GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA CONSELHO ESTADUAL DE CULTURA REGIMENTO INTERNO CAPÍTULO I DAS FINALIDADES

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1 1 GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA CONSELHO ESTADUAL DE CULTURA REGIMENTO INTERNO CAPÍTULO I DAS FINALIDADES Art. 1 O Conselho Estadual de Cultura do Rio de Janeiro constitui-se em um órgão de nível de assessoramento superior ao Poder Público Estadual em matéria normativa, consultiva e de planejamento setorial ligada a questões da política cultural, observada a competência que lhe confere a legislação estadual e federal específica. Parágrafo Único. O Conselho Estadual de Cultura do Rio de Janeiro constitui unidade orçamentária da Secretaria de Estado de Cultura. Art. 2 O Conselho Estadual de Cultura terá as seguintes atribuições, além de outras constantes de Lei específica: I. colaborar na formulação e planejamento da política cultural do Estado; II. zelar pelo cumprimento das normas e atos sobre assuntos culturais; III. acompanhar, através dos órgãos próprios, a ação cultural do Sistema Estadual de Cultura em matéria normativa, consultiva e de planejamento; IV. manter estreita articulação com os demais Conselhos Estaduais congêneres, com os Conselhos Municipais de Cultura e com órgãos que, direta ou indiretamente, possam contribuir para uma ação integrada e harmoniosa no processo de desenvolvimento cultural e sócio-econômico do Estado. Parágrafo Único. A função de planejamento do Conselho consiste na apreciação dos planos que, na forma da Lei, lhe devam ser submetidos pelo Secretário de Estado de Cultura, sem prejuízo de propostas de iniciativa própria. CAPÍTULO II DA COMPOSIÇÃO DOS CONSELHEIROS Art. 3 O Conselho será composto de 21 (vinte e um) membros efetivos e 4 (quatro) suplentes, com mandato de 4 (quatro) anos, todos nomeados pelo Governador do Estado, por indicação do Secretário de Estado de Cultura, sendo admitida a recondução por mais dois períodos.

2 Parágrafo Único. Aos Conselheiros é assegurado documento especial de identificação. Art. 4 As reuniões plenárias são realizadas: I. em primeira convocação, com a presença da maioria dos Conselheiros Efetivos e Suplentes em exercício no Conselho; II. em segunda convocação, quinze minutos após o horário previsto para o início da Sessão, com a presença de, no mínimo, um terço dos Conselheiros, mas sem caráter deliberativo. Art. 5 Ao Conselheiro Suplente, que não esteja em exercício da titularidade, é facultada a participação nas Sessões Plenárias, sem direito a voto mas com direito a voz. Parágrafo Único. A substituição de que trata o presente artigo não é eventual, dando-se apenas nos casos de licença igual ou superior a 1 (um) mês ou vacância de mandato de Conselheiro. Art. 6 As funções de Conselheiro são consideradas de relevante interesse público, assegurados direitos e vantagens de cargo público estadual exercido concomitantemente, sob adequada remuneração. Art. 7 O Presidente do Conselho é eleito pelos Conselheiros dentre seus membros, em Sessão Especial, para mandato de 2 (dois) anos, sendo permitida a reeleição. No primeiro escrutínio, é proclamado eleito o indicado que obtenha a maioria absoluta de votos dos membros em exercício no Conselho. Caso não se obtenha a maioria necessária, realiza-se um segundo escrutínio no qual se considera eleito o Conselheiro que obtenha o voto da maioria dos membros presentes. Parágrafo Primeiro. Caso não se atinja a maioria absoluta, nova eleição será convocada e o critério para escolha do Presidente será o mesmo da primeira eleição. Parágrafo Segundo. O Vice-Presidente do Conselho é eleito, em escrutínio separado, nas mesmas condições do Presidente. Parágrafo Terceiro. As Sessões com finalidade de eleição do Presidente e do Vice-Presidente não podem deliberar sem presença de, pelo menos, dois terços dos Conselheiros. Art. 8 Cumpre ao Presidente do Conselho observar horário compatível com as necessidades do órgão, percebendo remuneração justa e adequada. Art. 9 O Conselho encaminhará ao Secretário de Estado de Cultura pedido de extinção de mandato do Conselheiro que, de modo expresso ou tácito, tenha renunciado, configurando-se o último pela ausência a sessões ordinárias no período de 30 (trinta) dias, sem pedido de licença ou justificativa. Parágrafo Primeiro. As ausências justificadas não são consideradas para efeito do presente artigo. 2

