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2 SOBRE VAGNER OLIVEIRA Vagner Oliveira é advogado expert em Direito de Trânsito, palestrante e mentor para advogados iniciantes no Direito de Trânsito. Decidiu se graduar na área Jurídica para viver sua paixão. É o idealizador da Academia do Direito de Trânsito e articulista do blog transitonaveia, onde publica artigos com assuntos polêmicos e atualizações da área de Direito de Trânsito. Professor dos Cursos As Grandes Teses do Direito de Trânsito, Como Montar um Escritório de Recursos de Multas (Esfera Administrativa) e As brechas do Código de Trânsito Brasileiro. Autor do livro Coletânea de Jurisprudências de Direito de Trânsito, a mais completa obra do mercado sobre as jurisprudências dos nossos tribunais, que versam sobre penalidades de suspensão, cassação, carteira provisória, Lei Seca e outros temas ligado ao direito de trânsito, obra indispensável a qualquer operador do direito. Para saber mais, acesse:

3 INTRODUÇÃO No dia primeiro de novembro de 2016 entraram em vigor as alterações promovidas no Código de Trânsito Brasileiro pela lei Uma dessas alterações foi justamente no processo administrativo de suspensão do direito de dirigir, estabelecendo um prazo mínimo de seis meses de suspensão aos condutores que acumularem vinte pontos em seu prontuário, no intervalo de seis meses, além do processo concomitante ao processo de multa, no caso de suspensão direta do direito de dirigir. Um ano depois, no dia 31 de outubro de 2017, o CONTRAN, através da Deliberação 163, regulamentou os procedimentos que devem ser observado pelos órgãos de transito para a aplicação das penalidades de suspensão e cassação da habilitação. Só que mesmo demorando um ano, o CONTRAN conseguiu editar uma deliberação confusa, que alterou a regra estabelecida pela lei para os processos concomitantes, dividindo-o em duas categorias de procedimentos e tornando opcional a entrega da carteira suspensa ou cassada durante o período de aplicação da penalidade, o que vai estimular que os condutores suspensos ou cassados a continuarem dirigindo, mesmo tendo a penalidade aplicada. Por fim, apesar de acertadamente determinar que aplicam-se aos processos de suspensão e cassação os prazos prescricionais previstos na Lei nº 9.873, de 23 de novembro de 1999, a Deliberação 163/2007 realizou uma análise extensiva da norma prescricional, estabelecendo dois momentos de interrupção do prazo prescricional à mesma fase procedimental, o que aumenta o prazo para a prescrição das penalidades. Em suma, trata-se de uma Deliberação acertada em alguns pontos, mas que fere de morte o processo administrativo em outros, violando princípios basilares como o da igualdade, da proporcionalidade e da legalidade dos atos administrativos. Espero que os comentários aqui tecidos auxiliem na montagem das peças de recursos administrativos e na defesa dos interesses dos condutores, objetivo ao qual me dedico há mais de quinze anos. Boa leitura.

4 DELIBERAÇÃO Nº 163, DE 31 DE OUTUBRO DE 2017 Dispõe sobre a uniformização dos procedimentos administrativos para imposição das penalidades de suspensão do direito de dirigir e de cassação do documento de habilitação, bem como do curso preventivo de reciclagem, previstos, respectivamente, nos art. 261, incisos I e II; art. 263, e 5º, 6º e 7º do art. 261, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO, ad referendum do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), no uso das atribuições que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e nos termos do disposto no Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT). Considerando a Lei nº , de 30 de julho de 2015, e a Lei nº , de 04 de maio de 2016; Considerando a necessidade de uniformizar os procedimentos relativos à imposição das penalidades de suspensão do direito de dirigir e de cassação do documento de habilitação na forma do disposto nos arts. 261 e 263 do CTB, bem como do curso preventivo de reciclagem, previsto no art. 261, 5º, 6º e 7º, do mesmo diploma legal; e Considerando o que consta nos autos do Processo Administrativo nº / , RESOLVE: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Esta Deliberação estabelece o procedimento administrativo a ser seguido pelos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito (SNT), quando da aplicação das penalidades de suspensão do direito de dirigir e de cassação do documento de habilitação, decorrentes de infrações cometidas a partir de 1º de novembro de 2016, bem como do curso preventivo de reciclagem. Havia uma certa divergência sobre como deveria ocorrer a instauração do processo administrativo de suspensão do direito de dirigir por acúmulo de pontos, a partir das alterações promovidas pela Lei Alguns órgãos de trânsito emitiram pareceres de que a suspensão por 6 meses se aplicava a partir do fato gerador, ou seja, se a infração que culminou no acúmulo de 20 (vinte) pontos tivesse ocorrido após o dia , o processo administrativo deveria ser instaurado já com o prazo de seis meses de suspensão. Outros órgãos entenderam que, independentemente do fato gerador ter ocorrido após as alterações, havendo pontuação decorrente de

5 infrações anteriores à Lei , o processo administrativo deveria ser instaurado tendo como regra a Resolução 182. A Deliberação 163/2017 pôs um ponto final à divergência já nesse primeiro artigo, determinando que o procedimento a ser seguido para o processo de suspensão de 6 meses só vale para infrações cometidas a partir de , confirmando a regra em seu artigo 28, que diz: Art. 28. Os prazos de suspensão do direito de dirigir para processo instaurado em decorrência da contagem de 20 (vinte) ou mais pontos, em que haja uma ou mais infrações praticadas antes de 1º de novembro de 2016, serão os estabelecidos no art. 16 da Resolução CONTRAN nº 182, de 09 de setembro de Art. 2º A penalidade de suspensão do direito de dirigir será imposta nos seguintes casos: I - sempre que o infrator atingir a contagem de 20 (vinte), no período de 12 (doze) meses; II - por transgressão às normas estabelecidas no CTB, cujas infrações preveem, de forma específica, a penalidade de suspensão do direito de dirigir. Art. 3º A cassação do documento de habilitação será imposta nos seguintes casos: I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir qualquer veículo; II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das infrações previstas no inciso III do Art. 162 e nos arts. 163, 164, 165, 173, 174 e 175, todos do CTB; III - quando condenado judicialmente por delito de trânsito, observado o disposto no art Art. 4º As penalidades de que trata esta Deliberação serão aplicadas pela autoridade de trânsito do órgão de registro do documento de habilitação, em processo administrativo, assegurados a ampla defesa, o contraditório e o devido processo legal. CAPÍTULO II DA SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR SEÇÃO I POR PONTUAÇÃO Art. 5º Esgotados todos os meios de defesa da infração na esfera administrativa, a pontuação prevista no art. 259 do CTB será considerada para fins de instauração de processo administrativo para aplicação da penalidade de suspensão do direito de dirigir. Segundo o artigo 285, do Código de Trânsito Brasileiro, se, por motivo de força maior, o recurso à JARI não for julgado dentro do prazo de

