de suplementação. É importante para evitar o desenvolvimento de anemia e diminuir o risco de baixo peso do bebé ao nascimento, prematuridade, mortalidade perinatal e perturbações na formação e organização neuronal 27,29,33,43. O iodo também é importante para a estrutura da sua tiroide, para o desenvolvimento cerebral e crescimento ósseo do seu feto. As fontes de iodo são: leguminosas, pescado, hortícolas e leite e derivados. É aconselhável a toma de suplementos de iodo durante a gravidez e no período de aleitamento 28,34,45,46. A gestante deverá procurar um nutricionista para receber orientações a respeito da melhor alimentação durante esta fase. Exercício físico A gestante só deve ficar em repouso se o médico recomendar 27. O exercício físico deve ser adaptado, modificado e realizado de forma responsável 27,28. É importante avaliar qual a melhor atividade para cada momento da gravidez, as necessidades, os objetivos e capacidades da grávida 27. Algumas adaptações dos exercícios são necessárias para que a gestante não sofra complicações provocadas pelo esforço 27. O exercício físico alivia os sintomas comuns da gravidez, proporciona a redução do stress e irritabilidade, aumenta as horas de sono, reduz a obstipação, previne a diabetes gestacional, a hipertensão e problemas circulatórios (varizes), promove tonificação muscular, resistência, ganho de peso e melhora a postura, contribuindo para a diminuição de dores musculares e articulares que podem surgir 27,28,30. Um exercício físico adequado ajudará a futura mãe a ter um parto mais fácil, reduzindo o seu tempo e a sensação de dor e proporcionando uma recuperação pós-parto mais rápida 27,30,32. É essencial a integração da gestante numa aula específica, pois os programas de exercícios físicos para grávidas são diferentes dos usados fora da gravidez 27. Exercícios de Core (zona do centro do corpo), abdominais e respiratórios, específicos para a grávida, manterão a parte abdominal forte, ajudando no retorno da barriga no pós-parto 27. Os exercícios mais benéficos para a grávida são: caminhada; hidroginástica ou natação; bicicleta estática; ginástica adequada; pilates e yoga; musculação 27,31. No caso da gestante não praticar exercício físico, deve iniciar só depois das 12 semanas de gestação. Se praticar, deve diminuir a intensidade no 1º trimestre, uma vez que o exercício físico intenso pode alterar a sinalização hormonal responsável pela implantação e manutenção uterina no início da gestação 27,37. 20

31 Ana Sofia Quinta O exercício físico deve ser realizado 3 vezes por semana, pelo menos 30 minutos, evitando ambientes quentes e húmidos 27,37. A gestante deve informar-se com o seu médico sobre o melhor plano de exercícios físicos que deve adquirir durante a sua gravidez Alterações no corpo da mulher grávida Desconfortos criar bem-estar na gravidez No organismo da grávida vão ocorrer alterações necessárias para preparar o seu corpo para a gravidez, a lactação e o parto. Essas alterações provocam desconfortos que são normais e transitórios 28,30 : Náuseas e vómitos: Surgem por volta das 6 semanas e geralmente prolongam-se por 6 a 12 semanas. Estes sintomas estão relacionados com alterações hormonais que existem na gravidez. No caso dos vómitos, poderá ocorrer desidratação, pelo que deve ser comunicado ao médico. A gestante deve evitar estar muito tempo sem comer e consumir alimentos mais secos (bolacha de água e sal, pão, etc.) 30,33,34,47. Azia: A grávida deve evitar fritos e doces, dormir mais elevada para não comprimir o estômago e não se deitar logo após as refeições. Isto ajuda a evitar a azia, que se deve ao facto de os alimentos permanecerem mais tempo no estômago, tornando a digestão mais lenta, e portanto, acumulação de suco gástrico e consequentemente irritação da mucosa. Tal porque o útero comprime o estômago 28,30,34. Sensibilidade mamária: É normal a gestante sentir no mamilo prurido, hipersensibilidade e descamação da pele. Neste caso a gestante deve hidratar toda a região do peito com um creme hidratante ou com um creme gordo ou com um anti estrias e, usar um sutiã adequado, pois garante um melhor suporte 28,30,32. Frequência urinária: As hormonas maternas e da placenta, e o aumento do volume plasmático provocam aumento da frequência urinária na gravidez. Também existe compressão da bexiga provocada pelo aumento do útero 30,32,33. Dores de costas: Conforme a barriga cresce, as curvas naturais da coluna aumentam, podendo haver dores de costas. O exercício físico (natação, hidroginástica e caminhadas) será uma ajuda, pois reforça os músculos da coluna 28,30. Pernas inchadas: Durante a gravidez a grávida poderá sentir as pernas inchadas e poderão aparecer varizes, devido à diminuição de circulação sanguínea. A grávida deve evitar estar sentada muito tempo; não cruzar as pernas; elevar os pés; fazer exercício; usar collants de contenção; terminar o duche com água fria nas pernas 28,30. Prisão de ventre: Os movimentos peristálticos dos intestinos tornam-se mais lentos durante a gravidez, originando obstipação. Beber bastante água e Ingerir alimentos ricos em fibras (exemplo: flocos de aveia) ajuda na diminuição de prisão de ventre 28,47. Os sintomas que a gestante vai sentindo durante a sua gravidez devem ser comunicados ao seu médico, para esclarecer se se trata de um inofensivo efeito secundário da gravidez ou de uma condição clínica que necessite de tratamento 28,30. 21

32 Ana Sofia Quinta A pele da gestante alterações e cuidados Durante a gravidez há mudanças endócrinas, metabólicas, vasculares e psicológicas, podendo tornar a gestante suscetível a alterações cutâneas 30 : Pele pigmentada A pigmentação (pele mais escura) ocorre em mais de 90% das gestantes e é mais evidente nas mulheres morenas 30. Pele da face Em cerca de 70% das gestantes, por volta da segunda metade da gravidez, aparece o melasma (manchas escuras) e há um aumento da pigmentação das efélides (sardas). Isto pode ser evitado com uma correta proteção solar 30. Estrias Aparecem em 90% das gestantes durante o 6º/7º mês da gestação, desencadeadas por fatores hormonais e físicos (distensão e aumento do peso da mãe e do feto). A grávida deve aplicar cremes hidratantes com massagem, uma a duas vezes por dia, para melhorar a distensibilidade cutânea 28,30. Pele das pernas Devido ao aumento de pressão venosa das veias pélvicas e femorais, poderá haver um aumento de varicosidades. Elevar os membros inferiores e usar meias compressivas ajuda Controlar o peso durante a gestação Ao longo da gravidez o aumento de peso deve ser regular. Ele pode influenciar a saúde da mãe e do bebé. Por isso deve ser controlado 28,30. De salientar que é natural haver aumento de peso durante a gravidez. Isto devido à formação da placenta, crescimento do bebé, líquido amniótico, volume do útero e do sangue, tecido mamário e gordura de reserva 48. O aumento de peso é mais acentuado no último trimestre (3º) da gravidez 28. O cálculo do aumento de peso durante a gravidez depende do IMC antes de engravidar 29,30. O aumento de peso mais adequado será informado pelo médico à gestante 30. No final da gestação não deve haver perda de peso 29. O ganho de peso excessivo pode levar ao desenvolvimento de diabetes e a hipertensão, e ao aumento do risco de atraso do crescimento intrauterino do bebé e morte perinatal 29,35. Para que a grávida controle o seu peso deve fazer uma alimentação saudável e exercício físico 30. Também deve ter bastante atenção ao seu aumento de peso, uma vez que é um fator que está associado a complicações no parto e ao comprometimento da saúde do bebé 27. Apesar de o controlo de peso estar integrado na rotina das consultas pré-natais, para evitar oscilações súbitas, a gestante deve medir o seu peso em casa e calcular o IMC 30, Postura correta na gravidez É fundamental a gestante adotar uma boa postura durante a gravidez, pois ela necessita de manter as suas funções e tarefas do dia a dia, mas o seu corpo está mais vulnerável. Algumas estratégias são: descansar ou relaxar, quando se sentir cansada e tensa; praticar exercício físico; controlar o peso; usar um colchão confortável e almofadas adequadas; evitar tensão na coluna; usar calçado baixo (mas não raso) e confortável; fazer relaxamento diariamente 30,31. 22

33 Ana Sofia Quinta Uma boa postura previne problemas musculoesqueléticos e faculta uma capacidade respiratória aumentada, contribuindo para o bem-estar da gravida e do bebé 30. A gestante deve fazer uma avaliação postural junto de um fisioterapeuta para melhorar a sua postura Saúde oral da gestante Durante a gravidez há uma acidificação da cavidade oral, podendo comprometer as estruturas dentárias. Por isso é essencial reforçar os cuidados de higiene oral 30,33. Com a higiene oral a gestante previne infeções da cavidade oral 30. Microrganismos provenientes de doenças infeciosas, como a cárie dentária, podem infetar o bebé. Daí a importância da higiene oral 29,30. A gestante deve consultar o dentista quando verificar alguma alteração na sua cavidade oral A grávida e as substâncias nocivas A grávida deve reduzir o consumo de substâncias nocivas: drogas, cigarros, álcool, alguns medicamentos e excesso de cafeína (presente no café e coca-cola, por exemplo) 37,40,49. Geralmente, as mulheres só param de consumir estas substâncias quando já sabem que estão grávidas, mas o importante seria ser antes, uma vez que as primeiras semanas de gestação são as mais importantes para o desenvolvimento do bebé e estas substâncias poderão prejudicar esse desenvolvimento 31,37. O consumo de tabaco pode causar um parto prematuro e uma perda acentuada do peso do bebé, podendo este, mais tarde, durante a sua vida, desenvolver doenças respiratórias Cálculo da data provável do parto A contagem da gestação é feita em semanas e não em meses, obtendo-se uma data mais precisa para estimar o dia do parto 28,40. A gravidez tem uma duração, em média, de 280 dias, ou seja, 40 semanas 31,32. A Data Provável do Parto (DPP) é o último dia da 40ª semana contado a partir do 1º dia da sua última menstruação. O bebé nascerá, mais provavelmente, em trono desse dia 28,31. Este cálculo foi criado pelo obstetra alemão Franz Karl Naegele, na primeira metade do século XIX, e até hoje a fórmula (ou regra) de Naegele é usada pelos médicos para definir a DPP 37. A fórmula é simples 37 : Data da Última Menstruação (DUM) + 1 ano 3 meses + 7 dias = DPP Primeiro trimestre (1ª 12ª semana) A 1ª semana de gravidez inicia no 1º dia da última menstruação, quando ainda não há ovo ou zigoto 27,28. A mulher suspeita ou descobre que está grávida por volta da 4ª semana de gravidez devido aos sintomas que surgem (menstruação atrasada, fadiga, seios doridos, cansaço, alterações 23

34 Ana Sofia Quinta do estado emocional, vontade frequente de urinar, enjoos matinais, etc.). Nesta altura o embrião tem 2 semanas de idade, e portanto, o óvulo libertado pelo ovário já foi fecundado na trompa de Falópio pelo espermatozoide, formando-se um zigoto. Isto acontece na 2ª semana 27,28,29,30,32,33. Neste Trimestre a gestante poderá ter oscilações de humor sem motivo. Isto porque esta é uma fase caracterizada por preocupações e dúvidas sobre a sua capacidade de ser mãe e ao mesmo tempo por lidar com as mudanças que vão ocorrer na sua rotina 29. A mulher, para ter a certeza de que está grávida, pode realizar o teste imunológico da gravidez, que é efetuado na urina. Este teste existe à venda em farmácias, mas também pode ser realizado num laboratório de análises clínicas e, consiste na medição da presença da gonadotrofina coriónica humana (HCG) 32. Entre a 4ª e a 7ª semana é que a gestante começa a sentir a gravidez pelo aparecimento de sintomas, anteriormente referidos. Isto mais perto da 7ª semana 27,28,30. É entre a 8ª e a 9ª semana poderá surgir acne e aumento de oleosidade na pele. Estes desaparecerão quando os níveis hormonais baixarem, ou seja, no final do trimestre ou depois do parto. Também entre estas semanas há um aumento dos seios 27,28. No período da 10ª à 12ª semana, os principais sintomas de desconforto começam a desaparecer gradualmente. Também já não há tanto risco de aborto espontâneo. Os seios estão cada mais volumosos e a cintura começa a perder as formas 27,28, Segundo trimestre (13ª 26ª semana) No 2º trimestre a gestante poderá sentir-se melhor em relação ao 1º Trimestre, uma vez que os desconfortos sentidos no início da gravidez normalmente desaparecem. Mas também porque é um período em que ela poderá ficar a conhecer o sexo do bebé e escolher o seu nome 27,29,32,33. É uma fase em que a barriga começa a notar-se, e portanto, as roupas começam a não servir 27,32,33. Há também um aumento do apetite 27. A pele pode começar a secar, havendo um aumento da probabilidade de aparecimento de estrias, principalmente nos seios, coxas, abdómen e ancas. Não há forma de prevenir totalmente o seu aparecimento, mas como referido anteriormente, o uso de um creme hidratante pode ajudar. Também é importante beber muita água e fazer uma alimentação saudável 27,34. As veias dos seios estão mais visíveis, pois estão mais dilatadas e as aréolas dos mamilos estão maiores e mais escuras 27,29. A vagina da gestante torna-se mais vascularizada com provável aumento de secreção entre a 12ª e a 16ª semana. É também entre estas semanas que a gestante começa a sentir as contrações de Braxton Hicks (contrações moderadas que são uma preparação do útero para o trabalho de parto) 29,34. Entre a 16ª e a 17ª semana ela poderá começar a sentir os movimentos do feto. No entanto são sensações muito ténues, podendo serem confundidas com gases intestinais 27,28. É entre a 19ª e a 23ª semana que a gestante começa a revelar uma barriga bem visível, uma vez que o volume do seu útero já está por cima do seu umbigo. Também poderão sair gotas de leite do peito 27,28. Desde a 20ª semana o útero sobe cerca de 1 cm por semana, 24

35 Ana Sofia Quinta empurrando os pulmões para cima e a barriga para a frente. Isto pode contribuir para que o umbigo fique notório. Também se pode formar uma linha escura entre o umbigo e os pelos púbicos, que desaparecerá depois do parto 27,29,30. A grávida poderá começar a engordar entre 300 a 400 gramas por semana, a partir da 23ª semana Terceiro trimestre (27ª 40ª semana) Esta é uma fase de entusiasmo, mental e físico, mas muito exigente, pois a gestante preparase para o parto. Poderá sentir-se bem ou sofrer de fadiga, visto que são as últimas semanas de gravidez 32,33. Estas últimas semanas são importantes para o feto amadurecer os pulmões, mas ele já conseguiria viver no mundo exterior, com cuidados médicos 27. O feto, neste trimestre, cresce mais rapidamente em relação aos trimestres anteriores. Este crescimento acelerado aumenta as necessidades nutricionais do feto, pois ele acumula gordura para ter energia após o nascimento 27,28,29. A gestante poderá sentir uma leve sensação de endurecimento do útero, por instantes 33. Do peito dela poderá sair um líquido amarelado, o colostro, que serve de alimento ao bebé nos primeiros dias de vida 29,33. Neste trimestre, a gestante poderá aumentar muito de peso, uma vez que o feto engorda e a placenta e o líquido amniótico pesam cada vez mais. Ela também poderá sentir o feto a descer, oferecendo-lhe alívio a nível respiratório 27,28. Apesar do feto ainda ter muito espaço para se mover, a gestante já consegue sentir os movimentos dele com facilidade. Isto começa por volta das 28 semanas 27,29. No intervalo da 28ª à 32ª semana, devido ao aumento do útero, os órgãos digestivos são comprimidos, dificultando a digestão da grávida. Também neste período ela poderá sentir prisão de ventre e azia 29,34. Entre a 31ª e a 36ª semana o peso da gestante pode tornar-se desconfortável, aumentando a probabilidade de aparecerem ou agravarem-se as varizes e as pernas podem inchar 27,34. Da 37ª semana à 40ª semana o sono dela poderá ficar mais leve devido ao movimento do feto e/ou devido à vontade de urinar. As contrações de Braxton Hicks intensificam-se conforme o útero se prepara para o parto. Neste período a gestante deverá descansar o máximo possível, preparando-se para o parto, pois o sinal de alerta poderá chegar a qualquer instante 27, Parto, nascimento e pós-parto Preparação da gestante para o parto A melhor forma da gestante se preparar para o parto será com a participação em aulas de preparação pré-parto. Estas aulas devem ser frequentadas nas últimas 8 semanas da gravidez 27,32. Elas são oferecidas em Hospitais, Centros de Saúde ou Clínicas particulares 30. O objetivo destas aulas é melhorar as perspetivas da gestante em relação ao parto e diminuir a ansiedade e a sensibilidade dolorosa, para que o parto seja agradável. Também preparam-na para o período pós-parto 28,30. 25

