Talhe da pedra no Neolítico Antigo do Maciço Calcário Estremenho (Portugal): matérias-primas, tecnologia e análise funcional

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1 Talhe da pedra no Neolítico Antigo do Maciço Calcário Estremenho (Portugal): matérias-primas, tecnologia e análise funcional António Faustino Carvalho Universidade do Algarve Juan Francisco Gibaja Museu d Arqueologia de Catalunya Resumo No contexto mais amplo de sucessivos projectos de investigação no Maciço Calcário Estremenho (centro de Portugal), tem tido lugar na última década a análise do talhe da pedra do Neolítico Antigo. Esta permitiu concluir pelo predomínio das rochas de aprovisionamento local (quartzo e quartzito), tendo o sílex uma posição secundária em termos quantitativos. A análise tecnológica revelou a presença de três métodos principais de produção de suportes baseados numa gestão diferenciada das matérias-primas (designados por método «aleatório», «bipolar» e «prismático»). A produção de lamelas em sílex segundo o último daqueles métodos envolveu procedimentos mais complexos, tais como facetagem das plataformas dos núcleos, modificações frequentes da orientação dos eixos de debitagem, tratamento térmico e talhe por pressão e/ou percussão indirecta. As utensilagens mais comuns são peças de tipologias simples (lascas e lamelas retocadas ou com entalhes), sendo a componente geométrica pouco expressiva (menos de 10% do total dos utensílios) e composta quase exclusivamente por segmentos. As análises traceológicas realizadas indicam que as lamelas eram utensílios multifuncionais (utilizados sobre carne, pele, madeira, osso e/ou haste e vegetais não lenhosos), e que os segmentos eram usados como pontas de projéctil. O primeiro ensaio de análise de utensílios em quartzito indica que se tratam de utensílios expeditos para o trabalho de madeira e pele. Abstract In the broader context of research projects carried out in the Limestone Massif of Estremadura (central Portugal), specific analysis on the chipped stone industries of the early Neolithic have been taken place during the last decade. A major trend in what concerns acquisition strategies is the predominance of local raw materials (quartz and quartzite) with flint being less frequent, a fact due to the distant location of its sources. Technological analysis has revealed the presence of three main reduction strategies (named «random», «bipolar», and «prismatic» methods) that operate on a distinct management of raw materials. Bladelets were obtained mostly by the latter method. As a rule, their production has involved more complex knapping procedures, such as facetted core platforms, frequent changes in the orientation of the debitage axis, heat treatment, and the use of pressure and/or indirect percussion techniques. The most common tools are simple types (retouched flakes and bladelets, notches), being geometric microliths a small component (less than 10% of total tools) and composed mostly by segments. Use-wear analysis indicates that bladelets were used on different tasks (such as the processing of meat, leather, wood, bone and/or horn and non ligneous plants), and microliths were used as projectile points. A first use-wear analysis of quartzite tools has shown their use as expedient tools on the working of wood and leather. NEOLÍTICO ANTIGO DO MACIÇO CALCÁRIO ESTREMENHO: RETROSPECTIVA E ESTADO ACTUAL DA INVESTIGAÇÃO Os primeiros trabalhos efectuados na região do Maciço Calcário Estremenho (Centro de Portugal) em contextos do Neolítico Antigo datam da primeira metade do século XX, tendo sido levados a cabo por V. Natividade e M. Heleno em Alcobaça (Gruta do Cabeço da Ministra e Gruta IV de Calatras) e Rio Maior (Grutas de Sra. da Luz e Abrigo das Bocas), respectivamente, para além dos trabalhos de A. Carvalhais na Gruta dos Carrascos (Alcanena) e de A. Paço e colaboradores na Gruta do Almonda (Torres Novas) (para localização da região e dos sítios arqueológicos, ver Zilhão e Carvalho 1996: fig. 1). Após um interregno de quase meio século, em que apenas se operou o estudo em moldes modernos de alguns daqueles espólios, promovido por V.S. Gonçalves, 373

2 António Faustino Carvalho y Juan Francisco Gibaja estudo. Mais recentemente, elaborou-se um primeiro ensaio sobre o processo de neolitização e correspondentes estratégias de povoamento no Arrife da Serra d Aire, a área do maciço de onde é proveniente a maioria dos dados já estudados (Carvalho 2003). O estudo específico do talhe da pedra durante o Neolítico Antigo decorre daqueles projectos. Um primeiro modelo tecnológico e tipológico foi elaborado com base na análise das séries da Gruta do Almonda, Gruta dos Carrascos, Abrigo da Pena d Água e do habitat de ar livre do Laranjal do Cabeço das Pias (Carvalho 1998). O prosseguimento da investigação, designadamente através da realização de análises traceológicas e do alargamento das amostras a outros contextos ainda praticamente