Aparecendo como homem, humilhou-se ainda mais, obedecendo até à morte e morte de cruz! (Fil.2,7-8)

Transcrição

1 DOMINGO DE RAMOS NA PAIXÃO DO SENHOR B 2009 Domingo de Ramos B Abr 2009 Aparecendo como homem, humilhou-se ainda mais, obedecendo até à morte e morte de cruz! (Fil.2,7-8)

2 I. Concentração do Povo na Igreja Antiga (Missa das 11h00) Cântico inicial: Glória, honra e louvor a Vós, ó Cristo, Rei e Redentor! Presidente: Irmãos caríssimos: Desde o princípio da Quaresma que vimos a preparar-nos ( ) Recordando com fé e devoção esta entrada triunfal na cidade santa, acompanharemos o Senhor, de modo que, participando agora na sua Cruz, mereçamos um dia ter parte na sua Ressurreição. II. Bênção dos Ramos: «Oremos» Proclamação do Evangelho, Ano B Comentário (de improviso) ao Evangelho da Bênção de Ramos Depois do comentário: P- Irmãos: Imitemos a multidão que aclamava Jesus na cidade santa de Jerusalém e caminhemos em Paz! III. Procissão de Ramos Cânticos: 1. (09h45 e 11h30 e 19h00): Glória, honra e louvor a Vós, ó Cristo, Rei e Redentor, a quem graciosas crianças cantavam hossanas, hossanas com amor! Glória, honra e louvor a Vós, ó Cristo, Rei e Redentor. 2. (11h30 e 19h00): As crianças hebreias levando ramos de oliveira foram ao encontro do Senhor e aclamavam e aclamavam hossana, hossana nas alturas. Turiferário, velas entre o cruciferário, acólitos, presidente, catequese, Grupo Coral Povo... IV. Celebração da Missa 1. RITOS INICIAIS ACLAMAÇÕES NO INÍCO DA CLEEBRAÇÃO

3 P- Em pleno Ano Paulino, deixemo-nos guiar, pela palavra e pelo testemunho de São Paulo. O tema da Cruz de Cristo tornara-se um elemento essencial e primário da pregação do Apóstolo. Vamos recordar dez frases ou pensamentos de São Paulo, sobre o mistério da Cruz: 1. (Amarelo): Leitor: É a Palavra da Cruz, que nós vos anunciamos! (I Cor.1,18.23) P Na Cruz, Deus diz tudo o que tem a dizer, sobre nós e sobre Ele mesmo. Ele é amor! E nós somos salvos por esse amor, sempre maior que o nosso pecado. Os meninos do 1º ano, agitam os seus ramos, com as fitas amarelas, aclamando Cristo Crucificado! 2. (Rosa velho) Leitor: Decidi não saber mais nada, a não ser Cristo Crucificado! (I Cor.2,2) P Na Cruz, está o resumo da vida de Jesus. Por isso o Apóstolo São Paulo não quer anunciar mais nada que não seja Cristo e Cristo Crucificado. Os meninos do 2º ano, agitam os seus ramos, com as fitas cor-de-rosa velho, aclamando Cristo Crucificado! 3. (Lilás) Leitor: A Cruz é sabedoria e poder de Deus! (I Cor.1,24) P- Para São Paulo a cruz é expressão de amor, e o amor é o verdadeiro poder que se revela precisamente nesta aparente debilidade. Os meninos do 3º ano, agitam os seus ramos, com as fitas de cor lilás, aclamando Cristo Crucificado! 4. (Verde) Leitor: De nada me quero gloriar, a não ser na Cruz de Cristo! (Gal.6,14) P- O Apóstolo Paulo sabe que toda a nossa glória está na Cruz de nosso Senhor Jesus Cristo. Os meninos do 4º ano, agitam os seus ramos, com as fitas de cor verde, aclamando Cristo Crucificado!