36 Ana Sofia Quinta A gestante nestas aulas passa a conhecer: os mecanismos fisiológicos do parto; como descontrair os músculos do corpo, para tornar as dores suportáveis; os tipos de respiração adequados para as diferentes fases do parto; como exercitar os músculos do pavimento pélvico, para facilitar o parto; os cuidados que deve prestar ao recém-nascido; as rotinas e procedimentos hospitalares; os analgésicos; a amamentação e o estado emocional 27,28,32. Fármacos e métodos não farmacológicos que podem ser usados no parto A intensidade da dor difere de mulher para mulher e de parto para parto na mesma mulher. Por isso existem algumas técnicas que diminuem a dor e ajudam o trabalho de parto. É importante para a gestante saber como é que os medicamentos analgésicos atuam e em que consistem os métodos naturais, para optar pelo seu uso 28,30,32. Fármacos: Epidural É um tipo de anestesia que elimina as dores do parto, não afetando a consciência da gestante, nem a mobilidade. É colocado um cateter na zona inferior das costas, ou seja, na coluna vertebral lombar, que permite a administração de doses controladas de anestésicos. Provoca uma sensação dormente da cintura para baixo, pois os nervos são bloqueados 27,28,30,32 ; Substâncias administradas via endovenosa Concedem um efeito analgésico e relaxante, idêntico ao da epidural, mas com tempo de duração inferior. Algumas podem ser administradas em doses repetidas 30 ; Sedativos Normalmente são administrados por injeção 32 ; Entonox É uma mistura (óxido nitroso e oxigénio) que é inalada, podendo a quantidade ser regulada pela gestante 32. Métodos não farmacológicos: TENS (Estimulação Nervosa Elétrica Transcutânea) É um aparelho portátil e manual que bloqueia as mensagens de dor que são enviadas ao cérebro 32 ; Água Ajuda a acelerar as contrações e é um tranquilizante. A gestante pode tomar banho de imersão ou chuveiro 28,32 ; Relaxamento A dor pode ser aliviada por: massagens, hipnose, aromaterapia e acupuntura 30,32 ; Técnicas de respiração Ajudam na concentração e no relaxamento durante as contrações 32. A cesariana deve ser efetuada só em casos de necessidade quando a dilatação é insuficiente; quando os batimentos cardíacos do feto diminuem; quando o feto não deu a volta, etc.. Consiste numa cirurgia abdominal com anestesia geral ou epidural 28,33. Fases do parto A entrada em trabalho de parto é um momento emocionante para a gestante. Ao fim de 40 semanas de gestação, o bebé está pronto para nascer

37 Ana Sofia Quinta É importante a gestante saber identificar em que momento deve ir para a maternidade. Recomenda-se, numa gravidez normal, ir para o hospital quando estiver em trabalho de parto 30,33. Existem um conjunto de sinais e sintomas que indicam à gestante que entrou em trabalho de parto 27,30,32 : Perda do rolhão mucoso, que isola o colo do útero, pela vagina. É um muco espesso e pegajoso que se acumula durante a gravidez; Rutura espontânea das membranas, conhecida como rebentamento da bolsa de águas. A gestante sentirá um líquido quente, claro e de odor característico a fluir pelas pernas que não consegue conter como com a urina; Contrações fortes, de 15 em 15 minutos, com duração de cerca de 1 minuto. Estas contrações são dolorosas, tipo cólica menstrual. Na maternidade, a grávida, é submetida a um conjunto de exames, para se saber em que fase do trabalho de parto se encontra 27,33. O nascimento do bebé consiste em 3 fases: 1ª fase É a fase mais longa do parto. Começa com as contrações uterinas e acaba quando o útero tem cerca de 10 cm de dilatação. As contrações são mais fortes e frequentes, com intervalos de 2 a 4 minutos e com duração de 60 a 90 segundos 27,28. 2ª fase Começa com a dilatação do colo do útero e termina com o nascimento do bebé. Pode demorar 1 hora. É nesta fase que a grávida terá de fazer força e respirar como que a ofegar para expulsar o bebé. O bebé depois de sair será entregue à mamã, mas antes o cordão umbilical é grampeado e cortado 27,32. 3ª fase Consiste na expulsão da placenta e das membranas, após o nascimento do bebé. Nesta fase o útero continua, sem dor, a ter contrações para a expulsão da placenta e membranas. Acontece logo a seguir ao nascimento do bebé ou 30 a 40 minutos depois 27,30. Consultas ginecológicas pós-parto A primeira consulta ginecológica, depois do parto, será realizada antes da mãe sair da maternidade 27. A consulta de revisão do parto deverá efetuar-se entre a 4ª e a 6ª semana depois do parto. Isto se o parto foi normal e sem complicações. No caso de ter sido cesariana, a consulta será entre o 10º e o 15º dia após a cirurgia. Esta consulta é importante para detetar problemas (por exemplo: lesões no útero ou períneo) 27,40. As consultas seguintes são decididas pelo ginecologista 27. As primeiras horas do bebé Como já referido, após o nascimento, o bebé é entregue à mãe. Com esse primeiro contacto, o bebé recebe da mãe o seu calor e segurança de que precisa, identificando os seus batimentos cardíacos, o seu cheiro e a sua voz. Portanto, é aqui que se estabelece uma 27

38 Ana Sofia Quinta relação entre a mãe e o bebé única e emocional, à qual se chama vínculo, que se fortalecerá gradualmente 27,28,33. O primeiro exame médico do bebé O bebé é submetido a um exame chamado Índice de Apgar. É um diagnóstico efetuado pelo médico no 1º minuto de vida e no 5º minuto. Com este exame consegue-se saber o estado de saúde geral do bebé, principalmente em relação à capacidade de reagir aos estímulos. Este exame analisa 5 parâmetros: a cor da pele, a resposta reflexa, o tónus muscular, a capacidade respiratória e a frequência cardíaca 27,28,33. Puerpério Entre as 4 e 6 semanas após o parto, o corpo da mamã passa por novas transformações (físicas e psíquicas). Este período tem o nome de puerpério 27,30. Durante a gestação o corpo da gestante sofre alterações. Depois do nascimento do seu bebé, ele necessita de tempo para recuperar e voltar a ter as mesmas características que tinha antes. Para isto é importante que a mãe pratique uma alimentação saudável, utilize uma posição correta na realização das atividades diárias e faça exercício físico 27,28,30. Neste período a mamã terá de se dedicar ao seu bebé. Na maternidade ela irá receber ajudas e conselhos à cerca de como deve cuidar da higiene do seu bebé, que técnicas deve usar para amamentar e outros cuidados 27,30. Também nesta fase, a mãe deve descansar, fazendo períodos de sono e repouso quando o bebé dorme 33,40. Nos 3 primeiros meses após o parto, ela deve evitar fazer esforços violentos 40. A partir dos 3 meses após o parto, deverá começar a ter cuidados com a alimentação, fazendo uma alimentação saudável, equilibrada e variada. Isto para perder o peso que ganhou durante a gravidez 34. Alguns problemas que a amamentação causa na mãe e o tratamento Ingurgitamento endurecimento do peito, devido à subida do leite, provocando dores. A mãe deve utilizar um sutiã próprio e colocar compressas geladas sobre o seio, massajando 40,50. Fissuras mamilares aparecem devido à sucção e posição do bebé incorretas. Corrigir a posição do bebé e secar bem os mamilos poderá ajudar 27,30. Mastite inflamação do peito. A mãe deve retirar o excesso de leite e aplicar compressas húmidas e mornas entre cada mamada 27, Conclusão As grávidas que até então já receberam o Guia e Agenda ficam deslumbradas com o manual e referem ser um bom instrumento para as acompanhar ao longo da sua gestação. A área da FH dedicada à grávida ficou mais enriquecida. 28

39 Ana Sofia Quinta 2. Saúde do Bebé 2.1. Enquadramento Depois do bebé nascer, a maior preocupação da mamã será tratar dele, pois precisa de cuidados (alimentação, higiene, etc.) e muita atenção. Durante o 1º ano, o bebé sofre um crescimento rápido, tornando-se autónomo e demonstrando de dia para dia capacidades novas, exigindo respostas diferentes por parte da mãe. Como evidenciado anteriormente, na FH existe uma área infantil, que se tornaria mais atrativa se a FH oferece-se informação à gestante sobre o seu bebé, principalmente durante o primeiro ano de vida, uma vez que é um período de habituação com o seu bebé. Então decidiu-se incluir no Guia e Agenda uma parte dedicada ao bebé até um ano de vida Objetivos Informar a mamã em relação aos cuidados que deve ter com o seu bebé; Advertir a mamã para alguns comportamentos que o bebé poderá ter; Ser um manual que acompanhe a mãe, até o bebé completar um ano de vida, permitindo-lhe registar a evolução do seu bebé nesse período; Recordar, futuramente, esse momento Método Este tema foi desenvolvido na segunda parte do Guia e Agenda A Gravidez e o Bebé (Anexo 2), onde constam cuidados que a mãe deverá ter com o seu bebé, informações sobre os comportamentos dele e dicas para lidar com eles e, espaços para registar com frases e fotografias o crescimento do bebé até um ano de vida O recém-nascido Desde o nascimento até ao 28º dia de vida, o bebé é considerado recém-nascido. Este, nos primeiros dias de vida, passa por inúmeras transformações, quer físicas, quer comportamentais. Despois de 40 semanas de proteção na barriga da mamã, o bebé depara-se com um ambiente desconhecido, e portanto, necessita de se adaptar ao novo meio 27. Ele consegue ver imagens a cm, reconhecendo a mãe algumas horas após o parto, durante a amamentação 32. Para se criar ligação entre o bebé e a mamã é necessário que ela o embale, lhe faça miminhos e fale com ele, nas horas seguintes ao parto O teste do pezinho Entre o 3º e 6º dia de vida do bebé, é realizado o diagnóstico precoce, chamado teste do pezinho. Este consiste na colheita de sangue do calcanhar do pé do bebé para rastrear a presença de algumas doenças, como fenilcetonuria e hipotiroidismo congénito. Estas doenças 29

40 Ana Sofia Quinta causam alterações graves, mas detetadas cedo e tratadas, contribui para que o desenvolvimento do bebé seja normal Comportamentos Sono Os recém-nascidos passam praticamente o dia inteiro a dormir, mas não estão sempre em sono profundo. Os estádios de sono vão alternando com os estádios de vigília 27,50. Normalmente os sonos são de 3 ou 4 horas por dia, dormindo cerca de 18 horas e, não distinguem o dia da noite 27. Para o bebé o sono é uma necessidade básica tão importante como comer e beber 27,50. Conforme o bebé vai crescendo, a necessidade de dormir é menor 40. O recém-nascido deverá dormir no quarto dos pais, para estar vigiado. Depois dos 6 meses poderá passar para o quarto próprio para se habituar a dormir sozinho, vencendo a ansiedade da separação 27,50. A posição aconselhável para dormir é de barriga para cima, com elevação na cabeceira, dispensando a almofada 27,50. Com 1 mês, o bebé fica acordado entre 8 a 10 horas, com 4 ou 5 intervalos. Poderá ser mais difícil de adormecer o bebé a partir dos 9 meses, uma vez que ele já adquiriu novas capacidades e quer praticá-las, querendo estar acordado e em vez de dormir, fica agitado. Para tentar adormecer o bebé, a mamã pode embalá-lo ou colocar uma música suave 27. Normalmente, com 10 meses, o bebé dorme a noite toda, com 3 intervalos de vigília durante o dia, alternados com sonos profundos 27,50. Aos 12 meses, só precisa de 2 sonos por dia (um de manhã e outro à noite). A partir dos 3 anos, os padrões de sono da criança aproximam-se dos padrões dos adultos, precisando, ainda de uma sesta 27. Choro A única forma que os bebés têm para comunicar é através do choro. Portanto, o choro do bebé nem sempre significa que ele está em sofrimento 27. Nas primeiras semanas, o bebé assusta-se com facilidade, chorando. No início, os pais podem não conseguir distinguir os choros do bebé. Despois com o tempo poderão ter mais facilidade em reconhecer porque razão o bebé chora 27. Alguns dos motivos pelos quais os bebés choram são: a fome; o sono; o desconforto; a falta do contacto com a mãe; a falta de atenção; a presença de estranhos; o impedimento de fazer o que quer 27,50. Espirros e soluços Os recém-nascidos são muito sensíveis aos odores fortes, e por isso, espirram muito. Os espirros são bons para ajudar a limpar as fossas nasais, ou seja, para evitar que as poeiras cheguem aos pulmões

41 Ana Sofia Quinta Os soluços são muito comuns, normais e benéficos. Eles devem-se ao fortalecimento dos músculos da respiração. Surgem quando o bebé tem a barriga cheia ou sente frio 27,29. Cólicas É até aos 3 meses que o bebé poderá apresentar cólicas. Isto está relacionado com a imaturidade dos movimentos peristálticos e da flora intestinal 40,50. São mais frequentes ao fim do dia ou início da noite 40. O bebé quando tem cólicas chora descontrolado. Este choro pode durar horas. Também fica irrequieto. Deve-se colocar o bebé a arrotar, massajar a barriga com movimentos circulares, colocar o bebé de barriga para baixo, no colo e/ou fazer flexões com as pernas sobre o abdómen 29, Cuidados Os cuidados são importantes para a saúde e bem-estar do bebé e fortalecem os laços afetivos 27. Banho O dar banho ao bebé é um momento de divertimento, cumplicidade e alegria 27. Deve-se dar banho ao bebé nos instantes com maior disponibilidade. Pode-se escolher a altura do dia, podendo ser de manhã (entre a primeira e a segunda mamada), preparando o bebé para o dia, ou ao início da noite (antes da última mamada), relaxando o bebé para o sono 27,40. É importante manter sempre a mesma hora, pois os bebés gostam de rotina 27. Alguns especialistas consideram que o banho deve ser diário, mas outros referem que basta ser de 2 a 3 vezes por semana, quando é recém-nascido 27. Neste deve-se lavar o rosto com frequência e em cada muda de fralda deve-se limpar cuidadosamente a zona dos genitais 27,50. O banho deve ser dado antes da mamada e nunca depois 27. Preparação para o banho: preparar com antecedência tudo o que vai ser necessário (fraldas, toalha, produtos de higiene, hidratantes, etc.) para dar banho ao bebé 27,29 ; medir a temperatura do ambiente, que deve estar por volta dos 22 ºC e verificar se não há correntes de ar 27,40 ; a água na banheira não deve passar 7 cm (mais ou menos 4 dedos) de altura e a temperatura deve estar compreendida entre 35 e 37ºC usar um termómetro de banho 27,40 ; o bebé não deve sentir frio nem muito calor 27. Coto umbilical Como referido anteriormente, após o cordão umbilical ser laqueado é cortado, ficando o coto umbilical. Este poderá cair durante a primeira semana de vida do bebé 27. O importante é manter o coto umbilical limpo, para evitar infeções e facilitar a queda. Deve-se usar a água do banho para o lavar e no final secar muito bem com uma compressa esterilizada 27,40. 31