inéditos, como são o Forno do Terreirinho, o Cerradinho do Ginete e a Gafanheira, autorizam a retoma e actualização daqueles resultados iniciais. ESTRATÉGIAS ECONÓMICAS E EXPLORAÇÃO DOS RECURSOS LÍTICOS Figura 1. Etapas principais do «método prismático» (peças da Gruta do Almonda): 1 - nódulo segmentado; 2 - núcleo prismático com dois eixos de debitagem alternos; 3 a 6 - material de debitagem (lamelas brutas); 7 e 8 - utensílios sobre lamela; 9 e 10 - micrólitos geométricos. foi encetado um projecto de investigação sob a responsabilidade de J. Zilhão 1 que incidiu também na análise do processo de neolitização. Este projecto procedeu à realização sistemática de prospecções seguidas de sondagens, estratégia que foi seguida num projecto subsequente e que também permitiu obter resultados significativos 2. Os projectos referidos conduziram à descoberta e estudo de um número importante de contextos, facto que permitiu a construção de um quadro cronológicocultural para o Neolítico, escorado na sequência estratigráfica do Abrigo da Pena d Água (Zilhão e Carvalho 1996), em que a sua fase antiga data do período de cal BC. Os primeiros dados paleoecológicos e arqueozoológicos são provenientes daquele abrigo sob rocha, tendo sido entretanto alargados a outros contextos, actualmente em curso de O Maciço Calcário Estremenho apresenta-se soerguido, tendo como relevos principais a Serra dos Candeeiros, no seu sector meridional, e a Serra d Aire, que se ergue ao longo do seu limite oriental. Os cursos de água subaéreos terminam frequentemente em sumidouros cársicos, pelo que na periferia do maciço se encontram inúmeras exsurgências que drenam aquela circulação subterrânea para a vertente atlântica (a Oeste) e para os terrenos mais baixos e aplanados da Bacia Terciária do Tejo (a Leste). No contacto entre esta bacia e o maciço calcário desenvolve-se uma extensa escarpa de falha que materializa uma autêntica fronteira entre esses dois ecossistemas distintos, e que é conhecida localmente por Arrife. A distribuição das ocorrências atribuíveis ao Neolítico Antigo apresenta um padrão muito nítido (Zilhão e Carvalho 1996: fig. 1): o grosso dos sítios implanta-se precisamente junto ao rebordo oriental do maciço, denunciando uma clara opção de ocupação da linha de ecótone que esse acidente orográfico representa, proporcionando aos territórios de exploração económica desses sítios a frequentação simultânea da serra calcária (caça, pastoreio) e da planície fluvial (recolecção, agricultura). Os dados actualmente disponíveis acerca do sistema de povoamento parecem indicar estratégias de mobilidade residencial, não se conhecendo sítios de acentuada especialização económica (Carvalho 2003). No que respeita à exploração dos recursos líticos, verifica-se o predomínio do quartzito e do quartzo, o 1. Carta Arqueológica do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (direcção de J. Zilhão, N.F. Bicho e A.C. Araújo em ). 2. Pré-História do Maciço Calcário das Serras de Aire e Candeeiros e Bacias de Drenagem Adjacentes (direcção de J.P. Cunha-Ribeiro, F. Almeida e A.F. Carvalho em ). 374

3 Talhe da pedra no Neolítico Antigo do Maciço Calcário Estremenho (Portugal): matérias-primas, tecnologia... que se explica pela sua abundância nas cascalheiras fluviais dos principais cursos de água adjacentes, e às quais o acesso a partir daqueles sítios seria fácil. O sílex, cujas principais jazidas se localizam na periferia do maciço, é claramente minoritário durante o Neolítico antigo evoluído (cerca de 25%), tendo valores mais elevados no Neolítico cardial (95 % na Gruta do Almonda e 51% no cardial da Pena d Água). A este respeito, aliás, deve assinalar-se que os sílices inventariados nos contextos do Neolítico antigo evoluído apresentam uma enorme variedade de tipos (ao nível das características cromáticas, grau de opacidade, inclusões e aptidão para o talhe), facto que testemunhará a grande heterogeneidade interna das jazidas exploradas ou, alternativamente, a exploração simultânea de jazidas muito diversas (no interior do próprio maciço?). Pelo contrário, nos contextos cardiais, os sílices apresentam uma variedade muito menor. Na Pena d Água, trata-se quase em exclusivo de um sílex de cor amarelo-clara e, na Gruta do Almonda, o sílex agrupa-se em três tipos principais: vermelho mate (de tipo Rio Maior), cinzentoazulado e cinzento translúcido. As razões para dicotomia devem estar relacionadas com transformações ainda não devidamente entendidas no âmbito das estratégias de mobilidade ou de funcionamento das redes de troca. PROCESSOS TÉCNICOS A análise tecnológica realizada inicialmente proporcionou a reconstituição dos principais processos técnicos de produção lítica presentes. Esses processos foram designados por «método aleatório», «método bipolar» e «método prismático», os quais são directamente dependentes dos condicionalismos impostos pela diferente acessibilidade às matériasprimas (Carvalho 