REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE DE ITABUNA CAPÍTULO I DA FINALIDADE
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- Jessica Santarém Bennert
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1 REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE DE ITABUNA CAPÍTULO I DA FINALIDADE Art. 1º - O Conselho Municipal de Saúde de Itabuna (CMSI), órgão colegiado permanente, de caráter consultivo, deliberativo e fiscalizador, criado pela Lei Orgânica Municipal (Cap 3º, Art.208 e 209) e reformulado pela lei 2.233, de e em conformidade com a Resolução do Conselho Nacional de Saúde nº 453, de 10 de maio de 2012, tem como objetivo maior a saúde da população Itabunense, tendo nesse sentido a responsabilidade de, em consonância com as políticas estadual e federal para o setor, implementar o Sistema Único de Saúde (SUS). São atribuições específicas do CMSI, o acompanhamento e avaliação da implementação do SUS e o desenvolvimento do processo de municipalização dos serviços de saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros cujas decisões serão homologadas pelo Governo Municipal ou seu preposto legalmente autorizado. Art. 2º - Para fins de garantir o cumprimento do mandamento constitucional de participação da comunidade na organização do sistema, o CMSI articular-se-á com os Conselhos Locais de Saúde. Parágrafo único A organização e o funcionamento dos conselhos Locais de Saúde serão disciplinados em regimento interno comum aprovado pelo CMSI. CAPÍTULO II DA COMPETÊNCIA Art. 3º - Ao Conselho Municipal de Saúde compete: I. Analisar os indicadores do nível de saúde e de organização e funcionamento dos serviços com vistas à formulação de política da saúde;
2 II. Apreciar estudos sobre eficiência e efetividade das ações e serviços de saúde mediante a confrontação dos recursos empregados na produção com os resultados obtidos, de modo a atuar na formulação de diretrizes para o funcionamento, avaliação e controle do SUS municipal; III. Analisar prioridades para a elaboração do Plano municipal de Saúde, e estratégia de ação em conformidade com a realidade epidemiológica e com a disponibilidade dos recursos humanos, financeiros e materiais; IV. Discutir e aprovar o Plano Municipal de Saúde; V. Propor mecanismos de fiscalização, avaliação e controle dos serviços de saúde com vistas ao contínuo aperfeiçoamento do SUS municipal e a integração, cada vez maior, de seus elementos constituídos; VI. Criar Comissões Técnicas para discussão de temas específicos e para a apresentação de sugestões destinadas a subsidiar decisões das respectivas áreas, visando melhorar o funcionamento do Conselho e do SUS municipal; VII. Envidar esforços para a coerência das políticas, diretrizes e planos de saúde nos três níveis de governo com a finalidade de otimizar os recursos disponíveis, respeitadas as peculiaridades de cada qual; VIII. Examinar críticas, sugestões e denúncias encaminhadas aplicando, no que couber, através das autoridades competentes, os dispositivos legais e técnicas pertinentes; IX. Sugerir temas a serem discutidos na Conferência Municipal de saúde; X. Convocar e organizar a Conferência Municipal de Saúde redigindo o seu Regimento; XI. Convidar representantes de entidades, autoridades, cientistas, técnicos nacionais e estrangeiros para colaborarem ou assessorarem as Comissões Técnicas instituídas no âmbito do próprio Conselho; XII. Fiscalizar o cumprimento da legislação pertinente ao Sistema Único de Saúde (SUS); XIII. Propor a adoção de critérios que definam qualidade e melhor resolutividade, verificando o processo de incorporação dos avanços científicos e tecnológicos da área; XIV. Apreciar recursos a respeito das deliberações do Conselho; XV. Acompanhar a movimentação de recursos repassados à Secretaria da Saúde do Município e ou ao Fundo Municipal de Saúde;