42 Ana Sofia Quinta A fralda deve ficar abaixo do coto umbilical (existem fraldas adequadas) e a roupa a vestir deve ser larga 27. Unhas Não é aconselhável cortar a unhas ao bebé nos primeiros 5 dias. Mas se o bebé nascer com unhas compridas ou quando elas estiverem grandes porque cresceram, deve-se limar suavemente com lima de cartão sem cortar, pois o bebé pode arranhar-se 27,50. A partir dos 5 dias, já se pode cortar as unhas com um corta-unhas específico de bebé. O melhor é depois do banho, pois estão mais moles 27,40. Fraldas Os bebés urinam cerca de 20 vezes por dia, o que exige várias mudas de fraldas 27. Muda de fralda: depois de se abrir a fralda suja, deve-se esperar um pouco, pois quando os bebés sentem frio podem urinar; limpar da frente para trás, de modo que fezes sejam arrastadas para a fralda; secar as dobras das pernas para não se criarem assaduras; colocar um creme protetor de pele; no caso de assaduras (pele vermelha e inchada) deve-se usar um creme com óxido de zinco e comunicar ao médico 27,40,50. Dentes O nascimento dos dentes provoca dores e incómodo no bebé. Isto contribui para que ele acorde várias vezes durante a noite ou tenha um sono agitado. Aliviará as dores, as argolas de dentição que se colocam no frigorífico, pois o frio diminui a inflamação e dor, ou um analgésico quando as dores forem muito fortes (com aconselhamento do pediatra) 50. Deve-se iniciar uma higiene oral ao bebé logo que apareçam os primeiros dentes 40. Para isso aconselha-se: usar uma escova com cores vivas para se tornar atraente para o bebé; lavar os dentes do bebé de manhã e à noite, criando rotina; sentar o bebé no colo, inclinar a cabeça dele para trás e escovar os dentes com movimentos suaves; substituir a escova de 6 em 6 semanas 27. À noite não se deve colocar mel na chupeta nem dar biberão sem limpar depois os dentes, pois o bebé ficará com açúcar nos dentes a noite toda, o que é prejudicial no desenvolvimento da dentição. Isto também se aplica no caso do bebé estar a tomar xarope 50. Vacinas O meio mais seguro e eficaz de proteção do bebé contra certas doenças (como difteria, tosse convulsiva, meningite, rubéola, tétano, poliomielite, tuberculose, papeira, sarampo, hepatite B), é a vacinação 27,50. Portugal tem um programa de vacinação (Programa Nacional de Vacinação) que começa logo após o nascimento 27,50. 32

43 Ana Sofia Quinta 2.8. Alimentação A alimentação do bebé é muito importante, não só pela necessidade nutricional, mas também porque permite ao bebé ter uma perceção do mundo e da vida, uma vez que o seu comportamento e rotina se regula pela satisfação do alimento 27,51. O bebé chora e acorda quando tem fome. Fica ansioso quando se aproxima o alimento e fica satisfeito quando come, podendo dormir porque está saciado 27. Necessidades Durante o primeiro ano de vida o bebé tem um crescimento muito rápido. Devido a isto, ele necessita de uma boa dieta alimentar em termos nutricionais 27. O seu primeiro alimento é o leite materno que é rico em proteínas, sais minerais, gorduras, hidratos de carbono e vitaminas 27,30. Quando não é possível amamentar, recorre-se a fórmulas infantis próprias para a idade do bebé 52. O aleitamento é considerado misto, quando o bebé recebe leite materno e uma fórmula infantil e, é considerado parcial se juntamente com o leite materno, o bebé tiver alimentação complementar 53. Aleitamento O melhor alimento para o bebé é o leite materno, uma vez que é um alimento completo e natural, contribuindo para que ele depois seja uma criança forte 27,30. O primeiro leite é o colostro, com cor amarelada, importante para proteger o bebé nos primeiros dias de vida, pois contribui para o fortalecimento do sistema imunitário, uma vez que é rico em elementos anti-infeciosos. Também contém fatores de crescimento que estimulam o intestino imaturo do bebé a desenvolver-se e é laxativo, auxiliando a eliminação de mecónio 29,33,50. Vantagens do aleitamento materno: Fortalecimento do sistema imunitário do bebé, aumentando as suas defesas e, diminuindo o aparecimento de doenças (infeções, alergias, asma), visto que do leite materno recebe anticorpos, enzimas, glóbulos brancos e outros fatores imunológicos 27,29,30,50. Diminuição do risco de aparecimento de leucemias ou linfomas 54. Menor tendência para sofrer de obesidade na infância e adolescência 27,30. Diminuição do desenvolvimento de Diabetes Mellitus tipo 1 e Melhor saúde dentária, pois é importante para o desenvolvimento da cavidade oral 29,30. Bom desenvolvimento mental e emocional do bebé 27,30. Para a mãe amamentar é vantajoso pois: é prático, uma vez que não precisa de preparar biberões; ajuda na criação do vínculo afetivo com o bebé; é muito económico; ajuda o útero a regressar a seu tamanho normal rapidamente; diminui a ocorrência de depressão pós-parto; reduz a incidência de cancro da mama e ovário no futuro 29,30,33,50. 33

44 Ana Sofia Quinta Frequência e duração das mamadas: O tempo da mamada poderá ser de 10 a 20 minutos em cada seio. Isto porque o bebé extrai quase o leite todo neste intervalo de tempo. Este tempo varia de bebé para bebé, de mãe para mãe e de mamada para mamada 27,30. O bebé extrai mais leite no primeiro seio a mamar, pelo que pode demonstrar-se satisfeito com apenas um seio. Se isto acontecer, na mamada seguinte, a mãe deve dar o outro seio. No caso de o bebé ter amamentado nos dois seios, na próxima mamada deve iniciar no seio onde terminou 27,30. Nos primeiros dois dias, o bebé poderá querer mamar de hora a hora. Depois poderá diminuir para de 2 em 2 horas, até ao 4º dia. No final do 1º mês já poderá estar a mamar de 3 em 3 horas. A frequência com que o bebé vai querer mamar, nos dias seguintes, vai diminuindo 27. Diversificação alimentar O ideal, segundo a OMS, é que o aleitamento materno dure pelo menos até aos 6 meses de idade. Isto se o bebé tiver aumento ponderal adequado. É importante que o aleitamento materno esteja presente ao longo da diversificação alimentar 27,30,34,55,56. A introdução de outros alimentos poderá ser feita entre os 4 e os 6 meses de vida. Aos 6 meses para bebés que mamem e aos 4 meses para bebés que se alimentam de fórmulas infantis 27,52. A partir dos 6 meses o bebé está preparado (desenvolvido e maturo) para receber outro tipo de alimentos, que não o leite 50,57. A diversificação alimentar não se deve iniciar cedo, ou seja, só deve ser iniciada quando o bebé começar a destabilizar o seu peso, a sentir-se insatisfeito com o leite ou a mostrar interesse pelo que os adultos comem 27,51,57. A introdução dos alimentos deve ser gradual, devendo se intercalar com a amamentação 27,34. O bebé também deverá beber água várias vezes ao dia 50,57. A diversificação alimentar, normalmente, inicia-se com papas de cereais, que podem ser não lácteas (são preparadas com leite materno ou fórmula infantil) ou lácteas (são preparadas com água). É importante começar com papas sem glúten, para não agravar, caso exista, a doença celíaca, que é uma doença do intestino delgado, tornando-o intolerante ao glúten 27. Depois dos 6 meses, o bebé já pode comer papa com glúten e sopa às refeições 27. A sopa, inicialmente, deve ser fluida e confecionada com batata, cenoura e/ou abobora. Gradualmente, pode-se ir aumentando a consistência até se tornar um puré. Posteriormente (3 a 4 dias), podese introduzir as verduras e mais legumes, fazendo intervalos de uma semana entre a introdução de cada legume, para testar a reação do bebé. Não se deve colocar sal, pois pode contribuir, nesta fase, para um aumento da tensão arterial 27,34,57. Após os legumes pode-se dar ao bebé fruta (uma semana depois da 1ª sopa), que deve ser, inicialmente, maçã, pera e banana (bem relada). Aos 7 meses já se pode dar citrinos 27,34. A carne deverá ser introduzida gradualmente, iniciando pelo caldo de carne, aos 5 meses, para o bebé se habituar ao gosto. 34

45 Ana Sofia Quinta Uma semana depois pode-se dar carne magra (frango, peru, etc.) triturada, misturada com puré de legumes 27,34,58. Por volta dos 7 meses, pode-se introduzir o peixe, que deve ser magro, como a pescada, linguado, robalo, etc. 27,34. A partir dos 8 meses pode-se adicionar à dieta do bebé o iogurte 59. Após os 9 meses, o bebé poderá comer gema de ovos cozida, juntamente com puré de legumes, massa, arroz, ervilha e feijão. Só a partir dos 12 meses é que pode-se ao bebé o ovo inteiro 27,58, Desenvolvimento Físico No primeiro ano de vida o bebé cresce a um ritmo estonteante 27. A evolução deve ser constante e gradual 27. A ajuda mais importante, para vigiar o desenvolvimento do bebé, será a do pediatra. Ele poderá detetar problemas, caso existam 27. Motor O bebé inicia a exploração do seu próprio corpo, levando os dedos da mão à boca 27. Depois dos 3 meses o bebé começa a controlar os músculos do seu corpo, obtendo maior coordenação e capacidade de manipulação, pois está mais desenvolvido fisicamente. Depois, o bebé começa a controlar o tronco e a cabeça, o que faz com que ele se consiga endireitar. Entre os 5 e 8 meses começa a sentar-se e a gatinhar e, por volta dos 10 meses, começa a pôr-se de pé e a dar os primeiros passos 27,50. Cognitivo Os pais são os principais estimuladores da aprendizagem do bebé. Os mimos, a comunicação e brincadeira com o bebé são importantes para melhorar o desenvolvimento cognitivo dele Conclusão As utentes que já observaram o manual todo, consideram a segunda parte do Guia e Agenda muito relevante, pois para além de as ajudar nesta primeira fase que é uma novidade, também será uma boa recordação para partilhar com o seu filho, quando for maior. Assim melhorou-se área da FH dedicada ao bebé. 3. Importância da medição de pressão arterial e parâmetros bioquímicos na farmácia comunitária 3.1. Enquadramento Através da medição da pressão arterial (PA) e dos parâmetros bioquímicos (glicemia, colesterol total, triglicerídeos e ácido úrico), nas farmácias, o farmacêutico pode contribuir para auxiliar na avaliação dos resultados da terapêutica, informando o utente da importância da 35

46 Ana Sofia Quinta monotorização, da adesão à terapêutica e da consulta médica regular. Também é essencial que o utente note a melhoria dos valores, quando faz medicação, para uma melhor adesão. A farmácia é um local onde o utente pode detetar precocemente fatores de risco. Portanto, um diagnóstico precoce e tratamento adequado, poderão contribuir para a redução de complicações, evitando o aparecimento da doença. Na FH efetua-se a medição da PA e de parâmetros bioquímicos (glicemia, colesterol total, triglicerídeos e ácido úrico). Para um melhor seguimento e aconselhamento, o farmacêutico, regista os valores num cartão que deve acompanhar o utente. Na FH, os cartões que estavam a ser utilizados, quando iniciei o estágio, eram de uma marca de laboratório e havia poucos. Assim surgiu a necessidade de criar mais. Elaborei, então, um desdobrável para registar esses valores Objetivos Criar um cartão personificado da FH; Ter um suporte para registar os valores; Avaliar o efeito da terapêutica; Oferecer ao utente um cartão com os registos, para que possa mostrar ao seu médico Método Para registo dos valores medidos na FH, elaborei, como já referido, um desdobrável em forma de cartão (Anexo 3). Optei por desdobrável para se poder imprimir em folha A4 e em papel normal, não necessitando de um papel mais grosso. Fiz um com cor roxa (cor da FH) e outro sem cor para imprimir em folhas coloridas. Nesse desdobrável consta o logotipo da farmácia, a morada, os contactos, espaço para colocar o nome do utente e uma tabela para registar os valores com indicação do dia e hora em que foram medidos Pressão arterial A pressão arterial elevada é um fator de risco para o desenvolvimento de doença e morte. Um estudo recente demonstrou que um controlo estrito da pressão arterial, em doentes com risco elevado de eventos cardiovasculares, contribui para diminuição da incidência de doença com valores da pressão arterial sistólica (PAS) inferiores a 120 mmhg relativamente a valores de PAS inferior 140 mmhg 61. A monitorização da PA é importante para diagnosticar precocemente e vigiar doenças cardiovasculares Glicemia A solicitação da avaliação da glicemia é notória, pela importância no diagnóstico, controlo e tratamento de algumas doenças

47 Ana Sofia Quinta A doença que exige uma avaliação regular da glicemia é a Diabetes Mellitus (tipo 1 e 2), no sentido de verificar se a terapêutica e o estilo de vida estão ser eficazes. Daí a importância de educar o doente para controlar os níveis de glicose Colesterol total O colesterol é uma substancia gordurosa e, portanto, não se dissolve no sangue. Ele tem duas origens: endógena é produzido no organismo, principalmente pelo fígado; exógena é adquirido dos alimentos 64. Elevados valores de colesterol (dislipidemia) estão associados ao depósito de gordura na parede das artérias, contribuindo para a formação de placas de ateroma (aterosclerose). Estas diminuem o diâmetro das artérias e provocam lesões na parede delas, diminuindo a sua elasticidade. Assim, a dislipidemia é um fator de risco para doenças cardiovasculares 64. A avaliação do colesterol total permite não só prevenir um evento cardiovascular, mas também monitorizar a terapêutica Triglicerídeos Valores de triglicerídeos elevados no sangue (hipertrigliceridemia), pode ser indicativo de aterosclerose, sendo um fator de risco para doenças cardiovasculares 64. A dislipidemia e a hipertrigliceridemia, estão relacionados com um aumento de gordura no fígado, ao que se chama de esteatose hepática 64. Assim, torna-se importante avaliar os triglicerídeos juntamente com o colesterol total Ácido úrico O ácido úrico é um produto final da oxidação do catabolismo das purinas. Os seus valores elevados (hiperuricemia) estão presentes na doença designada gota (depósito de cristais de urato nas articulações). Para além deste distúrbio metabólico, recentes dados epidemiológicos referem que a hiperuricemia pode ser um fator de risco para doenças cardiovasculares (hiperinsulinemia, dislipidemia e insuficiência renal), síndrome metabólico (obesidade, diabetes Mellitus, hipertensão arterial e dislipidemia) e stresse oxidativo Avaliação do risco cardiovascular A avaliação do risco cardiovascular pode ser efetuada através da tabela SCORE (Systematic Coronary Risk Evaluation). Com ela consegue-se realizar um cálculo tendo em conta o sexo do utente, os valores da pressão arterial sistólica e colesterol total, se é fumador ou não e idade compreendida entre os 40 e 65 anos. Assim estima-se um risco absoluto a 10 anos de doença cardiovascular fatal em populações de baixo risco de doença cardiovascular 66. Com a avaliação do risco cardiovascular, os profissionais de saúde conseguem criar medidas de estilo de vida e prescrever fármacos, com o objetivo de prevenir um evento cardiovascular

48 Ana Sofia Quinta Conclusão A realização deste desdobrável permitiu o registo dos vários valores que os utentes vão medindo regularmente, possibilitando um melhor seguimento e aconselhamento do utente e, em casos de terapêutica, verificar se ela está a fazer o efeito desejado ou se o utente está a aderir a ela. 38

49 Ana Sofia Quinta Bibliografia 1. Ministério da Saúde: Diário da República, 1.ª série - N.º de agosto de 2012, Decreto-Lei n.º 172/2012, de 1 de agosto Regula o horário de funcionamento das farmácias de oficina. Acessível em: [acedido em 19 de outubro de 2016]. 2. Ministério da Saúde: Diário da República, 1.ª série - N.º de Agosto de 2007, Decreto-Lei nº 307/2007, de 31 de agosto Regime jurídico das farmácias de oficina. Acessível em: [acedido em 19 de outubro de 2016]. 3. Análise da Aplicação Informática SIFARMA. Acessível em: [acedido em 25 de outubro de 2016]. 4. Conselho Nacional da Qualidade: Boas Práticas Farmacêuticas para a farmácia comunitária, Ordem dos Farmacêuticos, Revisão n.º3 de Acessível em: [acedido em 1 de novembro de 2016]. 5. Ministério da Saúde: Diário da República, 1ª série N.º de Agosto de 2006, Decreto-Lei nº 176/2006, de 30 de agosto Estabelece o regime jurídico dos medicamentos de uso humano. Acessível em: [acedido em 1 de novembro de 2016]. 6. Ministério da Saúde: Diário da República, 1.ª série - N.º de Junho de 2011, Lei n.º 25/2011, de 16 de junho Estabelece a obrigatoriedade da indicação do preço de venda ao público (PVP) na rotulagem dos medicamentos e procede à quarta alteração ao Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de Agosto, e revoga o artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 106-A/2010, de 1 de Outubro. Acessível em: [acedido em 8 de novembro de 2016]. 7. Ministério da Saúde: Diário da República, 1.ª série - N.º de maio de 2012, Portaria nº 137-A/2012, de 11 de maio Estabelece o regime jurídico a que obedecem as regras de prescrição de medicamentos, os modelos de receita médica e as condições de dispensa de medicamentos, bem como define as obrigações de informação a prestar aos utentes. Acessível em: [acedido em 8 de novembro de 2016]. 8. Ministério da Saúde: Diário da República, 1.ª série - N.º 49-8 de março de 2012, Lei n.º 11/2012, de 8 de março - Estabelece as novas regras de prescrição e dispensa de medicamentos, procedendo à sexta alteração ao regime jurídico dos medicamentos de uso humano, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de agosto, e à segunda alteração à Lei n.º 14/2000, de 8 de agosto. Acessível em: [acedido em 16 de novembro de 2016]. 9. INFARMED: Normas relativas à dispensa de medicamentos e produtos de saúde. Acessível em: 39