4 5. (Azul) Leitor: Estou crucificado com Cristo! (Gal.2,19) São Paulo experimentou a dureza da vida, das perseguições, dos sofrimentos, das recusas, das acusações a cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo. Os meninos do 5º ano, agitam os seus ramos, com as fitas de cor azul, aclamando Cristo Crucificado! 6. (Bordeaux) Leitor: Levo no meu corpo as marcas de Jesus! (Gal.6,17) São Paulo fez a experiência da Cruz, na sua própria carne. Ele identifica-se a tal ponto com Cristo, que também ele, embora se encontre no meio de muitas provações, vive na fé do Filho de Deus que o amou e se entregou pelos pecados dele e de todos (cf. Gl 1, 4; 2, 20). Os meninos do 6º ano, agitam os seus ramos, com as fitas de cor bordeaux, aclamando Cristo Crucificado! 7. (Branco) Para mim, viver é Cristo! (Fil.1,21) P- Enquanto no início, Paulo fora um perseguidor e recorrera à violência contra os cristãos, a partir do momento da sua conversão, no caminho de Damasco, passará para o lado de Cristo crucificado, fazendo dele a sua razão de vida e o motivo da sua pregação. Os adolescentes do 7º ano, agitam os seus ramos, com as fitas de cor branca, aclamando Cristo Crucificado! 8. (Lilás claro) Já não sou Eu que vivo. É Cristo que vive em mim! (Gal.2,20) P- No encontro com Jesus, Paulo compreendera que Jesus tinha morrido e ressuscitado por todos e por ele mesmo. A partir daí Paulo deixa-se agarrar por Cristo e Cristo torna-se todo o seu viver. Os adolescentes do 8º ano, agitam os seus ramos, com as fitas de cor lilás claro, aclamando Cristo Crucificado!

5 9. (Azul bebé) Vivo na fé do Filho de Deus, que me amou e Se entregou por mim! (Gal.2,20) P- Paulo diz-nos: Jesus morreu realmente por todos. Mas Paulo diz também: Jesus morreu também por mim. Portanto, na Cruz manifestou-se o amor gratuito e misericordioso de Deus, por todos e por cada um. Os adolescentes do 9º ano, agitam os seus ramos, com as fitas de cor azul-bebé, aclamando Cristo Crucificado! 10. (Laranja) Em tudo somos vencedores, graças Àquele que nos amou! (Rom.8,37) P- São Paulo diz-nos que podemos encontrar a nossa força precisamente na humildade do amor, e a nossa sabedoria na debilidade própria de quem renuncia, para entrar assim na força de Deus. Oração Colecta II- LITURGIA DA PALAVRA - 1ª leitura (excepto missa das 11h30) - Salmo (excepto missa das 11h30): Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste, porque me abandonaste? - 2ª Leitura: (Filip. 2, 6-11) - Aclamação ao Evangelho: 1. (09h45): Louvor a Vós, ó Cristo! Vós sois Palavra de amor. 2. (11h30): Glória a Vós, Cristo, Palavra de Deus! 3. (19h00): Louvor a Vós, Rei a Eterna Glória! Louvor a Vós! - Evangelho (3 leitores) Mc 14, 1 15, 47 - Homilia

6 Homilia no Domingo de Ramos B É longo, o mais breve relato evangélico da Paixão, mas é de tal força, que ninguém pode assistir a ele, apenas de fora, desde a plateia. Jesus, tal como no-lo descreve São Marcos, permanece aí sereno, calado, sozinho, sofrendo «passivamente», tudo o que nós mesmos somos capazes de lhe fazer! Trata-se de um acontecimento, de que nos sentimos contemporâneos e actores, e não meros espectadores ou simples continuadores. 2. São Paulo, na leitura breve que escutávamos (Fil.2,6.8), fazia eco de um outro relato da paixão, um texto ainda mais antigo que o dos evangelhos, composto pelos primeiros cristãos, aí por volta do ano 50. Trata-se de um hino, que canta e conta, de maneira simples, o caminho seguido por Jesus, desde o nascimento à Cruz e desde a Cruz à glória. É o longo caminho do esvaziamento. Ele que existia numa condição divina, que lhe pertencia por direito, não fez alarde da sua condição, mas aniquilou-se, despojou-se, esvaziou-se de si próprio. Por outras palavras, «Aquele que estava com Deus, desde o princípio e que era Deus, fez-se criança, pequena e indefesa, tornou-se adolescente obediente e fez-se adulto discreto, até chegar a ser discípulo penitente do Baptista. Profeta dos pobres, passou por marginal e criminoso. Alguns, iludidos com o Messias, quiseram mesmo fazer dele rei e partilhar o seu poder». Perante qualquer movimento ascendente, de poder ou de posse, esse Jesus preferiu a solidariedade com os homens a quaisquer títulos divinos, de seguro e garantia. Aos discípulos apontou a via descendente, a via da entrega, da renúncia a si próprio, do serviço humilde aos demais, da obediência ao Pai. Foi esse o caminho que seguiu, obedecendo até à morte e morte de cruz. Este é o caminho, que Jesus propõe aos discípulos: o caminho do esvaziamento de si, o único caminho com saída, para uma existência exaltante, para uma vida frutificada, plena e eterna. [na Missa com Catequese, omitir 3. e 4.] [3. Irmãos e irmãs: Este caminho de esvaziamento inverte, radicalmente, os pressupostos da nossa sociedade. A nossa vida, nesta sociedade altamente competitiva, caracteriza-se, ao contrário, por um impulso generalizado, para o movimento ascendente. Toda a nossa forma de viver se estrutura à volta da ascensão, na escala do êxito e da chegada ao topo da mesma. Todos, à nossa volta, nos desafiam a sairmos vitoriosos, dessa luta desenfreada por um lugar na vida. 4. Todavia, nós próprios, descobrimos, algures, lá mais fundo de nós mesmos, que o poder, a riqueza e o triunfo, não nos transmitem a alegria e a paz, por que ansiamos. Quando nos aproximamos e olhamos para os mais pobres e para a alegria daqueles que se dão e se entregam, até ao fim, descobrimos haver um