6 30 dias, a autoridade que impôs a penalidade, de ofício, ou por solicitação do recorrente, poderá conceder-lhe efeito suspensivo. Em que pese não haver a previsão do efeito suspensivo para os recursos em segunda instância (CONTRAN, CETRAN, CONTRANDIFE ou COLEGIADO DA JARI) o artigo 290 estabelece que, somente implica o encerramento do processo quando julgados os recursos em todas as instâncias. Essa impossibilidade de computar os pontos antes de esgotadas todas as instancias administrativas já era tema pacificado na jurisprudência e foi confirmado pela Deliberação 163/2017. Essa mesma regra vale para a Permissão Para Dirigir, não podendo o órgão executivo de trânsito deixar de expedir a CNH ao condutor permissionário que tenha interposto recurso administrativo contra a penalidade de multa, já que por força do art. 27 da Deliberação, as normas também se aplicam à PPD. Art. 6º Para fins de cumprimento do disposto no inciso I do art. 2º serão consideradas as datas do cometimento das infrações. 1º Os órgãos e entidades componentes do SNT que aplicam a penalidade de multa deverão comunicar, por meio do registro no RENAINF ou outro sistema eletrônico, aos órgãos executivos de trânsito de registro do documento de habilitação, a pontuação correspondente, após o encerramento da instância administrativa da infração. 2º Será instaurado um único processo administrativo para aplicação da penalidade de suspensão do direito de dirigir quando a soma dos pontos relativos às infrações cometidas atingir 20 (vinte), no período de 12 (doze) meses. 3º Não serão computados pontos nas infrações que preveem, por si só, a penalidade de suspensão do direito de dirigir. Ao contrário da Resolução 182, que previa a instauração de um único processo administrativo para aplicação da penalidade de suspensão do direito de dirigir mesmo que a soma dos pontos ultrapasse vinte no período de doze meses, a Deliberação 163/2017 estabeleceu a instauração de um único processo quando a soma atingir 20 pontos. O texto abre margem para interpretações. Havendo pontos excedentes que atinjam mais 20 pontos, poderá ser aberto outro processo administrativo? Parece que não. Primeiro, porque não existe a previsão expressa de que os pontos excedentes podem compor novo processo de suspensão do direito de dirigir. Segundo, porque os pontos excedentes devem servir como

7 base para a aplicação do tempo de suspensão, que pode variar entre 6 meses e 1 ano, sendo desproporcional a aplicação de duas penalidades de forma cumulativa. E mesmo que o condutor tenha cumprido a penalidade de suspensão e novamente acumulado 20 pontos, estaria prejudicada a instauração de novo processo de suspensão do direito de dirigir por reincidência, tendo em vista que a Deliberação 163/2017 não regulamentou esse tema. SEÇÃO II POR INFRAÇÃO ESPECÍFICA Art. 7º Para fins de cumprimento do disposto no inciso II do art. 2º, o processo de suspensão do direito de dirigir deverá ser instaurado da seguinte forma: I - para as autuações de competência do órgão executivo de trânsito estadual de registro do documento de habilitação do infrator, quando o infrator for o proprietário do veículo, será instaurado processo único para aplicação das penalidades de multa e de suspensão do direito de dirigir, nos termos do 10 do art. 261 do CTB. Ainda que se entenda regular a instauração de um processo único processo (e não de dois processos concomitantes), como determina o Código de Trânsito Brasileiro, a Deliberação 163/2017 impõe a obrigação da correspondência ser enviada ao endereço cadastrado no RENACH (Art. 9º, 6º). Assim, para aquele proprietário/condutor que possua dois endereços cadastrados junto ao DETRAN, um no registro do veículo e outro no registro da habilitação, a notificação deve ser encaminhada ao endereço cadastrado na habilitação, sob pena de nulidade do processo administrativo. II - para as demais autuações, o órgão ou entidade responsável pela aplicação da penalidade de multa, encerrada a instância administrativa de julgamento da infração, comunicará imediatamente ao órgão executivo de trânsito do registro do documento de habilitação, via RENAINF ou outro sistema, para que instaure processo administrativo com vistas à aplicação da penalidade de suspensão do direito de dirigir. Parágrafo único. Na hipótese prevista no inciso I do caput, o procedimento de notificação deverá obedecer às disposições constantes na Resolução CONTRAN nº 619, de 06 de setembro de 2016, e suas alterações, devendo constar ainda: I - na notificação de autuação: a informação de que, mantida a autuação, serão aplicadas as penalidades de multa e de suspensão do direito de dirigir;