50 Ana Sofia Quinta 02-a b3ee-a2983bdfe790. [acedido em 16 de novembro de 2016]. 10. Gabinete do Secretário de Estado da Saúde: Diário da República, 2.ª série - N.º de fevereiro de 2016, Despacho n.º 2935-B/ Estabelece disposições com vista a impulsionar a generalização da receita eletrónica desmaterializada (Receita Sem Papel), no Serviço Nacional de Saúde, criando metas concretas para a sua efetivação. Acessível em: [acedido em 22 de novembro de 2016]. 11. Ministério da Saúde: Diário da República, 1.ª série - N.º de julho de 2015, Portaria nº 224/2015, de 27 de julho Estabelece o regime jurídico a que obedecem as regras de prescrição e dispensa de medicamentos e produtos de saúde e define as obrigações de informação a prestar aos utentes. Acessível em: [acedido em 22 de novembro de 2016]. 12. Ministério da Saúde: Diário da República, 1.ª série - N.º de julho de 2013, Decreto-Lei nº 103/2013, de 26 de julho Aprova o regime geral das comparticipações do Estado no preço dos medicamentos, alterando o processo de aprovação e os prazos de definição dos preços de referência. Acessível em: [acedido em 25 de novembro de 2016]. 13. Ministério da Saúde: Diário da República, 1.ª série - N.º de Maio de 2010, Decreto- Lei nº48-a/2010, de 13 de maio Aprova o regime geral das comparticipações do Estado no preço dos medicamentos. Acessível em: [acedido em 25 de novembro de 2016]. 14. INFARMED: Psicotrópicos e Estupefacientes. Acessível em: A_MAIS_SOBRE/SAIBA_MAIS_ARQUIVO/22_Psicotropicos_Estupefacientes.pdf. [acedido em 25 de novembro de 2016]. 15. Ministério da Saúde: Diário da República, 1.ª série - N.º de Maio de 2011, Portaria nº 193/2011, de 13 de maio Regula o procedimento de pagamento da comparticipação do Estado no preço de venda ao público dos medicamentos dispensados a beneficiários do Serviço Nacional de Saúde que não estejam abrangidos por nenhum subsistema ou que beneficiem de comparticipação em regime de complementaridade. Acessível em: [acedido em 14 de dezembro de 2016]. 16. Ministério da Saúde: Diário da República, 2.ª série - N.º de Agosto de 2007, Despacho nº 17690/2007, de 23 de julho - Lista das situações de automedicação. Acessível em: [acedido em 20 de dezembro de 2016]. 17. Ministério da Saúde: Diário da República, 1.ª série - N.º de Setembro de 2008, Decreto-Lei nº 189/2008, de 24 de setembro Estabelece o regime jurídico dos produtos cosméticos e de higiene corporal. Acessível em: [acedido em 20 de dezembro de 2016]. 40

51 Ana Sofia Quinta 18. Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas: Diário da República, 1.ª série - N.º de Junho de 2010, Decreto-Lei nº 74/2010, de 21 de junho Estabelece o regime geral dos géneros alimentícios destinados a alimentação especial. Acessível em: [acedido em 20 de dezembro de 2016]. 19. Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas: Diário da República, 1.ª série - N.º de Novembro de 2008, Decreto-Lei n.º 217/2008, de 11 de novembro Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2006/141/CE, da Comissão, de 22 de Dezembro, na parte relativa às fórmulas para latentes e fórmulas de transição, estabelece o respectivo regime jurídico e revoga os Decretos-Leis n.os 220/99, de 16 de Junho, 286/2000, de 10 de Novembro, e 138/2004, de 5 de Junho. Acessível em: [acedido em 5 de janeiro de 2017]. 20. Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas: Diário da República, 1.ª série - N.º de Julho de 2008, Decreto-Lei nº 148/2008, de 29 de julho Estabelece o regime jurídico a que obedece a autorização de introdução no mercado e as suas alterações e renovações, o fabrico, a importação, a exportação, a distribuição, a comercialização, a rotulagem e informação, a publicidade, a farmacovigilância, a detenção ou posse e a utilização de medicamentos veterinários. Acessível em: [acedido em 5 de janeiro de 2017]. 21. Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas: Diário da República, 1.ª série - N.º de Outubro de 2009, Decreto-Lei nº314/2009, de 28 de outubro - Estabelece um código comunitário relativo aos medicamentos veterinários. Acessível em: [acedido em 10 de janeiro de 2017]. 22. Ministério da Saúde: Diário da República, 1.ª série - N.º de Junho de 2009, Decreto-Lei nº 145/2009, de 17 de junho Estabelece as regras a que devem obedecer a investigação, o fabrico, a comercialização, a entrada em serviço, a vigilância e a publicidade dos dispositivos médicos e respectivos acessórios. Acessível em: [acedido em 10 de janeiro de 2017]. 23. Ministério da Saúde: Diário da República, 1.ª série B - N.º de Junho de 2004, Portaria nº 594/2004, de 2 de junho Aprova as boas práticas a observar na preparação de medicamentos manipulados em farmácia de oficina e hospitalar. Acessível em: [acedido em 10 de janeiro de 2017]. 24. VALORMED: Quem somos. Acessível em: [acedido em 18 de janeiro de 2017]. 25. Assistência Médica Internacional AMI: Reciclagem de Radiografias. Acessível em: [acedido em 18 de janeiro de 2017]. 26. WHO: Pharmacovigilance. Acessível em: [acedido em 18 de janeiro de 2017]. 41

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55 Ana Sofia Quinta Anexos Anexo 1 Certificados das formações 45

56 Ana Sofia Quinta Anexo 2 Guia e Agenda A Gravidez e o Bebé 46

57 Guia e Agenda A Gravidez e o Bebé Ana Sofia Quinta

58 Este Guia e Agenda pertence a Nome Morada Contacto Os concelhos e dicas deste guia e agenda não substituem os cuidados recomendados no acompanhamento pré e pós-natal pelo seu médico.

59 Dedico este Guia e Agenda a si que vai ser mãe. Que tenha uma ótima gravidez, um parto agradável e uma excelente adaptação ao seu bebé. São momentos únicos e mágicos. Aproveite cada momento. Ana Sofia Quinta

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61 Guia e Agenda A Gravidez e o Bebé Ana Sofia Quinta

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63 Índice A Gravidez º Trimestre: 1ª 12ª semana..18 2º Trimestre: 13ª 26ª semana º Trimestre: 27ª 40ª semana Parto, nascimento e pós-parto..56 O Bebé º Quadrimestre: 1º 4º mês º Quadrimestre: 5º 8º mês º Quadrimestre: 9º 12º mês Contactos úteis 112 Bibliografia.113

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65 Introdução Parabéns! A Gravidez é um momento muito bonito. A existência de um ser a crescer dentro de si desencadeia alegria, dúvidas, receios e inseguranças. Depois do bebé nascer, a sua maior preocupação será tratar dele, que precisa de cuidados (alimentação, higiene, etc.) e muita atenção. Durante o 1º ano, o seu bebé vai sofrer um crescimento rápido, tornando-se autónomo e demonstrando de dia para dia capacidades novas, exigindo respostas diferentes de si. A Gravidez, o parto e o pós-parto são fases com muitas mudanças e sacrifícios físicos e/ou mentais, sendo especiais para a adaptação entre si e o seu filho. Este Guia e Agenda foi criado a pensar na sua gravidez e no 1º ano de vida do seu bebé, informando-a, alertando-a e orientando-a, de forma que possa ter uma Gravidez plena, desfrutando de cada instante do crescimento do seu bebé na sua barriga, encarando os seus receios da melhor forma possível e preparando-se o melhor possível para esta fase tão linda da sua vida. Neste Guia e Agenda poderá fazer registos da evolução da sua Gravidez e do seu Bebé até um ano de vida. Vai encontrar questões para responder, espaços para colocar notas e fotografias, etc.. Ele será um bom amigo durante a sua Gravidez. O Guia e Agenda A Gravidez e o Bebé será uma excelente recordação desta fase que poderá partilhar com o seu filho no futuro.

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67 A Gravidez 1

68 Cuidados Pré-natais vigilância médica Para uma gravidez saudável e para o bom desenvolvimento do bebé, os cuidados pré-natais são importantes 1,2,3. Consulte um médico logo que saiba que está grávida 1. O serviço nacional de saúde garante o acompanhamento médico durante a gravidez 2. É necessário seguir as indicações do obstetra e fazer todos os exames prescritos, pois se as complicações forem detetadas a tempo podem ser solucionadas 1,2. Primeira consulta Entre a 6ª e a 12ª semana deverá ter a primeira consulta 1. Ser-lhe-á entregue o Boletim de Saúde da Grávida documento importante que deve acompanhá-la ao longo da gravidez. Este documento contém dados como: grupo sanguíneo, peso, aumento de peso e todas as informações importantes do ponto de vista clínico 2. Nesta consulta é feito o acolhimento da futura mãe e do futuro pai, o levantamento da história clínica, a confirmação da gestação e tomam-se as medidas para que a sua gravidez corra bem 1,4. É nesta consulta que deve fornecer ao médico o máximo de informações (se fuma, se bebe bebidas alcoólicas, etc), para que ele possa elaborar um relatório clínico rigoroso 1. Exames da primeira consulta: exame ginecológico; audição do foco (coração) do bebé; medição da tensão arterial, do peso e da altura; o médico prescreverá a primeira ecografia e uma série de exames (que serão repetidos no segundo e terceiro trimestre) 1,5. Consultas posteriores Até à 28ª semana deverá ir ao médico regularmente (de mês a mês) 1,4. Da 28ª à 36ª semana poderá ter que ir ao médico de 2 em 2 semanas 1,6. Após a 36ª semana terá que ir todas as semanas até ao parto. Isto para preparar os pais para o parto e pós-parto 1,4. Nestas consultas é avaliado o seu estado nutricional e o seu ganho do peso, a pressão arterial é controlada, é feita a auscultação dos batimentos cardíacos do bebé e são avaliados os movimentos fetais 4,7. Estas consultas são importantes para verificar se a gravidez está a correr bem, sem complicações para si e para o seu bebé, e também para clarificar todas as dúvidas que lhe possam surgir 1,4. 2

69 Análises de rotina 1º trimestre: análises de avaliação do estado geral (hemograma, glicemia em jejum, função renal); determinação do grupo sanguíneo; análises imunológicas (rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus, hepatite C, hepatite B, vírus da imunodeficiência humana HIV, sífilis) 2,4. 2º trimestre: análises de avaliação do estado geral; prova de tolerância à glicose (PTGO) rastreio de diabetes gestacional; análises imunológicas (toxoplasmose e sífilis) 2,4. 3º trimestre: análises de avaliação do estado geral; análises imunológicas (sífilis, toxoplasmose, serologias para hepatite C, hepatite B, HIV 1 e 2); provas de coagulação; exsudado vaginal para avaliar a colonização pelo streptococos β (esta bactéria quando presente, pode infetar o bebé no parto) 2,4. Ecografias 1ª ecografia das semanas: avalia a translucência da nuca. Permite datar a gravidez, avaliar os riscos de Trissomia 21, diagnosticar uma gravidez de gémeos e algumas anomalias fetais 1,4,8. 2ª ecografia das semanas: pesquisa de anomalias/normalidade fetal. Conhecida como ecografia morfológica, onde o feto é observado com grande detalhe (cérebro, face, coluna, coração, estômago, intestinos, rins e membros do bebé). Também nesta ecografia pode ser detetado o sexo do bebé 1,4. 3ª ecografia das semanas: avalia o bem-estar e o crescimento fetal. Verifica o volume de líquido amniótico, deteta patologias e a posição da placenta e, avalia a posição do bebé 1,4. Rastreios Rastreio do 1º trimestre realizado entre a 11ª e a 13ª semana. É importante para calcular o risco do bebé ser portador de Trissomia Rastreio do 2º trimestre realizado entre a 14ª e a 22ª semana. É efetuado quando o rastreio de 1º trimestre não foi realizado, sendo a eficácia inferior à do 1º trimestre 1. 3

70 Consultas e exames (ecografias, análises e rastreios) Data Hora Questões Notas 4

71 Cuidados na gravidez alimentação A alimentação na gravidez é importante para melhorar ou manter a sua saúde, proporcionar um desenvolvimento fetal normal e criar condições para o parto 1,4. Para isto a alimentação deve ser adequada. Ela também é importante para a saúde ao longo da vida do seu filho 9. Deve praticar uma alimentação saudável: variada, equilibrada e completa, seguindo os princípios da roda dos alimentos 1,4,8,10. Na gravidez, as necessidades de energia e nutrientes aumentam, dependendo do trimestre em que se encontra. Mas isto não significa que deve comer por dois 1,11. As recomendações nutricionais e alimentares devem adaptar-se a cada mulher, uma vez que são diferentes 12. Roda dos alimentos 13 Faça 6 a 7 refeições por dia (3 refeições principais e 3 pequenos lanches) 4,14. Evite estar mais de 3 horas sem comer 4,7. Cozinhe bem os alimentos e lave bem aqueles que come crus 4,8. Beba cerca de 2,3 L de água ( 10 copos) por dia. A água desempenha um papel fundamental durante a gravidez, pois transporta nutrientes para o bebé, ajuda na prevenção de obstipação, de hemorroidas e infeções urinárias 4,5,8. É importante salientar que a água está presente nos alimentos, nuns em maior quantidade (sopas, saladas e frutas) e noutros em menor. Portanto, a ingestão de alimentos ricos em água também é importante 15. Reduza o sal e alimentos temperados 4. Em alternativa use ervas aromáticas para temperar 13. Consuma carnes magras, frutas, verduras, legumes, cereais integrais, leite e seus derivados 5,7. Modere o consumo de massas, doces, gorduras e fritos 5,7. Segundos os estudos, os bebés, nas primeiras refeições sólidas, aceitam melhor os alimentos que as mães ingeriram durante a gravidez 16. 5

72 Os nutrientes com muita importância na gravidez são: ácido fólico, ferro, ácidos gordos essenciais e fibra alimentar 1,7. Ácido fólico: presente em frutos, hortícolas, cereais integrais (pão integral, arroz e massa integrais) e leguminosas (feijão, ervilhas, grão de bico e favas), podendo ser auxiliado pela toma de suplementos. É essencial desde as primeiras semanas da gravidez para a redução do risco de desenvolvimento de deficiência no tubo neural do feto, uma vez que é importante para o desenvolvimento do cérebro, espinal medula e coluna vertebral do seu bebé 1,2,14,17,18. Ferro: nutriente importante para o metabolismo energético e crescimento do bebé. Os alimentos ricos em ferro são os de origem animal (carne, peixe e vísceras), as leguminosas (soja, feijão e grão de bico) e vegetais folhosos verde-escuro (brócolos, couve galega e alface). Há necessidade de suplementação. É importante para evitar o desenvolvimento de anemia e diminuir o risco de baixo peso do bebé ao nascimento, prematuridade, mortalidade perinatal e perturbações na formação e organização neuronal 1,3,7,17. O iodo também é importante para a estrutura da sua tiroide, para o desenvolvimento cerebral e crescimento ósseo do seu feto. As fontes de iodo são: leguminosas, pescado, hortícolas e leite e derivados. É aconselhável a toma de suplementos de iodo durante a gravidez e no período de aleitamento 2,8,19,20. Procure um nutricionista para receber orientações a respeito da melhor alimentação durante esta fase. 6

73 O meu menu Pequeno-almoço Lanche da manhã Almoço Lanche da tarde Jantar Ceia (utilize este exemplar para criar vários menus adequados à sua gravidez) 7