3 3 Parágrafo Segundo. Nos casos de licenciamento, proceder-se-á na forma prevista no Artigo 29 das Disposições Gerais, e, nos casos de renúncia, o Suplente convocado lhe completará o mandato. CAPÍTULO III DA ESTRUTURA BÁSICA Art. 10 É a seguinte a estrutura básica do Conselho: I. Presidência 1. Presidente 2. Vice-Presidente II. Secretaria Geral 1. Secretário Geral 2. Subsecretário Geral 3. Assessorias 1.1. Assessoria Técnica 1.2. Assessoria Administrativa 4. Serviços 4.1. Serviços de Apoio Técnico 4.2. Serviços de Apoio Administrativo III. Comissões Permanentes 1. Comissão de Legislação e Normas 2. Comissão de Recursos Financeiros 3. Comissão de Atividades Culturais IV. Comissões Especiais Art. 11 Os membros das Comissões Permanentes são designados pelo Presidente do Conselho, ad referendum do Plenário, para exercício de 2 (dois) anos, que poderá ser renovado. Parágrafo Único. É de 3 (três), no mínimo, o número de Conselheiros integrantes das Comissões Permanentes. Art. 12 As Comissões Especiais, designadas pelo Presidente e criadas com objetivos específicos, por proposta aprovada pelo Conselho, têm a duração máxima de 12 (doze) meses. Parágrafo Único. É de 3 (três), no mínimo, o número de Conselheiros componentes de cada Comissão Especial. Art. 13 Cabe a cada Comissão eleger seu Presidente e reunir-se semanalmente. Parágrafo Único. Cada Comissão deve ser auxiliada por Assessorias Técnicas e Administrativas, designadas pelo Presidente.

4 4 CAPÍTULO IV DA COMPETÊNCIA SEÇÃO I DO PLENÁRIO Art. 14 Ao Plenário, órgão supremo do Conselho, compete: I. eleger o Presidente e o Vice-Presidente do Conselho; II. sugerir diretrizes à política cultural do Estado; III. incentivar a edição de livros e de publicações com fins culturais e edições impressas e multimídia; IV. manter intercâmbio com todos os órgãos culturais presentes no Estado, sejam públicos ou privados; V. solicitar a eventual participação de órgãos culturais do Estado, em reuniões específicas do Conselho e de suas Comissões Permanentes, para efeito de exposição e fornecimento de dados; VI. indicar representantes para comissões de julgamento de competições e concursos oficiais ou oficializados, de caráter cultural; VII. acompanhar a elaboração e a execução dos planos e programas relativos à aplicação de recursos destinados à cultura; VIII. estimular a criação de entidades culturais em âmbito municipal; IX. examinar matéria submetida à sua apreciação pelo Secretário de Estado de Cultura; X. deliberar sobre: 1. proposta de alteração do presente Regimento; 2. proposta orçamentária do Conselho, respeitadas as normas gerais baixadas pelos órgãos competentes do Estado; 3. concessão de prêmios que venham a ser criados no âmbito do Conselho; 4. processos de registro e reconhecimento, no Conselho, de entidades culturais; 5. processos de concessão de auxílios ou subvenções a entidades culturais; 6. propostas que visem à proteção e preservação de obras, monumentos de valor histórico, bibliográfico e artístico, bem como do patrimônio paisagístico do Estado; 7. minutas de convênio encaminhadas pelo Secretário de Estado de Cultura e que visem à realização de exposições, festivais, congressos, simpósios, mesas-redondas e outras programações de natureza cultural.

