Pode-se destacar alguns aspectos positivos já alcançados, dos quais, listamos:
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- Suzana Câmara Bentes
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1 São Paulo, 27 de março de Prezada Senhora, Annalina Camboim de Azevedo. Diretora de Avaliação da Conformidade (DCONF) Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial INMETRO Ref.: Programa Brasileiro de Etiquetagem da Portaria Nº 455/2010. Prezada Senhora, A ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), entidade classe de base nacional, existente e atuante desde 1937, representa o setor industrial composto de cerca de empresas que, no conjunto, somam um faturamento anual da ordem de R$ 80 bilhões, exportam US$ 10 bilhões, e empregam, diretamente, mais de trabalhadores, de alta qualificação e experiência profissional. A CSBM (Câmara Setorial de Bombas e Motobombas) é uma das 34 câmaras setoriais da ABIMAQ e atua há mais de cinco décadas no desenvolvimento do segmento fabricante de bombas e motobombas, representando mais de 50 empresas, responsáveis pela geração de empregos diretos da ordem de 11 mil trabalhadores. O Programa Brasileiro de Etiquetagem, sob coordenação do INMETRO e participação dos fabricantes e da UNIFEI, e que teve seu início oficial através da publicação da portaria 455 em 01 dezembro de 2010, tem como foco principal a eficiência energética dos produtos e representa um avanço ao setor. Pode-se destacar alguns aspectos positivos já alcançados, dos quais, listamos: - Equalização de resultado de testes e procedimentos dos laboratórios dos fabricantes conforme parâmetros e margens estabelecidas em conformidade com o laboratório referência UNIFEI, tendo como consequência imediata maior confiabilidade dos dados apresentados aos consumidores; - Informação aos consumidores através de etiqueta informativa da eficiência energética do produto comercializado. Porém no entender dos fabricantes, aqui representados por sua entidade associativa ABIMAQ e câmara setorial CSBM, o programa merece neste momento ajustes a aprimoramentos para que não se afaste do seu foco principal que é propiciar o desenvolvimento de produtos cada vez mais eficientes a serem disponibilizados ao mercado. No atual momento, a operação do programa (leia-se ferramenta Orquestra) se mostra bastante burocrática e custosa, penalizando justamente os participantes do programa, ao passo que muitos atores do mercado continuam atuando fora das exigências do programa. 1
2 Desta forma, considerando que o RAC - REQUISITOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE PARA BOMBAS E MOTOBOMBAS CENTRÍFUGAS é documento oficial aprovado pela Portaria Nº 455 de 01 de Dezembro de 2010 e que está disponível no site do INMETRO; Considerando que este documento é o referencial oficial a ser seguido para procedimento das empresas fabricantes participantes e interessadas em aderir ao programa, de laboratórios de teste homologados e órgãos de fiscalização, e que também serve para consulta pública; Considerando que o RAC aprovada reflete as decisões por consenso do Grupo de Trabalho - GTBombas, com participação do INMETRO, UNIFEI (laboratório escolhido como referencia técnica) e fabricantes, através das Atas de reunião (40 até o momento); Considerando que o programa é recente e na prática requer ajustes naturais; Os fabricantes através de sua associação representativa Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos ABIMAQ e integrantes da Câmara Setorial de Bombas e Motobombas - CSBM, vêm respeitosamente solicitar as seguintes alterações no referido RAC: Item RAC: 1 OBJETIVO Estabelecer os critérios para o programa de avaliação da conformidade para bombas e motobombas centrífugas, através do mecanismo da etiquetagem, para utilização da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia ENCE, atendendo aos requisitos do Programa Brasileiro de Etiquetagem PBE, visando à eficiência energética através da comparabilidade entre todos os produtos comercializados de uma linha de produtos, anualmente, de forma a situar o consumidor sobre o desempenho dos produtos, nas diversas faixas de vazão e pressão (altura manométrica) disponíveis, com os seus respectivos consumos de energia. O presente RAC abrange as bombas de rotores fechados, semiabertos e abertos, bombas centrífugas autoaspirantes, bombas multi-estágio, com eixo horizontal ou vertical, até 25 CV, para as Bombas Centrífugas Trifásicas Monobloco e Bombas Mancalizadas, e até 15 CV, para as Bombas Centrífugas Monofásicas Monobloco. As bombas denominadas Estabelecer os critérios para o programa de avaliação da conformidade para bombas e motobombas centrífugas, através do mecanismo da etiquetagem, para utilização da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia ENCE, atendendo aos requisitos do Programa Brasileiro de Etiquetagem PBE, visando à eficiência energética através da comparabilidade entre todos os produtos comercializados de uma linha de produtos, anualmente, de forma a situar o consumidor sobre o desempenho dos produtos, nas diversas faixas de vazão e pressão (altura manométrica) disponíveis, com os seus respectivos consumos de energia. O presente RAC tem a seguinte abrangência: - bombas mancalizadas e motobombas (bombas monobloco) hidráulicas de fluxo; - quanto à forma do rotor: centrífugas; - quanto à entrada de fluido no rotor: simples sucção e dupla sucção; - quanto à posição das pás no rotor: rotor fechado, rotor aberto e rotor semi-aberto; - quanto ao nº de rotores em O presente RAC deve definir claramente a abrangência (escopo) dos produtos envolvidos na portaria. O RAC atual está desatualizada. O texto sugerido reflete escopo decidido em ATA da 37a. Reunião GTBombas, em 27/06/2012 (anexa), no INMETRO - RJ, bem como suas exclusões. 2
3 injetoras e bombas com injetor interno estão excluídas deste escopo. uma mesma carcaça: monoestágio e multiestágio; - quanto à posição da bomba: eixo horizontal e eixo vertical; - quanto à potência motriz: bombas hidráulicas de fluxo mancalizadas acionadas por motores elétricos monofásicos até 15 cv e por motores elétricos trifásicos até 25 cv; motobombas hidráulicas de fluxo acionadas por motores elétricos monofásicos até 15 cv e por motores elétricos trifásicos até 25 cv; - quanto à refrigeração do motor elétrico de acionamento: motores elétricos refrigerados a ar; - quanto à aplicação, com água limpa ou não, os ensaios serão com água limpa. Exclusões da abrangência desta portaria: - bombas e motobombas do tipo: submersa; submersível; periférica ou regenerativa; sapo ou vibratória; injetora ou ejetora; injetora com injetor interno; pistão ou embolo; lóbulos; parafuso; diafragma; engrenagem; carneiro; peristáltica e dosadora, assim como as motobombas cujos motores sejam refrigerados por outro meio que não exclusivamente o ar. Item RAC: 3 DEFINIÇÕES 3.2 Família Texto decidido na ATA da 37a Os produtos são agrupados Reunião GTBombas, em em famílias de modelos 27/06/2012, no INMETRO - RJ. cujos princípios funcionais e de construção elétrica sejam semelhantes. 3.2 Família Os produtos são agrupados em famílias de modelos cujos princípios funcionais e de construção elétrica sejam semelhantes. O critério técnico de agrupamento de família ficará sob responsabilidade do fornecedor. "O Inmetro informou que fica mantida o critério de família descrito no RAC anexo a Portaria Inmetro nº 455/2010 e os critérios técnicos da família ficará sob responsabilidade do fornecedor" 3
4 Item RAC: 7 ETAPAS DO PROCEDIMENTO DE ETIQUETAGEM 7.5 Quarta etapa Avaliação da Manutenção da Conformidade do Produto 7.5 Quarta etapa Avaliação da Manutenção da Conformidade do Produto De forma a verificar a manutenção das características dos modelos produzidos, o Inmetro definirá a cada ano os modelos que deverão ser submetidos aos ensaios conforme previsto neste RAC Será coletado 1 (um) conjunto moto-bomba para cada 5 (cinco) modelos de uma mesma família. O fornecedor terá 5 (cinco) dias para enviar o produto ao laboratório acreditado e designado, a contar da data de recebimento do comunicado, segundo declaração constante nas PET (Anexo III) De forma a verificar a manutenção das características dos modelos produzidos, o Inmetro definirá a cada 04 anos os modelos que deverão ser submetidos aos ensaios conforme previsto neste RAC Será coletado 1 (um) modelo conjunto motobomba, não repetitivo, por família registrada. O fornecedor terá 5 (cinco) dias para enviar o produto ao laboratório acreditado e designado, a contar da data de recebimento do comunicado, segundo declaração constante nas PET (Anexo III). A periodicidade anual do ACP para bomba/motobomba não parece adequada ao tipo de produto metal mecânico com ciclo de vida longo. Sugerimos que o período do ACP seja coincidente com o de renovação do registro de objeto, de 04 (quatro) em 04 (quatro) anos. Além disso, devido ao numero enorme de modelos de cada fabricante, o custo anual com os testes do ACP são enormes, com grande impacto direto. Desta forma, 01 (um) modelo de bomba/motobomba por família de produto é bastante razoável em termos de custo e de operação por parte da empresa e do INMETRO. A escolha do modelo a ser coletado é de responsabilidade do PBE. A escolha do modelo a ser coletado é de responsabilidade do PBE. Item RAC: 9 REGISTRO DO PRODUTO NO INMETRO 9.1 Concessão do Registro 9.1 Concessão do Registro O Registro tem sua validade vinculada ao prazo de 01(um) ano de sua concessão O Registro tem sua validade vinculada ao prazo de 04(quatro) anos de sua concessão Aderência ao item 3 acima - coincidência entre o período de ACP e renovação de registro. A própria renovação de registro seria a Avaliação da Manutenção de Conformidade do Produto (ACP) Os documentos para a solicitação do Registro da bomba centrífuga e motobomba devem ser anexados ao sistema e são os seguintes: a) Solicitação de Etiquetagem e cópia do Contrato/Estatuto Social comprovando que o solicitante está legalmente investido de poderes para representá-la; b) Termo de compromisso da avaliação Os documentos para a solicitação do Registro da bomba centrífuga e motobomba devem ser anexados ao sistema e são os seguintes: a) Solicitação de Etiquetagem e cópia do Contrato/Estatuto Social comprovando que o solicitante está legalmente investido de poderes para representá-la; b) Termo de compromisso da avaliação Quando se solicita o registro de uma família nova (que pode ter inúmeros modelos), não faz sentido solicitar relatório de ensaio de todos os modelos. As PETs de cada modelo já acompanham a solicitação e trazem as informações de cada modelo especifico. Faz sentido anexar aos documentos solicitados o relatório interlaboratorial, que comprova que o laboratório do fabricante está autorizado a declarar os dados dos modelos fabricados. 4
5 da conformidade assinado pelo representante legal, responsável pela comercialização da bomba centrífuga e motobomba no País; c) Os relatórios de ensaios, respeitadas as disposições previstas nesse RAC, demonstrando a Não há menção no RAC Número de Registro de Objeto por Família. da conformidade assinado pelo representante legal responsável pela comercialização da bomba centrífuga e motobomba no País; c) Relatórios de ensaio interlaboratorial, para as empresas que tenham laboratório próprio, respeitadas as disposições previstas nesse RAC, demonstrando a d) relatório de ensaio de cada modelo solicitado para as empresas que não tenham laboratório próprio, respeitadas as disposições previstas nesse RAC, demonstrando a O numero de registro de objeto, quando concedido dentro do previsto nesse RAC, será único por família de produto, independentemente do tipo de acionamento da motobomba (trifásica, monofásica ou mancalizada). Caso a empresa solicitante não tenha laboratório próprio, deve então apresentar relatório de ensaio para todos os modelos, os quais são realizados em laboratório homologado pelo INMETRO. Atualmente uma mesma família de produtos pode ter até 03 (três) números de registros diferentes, ou seja, um número registro quando a motobomba é acionada por motor trifásico, outro quando é acionada por motor monofásico e um mais quando há versão mancalizada. Não há menção no RAC hoje sobre esta separação por tipo de acionador na concessão do registro. Parece mais logico, coerente e claro que uma família de produtos tenha somente um numero de Registro. As características de cada modelo, em termos de desempenho e eficiência, estão impressas na etiqueta ENCE de cada um, e forma que não há prejuízo algum em termos de informação ao cliente. Além disso, a manutenção por parte do Inmetro/Orquestra se simplifica e os custos para o fabricante diminuem. Entendemos que o programa tem o seu mérito pelo grau de pioneirismo, porém ajustes são necessários na sua implementação, para que os fabricantes dediquem mais tempo à pesquisa e desenvolvimento de projetos de produtos com maior eficiência energética e não à manutenção do sistema e discussões periféricas sobre a metodologia ou critérios de avaliação. Na certeza da costumeira atenção e compreensão com que V. Senhoria tem nos distinguido, valemo-nos do ensejo para renovar as expressões do nosso apreço e consideração. Respeitosamente, Carlos Walter Presidente da CSBM Câmara Setorial de Bombas e Motobombas 5
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