1998). Método aleatório Neste método incluem-se cadeias operatórias de algum modo diversas que só o alargamento do estudo a colecções mais numerosas poderá mais tarde divisar a possível existência de outros métodos por ora subsumidos nesta categoria geral, mas que têm em comum o facto de decorrerem sem pré-determinação, resultando daí a designação adoptada. Estas cadeias operatórias resultaram na conformação de núcleos de tipologias muito diversas, mas predominando as peças de tipo chopper, núcleos informes, ou simplesmente nódulos debitados. O método aleatório foi exclusivamente aplicado em contextos tecnológicos de produção de lascas, obtidas por percussão directa (Pelegrin 2000), as quais não seguem qualquer padrão dimensional e morfológico que possa levar a concluir estar-se na presença de uma produção normalizada. Ao que tudo indica, trata-se portanto de um talhe que ocorre no quadro de estratégias oportunistas (Nelson 1991) ou expeditas (Binford 1979); isto é, estratégias que procuram minimizar o esforço tecnológico, por exemplo, quando é previsível a existência de recursos líticos aptos para suprir pelo menos parte das necessidades (na primeira acepção), ou quando, mesmo que não tenha sido previsto, aqueles recursos ocorrem de modo utilizável (na segunda acepção). A corroborar aquela inferência está o facto de as utensilagens obtidas serem de concepção muito simples, tendo sido produzidas para uso circunstancial (lascas de retoques marginais, entalhes ou usadas em bruto); além disso, embora este método seja aplicado no talhe de qualquer tipo de rocha, tem particular expressão nas rochas de aprovisionamento local, onde é por norma o único método presente. Método bipolar Aquando do primeiro estudo do Cabeço das Pias, levantou-se a hipótese segundo a qual os núcleos bipolares e as peças esquiroladas teriam funcionado, pelo menos nalguns casos, como núcleos para a obtenção de produtos de talhe característicos (esquírolas, lamelas irregulares, bâtonnets) para eventual utilização como barbelas de utensílios compostos (Carvalho e Zilhão 1994). Tendo sido ulteriormente possível verificar que esta associação é recorrente noutros contextos do Neolítico antigo da região, tais como a Pena d Água, Forno do Terreirinho ou Gafanheira, pode concluir-se que se está perante um processo técnico específico e autónomo. A identificação do mesmo tipo de núcleos e de produtos de talhe no Neolítico antigo mediterrâneo ou no Paleolítico Superior da Estremadura Portuguesa (Zilhão 1997), e a sua verificação através de paralelos etnográficos e de exercícios de talhe experimental (Aubry et al. 1997), são elementos que conferem suporte adicional a esta leitura dos dados (Carvalho 1998). O método bipolar consiste, em suma, na debitagem, por percussão directa, de pequenos blocos ou lascas assentes em bigorna, tendo para o efeito sido empregues somente o sílex e o quartzo, dadas as suas aptidões para este modo de talhe. As vantagens deste método são evidentes: por um lado, é aplicável a rochas de difícil talhe segundo os procedimentos clássicos da debitagem laminar (caso do quartzo); por outro, permite explorar ao máximo um volume de rocha de pequeno módulo, doutra forma não utilizável. O propósito de obtenção de barbelas segundo este método pode de algum modo enquadrar-se dentro das mesmas estratégias tecnológicas e económicas que subjazem às cadeias operatórias incluídas no método aleatório, razão pela qual aliás é totalmente desconhecido em contextos de cariz funerário (Gruta do Almonda, Gruta dos Carrascos). Método prismático A produção de lâminas e lamelas no Neolítico antigo do Maciço Calcário Estremenho pode ocorrer, como se 375

4 António Faustino Carvalho y Juan Francisco Gibaja referiu, no quadro do método bipolar. Contudo, para a obtenção sistemática e em quantidades significativas de peças de morfologias regulares, recorreu-se quase exclusivamente ao sílex e seguiram-se cadeias operatórias bastante mais complexas. Estas cadeias operatórias, cujos materiais mais significativos estão ilustrados na fig. 1 através de peças da Gruta do Almonda, podem reunir-se sob a designação de método prismático por recorrerem exclusivamente à conformação e exploração de núcleos deste tipo (Carvalho 1998). No que respeita às rochas empregues, com efeito, o quartzito só acidentalmente oferece peças alongadas. O quartzo, por seu lado, apresenta algumas dificuldades de abordagem resultantes de índices de fragmentação muito elevados entre as lamelas desta rocha (o que conduz à indistinção entre os respectivos fragmentos e esquírolas de talhe), pelo que a aplicação do método prismático se deduz com segurança apenas na presença dos respectivos núcleos. A análise dos materiais em sílex mostrou que, quando o objectivo do talhe era a produção de lâminas e lamelas regulares, os nódulos eram sumariamente descorticados por vezes logo nos locais de aprovisionamento, o que resultou em percentagens muito