74 Cuidados na gravidez exercício físico Só deve ficar em repouso se o médico recomendar 1. O exercício físico deve ser adaptado, modificado e realizado de forma responsável 1,2. É importante avaliar qual a melhor atividade para cada momento da sua gravidez, as suas necessidades, os seus objetivos e capacidades 1. Algumas adaptações dos exercícios são necessárias para que não sofra complicações provocadas pelo esforço 1. O exercício físico alivia os sintomas comuns da gravidez, proporciona a redução do stress e irritabilidade, aumenta as horas de sono, reduz a obstipação, previne a diabetes gestacional, a hipertensão e problemas circulatórios (varizes), promove tonificação muscular, resistência, ganho de peso e melhora a postura, contribuindo para a diminuição de dores musculares e articulares que podem surgir 1,2,4. O exercício físico adequado ajudará a ter um parto mais fácil, reduzindo o seu tempo e a sensação de dor e proporcionando uma recuperação pós-parto mais rápida 1,4,6. É essencial a sua integração numa aula específica, pois os programas de exercícios físicos para grávidas são diferentes dos usados fora da gravidez 1. Exercícios de Core (zona do centro do corpo), abdominais e respiratórios, específicos para a grávida, manterão a parte abdominal forte, ajudando no retorno da barriga no pós-parto 1. Dicas e concelhos Exercícios mais benéficos 1,5 : Caminhada; Hidroginástica ou natação; Bicicleta estática; Ginástica adequada; Pilates e Yoga; Musculação. Caso não pratique exercício físico, inicie só depois das 12 semanas de gestação. Se pratica, diminuía a intensidade no 1º trimestre, uma vez que o exercício físico intenso pode alterar a sinalização hormonal responsável pela implantação e manutenção uterina no início da gestação 1,11. Faça exercício 3 vezes por semana, pelo menos 30 minutos 1,11. Evite ambientes quentes e húmidos 1. 8

75 O meu plano de exercícios físicos (informe-se com o seu médico sobre o melhor plano de exercícios físicos que deve adquirir durante a sua gravidez) 9

76 Desconfortos crie bem-estar na sua gravidez No seu organismo vão ocorrer alterações necessárias para preparar o seu corpo para a gravidez, a lactação e o parto. Essas alterações provocam desconfortos que são normais e transitórios 2,4. Náuseas e vómitos: Surgem por volta das 6 semanas e geralmente prolongam-se por 6 a 12 semanas. Estes sintomas estão relacionados com alterações hormonais que existem na gravidez. No caso dos vómitos, poderá ocorrer desidratação, pelo que deve comunicar essa situação ao seu médico. Evite estar muito tempo sem comer e consuma alimentos mais secos (bolacha de água e sal, pão, etc.) 4,7,8,21. Azia: Evite fritos e doces, durma mais elevada para não comprimir o estômago e não se deite logo após as refeições. Isto ajuda a evitar a azia, que se deve ao facto de os alimentos permanecerem mais tempo no estômago, tornando a digestão mais lenta, e portanto, acumulação de suco gástrico e consequentemente irritação da mucosa. Tal porque o útero comprime o estômago 2,4,8. Sensibilidade mamária: É normal sentir no mamilo prurido, hipersensibilidade e descamação da pele. Hidrate toda a região do peito com um creme hidratante ou com um creme gordo ou com um anti estrias. Use um sutiã adequado, pois garante um melhor suporte 2,4,6. Frequência urinária: As hormonas maternas e da placenta, e o aumento do volume plasmático provocam aumento da frequência urinária na gravidez. Também existe compressão da bexiga provocada pelo aumento do útero 4,6,7. Dores de costas: Conforme a barriga cresce, as curvas naturais da coluna aumentam, podendo haver dores de costas. O exercício físico (natação, hidroginástica e caminhadas) será uma ajuda, pois reforça os músculos da coluna 2,4. Pernas inchadas: Durante a gravidez poderá sentir as pernas inchadas e poderão aparecer varizes, devido à diminuição de circulação sanguínea. Evite estar sentada muito tempo; não cruze as pernas; eleve os pés; faça exercício; use collants de contenção; termine o duche com água fria nas pernas 2,4. Prisão de ventre: Os movimentos peristálticos dos intestinos tornam-se mais lentos durante a gravidez, originando obstipação. Beba bastante água. Ingira alimentos ricos em fibras (exemplo: flocos de aveia) 2,21. 10

77 Os sintomas que vai sentindo na sua gravidez devem ser comunicados ao seu médico, para esclarecer se se trata de um inofensivo efeito secundário da gravidez ou de uma condição clínica que necessite de tratamento 2,4. Aliviar os desconfortos 4,5 Coma várias vezes ao dia. Não permaneça sentada muito tempo. Hidrate a pele da barriga e seios. Se sentir náuseas, coma uma bolacha na cama antes de se levantar. Exercite a memória. Beba água com regularidade. Caminhe com frequência. Não adie as idas à casa de banho. Durma com uma almofada a elevar o peito, caso sinta falta de ar. Faça exercício físico. 11

78 A sua pele alterações e cuidados Durante a gravidez há mudanças endócrinas, metabólicas, vasculares e psicológicas, podendo torná-la suscetível a alterações cutâneas 4. Pele pigmentada A pigmentação (pele mais escura) ocorre em mais de 90% das gestantes e é mais evidente nas mulheres morenas 4. Pele da face Em cerca de 70% das gestantes, por volta da segunda metade da gravidez, aparece o melasma (manchas escuras) e há um aumento da pigmentação das efélides (sardas). Evite isto com uma correta proteção solar 4. Estrias Aparecem em 90% das gestantes durante o 6º/7º mês da gestação, desencadeadas por fatores hormonais e físicos (distensão e aumento do peso da mãe e do feto). Aplique cremes hidratantes com massagem, uma a duas vezes por dia, para melhorar a distensibilidade cutânea 2,4. Pele das pernas Devido ao aumento de pressão venosa das veias pélvicas e femurais, poderá haver um aumento de varicosidades. Eleve os membros inferiores e use meias compressivas 4. 12

79 Controle o seu peso Ao longo da gravidez o aumento de peso deve ser regular. Ele pode influenciar a saúde da mãe e do bebé. Por isso deve ser controlado 2,4. De salientar que é natural haver aumento de peso durante a gravidez. Isto devido à formação da placenta, crescimento do bebé, líquido amniótico, volume do útero e do sangue, tecido mamário e gordura de reserva 22. O aumento de peso é mais acentuado no último trimestre (3º) da gravidez 2. O cálculo do aumento de peso durante a gravidez depende do Índice de Massa Corporal (IMC) antes de engravidar 3,4. O aumento de peso mais adequado no seu caso, ser-lhe-á informado pelo seu médico 4. No final da gestação não deve haver perda de peso 3. O ganho de peso excessivo pode levar ao desenvolvimento de diabetes e a hipertensão em si, e ao aumento do risco de atraso do crescimento intrauterino do seu bebé e morte perinatal 3,9. Faça uma alimentação saudável e exercício físico 4. Tenha bastante atenção ao seu aumento de peso, pois é um fator que está associado a complicações no parto e ao comprometimento da saúde do bebé 1. Apesar de o controlo de peso estar integrado na rotina das consultas pré-natais, para evitar oscilações súbitas, meça o seu peso em casa e calcule o IMC 4,6. Índice de Massa Corporal (IMC): Peso (Kg)/[Altura (m) x Altura (m)] 13

80 Postura correta na gravidez É fundamental adotar uma boa postura durante a gravidez, pois necessita de manter as suas funções e tarefas do dia a dia, mas o seu corpo está mais vulnerável. Algumas estratégias são 4,5 : Quando se sentir cansada e tensa, descanse ou relaxe; Pratique exercício físico; Controle o peso; Use um colchão confortável e almofadas adequadas; Evite tensão na coluna; Use calçado baixo (mas não raso) e confortável; Diariamente faça relaxamento. Benefícios de uma boa postura 4 Previne problemas musculoesqueléticos (dores na coluna e nas articulações). Faculta uma capacidade respiratória aumentada e menor tensão muscular. A variabilidade de movimento contribui para o bem-estar da gravida e do bebé. Faça uma avaliação postural com um fisioterapeuta para melhorar a sua postura 4. 14

81 Saúde oral cuidados que deve ter e porquê Durante a gravidez há uma acidificação da cavidade oral, podendo comprometer as estruturas dentárias. Por isso é essencial reforçar os cuidados de higiene oral 4,7. Com a higiene oral previne infeções da cavidade oral 4. Microrganismos provenientes de doenças infeciosas, como a cárie dentária, podem infetar o bebé. Daí a importância da higiene oral 3,4. Consulte o dentista quando verificar alguma alteração na sua cavidade oral. Substâncias nocivas Reduza o consumo de substâncias nocivas: drogas, cigarros, álcool, alguns medicamentos (informe-se com o seu médico e/ou farmacêutico) e excesso de cafeína (presente no café e cocacola) 11,14,23. Geralmente, as mulheres só param de consumir estas substâncias quando já sabem que estão grávidas, mas o importante seria ser antes, uma vez que as primeiras semanas de gestação são as mais importantes para o desenvolvimento do bebé e estas substâncias poderão prejudicar esse desenvolvimento 5,11. O consumo de tabaco pode causar um parto prematuro e uma perda acentuada do peso do seu bebé, podendo este, mais tarde, durante a sua vida, desenvolver doenças respiratórias 2. 15

82 Cálculo da Data Provável do Parto (DPP) A contagem da gestação é feita em semanas e não em meses, obtendo-se uma data mais precisa para estimar o dia do parto 2,14. A gravidez tem uma duração, em média, de 280 dias, ou seja, 40 semanas 5,6. A Data mais Provável do Parto (DPP) é o último dia da 40ª semana contado a partir do 1º dia da sua última menstruação. O bebé nascerá, mais provavelmente, em trono desse dia 2,5. Este cálculo foi criado pelo obstetra alemão Franz Karl Naegele, na primeira metade do século XIX, e até hoje a fórmula (ou regra) de Naegele é usada pelos médicos para definir a DPP 11. A fórmula é simples 11 : Data da Última Menstruação (DUM) + 1 ano 3 meses + 7 dias = DPP Por exemplo: DUM = 5 de maio de de maio de ano = 5 de maio de meses = 5 de fevereiro de dias = 12 de fevereiro de 2017 (DPP) Faça o cálculo da data provável do seu parto DUM = DPP = 16

83 Anote aqui dicas e conselhos que ouve e acha importante compartilhar com o seu médico para esclarecer 17

84 1º Trimestre: 1ª 12ª semana 18

85 Estou grávida. Como sei? O aparecimento de alguns sintomas poderão ser indicativos de que está grávida, como fadiga, seios doridos, cansaço, alterações do estado emocional, vontade frequente de urinar, enjoos matinais, etc. A menstruação atrasada também é indicativo 2,3,4,6,7. Para ter a certeza de que está grávida realize o teste imunológico da gravidez que é efetuado na urina. Este teste existe à venda em farmácias, mas também pode ser realizado num laboratório de análises clínicas e, consiste na medição da presença da gonadotrofina coriónica humana (HCG) 6. Faça o teste na primeira urina da manhã, pois é mais concentrada 6. Será menino ou menina? Qual a sua preferência? Qual(ais) o(s) nome(s) que gostaria de colocar se for menino? E se for menina? Quando e a quem contar? A revelação de que está grávida é uma escolha sua. Pode aguardar pelas 12 semanas, pois o risco de aborto espontâneo é menor 6. Siga os seus instintos. Se achar que deve contar, faça-o. A quem revelou primeiro? Qual a reação? A quem revelou de seguida? E qual a reação? 19

86 O 1º Trimestre A 1ª semana de gravidez inicia no 1º dia da última menstruação, quando ainda não há ovo ou zigoto 1,2. A mulher suspeita ou descobre que está grávida por volta da 4ª semana de gravidez devido aos sintomas que surgem. Nesta altura o bebé tem 2 semanas de idade, e portanto, o óvulo libertado pelo ovário já foi fecundado na trompa de Falópio pelo espermatozoide, formando-se um zigoto. Isto acontece na 2ª semana 1,2,6,7. Neste Trimestre poderá ter oscilações de humor sem motivo. Isto porque esta é uma fase caracterizada por preocupações e dúvidas sobre a sua capacidade de ser mãe e ao mesmo tempo por lidar com as mudanças que vão ocorrer na sua rotina 3. Entre a 4ª e a 7ª semana começa a sentir a gravidez pelo aparecimento de sintomas, anteriormente referidos. Isto mais perto da 7ª semana 1,2,4. É entre a 8ª e a 9ª semana que poderá ter acne e aumento de oleosidade na pele. Estes desaparecerão quando os níveis hormonais baixarem, ou seja, no final do trimestre ou depois do parto. Também entre estas semanas notará um aumento dos seios 1,2. No período da 10ª à 12ª semana, os principais sintomas de desconforto começam a desaparecer gradualmente. Também já não há tanto risco de aborto espontâneo. Os seios estão cada mais volumosos e a cintura começa a perder as formas 1,2,4. 20

87 Desenvolvimento do seu bebé no 1º Trimestre 3ª semana: Na parede do útero implanta-se o blastocisto (forma-se a partir do zigoto, constituído por várias centenas de células). A partir deste forma-se a placenta e o embrião (será o seu bebé) 2,4,6. 4ª semana: O embrião desenvolve 3 camadas: camada interna, camada central e camada externa. A camada interna irá originar os pulmões, o fígado, o sistema digestivo e o pâncreas. A camada central transformar-se-á no esqueleto, nos músculos, nos rins, nos vasos sanguíneos e no coração. A camada externa originará o sistema nervoso, os dentes e a pele 4,6. 5ª semana: Apesar do embrião ser muito pequeno, já todos os órgãos estão em desenvolvimento, com destaque para o sistema nervoso central (encéfalo e a medula espinal) 1,6. 6º semana: O embrião parece um girino, pois possui coluna curva. O coração começa a bater e os rins desenvolvem-se 1,2,6. 7ª semana: O embrião parece um feijão. O seu corpo começa a ter forma, desenvolvendo-se os olhos, os ouvidos, o nariz, a boca e a língua. A cabeça tem um tamanho idêntico ao resto do corpo e as futuras pernas e braços começam a formarem-se 1,2,6. 8º semana: Os órgãos do embrião desenvolvem-se, adquirindo as suas formas básicas 6,8. 9ª semana: A forma do corpo começa a parecer mais humana, embora a cabeça ainda seja grande em relação ao corpo 2,6. 10ª semana: Já se vê claramente os braços, as pernas, o nariz e os olhos. Nesta semana o tamanho do embrião já aumentou cerca de 50 vezes o seu tamanho inicial 1,6. 11 ª semana: Já é considerado um feto. Embora não sinta, mas o seu bebé já dá pontapés. Nesta semana o feto cresce rapidamente e aumenta quase o dobro em comprimento 1,2,6. 12ª semana: O bebé está completamente formado 6. Quase todos os órgãos e estruturas vitais do feto estão formados no final do 1º Trimestre 1,8. 21

88 1ª ecografia Qual a sua reação ao ver pela 1ª vez o seu bebé? 22

89 Coloque aqui a sua 1ª ecografia 23

90 1º Mês Que sintomas tem neste mês? E como tem lidado com esses sintomas? Como está fisicamente? Quais as suas emoções? Peso IMC Perímetro abdominal Notas 24

91 Coloque aqui a sua fotografia com 1 mês de gravidez 25

92 2º Mês Que sintomas tem neste mês? E como tem lidado com esses sintomas? Como está fisicamente? Quais as suas emoções? Peso IMC Perímetro abdominal Notas 26

93 Coloque aqui a sua fotografia com 2 meses de gravidez 27

94 3º Mês Que sintomas tem neste mês? E como tem lidado com esses sintomas? Como está fisicamente? Quais as suas emoções? Peso IMC Perímetro abdominal Notas 28

95 Coloque aqui a sua fotografia com 3 meses de gravidez 29

96 2º Trimestre: 13ª 26ª semana 30

97 O 2º Trimestre Poderá sentir-se melhor em relação ao 1º Trimestre, uma vez que os desconfortos sentidos no início da gravidez normalmente desaparecem. Mas também porque é um período em que poderá ficar a conhecer o sexo do bebé e escolhe o nome 1,3,6,7. A sua barriga começa a notar-se, e portanto, as suas roupas começam a não servir 1,6,7. Há um aumento do apetite 1. A pele pode começar a secar, havendo um aumento da probabilidade de aparecimento de estrias, principalmente nos seios, coxas, abdómen e ancas. Não há forma de prevenir totalmente o seu aparecimento, mas como referido anteriormente, o uso de um creme hidratante pode ajudar. Também é importante beber muita água e fazer uma alimentação saudável 1,8. As veias dos seus seios estão mais visíveis, pois estão mais dilatadas e as aréolas dos seus mamilos estão maiores e mais escuras 1,3. A sua vagina torna-se mais vascularizada com provável aumento de secreção entre a 12ª e a 16ª semana. É também entre estas semanas que começa a sentir as contrações de Braxton Hicks (contrações moderadas que são uma preparação do útero para o trabalho de parto) 3,8. Entre a 16ª e a 17ª semana é que poderá começar a sentir os movimentos do seu bebé. No entanto são sensações muito ténues, podendo ser confundidas com gases intestinais 1,2. É entre a 19ª e a 23ª semana que começa a revelar uma barriga bem visível, uma vez que o volume do seu útero já está por cima do seu umbigo. Poderão sair gotas de leite do seu peito 1,2. Desde a 20ª semana o seu útero sobe cerca de 1 cm por semana, empurrando os pulmões para cima e a barriga para a frente. Isto pode contribuir para que o seu umbigo fique notório. Também se pode formar uma linha escura entre o umbigo e os pelos púbicos, que desaparecerá depois do parto 1,3,4. Poderá começar a engordar entre 300 a 400 gramas por semana, a partir da 23ª semana 1. 31

