Guia de Estudos. Assembleia Geral das Nações Unidas de Desarmamento e Segurança Internacional. Por : Diretor. Mateus de Almeida Pongelupe

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Guia de Estudos. Assembleia Geral das Nações Unidas de Desarmamento e Segurança Internacional. Por : Diretor. Mateus de Almeida Pongelupe"

Transcrição

1 Assembleia Geral das Nações Unidas de Desarmamento e Segurança Internacional Guia de Estudos Por : Mateus de Almeida Pongelupe Diretor Guia de Estudos DSI Página 1

2 1. Apresentação do Tema O homem sempre esteve em constante conflito com o próximo. Portanto, os problemas referentes à sua segurança sempre estiveram em pauta. Nesse sentido, os Estados, cuja obrigação é de conferir segurança à sua nação, consideram essas questões como primordiais. As questões das chamadas Armas de Destruição em Massa (Weapons of Mass Destruction ou WMD) estão centradas neste ponto. Afinal, o ataque de um Estado a outro por meio dessas armas é capaz de destruir outro Estado, bem como Estados adjacentes e toda sua população. Além de que esse ataque é capaz de causar uma sucessão de ataques ao primeiro Estado, causando assim uma guerra capa de destruir o planeta e toda a humanidade. É nesse ponto que este comitê entra em ação para impedir tal catástrofe, permitindo a discussão pacífica entre os Estados a fim de reduzir os arsenais nucleares, químicos e biológicos para a manutenção da vida humana em geral. Com o intuito de reduzir os arsenais das WMDs, diversos tratados foram assinados. Neste comitê, porém, abordaremos o Tratado de Não-Proliferação Nuclear que entrou em vigor em O TNP, apesar de ser assinado por grande parte do mundo, não tem sido muito valorizado, tendo em vista que a redução dos arsenais nucleares foi pífia desde sua criação. Também, há países que desrespeitam o tratado, como o Irã que se recusa a permitir a entrada de técnicos para a inspeção de suas usinas. Por fim, Israel, Índia e Paquistão não assinaram o tratado, enquanto a Coréia do Norte o desrespeitou e se retirou em As três últimas possuem reconhecidamente dessas armas, enquanto há suspeitas de Israel possuir arsenais ou estar desenvolvendo essas armas. O Oriente Médio é uma região assolada por conflitos étnicos, sendo também uma região com grande número de outros conflitos atualmente, além de possuir diversos Estados e um grande contingente de pessoas. Por isso, faz-se necessária a criação de uma Zona Livre de Armas Nucleares nessa área, visto que uma guerra nuclear poderia causar um enorme número de vítimas e um genocídio étnico. Também, a posse dessas armas poderia despertar o interesse de terroristas, que colocam toda a comunidade mundial em risco. 2. Apresentação do Comitê De acordo com a Carta das Nações Unidas, cabe à Assembléia Geral e ao Conselho de Segurança a discussão de temas relativos à paz e à segurança internacional, incluindo o desarmamento. Com esse intuito, foi criada em 1978, a Primeira Comissão da Assembléia Geral das Nações Unidas a Comissão para Desarmamento e Segurança Internacional (CDSI) é uma das seis comissões da Assembléia Geral das Nações Unidas, e tem como objetivo executar trabalhos na área de desarmamento e segurança internacional. Guia de Estudos DSI Página 2

3 Trata-se de um organismo multilateral e suas ações se dão a fim de encorajar acordos e outras medidas que visem ao desarmamento, de promover a cooperação entre os Estados, de promover estudos e pesquisas acerca dos debates, de estabelecer princípios, e ainda de buscar outras soluções para as questões analisadas, tendo como meta sempre o estabelecimento e o fortalecimento da paz. Esta Comissão é formada por todos os Estados membros das Nações Unidas. Contudo, a Assembléia Geral das Nações Unidas não pode aprovar medidas obrigatórias, precisando repassá-las ao Conselho de Segurança, único órgão das Nações Unidas capaz de fazê-lo. 3. O Tratado de Não Proliferação Nuclear O Tratado de Não Proliferação Nuclear foi aberto para assinatura em 1968 e entrou em vigor em Ao todo, 189 Estados são parte do tratado, sendo Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido reconhecidos como potências atômicas. São realizadas conferências de revisão do TNP a cada cinco anos, a partir de As conferências de 1995 e 2000 foram as mais otimistas, visto que foram estabelecidos a prorrogação do TNP por tempo indeterminado e os Treze Passos para o Desarmamento das Nações Nucleares, respectivamente. No entanto, as conferências seguintes resultaram na desconstrução das anteriores com a desaprovação dos Treze Passos para o Desarmamento. Tais medidas provocaram a revolta de muitos Estados, visto que as nações nucleares desrespeitavam um dos três pilares do tratado: 1. Não proliferação; 2. Desarmamento; 3. Direito do uso pacífico da energia nuclear. Outra polêmica refere-se ao Protocolo Adicional ao TNP, proposto pela delegação dos Estados Unidos em Esse protocolo autoriza a Agência Internacional de Energia Atômica a inspecionar não somente as instalações em funcionamento, mas reatores parados, centros de pesquisa e usinas que fabricam produtos capazes de serem utilizados em um programa nuclear. A AIEA teria direito de fazer as inspeções com um aviso prévio de somente duas a 24 horas. Muitos países se recusam a assinar o protocolo, como o Irã, pois alegam que ele fere sua soberania nacional. Nota: Seguirá em anexo uma cópia do TNP. Guia de Estudos DSI Página 3

4 4. Objetivos do Comitê 1. Reafirmar a importância do desarmamento; 2. Discutir e encontrar soluções para problemas referentes ao TNP: 2.1 Desarmamento das potências nucleares; 2.2 O Programa Nuclear Iraniano; 2.3 Maneiras de estender o Tratado aos não-signatários; 2.4 Medidas quanto à retirada de um membro do Tratado; 3. Procurar alternativas para o destino dos resíduos provenientes das ogivas; 3.1 Impedir que tais resíduos, bem como ogivas, cheguem à posse de terroristas; 4. Encontrar formas de estabelecer uma Zona Livre de Armas Nucleares no Oriente Médio. 5. Posição das delegações 5.1aEstados Unidos Os Estados Unidos não aprovam pela continuidade de programas nucleares para fins bélicos no mundo, nesse sentido desde a era Bush os EUA vêm declarando publicamente o repudio a testes nucleares e o uso e enriquecimento de urânio que possam ser utilizados como ameaças à segurança internacional ou até mesmo desenvolvimento de armamentos nucleares. Dessa forma, o principal alvo de insegurança e acusação estadunidense é o projeto nuclear iraniano, que, segundo o governo norte americano, pode colocar grande parte da população mundial em risco. Tal argumento é baseado no fato de que o Irã não está cumprindo totalmente com o que é proposto pelo TNP, devido ao fato do uso das salvaguardas por esse país, o que faz com que os agentes da AIEA tenham um acesso de certa forma limitado às usinas nucleares iranianas. Assim, os Estados Unidos defendem a aplicação de sansões a esse país, que já foram aprovadas pelo Conselho de Segurança. Entretanto, é inegável que os Estados Unidos da América vêm se esforçando para a cooperação internacional nesse sentido. Evidência disso é o acordo assinado com o governo russo, o START. 5.2 Reino Unido O Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda do Norte, sendo portadora de 190 ogivas nucleares com 160 em operação, em meio à cooperação dos outros Estados para o Desarmamento conjunto, prestará grandes esforços para que o acordo seja realizado pacificamente. Guia de Estudos DSI Página 4