variáveis de lascas corticais nos sítios arqueológicos e segmentados em volumes mais reduzidos (fig. 1.1), usando-se as arestas assim obtidas como arestas-guia para a debitagem subsequente (as peças de crista são quase desconhecidas). A preparação das plataformas dos núcleos prismáticos parece não ter envolvido procedimentos mais complexos do que a criação de planos de talhe descorticados, predominando as plataformas lisas (entre 60 e 90%), estando as plataformas facetadas relegadas para valores percentuais inferiores (entre 10 e 40%). A regularização das cornijas não é visível nos núcleos, mas encontra-se em cerca de 20% das lâminas e lamelas. Reorientações do eixo de debitagem são frequentes (mais de metade dos núcleos prismáticos apresenta duas ou mais plataformas intencionalmente seleccionadas), e quando aplicado, este procedimento continuava a visar, por regra, a produção de lâminas ou lamelas (fig. 1.2) até ao esgotamento dos núcleos. A morfologia geral dos produtos alongados (formas, perfis) apresenta uma tendência bimodal, isto é: predominam as peças de bordos paralelos e de bordos irregulares, sendo raras as peças de outras morfologias (convergentes, divergentes, bicôncavas). No entanto, a importância relativa das peças de morfologia irregular está inflacionada pela inclusão de peças resultantes da exploração de núcleos bipolares. A mais alta frequência de lâminas e lamelas de morfologias regulares é precisamente a da Gruta do Almonda, sítio onde o método bipolar não se encontra presente. A tipologia dos talões, por seu lado, apresenta grandes oscilações de sítio para sítio, mas as peças de talão facetado representam sempre o tipo mais frequente. No que respeita às técnicas de debitagem, há uma série de indicadores que apontam para o talhe por pressão, indicadores que consistem nas percentagens elevadas de peças com bordos e nervuras regulares, secções transversais trapezoidais e fenómenos de ultrapassagem ou, pelo menos, de arqueamento das extremidades distais (p.ex., fig. 1.3). Além destes atributos, a existência de bolbos nítidos típicos do talhe por percussão indirecta, acompanhados de ondulações nas superfícies de talhe, são observações que fazem crer na possibilidade de ambas as técnicas coexistirem nestes contextos, seja no quadro de cadeias operatórias independentes, seja em momentos distintos das mesma sequência de talhe (Carvalho 1998). É difícil, no entanto, triar as peças debitadas segundo uma ou outra técnica e avaliar o peso relativo de cada uma, uma vez que, de acordo com vários investigadores, as características morfológicas dos produtos obtidos por percussão indirecta e por pressão tendem a recobrir-se em parte (p.ex., Tixier 1984, Pelegrin 1984). Os conjuntos líticos apresentam também indícios de tratamento térmico, em percentagens por norma nunca superiores a 30%, quer dos núcleos, quer das lâminas e lamelas. É possível, portanto, deduzir que este procedimento busque a melhoria das qualidades de talhe de algum sílex e/ou vise a obtenção de gumes mais aguçados, logo mais eficazes no desempenho de tarefas de corte. Os padrões métricos destas produções laminares e lamelares, calculados através da média e desvio-padrão e da representação gráfica em histogramas de frequências, principalmente com base nas respectivas larguras (fig. 2), revelam peças que raramente excedem os 18 mm de largura, atingindo picos de frequências entre os 6 e os 10 mm; onde a debitagem bipolar pôde ser isolada ou não se verificava, estes valores variam entre os 8 e os 10 mm. Estamos, em suma, perante conjuntos de morfometrias eminentemente lamelares. Vários autores referem, contudo, que as lâminas e lamelas produzidas por pressão exercida manualmente (isto é, sem recurso a muletas peitorais ou alavancas compressoras) são tendencialmente menores que as produzidas por percussão indirecta. A corroboração da hipótese da coexistência daquelas duas técnicas foi, deste modo, obtida através da projecção sobre um gráfico de dispersão dos valores das larguras e respectivas espessuras dos produtos alongados da Gruta do Almonda (fig. 3), cuja leitura permite distinguir dois módulos distintos de talhe, um composto por peças mais espessas e largas (verosimilmente debitadas por percussão indirecta), outro composto por peças mais finas e estreitas (verosimilmente debitadas por pressão), com um cavalgamento entre os dois agrupamentos na zona em torno dos 8 mm de largura. O mesmo exercício aplicado nos restantes conjuntos líticos produz os mesmos resultados, conquanto nestes casos possam estar enviesados pela presença de produtos de talhe bipolar. 376

5 Talhe da pedra no Neolítico antigo do Maciço Calcário Estremenho (Portugal): matérias-primas, tecnologia... Figura 2. Histograma de frequências de larguras dos produtos alongados da Gruta do Almonda (Neolítico cardial) e do Cabeço das Pias (Neolítico Antigo evoluído). Figura 3. Gráfico de dispersão das larguras e espessuras dos produtos alongados da Gruta do Almonda. 377

