REGIÃO DE PELOTAS-RS 1. INTRODUÇÃO
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1 DETERMINAÇÃO DAS CURVAS DE VELOCIDADE DE INFILTRAÇÃO DA ÁGUA DE TRÊS SOLOS REPRESENTATIVOS DA PERSICULTURA IRRIGADA NA REGIÃO DE PELOTAS-RS LISBOA, Heitor; TIMM, Luis Carlos; REISSER JUNIOR, Carlos; Autor(es): TAVARES, Vitor Emanuel Quevedo; MANKE, Gilnei; TAVARES, Lizandro Ciciliano; LEMOS, Frederico Decker; PRESTES, Rodrigo Bubolz. Apresentador: Heitor Lisbôa Orientador: Luís Carlos Timm Revisor 1: Márcio Ramos Botelho Revisor 2: José Maria Barbat Parfitt Instituição: UFPel DETERMINAÇÃO DAS CURVAS DE VELOCIDADE DE INFILTRAÇÃO DA ÁGUA DE TRÊS SOLOS REPRESENTATIVOS DA PERSICULTURA IRRIGADA NA REGIÃO DE PELOTAS-RS LISBOA, Heitor.¹; TIMM, Luis Carlos²; REISSER JUNIOR, Carlos³; TAVARES, Vitor Emanuel Quevedo²; MANKE, Gilnei 4 ; TAVARES, Lizandro Ciciliano¹; LEMOS, Frederico Decker¹; PRESTES, Rodrigo Bubolz¹. ¹ Acadêmicos de Agronomia,FAEM/UFPel, Pelotas-RS, bolsistas CNPq. heitorlisboa@hotmail.com ² Eng. Agrícola, Professor Adjunto, Depto. de Engenharia Rural, FAEM/UFPel, Pelotas-RS, ³ Eng. Agrícola, Pesquisador Doutor, Embrapa Clima Temperado, Pelotas-RS, 4 Eng. Agrônomo, Bolsista DTI 1 E CNPq. 1. INTRODUÇÃO A velocidade de infiltração de água em um solo () é um fator importante na irrigação, já que ela determina o tempo em que se deve manter a água na superfície do solo ou a duração da aspersão, buscando a aplicação de uma quantidade desejada de água (Bernardo et al., 2006). Uma vez que a velocidade de infiltração é muito influenciada pelas condições de superfície e conteúdo inicial de água do solo, o conhecimento dessas condições é de fundamental importância para a interpretação dos resultados (Pruski et al., 1997). Vários métodos de campo têm sido utilizados para determinar a de um solo, dentre eles pode-se destacar o Método do Infiltrômetro de Anel, por ser simples e de fácil execução. Entretanto, cabe ressaltar que a escolha do método deve ser condizente com o tipo de irrigação que será utilizada naquela área. Mantovani et al. (2006) destacam que em irrigação, mais importante do que a é a velocidade de infiltração básica (B), sendo ela quem vai dizer se o solo suporta a intensidade de aplicação imposta por
2 determinado tipo de emissor, ou seja, ela deve ser levada em conta na escolha, por exemplo, dos aspersores no método de irrigação por aspersão. Entretanto, os autores ressaltam que, nos métodos de irrigação localizada a determinação da B não constitui um aspecto tão importante. Em um levantamento sobre caracterização dos métodos de irrigação que têm sido utilizados na cultura do pessegueiro no pólo produtivo de Pelotas-RS, Timm et al. (2007) constataram que os métodos de irrigação por superfície (sistema de irrigação por sulcos) e por aspersão (sistemas de aspersão convencional e canhão hidráulico móvel) têm sido utilizados ao longo dos anos nesta cultura. Baseado neste fato, este trabalho teve como objetivo determinar as curvas de velocidade de infiltração de água, e respectivos valores de B, de três solos representativos de áreas onde os pomares de pessegueiro vem sendo implantados na região de Pelotas. 2. MATERIAL E MÉTODOS Foram realizados testes de infiltração de água no solo, utilizando o Método do Infiltrômetro de Anel, para determinar as curvas de velocidade de infiltração de água em três propriedades selecionadas pelo projeto: propriedade 1 - produtor Marcus Fiss (Canguçu), solo Cambissolo Húmico Eutrófico léptico (Embrapa, 2006); propriedade 2 - produtor Carlos De Marchi (Jaguarão), solo Luvissolo Háplico Órtico típico (Embrapa, 2006); e propriedade 3 - produtor Dari Bosembecker (Pelotas), solo Argissolo Acinzentado Eutrófico cambisólico (Embrapa, 2006). Quando a velocidade de infiltração se tornou constante ao longo do tempo, foram obtidos os valores da velocidade de infiltração básica (B) de cada solo, sendo os valores da B classificados segundo Bernardo et al. (2006). 