5 5 SEÇÃO II DO PRESIDENTE Art. 15 Compete ao Presidente, além das atribuições previstas nos artigos 11 e 12 e seus parágrafos: I. exercer a direção superior do Conselho em todos os seus aspectos, ouvido o Plenário quando julgar necessário ou por solicitação deste; II. expedir normas e instruções necessárias ao bom desempenho das atividades do Conselho, através de Deliberações ou Portarias específicas; III. fazer cumprir a legislação que rege as atividades do Conselho; IV. convocar e presidir as Sessões; V. aprovar o calendário das Sessões Plenárias ordinárias; VI. aprovar a pauta de cada Sessão e a respectiva Ordem do Dia; VII. distribuir processos às Comissões; VIII. exercer, no Plenário, o direito a voto, e, nos casos de empate, também o voto de qualidade; IX. dirigir as discussões, concedendo a palavra aos Conselheiros e coordenar os debates; X. resolver questões de ordem, sempre prioritárias; XI. encaminhar à Secretaria de Estado de Cultura as deliberações que impliquem providência daquele órgão ou do Governo do Estado; XII. indicar nomes de servidores para exercício de cargos e funções, bem como requisitar funcionários de outros órgãos, devolver às repartições de origem os que julgue desnecessários e à Secretaria de Estado de Cultura os que, lotados em caráter permanente no Conselho, estejam no mesmo caso; XIII. designar servidores para o desempenho de encargos especiais; XIV. fazer executar as decisões do Plenário; XV. representar o Conselho; XVI. providenciar a concessão e a liberação dos recursos necessários ao funcionamento do Conselho; XVII. autorizar despesas e pagamentos; XVIII. delegar poderes ao Vice-Presidente; XIX. autorizar a publicação, no Diário Oficial, de atos do Conselho; XX. deliberar sobre os casos omissos neste regimento.

6 6 SEÇÃO III DO VICE-PRESIDENTE Art. 16 O Vice-Presidente substitui o Presidente em seus impedimentos e ausências, e lhe sucede em caso de vacância do cargo, completando-lhe o mandato transcorrido mais da metade do prazo do mesmo. Parágrafo Único. Ao Vice-Presidente compete dar assistência ao Presidente em matéria de planejamento, integração e coordenação geral, bem assim, exercendo funções por ele delegadas. SEÇÃO IV DAS COMISSÕES Art. 17 Compete a cada uma das Comissões: I. apreciar e votar as matérias que lhe são submetidas; II. responder a consultas encaminhadas pelo Presidente do Conselho ou pelos Presidentes de outras Comissões; III. tomar iniciativa de medidas e sugestões a serem propostas ao Plenário, obedecido o disposto no inciso IV do Art. 15; IV. promover a instrução de processos e fazer cumprir as diligencias estabelecidas pelo Plenário; V. examinar relatórios de entidades culturais que recebem auxílio ou subvenção do Estado, determinando as providências cabíveis em cada caso; VI. analisar dados e estatísticas acerca do desenvolvimento cultural do Estado; VII. promover estudos, pesquisas e levantamentos para serem utilizados nos trabalhos do Conselho. SEÇÃO V DA SECRETARIA GERAL Art. 18 À Secretaria Geral, exercida por um Secretário Geral, com a assistência de um Subsecretário Geral e dos servidores que lhe são diretamente subordinados, compete apoiar técnica e administrativamente os trabalhos do Conselho, preparando as Sessões Plenárias, elaborando atas, atendendo solicitação de diligências, revendo e preparando matéria de divulgação e publicação e outros encargos de natureza técnica e administrativa. Parágrafo Único. A Secretaria Geral será constituída por funcionários do Estado colocados à disposição do Conselho, ou funcionários estaduais qualificados, especialmente designados;

