03 - EFLUENTES LÍQUIDOS
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- Judite de Figueiredo di Azevedo
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1 03 - EFLUENTES LÍQUIDOS
2 EFLUENTES LÍQUIDO INDUSTRIAL Despejo líquido proveniente do estabelecimento industrial, compreendendo efluentes de processo industrial, águas de refrigeração poluídas, águas pluviais poluídas e esgoto doméstico (NBR 9800/87)
3 EFLUENTES DO PROCESSO INDUSTRIAL Despejos líquidos provenientes das áreas de processamento industrial, incluindo os originados nos processos de produção, as águas de lavagem de operação de limpeza e outras fontes, que comprovadamente apresentem poluição por produtos utilizados ou produzidos no estabelecimento industrial.
4 PERANTE A LEI Efluente fora de características domésticas e não autorizado a ser lançado na rede pública de esgoto, deve: Ser tratado no local de geração e destinado a corpo hídrico receptor (com autorização); ou Ser tratado no local de geração e destinado a rede pública de esgoto, quando autorizado; ou Ser armazenado no local de geração e ser enviado a tratamento fora da empresa;
5 Natureza das Águas Residuárias A quantidade e a concentração dos despejos de uma determinada indústria variam dentro de amplos limites, dependendo dos processos de fabricação empregados e dos métodos de controle dos despejos. Cada indústria é um caso distinto e que, entre indústrias do mesmo tipo, existem despejos diferentes.
6 Temperatura da água: corresponde a parâmetro essencial para viabilidade de vida aquática; Agente regulador e limitante; Influência na dissolução de compostos químicos; ph: medição do potencial hidrogeniônico da água ph: medição do potencial hidrogeniônico da água (níveldeíonsh + ); Agente regulador e limitante; Alteração na dinâmica de reações;
7 OD (Oxigênio Dissolvido): corresponde a quantidade de oxigênio dissolvido no meio aquático e disponível para respiração aeróbia; Agentelimitante; Agenteoxidante; DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio): é a quantidade de oxigênio necessário para que toda a matéria orgânica disponível no meio aquático seja biodegradada(hipotético); DQO (Demanda Química de Oxigênio): é a quantidade de oxigênio necessário para que toda a matéria orgânica disponível no meio aquático seja degradada quimicamente por oxidação(hipotético);
8 Relação DQO-DBO DQO DBO(sempre) DBO = M. Obio. degradável DQO = M. Obio. ( DBO) + M. O. nãobio M.O. biodegradável = DBO M.O. não biodegradável = compostos recalcitrantes Compostos tóxicos aos microorganismos; Compostos insolúveis em água;
9 Sólidos Dissolvidos fração sólida com diâmetro inferior ouiguala0,45µm; Sólidos Suspensos fração sólida com diâmetro superior a 0,45 µm; Nitrogênio e suas frações: comum em fertilizantes, excretas humanos e processos industriais específicos; Fósforo e suas frações: comum em detergentes, Fósforo e suas frações: comum em detergentes, fertilizantes, pesticidas e processos industriais específicos;
10 COT (Carbono orgânico total): identificação de matéria orgânica sem diferenciação de degradabilidade; Óleos e graxas: materiais insolúveis em água, tais como graxa, óleos e sabões. Turbidez: parâmetro que tem relação com material suspenso em água; Cor: parâmetro semelhante a turbidez, mas com matéria dissolvida; E. coli: indicador de contaminação por esgoto doméstico;
11 CONAMA 357/2005: Trata da classificação de corpos hídricos, qualidade da água deles e padrões de lançamento de efluentes; Água Tipos Doce-<0,5% Salobra 0,5à30% Salgada->30% Classes Especial,I,II,IIIeIV Parâmetros de qualidade da água ph,od,dbo,n,p,cot,etc. CONAMA 430/2011: Trata dos padrões de lançamento de efluentes; Parâmetros de lançamento de efluentes(concentrações) ph,od,dbo,n,p,cot,etc.
