Programa Especial de Regularização Tributária (PERT)

Transcrição

1 Programa Especial de Regularização Tributária (PERT) Medida Provisória n o 783/2017 Agosto 2017

2 Programa Especial de Regularização Tributária (PERT) Introduzido pela Medida Provisória no 783, de 31/05/2017; Abrange débitos vencidos até : de natureza tributária e não tributária; Inclusive em parcelamentos anteriores rescindidos ou ativos em discussão administrativa e judicial; inclusive provenientes de lançamento de ofício efetuados após , desde que o requerimento de adesão seja feito no prazo estipulado. Adesão por meio de requerimento até o dia ; Regulado pela IN RFB 1711/2017 e pela Portaria PGFN 690/2017 2

3 Programa Especial de Regularização Tributária (PERT) Débitos no âmbito da RFB: Liquidação dos débitos com a utilização de créditos de prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da CSLL (PF/BN) ou com outros créditos próprios relativos aos tributos administrados pela RFB PF/BN apurados até e declarados até , próprios ou do responsável tributário ou corresponsável pelo débito, e também: de empresas controladora e controlada, de forma direta ou indireta, ou de empresas que sejam controladas direta ou indiretamente por uma mesma empresa, em , domiciliadas no País, desde que se mantenham nesta condição até a data da opção pela quitação. Segundo RFB, no caso de controle comum, a controladora deve estar no Brasil. No caso de utilização de créditos sobre PF/BN, os créditos próprios deverão ser utilizados primeiramente. 3

4 PERT- Modalidades de Pagamento/Parcelamento - RFB Pagamento: No mínimo 20% à vista e em espécie, sem reduções Em até 120 prestações mensais e sucessivas, sem reduções e sem uso PF/BN No mínimo 20% à vista e em espécie, do valor consolidado, sem reduções, em 5 parcelas (agosto a dezembro/17) Restante: Utilização de créditos de PF / BCNCSLL / outros créditos de tributos administrados pela RFB e parcelamento do eventual saldo em até 60 parcelas a) 1 a a 12 a : 0,4% b) 13 a a 24 a : 0,5% c) 25 a a 36 a : 0,6% d) 37 a em diante: saldo remanescente em até 84 parcelas Reduções: Juros de mora N/A N/A Multas de mora, de ofício ou isoladas N/A N/A a) liquidado integralmente em janeiro/18 90% 50% b) em até 145 parcelas a partir de janeiro/18 c) em até 175 parcelas a partir de janeiro/18, correspondente a 1% da receita bruta do mês anterior, não inferior a 175 avos da dívida consolidada 80% 40% 50% 25% 4

5 PERT- Modalidades de Pagamento/Parcelamento - PGFN Reduções: Pagamento: Em até 120 prestações mensais e sucessivas No mínimo 20% à vista e em espécie, do valor consolidado, sem reduções, em 5 parcelas (agosto a dezembro/17) Restante: a) 1 a a 12 a : 0,4% b) 13 a a 24 a : 0,5% c) 25 a a 36 a : 0,6% d) 37 a em diante: saldo remanescente em até 84 parcelas a) liquidado integralmente em janeiro/18 b) em até 145 parcelas a partir de janeiro/18 c) em até 175 parcelas a partir de janeiro/18, correspondente a 1% da receita bruta do mês anterior, não inferior a 175 avos da dívida consolidada Juros de mora Multas de mora, de ofício ou isoladas Encargos legais e honorários advocatícios N/A N/A N/A 90% 50% 25% 80% 40% 25% 50% 25% 25% 5

6 PERT Débitos totais de até R$ 15 milhões Pagamento: RFB No mínimo 7,5% à vista e em espécie, sem reduções, em 5 parcelas (agosto a dezembro/17) PGFN Restante: Utilização de créditos de PF, BCNCSLL e demais créditos a) liquidado integralmente em janeiro/18 b) em até 145 parcelas a partir de janeiro/18 c) em até 175 parcelas a partir de janeiro/18, correspondente a 1% da receita bruta do mês anterior, não inferior a 175 avos da dívida consolidada Dação em pagamento de bens imóveis, nos termos do art. 4º da Lei Juros de mora Reduções: Multas de mora, de ofício ou isoladas Encargos legais e honorários advocatícios 90% 50% 25% 80% 40% 25% 50% 25% 25% 6

7 PERT PF/BN Alíquotas para apuração do crédito de prejuízos fiscais e base de cálculo negativa da CSLL: a) 25% sobre o montante do prejuízo fiscal; b) 20% sobre a base de cálculo negativa da CSLL, no caso das pessoas jurídicas financeiras e equiparadas; c) 17% sobre a base de cálculo negativa da CSLL para as cooperativas de crédito; d) 9% sobre a base de cálculo negativa da CSLL, no caso das demais pessoas jurídicas. No caso de pessoas jurídicas, o valor mínimo de cada prestação é de R$ 1.000,00, com atualização pela taxa SELIC. 7

8 PERT adesão até A adesão ao PERT implica em: Confissão irrevogável e irretratável dos débitos indicados; Aceitação plena e irretratável das condições do programa; Pagar regularmente as parcelas do PERT e os débitos vencidos após 30/04/2017, inscritos ou não em Dívida Ativa da União; Vedação de inclusão dos débitos do PERT em parcelamentos posteriores, exceto o reparcelamento de que trata o art. 14-A da Lei /2002; Cumprimento regular das obrigações com o FGTS; 8