8 II - na notificação de penalidade: as informações referentes à penalidade de multa e à penalidade de suspensão do direito de dirigir, nos termos do art. 14 desta Deliberação. Muito embora a Deliberação 163/2017 tenha regulamentado dois tipos de procedimentos para o processo de suspensão direta do direito de dirigir (um processo único quando se tratar de autuação de competência do órgão executivo de trânsito estadual, dois processos autônomos não concomitantes quando se tratar de autuações lavradas pelos demais órgãos), o Código de Trânsito Brasileiro não traz essa previsão. Segundo o Art. 261, o processo de suspensão do direito de dirigir por infração específica deve ser instaurado concomitantemente com o processo de aplicação da penalidade de multa. Não houve na Lei qualquer discricionariedade a esse respeito. Não pode, portanto, uma deliberação do CONTRAN alterar o que está estipulado em Lei. Sendo concomitante, os prazos para a dupla notificação no processo de suspensão são os mesmos estabelecidos para o processo de multa, ou seja, a primeira notificação enviada no prazo de 30 dias e a segunda tão logo seja aplicada a penalidade. Art A autoridade de trânsito, na esfera da competência estabelecida neste Código e dentro de sua circunscrição, julgará a consistência do auto de infração e aplicará a penalidade cabível. Parágrafo único. O auto de infração será arquivado e seu registro julgado insubsistente: I - se considerado inconsistente ou irregular; II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedida a notificação da autuação Não havendo a instauração do processo administrativo para a aplicação da penalidade de suspensão dentro do prazo de 30 dias, o processo é nulo, por violação ao princípio da legalidade. Convém observar que ao estabelecer dois procedimentos diferentes para infrações idênticas lavradas por órgãos de trânsito diferentes, o CONTRAN viola o princípio da igualdade, proporcionando 2 instancias recursais a mais e possibilidade maior de prescrição para as infrações aplicadas por outros órgãos que não sejam o executivo de trânsito estadual. Por exemplo: se dois condutores forem autuados por infração ao artigo 175 (demonstrar manobra perigosa) o primeiro pelo órgão executivo de trânsito do estado e o segundo pelo órgão rodoviário estadual, ao primeiro serão enviadas duas notificações obrigatórias,

9 com possibilidade de defesa previa e mais a interposição de recursos em duas instâncias recursais, enquanto ao segundo, além das notificações da penalidade de multa, mais duas notificações obrigatórias contra a penalidade de suspensão. Como não existe esta previsão legal, o processo de suspensão instaurado fora do prazo de 30 dias, pode ser declarado nulo pelo judiciário. Essa regra vale, inclusive, para os processos instaurados fora do prazo naquelas infrações ocorridas entre e , quando não havia a necessária regulamentação. CAPÍTULO III DO CURSO PREVENTIVO DE RECICLAGEM Art. 8º Para fins de cumprimento do disposto nos 5º, 6º e 7º do art. 261 do CTB, o órgão executivo de trânsito de registro do documento de habilitação do condutor aplicará a regulamentação prevista para o art. 268 do CTB. 1º Para instauração do processo definido no caput, o condutor que, no período de 12 (doze) meses, for autuado por infrações cuja soma dos pontos atinja 14 (quatorze) pontos, poderá requerer junto ao órgão de registro do documento de habilitação a participação no curso preventivo de reciclagem. 2º Também fará jus ao estabelecido no 1º o condutor que, possuindo uma soma de pontos por infrações inferior a 14 (quatorze) pontos, no período de 12 (doze) meses, seja uma vez mais autuado, dentro desse período, e a soma dos pontos das infrações seja superior a 14 (quatorze) e não ultrapasse os 19 (dezenove) pontos. 3º Poderá fazer o requerimento o condutor que, mesmo já tendo atingido a soma exata de 14 (quatorze) pontos, no período de 12 (doze) meses, for autuado por infrações que não ultrapassem 19 (dezenove) pontos, sendo eliminada a pontuação, observado o disposto no 6º deste artigo. 4º Para fins de instauração, análise e deferimento do processo do curso preventivo de reciclagem, não é necessário o trânsito em julgado das infrações relacionadas no requerimento do condutor ou a existência da pontuação respectiva no RENACH. 5º Novo requerimento para o curso preventivo de reciclagem só poderá ser realizado uma vez a cada período de 12 (doze) meses, contado da data de conclusão do último curso preventivo de reciclagem. 6º Concluído com êxito o curso preventivo de reciclagem, a pontuação das infrações relacionadas será eliminada para todos os efeitos legais. Em que pese o artigo 261, em seus parágrafos 5º ter estabelecido que o condutor que exerce atividade remunerada em veículo, habilitado na categoria C, D ou E, pode optar por participar de curso preventivo de reciclagem, a possibilidade também se estende aos condutores

10 habilitados na categoria A e B ou AB, que exerçam atividade remunerada (taxistas, moto-taxistas, moto-fretistas, etc), ainda que não possuam a categoria C, D e E". Isso porque, restringir a possibilidade de frequentar o curso preventivo para apenas alguns profissionais que exercem a atividade remunerada seria violar o princípio da igualdade e o princípio da finalidade da lei. Ademais, o próprio Código de Trânsito Brasileiro admite a inclusão da informação na CNH, do exercício de atividade remunerada, independentemente de categoria de habilitação: Art O candidato à habilitação deverá submeter-se a exames realizados pelo órgão executivo de trânsito, na seguinte ordem: 2º O exame de aptidão física e mental será preliminar e renovável a cada cinco anos, ou a cada três anos para condutores com mais de sessenta e cinco anos de idade, no local de residência ou domicílio do examinado. 3 o O exame previsto no 2 o incluirá avaliação psicológica preliminar e complementar sempre que a ele se submeter o condutor que exerce atividade remunerada ao veículo, incluindo-se esta avaliação para os demais candidatos apenas no exame referente à primeira habilitação. 5 o O condutor que exerce atividade remunerada ao veículo terá essa informação incluída na sua Carteira Nacional de Habilitação, conforme especificações do Conselho Nacional de Trânsito Contran. Não seria equitativo reconhecer o exercício da atividade remunerada para condutores habilitados nas categorias A e B para efeitos de submissão ao exame de aptidão física e mental, mas excluí-los da possibilidade de participação nos cursos preventivos. CAPÍTULO IV DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR Art. 9º O ato instaurador do processo administrativo de suspensão do direito de dirigir de que trata esta Deliberação, conterá o nome, a qualificação do infrator, a(s) infração(ões) com a descrição sucinta dos fatos e a indicação dos dispositivos legais pertinentes. 1º Instaurado o processo, far-se-á a respectiva anotação no prontuário do infrator, a qual não constituirá qualquer impedimento ao exercício dos seus direitos. 2º A autoridade de trânsito deverá expedir notificação ao infrator, contendo no mínimo, os seguintes dados: I - a identificação do infrator e do órgão de registro do documento de habilitação;

