RELATÓRIO DE VIAGEM: 1. Apresentação Pessoal. Nome: Mariana Souza Celnik. Curso: Engenharia Ambiental Período: 9º. País de Destino: Austrália

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1 RELATÓRIO DE VIAGEM: 1. Apresentação Pessoal Nome: Mariana Souza Celnik Curso: Engenharia Ambiental Período: 9º País de Destino: Austrália Universidade de Intercâmbio: RMIT 2. Visão Geral: O intercambio foi proporcionado pelo Ciências sem Fronteiras, um programa patrocinado pelo governo, de duração de um ano e quatro meses. A cidade de destino foi Melbourne e a Universidade foi RMIT, no campus da cidade. Foi uma experiência única, que apenas quem viveu sabe exatamente o que acontece, mas tentarei colocar em algumas palavras alguns pontos com potencial de ajuda aos próximos intercambistas. Melbourne é uma cidade muito fácil de viver, não é por menos que é considerada pela terceira vez consecutiva a melhor cidade de se viver no mundo segundo a revista The Economist, além de ser a segunda melhor para estudantes, segundo Quacquarelli Symons. A cidade é toda composta por ciclovias, transportes públicos eficientes, segurança e eventos culturais ao longo do ano inteiro. A faculdade que frequentei é situada no campus do centro da cidade (CBD), próximo de todo o comércio, da maior biblioteca da cidade (State Library) e onde a maioria dos estudantes estrangeiros se instala. Fig1: Prédio da RMIT de ajuda ao estudante. Fig2: Victoria State Library

2 3. O que foi o intercâmbio para você apresente os pontos positivos e negativos: É possível dividir o meu período fora do Brasil em duas etapas: curso de inglês e os dois semestres de Universidade. A duração foi de dez semanas de curso, que nos preparou para a estrutura de textos e procedimentos de exames que seriam requeridos pela faculdade. Definitivamente o curso da língua ajudou significativamente o meu desempenho na RMIT, pois me preparou não somente para os estudos, mas me proporcionou um primeiro contato menos impactante com o cotidiano australiano, pois estão mais atenciosos para as dificuldades de intercambistas, visto que só trabalham com estrangeiros. Isso não significa que foi fácil iniciar um faculdade em outro país com uma língua diferente, as dificuldades existiram, mas a calma me auxiliou a lidar com os obstáculos. Os professores foram de extrema atenção, pois tinha vezes que não sabia nem por onde começar o trabalho. Eu mantinha a calma e era sincera com os professores, e explicava não havia entendido basicamente nada (quando era caso) e eles explicavam novamente, e se fosse o caso, até estendia o período de entrega. Assim, vi a necessidade de pedir ajuda e ser completamente humilde em admitir que não havia capacidade de entender os assunto que eram tratados em aula naquele primeiro momento. Mas com o tempo eu fui me adequando e ambientalizando com o ritmo e com a língua, e consegui seguir juntamente com os outros estudantes. Isto se aplica a todas as outras situações novas as quais eu não conseguia solucionar de primeira, o que foi a grande maioria. A procura de moradia, a locomoção com transporte público, minha movimentação de bicicleta na cidade, todas as situação foram lidadas com calma perante ao novo. O contato com uma outra realidade, outras dificuldades e alegrias faz o estudante a trabalhar seu lado criativo de solução de problemas. 4. Primeiros passos: O que fazer ao chegar à universidade, dicas de transporte, acomodação, viagem: Primeiramente, antes de chegar a universidade, é necessário encontrar uma acomodação. No meu caso eu fiquei na casa de uma conhecida até encontrar um lugar fixo, mas geralmente os estudantes ficam em albergues que se encontra facilmente, basta dar uma pesquisa na internet hostel Melbourne, um bom site com preços acessíveis se chama Hostel World (hostelworld.com )ou Booking (booking.com). Nesse primeiro momento já possível começar a vida social e a interação com potenciais futuros amigos. Eu me destoei um pouco da grande maioria, no que diz respeito à acomodação fixa. Eu estava mais à procura de viver intensamente a Australia, então estava à procura de uma casa compartilhada com Australianos, que preferencialmente teriam alguns interesses em comum comigo. Sendo uma aluna de engenharia ambiental, buscavam pessoas com uma consciência ambiental que poderiam me acrescentar, e assim, encontrei alguns sites e grupos de facebook que me ajudaram muito a encontrar o que procurava: Melbourne Sustainable Houses, Fairy Floss, Melbourne Share Houses são bons grupos nos quais as