12 DBO ( mist) = DBO ( efl). Q Q ( efl) ( efl) + + DBO Q ( rio) ( rio). Q ( rio)
13 Carga Poluidora A carga poluidora mostra o potencial poluidor de um efluente. A carga é expressa em termos de massa por unidade de tempo, podendo ser calculada: Carga = concentração x vazão Carga = contribuição per capita x população Carga = contribuição por unidade produzida x produção Carga= contribuição por unidade de área x área
14 Uma empresa alimentícia lança efluente tratado em um rio próximo a ela, possuindo outorga de lançamento para isso. A concentração de DBO no rio e no efluente da indústria, bem como o limite de DBO para rio classe 2, encontram-se abaixo: DBOrio= 4 mg/l DBOefl= 50 mg/l DBOconama 5 mg/l Considerando que a vazão do rio é de 5 m 3 /s e a vazão efluente é de 200 L/s, a) verifique se a empresa está atendendo a DBOconama(mantendo a qualidade do rio). b) Caso não esteja, qual deveria ser a DBO máxima a ser lançada pela empresa para que ela não altere a classe do rio?
15 Tratamento de efluentes líquidos Efluente Bruto N Efluente tratado N Patogênicos MO Patogênicos MO P O quê remover? P Quanto remover? Processo Físico; Processo Biológico; Processo Químico;
16 a) Processos físicos Envolvem processos físicos (interceptação e sedimentação) na remoção do poluente Utilizados para: Remoção de sólidos grosseiros Remoção de sólidos sedimentáveis Remoção de sólidos flutuantes Remoção da umidade do lodo Homogeneização e equalização de efluentes Diluição de águas residuária Unidades de tratamento: Grades de limpeza manual ou mecanizada Peneiras estáticas, vibratórias ou rotativas Caixas de areia simples ou aeradas Tanques de retenção de materiais flutuantes Decantadores Flotadores a ar dissolvidos Leitos de secagem de lodo Filtros prensa e a vácuo Centrífugas Filtros de areia Adsorção em carvão ativada
17 b) Processos biológicos Dependem da ação de microrganismos aeróbios ou anaeróbios na remoção/transformação do poluente Unidades de tratamento: Lodos ativados e suas variações Filtros biológicos anaeróbios ou aeróbios Lagoas aeradas Lagoas de estabilização facultativas e anaeróbias Digestores anaeróbios de fluxo ascendente
18 c) Processos químicos Utilizam produtos químicos para: Aumentar eficiência de remoção de um elemento ou substância Modificar seu estado ou estrutura ou Alterar suas características químicas Unidades de tratamento: Coagulação-floculação Precipitação química Oxidação Cloração Neutralização ou correção do ph
19 - Classificação dos sistemas de tratamento Englobam um ou mais processos descritos Classificados em função do tipo de material removido e da eficiência de remoção Tratamento Tratamento Tratamento Tratamento Tratamento Tratamento preliminar primário secundário terciário de lodos físico-químico
20 Tratamento Finalidade Unidadesdetratamento Preliminar Remoção de sólidos grosseiros Grades, peneiras, caixas de areia, Caixas de retenção de óleos e graxas Primário Remoção de resíduos finos em Suspensão nos efluentes Tanques de flotação,decantadores, Fossas sépticas Secundário Reduzir teor de matéria Orgânica Lodos ativados, filtros biológicos, Lagoas aeradas,lagoas de estabilização, Digestor anaeróbio de fluxo ascendente e sistemas de disposição no solo,etc Terciário Remoção de substâncias não Eliminadas nos tratamentos anteriores, como nutrientes, Microrganismos patogênicos, cor,etc Lagoas de maturação,cloração(!!), Ozonização, radiações ultravioletas, Filtros de carvão ativo e precipitação Química em alguns casos Lodos Desidratação ou adequação Para disposição final Leitos de secagem,centrífugas, filtros prensa, filtros a vácuo, prensas desaguadoras, digestão anaeróbica ou aeróbica,incineração, disposição no Solo Físicoquímicos Remoção de sólidos de todos Os tipos e alteração das Características físico-químicas Coagulação, floculação, precipitação química, oxidação e neutralização
21 Aspectos importantes na seleção de sistema de tratamento de efluentes Eficiência (desejada ou exigida por legislação) Confiabilidade Disposição do lodo Requisitos de área Impactos ambientais Custos de operação Custos de implantação Sustentabilidade Simplicidade
22 Prevenir/ Eliminar/ Minimizar Reusar/ reciclar Estudo de materiais Estudo de misturas Melhoria no Tratamento Qualidade do efluente Tratar
23 Disposição
24 Exemplo: Processo de Fabricação de batata frita Recebimento Armazenamento Seleção Lavagem Descascamento Lavagem Corte Lavagem Retirada do excesso de óleo Remoção de água Salga Resfriamento Embalagem Selamento Armazenamento
8 Tratamento de efluentes líquidos
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