11 II - a finalidade da notificação, qual seja, dar ciência da instauração do processo administrativo para imposição da penalidade de suspensão do direito de dirigir por somatório de pontos ou por infração específica; III - a data do término do prazo para apresentação da defesa; IV - informações referentes à(s) infração(ões) que ensejou(aram) a abertura do processo administrativo, fazendo constar: a) o(s) número(s) do(s) auto(s) de infração(ões); b) órgão(s) ou entidade(s) que aplicou(aram) a(s) penalidade(s) de multa; c) a(s) placa(s) do(s) veículo(s); d) tipificação(ões), código(s) da(s) infração(ões) e enquadramento(s) legal(is); e) a(s) data(s) da(s) infração(ões); e f) o somatório dos pontos, quando for o caso. 3º A notificação será expedida ao infrator por remessa postal, por meio tecnológico hábil ou por outro meio que assegure a sua ciência. 4º A ciência da instauração do processo e da data do término do prazo para apresentação da defesa também poderá se dar no próprio órgão ou entidade de trânsito, responsável pelo processo, mediante certidão nos autos. 5º Da notificação constará a data do término do prazo para a apresentação da defesa, que não será inferior a 15 (quinze) dias contados a partir da data da notificação da instauração do processo administrativo. 6º A notificação devolvida, por desatualização do endereço do infrator no RENACH, será considerada válida para todos os efeitos legais. 7º A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de repartições consulares de carreira e de representações de organismos internacionais e de seus integrantes será remetida ao Ministério das Relações Exteriores para as providências cabíveis, passando a correr os prazos a partir do seu conhecimento pelo infrator. 8º Os órgãos de registro do documento de habilitação para fins de instauração do processo de suspensão ou cassação deverão considerar, exclusivamente, as informações constantes no RENAINF ou outro sistema informatizado. Em relação à primeira notificação, a Deliberação 163/2017 não trouxe grandes inovações, mas alguns detalhes devem ser observados: 1º O prazo para a defesa prévia começa a fluir a partir da data da notificação, ou seja, da data em que o infrator tiver a ciência da instauração do processo e não da data da expedição da correspondência.

12 Esse prazo pode ser deflagrado também pela ciência da instauração do processo diretamente no órgão executivo de trânsito, pela emissão de certidão de ciência dos prazos, que será anexada ao processo. Nesse caso, a certidão de ciência dispensa a notificação. Entretanto, o infrator não está obrigado a assinar essa cientificação e nesse caso, a notificação no endereço do infrator continua obrigatória. Mas observe que esta certidão é apenas para a instauração do processo e prazo para defesa previa, sendo obrigatória a segunda notificação. 2º Somente a notificação devolvida por desatualização do endereço será considerada válida. Todos os demais incidentes de notificação impõem a obrigatoriedade de notificar o infrator via edital (art. 22). * Sobre o tema, leia: CAPÍTULO V DA APRESENTAÇÃO DE DEFESA E DE RECURSO Art. 10. Os critérios gerais para apresentação de defesa, recursos ou outros requerimentos deverão seguir as disposições constantes na Resolução CONTRAN nº 299, de 04 de dezembro de 2008, e suas sucedâneas. Primeiramente, como a penalidade de suspensão e cassação da habilitação são impostas ao condutor, este é o único legitimado para interpor defesa contra a penalidade. O Requerimento deve ser endereçado ao órgão de trânsito responsável pela aplicação da penalidade, com a qualificação do condutor, a exposição dos fatos alegados e das provas produzidas. Deve estar assinado pelo condutor ou seu representante legal. Não será conhecido quando for apresentado fora do prazo legal, não for comprovada a legitimidade do recorrente, não houver a assinatura do recorrente ou seu representante legal, não houver o pedido, ou este for incompatível com a situação apresentada. Deve estar acompanhado da cópia da notificação ou certidão emitido pelo órgão de trânsito, cópia da CNH ou outro documento que comprove a assinatura e procuração, se for o caso. A defesa deve ser protocolada diretamente no órgão responsável pela aplicação da penalidade, enviada via postal, se não houver repartições do órgão na cidade do condutor ou eletronicamente, se o órgão de trânsito dispuser desse instrumento.