3 XVI. XVII. XVIII. XIX. XX. Propor critérios para a programação e para as execuções financeiras e orçamentárias do Fundo Municipal de Saúde, acompanhando a movimentação e destinação dos recursos; Analisar ou propor critérios e diretrizes quanto à localização e o tipo de unidades prestadoras de serviços de saúde pública e privada no âmbito do SUS; Estimular e promover estudos e pesquisas sobre assunto e temas na área de saúde de interesse para o desenvolvimento do SUS; Aprovar ou reformular este Regimento; Exercer outras atividades correlatas. CAPÍTULO III DA COMPOSIÇÃO Art. 4º- O Conselho Municipal de Saúde de Itabuna será composto por 24 (vinte e quatro) representantes, de forma paritária, respeitando o disposto na Resolução nº 453/2012, do Conselho Nacional de Saúde CNS e da Lei Municipal nº 2233 de 18 de junho de que determinam a seguinte distribuição percentual: I - 25% (vinte e cinco por cento) de representação de governo (estadual e municipal), de prestadores de serviços públicos ou privados conveniados, ou sem fins lucrativos nas áreas de saúde; II - 25% (vinte e cinco por cento) de entidades de representação municipal dos trabalhadores na área da saúde; III - 50% (cinquenta por cento) de entidades de representação municipal de usuários. 1º - Para efeitos da distribuição percentual consideram-se: I - representantes do Governo: a) o Secretário de Saúde do Município de Itabuna; b) 01 (um) representante indicado pelo titular da Secretaria de Assistência Social; c) 01 (um) representante da 7ª DIRES; II - representantes de prestadores de serviços na área de saúde:
4 a) 01 (um) representante dos prestadores de serviços de saúde filantrópicos; b) 01 (um) representante da Comunidade Científica; c) 01 (um) representante do Hospital Público Municipal; III - representantes de trabalhadores na área de saúde: a) 03 (três) representantes de entidades congregadas em Sindicatos com atuação na área da saúde; b) 03 (três) representantes de Conselhos de Classe e demais Associações Profissionais da área da saúde; IV - representantes de usuários: a) 01 (um) representante de Entidades de Patologias; b) 02 (dois) representantes de entidades congregadas em sindicatos de trabalhadores urbanos,exceto entidades da área de saúde; c) 01 (um) representante de entidades congregadas em sindicato de trabalhadores rurais, exceto entidades da área de saúde; d) 01 (um) representante de entidades de Pessoas com Deficiências; e) 01 (um) representante de entidades e Associações Patronais urbanas e rurais, exceto entidades patronais da área da saúde; f) 01 (um) representante de Entidades Religiosas; g) 01 (um) representante de entidades de Mulheres Organizadas na área de saúde; h) 01 (um) representante de sindicato de Aposentados ou Pensionistas; i) 01 (um) representante de movimento e organização de moradores; j) 01 (um) representante de movimento sociais e populares (negro e LGBT); l) 01 (um) representante de entidades de defesa do consumidor. 2º - Para cada titular corresponderá 01 (um) suplente representativo de cada entidade, ou instituição, obrigatoriamente do mesmo segmento. 3º - A representação dos usuários no Conselho Municipal de Saúde dar-se-á de forma paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos, sendo resguardada a proporcionalidade entre os demais segmentos, nos termos da Resolução nº 453/2012, do Conselho Nacional de Saúde CNS.
5 CAPÍTULO IV DA ORGANIZAÇÃO Art. 5º - O CMSI, tem a seguinte organização: I - Plenário II Coordenação Executiva; III - Secretaria Executiva; IV Comissões Técnicas V - Grupos de Trabalho VI Comissão de Ética. Art. 6º A Coordenação executiva terá a seguinte composição I Presidente; II Vice Presidente; III Secretário Geral; IV Secretário Adjunto. Parágrafo único As demais comissões serão composta de acordo com a Lei Municipal nº de 18 de junho de 2013 e a Resolução nº 453 de maio/2012 do CNS. CAPITULO V DO FUNCIONAMENTO Art. 7º - O CMSI reunir-se-á nas dependências que lhe forem destinadas, em sessões ordinárias mensais, estabelecendo-se as primeiras quartas-feiras e o horário das 17h, com duração máxima de 03h, com 30 minutos de prorrogação.