5 Nesse sentido, o Reino Unido apóia-se em alguns princípios que dão a eliminação das armas nucleares por meios militares para todos os Estados, o controle de importações que poderiam ser destinadas a produção de armamentos e o uso pacífico da energia nuclear. Contudo, o Reino Unido poderia reconsiderar sua posição mediante a situações em que sua população ou seu território sofram qualquer ameaça nuclear. 5.3 França A França é a terceira maior potência nuclear mundial com cerca de 300 ogivas operantes. Nas discussões, terá um comportamento com o intuito de procurar uma solução pacífica para as questões nucleares, sendo muito importante para apoiar as decisões das demais potências, visando um Tratado que conduza a relações pacíficas no uso da tecnologia nuclear. O presidente Nicolas Sarkozy já anunciou projetos para redução do arsenal nuclear francês, o que leva o país a buscar na Assembleia a não-proliferação nuclear para fins bélicos e aprimoramento dos mecanismos para gerar maior confiança entre as partes do TNP, sob um sistema de segurança e responsabilidade. 5.4 Rússia A Federação Russa costuma alinhar sua política externa quanto ao desarmamento nuclear com a dos Estados Unidos. O governo russo, também, não só condena o uso de armas nucleares e defende o desarmamento não só nuclear, como também se preocupa com o acesso a armas nucleares por parte de grupos terroristas. Apesar de ter um comportamento exemplar em relação ao TNP, cumprindo com todos os requisitos solicitados pelo Tratado, ela não abre mão do seu direito de ter as salvaguardas garantidas pelo mesmo. Defende também a adesão de todos os países ao Protocolo Adicional. 5.5 China A China já declarou sua determinação de não ser a primeira a utilizar este tipo de arma em qualquer tempo ou circunstância e, posteriormente, concordou em não usar ou ameaçar Estados não-nuclearizados ou zonas desnuclearizadas com armamentos nucleares sob qualquer hipótese. A China defende ativamente o TNP, participando das conferências e fóruns de desarmamento nuclear e defende a destruição deste tipo de artefato. Porém, não abrirá mão de seu poderio nuclear enquanto os outros detentores deste tipo de tecnologia não o fizerem, pois tais recursos são destinados exclusivamente a defesa de sua população e de seu território. Dessa forma, a postura adotada inicialmente será a de cooperação com as delegações e os organismos internacionais presentes na reunião, a fim de encorajar os demais Estados a uma maior participação e à redução/desativação dos das ogivas nucleares existentes, principalmente nos EUA. O país adotará medidas pesadas contra Estados que recusarem agir de acordo com o que for estipulado na assembleia e com o que já foi acordado, procurando reduzir e impedir sua influência por meio de alianças e Guia de Estudos DSI Página 5

6 sanções. Trabalhará também para o controle e prevenção do desvio de material nuclear para zonas e países não-nuclearizados e, principalmente, agentes terroristas. 5.6 Japão O Japão vem cumprindo com os três princípios básicos de não possuir, não produzir e não permitir a entrada de armas nucleares em seu território, a despeito dos ataques que sofreu no final da Segunda Guerra Mundial. Um dos principais pontos de sua política externa está em estimular os países nuclearizados a ratificarem o Tratado de Banimento de Testes Nucleares, pelo fato de que esse é um aspecto de grande relevância na discussão da não proliferação nuclear. Dessa maneira, o Japão defende e acredita na importância do desarmamento total dos países nuclearizados para que seja criado um ambiente caracterizado pela paz e segurança, onde os conflitos sejam ameaças cada vez mais distantes da realidade mundial. 5.7 Coreia do Sul A Coréia do Sul não possui, produz ou participa de transferências não só armas nucleares como qualquer outro tipo de material nuclear que não seja pra fins pacíficos. Apesar de perceber que a dinâmica de segurança internacional faz com que os países nuclearizados, principalmente as potências, dificilmente abram mão de suas armas nucleares, o governo sul coreano acredita ser de extrema importância o desarmamento nuclear desses países. Outro aspecto é a adesão dos países ao Tratado de Banimento de Testes Nucleares, uma vez que esse já foi aderido por ela própria e que sua vizinha, a Coreia do Norte, tem feito testes no Pacífico. O principal medo sul coreano é a justamente sua vizinha acima citada, que saiu do TNP, e tem feito testes nucleares colocando pavor sobre a população sul coreana. Portanto, sua delegação defenderá a formas de extensão do TNP aos não-membros, bem como colocará no meio das discussões o programa nuclear norte coreano. 5.8 Brasil O Brasil tem um importante papel de mediador e tenta promover uma intensificação dos diálogos entre os Estados divergentes, procurando uma maior eficácia dos acordos afirmados. Na Conferência do TNP de 2010, o Brasil foi importante mediador de um tratado do Irã com a Turquia, demonstrando que talvez possa haver diálogo entre as potências e o Irã. O Brasil também se mostra contrário à imposição de sanções a países que não cumprem com o TNP, pois considera os meios diplomáticos como a melhor maneira de resolver divergências. Além disso, é fato que o Brasil tem participado mais ativamente dos fóruns internacionais ultimamente, fortalecendo sua imagem entre as Nações Unidas. 5.9 África do Sul Guia de Estudos DSI Página 6

7 A África do Sul, apesar de ter financiado por duas décadas seu programa nuclear, foi a primeira nação nuclearizada a abrir mão de suas ogivas nucleares além de promover a primeira zona mundial desnuclearizada na África que teve sua última aprovação em Portanto, o país contribui para a caminhada em direção à paz, à estabilidade e ao progresso, sendo fundamental para o fortalecimento do regime de não proliferação, visto que domina a utilização de formas pacíficas da energia nuclear e reutilização das ogivas para fins energéticos Irã A República Islâmica do Ira buscará a igualdade e não discriminação, argumentando com a posse de armas nucleares por parte de Israel, Índia e Paquistão que não assinaram o TNP e que nem por isso sofreram sanções como o Irã. Baseado nisso, afirmará a legitimidade do programa nuclear iraniano com fins pacíficos. Nesse sentido, a delegação iraniana cooperará para a criação de uma zona livre de armas nucleares no Oriente Médio, desde que a soberania estatal iraniana seja respeitada, com a abolição do protocolo adicional do TNP, e que Israel sofra suas merecidas punições, desnuclearize e assine o TNP Israel O Estado de Israel não assinou ao TNP e possui suspeitamente ogivas nucleares não declaradas, sendo alvo de duras críticas do Irã e de outros países do Oriente Médio, pois sua posição inviabilizaria a criação da Zona Livre de Armas Nucleares no Oriente Médio. As declarações do governo israelense porém apontam que Israel não seria o primeiro país a apresentar armas nucleares no Oriente Médio.Entretanto, Israel tem se mostrado a favor da criação de tal zona, demonstrando uma ambiguidade em sua posição Índia A Índia mantém comprovadamente ogivas nucleares em seu território, sendo um país não signatário do TNP. Ainda que a Índia não tenha declaradamente oficializado o tamanho de seu arsenal nuclear, estima-se que o país tenha de 80 a 100 armas nucleares. Espelhado ao desenvolvimento bélico indiano, há o desenvolvimento nuclear do Paquistão que também possui armas nucleares e é um país considerado hostil pela Índia. É importante ressaltar que a Índia tem se mostrado cooperativa em alguns pontos quanto ao arsenal nuclear e se dispõe a conversar. A possibilidade de desarmamento nuclear da Índia, entretanto, estará condicionada ao desarmamento de Paquistão e China, países vizinhos e portadores de tais artefatos Paquistão Guia de Estudos DSI Página 7