98 Desenvolvimento do seu bebé no 2º Trimestre 13ª semana: O feto tem o rosto quase formado: os olhos começam a juntarem-se e apesar das orelhas não estarem completamente formadas, o feto tem a perceção de alguns sons através da vibração na pele. Os intestinos deslocam-se do cordão umbilical para a cavidade abdominal. Começam-se a formar as cordas vocais 1,6. 14ª semana: As unhas e as pálpebras desenvolvem-se. Já tem impressões digitais nos dedos. Começa a aprender a movimentar as suas mãos e a respirar. O cabelo começa a crescer 1,3,6. 15ª semana: Começa a crescer por todo o corpo do feto uma pelugem ultrafina e macia (lanugo) que ajuda a regular a temperatura. O feto também começa a exercitar os músculos faciais, fazendo caretas. Nesta semana o feto desenvolve a habilidade de agarrar, podendo chupar no dedo 1,6. 16ª semana: O feto está muito agitado, dando cambalhotas, mas a mãe não consegue sentir, uma vez que o líquido amniótico, onde o feto flutua, amortece os movimentos 6,7. 17ª semana: O feto já tem sobrancelhas e pestanas, mas os olhos continuam fechados 1,6. 18ª semana: As feições humanas ficam completas. Nos meninos já são percetíveis os genitais, mas podem se esconder durante as ecografias, e nas meninas já estão formadas as trompas de Falópio e o útero 1,3. 19ª semana: Forma-se a vérnix caseosa, uma substância branca, espessa e gordurosa, que protege a pele do feto 1,3,6. 20ª semana: Já poderá ser identificado o sexo do bebé na ecografia 1. 21ª semana: Começam a formarem-se as papilas gustativas na língua e o bebé já produz mecónio (primeiras fezes) 1,6. 22ª semana: Se for menino, encontra-se em desenvolvimento os testículos e o primeiro esperma ª semana: O feto consegue ouvir a sua voz, pois a audição está mais apurada 2,6. 24ª semana: O bebé através da inalação de líquido amniótico para os pulmões, exercita a respiração. Ele já conseguiria viver fora do seu corpo, com cuidados médicos adequados 1,6. 25ª semana: Os pulmões estão a desenvolverem-se, produzindo surfactante para que o bebé consiga respirar quando nascer. O cérebro também continua a desenvolver-se 1,7. 26ª semana: O feto apresenta o seu paladar bastante desenvolvido e começa a responder ao som, podendo mover-se com a música 1,6. 32

99 2ª ecografia Nesta ecografia poderá ser visualizado o sexo do bebé 7. Conseguiu saber o sexo do seu bebé? Qual a sua reação? 33

100 Coloque aqui a sua 2ª ecografia 34

101 4º Mês Que sintomas tem neste mês? E como tem lidado com esses sintomas? Como está fisicamente? Quais as suas emoções? Peso IMC Perímetro abdominal Notas 35

102 Coloque aqui a sua fotografia com 4 meses de gravidez 36

103 5º Mês Que sintomas tem neste mês? E como tem lidado com esses sintomas? Como está fisicamente? Quais as suas emoções? Peso IMC Perímetro abdominal Notas 37

104 Coloque aqui a sua fotografia com 5 meses de gravidez 38

105 6º Mês Que sintomas tem neste mês? E como tem lidado com esses sintomas? Como está fisicamente? Quais as suas emoções? Peso IMC Perímetro abdominal Notas 39

106 Coloque aqui a sua fotografia com 6 meses de gravidez 40

107 3º Trimestre: 27ª 40ª semana 41

108 O 3º Trimestre Esta é uma fase de entusiasmo, mental e físico, mas muito exigente, pois prepara-se para o parto 6,7. Poderá sentir-se bem ou sofrer de fadiga, visto que são as últimas semanas de gravidez 6,7. Estas últimas semanas são importantes para o feto amadurecer os pulmões, mas ele já conseguiria viver no mundo exterior, com cuidados médicos 1. O feto está a crescer mais rapidamente em relação aos trimestres anteriores. Este crescimento acelerado aumenta as necessidades nutricionais do feto, pois ele acumula gordura para ter energia após o nascimento 1,2,3. Poderá sentir uma leve sensação de endurecimento do útero, por instantes 7. Do seu peito poderá sair um líquido amarelado, o colostro, que serve de alimento ao seu bebé nos primeiros dias de vida 3,7. Este trimestre é uma fase de ansiedade com o parto. Converse com alguém que lhe possa transmitir confiança e deixá-la tranquila 3,7. Poderá aumentar muito de peso neste trimestre, uma vez que o feto engorda e a placenta e o líquido amniótico pesam cada vez mais. Também poderá sentir o feto a descer, oferecendo-lhe alívio a nível respiratório 1,2. Apesar do bebé ainda ter muito espaço para se mover, já consegue sentir os movimentos do bebé com facilidade. Isto começa por volta das 28 semanas 1,3. No intervalo da 28ª à 32ª semana, devido ao aumento do útero, os órgãos digestivos são comprimidos, dificultando a sua digestão. Também neste período poderá sentir prisão de ventre e azia 3,8. Entre a 31ª e a 36ª semana o seu peso pode tornar-se desconfortável. Aumenta a probabilidade de aparecerem ou agravarem-se as varizes e as pernas podem inchar 1,8. Da 37ª semana à 40ª semana o seu sono poderá ficar mais leve devido ao movimento do feto e/ou devido à vontade de urinar. As contrações de Braxton Hicks intensificam-se conforme o útero se prepara para o parto. Neste período deverá descansar o máximo possível, preparando-se para o parto, pois o sinal de alerta poderá chegar a qualquer instante 1,4. 42

109 Desenvolvimento do seu bebé no 3º Trimestre 27ª semana: Os olhos estão abertos e o sentido da audição está desenvolvido. Está mais sensível ao ambiente, podendo assustar-se com barulhos fortes. O bebé poderá chuchar no dedo, fortalecendo os músculos dos maxilares e da face 1,4,6. 28ª semana: Já consegue abrir e fechar os olhos, tendo períodos em que está a dormir e outros em que está acordado 1,2,4. 29ª semana: O cérebro cresce rapidamente, provocando a expansão dos ossos do crânio 2,6,8. 30ª semana: Começa a desaparecer a lanugem que protege a pele do feto 2,6. 31ª semana: Tem um salto no crescimento. Consegue virar a cabeça, está mais gordinho e o sentido da visão está desenvolvido. Durante esta semana, o sistema digestivo e os pulmões ficam formados 1,7. 32ª semana: O cabelo e as unhas já cresceram. O feto passa a ocupar grande parte da sua barriga, tendo menos espaço para se mover, e por isso, é normal que não o sinta tanto como antes (os movimentos do bebé parecem ondulações e não pontapés) 1,2. 33ª semana: O feto continua a crescer e a engordar. Os ossos estão mais duros, mas o crânio mantem-se flexível, o que permite a passagem da cabeça no canal de parto 1,8. 34ª semana: O bebé começa a adotar a posição de cabeça para baixo, preparando-se para o nascimento 1,6. 35ª semana: O sistema respiratório e os rins estão completamente formados 1,6. 36ª semana: O feto passa a ter movimentos mais fortes, podendo a mãe sentir o contorno de um pé, joelho ou cotovelo sobre o abdómen 3,6. 37ª semana: Todos os sistemas já estão desenvolvidos e o bebé está pronto para viver fora do útero. A cabeça já deverá estar voltada para baixo 1,6. 38ª semana: Os órgãos estão formados e bem posicionados. O feto continua a acumular gordura 1. 39ª semana: O mecónio acumula-se no intestino do feto e constituirá a primeira defecação 6. 40ª semana: O bebé está pronto para nascer 6. 43

110 Coloque aqui a sua 3ª ecografia 44

111 7º Mês Que sintomas tem neste mês? E como tem lidado com esses sintomas? Como está fisicamente? Quais as suas emoções? Peso IMC Perímetro abdominal Notas 45

112 Coloque aqui a sua fotografia com 7 meses de gravidez 46

113 8º Mês Que sintomas tem neste mês? E como tem lidado com esses sintomas? Como está fisicamente? Quais as suas emoções? Peso IMC Perímetro abdominal Notas 47

114 Coloque aqui a sua fotografia com 8 meses de gravidez 48

115 9º Mês Que sintomas tem neste mês? E como tem lidado com esses sintomas? Como está fisicamente? Quais as suas emoções? Peso IMC Perímetro abdominal Notas 49

116 Coloque aqui a sua fotografia com 9 meses de gravidez 50

117 Compras para o seu bebé As compras de alguns produtos para o seu bebé são importantes que sejam realizadas com antecedência. Este é um momento entusiasmante 1,6. Alguns artigos, poderá adquirir de amigos e familiares que têm filhos mais velhos, e também, de prendas que estes lhe oferecerão. Não é preciso exagerar, pois nem tudo é essencial. Aqui tem uma lista de produtos essenciais, que irá precisar quando o bebé nascer 1,4,6. Carrinho de passeio; Roupa de bebé; Berço ou caminha; Colchão, lençóis e mantinhas; Muda-fraldas; Saco de mudas; Cadeira para o automóvel; Banheira; Toalhas; Produtos de limpeza; Toalhitas macias; Fraldas descartáveis; Fraldas de pano; Tesoura e lima de cartão para as unhas; Escova de cabelo; Termómetro para o banho; Babetes; Creme protetor; Discos de algodão; Discos de amamentação; Chupeta; Biberões, tetinas e esterilizador; Bomba de extração de leite. 51

118 O quarto do seu bebé É importante preparar o quarto para o seu bebé com alguns meses de antecedência. Este é um momento empolgante 1. Para além de decorar o quarto e enchê-lo de brinquedos e objetos bonitos é necessário ter alguns cuidados na escolha do mobiliário e acessórios, com o objetivo de criar um ambiente confortável e seguro para o bebé 1,6. Se pintar o quarto onde vai ficar o seu bebé, deve fazê-lo pelo menos 3 meses antes da data provável do parto, para eliminação de vapores, que não são bons para o bebé. A tinta deve ser lavável e não toxica 1,6. Em relação ao chão, ele deve ser fácil de limpar, quente e não escorregadio. Se colocar tapetes, fixe-os para evitar quedas 1,6. Adquira um berço ou uma caminha de grades. O colchão deve ser fino e impermeável à água, adaptado ao tamanho da cama e não muito mole. Também são muito importantes os protetores laterais, uma vez que são acolchoados e evitam lesões no bebé ao bater na caminha 1. As janelas do quarto devem possuir estores opacos ou cortinados bem forrados para que a luz não perturbe o sono do bebé durante o dia 1,6. Durante o dia use a luz natural (do sol) e durante a noite é importante ter uma luz de pouca intensidade, para que possa vigiar o sono do bebé sem o incomodar e também o amamentar 1,6. Proteja as tomadas com tampas apropriadas 1. A temperatura ideal do quarto é entre 18 e 21ºC 1. As estantes e os móveis devem estar fixos para não caírem em cima do bebé. Os cantos dos móveis devem ser arredondados ou protegidos com protetores de borracha 1,6. A cómoda é necessária para guardar a roupa e acessórios do bebé. Algumas têm muda fraldas e banheira incorporada. Se não tiver estes elementos, terá que adquirir separadamente, uma vez que são imprescindíveis para a muda da fralda e para o banho 1,6. É útil um caixote com tampa e de pedal para colocar as fraldas sujas 1. Deverá haver um espaço para os brinquedos do bebé. Eles deverão ser guardados num local baixo para o bebé ter acesso e não trepar para buscá-los em locais altos 1. 52

119 Coloque aqui uma fotografia do quarto do seu bebé 53

120 Festa para a chegada do seu bebé Poderá fazer uma festa nas últimas semanas da sua gravidez para comemorar a chegado do seu bebé, que estará próxima. Esta festa é um motivo para a entusiasmar 6. Não organize a festa. Peça a uma ou mais amigas próximas para que o façam. Assim desfrutará de um momento agradável e sem preocupações 6. Não realize a festa em sua casa, para que não tenha de se preocupar com limpezas 6. Escolha um tema relacionado com bebés, para tornar a festa mais divertida 6. Faça uma lista de produtos que precisa para o bebé e ainda não tem, uma vez que os convidados lhe vão levar prendas, e assim, poderão levar produtos que ainda não tem 6. Local da festa Data Prendas que recebeu e por quem 54

121 Coloque aqui uma fotografia da festa para a chegada do seu bebé 55

122 Parto, nascimento e pós-parto 56

123 O seu parto A realização de um plano de parto é importante para se decidir como quer que seja o seu parto 6. Mostre o plano que vai elaborar aqui ao seu médico 6. Onde gostaria que fosse realizado o seu parto? Qual o tipo de parto que gostaria de ter? Quer que alguém assista ao seu parto? Se sim, quem? Que posição gostaria de adotar durante o parto? Quer que lhe seja administrado algum analgésico? Se sim, que tipo? Quem gostaria que cortasse o cordão umbilical ao seu bebé? Outras informações sobre como gostaria que fosse o seu parto, que não constam nas perguntas aqui colocadas: Se tiver dúvidas em relação a algum tema das perguntas aqui colocadas, consulte as páginas seguintes, pois terá a explicação de alguns assuntos aqui já mencionados. 57

124 Prepare-se para o seu parto A melhor forma de se preparar para o parto será a participação em aulas de preparação pré-parto. Deve frequentar estas aulas nas últimas 8 semanas da gravidez 1,6. Estas aulas são dadas em Hospitais, Centros de Saúde ou Clínicas particulares 4. Verifique se as aulas que vai frequentar são realizadas por profissionais de saúde com habilitação adequada 1. O objetivo destas aulas é melhorar as suas perspetivas do parto e diminuir a ansiedade e a sensibilidade dolorosa, para que tenha um parto agradável. Também preparam-na para o período pós-parto 2,4. Nestas aulas aprende o seguinte 1,2,6 : Os mecanismos fisiológicos do parto; Como descontrair os músculos do corpo, para tornar as dores suportáveis; Os tipos de respiração adequados para as diferentes fases do parto; Como exercitar os músculos do pavimento pélvico, para facilitar o parto; Os cuidados que deve prestar ao recém-nascido; As rotinas e procedimentos hospitalares; Os analgésicos; A amamentação; O estado emocional. Se frequentou ou vai frequentar alguma aula, coloque aqui a data, o local e notas do que aprendeu: Data: Local: Notas: 58

125 Mala para a Maternidade Deverá preparar a mala da maternidade algumas semanas antes da data provável do parto, de preferência no início do 8º mês da gestação, para ter tudo preparado no caso do bebé nascer antes da data prevista 1,6. Aqui tem uma lista do que deve levar para a maternidade 1,2,6. Mãe: Roupa para dormir e apropriada para amamentar; Cuecas de algodão ou descartáveis e pensos higiénicos; Roupão e chinelos; Sutiãs e discos de amamentação; Toalhas e produtos de higiene; Últimos resultados de exames que tenha efetuado durante a gravidez; Cartão de Cidadão e Boletim de Saúde da Grávida; Lista dos medicamentos que toma diariamente; Roupa para a saída da maternidade. Bebé: Fraldas descartáveis e de pano; Roupa interior e exterior; Chupetas; Toalhas de banho; Gorros, botinhas e luvas; Produtos de higiene. Esta lista deverá ser solicitada no local onde vai ter o seu parto, pois alguns artigos poderão não ser necessários e poderá ter que levar outros que não constam nesta lista. Outros produtos necessários: 59