6 Parágrafo único - As sessões plenárias do CMSI instalar-se-ão em primeira convocação com a presença de pelo menos 1/3 dos seus membros; 20 minutos após em segunda convocação com qualquer numero. Art. 8º - O Conselho poderá reunir-se extraordinariamente, mediante convocação de seu Presidente ou por requerimento de um terço de seus membros, sempre que necessário, em dia e horário definidos de acordo a necessidade e viabilidade. Art. 9º - Deixará de ser conselheiro o representante que sem causa justificada, faltar três (03) reuniões ordinárias consecutivas ou seis (06) alternadas no prazo de doze meses. Art. 10º - As reuniões ordinárias obedecem a seguinte ordem: 1. Verificação do número de conselheiros presentes e abertura dos trabalhos; 2. Leitura, discussão e aprovação da ata anterior quando necessário; 3. Apreciação, discussão e deliberação da pauta do dia. 4. Avisos, apresentação de moções e requerimentos. Parágrafo Único Os membros do CMSI deverão ser informados da pauta da reunião ordinária, com antecedência mínima de 10 dias. A pauta só poderá ser modificada quando fato de grande relevância o justificar, e após aprovado por no mínimo 50% + 1 dos conselheiros. Art. 11º - Os temas incluídos na pauta que por qualquer motivo não tenham sido discutidos e deliberados, deverão constar necessariamente na pauta da sessão ordinária seguinte. Art. 12º - Em todas as reuniões do CMSI serão lavradas atas circunstanciais. Seção II DA DISCUSSÃO E DA VOTAÇÃO DE MATÉRIA
7 Art. 13º - Qualquer pessoa da comunidade poderá participar das reuniões apenas com direito a voz. Art. 14º - As votações serão em aberto, devendo constar em Ata o resultado da mesma. Art. 15º - O conselheiro presente à assembléia terá direito a abster-se do seu voto. Art. 16º - A matéria a ser submetida a discussão e votação no Conselho, deverá estar devidamente fundamentada e, se necessário, instruída com documentação disponível à sua apresentação. CAPÍTULO VI DAS ATRIBUIÇÕES Art. 17º - Compete ao Presidente; I. Cumprir e fazer cumprir este Regimento; II. Dar posse aos Conselheiros; III. Indicar ao prefeito o(a) secretário(a) executivo(a); IV. Convocar as reuniões do Conselho; V. Indicar ao secretário executivo os processos e os expedientes que deverão ser encaminhados aos Conselheiros Relatores; VI. Presidir e encerrar as reuniões, cabendo-lhe a prerrogativa do voto de qualidade; VII. Requisitar elementos, informações e documentos aos diversos órgãos e entidades intra e intersetoriais quando necessário à elucidação das matérias objetos de apreciação do Conselho; VIII. Convocar às sessões do Conselho: técnicos, prefeito, ou qualquer outra pessoa considerada necessária à formação do ente de razão dos Conselheiros; IX. Baixar atos decorrentes de deliberação do Conselho e "ad referendum" deste; X. Nomear os coordenadores e membros eleitos das Comissões Técnicas; XI. Fazer a prestação de contas anualmente; XII. Representar o Conselho dentro e fora do município; Art. 18º - Compete ao Vice-Presidente: 1. Substituir o Presidente no seu impedimento; 2. Auxiliar o Presidente em funções que lhe forem atribuídas; 3. Cumprir e fazer cumprir este regimento.