8 O desenvolvimento nuclear paquistanês foi simultâneo ao de sua vizinha Índia, e, apesar de não-signatário do TNP, o Paquistão demonstrou transparência quanto o desenvolvimento de seu programa nuclear. Dessa forma, o Paquistão cooperará para um desarmamento, caso sua vizinha Índia faça o mesmo Coreia do Norte A Coreia do Norte inicialmente assinou o TNP, mas saiu do tratado em 2003, após a falha dos Estados Unidos de cumprir com um acordo de começo de normalização de relações e ajuda com o suprimento de energia a partir de reatores nucleares. Depois disso, a Coreia realizou dois testes nucleares e declarou-se como nação possuidora de artefatos nucleares, o que muitas nações acreditam. Também, o país mostra-se como gerador de instabilidade no Pacífico, com ameaças a sua vizinha Coreia do Sul Afeganistão, Síria, Iraque, Bangladesh, Emirados Árabes, Líbano: Estes países são vizinhos de Estados possuidores de armas nucleares e buscarão mostrar a insegurança de sua região frente a esses Estados. Tentarão fortalecer as punições aos Estados desenvolvedores de programas nucleares para fins bélicos, mostrando um posicionamento firme quanto a seus vizinhos e reações mais enérgicas das potências com os não-signatários do TNP Alemanha, México, União Européia, Cuba, Austrália: Estados que se caracterizam pela busca pacífica de soluções para estas questões, onde exercem o papel de mediadores, sendo importantes para apoiar as decisões das grandes potências, visando um tratado que conduza a relações pacíficas no uso da tecnologia nuclear Turquia, Arábia Saudita, Venezuela, Argentina: São países que desenvolvem ou têm a intenção de possuir programas nucleares para fins pacíficos. Nesse sentido, aprovarão as regras que buscam impedir programas nucleares para fins bélicos, porém tendem a apontar as regras para produção de programas nucleares para fins pacíficos. Guia de Estudos DSI Página 8

9 Anexo I. O Tratado de Não Proliferação Nuclear Os Estados Signatários deste tratado, designados a seguir como Partes do tratado; Conscientes da devastação que uma guerra nuclear traria a toda a humanidade e, em consequência, da necessidade de empreender todos os esforços para afastar o risco de tal guerra e de tomar medidas para resguardar as seguranças dos povos; Convencidos de que a proliferação de armas nucleares aumentaria consideravelmente os riscos de uma guerra nuclear; De conformidade com as resoluções da Assembléia-Geral que reclamam a conclusão de um acordo destinado a impedir maior disseminação de armas nucleares; Dispostos a cooperar para facilitar a aplicação do sistema de salvaguarda da Agência Internacional de Energia Atômica sobre as atividades nucleares pacíficas; Manifestando seu apoio à pesquisa, ao desenvolvimento e a outros esforços destinados a promover a aplicação dentro do âmbito do sistema de salvaguardas da Agência Internacional de Energia Atômica do princípio de salvaguardar de modo efetivo o trânsito de materiais férteis e físseis especiais, através do emprego em certos pontos estratégicos, de instrumentos e outras técnicas; Afirmando o princípio de que os benefícios das aplicações pacíficas da tecnologia nuclear - inclusive quaisquer derivados tecnológicos que obtenham as potências nucleares através do desenvolvimento de artefatos nucleares explosivos - devem ser postos, para fins pacíficos, à disposição de todas as Partes do Tratado, sejam elas Estados militarmente nucleares ou não militarmente nucleares; Convencidos de que, em decorrência deste princípio, todas as partes têm o direito de participar no intercâmbio mais amplo possível de informações científicas e de contribuir, isoladamente ou em cooperação com outros Estados, para o desenvolvimento crescente das aplicações da energia nuclear para fins pacíficos; Declarando seu propósito de conseguir, no menor prazo possível, a cessação da corrida armamentista nuclear e adotar medidas eficazes tendentes ao desarmamento nuclear; Pedindo a cooperação de todos os Estados para a consecução desse objetivo; Recordando a determinação expressa pelas Partes do Tratado de Proibição Parcial de testes com armas nucleares, de 1963, em seu preâmbulo, de procurar alcançar a cessão definitiva de todas as explosões experimentais de armas nucleares e de prosseguirem negociações com esse objetivo; Desejando promover a diminuição da tensão internacional e o fortalecimento da confiança entre os Estados, de modo a facilitar a cessação da manufatura de armas nucleares, a liquidação de todos os seus estoques existentes e a eliminação dos arsenais nacionais de armas nucleares e dos meios de seu lançamento, consoante um Tratado de Desarmamento Geral e Completo, sob eficaz e estrito controle internacional; Guia de Estudos DSI Página 9

10 Convieram no seguinte: Artigo I Cada Estado militarmente nuclear, parte deste Tratado, compromete-se a não transferir, para qualquer Estado recipiente, armas nucleares, de qualquer tipo, nem outros artefatos explosivos nucleares, assim como o controle direto ou indireto, sobre tais armas ou artefatos explosivos e, sob forma alguma, assistir, encorajar ou induzir qualquer Estado militarmente não-nuclear a fabricar, ou, por outros meios, adquirir armas nucleares ou outros artefatos explosivos nucleares, ou obter controle sobre tais armas e explosivos nucleares. Artigo II Cada Estado militarmente não-nuclear, parte deste Tratado, compromete-se a não receber a transferência, de qualquer Estado fornecedor, de armas nucleares ou outros artefatos explosivos nucleares, nem o controle direto ou indireto, sobre tais armas ou explosivos, a não fabricar, ou por outros meios, adquirir armas nucleares ou outros artefatos explosivos nucleares, e a não procurar ou receber qualquer assistência para a fabricação de armas nucleares ou outros artefatos explosivos nucleares. Artigo III 1º. Cada Estado militarmente não-nuclear, parte deste Tratado, compromete-se a aceitar salvaguardas - conforme estabelecidas em um acordo a ser negociado e celebrado com a Agência Internacional de Energia Atômica, de acordo com o Estatuto da Agência Internacional de Energia Atômica e com o sistema de salvaguardas da Agência com a finalidade exclusiva de verificação do cumprimento das obrigações assumidas sob o presente Tratado, e com vistas a impedir que a energia nuclear destinada a fins pacíficos venha a ser desviada para armas nucleares ou outros artefatos explosivos nucleares. Os métodos de salvaguardas previstos neste artigo serão aplicados em relação aos materiais férteis ou físseis especiais, tanto na fase de sua produção, quanto nas de processamento ou utilização, em qualquer instalação nuclear principal ou fora de tais instalações. As salvaguardas previstas neste artigo serão aplicadas a todos os materiais férteis ou físseis especiais usados em todas as atividades nucleares pacíficas que tenham lugar no território de um Estado, sob sua jurisdição, ou aquelas levadas a efeito sob seu controle, em qualquer outro local. 2º. Cada Estado parte deste Tratado compromete-se a não fornecer: a) material fértil ou físsil especial, ou b) equipamento ou material especialmente destinado ou preparado para o processamento, utilização ou produção de material físsil especial para qualquer Estado militarmente não nuclear, para fins pacíficos, exceto quando o material fértil ou físsil especial esteja sujeito às salvaguardas previstas neste artigo. 3º. As salvaguardas previstas neste artigo serão implementadas de maneira a que se cumpra o disposto no art. IV deste Tratado e se evite entravar o desenvolvimento econômico e tecnológico das partes ou a cooperação internacional no campo das atividades nucleares pacíficas, inclusive no tocante ao intercâmbio internacional de material nuclear e de equipamentos para o processamento, utilização ou produção de Guia de Estudos DSI Página 10