3 pessoas anunciam quartos ou procuram casa juntas, nos quais os companheiros de casa passam por um processo de seleção para buscar pessoas mais compatíveis possível. Pois todos nesse ambiente não buscam pessoas para dividir aluguel, mas famílias. Gumtree.com.au, Ecohouses.com.au também são sites que é possível encontrar casas compartilhadas. Apesar de me imergir na cultura Australiana, o contato com Brasileiros também é essencial, principalmente quando a saudade de casa aperta, e você conversar mais na sua língua, comer comidas brasileiras ou ir à eventos brasileiros, que só brasileiros sabem fazer. Nesse sentido existe um grupo no Facebook que se chama Brasileiro em Melbourne que é onde a comunidade brasileira se conecta. Neste ambiente, todos compartilham receitas brasileiras, eventos latinos, dicas de sobrevivência na cidade, além de ser um espaço que é possível conversar unicamente em português. Transporte e locomoção na cidade é basicamente resolvido com um aplicativo chamado PTV (Public Transport Victoria). Nele é possível obter todas as informações de horário, trajetória e localização dos transportes públicos de Melbourne. Fig.3: Site do Transporte Público de Melbourne 5. A Universidade: Disciplinas, trabalhos, sua visão da universidade. As disciplinas escolhidas tinham base ambiental, mas não tanto de engenharia. As aulas tinham uma olhar mais social, o que, particularmente, sinto que a engenharia peca um pouco. Nesse sentido os trabalhos relacionados eram mais escritos, do que provas propriamente dita. Então, havia muita leitura, muito debate e muito texto para construir. Estas características de trabalho me fizeram evoluir significativamente meu vocabulário, escrita e conversação, que consequentemente me ajudaram na vivencia cotidiana. Como dito antes, primeiramente foi bem difícil de acompanhar, mas com o suporte dos professores e dos meus próprios companheiros de casa, que corrigiam a maioria dos meus trabalhos, foi possível seguir em frente sem repetir nenhuma disciplina. O único ponto negativo da faculdade foi a falta de um campus fechado, pois os prédios que compunham o campus era prédios avulsos no meio da cidade, então senti a falta de um espaço único dos estudante que não fosse no meio de toda a movimentação de um centro urbano.

4 6. Suas recomendações: Eventos culturais, o que visitar, custo de vida e outros. A minha recomendação é explorar não apenas o centro da cidade, mas principalmente os subúrbios. Para mim, o agito da cidade não me agradava tanto quanto os bares e shows de música ao vivo (os quais os australianos chamam de gig ) que acontecem nos subúrbios que rodeiam o CBD. Open Studio é um bar em Northcote, que disponibiliza de vários shows de diferentes estilos musicais muito interessantes, e, de vez em quando, até música brasileira. Além de atividades noturnas, existem outras atividades e lugares interessantíssimos que os subúrbios providenciam. O restaurante Lentils as anything é uma proposta de alimentação vegana para todos, o qual o cliente paga o que ele sente que deve pagar, ou o que ele pode no momento. Neste local, os funcionários são todos voluntários e qualquer um pode voluntariar. Então, caso você não possa contribuir com dinheiro pelas refeições que foi consumida por você, é possível retribuir voluntariando um período para ajudar. Lentils não é apenas um restaurante, nele acontecem diversos eventos, workshops e aulas que acontecem no mesmo estilo, paga o quanto você sente ou pode no momento. Outro lugar agradável de visitar é o CERES, um lugar com hortas comunitárias, alimentos orgânicos, disponibiliza diversos workshops sustentáveis e onde é possível obter uma bicicleta usada, a qual você mesmo a concerta e leva pra casa, dentro de uma faixa de preço entre 50 a 70 dólares australianos. Fig4: Horta Orgânica do CERES Fig5: Lugar de bicicletas do CERES

5 Fig6: Programação de uma semana do Open Studio Fig7: Lentils as Anything O relatório deverá ter no mínimo quatro páginas e deverá obrigatoriamente conter fotos. Você deverá entregar uma versão impressa e uma versão digital em pen drive.