126 Fármacos e métodos não farmacológicos que podem ser usados no seu parto A intensidade da dor difere de mulher para mulher e de parto para parto na mesma mulher. Por isso existem algumas técnicas que diminuem a dor e ajudam o trabalho de parto. Poderá usá-las no seu parto. É importante saber como é que os medicamentos analgésicos atuam e em que consistem os métodos naturais, para optar pelo seu uso 2,4,6. Fármacos: Epidural É um tipo de anestesia que elimina as dores do parto, não afetando a consciência da gestante, nem a mobilidade. É colocado um cateter na zona inferior das costas, ou seja, na coluna vertebral lombar, que permite a administração de doses controladas de anestésicos. Provoca uma sensação dormente da cintura para baixo, pois os nervos são bloqueados 1,2,4,6 ; Substâncias administradas via endovenosa Concedem um efeito analgésico e relaxante, idêntico ao da epidural, mas com tempo de duração inferior. Algumas podem ser administradas em doses repetidas 4 ; Sedativos Normalmente são administrados por injeção 6 ; Entonox É uma mistura (óxido nitroso e oxigénio) que é inalada, podendo a quantidade ser regulada pela gestante 6. Métodos não farmacológicos: TENS (Estimulação Nervosa Elétrica Transcutânea) É um aparelho portátil e manual que bloqueia as mensagens de dor que são enviadas ao cérebro 6 ; Água Ajuda a acelerar as contrações e é um tranquilizante. Pode tomar banho de imersão ou chuveiro 2,6 ; Relaxamento A dor pode ser aliviada por: massagens, hipnose, aromaterapia e acupuntura 4,6 ; Técnicas de respiração Ajudam na concentração e no relaxamento durante as contrações 6. Cesariana: Deve ser efetuada só em casos de necessidade quando a dilatação é insuficiente; quando os batimentos cardíacos do feto diminuem; quando o feto não deu a volta, etc.. Consiste numa cirurgia abdominal com anestesia geral ou epidural 2,7. 60

127 As fases do parto A entrada em trabalho de parto é um momento emocionante. Ao fim de 40 semanas de gestação, o bebé está pronto para nascer 1. É importante saber identificar em que momento deve ir para a maternidade. Recomenda-se, numa gravidez normal, ir para o hospital quando estiver em trabalho de parto 4,7. Existem um conjunto de sinais e sintomas que indicam que entrou em trabalho de parto 1,4,6 : Perda do rolhão mucoso, que isola o colo do útero, pela vagina. É um muco espesso e pegajoso que se acumulou durante a gravidez; Rutura espontânea das membranas, conhecida como rebentamento da bolsa de águas. Sentirá um líquido quente, claro e de odor característico a fluir pelas pernas que não consegue conter como com a urina; Contrações fortes, de 15 em 15 minutos, com duração de cerca de 1 minuto. Estas contrações são dolorosas, tipo cólica menstrual. Na maternidade vai ser submetida a um conjunto de exames, para se saber em que fase do trabalho de parto se encontra 1,7. O seu conhecimento sobre as fases do parto contribui para que a experiência de nascimento seja gratificante e segura 4. O nascimento do bebé consiste em 3 fases: 1ª fase É a fase mais longa do parto. Começa com as contrações uterinas e acaba quando o útero tem cerca de 10 cm de dilatação. As contrações são mais fortes e frequentes, com intervalos de 2 a 4 minutos e com duração de 60 a 90 segundos 1,2. 2ª fase Começa com a dilatação do colo do útero e termina com o nascimento do bebé. Pode demorar 1 hora. É nesta fase que terá de fazer força e respirar como que a ofegar para expulsar o bebé. O bebé depois de sair ser-lhe-á entregue, mas antes o cordão umbilical é grampeado e cortado 1,6. 3ª fase Consiste na expulsão da placenta e das membranas, após o nascimento do bebé. Nesta fase o útero continua, sem dor, a ter contrações para a expulsão da placenta e membranas. Acontece logo a seguir ao nascimento do bebé ou 30 a 40 minutos depois 1,4. 61

128 Consultas ginecológicas pós-parto A primeira consulta ginecológica, depois do parto, será realizada antes de sair da maternidade 1. A consulta de revisão do parto deverá efetuar-se entre a 4ª e a 6ª semana depois do parto. Isto se o parto foi normal e sem complicações. No caso de ter sido cesariana, a consulta será entre o 10º e o 15º dia após a cirurgia. Esta consulta é importante para detetar problemas (por exemplo: lesões no útero ou períneo) 1,14. As consultas seguintes são decididas pelo ginecologista 1. O nascimento As primeiras horas do bebé: Como já referido, após o nascimento, o bebé ser-lhe-á entregue. Com esse primeiro contacto, o bebé recebe o seu calor e segurança de que precisa, identificando os seus batimentos cardíacos, o seu cheiro e a sua voz. Portanto, é aqui que se estabelece uma relação entre a mãe e o bebé única e emocional, à qual se chama vínculo, que se fortalecerá gradualmente 1,2,7. O primeiro exame médico do bebé: O bebé é submetido a um exame chamado Índice de Apgar. É um diagnóstico efetuado pelo médico no 1º minuto de vida e no 5º minuto. Com este exame consegue-se saber o estado de saúde geral do bebé, principalmente em relação à capacidade de reagir aos estímulos. Este exame analisa 5 parâmetros: a cor da pele, a resposta reflexa, o tónus muscular, a capacidade respiratória e a frequência cardíaca 1,2,7. 62

129 O seu parto Em que dia entrou em trabalho de parto? A que horas? Onde se encontrava quando entrou em trabalho de parto? Estava acompanhada? Se sim, com quem? Como regiu? Para que hospital foi? Com quem foi para o hospital? Durante quanto tempo esteve em trabalho de parto? Como foi o seu parto? Quem cortou o cordão umbilical? Como se sentiu quando viu o seu bebé pela primeira vez? 63

130 O seu bebé Que nome deu ao seu bebé? Onde nasceu? Em que dia nasceu? Qual a hora do nascimento? Que comprimento tinha? E peso? Qual o perímetro cefálico? Qual a aparência física do seu bebé (cabelo, olhos, marcas, com quem é parecido, )? Quem foram as primeiras visitas do seu bebé? Que prendinhas o seu bebé recebeu? 64

131 Coloque aqui uma fotografia do seu bebé recém-nascido Carimbe aqui o pezinho do seu bebé recém-nascido 65

132 Puerpério Nas 4 a 6 semanas após o parto, o seu corpo passa por novas transformações (físicas e psíquicas). Este período tem o nome de puerpério 1,4. Durante a gestação o seu corpo sofre alterações. Depois do nascimento do seu bebé, ele necessita de tempo para recuperar e voltar a ter as mesmas características que tinha antes. Para isto é importante que pratique uma alimentação saudável, utilize uma posição correta na realização das atividades diárias e faça exercício físico 1,2,4. Neste período terá de se dedicar ao seu bebé. Na maternidade irá receber ajudas e conselhos à cerca de como deve cuidar da higiene do bebé, que técnicas deve usar para amamentar e outros cuidados 1,4. Descanse, fazendo períodos de sono e repousando quando o seu bebé dorme 7,14. Nos 3 primeiros meses após o parto, evite fazer esforços violentos 14. A partir dos 3 meses após o parto, deverá começar a ter cuidados com a alimentação, fazendo uma alimentação saudável, equilibrada e variada. Isto para perder o peso que ganhou durante a gravidez 8. Após o parto, o seu corpo necessita de novas atenções. Precisa de algum tempo para recompor as mudanças que sofreu 1. 66

133 Recuperação pós-parto Como está a ser a sua recuperação física pós-parto? Como se sente nesta fase? Como tem sido a sua alimentação? Tem praticado exercício físico? Notas 67

134 68

135 O Bebé 69

136 O recém-nascido Desde o nascimento até ao 28º dia de vida, o bebé é considerado recém-nascido 1. O recém-nascido, nos primeiros dias de vida, passa por inúmeras transformações, quer físicas, quer comportamentais 1. Despois de 40 semanas de proteção na sua barriga, o bebé depara-se com um ambiente desconhecido, e portanto, necessita de se adaptar ao novo meio 1. Ele consegue ver imagens a cm, reconhecendo-a algumas horas após o parto durante a amamentação 6. Para criar ligação com o seu bebé será necessário embala-lo, fazer-lhe miminhos e falar com ele, nas horas seguintes ao parto 6. O teste do pezinho Entre o 3º e 6º dia de vida do bebé, é realizado o diagnóstico precoce, chamado teste do pezinho 14. O teste consiste na colheita de sangue do calcanhar do pé do bebé para rastrear a presença de algumas doenças, como fenilcetonuria e hipotiroidismo congénito. Estas doenças causam alterações graves, mas detetadas cedo e tratadas, contribui para que o desenvolvimento do bebé seja normal

137 Consultas e exames do seu bebé Data Hora Questões Notas 71

138 Comportamentos Sono O recém-nascido dorme quando quer e em qualquer sitio 1. Os recém-nascidos passam praticamente o dia inteiro a dormir, mas não estão sempre em sono profundo. Os estádios de sono vão alternando com os estádios de vigília 1,24. Normalmente os sonos são de 3 ou 4 horas por dia, dormindo cerca de 18 horas e não distinguem o dia da noite 1. Para o bebé o sono é uma necessidade básica tão importante como comer e beber 1,24. Conforme o bebé vai crescendo, a necessidade de dormir é menor 14. O recém-nascido deverá dormir no quarto dos pais, para estar vigiado. Depois dos 6 meses poderá passar para o quarto próprio para se habituar a dormir sozinho, vencendo a ansiedade da separação 1,24. A posição aconselhável para dormir é de barriga para cima, com elevação na cabeceira, dispensando a almofada 1,24. Com 1 mês, o bebé fica acordado entre 8 a 10 horas, com 4 ou 5 intervalos 1. Poderá ser mais difícil de adormecer o bebé a partir dos 9 meses, uma vez que ele já adquiriu novas capacidades e quer praticá-las, querendo estar acordado e em vez de dormir, fica agitado. Para tentar adormecer o bebé, pode embalá-lo ou colocar uma música suave 1. Normalmente, com 10 meses, o bebé dorme a noite toda, com 3 intervalos de vigília durante o dia, alternados com sonos profundos 1,24. Aos 12 meses, só precisa de 2 sonos por dia (um de manhã e outro à noite) 1. A partir dos 3 anos, os padrões de sono da criança aproximam-se dos padrões dos adultos, precisando, ainda de uma sesta 1. Dicas para adormecer o bebé: Deitar o bebé sempre à mesma hora, para que ele identifique a hora de dormir 14,24 ; O quarto deve estar escuro e a uma boa temperatura (20-21ºC) 1,24 ; Fazer miminhos, para transmitir segurança 14 ; Deitar o bebé na cama quando está com sono, para se habituar à sua cama

139 Choro A única forma que os bebés têm para comunicar é através do choro. Portanto, o choro do bebé nem sempre significa que ele está em sofrimento 1. Nas primeiras semanas, o bebé assusta-se com facilidade, chorando 1. No início, os pais podem não conseguir distinguir os choros do bebé. Despois com o tempo poderão ter mais facilidade em reconhecer porque razão o bebé chora 1. Alguns dos motivos pelos quais os bebés choram são: a fome; o sono; o desconforto; a falta do contacto com a mãe; a falta de atenção; a presença de estranhos; o impedimento de fazer o que quer 1,24. Espirros e soluços Os recém-nascidos são muito sensíveis aos odores fortes, e por isso, espirram muito 1. Os espirros são bons para ajudar a limpar as fossas nasais, ou seja, para evitar que as poeiras cheguem aos pulmões 1. Os soluços são muito comuns, normais e benéficos. Eles devem-se ao fortalecimento dos músculos da respiração. Surgem quando o bebé tem a barriga cheia ou sente frio 1,3. Cólicas É até aos 3 meses que o bebé poderá apresentar cólicas. Isto está relacionado com a imaturidade dos movimentos peristálticos e da flora intestinal 14,24. São mais frequentes ao fim do dia ou início da noite 14. O bebé quando tem cólicas chora descontrolado. Este choro pode durar horas. Também fica irrequieto 3,14. Deve-se colocar o bebé a arrotar, massajar a barriga com movimentos circulares, colocar o bebé de barriga para baixo, no seu colo e/ou fazer flexões com as pernas sobre o abdómen 3,14. 73

140 Cuidados Os cuidados são importantes para a saúde e bem-estar do bebé e fortalecem os laços afetivos 1. Banho O dar banho ao bebé é um momento de divertimento, cumplicidade e alegria 1. Deve dar banho ao seu bebé nos instantes com maior disponibilidade para o fazer. Pode escolher a altura do dia, podendo ser de manhã (entre a primeira e a segunda mamada), preparando o bebé para o dia, ou ao início da noite (antes da última mamada), relaxando o bebé para o sono 1,14. É importante manter sempre a mesma hora para dar o banho, pois os bebés gostam de rotina 1. Alguns especialistas consideram que o banho deve ser diário, mas outros referem que basta ser de 2 a 3 vezes por semana, quando é recém-nascido 1. No recém-nascido deve lavar o rosto com frequência e em cada muda de fralda deve limpar cuidadosamente a zona dos genitais 1,24. O banho deve ser dado antes da mamada e nunca depois 1. Preparar o banho Deve preparar com antecedência tudo o que vai precisar (fraldas, toalha, produtos de higiene, hidratantes, etc.) para dar banho ao seu bebé 1,3. Meça a temperatura do ambiente, que deve estar por volta dos 22 ºC e verifique se não há correntes de ar 1,14. A água na banheira não deve passar 7 cm (mais ou menos 4 dedos) de altura e a temperatura deve estar compreendida entre 35 e 37ºC. Use um termómetro de banho 1,14. O bebé não deve sentir frio nem muito calor 1. 74

141 Recomendações 1,14,24 Deve segurar o bebé com firmeza, para que ele se sinta seguro. A cabeça deve estar apoiada no seu antebraço e o seu braço atrás das costas do bebé. Com a outra mão segure as pernas e as nádegas; Com o bebé dentro da água, pegue nele pela axila, sem nunca o largar; Comece por lavar a cara do bebé. Depois ensaboar o corpo; Lave as costas, virando o bebé de lado; Não demore mais de 5 minutes, pois a água arrefece; Quando retirar o bebé da água, mantenha uma das suas mãos por trás do ombro do bebé e a outra sua mão deve segurar no rabinho; A toalha já deve estar estendida para deitar o bebé; Limpe os olhos (de fora para dentro) com algodão ou gaze humedecida em soro fisiológico; Seque bem o bebé, pois a humidade pode provocar irritações e assaduras. Tenha cuidado com as pregas da pele, a área da fralda e em volta do pescoço; Hidrate o bebé; Comece por vestir o bebé pela parte superior do corpo, enrolando na toalha a parte inferior. Fale com o seu médico sobre como deve dar o banho ao seu bebé e com que frequência. Coto umbilical Como referido anteriormente, após o cordão umbilical ser laqueado é cortado, ficando o coto umbilical. Este poderá cair durante a primeira semana 1. O importante é manter o coto umbilical limpo, para evitar infeções e facilitar a queda. Use a água do banho para o lavar e no final seque muito bem com uma compressa esterilizada 1,14. A fralda deve ficar abaixo do coto umbilical (existem fraldas apropriadas) e a roupa a vestir deve ser larga 1. 75

142 Unhas Não é aconselhável cortar a unhas ao bebé nos primeiros 5 dias. Mas se o bebé nascer com unhas compridas ou quando elas estiverem grandes porque cresceram, lime suavemente com lima de cartão sem cortar, pois o bebé pode arranhar-se 1,24. A partir dos 5 dias, corte as unhas depois do banho, pois estão mais moles, com um corta-unhas específico de bebé 1,14. Fraldas A muda das fraldas é algo que terá de fazer muitas vezes por dia. A frequência com que os bebés urinam é cerca de 20 vezes por dia 1. Recomendações 1,14,24 Depois de abrir a fralda suja, espere um pouco, pois quando os bebés sentem frio podem urinar; Limpe da frente para trás, de modo que fezes sejam arrastadas para a fralda; Seque as dobras das pernas para não se criarem assaduras; Coloque um creme protetor de pele; No caso de assaduras (pele vermelha e inchada) use um creme com óxido de zinco. Nestes casos deve falar com o seu médico. 76