11 material nuclear para fins pacíficos, de conformidade com o disposto neste artigo e com o princípio de salvaguardas enunciado no Preâmbulo. 4º. Cada Estado militarmente não-nuclear, parte deste Tratado, deverá celebrar isoladamente ou juntamente com outros Estados acordos com a Agência Internacional de Energia Atômica, com a finalidade de cumprir o disposto neste artigo, de conformidade com o Estatuto da Agência Internacional de Energia Atômica. A negociação de tais acordos deverá começar dentro de 180 dias a partir do começo de vigência do Tratado. Para os Estados que depositarem seus instrumentos de ratificação após esse período de 180 dias, a negociação de tais acordos deverá começar em data não posterior à do depósito. Tais acordos entrarão em vigor em data não posterior a 18 meses depois da data do início das negociações. Artigo IV 1º. Nada neste tratado será interpretado como afetando o direito inalienável de todas as partes do Tratado de desenvolverem a pesquisa, a produção e a utilização da energia nuclear para fins pacíficos, sem discriminação e de conformidade com os artigos I e II deste Tratado 2º. Todas as partes deste Tratado comprometem-se a facilitar o mais amplo intercâmbio possível de equipamento, materiais e informação científica e tecnológica sobre a utilização pacífica da energia nuclear e dele têm o direito de participar. As partes do Tratado em condições de o fazerem deverão também cooperar isoladamente ou juntamente com outros Estados ou Organizações internacionais com vistas a contribuir para o desenvolvimento crescente das aplicações da energia nuclear para fins pacíficos, especialmente nos territórios dos Estados militarmente não-nucleares, partes do Tratado, com a devida consideração pelas necessidades das regiões do mundo em desenvolvimento. Artigo V Cada parte deste Tratado compromete-se a tomar medidas apropriadas para assegurar que, de acordo com este Tratado, sob observação internacional apropriada, e por meio de procedimentos internacionais apropriados, os benefícios potenciais de quaisquer aplicações pacíficas de explosões nucleares serão tornados acessíveis a Estados militarmente não nucleares, partes deste Tratado, em uma base não discriminatória, e que o custo para essas partes, dos explosivos nucleares empregados, será tão baixo quanto possível, com exclusão de qualquer custo de pesquisa e desenvolvimento. Os Estados militarmente não-nucleares, partes deste Tratado, poderão obter tais benefícios mediante acordo ou acordos internacionais especiais, através de um organismo internacional apropriado no qual os Estados militarmente não-nucleares terão representação adequada. Os Estados militarmente não-nucleares, partes deste Tratado, que assim o desejem, poderão também obter tais benefícios em decorrência de acordos bilaterais. Artigo VI Cada parte deste Tratado compromete-se a prosseguir, de boa-fé, negociações sobre medidas efetivas para a cessação em data próxima da corrida armamentista nuclear e para o desarmamento nuclear, e sobre um Tratado de desarmamento geral e completo, sob estrito e eficaz controle internacional. Guia de Estudos DSI Página 11

12 Artigo VII Nada neste Tratado afeta o direito de qualquer grupo de Estados de concluir Tratados regionais para assegurar a ausência total de armas nucleares em seus respectivos territórios. Artigo VIII 1º. Qualquer parte deste Tratado pode propor emendas a este Tratado. O texto de qualquer emenda proposta deverá ser submetido aos Governos depositários, que as circularão entre todas as partes do Tratado. A seguir, se solicitados a fazê-lo por um terço ou mais das partes, os Governos depositários convocarão uma Conferência, à qual convidarão todas as partes, para considerar tal emenda. 2º. Qualquer emenda a este Tratado deverá ser aprovada pela maioria dos votos de todas as partes do Tratado, incluindo os votos de todos os Estados militarmente nucleares, partes do Tratado, e os votos de todas as outras partes que, na data em que a emenda foi circulada, eram membros da Junta de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica. A emenda entrará em vigor para cada parte que depositar seu instrumento de ratificação da emenda após o depósito dos instrumentos de ratificação de todos os Estados militarmente nucleares, partes do Tratado e os instrumentos de ratificação de todas as outras partes que, na data em que a emenda for circulada, eram membros da Junta de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica. A partir de então, a emenda entrará em vigor para qualquer outra parte quando do depósito de seu instrumento de ratificação da emenda. 3º. Cinco anos após a entrada em vigor deste Tratado, uma Conferência das partes será realizada em Genebra, Suíça, para avaliar a implementação do Tratado, com vistas a assegurar que os propósitos do Preâmbulo e os dispositivos do Tratado estão sendo executados. A partir desta data, em intervalos de 5 anos, a maioria das partes do Tratado poderá obter submetendo uma proposta com essa finalidade aos Governos depositários a convocação de outras Conferências com o mesmo objetivo de rever a implementação do Tratado. Artigo IX 1º. Este Tratado estará aberto à assinatura de todos os Estados. Qualquer Estado que não assine o Tratado antes de sua entrada em vigor, de acordo com o parágrafo 3º deste artigo, poderá a ele aceder em qualquer tempo. 2º. Este Tratado estará sujeito à ratificação pelos Estados signatários. Os instrumentos de Ratificação e os instrumentos de Adesão serão depositados junto aos Governos da União Soviética, do Reino Unido e dos Estados Unidos da América, que são aqui designados como Governos depositários. 3º. Este Tratado entrará em vigor após sua ratificação pelos Governos depositários, e por 40 outros Estados signatários deste Tratado e o depósito de seus instrumentos de Ratificação. Para fins deste Tratado, um Estado militarmente nuclear é aquele que tiver fabricado ou explodido um artefato nuclear ou outro artefato explosivo nuclear antes de 1º de janeiro de º. Para os Estados cujos instrumentos de Ratificação ou Adesão sejam depositados após a entrada em vigor deste Tratado, o mesmo entrará em vigor na data do depósito de seus instrumentos de Ratificação ou Adesão. Guia de Estudos DSI Página 12

13 5º. Os Governos depositários informarão prontamente a todos os Estados que tenham assinado ou aderido ao Tratado a data de cada assinatura, a data do depósito de cada instrumento de Ratificação ou Adesão, a data de entrada em vigor deste Tratado, a data de recebimento de quaisquer pedidos de convocação de uma Conferência ou outras notificações. 6º. Este Tratado será registrado pelos Governos depositários de acordo com o art. 102 da Carta das Nações Unidas. Artigo X 1º. Cada parte tem, no exercício de sua soberania nacional, o direito de denunciar o Tratado se decidir que acontecimentos extraordinários, relacionados com a substância deste Tratado, põem em risco os interesses supremos do país. Deverá notificar dessa denúncia a todas as demais partes do Tratado e ao Conselho de Segurança, com três meses de antecedência. Essa notificação deverá incluir uma declaração sobre os acontecimentos extraordinários que a seu juízo ameaçaram seus interesses supremos. 2º. Vinte e cinco anos após a entrada em vigor do Tratado, reunir-se-á uma Conferência para decidir se o Tratado continuará em vigor indefinidamente, ou se será estendido por um ou mais períodos adicionais fixos. Essa decisão será tomada pela maioria das partes do Tratado. Artigo XI Este Tratado cujos textos em inglês, russo, francês, espanhol e chinês são igualmente autênticos deverá ser depositado nos arquivos dos Governos depositários e cópias devidamente autenticadas serão transmitidas pelos Governos depositários aos Governos dos Estados que o assinem ou a ele adiram. Referências para pesquisa: - Site oficial das Nações Unidas - Site do Escritório das Nações Unidas para Assuntos de Desarmamento - Site do Stockolm International Peace Research Institute - Site com a COMISSÃO PREPARATÓRIA PARA A ORGANIZAÇÃO DO TRATADO PARA PROIBIÇÃO COMPLETA DE TESTES NUCLEARES - Site da Agência Internacional de Energia Atômica - Site com o Tratado de Não-Proliferação Nuclear Guia de Estudos DSI Página 13

Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares

Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares Direito Internacional Aplicado Tratados e Convenções Manutenção da Paz Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares Conclusão e assinatura: 01 de julho de 1968 Entrada em vigor: No Brasil: Aprovação:

Leia mais

CARREIRAS DIPLOMÁTICAS Disciplina: Política Internacional Prof. Diego Araujo Campos Tratado Sobre a Não Proliferação de Armas Nucleares

CARREIRAS DIPLOMÁTICAS Disciplina: Política Internacional Prof. Diego Araujo Campos Tratado Sobre a Não Proliferação de Armas Nucleares CARREIRAS DIPLOMÁTICAS Disciplina: Política Internacional Prof. Diego Araujo Campos Tratado Sobre a Não Proliferação de Armas Nucleares MATERIAL DE APOIO MONITORIA Tratado Sobre a Não Proliferação de Armas

Leia mais

Decreto n.º 588/76 Tratado de não Proliferação das Armas Nucleares, assinado em Londres, Moscovo e Washington