7 caminho novo, para alcançar tão misteriosa alegria de viver. Então, por uma espécie de vislumbre dos olhos, curados pela graça, vemos como o serviço, a renúncia a si mesmo, a doação, enchem a nossa alma, na medida em que a esvaziam do amor-próprio]. [3.] 5. É precisamente essa forma divina de viver, que o Senhor nos quer dar. Uma vida, que não se esvazia, é uma vida que permanecerá vazia. «O amor não está cheio de si mesmo» (I Cor.13,4)! Só onde há vazio, descida, entrega, rendição, é que Deus pode verter a sua graça e preencher a nossa vida, com a abundância da sua. Todos nós devemos formar a nossa vida, sobre esta verdadeira sabedoria da cruz: não mais viver para nós mesmos, mas para os outros, por amor daquele Jesus que me amou e entregou-se por mim (Gal.2.20) assim! Credo Oração dos Fiéis Ramos B 2009 P- Oremos ao nosso Redentor, que nos remiu pela sua cruz, e digamos (ou cantemos) confiadamente: R/ Pela vossa santa cruz, salvai-nos, Senhor! 1. Cristo, que Vos humilhastes, assumindo a condição de servo e tornando-vos semelhante aos homens: fazei que a Igreja Vos siga fielmente no caminho da humildade e do sacrifício. R/ 2. Cristo, que obedecestes até à morte e morte na cruz, concedei-nos a graça de imitarmos a vossa obediência filial. R/ 3. Cristo, que fostes exaltado por Deus e recebestes o nome que está acima de todos os nomes, concedei aos vossos fiéis a perseverança final. R/ 4. Cristo, a cujo nome todos se ajoelham no céu, na terra e nos abismos: fazei que os homens encontrem a paz e a salvação, sob o jugo suave da vossa lei. R/ 5. Cristo, a quem toda a língua proclama Senhor para glória de Deus Pai: recebei os nossos irmãos defuntos no reino da bem-aventurança eterna. R/ P- Senhor, que, na vossa infinita misericórdia, quisestes que o vosso Filho sofresse o suplício da cruz para salvar o género humano, concedei que, tendo conhecido na terra o mistério de Cristo, mereçamos alcançar no Céu os frutos da redenção. Por Nosso Senhor... Todos Ámen!

8 III. Liturgia Eucarística IV. Ritos da Comunhão Pai-Nosso: «Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonaste?» (Mt. 27, 46). Apesar de estarmos imersos, como os outros homens, na complexidade dramática das vicissitudes da história, permanecemos inabaláveis, na certeza de que Deus é Pai e nos ama, ainda que o seu silêncio seja incompreensível para nós (Bento XVI, DCE 38). Como filhos, que se abandonam ao coração do Pai, ousamos rezar Rito da Paz: Que o ósculo da Paz, não seja o beijo da traição, mas um gesto de «tradição», isto é, de entrega e transmissão do amor de Deus que tudo espera, tudo suporta. Avisos 1. Entrega do Contributo Penitencial, até quinta-feira santa; 2. Celebrações e dinâmica quaresmal (ver folha dominical); 3. Grupos que não vieram à reunião da Visita Pascal, devem passar, urgentemente, pela Secretaria Paroquial; 4. Visita Pascal, como habitualmente (excepto visita do pároco aos doentes); Pede-se às famílias interessadas na Visita Pascal que assinalem com ramos ou verduras ou flores, o acesso. Ou então, que venham à porta receber o grupo; 5. Votos de Boa Páscoa, aos que não estarão cá; Bênção Final Própria da Paixão