13 CAPÍTULO VI DA APLICAÇÃO DA PENALIDADE Art. 11. Concluída a análise do processo administrativo, a autoridade do órgão ou entidade de trânsito proferirá decisão motivada e fundamentada. Art. 12. Acolhidas as razões da defesa, o processo será arquivado, dando-se ciência ao interessado. MOTIVAR significa indicar quais são os fundamentos que levaram o julgador a chegar àquela conclusão contida na decisão. Deve indicar os fundamentos de fato e de direito e a correlação com os argumentos e as provas apresentadas, dizendo quais são os motivos que levaram a decidir se o ato administrativo é regular ou irregular. Observe que TODOS os argumentos utilizados pelo condutor devem ser analisados pelo julgado, que não pode simplesmente deixar de enfrentar os temas propostos na peça de defesa sob o simples argumento da fé pública do agente de trânsito ou da consistência do auto de infração, especialmente se houverem provas documentais de que a autuação está irregular. Segundo o entendimento de algumas autoridades de transito, no Processo de Suspensão do Direito de Dirigir e Cassação de Habilitação não pode haver o julgamento de irregularidades ou inconsistências do A.I.T. e nem se analisar as razoes de mérito em relação à autoria e materialidade da infração atribuída ao condutor pela autuação, pois tais matérias já foram objeto de procedimento administrativo próprio, previsto no artigo 280 e seguintes do Código de Trânsito Brasileiro. Ocorreria, segundo essa análise, a preclusão do direito de impugnar o auto de infração de trânsito após a imposição da penalidade de suspensão por acumulo de pontos ou quando se tratar de infrações aplicadas por outros órgãos de trânsito que não seja o executivo de trânsito estadual, já que o processo de suspensão do direito de dirigir representaria a fase de execução da penalidade, grosso modo, como ocorre no direito penal. Em que pese o entendimento dessas autoridades, atribuindo ao processo de MULTA a natureza jurídica de FASE DE CONHECIMENTO e ao processo de suspensão do direito de dirigir a natureza de FASE DE EXECUÇÃO, em evidente alusão ao que ocorre no processo penal, é demasiado devaneio. O Processo administrativo para a imposição da penalidade de Suspensão do Direito de Dirigir é decorrente de uma infração que já havia sido autuada e penalizada em procedimento próprio.

14 Em outras palavras, primeiro ocorre a autuação da infração de trânsito e o julgamento de sua subsistência pela autoridade de trânsito competente para a aplicação da penalidade de multa. Sendo julgada consistente, ocorre a imposição de penalidade e notificação, com prazo para recurso em 1ª instancia. Esgotado o prazo recursal, instaura-se o processo administrativo de suspensão do direito de dirigir. Entretanto, o Código de Trânsito Brasileiro em nenhum momento desvincula o auto de infração da penalidade de suspensão do direito de dirigir, pelo contrário, atribui ao órgão competente (pela imposição da penalidade) a responsabilidade pelo julgamento de sua consistência: Art A autoridade de trânsito, na esfera da competência estabelecida neste Código e dentro de sua circunscrição, julgará a consistência do auto de infração e aplicará a penalidade cabível. Parágrafo único. O auto de infração será arquivado e seu registro julgado insubsistente: I - se considerado inconsistente ou irregular; II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedida a notificação da autuação. Parece tanto quanto evidente que o artigo 281 deve ser analisado em conjunto com o artigo 256, que prevê todas as penalidades que podem ser aplicadas: Art A autoridade de trânsito, na esfera das competências estabelecidas neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá aplicar, às infrações nele previstas, as seguintes penalidades: I - advertência por escrito; II - multa; III - suspensão do direito de dirigir; IV - (Revogado pela Lei nº , de 2016) V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação; VI - cassação da Permissão para Dirigir; VII - freqüência obrigatória em curso de reciclagem.

15 Assim, a autoridade de trânsito competente para aplicar cada uma das penalidades previstas no artigo 256 tem a competência pelo julgamento da consistência do auto de infração, antes de aplicá-la, inclusive na fase de suspensão do direito de dirigir, quer seja por acumulo de pontos, quer seja por infração aplicada por outros órgãos de trânsito. Art. 13. Não apresentada, não conhecida ou não acolhida a defesa, a autoridade de trânsito do órgão de registro do documento de habilitação aplicará a penalidade de suspensão do direito de dirigir. Art. 14. Aplicada a penalidade, a autoridade de trânsito do órgão de registro do documento de habilitação deverá notificar o condutor informando-lhe: I - identificação do órgão de registro do documento de habilitação, responsável pela aplicação da penalidade; II - identificação do infrator e número do registro do documento de habilitação; III - número do processo administrativo; IV - a penalidade de suspensão do direito de dirigir aplicada, incluída a dosimetria fixada, e sua fundamentação legal; V - a data limite para entrega do documento de habilitação físico ou para interpor recurso à JARI; VI - a data em que iniciará o cumprimento da penalidade fixada, caso não seja entregue o documento de habilitação físico e não seja interposto recurso à JARI, nos termos do artigo 15 desta Deliberação. 1º O prazo de que trata o inciso V não será inferior a 30 (trinta) dias. 2º No caso de perda, extravio, furto ou roubo do documento de habilitação físico válido, o condutor deverá providenciar a emissão da 2ª via, para que seja juntada ao processo, a fim de se dar início ao cumprimento da penalidade. Art. 15. A data de início do cumprimento da penalidade será fixada e anotada no RENACH: I - em 15 (quinze) dias corridos, contados do término do prazo para a interposição do recurso, em 1ª ou 2ª instância, caso não seja interposto, inclusive para os casos do documento de habilitação eletrônico; II - no dia subsequente ao término do prazo para entrega do documento de habilitação físico, caso a penalidade seja mantida em 2ª instância recursal; III - na data de entrega do documento de habilitação físico, caso ocorra antes das hipóteses previstas nos incisos I e II. 1º Na notificação de resultado dos recursos de 1ª e de 2ª instâncias deverão constar as informações definidas no art. 14, no que couber.

16 2º A inscrição da penalidade no RENACH conterá a data do início e término da penalidade, período durante qual o condutor deverá realizar o curso de reciclagem. 3º Cumprido o prazo de suspensão do direito de dirigir, caso o condutor não realize ou seja reprovado no curso de reciclagem, deverá ser mantida a restrição no RENACH, que deverá ser impeditivo para devolução ou renovação do documento de habilitação, impressão de 2ª via do documento de habilitação físico ou emissão de Permissão Internacional para Dirigir - PID. 4º Caso o condutor já tenha cumprido o prazo de suspensão do direito de dirigir e seja flagrado na condução de veículo automotor sem ter realizado o curso de reciclagem, e estiver portando o documento de habilitação físico, esta deverá ser recolhida e caso não esteja portando ou se trate de documento eletrônico, caberá a autuação do art. 232 do CTB, observado o disposto no 4º do art. 270 do CTB. Diferentemente da Resolução 182, que estipulava o prazo de 48 horas para a entrega do documento e cumprimento da efetiva penalidade, assim que esgotadas as possibilidades de recursos administrativos, a Deliberação 163/2017 estipula a data de início do cumprimento da penalidade. Essa alteração tem a ver com a jurisprudência pacífica dos tribunais que entendeu que o prazo de suspensão ou cassação somente se iniciava com a entrega do documento no órgão executivo de trânsito. Com a nova regulamentação, a penalidade terá dia exato para o seu início, independentemente do condutor ter entregado a carteira de habilitação. Mas o que isso significa na prática? Significa que, se o condutor não entregar a carteira de habilitação e tiver a sorte de não ser abordado durante o prazo estipulado para a penalidade, bastará que realize o curso de reciclagem para regularizar sua habilitação. O próprio CONTRAN não fez questão de que o condutor entregue o documento para cumprir a penalidade, o que representa um estimulo para que o condutor continue dirigindo mesmo estando com a CNH suspensa. Cabe dizer que a jurisprudência entende que somente com a entrega da CNH no DETRAN é que começa a contar o prazo de suspensão. Então, mesmo que o condutor seja abordado, poderá se valer das jurisprudências como argumento para tecer sua tese de recurso. * Para adquirir a coletânea de jurisprudências de direito de trânsito, acesse:

17 Art. 16. Os órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão aplicar a penalidade de suspensão do direito de dirigir, conforme o disposto no art. 261 do CTB. Art. 17. O documento de habilitação físico, que tiver sido entregue, ficará acostado aos autos e será devolvido ao infrator depois de cumprido o prazo de suspensão do direito de dirigir e comprovada a realização e aprovação no curso de reciclagem, no caso de documento de habilitação eletrônico este deverá ser regularizado na forma estabelecida pelo Departamento Nacional de Trânsito. CAPÍTULO VII DA CASSAÇÃO DO DOCUMENTO DE HABILITAÇÃO Art. 18. Deverá ser instaurado processo administrativo de cassação do documento de habilitação, pela autoridade de trânsito do órgão executivo de seu registro, observado no que couber as disposições dos Capítulos IV, V e VI, desta Deliberação, quando: I - suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir qualquer veículo; A suspensão do direito de dirigir perdura somente durante o prazo anotado no RENACH, ainda que o condutor não tenha realizado o curso de reciclagem e não houver entregado o documento junto ao órgão de trânsito. Entretanto, como já foi dito anteriormente, segundo o entendimento da jurisprudência pacífica de nossos tribunais, o prazo de suspensão somente se inicia com a entrega do documento do DETRAN para o cumprimento da penalidade. II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das infrações previstas no inciso III do Art. 162 e nos Arts. 163, 164, 165, 173, 174 e º Na hipótese prevista no inciso I do caput: I - o processo administrativo será instaurado após esgotados todos os meios de defesa da infração que enseja a penalidade de cassação, na esfera administrativa, devendo o órgão executivo de registro do documento de habilitação observar as informações registradas no RENAINF ou outro sistema; Diferentemente do processo de suspensão do direito de dirigir, o processo de cassação não é concomitante à autuação. Se instaurado antes de esgotadas todas as instancias recursais, pode ser cancelado por violação ao direito de ampla defesa. II - caso o condutor seja autuado por outra infração que preveja suspensão do direito de dirigir, será aberto apenas o processo administrativo para cassação, sem prejuízo da penalidade de multa; III - a autoridade de trânsito de registro do documento de habilitação do condutor, que tomar ciência da condução de veículo automotor por pessoa com direito de dirigir suspenso, por qualquer meio de prova em direito admitido, deverá instaurar o processo de cassação da do documento de habilitação;

18 IV - quando não houver abordagem, não será instaurado processo de cassação do documento de habilitação: a) ao proprietário do veículo nas infrações de sua responsabilidade; b) nas infrações de estacionamento, quando não for possível precisar que o momento inicial da conduta se deu durante o cumprimento da penalidade de suspensão do direito de dirigir. A grande inovação no processo de cassação da habilitação é o reconhecimento pelo CONTRAN das chamadas infrações administrativas, aquelas em que a pessoa é penalizada com pontos em seu prontuário apenas por guardar a relação de proprietário do veículo, sem que efetivamente estivesse conduzindo o veículo. Para essas infrações a Deliberação prevê uma EXCLUDENTE para a instauração do processo de cassação da habilitação. Essa excludente foi adotada também para os casos de veículos estacionados, já que a norma exige que o condutor deve estar CONDUZINDO o veículo quando suspenso o direito de dirigir, fato gerador que não ocorre no veículo que esteja estacionado. Por analogia, a mesma regra utilizada para a cassação da habilitação pode ser estendida ao cancelamento da Permissão Para Dirigir por infrações administrativas, de responsabilidade do proprietário. 2º Na hipótese prevista no inciso II do caput: I- o processo administrativo será instaurado após esgotados todos os meios de defesa da infração que configurou a reincidência, na esfera administrativa, devendo o órgão executivo de registro do documento de habilitação observar as informações registradas no RENAINF ou outro sistema; II para fins de reincidência, serão consideradas as datas de cometimento das infrações, independentemente da fase em que se encontre o processo de aplicação de penalidade da primeira infração; III em relação à primeira infração, serão aplicadas todas as penalidades previstas; IV em relação à infração que configurar reincidência, caso haja previsão de penalidade de suspensão do direito de dirigir, esta deixará de ser aplicada, em razão da cassação. 3º Poderá ser instaurado mais de um processo administrativo para aplicação da penalidade de cassação, concomitantemente. 4º Após a aplicação da penalidade de cassação, o órgão executivo de trânsito de registro do documento de habilitação deverá registrar essa informação no RENACH nos seguintes termos: Documento de habilitação cassado, com as datas de início e de término da penalidade, observado o disposto no Art. 15.