Decreto n.º 588/76 Tratado de não Proliferação das Armas Nucleares, assinado em Londres, Moscovo e Washington Decreto n.º 588/76 Tratado de não Proliferação das Armas Nucleares, assinado em Londres, Moscovo e Washington Usando da faculdade conferida pelo artigo 3.º, n.º 1, alínea 3), da Lei Constitucional n.º

Leia mais

Decreto nº 77.374, de 01.04.76

Decreto nº 77.374, de 01.04.76 Decreto nº 77.374, de 01.04.76 Promulga a Convenção sobre a Proibição do Desenvolvimento, Produção e Estocagem de Armas Bacteriológicas (Biológicas) e à Base de toxinas e sua Destruição. O PRESIDENTE DA

Leia mais

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE. Parlamento nacional RESOLUÇÃO DO PARLAMENTO NACIONAL N. O 16/2002 DE 14 DE NOVEMBRO

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE. Parlamento nacional RESOLUÇÃO DO PARLAMENTO NACIONAL N. O 16/2002 DE 14 DE NOVEMBRO REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE Parlamento nacional RESOLUÇÃO DO PARLAMENTO NACIONAL N. O 16/2002 DE 14 DE NOVEMBRO RATIFICA A CONVENÇÃO SOBRE A PROIBIÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO E DO ARMAZENAMENTO

Leia mais

CONVENÇÃO PARA A PREVENÇÃO E REPRESSÃO DO CRIME DE GENOCÍDIO *

CONVENÇÃO PARA A PREVENÇÃO E REPRESSÃO DO CRIME DE GENOCÍDIO * CONVENÇÃO PARA A PREVENÇÃO E REPRESSÃO DO CRIME DE GENOCÍDIO * Aprovada e proposta para assinatura e ratificação ou adesão pela resolução 260 A (III) da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 9 de Dezembro

Leia mais

Promulga o Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo ao envolvimento de crianças em conflitos armados.

Promulga o Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo ao envolvimento de crianças em conflitos armados. DECRETO Nº 5.006, DE 8 DE MARÇO DE 2004. Promulga o Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo ao envolvimento de crianças em conflitos armados. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA,

Leia mais

Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio

Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio Direito Internacional Aplicado Tratados e Convenções Direito Internacional Penal Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio Conclusão e assinatura: Nova Iorque EUA, 09 de dezembro de

Leia mais

DECRETO Nº 6.617, DE 23 DE OUTUBRO DE

DECRETO Nº 6.617, DE 23 DE OUTUBRO DE DECRETO Nº 6.617, DE 23 DE OUTUBRO DE 2008: Promulga o Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República da África do Sul no Campo da Cooperação Científica e Tecnológica,

Leia mais

Acordo sobre o Aquífero Guarani

Acordo sobre o Aquífero Guarani Acordo sobre o Aquífero Guarani A República Argentina, a República Federativa do Brasil, a República do Paraguai e a República Oriental do Uruguai, Animados pelo espírito de cooperação e de integração

Leia mais

Reabilitação Profissional e Emprego de Pessoas Deficientes

Reabilitação Profissional e Emprego de Pessoas Deficientes 1 CONVENÇÃO N. 159 Reabilitação Profissional e Emprego de Pessoas Deficientes I Aprovada na 69ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (Genebra 1983), entrou em vigor no plano internacional em

Leia mais

Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo ao Envolvimento de Crianças em Conflitos Armados

Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo ao Envolvimento de Crianças em Conflitos Armados Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo ao Envolvimento de Crianças em Conflitos Armados Os Estados Partes no presente Protocolo, Encorajados pelo apoio esmagador à Convenção

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China 15. CONVENÇÃO SOBRE A ESCOLHA DO FORO (celebrada em 25 de novembro de 1965) Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando estabelecer previsões comuns sobre a validade e efeitos de acordos sobre

Leia mais

Os Estados Partes no presente Protocolo:

Os Estados Partes no presente Protocolo: Resolução da Assembleia da República n.º 32/98 Protocolo de 1988 para a Repressão de Actos Ilícitos de Violência nos Aeroportos ao Serviço da Aviação Civil Internacional, complementar à Convenção para

Leia mais

18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas

18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas 18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando facilitar o reconhecimento de divórcios e separações de pessoas obtidos

Leia mais

O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas.

O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas. O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas. O que é o dever de Consulta Prévia? O dever de consulta prévia é a obrigação do Estado (tanto do Poder Executivo, como do Poder Legislativo)

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 3.956, DE 8 DE OUTUBRO DE 2001. Promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação

Leia mais

Para ser presente á Assembleia Nacional.

Para ser presente á Assembleia Nacional. Decreto-Lei n.º 286/71 Tratado sobre os Princípios Que Regem as Actividades dos Estados na Exploração e Utilização do Espaço Exterior, Incluindo a Lua e Outros Corpos Celestes, assinado em Washington,

Leia mais

(Comunicações) PARLAMENTO EUROPEU

(Comunicações) PARLAMENTO EUROPEU 4.8.2011 Jornal Oficial da União Europeia C 229/1 II (Comunicações) COMUNICAÇÕES DAS INSTITUIÇÕES, ÓRGÃOS E ORGANISMOS DA UNIÃO EUROPEIA PARLAMENTO EUROPEU Regulamento da Conferência dos Órgãos Especializados

Leia mais

CONVENÇÃO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA A REPÚBLICA DA TUNÍSIA

CONVENÇÃO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA A REPÚBLICA DA TUNÍSIA CONVENÇÃO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA DA TUNÍSIA DE COOPERAÇÃO NO DOMÍNIO DA DEFESA A República Portuguesa e a República da Tunísia, doravante designadas conjuntamente por "Partes" e separadamente

Leia mais

DECRETO Nº 3.956, DE 8 DE OUTUBRO DE

DECRETO Nº 3.956, DE 8 DE OUTUBRO DE Convenção da Organização dos Estados Americanos 08/10/2001 - Decreto 3956 promulga a Convenção Interamericana para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas Portadoras de Deficiência

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China 25. CONVENÇÃO SOBRE A LEI APLICÁVEL PARA REGIMES DE BENS MATRIMONIAIS (celebrada em 14 de março de 1978) Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando estabelecer previsões comuns concernente

Leia mais

PROTOCOLO DE 1967 RELATIVO AO ESTATUTO DOS REFUGIADOS 1

PROTOCOLO DE 1967 RELATIVO AO ESTATUTO DOS REFUGIADOS 1 PROTOCOLO DE 1967 RELATIVO AO ESTATUTO DOS REFUGIADOS 1 Os Estados Partes no presente Protocolo, Considerando que a Convenção relativa ao Estatuto dos Refugiados assinada em Genebra, em 28 de julho de

Leia mais

implementação do Programa de Ação para a Segunda Década de Combate ao Racismo e à Discriminação Racial,

implementação do Programa de Ação para a Segunda Década de Combate ao Racismo e à Discriminação Racial, 192 Assembleia Geral 39 a Sessão suas políticas internas e exteriores segundo as disposições básicas da Convenção, Tendo em mente o fato de que a Convenção está sendo implementada em diferentes condições

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China CONVENÇÃO SOBRE A JURISDIÇÃO, LEI APLICÁVEL E RECONHECIMENTO DE DECISÕES EM MATÉRIA DE ADOÇÃO (Concluída em 15 de novembro de 1965) (Conforme o seu artigo 23, esta Convenção teve vigência limitada até

Leia mais

ACORDO DE COOPERAÇÃO ENTRE OS ESTADOS MEMBROS DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA SOBRE O COMBATE AO HIV/SIDA

ACORDO DE COOPERAÇÃO ENTRE OS ESTADOS MEMBROS DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA SOBRE O COMBATE AO HIV/SIDA Decreto n.º 36/2003 Acordo de Cooperação entre os Estados Membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa sobre o Combate ao HIV/SIDA, assinado em Brasília em 30 de Julho de 2002 Considerando a declaração