6 António Faustino Carvalho y Juan Francisco Gibaja UTENSILAGENS RETOCADAS Os utensílios retocados mais frequentes no Neolítico Antigo do Maciço Calcário Estremenho são peças de concepção simples, de utilização expedita, predominando as lâminas e lamelas e, sobretudo, as lascas com retoques marginais simples (ambos os grupos com percentagens entre os 20 e os 40% do total das utensilagens). Os restantes grupos tipológicos têm percentagens que só raramente ultrapassam os 10%, como por exemplo os entalhes e denticulados e os micrólitos geométricos. No que respeita às matérias-primas utilizadas, verificou-se que há tipologias exclusivas do sílex: é o caso, notoriamente, das peças de suporte laminar ou lamelar (lâminas e lamelas retocadas ou truncadas, brocas, geométricos, etc). Noutro sentido, verifica-se ainda que o sílex apresenta um índice de aproveitamento superior ao das restantes rochas; ou seja, a relação entre utensílios em sílex e utensílios em quartzo e quartzito é de um modo geral inversa àquela que os inventários líticos fariam supor. O tipo mais comum de geométrico é o segmento de círculo. Esta constatação é tida como segura desde os primeiros trabalhos sobre esta temática na região (Carvalho e Zilhão 1994, Carvalho 1998), e tem vindo a ser confirmada através do estudo mais recente da Gafanheira e Forno do Terreirinho. Contudo, este alargamento da amostra estudada tem permitido constatar ainda que os trapézios surgem em segundo plano. Em qualquer dos casos documentados, o retoque é sempre abrupto e, por regra, directo, não se conhecendo peças com retoque invasor bifacial. Uma questão importante, relacionada com a produção dos geométricos, é a da ausência da técnica do microburil na maioria dos contextos analisados. Com efeito, se se atentar à presença do resíduo característico desta técnica, verifica-se que apenas no Neolítico cardial da Pena d Água e no Forno do Terreirinho se encontraram peças deste tipo (1 no primeiro sítio, 4 no último). O recurso a outras técnicas de fracturação intencional dos produtos alongados no processo de produção de utensilagens está, aliás, comprovado através do exame das fracturas daqueles produtos, sendo a flexão a técnica mais frequente. Este modo de fracturação foi, aliás, já reconhecido há muito noutras regiões peninsulares e então associado ao fabrico de utensílios específicos, tais como micrólitos e elementos de foice (p.ex., Fortea et al. 1987). TRACEOLOGIA Tendo em vista a resolução de questões específicas, referidas adiante, foram encetadas análises traceológicas sobre materiais provenientes da Pena d Água, do Cabeço das Pias e do Forno do Terreirinho. De início aplicadas apenas ao sílex, estas análises estenderam-se também ao quartzito, que, como se referiu acima, constitui por vezes a rocha predominante nestes inventários. Os primeiros resultados foram publicados recentemente (Gibaja et al. 2002) De um modo geral, os resultados foram pobres, tanto no que se refere a uma como a outra daquelas matériasprimas, facto que se deve às diversas alterações que afectaram a superfície das peças (principalmente o lustre de solo ) e, por conseguinte, os traços de uso. Deste modo, o trabalho sobre matérias brandas de origem animal (carne ou pele fresca), ou sobre matérias vegetais cujos micropolimentos estejam em estádio inicial de formação, é de identificação dificílima. Nestas condições, só os micropolimentos muito extensos e de trama compacta, como os produzidos por exemplo por plantas não lenhosas ou matérias ósseas, são passíveis de efectivo reconhecimento, assim como outros tipos de marcas particulares (fracturas de impacto, no caso dos projécteis, e arredondamentos dos gumes resultantes da raspagem de pele seca). Utensilagens em sílex No caso dos utensílios em sílex, as referidas alterações estão na base da elevada percentagem de peças que não puderam ser analisadas, assim como a escassez de peças empregues sobre matérias brandas. Neste sentido, cabe dizer que apenas 29 (41,4%) peças da Pena d Água e 15 (22%) do Cabeço das Pias apresentam marcas de uso (fig. 4), as quais se apresentam, ainda assim, bastante afectadas. Muitas são também as peças cujas marcas de uso não foi possível associar ao trabalho de uma matéria em concreto: 13 na Pena d Água e 4 no Cabeço das Pias. A maioria destas peças (13 efectivos) foram provavelmente empregues sobre matérias de dureza branda, e só duas o foram sobre matéria dura. No que respeita aos micrólitos geométricos, a presença de fracturas de impacto indica em definitivo que estes foram empregues exclusivamente como pontas em pedra encabadas em projécteis, e não noutras funções por vezes apontadas como possíveis, tais como «elementos de foices», conclusão que vem no seguimento de outros estudos sobre esta questão (Gassin 1996, Gibaja 2003, Gibaja e Clemente 1996). Embora um dos objectivos deste estudo tenha sido a tentativa de identificação de utensílios usados na ceifa de cereais, as marcas de plantas não lenhosas observadas não puderam ser vinculadas com segurança a esta actividade (Gibaja et al. 2002), dadas as referidas afectações dos materiais. A este respeito, aliás, devemse ter presentes os erros de interpretação decorrentes da observação a visu de lustres macroscópicos, os quais são usualmente associados ao corte de cereais. Com efeito, tanto o trabalho de outras plantas e materiais (cerâmica, pele com ocre, etc.), como as alterações provocadas por diversos factores ( lustre de solo, alterações térmicas, etc.), podem originar lustres intensos que se confundem com os efectivamente provocados pela ceifa de cereais. 378