19 De idêntica forma, independentemente do condutor entregar o documento de habilitação, a penalidade já começa seu transcurso de tempo a partir da data de início registrada no RENACH. Art. 19. Decorridos 02 (dois) anos da cassação do documento de habilitação, o infrator poderá requerer a sua reabilitação, submetendo-se a todos os exames necessários, na forma estabelecida no 2º do Art. 263, do CTB. Parágrafo único. Decorrido o prazo previsto no caput, o condutor será considerado inabilitado até a conclusão do processo de reabilitação. Art. 20. A não concessão do documento de habilitação nos termos do 3º do art. 148 do CTB não caracteriza a penalidade de cassação da Permissão para Dirigir. Se a não concessão do documento de habilitação não caracteriza a penalidade de cassação da Permissão Para Dirigir, podemos concluir que, sendo concedida, somente pode ser cancelada ou cassada diante da existência de um processo administrativo específico para aquele fim. Atualmente, após a concessão da CNH, a maioria dos órgãos de trânsito simplesmente cancelam o documento, por pontos ocorridos na época da permissão, sem qualquer procedimento administrativo, afirmando que a expedição da CNH se deu a título precário, situação não contemplada pelo Código de Trânsito Brasileiro. Ademais, tanto a cassação quanto o cancelamento do documento de habilitação conclamam a existência de um processo administrativo cuja previsão legal já está contida no CTB: Art. 263, 1º Constatada, em processo administrativo, a irregularidade na expedição do documento de habilitação, a autoridade expedidora promoverá o seu cancelamento. Art As penalidades de suspensão do direito de dirigir e de cassação do documento de habilitação serão aplicadas por decisão fundamentada da autoridade de trânsito competente, em processo administrativo, assegurado ao infrator amplo direito de defesa. Ou seja, a Deliberação 163/2017 somente confirmou o que já havia sido estabelecido na Lei de trânsito. * Sobre o tema, leia: Art. 21. No caso de perda, extravio, furto ou roubo do documento de habilitação físico válido, o condutor deverá providenciar a emissão da 2ª via, para que seja juntada ao processo, a fim de se dar início ao cumprimento das penalidades de

20 cassação do documento de habilitação e de suspensão do direito de dirigir, que iniciará em 10 (dez) dias corridos caso essa providência não seja adotada. CAPÍTULO VIII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 22. Esgotadas as tentativas para notificar o condutor por meio postal ou pessoal, as notificações de que trata esta Deliberação serão realizadas por edital, na forma disciplinada pela Resolução CONTRAN nº 619, de 06 de setembro de 2016, e suas sucedâneas. Art. 23. Aplicam-se a esta Deliberação, os seguintes prazos prescricionais previstos na Lei nº 9.873, de 23 de novembro de 1999: I - Prescrição da Ação Punitiva: 5 anos; II - Prescrição da Ação Executória: 5 anos; III - Prescrição Intercorrente: 3 anos. 1º O termo inicial da pretensão punitiva relativo à penalidade de suspensão do direito de dirigir será: I - no caso previsto no inciso I do art. 2º desta Deliberação, o dia subsequente ao encerramento da instância administrativa referente à penalidade de multa que totalizar 20 ou mais pontos no período de 12 meses; II - no caso do inciso I do art. 7º desta Deliberação, a data da infração; III - no caso do inciso II do art. 7º desta Deliberação, o dia subsequente ao encerramento da instância administrativa referente à penalidade de multa. 2º O termo inicial da pretensão punitiva relativo à penalidade de cassação do documento de habilitação será: I - no caso do inciso I do art. 18 desta Deliberação, a data do fato; II - no caso do Inciso II do art. 18 desta Deliberação, o dia subsequente ao encerramento da instância administrativa referente à penalidade de multa da infração que configurou a reincidência. 3º Interrompe-se a prescrição da pretensão punitiva com: I - a notificação de instauração do processo administrativo; II - a aplicação da penalidade de suspensão do direito de dirigir ou de cassação do documento de habilitação; III - o julgamento do recurso na JARI, se houver. 4º Suspende-se a prescrição da pretensão punitiva ou da pretensão executória durante a tramitação de processo judicial, do qual o órgão tenha sido cientificado pelo juízo.

21 5º Incide a prescrição intercorrente no procedimento administrativo paralisado por mais de três anos. 6º A declaração de prescrição acarretará o arquivamento do respectivo processo de ofício ou a pedido da parte. 7º A declaração da prescrição das penalidades desta Deliberação não implicará, necessariamente, prejuízo da aplicação das demais penalidades e medidas administrativas previstas para a conduta infracional. Se de um lado, diante do cometimento de um ilicito a Lei permite que o Estado dê início à persecução do infrator para que, empregado os meios legais, a ele seja estabelecida uma punição, de outro, a Lei também exige que essa punição seja perseguida dentre de um espaço razoável de tempo, para que não perca seu caráter sancionador e se torna uma mera vingança contra o infrator. Não existe, pois, penalidade que seja eterna. Ninguém pode viver eternamente assombrado pela possibilidade de ser punido por atos que cairam no esquecimento. A todos é dado o direito de, em algum momento da vida, recuperar a paz e tranquilizar sua alma. Segundo a Lei 9.873, o tempo limite para que o Estado apure a infração cometida e consolide a sanção (pretensão punitiva) é de 5 anos e mais 5 anos para que materialize a penalidade (pretensão executória). Em seu parágrafo 3º a Lei trata das causas interruptivas, ou seja, das causas em que o prazo prescricional volta a ser contado do início, independentemente de quanto tempo já transcorreu (desde que não haja a prescrição intercorrente). Cabe dizer que a Deliberação 163/2017 interpretou erroneamente a Lei em seu favor, aumentando o prazo prescricional. Senão, vejamos o que diz a Lei: Art. 2 o Interrompe-se a prescrição da ação punitiva I pela notificação ou citação do indiciado ou acusado, inclusive por meio de edital; II - por qualquer ato inequívoco, que importe apuração do fato; III - pela decisão condenatória recorrível.