Leia mais

DECRETO Nº 6.560, DE 8 DE SETEMBRO DE

DECRETO Nº 6.560, DE 8 DE SETEMBRO DE DECRETO Nº 6.560, DE 8 DE SETEMBRO DE 2008: Promulga o Protocolo Complementar ao Acordo Quadro entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Popular da China sobre Cooperação

Leia mais

Tema: Salvaguardas ao Irã

Tema: Salvaguardas ao Irã Tema: Salvaguardas ao Irã Comitê: Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) País: República Bolivariana da Venezuela Não queremos guerra, mas alertamos sobre as consequências nefastas que uma agressão

Leia mais

Convenção relativa à Luta contra a Discriminação no campo do Ensino

Convenção relativa à Luta contra a Discriminação no campo do Ensino ED/2003/CONV/H/1 Convenção relativa à Luta contra a Discriminação no campo do Ensino Adotada a 14 de dezembro de 1960, pela Conferência Geral da UNESCO, em sua 11ª sessão, reunida em Paris de 14 de novembro

Leia mais

Convenção de Nova Iorque - Reconhecimento e Execução de Sentenças Arbitrais Estrangeiras

Convenção de Nova Iorque - Reconhecimento e Execução de Sentenças Arbitrais Estrangeiras CONVENÇÃO DE NOVA YORK Convenção de Nova Iorque - Reconhecimento e Execução de Sentenças Arbitrais Estrangeiras Decreto nº 4.311, de 23/07/2002 Promulga a Convenção sobre o Reconhecimento e a Execução

Leia mais

(Atos não legislativos) REGULAMENTOS

(Atos não legislativos) REGULAMENTOS L 115/12 Jornal Oficial da União Europeia 27.4.2012 II (Atos não legislativos) REGULAMENTOS REGULAMENTO DELEGADO (UE) N. o 363/2012 DA COMISSÃO de 23 de fevereiro de 2012 respeitante às normas processuais

Leia mais

3. Estrutura do Sítio "Web" O sítio "web" terá uma estrutura de módulos e incluirá:

3. Estrutura do Sítio Web O sítio web terá uma estrutura de módulos e incluirá: MEMORANDO DE ENTENDIMENTO ENTRE O MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, O MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DA FEDERAÇÃO DA RÚSSIA, O MINISTÉRIO DE ASSUNTOS EXTERIORES

Leia mais

Celebrado em Brasília, aos 20 dias do mês de março de 1996, em dois originais, nos idiomas português e alemão, ambos igualmente válidos.

Celebrado em Brasília, aos 20 dias do mês de março de 1996, em dois originais, nos idiomas português e alemão, ambos igualmente válidos. ACORDO-QUADRO ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERAL DA ALEMANHA SOBRE COOPERAÇÃO EM PESQUISA CIENTÍFICA E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO O Governo da República

Leia mais

Acordo-Quadro de Associação entre o MERCOSUL e a República do Suriname

Acordo-Quadro de Associação entre o MERCOSUL e a República do Suriname Acordo-Quadro de Associação entre o MERCOSUL e a República do Suriname A República Argentina, a República Federativa do Brasil, a República do Paraguai, a República Oriental do Uruguai, a República Bolivariana

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China 26. CONVENÇÃO SOBRE A CELEBRAÇÃO E O RECONHECIMENTO DA VALIDADE DOS CASAMENTOS (concluída em 14 de março de 1978) Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando facilitar a celebração de casamentos

Leia mais

O Governo da República Federativa do Brasil e O Governo do Reino Tailândia (doravante denominadas Partes Contratantes ),

O Governo da República Federativa do Brasil e O Governo do Reino Tailândia (doravante denominadas Partes Contratantes ), ACORDO ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DO REINO DA TAILÂNDIA SOBRE COOPERAÇÃO TÉCNICA EM MEDIDAS SANITÁRIAS E FITOSSANITÁRIAS O Governo da República Federativa do Brasil e

Leia mais

Prevenção de Acidentes do Trabalho dos Marítimos

Prevenção de Acidentes do Trabalho dos Marítimos 1 CONVENÇÃO N. 134 Prevenção de Acidentes do Trabalho dos Marítimos I Aprovada na 55ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (Genebra 1970), entrou em vigor no plano internacional em 17 de fevereiro

Leia mais

10. Convenção Relativa à Competência das Autoridades e à Lei Aplicável em Matéria de Protecção de Menores

10. Convenção Relativa à Competência das Autoridades e à Lei Aplicável em Matéria de Protecção de Menores 10. Convenção Relativa à Competência das Autoridades e à Lei Aplicável em Matéria de Protecção de Menores Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando estabelecer disposições comuns relativas

Leia mais

CONVENÇÃO (111) SOBRE A DISCRIMINAÇÃO EM MATÉRIA DE EMPREGO E PROFISSÃO* A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho,

CONVENÇÃO (111) SOBRE A DISCRIMINAÇÃO EM MATÉRIA DE EMPREGO E PROFISSÃO* A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho, CONVENÇÃO (111) SOBRE A DISCRIMINAÇÃO EM MATÉRIA DE EMPREGO E PROFISSÃO* A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho, Convocada em Genebra pelo Conselho de Administração do Secretariado

Leia mais

MEIO AMBIENTE DE TRABALHO (RUÍDO E VIBRAÇÕES)

MEIO AMBIENTE DE TRABALHO (RUÍDO E VIBRAÇÕES) Convenção 148 MEIO AMBIENTE DE TRABALHO (RUÍDO E VIBRAÇÕES) A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho convocada em Genebra pelo Conselho de Administração do Departamento Internacional

Leia mais

27. Convenção da Haia sobre a Lei Aplicável aos Contratos de Mediação e à Representação

27. Convenção da Haia sobre a Lei Aplicável aos Contratos de Mediação e à Representação 27. Convenção da Haia sobre a Lei Aplicável aos Contratos de Mediação e à Representação Os Estados signatários da presente Convenção: Desejosos de estabelecer disposições comuns sobre a lei aplicável aos

Leia mais

Resolução da Assembleia da República n.º 64/98 Convenção n.º 162 da Organização Internacional do Trabalho, sobre a segurança na utilização do amianto.

Resolução da Assembleia da República n.º 64/98 Convenção n.º 162 da Organização Internacional do Trabalho, sobre a segurança na utilização do amianto. Resolução da Assembleia da República n.º 64/98 Convenção n.º 162 da Organização Internacional do Trabalho, sobre a segurança na utilização do amianto. Aprova, para ratificação, a Convenção n.º 162 da Organização

Leia mais

ACORDO PARA A PROMOÇÃO E A PROTEÇÃO RECÍPROCA DE INVESTIMENTOS ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DA CORÉIA

ACORDO PARA A PROMOÇÃO E A PROTEÇÃO RECÍPROCA DE INVESTIMENTOS ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DA CORÉIA ACORDO PARA A PROMOÇÃO E A PROTEÇÃO RECÍPROCA DE INVESTIMENTOS ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DA CORÉIA O Governo da República Federativa do Brasil e o Governo

Leia mais

Convenção n.º 87 CONVENÇÃO SOBRE A LIBERDADE SINDICAL E A PROTECÇÃO DO DIREITO SINDICAL

Convenção n.º 87 CONVENÇÃO SOBRE A LIBERDADE SINDICAL E A PROTECÇÃO DO DIREITO SINDICAL Convenção n.º 87 CONVENÇÃO SOBRE A LIBERDADE SINDICAL E A PROTECÇÃO DO DIREITO SINDICAL A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho, convocada em S. Francisco pelo conselho de administração

Leia mais

Anexo F: Ratificação de compromissos

Anexo F: Ratificação de compromissos Anexo F: Ratificação de compromissos 1. Este documento constitui uma Ratificação de compromissos (Ratificação) do Departamento de Comércio dos Estados Unidos ("DOC") e da Corporação da Internet para Atribuição

Leia mais

DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997

DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997 DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997 Reunidos na cidade de Quebec de 18 a 22 de setembro de 1997, na Conferência Parlamentar das Américas, nós, parlamentares das Américas, Considerando que o

Leia mais

ACORDO-QUADRO SOBRE MEIO AMBIENTE DO MERCOSUL

ACORDO-QUADRO SOBRE MEIO AMBIENTE DO MERCOSUL MERCOSUL/CMC/DEC. N o 02/01 ACORDO-QUADRO SOBRE MEIO AMBIENTE DO MERCOSUL TENDO EM VISTA: O Tratado de Assunção, o Protocolo de Ouro Preto, a Resolução N o 38/95 do Grupo Mercado Comum e a Recomendação

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China CONVENÇÃO SOBRE A JURISDIÇÃO DOS FÓRUNS SELECIONADOS NO CASO DE VENDA INTERNACIONAL DE MERCADORIAS (Concluída em 15 de Abril de 1958) Os Estados signatários da presente Convenção; Desejando estabelecer

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China 22. CONVENÇÃO SOBRE A LEI APLICÁVEL A RESPONSABILIDADE SOBRE O FATO DO PRODUTO (celebrada em 2 de outubro de 1973) Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando estabelecer previsões comuns sobre

Leia mais

Divisão de Atos Internacionais

Divisão de Atos Internacionais Divisão de Atos Internacionais Âmbito de AplicaçãoConvenção Interamericana Sobre Obrigação Alimentar (Adotada no Plenário da Quarta Conferência Especializada Interamericana sobre Direito Internacional

Leia mais

Resolução da Assembleia da República n.º 37/94 Convenção sobre o Reconhecimento e a Execução de Sentenças Arbitrais Estrangeiras

Resolução da Assembleia da República n.º 37/94 Convenção sobre o Reconhecimento e a Execução de Sentenças Arbitrais Estrangeiras Resolução da Assembleia da República n.º 37/94 Convenção sobre o Reconhecimento e a Execução de Sentenças Arbitrais Estrangeiras Aprova, para ratificação, a Convenção sobre o Reconhecimento e a Execução

Leia mais

PROTOCOLO SOBRE PREPARO, RESPOSTA E COOPERAÇÃO PARA INCIDENTES DE POLUIÇÃO POR SUBSTÂNCIAS POTENCIALMENTE PERIGOSAS E NOCIVAS, 2000

PROTOCOLO SOBRE PREPARO, RESPOSTA E COOPERAÇÃO PARA INCIDENTES DE POLUIÇÃO POR SUBSTÂNCIAS POTENCIALMENTE PERIGOSAS E NOCIVAS, 2000 PROTOCOLO SOBRE PREPARO, RESPOSTA E COOPERAÇÃO PARA INCIDENTES DE POLUIÇÃO POR SUBSTÂNCIAS POTENCIALMENTE PERIGOSAS E NOCIVAS, 2000 AS PARTES DO PRESENTE PROTOCOLO, SENDO PARTES da Convenção Internacional

Leia mais

SOBRE PROTEÇÃO E FACILIDADES A SEREM DISPENSADAS A REPRESENTANTES DE TRABALHADORES NA EMPRESA

SOBRE PROTEÇÃO E FACILIDADES A SEREM DISPENSADAS A REPRESENTANTES DE TRABALHADORES NA EMPRESA Convenção 135 SOBRE PROTEÇÃO E FACILIDADES A SEREM DISPENSADAS A REPRESENTANTES DE TRABALHADORES NA EMPRESA A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho, Convocada em Genebra pelo Conselho

Leia mais

PROTOCOLO DE INTEGRAÇÃO EDUCATIVA E REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS, CERTIFICADOS, TÍTULOS E RECONHECIMENTO DE ESTUDOS DE NÍVEL MÉDIO TÉCNICO.

PROTOCOLO DE INTEGRAÇÃO EDUCATIVA E REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS, CERTIFICADOS, TÍTULOS E RECONHECIMENTO DE ESTUDOS DE NÍVEL MÉDIO TÉCNICO. MERCOSUL/CMC/DEC. N 7/95 PROTOCOLO DE INTEGRAÇÃO EDUCATIVA E REVALIDAÇÃO DE DIPLOMAS, CERTIFICADOS, TÍTULOS E RECONHECIMENTO DE ESTUDOS DE NÍVEL MÉDIO TÉCNICO. TENDO EM VISTA: O Tratado de Assunção e seus

Leia mais

Considerando que a Officer S.A. Distribuidora de Produtos de Tecnologia. ( Officer ) encontra-se em processo de recuperação judicial, conforme

Considerando que a Officer S.A. Distribuidora de Produtos de Tecnologia. ( Officer ) encontra-se em processo de recuperação judicial, conforme São Paulo, 26 de outubro de 2015. C O M U N I C A D O A O S F O R N E C E D O R E S E R E V E N D A S D A O F F I C E R D I S T R I B U I D O R A Prezado Parceiro, Considerando que a Officer S.A. Distribuidora

Leia mais

CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO

CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO Medidas estão sendo tomadas... Serão suficientes? Estaremos, nós, seres pensantes, usando nossa casa, com consciência? O Protocolo de Kioto é um acordo internacional, proposto

Leia mais

Preocupados com a discriminação de que são objeto as pessoas em razão de suas deficiências;

Preocupados com a discriminação de que são objeto as pessoas em razão de suas deficiências; CONVENÇÃO INTERAMERICANA PARA A ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO CONTRA AS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA (CONVENÇÃO DA GUATEMALA), de 28 de maio de 1999 Os Estados Partes nesta Convenção,

Leia mais

ADMIRAL MARKETS UK LTD POLÍTICA DE EXECUÇÃO NAS MELHORES CONDIÇÕES

ADMIRAL MARKETS UK LTD POLÍTICA DE EXECUÇÃO NAS MELHORES CONDIÇÕES ADMIRAL MARKETS UK LTD POLÍTICA DE EXECUÇÃO NAS MELHORES CONDIÇÕES 1. Disposições gerais 1.1. As presentes Regras de Execução nas Melhores Condições (doravante Regras ) estipulam os termos, condições e

Leia mais

Fundo Setorial de Petróleo e Gás Natural Comitê Gestor REGIMENTO INTERNO

Fundo Setorial de Petróleo e Gás Natural Comitê Gestor REGIMENTO INTERNO MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO Fundo Setorial de Petróleo e Gás Natural Comitê Gestor REGIMENTO INTERNO (aprovado na 49ª Reunião do Comitê realizada em 11 de abril de 2013) CAPÍTULO I Do

Leia mais

CONVENÇAO EUROPEIA SOBRE O EXERCÍCIO DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS

CONVENÇAO EUROPEIA SOBRE O EXERCÍCIO DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS CONVENÇAO EUROPEIA SOBRE O EXERCÍCIO DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS Preâmbulo Os Estados-membros do Conselho da Europa, bem como os outros Estados signatários da presente Convenção, Considerando que o objetivo

Leia mais

FACULDADE BARÃO DE RIO BRANCO UNINORTE CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO 1 (AULA

FACULDADE BARÃO DE RIO BRANCO UNINORTE CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO 1 (AULA FACULDADE BARÃO DE RIO BRANCO UNINORTE CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO 1 (AULA 04) O que é uma Norma Aquilo que se estabelece como base ou medida para a realização

Leia mais

Considerando que em 14 de janeiro de 1982, foram depositados os Instrumentos de Ratificação, pelo Brasil,

Considerando que em 14 de janeiro de 1982, foram depositados os Instrumentos de Ratificação, pelo Brasil, Página 1 DECRETO Nº 93.413, de 15 de outubro de 1986 Promulga a Convenção nº 148 sobre a Proteção dos Trabalhadores Contra os Riscos Profissionais Devidos à Contaminação do Ar, ao Ruído e às Vibrações

Leia mais

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual Lição 6. Férias Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual 6.1. FÉRIAS INDIVIDUAIS: arts. 129 a 138 da CLT. As férias correspondem

Leia mais

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, NOTA - A Resolução CFC n.º 1.329/11 alterou a sigla e a numeração desta Interpretação de IT 12 para ITG 12 e de outras normas citadas: de NBC T 19.1 para NBC TG 27; de NBC T 19.7 para NBC TG 25; de NBC

Leia mais

Serviços de Saúde do Trabalho

Serviços de Saúde do Trabalho 1 CONVENÇÃO N. 161 Serviços de Saúde do Trabalho I Aprovada na 71ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (Genebra 1985), entrou em vigor no plano internacional em 17.2.88. II Dados referentes

Leia mais

TRATADO DE BUDAPESTE SOBRE O RECONHECIMENTO INTERNACIONAL DO DEPÓSITO DE MICRORGANISMOS PARA EFEITOS DO PROCEDIMENTO EM MATÉRIA DE PATENTES.

TRATADO DE BUDAPESTE SOBRE O RECONHECIMENTO INTERNACIONAL DO DEPÓSITO DE MICRORGANISMOS PARA EFEITOS DO PROCEDIMENTO EM MATÉRIA DE PATENTES. Resolução da Assembleia da República n.º 32/97 Tratado de Budapeste sobre o Reconhecimento Internacional do Depósito de Microrganismos para Efeitos do Procedimento em Matéria de Patentes, adoptado em Budapeste

Leia mais

Conferência Internacional do Trabalho Convenção 159

Conferência Internacional do Trabalho Convenção 159 Conferência Internacional do Trabalho Convenção 159 Convenção sobre Reabilitação Profissional e Emprego de Pessoas Deficientes. A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho: Convocada em

Leia mais

PARCERIA BRASILEIRA PELA ÁGUA

PARCERIA BRASILEIRA PELA ÁGUA PARCERIA BRASILEIRA PELA ÁGUA Considerando a importância de efetivar a gestão integrada de recursos hídricos conforme as diretrizes gerais de ação estabelecidas na Lei 9.433, de 8.01.1997, a qual institui

Leia mais

Desejando progredir mais no caminho que identificaram para permitir que alcancem uma solução mutuamente acordada para o contencioso, Seção I

Desejando progredir mais no caminho que identificaram para permitir que alcancem uma solução mutuamente acordada para o contencioso, Seção I MEMORANDO DE ENTENDIMENTO ENTRE O GOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA E O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SOBRE UM FUNDO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E FORTALECIMENTO DA CAPACITAÇÃO RELATIVO AO CONTENCIOSO

Leia mais

Nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 200.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo único

Nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 200.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo único Decreto n.º 18/97 Acordo de Cooperação no Domínio do Turismo entre o Governo da República Portuguesa e o Governo dos Estados Unidos Mexicanos, assinado na Cidade do México em 6 de Novembro de 1996 Nos

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China CONVENÇÃO SOBRE A LEI APLICÁVEL AOS CONTRATOS DE COMPRA E VENDA INTERNACIONAL DE MERCADORIAS (Concluída em 22 de dezembro de 1986) Os Estados-Partes da presente Convenção, Desejando unificar as regras

Leia mais

ACORDO SOBRE MEDIDAS DE INVESTIMENTO RELACIONADAS AO COMÉRCIO

ACORDO SOBRE MEDIDAS DE INVESTIMENTO RELACIONADAS AO COMÉRCIO ACORDO SOBRE MEDIDAS DE INVESTIMENTO RELACIONADAS AO COMÉRCIO Os Membros, Considerando que os Ministros acordaram em Punta del Este que "em seguida a um exame da operação dos Artigos do GATT relacionados

Leia mais

Tendo em vista a resolução sobre a eliminação do trabalho infantil adotada pela Conferência Internacinal do Trabalho, em sua 83 a Reunião, em 1996;

Tendo em vista a resolução sobre a eliminação do trabalho infantil adotada pela Conferência Internacinal do Trabalho, em sua 83 a Reunião, em 1996; CONVENÇÃO Nª 182 CONVENÇÃO SOBRE PROIBIÇÃO DAS PIORES FORMAS DE TRABALHO INFANTIL E AÇÃO IMEDIATA PARA SUA ELIMINAÇÃO Aprovadas em 17/06/1999. No Brasil, promulgada pelo Decreto 3597de 12/09/2000. A Conferência

Leia mais

Decreto n.º 101/78 Acordo de Base entre a Organização Mundial de Saúde e Portugal, assinado em Copenhaga em 12 de Junho de 1978

Decreto n.º 101/78 Acordo de Base entre a Organização Mundial de Saúde e Portugal, assinado em Copenhaga em 12 de Junho de 1978 Decreto n.º 101/78 Acordo de Base entre a Organização Mundial de Saúde e Portugal, assinado em Copenhaga em 12 de Junho de 1978 O Governo decreta, nos termos da alínea c) do artigo 200.º da Constituição

Leia mais

PUBLICADO EM 01/08/2015 VÁLIDO ATÉ 31/07/2020

PUBLICADO EM 01/08/2015 VÁLIDO ATÉ 31/07/2020 PUBLICADO EM 01/08/2015 VÁLIDO ATÉ 31/07/2020 INDICE POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 1. Objetivo...2 2. Aplicação...2 3. implementação...2 4. Referência...2 5. Conceitos...2 6. Políticas...3

Leia mais

RECONHECENDO a geometria variável dos sistemas de pesquisa e desenvolvimento dos países membros do BRICS; ARTIGO 1: Autoridades Competentes

RECONHECENDO a geometria variável dos sistemas de pesquisa e desenvolvimento dos países membros do BRICS; ARTIGO 1: Autoridades Competentes MEMORANDO DE ENTENDIMENTO SOBRE A COOPERAÇÃO EM CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO ENTRE OS GOVERNOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, FEDERAÇÃO DA RÚSSIA, REPÚBLICA DA ÍNDIA, REPÚBLICA POPULAR DA CHINA E

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº...

PROJETO DE LEI Nº... PROJETO DE LEI Nº... Estabelece os componentes municipais do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional SISAN, criado pela Lei Federal nº 11.346, de 15 de setembro de 2006. A Câmara Municipal

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

Desenvolvimento e Meio Ambiente: As Estratégias de Mudanças da Agenda 21

Desenvolvimento e Meio Ambiente: As Estratégias de Mudanças da Agenda 21 Desenvolvimento e Meio Ambiente: As Estratégias de Mudanças da Agenda 21 Resenha Desenvolvimento Raíssa Daher 02 de Junho de 2010 Desenvolvimento e Meio Ambiente: As Estratégias de Mudanças da Agenda 21

Leia mais

Corte Internacional de Justiça se manifesta acerca da declaração de independência do Kosovo

Corte Internacional de Justiça se manifesta acerca da declaração de independência do Kosovo Corte Internacional de Justiça se manifesta acerca da declaração de independência do Kosovo Análise Europa Segurança Jéssica Silva Fernandes 28 de Agosto de 2010 Corte Internacional de Justiça se manifesta

Leia mais

BANCO LATINO-AMERICANO DE COMÉRCIO EXTERIOR S.A. ESTATUTOS DO COMITÊ DE NOMEAÇÃO E REMUNERAÇÃO

BANCO LATINO-AMERICANO DE COMÉRCIO EXTERIOR S.A. ESTATUTOS DO COMITÊ DE NOMEAÇÃO E REMUNERAÇÃO BANCO LATINO-AMERICANO DE COMÉRCIO EXTERIOR S.A. ESTATUTOS DO COMITÊ DE NOMEAÇÃO E REMUNERAÇÃO I. Objetivos O Comitê de Nomeação e Remuneração (o Comitê ) do Banco Latino-Americano de Comércio Exterior

Leia mais

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras 1. DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável, das áreas onde atuamos e

Leia mais

MENSAGEM N o 557, DE 2006

MENSAGEM N o 557, DE 2006 COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL MENSAGEM N o 557, DE 2006 Submete à consideração do Congresso Nacional o texto do Acordo de Cooperação no Domínio do Turismo entre a República Federativa

Leia mais