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO A Tabela 1 apresenta os valores da B e a respectiva classificação nos solos das três propriedades estudadas. As Figuras 1, 2 e 3 apresentam as curvas de de água em cada solo nas três propriedades estudadas. Também foram apresentadas em cada uma das figuras as equações de ajuste de. Analisando as figuras verificou-se que na propriedade 3 a equação encontrada apresentou um menor coeficiente de determinação (R 2 =0,3213), seguida pela propriedade 2 (R 2 =0,7578) e 1 (R 2 =0,7931), respectivamente. 121 = T R 2 =
3 Figura 1: Velocidade de Infiltração de água em um Cambissolo Húmico em função do tempo (Propriedade 1). 250 = T R 2 = Figura 2: Velocidade de infiltração de água em um Luvissolo Háplico em função do tempo (Propriedade 2) = T R 2 = Figura 3: Velocidade de Infiltração de água em um Argissolo Acinzentado em função do tempo (Propriedade 3). Nas três figuras pode-se observar os valores de em relação ao tempo, demonstrando que em solos mais argilosos a velocidade de infiltração se encontra em teores menores como é o caso das duas primeiras propriedades se comparados com um solo mais arenoso que é o caso da propriedade 3 a qual apresentou uma B em torno de 40 cm/h. Brandão et al. (2006) destacam ser importante que além da textura em solos argilosos bem estruturados podem ser encontrados maiores valores de condutividade hidráulica quando comparados aos solos com estrutura instável, apresentando, assim, maior taxa de infiltração.
4 Baseado na análise das figuras, na Tabela 1 são apresentados os valores da B em cada solo e a respectiva classificação proposta por Bernardo et al. (2006). Tabela 1: Valores de Velocidade de Infiltração B das propriedades Propriedade B Classificação Propriedade Muito Alta Propriedade Muito Alta Propriedade Muito Alta Analisando a tabela pode-se observar que nos solos das três propriedades os valores de B foram superiores a 3 cm/h sendo classificados como muito alta (Bernardo et al., 2006). Embora a B dos solos se enquadre dentro da classe muito alta, nota-se que existe uma grande variação entre os seus valores, ou seja, na propriedade 3 os valores da B é 2,4 vezes superior as demais. Brandão et al. (2006) destacam que para condições brasileiras a estrutura do solo pode exercer influência muito mais expressiva na taxa de infiltração do que a textura, sendo válida a generalização que solos com maior macroporosidade (arenosos) apresentam maior infiltração que solos onde há predomínio de microporos (argilosos), o que corrobora os resultados encontrados neste trabalho. 4. CONCLUSÕES No solo Argissolo Acinzentado (propriedade 3) foi encontrado um valor de B de 41.0 cm/h, enquanto que nos solos Luvissolo Háplico (propriedade 2) e Cambissolo Húmico (propriedade 1) os valores foram de 18,4 e 16,0 cm/h, respectivamente. Embora existindo uma grande variação dos valores de B, todos os solos foram classificados como de B muito alta. 5. AGRADECIMENTOS Ao CNPq pelo auxílio financeiro e pelas bolsas concedidas ao projeto. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRANDÃO, V. S., CECÍLIO, R. A., PRUSKI, F. F., SILVA D. D. Infiltração da água no solo. 2006, 3, p NAIME, J. M. Um novo método para estudos dinâmicos, in situ, da infiltração da água na região não saturada do solo. São Paulo, Tese (Doutorado em Ciências da Engenharia Ambiental) Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, 2001.
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