22 IV por qualquer ato inequívoco que importe em manifestação expressa de tentativa de solução conciliatória no âmbito interno da administração pública federal. Notificado o infrator, temos a primeira interrupção do prazo prescricional (art. 2º, I). Nessa notificação, o condutor é chamado ao processo administrativo para apresentar defesa e debater os fatos a ele imputados, iniciando a fase contraditória. Nesse momento, pode ocorrer duas situações: 1ª O Condutor interpõe defesa previa, que é julgada pela autoridade de trânsito, mantendo ou afastando a penalidade. 2ª O condutor não interpõe defesa previa e a autoridade de trânsito, analisando a consistência da autuação à revelia, aplicando a penalidade. De qualquer maneira, havendo ou não a defesa previa, haverá a decisão da autoridade de trânsito, aplicando a penalidade. Art. 13. Não apresentada, não conhecida ou não acolhida a defesa, a autoridade de trânsito do órgão de registro do documento de habilitação aplicará a penalidade de suspensão do direito de dirigir. Da decisão de APLICAR a penalidade (1ª condenação), cabe recurso à JARI, momento em que ocorre a segunda interrupção do processo, pela decisão condenatória recorrível (art. 2º, III). Ou seja, a interrupção do prazo prescricional ocorre com a primeira decisão da autoridade de trânsito, impondo a penalidade, não podendo ser interrompida novamente pela segunda decisão condenatória da JARI, já que não existe essa previsão na Lei Havendo dois prazos interruptivos dentro da mesma fase do contraditório, haveria prejuízo ao princípio da eficiência, um dos norteadores do processo administrativo. EXEMPLO: Nos casos em que a penalidade de suspensão não seja concomitante, esgotadas todas as possibilidades de defesa contra a multa, o órgão executivo terá 5 anos para iniciar o processo de suspensão ou cassação, notificando o condutor e concedendo-lhe prazo para defesa previa. Feita a notificação, interrompe-se o prazo prescricional. Não apresentada, não conhecida ou não acolhida a defesa, a autoridade de trânsito terá 3 anos para decidir pela aplicação da penalidade de suspensão do direito de dirigir. Aplicada a penalidade, interrompe-se o prazo prescricional, pela decisão condenatória recorrível à JARI. Interposto o Recurso, a JARI terá o prazo de 3 anos para julgar a peça, mantendo a decisão de aplicar a

23 penalidade ou alterando a decisão, arquivando o processo. Decidindo pela aplicação, caberá recurso em segunda instância (CONTRAN, CETRAN, CONTRANDIFE ou COLEGIADO DA JARI). Não interposto recurso, inicia-se a fase executória da penalidade, que deverá ser concluída em 5 anos. Interposto o recurso, deverá ser julgado dentro do prazo final da prescrição, que pode variar entre 2 anos, no caso da JARI ter utilizado o prazo limite para a prescrição intercorrente e 3 anos, no caso, o prazo limite da prescrição intercorrente. Logo, um processo administrativo pode durar até 18 anos (5 para a notificação + 3 aplicar a penalidade + 3 recurso a JARI + 2 recurso em segunda instancia + 5 anos para executar a penalidade) Por fim, cabe dizer que, quando o fato for punível simultaneamente no âmbito administrativo e criminal, como no caso da embriaguez, fica afastado o prazo prescricional geral de 5 anos, devendo incidir os prazos previstos em um dos incisos do art. 109, do Código Penal, podendo variar entre 3 a 8 anos. Art. 24. No curso do processo administrativo de que trata esta Deliberação não incidirá nenhuma restrição no prontuário do infrator, inclusive para fins de mudança de categoria do documento de habilitação, renovação e transferência para outra unidade da Federação, até a efetiva aplicação da penalidade de suspensão ou cassação do documento de habilitação. 1º O processo administrativo deverá ser concluído pelo órgão ou entidade de trânsito que o instaurou, mesmo que haja transferência do prontuário para outra unidade da Federação. 2º Na hipótese do 1º, o órgão ou entidade de trânsito que aplicar a penalidade de suspensão do direito de dirigir ou cassação do documento de habilitação deverá comunicá-la ao órgão executivo estadual de trânsito de registro do documento de habilitação do condutor para o cadastramento da penalidade no RENACH. Art. 25. A apresentação de defesas, recursos e outros requerimentos previstos nesta Deliberação poderá ser realizada por meio eletrônico, quando disponível pelo órgão. Art. 26. Os atos referentes aos processos de que trata esta Deliberação deverão ser registrados no RENACH e no RENAINF. Art. 27. As disposições desta Deliberação aplicam-se, no que couber, à Permissão para Dirigir, à Autorização para Conduzir Ciclomotor e à Permissão Internacional para Dirigir. Art. 28. Os prazos de suspensão do direito de dirigir para processo instaurado em decorrência da contagem de 20 (vinte) ou mais pontos, em que haja uma ou mais infrações praticadas antes de 1º de novembro de 2016, serão os estabelecidos no art. 16 da Resolução CONTRAN nº 182, de 09 de setembro de 2005.

24 Art. 29. As informações de que trata o 2º do art. 15 referentes às penalidades aplicadas sob a égide da Resolução CONTRAN nº 182, de 2005, deverão ser lançadas pelos órgãos executivos de trânsito no prazo de 12 (doze) meses da publicação desta Deliberação, na forma estabelecida no art. 15. Art. 30. Ficam convalidadas as penalidades e medidas administrativas aplicadas sob a égide da Resolução CONTRAN nº 182, de Art. 31. Ficam revogadas as disposições da Resolução CONTRAN nº 182, de 2005, com exceção do art. 16, que permanecerá aplicável às infrações cometidas antes de 1º de novembro de Art. 32. Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação. ELMER COELHO VICENZI Presidente.

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