143 Dentes O nascimento dos dentes provoca dores e incómodo no bebé. Isto contribui para que ele acorde várias vezes durante a noite ou tenha um sono agitado. Aliviará as dores, as argolas de dentição que se colocam no frigorífico, pois o frio diminui a inflamação e dor, ou um analgésico quando as dores forem muito fortes (antes de dar um analgésico ao seu bebé aconselhe-se com o pediatra) 24. Deve iniciar uma higiene oral do seu bebé logo que apareçam os primeiros dentes 14. Use uma escova com cores vivas para se tornar atraente para o seu bebé 1. Lave os dentes do seu bebé de manhã e à noite, criando rotina 1. Sente o bebé no seu colo, incline a cabeça dele para trás e escove os dentes com movimentos suaves 1. Substitua a escova de 6 em 6 semanas 1. À noite não coloque mel na chupeta nem dê biberão sem limpar depois os dentes, pois o bebé ficará com açúcar nos dentes a noite toda, o que é prejudicial no desenvolvimento da dentição. Isto também se aplica no caso do bebé estar a tomar xarope 24. Vacinas O meio mais seguro e eficaz de proteção do bebé contra certas doenças (como difteria, tosse convulsiva, meningite, rubéola, tétano, poliomielite, tuberculose, papeira, sarampo, hepatite B), é a vacinação 1,24. Portugal tem um programa de vacinação (Programa Nacional de Vacinação) que começa logo após o nascimento 1,24. 77

144 Alimentação A alimentação do bebé é muito importante, não só pela necessidade nutricional, mas também porque permite ao bebé ter uma perceção do mundo e da vida, uma vez que o seu comportamento e rotina se regula pela satisfação do alimento 1,25. O bebé chora e acorda quando tem fome. Fica ansioso quando se aproxima o alimento e fica satisfeito quando come, podendo dormir porque está saciado 1. Necessidades Durante o primeiro ano de vida o bebé tem um crescimento muito rápido. Devido a isto, ele necessita de uma boa dieta alimentar em termos nutricionais 1. O seu primeiro alimento é o leite materno que é rico em proteínas, sais minerais, gorduras, hidratos de carbono e vitaminas 1,4. Quando não é possível amamentar, recorre-se a fórmulas infantis próprias para a idade do bebé 26. O aleitamento é considerado misto, quando o bebé recebe leite materno e uma fórmula infantil e, é considerado parcial se juntamente com o leite materno, o bebé tiver alimentação complementar

145 Aleitamento O melhor alimento para o bebé é o leite materno, uma vez que é um alimento completo e natural, contribuindo para que ele depois seja uma criança inteligente e forte 1,4. O primeiro leite é o colostro, com cor amarelada, importante para proteger o bebé nos primeiros dias de vida, pois contribui para o fortalecimento do sistema imunitário, uma vez que é rico em elementos anti-infeciosos. Também contém fatores de crescimento que estimulam o intestino imaturo do bebé a desenvolver-se e é laxativo, auxiliando a eliminação de mecónio 3,7,24. Vantagens do aleitamento materno Fortalecimento do sistema imunitário do bebé, aumentando as suas defesas e, diminuindo o aparecimento de doenças (infeções, alergias, asma), visto que do leite materno recebe anticorpos, enzimas, glóbulos brancos e outros fatores imunológicos 1,3,4,24. Diminuição do risco de aparecimento de leucemias ou linfomas 28. Menor tendência para sofrer de obesidade na infância e adolescência 1,4. Diminuição do desenvolvimento de Diabetes Mellitus tipo 1 e Melhor saúde dentária, pois é importante para o desenvolvimento da cavidade oral 3,4. Bom desenvolvimento mental e emocional do bebé 1,4. Para si amamentar é vantajoso pois: é prático, uma vez que não precisa de preparar biberões; ajuda na criação do vínculo afetivo com o seu bebé; é muito económico; ajuda o seu útero a regressar a seu tamanho normal rapidamente; diminui a ocorrência de depressão pós-parto; diminuição da incidência de cancro da mama e ovário no futuro 3,4,7,24. 79

146 Frequência e duração das mamadas O tempo da mamada poderá ser de 10 a 20 minutos em cada seio. Isto porque o bebé extrai quase o leite todo neste intervalo de tempo. Este tempo varia de bebé para bebé, de mãe para mãe e de mamada para mamada 1,4. O bebé extrai mais leite no primeiro seio a mamar, pelo que pode demonstrar-se satisfeito com apenas um seio. Se isto acontecer, na mamada seguinte, dê o outro seio. No caso de o bebé ter amamentado nos dois seios, na próxima mamada deve iniciar no seio onde terminou 1,4. Nos primeiros dois dias, o bebé poderá querer mamar de hora a hora. Depois poderá diminuir para de 2 em 2 horas, até ao 4º dia. No final do 1º mês já poderá estar a mamar de 3 em 3 horas. A frequência com que o bebé vai querer mamar, nos dias seguintes, vai diminuindo 1. Atenção: O seu bebé é que sabe quando e quanto necessita de mamar. Portanto não crie um horário para amamentar 7,25. 80

147 A amamentação poderá trazer-lhe alguns problemas. Saiba alguns e como os tratar: Ingurgitamento endurecimento do peito, devido à subida do leite, provocando dores. Utilize um sutiã próprio e coloque compressas geladas sobre o seio, massajando 14,24. Fissuras mamilares aparecem devido à sucção e posição do bebé incorretas. Corrija a posição do bebé e seque bem os mamilos 1,4. Mastite inflamação do peito. Retire o excesso de leite. Aplique compressas húmidas e mornas entre cada mamada 1,14. Como extrair o seu leite? Pode extrair o seu leite manualmente ou com ajuda de uma bomba 14,25. Esterilize o equipamento e lave bem as mãos antes da extração 1,14. Guarde o leite em saquinhos adequados e congele. Depois o descongelamento e aquecimento devem ser corretos, deixando o leite descongelar no frigorífico ou à temperatura ambiente (caso necessite dele mais cedo) e só depois é que aqueça 25. Dica Procure um lugar tranquilo, ou seja, ambientes com pouca gente e pouco barulho, para amamentar o seu bebé 7. 81

148 Diversificação alimentar O ideal, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é que o aleitamento materno dure pelo menos até aos 6 meses de idade. Isto se o bebé tiver aumento ponderal adequado. É importante que o aleitamento materno esteja presente ao longo da diversificação alimentar 1,4,8,29,30. A introdução de outros alimentos poderá ser feita entre os 4 e os 6 meses de vida. Aos 6 meses para bebés que mamem e aos 4 meses para bebés que se alimentam de fórmulas infantis 1,26. A partir dos 6 meses o bebé está preparado (desenvolvido e maturo) para receber outro tipo de alimentos, que não o leite 24,31. A diversificação alimentar não se deve iniciar cedo, ou seja, só deve ser iniciada quando o bebé começar a destabilizar o seu peso, a sentir-se insatisfeito com o leite ou a mostrar interesse pelo que os adultos comem 1,25,31. A introdução dos alimentos deve ser gradual, devendo se intercalar com a amamentação 1,8. O bebé deverá beber água várias vezes ao dia 24,31. A diversificação alimentar, normalmente, inicia-se com papas de cereais, que podem ser não lácteas (são preparadas com leite materno ou fórmula infantil) ou lácteas (são preparadas com água) 1. É importante começar com papas sem glúten, para não agravar, caso exista, a doença celíaca, que é uma doença do intestino delgado, tornando-o intolerante ao glúten 1. 82

149 Depois dos 6 meses, o bebé já pode comer papa com glúten e sopa às refeições 1. A sopa, inicialmente, deve ser fluida e confecionada com batata, cenoura e/ou abobora. Gradualmente, pode ir aumentando a consistência até se tornar um puré. Posteriormente (3 a 4 dias), pode introduzir as verduras e mais legumes, fazendo intervalos de uma semana entre a introdução de cada legume, para testar a reação do bebé. Não coloque sal, pois pode contribuir, nesta fase, para um aumento da tensão arterial 1,8,31. Após os legumes pode dar ao seu bebé fruta (uma semana depois da 1ª sopa), que deve ser, inicialmente, maçã, pera e banana (bem relada). Aos 7 meses já lhe pode dar citrinos 1,8. A carne deverá ser introduzida gradualmente, iniciando pelo caldo de carne, aos 5 meses, para o bebé se habituar ao gosto. Uma semana depois pode dar carne magra (frango, peru, etc.) triturada, misturada com puré de legumes 1,8,32. Por volta dos 7 meses, pode introduzir o peixe, que deve ser magro, como a pescada, linguado, robalo, etc. 1,8. A partir dos 8 meses pode adicionar à dieta do bebé o iogurte 33. Após os 9 meses, o seu bebé poderá comer gema de ovos cozida, juntamente com puré de legumes, massa, arroz, ervilha e feijão. Só a partir dos 12 meses é que pode dar ao seu bebé o ovo inteiro 1,32,34. 83

150 Desenvolvimento Físico No primeiro ano de vida o bebé cresce a um ritmo estonteante 1. A evolução deve ser constante e gradual 1. A ajuda mais importante para vigiar o desenvolvimento do bebé será a do pediatra. Ele poderá detetar problemas, caso existam 1. Motor O bebé inicia a exploração do seu próprio corpo, levando os dedos da mão à boca 1. Depois dos 3 meses o bebé começa a controlar os músculos do seu corpo, obtendo maior coordenação e capacidade de manipulação, pois está mais desenvolvido fisicamente 1,24. Depois, o bebé começa a controlar o tronco e a cabeça, o que faz com que ele se consiga endireitar 1,24. Entre os 5 e 8 meses começa a sentar-se e a gatinhar e, por volta dos 10 meses, começa a pôr-se de pé e a dar os primeiros passos 1,24. Cognitivo Os pais são os principais estimuladores da aprendizagem do bebé 1. Os mimos, a comunicação e brincadeira com o seu bebé são importantes para melhorar o desenvolvimento cognitivo dele 1. 84

151 1º Quadrimestre: 1º 4º mês 85

152 1º Mês Como tem sido o comportamento (sono, choro, cólicas ) do seu bebé? Que alimentação o seu bebé está a fazer? Como se desenvolveu o seu bebé neste mês? Como se sente, mãe? Peso Altura Notas 86

153 Coloque aqui uma fotografia do seu bebé com 1 mês 87

154 2º Mês Como tem sido o comportamento (sono, choro, cólicas ) do seu bebé? Que alimentação o seu bebé está a fazer? Como se desenvolveu o seu bebé neste mês? Como se sente, mãe? Peso Altura Notas 88

155 Coloque aqui uma fotografia do seu bebé com 2 meses 89

156 3º Mês Como tem sido o comportamento (sono, choro, cólicas ) do seu bebé? Que alimentação o seu bebé está a fazer? Como se desenvolveu o seu bebé neste mês? Como se sente, mãe? Peso Altura Notas 90

157 Coloque aqui uma fotografia do seu bebé com 3 meses 91

158 4º Mês Como tem sido o comportamento (sono, choro, cólicas ) do seu bebé? Que alimentação o seu bebé está a fazer? Como se desenvolveu o seu bebé neste mês? Como se sente, mãe? Peso Altura Notas 92

159 Coloque aqui uma fotografia do seu bebé com 4 meses 93

160 2º Quadrimestre: 5º 8º mês 94

161 5º Mês Como tem sido o comportamento (sono, choro, cólicas ) do seu bebé? Que alimentação o seu bebé está a fazer? Como se desenvolveu o seu bebé neste mês? Como se sente, mãe? Peso Altura Notas 95

162 Coloque aqui uma fotografia do seu bebé com 5 meses 96

163 6º Mês Como tem sido o comportamento (sono, choro, cólicas ) do seu bebé? Que alimentação o seu bebé está a fazer? Como se desenvolveu o seu bebé neste mês? Como se sente, mãe? Peso Altura Notas 97

164 Coloque aqui uma fotografia do seu bebé com 6 meses 98

165 7º Mês Como tem sido o comportamento (sono, choro, cólicas ) do seu bebé? Que alimentação o seu bebé está a fazer? Como se desenvolveu o seu bebé neste mês? Como se sente, mãe? Peso Altura Notas 99

166 Coloque aqui uma fotografia do seu bebé com 7 meses 100

167 8º Mês Como tem sido o comportamento (sono, choro, cólicas ) do seu bebé? Que alimentação o seu bebé está a fazer? Como se desenvolveu o seu bebé neste mês? Como se sente, mãe? Peso Altura Notas 101

168 Coloque aqui uma fotografia do seu bebé com 8 meses 102

169 3º Quadrimestre: 9º 12º mês 103

170 9º Mês Como tem sido o comportamento (sono, choro, cólicas ) do seu bebé? Que alimentação o seu bebé está a fazer? Como se desenvolveu o seu bebé neste mês? Como se sente, mãe? Peso Altura Notas 104

171 Coloque aqui uma fotografia do seu bebé com 9 meses 105

172 10º Mês Como tem sido o comportamento (sono, choro, cólicas ) do seu bebé? Que alimentação o seu bebé está a fazer? Como se desenvolveu o seu bebé neste mês? Como se sente, mãe? Peso Altura Notas 106

173 Coloque aqui uma fotografia do seu bebé com 10 meses 107

174 11º Mês Como tem sido o comportamento (sono, choro, cólicas ) do seu bebé? Que alimentação o seu bebé está a fazer? Como se desenvolveu o seu bebé neste mês? Como se sente, mãe? Peso Altura Notas 108

175 Coloque aqui uma fotografia do seu bebé com 11 meses 109

176 12º Mês Como tem sido o comportamento (sono, choro, cólicas ) do seu bebé? Que alimentação o seu bebé está a fazer? Como se desenvolveu o seu bebé neste mês? Como se sente, mãe? Peso Altura Notas 110

177 Coloque aqui uma fotografia do seu bebé com 12 meses 111

178 Contactos úteis INEM: 112 Linha do Medicamento: Linha Saúde 24: Intoxicações e venenos: Bombeiros linha verde: Urgências Pediátricas: SOS Grávida: Linha Verde de Medicamentos e Gravidez: SOS Amamentação: (funcionamento: dias úteis das 10 às 18h) SOS Criança: Linha SOS Deixa de Fumar: Comissão para a Igualdade e para os direitos das Mulheres: Outros contactos Farmácia Higiénica: Dra. Ana Isabel Morais Garrido Rua Dr. Moreira Pinto, Fão Tel: Fax:

179 Bibliografia 1. Castro M, Pessoa I, Apolinário A (2014). Guia de Gravidez e 1º Ano do Bebé. MedicalMedia Mamãs & Bebés; 20: NUK: Guia da Gravidez. Acessível em: file:///c:/users/sofia/downloads/guia_nuk_gravidez.pdf. [acedido em 26 de setembro de 2016]. 3. Unimed: Manual da Gestante. Acessível em: [acedido em 26 de setembro de 2016]. 4. Fonseca R, Lagoutte C, Matos P, Nunes A, Assude V, Abreu T, et al (2016). A Nossa Gravidez Guia para pais Grávidos. Goody S.A.; 21: Integrare Editora: Da gravidez à amamentação O dia a dia de um importante período de nossas vidas. Acessível em: [acedido em 26 de setembro de 2016]. 6. Machonochie A (2010). A Minha Gravidez Diário. 1th ed. Arteplural edições, Lisboa. 7. Ministério da Saúde do Brasil: Caderneta da Gestante. Acessível em: [acedido em 26 de setembro de 2016]. 8. Celeiro: Parabéns, está grávida!. Acessível em: [acedido em 26 de setembro de 2016]. 9. Picciano M F (2003). Pregnancy and lactation: physiological adjustments, nutritional requirements and the role of dietary supplements. J Nutr; 133(6): 1997s-2002s. 10. Rodrigues S S, Franchini B, Graça P, Almeida MD, (2006). A new food guide for the Portuguese population: development and technical considerations. J Nutr Educ Behav; 38(3): Prôa A L (2010). Diário da Gestante O dia a dia da concepção ao parto. Novo Século, São Paulo. 12. Direção-Geral da Saúde: Alimentação e nutrição na gravidez. Acessível em: [acedido em 26 de setembro de 2016]. 13. Escolovar: Rodas dos Alimentos. Acessível em: [acedido em 31 de setembro de 2016]. 14. Município do Seixal: Guia da Saúde na Gravidez. Acessível em: [acedido em 26 de setembro de 2016]. 15. Procter S B, Campbell C G (2014). Position of the Academy of Nutrition and Dietetics: nutrition and lifestyle for a healthy pregnancy outcome. J Acad Nutr Diet; 114(7):

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182 Anexo 3 Desdobrável para registo da pressão arterial e parâmetros bioquímicos 47

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