7 Talhe da pedra no Neolítico antigo do Maciço Calcário Estremenho (Portugal): matérias-primas, tecnologia... As cinco peças usadas no trabalho de madeira (uma das quais com duas zonas activas) consistem em três lascas e dois produtos alongados destinados a tarefas de raspagem. O facto de se tratarem de utensílios de pequenas dimensões com gumes pouco usados e zonas activas reduzidas (10-20 mm) permite concluir pela sua utilização no acabamento ou reparação de objectos e não no seu fabrico. Além disso, uma vez que se tratam de peças sem morfologias específicas, por vezes sem recurso a retoque, este facto indica que estamos perante utensílios expeditos para utilização imediata numa tarefa pontual e durante um curto período de tempo. Noutros estudos também se avançou com a proposta de que o uso preferencial de lascas não retocadas é, simplesmente, a busca de um gume útil (Caspar e Gysels 1984, Schreurs 1992, Gibaja 1999). No que respeita ao trabalho de matérias de origem animal, reconheceram-se duas lamelas empregues sobre carne (para descarnar) e oito lascas e lamelas empregues sobre pele, ainda que os vestígios pouco desenvolvidos e a intensidade das alterações tenham impedido a determinação do estado em que foi trabalhada a pele. No entanto, o grau de arredondamento dos gumes e as características do micropolimento em cinco dessas peças indicam a raspagem de pele já seca (4 da Pena d Água e 1 do Cabeço das Pias), para a adelgaçar e amaciar, e não para a remoção da gordura e dos restos de carne aderidos. Note-se que esta conclusão não significa que nestes sítios não se tenha trabalhado a pele em estado fresco; simplesmente, não se encontrou nenhuma peça que o demonstre devido ao seu mau estado de conservação. O trabalho do osso e/ou da haste, por seu lado, foi identificado apenas em duas peças, uma em cada sítio. As marcas estão localizadas em pequenas partes côncavas dos gumes, o que significa talvez que se tratam de instrumentos destinados ao acabamento e/ou ao reafiamento de objectos, tais como pontas, cabos, etc. Deste modo, pode concluir-se que, no Neolítico Antigo do Maciço Calcário Estremenho, as lâminas e lamelas são produzidas para a obtenção de utensílios multifuncionais usados no corte de plantas, no trabalho de madeira, no processamento de carne, pele e osso e/ou haste e não como elementos de foice. Os resultados traceológicos permitem, assim, matizar a proposta anterior que defendia esta hipótese (Carvalho 1998: 91-92, 2003: 146) com base em observações tecnológicas e paralelos por vezes comprovados experimentalmente (p.ex., Ibañez e González 1996), mas elaborados no contexto de outras regiões peninsulares. Utensilagens em quartzito Embora o quartzito constitua uma parte muito importante das utensilagens líticas de numerosos contextos, esta rocha tem sido, no entanto, muito pouco tratada na literatura arqueológica consignada à análise traceológica, o que resulta, por norma, de dois factores estreitamente relacionados: por um lado, a formação pedagógica em traceologia realiza-se normalmente a partir de análises de utensílios experimentais produzidos em sílex; e, por outro, trata-se de um investimento muito considerável de tempo e trabalho elaborar um programa experimental específico para cada litologia. No entanto, foi precisamente o facto de o quartzito representar percentagens muito importantes do material lascado nos sítios do Neolítico antigo do Maciço Calcário Estremenho a razão pela qual se decidiu empreender um primeiro ensaio de análise de peças provenientes do Cabeço das Pias, Forno do Terreirinho e Pena d Água. O primeiro obstáculo foi, uma vez mais, o mau estado de conservação das peças. Apesar de as três colecções apresentarem alterações de origem mecânica e/ou química, as peças da Pena d Água e do Forno do Terreirinho são as mais alteradas, factor que se repercutiu proporcionalmente na qualidade dos resultados obtidos. Através da leitura dos dados apresentados, podemos observar que as matérias trabalhas pelos utensílios em quartzito daqueles sítios correspondem, de um modo geral, a actividades relacionadas com a transformação e tratamento de madeira e pele, tendo sido os restantes efectivos catalogados como de uso indeterminado, dado o reduzido desenvolvimento dos traços e/ou o efeito das alterações que os afectam (fig. 5). No entanto, deve referir-se que, se as referidas alterações pósdeposicionais podem explicar a inexistência de traços de uso do trabalho sobre matérias brandas, não explicam contudo a inexistência de traços de uso sobre matérias duras osso, haste ou pedra ou sobre matérias que provocam Figura 4. Peças de sílex com marcas de utilização: 1 a 14 - Pena d Água; 15 a 23 - Cabeço das Pias. Legenda: C - carne; PJ - projéctil; P - pele; PS - pele seca; PNL - plantas não lenhosas; O/H - osso / haste; M - madeira; IN - matéria indeterminada. 379

8 António Faustino Carvalho y Juan Francisco Gibaja o desenvolvimento de marcas características, como as do corte de plantas não lenhosas. Se as marcas que se produzem na superfície dos quartzitos como resultado do esquartejamento de animais são difíceis de determinar e são facilmente disfarçadas ou destruídas mesmo por alterações ligeiras, as marcas produzidas pelo corte de plantas não lenhosas ou pela transformação de matérias duras deveriam ser detectadas com relativa facilidade. Por esta razão, pode concluir-se com segurança que nenhum dos utensílios analisados tenha sido usado nestas tarefas. Perante estes resultados, parece evidente uma selecção deliberada de suportes em quartzito para utilização sobre madeira ou pele. Ao contrário do que sucede no sílex, os instrumentos usados sobre madeira apresentam gumes com maior comprimento de zona activa, circunstância que permite deduzir que as peças em quartzito talvez tenham sido seleccionadas para a configuração geral do objecto e para o seu acabamento ou reparação. Contudo, trata-se de uma utensilagem que não foi por norma aproveitada até ao seu esgotamento, dado o reduzido desenvolvimento das marcas de uso de uso e o escasso número de peças com mais de uma zona usada. Esta observação está, portanto, em perfeita concordância com a abundância com que esta matériaprima se apresenta nas áreas próximas dos habitats. Finalmente, refira-se que os instrumentos de quartzito com sinais de uso apresentam também zonas corticais, o que, sendo o resultado natural do talhe de seixos (portanto, com córtices finos que dispensam tarefas de desbaste), não Figura 5. Utensílios de quartzito com marcas de utilização: 1 a 5 - Cabeço das Pias; 6 a 7 - Pena d Água; 8 a 10 - Forno do Terreirinho. Legenda: P - pele; M - madeira; IN BR/ME - matéria indeterminada de dureza branda / média; IN ME - matéria indeterminada de dureza média. deixa de indicar também uma opção deliberada, uma vez que o córtex facilita a preensão das peças quando estas eram utilizadas sem recurso a encabamento. PERSPECTIVAS DE INVESTIGAÇÃO FUTURA Os principais resultados obtidos nos diversos domínios temáticos abordados neste trabalho aquisição de matérias-primas, tecnologia, tipologia e traceologia podem considerar-se desde já relativamente bem estabelecidos. No entanto, há questões ainda não totalmente resolvidas que merecerão desenvolvimentos num futuro próximo, e que se podem sistematizar da seguinte forma: abordagem ao comportamento económico em situações de abundância de sílex, como será o caso nos sítios da região de Rio Maior (Abrigo das Bocas e Cabeço de Porto Marinho), para comparação com a Serra d Aire e, colateralmente, para averiguação do significado do predomínio do sílex nos contextos com cardial da segunda metade do VI milénio cal BC; alargamento das observações de índole tecnológica, tipológica e traceológica a outros contextos da região e, sobretudo, a sua confrontação com as séries líticas de cronologia mesolítica mais próximas do Maciço Calcário Estremenho Rio Maior (Abrigo das Bocas e Forno da Telha) e Muge (Moita do Sebastião, Cabeço da Amoreira e Cabeço da Arruda) para a detecção de fenómenos de ruptura, continuidade, transferências técnicas, etc., sendo que algumas análises comparativas preliminares foram já recentemente ensaiadas (Marchand 2001, Carvalho 2002); no que respeita à abordagem traceológica, são evidentes as deficiências de conservação do material devido a causas pós-deposicionais (atrito provocado pelos sedimentos embalantes, pisoteamento, alterações térmicas), facto que justifica a pobreza dos resultados obtidos e a escassa probabilidade de se virem a encontrar conjuntos mais bem conservados (talvez apenas em ambientes cársicos); contudo, continua sendo importante prosseguir a análise de peças catalogáveis como «elementos de foice» a partir do lustre macroscópico que evidenciem, tendo-se no entanto presente que nem todas terão tido aquela função, nem que tão-pouco apenas poderemos inferir a existência de agricultura a partir de foices com componentes líticas; são possíveis, com efeito, outras formas de ceifa dos cereais como a apanha manual ou o recurso a utensílios em matérias perecíveis que apenas em condições excepcionais se conservarão; ainda que a etnografia rural portuguesa não documente utensílios deste tipo (Oliveira et al. 1995), este é, por exemplo, o caso das «mesorías» espanholas. 380

9 Talhe da pedra no Neolítico antigo do Maciço Calcário Estremenho (Portugal): matérias-primas, tecnologia... BIBLIOGRAFIA Aubry, T., Zilhão, J., Almeida, F. e Fontugne, M Production d armatures microlithiques pendant le Páleolithique supérieur et le Mésolithique au Portugal. II Congreso de Arqueología Peninsular (Vol. I): Zamora: Fundación Rei Afonso Henriques. Binford, L Organization and formation processes: looking at curated technologies. Journal of Archaeological Method and Theory 3: Carvalho, A.F Talhe da pedra no Neolítico antigo do Maciço Calcário das Serras d Aire e Candeeiros (Estremadura Portuguesa). Um primeiro modelo tecnológico e tipológico. Lisboa: Colibri. Carvalho, A.F Current perspectives on the transition from the Mesolithic to the Neolithic in Portugal. Em E. Badal, J. Bernabeu e B. Martí (eds.) El paisaje en el Neolítico mediterráneo: València: Universitat de València. Carvalho, A.F O Neolítico antigo no Arrife da Serra d Aire. Um case study da neolitização da Média e Alta Estremadura Portuguesa. Em V.S. Gonçalves (ed.) Muita gente, poucas antas? Origens, espaços e contextos do Megalitismo. II Colóquio Internacional sobre Megalitismo: Lisboa: IPA. Carvalho, A.F. e Zilhão, J O povoado neolítico do Laranjal de Cabeço das Pias (Vale da Serra, Torres Novas). V Jornadas Arqueológicas, 2. Lisboa: AAP: Caspar, J.-P. e Gysels, J Etude des traces d usure de l industrie rubanée de la place Saint-Lambert: rapport préliminaire. Em M. Otte (ed.) Les fouilles de la Place Saint- Lambert à Liège: Liège: Université de Liège. Fortea, J., Martí, B. e Juan-Cabanilles, J La industria lítica tallada del Neolítico antiguo en la vertiente mediterránea de la Península Ibérica. Lucentum VI: Gassin, B Evolution socio-économique dans le Chasséen de la grotte de l Eglise supérieure (Var): apport de l analyse fonctionelle des industries lithiques. Paris: CNRS. Geneste, J.-M Systèmes techniques de production lithique: variations techno-économiques dans les processus de réalisation des outillages paléolithiques. Techniques et Culture 17-18: Gibaja, J.F Análisis del utillaje lítico de la necrópolis de Sant Pau del Camp (Barcelona): estudio morfológico y funcional. IIº Congrés del Neolític a la Península Ibèrica: València: Universidad de València. Gibaja, J.F Comunidades neolíticas del Noreste de la Península Ibérica. Una aproximación socio-económica a partir del estudio de la función de los útiles líticos. Oxford: BAR. Gibaja, J.F., Carvalho, A.F. e Diniz, M Traceologia de peças líticas do Neolítico antigo do Centro e Sul de Portugal: primeiro ensaio. Em I. Clemente, R. Risch e J.F. Gibaja (eds.) Análisis funcional. Su aplicación al estudio de las sociedades prehistóricas: Oxford: BAR. Gibaja, J.F. e Clemente, I Análisis funcional del material lítico en las sepulturas de la Bòbila Madurell (Saint Quierze del Vallès, Barcelona). I Congrés del Neolític a la Península Ibèrica (Vol. 1): Gavà: Museo de Gavà. Gibaja, J.F., Clemente, I. e Mir, A Análisis funcional en instrumentos de cuarcita: el yacimiento del Paleolítico Superior de la Cueva de la Fuente del Trucho (Colungo, Huesca). Em I. Clemente, R. Risch e J.F. Gibaja (eds.) Análisis funcional. Su aplicación al estudio de las sociedades prehistóricas: Oxford: BAR. Ibáñez, J.J. e González, J.E El uso de los utiles en sílex de los niveles neolíticos de la Cueva de «Los Murcielagos» (Zuheros, Cordoba). Primeros resultados. I Congrés del Neolític a la Península Ibèrica (Vol. 1): Gavà: Museo de Gavà. Marchand, G Les traditions techniques du Mésolithique final dans le Sud du Portugal: les industries lithiques des amas coquilliers de Várzea da Mó et de Cabeço do Rebolador (fouilles M. Heleno). Revista Portuguesa de Arqueologia 4(2): Nelson, M.C The study of technological organization. Journal of Archaeological Method and Theory 3: Oliveira, E.V., Galhano, F. e Pereira, B Alfaia agrícola portuguesa. Lisboa: D. Quixote. Pelegrin, J Débitage par pression sur silex: nouvelles expérimentations. Préhistoire de la pierre taillée. 2. Économie du débitage laminaire: technologie et expérimentation: Antibes: CREP. Pelegrin, J Les techniques de débitage laminaire au Tardiglaciaire: critères de diagnose et quelques réflexions. L Europe centrale et septentrionale au Tardiglaciaire: Paris: MPIF. Schreurs, J The Michelsberg site Maastricht-Klinkers: a functional interpretation. Analecta Praehistorica Leidensia 25: Tixier, J Le débitage par pression. Préhistoire de la pierre taillée. 2. Économie du débitage laminaire: technologie et expérimentation: Antibes: CREP. Zilhão, J O Paleolítico Superior da Estremadura portuguesa. Lisboa: Colibri. Zilhão, J. e Carvalho, A.F O Neolítico do Maciço Calcário Estremenho: crono-estratigrafia e povoamento. I Congrés del Neolític a la Península Ibèrica (Vol. 2): Gavà: Museo de Gavà. 381

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