8 Art. 19º - Compete ao Secretário Geral: 1. Secretariar as reuniões Gerais; 2. Auxiliar a secretaria executiva na redação das atas; 3. Providenciar e enviar avisos de reuniões ordinárias e extraordinária; 4. Cumprir outros encargos que lhe forem atribuídos. Art. 20º - Compete ao Secretário Adjunto: 1. Substituir o Secretário Geral no seu impedimento; 2. Auxiliar o Secretário Geral em funções que lhe forem atribuídas; 3. Cumprir e fazer cumprir este Regimento. Art. 21º - São atribuições dos Conselheiros: I. Comparecer as reuniões do Conselho; II. Pedir a verificação de "quorum" do Plenário; III. Requerer urgência ou preferência para discussão e votação de qualquer matéria; IV. Solicitar o Presidente qualquer documento que julgue esclarecedor do assunto a relatar; V. Redigir o parecer e o voto dos processos que lhe cabe relatar; VI. Protestar suspeição, fundamentando-a, quando se julgar impedido de relatar ou votar; VII. Comunicar ao Conselho qualquer irregularidade ou disfunção do Sistema Único de Saúde de que tenham conhecimento; VIII. Propor a criação de Comissões Técnicas; IX. Propor modificações deste Regimento; X. Elaborar e aprovar proposta orçamentária anual em conformidade com o artigo 33 da Lei Municipal nº de 18/06/2013 e IV diretriz da Resolução 453 de maio/2012 do CNS. XI. Cumprir e fazer cumprir este Regimento. Art. 22º - São atribuições dos Coordenadores das Comissões Técnicas: I. Convocar e ordenar as reuniões das Comissões; II. Assinar as atas das reuniões e os relatórios técnicos elaborados pelas Comissões, encaminhando-as ao Plenário do CMSI para análise e julgamento; III. Solicitar a secretaria executiva o apoio necessário ao funcionamento das respectivas Comissões Técnicas.
9 Art. 23º - São atribuições da Secretaria Executiva do CMSI: I. Receber e examinar os processos e expedientes encaminhados ao Conselho e Comissões Técnicas, verificando se os mesmos estão devidamente formados, numerados e instruídos; II. Despachar os processos e expedientes encaminhados ao Conselho e Comissões Técnicas, conforme determinação do Presidente; III. Controlar a entrada e a saída dos processos e expedientes do Conselho; IV. Redigir e expedir aos Conselheiros e Relatores o ofício de convocação; V. Minutar as atas das sessões e lavrá-las para discussão e aprovação; VI. Providenciar a publicação das resoluções do Conselho no Diário Oficial do município; VII. Promover e praticar todos os atos de gestão administrativa, requisitando aos órgãos competentes os recursos necessários ao funcionamento do Conselho e das Comissões Técnicas; VIII. Despachar com o Presidente e os Coordenadores das Comissões Técnicas; IX. Exercer outras atividades inerentes à função; X. Encaminhar cópias das atas aprovadas a todos os Conselheiros. XI. Cumprir e fazer cumprir este Regimento. Art. 24º - São atribuições da Comissão de Ética: I Deliberar sobre questões disciplinares; II Apresentar relatórios sobre condutas dos membros do Conselho, quando necessário. CAPITULO VI DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 25º - A representação do Conselho em seminários, conferências, convenções ou congressos, será definida em plenário. Art. 26º - As funções de membro do Conselho Municipal de Saúde não serão remuneradas, sendo seu exercício considerado de interesse público relevante.
10 Art. 27 º - Os casos omissos e as dúvidas sugeridas na aplicação deste Regimento serão dirimidas pelo Plenário, e de acordo com a Lei Municipal n de 18/06/2013 e a Resolução nº 543 de 10 de maio de 2012 do Conselho Nacional de Saúde. Art. 28º - O presente Regimento poderá ser modificado, no todo ou em parte, por voto favorável de 2/3 dos componentes do Conselho. Art. 29º - Este Regimento entrará em vigor na data de sua aprovação e será publicado no Diário Oficial do município. Itabuna (BA), 29 de outubro de 2013.
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