9 PERT RFB: duas adesões distintas: PERT Previdenciário: pagamento via GPS PERT demais débitos: pagamento via DARF Antes da consolidação, o contribuinte calcula e recolhe as parcelas. Depois dela, a RFB afere o que foi pago e cobra eventuais diferenças PGFN: três adesões Previdenciário Não previdenciário LC110 9

10 PERT - alguns pontos a ponderar Débitos vencidos até é diferente de fatos geradores até ; Quem aderiu ao PRT poderá migrar para o PERT; Diferentemente do PRT, há, para certas modalidades, reduções de juros e multas, bem como de encargos legais e honorários advocatícios; As reduções não se aplicam aos valores pagos à vista; Exceto para as situações de débito total, sem reduções, até R$ 15 milhões, não é possível combinar a utilização de créditos de PF ou BCNCSLL ou demais créditos com a redução de juros e multas; Limite de R$ 15 milhões se dá por tipo de adesão e por órgão (RFB e PGFN) 10

11 PERT - alguns pontos a ponderar RFB administrará o PERT para débitos não inscritos em dívida ativa Débitos inscritos serão administrados pela PGFN Consolidação da dívida perante a RFB: na data da adesão. Depois disso, a RFB divulgará, por meio de ato administrativo na Internet o prazo para que o contribuinte apresente informações necessárias para a consolidação do parcelamento ou do pagamento à vista com uso de créditos. Desistência de litígios administrativos: quando da prestação de informações para a consolidação, em momento a ser informado pela RFB, contribuinte deverá indicar os processos que comporão o programa. Não precisa apresentar garantias mas ficam mantidas as já existentes 11

12 PERT - alguns pontos a ponderar Os PF/BN são aqueles apurados até e declarados até Só trata de controladores pessoas jurídicas e não pessoas físicas residentes no Brasil Além de créditos calculados sobre PF/BN próprios ou de empresas sob controle comum, há possibilidade de utilização de outros créditos próprios relativos a tributos administrados pela RFB levantamento de acordo com a régua da RFB; Adoção de uma modalidade de parcelamento para todos os débitos Falta de previsão na MP 783 para não tributação da cessão de PF/BN, tampouco da reversão das reduções de multas, juros e encargos. 12

13 Tributação da Cessão dos créditos, segundo RFB (*): Situação Cessão gratuita Cessão de prejuízos pelo valor do crédito Cessão de prejuízos com deságio IRPJ/CSLL (lucro real) PIS/COFINS (não cumulatividade) Cedente Cessionário Cedente Cessionário Não há incidência; Despesa não dedutível Não incidência Não há incidência; Despesa não dedutível Tributa IRPJ/CSLL sobre o valor total do crédito Não incidência Tributa IRPJ/CSLL sobre a diferença de crédito (deságio) Não há incidência; Não há crédito sobre o valor cedido Tributa PIS/COFINS sobre o valor total do crédito Tributa PIS/COFINS sobre o valor total recebido; O deságio não gera crédito Tributa PIS/COFINS sobre o valor total do crédito recebido; Não há crédito Não há incidência; Não há crédito Tributa PIS/COFINS sobre a diferença entre o valor do crédito e o valor pago (deságio); Não há crédito (*) Capturado na exibição na palestra da RFB sobre PERT, na FIESP, em

14 PERT - alguns pontos a ponderar Alguns débitos não abrangidos no PERT: SIMPLES RET Objeto de multas qualificadas (150% e 225%), mesmo ainda em discussão INSS retido de terceiros Passíveis de retenção na fonte: restrição da IN Entretanto, MP 783 abrange débitos do sujeito passivo na condição de contribuinte ou responsável: medidas judicias interpostas Restrição não prevista no PRT 14

15 PERT migração de outros parcelamentos para o PERT A opção no momento da adesão ao PERT, por meio da formalização da desistência dos parcelamentos em curso no sítio da RFB. Desistência dos parcelamentos anteriores: I - deverá ser efetivada isoladamente em relação a cada modalidade de parcelamento da qual o sujeito passivo pretenda desistir; II - abrangerá, obrigatoriamente, todos os débitos consolidados na respectiva modalidade de parcelamento; e III - implicará imediata rescisão dos acordos de parcelamento dos quais o sujeito passivo desistiu, considerando-se este notificado das respectivas extinções, dispensada qualquer outra formalidade. 15

16 PERT migração do PRT Se pedidos de adesão ao PERT forem cancelados ou considerados sem efeito, os parcelamentos anteriores desistidos não serão restabelecidos Contribuintes que migrarem do PRT para o PERT terão seus pagamentos efetuados no âmbito do programa anterior, automaticamente transferidos para o PERT Migração opcional, mas os pagamentos feitos no PRT somente serão aproveitados no PERT com a expressa desistência do parcelamento anterior. Débito de IR/fonte: liquida ou entra no parcelamento ordinário Não permitido manter parcialmente débitos no PRT 16

17 Obrigada! 2017 PricewaterhouseCoopers Brasil Ltda. Todos os direitos reservados. Neste documento, refere-se à PricewaterhouseCoopers Brasil Ltda., firma membro do network da PricewaterhouseCoopers, ou conforme o contexto sugerir, ao próprio network. Cada firma membro da rede constitui uma pessoa jurídica separada e independente. Para mais detalhes acerca do network, acesse: