DESENHO TÉCNICO. Conceitos Gerais

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1 DESENHO TÉCNICO FOR.CET TECNOLOGIA AUTOMÓVEL: Gestão de Oficina Automóvel Conceitos Gerais Departamento de Engenharia Mecânica, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria, do Instituto Politécnico de Leiria Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 1

2 Conceitos Gerais - Conteúdos Conceitos Preliminares Introdução Normalização Escrita normalizada Tipos de linhas Folhas de desenho Legendas Margens e esquadria Lista de peças Escalas Normas e organismos de normalização Materiais e tecnologias utilizadas em desenho técnico Estiradores Fixação da folha de desenho Réguas, esquadros e transferidores Compassos Regras de desenho á mão Regras de desenho com instrumentos Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 2

3 Conceitos Gerais - Conteúdos OBJECTIVOS Distinguir entre desenho técnico e desenho artístico Reconhecer a necessidade de aprender desenho técnico como uma forma de comunicação Explicar a necessidade das normas de desenho técnico Detalhar as várias fases de um projecto genérico e o papel do desenho em cada uma delas Enunciar as vantagens do desenho assistido por computador, em especial na sua vertente tridimensional. Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 3

4 Conceitos Gerais Desenho artístico Desenho artístico É uma forma de expressão gráfica de entidades concretas, como objectos ou pessoas, ou conceitos estéticos/filosóficos abstractos. Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 4

5 Conceitos Gerais Desenho técnico Desenho técnico - É uma linguagem gráfica universal que faz uso da representação plana de uma realidade tridimensional para transmissão de ideias de uma forma rápida e precisa. A representação dessa realidade tridimensional é feita actualmente de acordo com os princípios da ciência a que se chama GEOMETRIA DESCRITIVA. As regras básicas dessa linguagem encontram-se definidas por documentos aceites, internacionalmente, designados por NORMAS Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 5

6 O desenho enquanto elemento fundamental de qualquer projecto. Conceitos Gerais Desenho técnico Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 6

7 Conceitos Gerais Desenho técnico Tipo de representação ESBOÇO desenho à mão livre ESQUISSO desenho rigoroso preliminar DESENHO desenho de representação rigoroso Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 7

8 Conceitos Gerais Desenho técnico Forma de organização Conjunto Peça a peça Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 8

9 Conceitos Gerais Normalização O que é uma norma? A concepção de uma norma tem como objectivo estabelecer modos de actuação uniformes e simplificar a execução de dado produto ou serviço; São estabelecidas para uma uniforme e clara representação de objectos. Documento ou especificação de domínio público e aprovada por instituição juridicamente qualificada em nível nacional, internacional ou regional, baseado em resultados da ciência, da tecnologia e da experiência, para a optimização de benefícios ao conjunto da comunidade. ISO International Organization for Standardization ISO DIN Deutsches Institut für Normung DIN CEN European Committie for Standardization EN JAS Japonese Standards Association - JIS NP Normas Portuguesas Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 9

10 Conceitos Gerais Normalização Exemplos de normas NP-48 (1968) Desenho Técnico. Formatos NP-718 (1968) Desenho Técnico. Esquadrias NP-204 (1968) Desenho Técnico. Legendas NP-205 (1970) Desenho Técnico. Listas de peças NP-89 (1963) Desenho Técnico. Letras e algarismos NP-49 (1968) Desenho Técnico. Modo de dobrar folhas de desenho NP-62 (1961) Desenho Técnico. Linhas e sua utilização NP-327 (1964) Desenho Técnico. Representação de vistas NP-671 (1973) Desenho Técnico. Representação convencional. Convenção de utilização geral NP-328 (1964) Desenho Técnico. Cortes e secções NP-167 (1966) Desenho Técnico. Figuração de materiais em corte NP-297 (1963) Desenho Técnico. Cotagem NP-716 (1968) Desenho Técnico. Cotagem e especificação de tolerâncias de elementos cónicos Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 10

11 Conceitos Gerais Normalização E X E M P L O S Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 11

12 Conceitos Gerais Normalização ESCRITA NORMALIZADA Toda a informação inscrita num desenho, sejam algarismos ou outros caracteres, deve ser apresentada em escrita normalizada. Porquê? Objectivos: Uniformidade, legibilidade e a reprodução de desenhos sem perda de qualidade. ISO tipo A Característica Razão Dimensões (mm) Altura das letras maiúsculas h (14/14) h Altura das letras minúsculas c (10/14) h Espaçamento entre caracteres a (2/14) h Espaço mínimo entre linhas b (20/14) h Espaço mínimo entre palavras e (6/14) h Espessura das linhas d (1/14) h Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 12

13 Conceitos Gerais Normalização TIPOS DE LINHAS A espessura do traço deve ser escolhida de acordo com a dimensão do papel e o tipo de desenho dentro da seguinte gama: 0.18, 0.25, 0.35, 0.5, 0.7, 1, 1.4 e 2 mm. TIPO DE TRAÇO DESCRIÇÃO APLICAÇÕES A B C D Contínuo Grosso Contínuo Fino Contínuo Fino à Mão Livre (*1) Contínuo Fino em Ziguezague (*1) A1 Linhas de contorno visível A2 Arestas visíveis B1 Arestas fictícias B2 Linhas de cota B3 Linhas de chamada B4 Linhas de referência B5 Tracejado de corte B6 Contorno de secções locais B7 Linhas de eixo curtas C1 Limites de vistas locais ou interrompidas quando o limite não é uma linha de traço misto. Limites de cortes parciais D1 Mesmas aplicações de C1 E Interrompido Grosso (*2) E1 Linhas de contorno invisível E2 Arestas invisíveis F Interrompido Fino (*2) F1 Linhas de contorno invisível F2 Arestas invisíveis G1 Linhas de eixo G Misto Fino G2 Linhas de simetria G3 Trajectórias de peças móveis Misto Fino com Grosso H nos limites da linha e H1 Planos de corte nas mudanças de direcção J J1 Indicação de linhas ou superfícies às quais Misto Grosso é aplicado um determinado requisito K1 Contornos de peças adjacentes K2 Posições extremas de peças móveis K3 Centróides K Misto Fino duplamente K4 Contornos inicias de peças submetidas a interrompido processos de fabrico com deformação plástica K5 Partes situadas antes dos planos de corte Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 13

14 Conceitos Gerais Normalização Exemplos de Aplicação TIPO DE TRAÇO DESCRIÇÃO APLICAÇÕES A B C D Contínuo Grosso Contínuo Fino Contínuo Fino à Mão Livre (*1) Contínuo Fino em Ziguezague (*1) A1 Linhas de contorno visível A2 Arestas visíveis B1 Arestas fictícias B2 Linhas de cota B3 Linhas de chamada B4 Linhas de referência B5 Tracejado de corte B6 Contorno de secções locais B7 Linhas de eixo curtas C1 Limites de vistas locais ou interrompidas quando o limite não é uma linha de traço misto. Limites de cortes parciais D1 Mesmas aplicações de C1 (*2) E1 Linhas de contorno invisível E Interrompido Grosso E2 Arestas invisíveis F Interrompido Fino (*2) F1 Linhas de contorno invisível F2 Arestas invisíveis G1 Linhas de eixo G Misto Fino G2 Linhas de simetria G3 Trajectórias de peças móveis Misto Fino com Grosso H nos limites da linha e H1 Planos de corte nas mudanças de direcção J J1 Indicação de linhas ou superfícies às quais Misto Grosso é aplicado um determinado requisito K1 Contornos de peças adjacentes K2 Posições extremas de peças móveis K3 Centróides K Misto Fino duplamente K4 Contornos inicias de peças submetidas a interrompido processos de fabrico com deformação plástica K5 Partes situadas antes dos planos de corte Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 14

15 Conceitos Gerais Normalização PRECEDÊNCIA DE LINHAS Quando existe sobreposição de linhas num desenho, apenas uma delas pode ser representada. Regras de precedência de linhas: 1) Arestas e linhas de contorno visíveis (Tipo A). 2) Arestas e linhas de contorno invisíveis (Tipo E ou F). 3) Planos de corte (Tipo H). 4) Linhas de eixo e de simetria (Tipo G). 5) Linha de centróides (Tipo K). 6) Linha de chamada de cotas (Tipo B). Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 15

16 INTERSECÇÃO DE LINHAS Conceitos Gerais Normalização CASO DESCRIÇÃO CORRECTO INCORRECTO 1 Quando uma aresta invisível termina perpendicularmente ou angularmente em relação a uma aresta visível toca a aresta visível. 2 Se existir uma aresta visível no prolongamento duma aresta invisível, então a aresta invisível não toca a aresta visível. 3 Quando duas ou mais arestas invisíveis terminam num ponto devem tocar-se. 4 5 Quando uma aresta invisível cruza outra aresta (visível ou invisível) não deve tocá-la. Quando duas linhas de eixo se intersectam devem tocar-se. Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 16

17 Folhas / Formatos de desenho Conceitos Gerais Normalização Formatos Normalizados de Papel da Série A e2= 1,4142 DESIGNAÇÃO DIMENSÕES(mm) A0 841 x 1189 A1 594 x 841 A2 420 x 594 A3 297 x 420 A4 210 x 297 Outros formatos menos usados - Formatos alongados da série A. - Formatos da série B (caso dos envelopes). Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 17

18 Conceitos Gerais Normalização Folhas / Dobragens O objectivo é a obtenção de um documento para arquivo Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 18

19 Conceitos Gerais Normalização Folhas / Legendas Contém a informação relativa ao desenho, como a identificação dos projectistas/desenhadores, da empresa proprietária do desenho, nome do projecto, entre outros. Localização da legenda Posições usuais Posições alternativas Conteúdo da legenda Zona de identificação. Zona de informação adicional. Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 19

20 Conceitos Gerais Normalização Folhas / Legendas - legenda a usar nos trabalhos práticos: tipo Designação ou titulo 2 - Indicações complementares 3 - Responsáveis do desenho 4 - Entidade que executa 4.A Entidade co-proprietária 5 N.º de desenho 6 Referencias ás alterações 7 Substitui Des. N.º 8 Substituído por N.º 9 Escala 10 Especificação de tolerâncias das cotas Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 20

21 Conceitos Gerais Normalização Folhas / Legendas - legenda com lista de peças a usar nos trabalhos práticos Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 21

22 Legenda - Legenda utilizada nos trabalhos práticos Conceitos Gerais Normalização Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 22

23 Conceitos Gerais Normalização Folhas / Lista de Peças Deve sempre acompanhar um desenho conjunto, na própria folha ou um folha anexa Informação obrigatória - Número de referência. - Designação. - Quantidade. - Norma/Desenho N. - Material Informação facultativa - Observações. - Peso. - Número do molde/matriz. - Autor. - Nome do ficheiro. - Data de criação do desenho. - Data da última modificação. - Palavras-chave. - Número do documento ou do projecto. Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 23

24 Conceitos Gerais Normalização Folhas / Margens Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 24

25 Conceitos Gerais Normalização Folhas / Escala Escala: Relação entre a dimensão do objecto representado no papel e a dimensão real ou física do mesmo. Escala de redução: Quando a dimensão do objecto no desenho é menor que a sua dimensão real. Escala 1:X com X>1. Escala de ampliação: Quando a dimensão do objecto no desenho é maior que a sua dimensão real. Escala X:1 com X>1. TIPO DE ESCALA Ampliação ESCALAS RECOMENDADAS 20:1 50:1 100:1 2:1 5:1 10:1 Real 1:1 Redução 1:2 1:5 1:10 1:20 1:50 1:100 1:200 1:500 1:1000 1:2000 1:5000 1:10000 Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 25

26 Conceitos Gerais Materiais Estiradores Transferidores Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 26

27 Conceitos Gerais Materiais Aristo Compasso Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 27

28 Conceitos Gerais Regras Regras de desenho à mão livre Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 28

29 Conceitos Gerais CAD CAD Computer Aided Design Desenho Assistido por Computador Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 29

30 Conceitos Gerais CAD Evolução do CAD 2D 3D Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 30

31 Conceitos Gerais CAD Evolução do CAD Modelo 3D Projecções automáticas Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 31

32 Conceitos Gerais CAD Evolução do CAD Modelos Foto-Realistas Objectos, materiais, luzes, câmaras Cena Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 32

33 Conceitos Gerais CAD Evolução do CAD Modelos de Análise Estrutural por Elementos Finitos Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 33

34 Conceitos Gerais CAD Evolução do CAD Análise Cinemática e Dinâmica de Mecanismos Nuno Pires - Desenho Técnico 07/08 34