7 7 Art. 19 Compete ao Secretário Geral: I. assessorar o Conselho; II. superintender administrativamente os serviços da Secretaria Geral e das assessorias das Comissões; III. providenciar a elaboração de proposta orçamentária do Conselho; IV. determinar a instrução dos processos e encaminhá-los à autoridade ou órgão competente; V. organizar, submetendo-a à aprovação da Presidência, a pauta das Sessões Plenárias, no relativo à sua instalação e funcionamento; VI. fazer executar estudos técnicos, previamente autorizados pela Presidência; VII. articular-se com órgãos técnicos e administrativos do Estado; VIII. auxiliar o Presidente durante as Sessões Plenárias, bem como redigir e ler as atas dessas Sessões; IX. subscrever, quando autorizado pela Presidência, o expediente do Conselho; X. promover reuniões periódicas das chefias e assessorias que lhe são subordinadas, a fim de assegurar um trabalho integrado. SEÇÃO VI DAS ASSESSORIAS E SERVIÇOS Art. 20 Compete à Assessoria Técnica dar assistência aos órgãos do Conselho, bem assim realizar estudos e pesquisas que lhe sejam solicitados. Art. 21 Cabe à Assessoria Administrativa a coordenação dos trabalhos de ordem administrativa, necessários ao bom funcionamento do Conselho. Art. 22 Cumpre ao Serviço de Apoio Técnico realizar as tarefas determinadas pela Secretaria Geral: I. ordenar os dados relacionados com as atividades culturais do Estado; II. organizar sistemas de informação e documentação; III. elaborar estatísticas; IV. colecionar a legislação pertinente à Cultura, no âmbito federal, estadual ou municipal, bem assim as proposições apresentadas e aprovadas no Plenário. Art. 23 Compete ao Serviço de Apoio Administrativo realizar as tarefas relacionadas com pessoal, orçamento, administração financeira, contabilidade, serviços gerais e outras atividades auxiliares. Art. 24 Compete às Assessorias, especificamente em relação às diferentes Comissões:

8 8 I. assessorar os Presidentes e os membros das respectivas Comissões; II. promover a instrução de processos e fazer cumprir as diligências determinadas; III. tomar as providências para o funcionamento das reuniões das Comissões, redigindo atas e controlando a distribuição de processo; IV. cuidar dos trabalhos de digitação, reprografia, comunicação interna e externa; V. elaborar minutas de atos, projetos, normas, correspondências e outros expedientes de natureza administrativa. CAPÍTULO V DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 25 O conselho reúne-se, ordinariamente, em Sessões Plenárias, Parágrafo Único. As Sessões Extraordinárias serão convocadas pelo Presidente ou por requerimento de maioria dos Conselheiros. Art. 26 À Presidência é dada, com aprovação do Plenário, solicitar a colaboração de qualquer pessoa para informar ou emitir opinião sobre determinada matéria e participar, sem direito a voto, das discussões das Comissões ou do Conselho Pleno. Art. 27 O Conselho Estadual de Cultura entrará em recesso no período de 15 (quinze) de dezembro a 15 (quinze) de janeiro. Art. 28 A presidência do Conselho pode conceder licença ao Conselheiro que a solicitar, pelo prazo de até 8 (oito) Sessões Ordinárias, situação em que faz automaticamente a convocação do Suplente, pela ordem de nomeação. Parágrafo Único. As licenças superiores ao prazo estipulado no caput desse artigo, bem assim a prorrogação das mesmas, serão da competência do Conselho Pleno. Art. 29 No impedimento ou na ausência temporária do Presidente e do Vice- Presidente do Conselho, assume o Conselheiro mais idoso. Art. 30 Cumpre ao Conselho, obedecidas as disposições deste Regimento, baixar normas gerais de funcionamento. Art. 31 Matéria vencida não voltará a debate, no mesmo período de Sessões, salvo se forem aduzidos novos elementos de juízo, apresentados por 1/3 (um terço) dos membros do Conselho. Art. 32 Este regimento entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.