Caracterização Sinóptica dos Gradientes Ambientais na Ria de Aveiro. Parte I: Salinidade e Temperatura

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1 Universidade de Aveiro 2011 Caracterização Sinóptica dos Gradientes Ambientais na Ria de Aveiro. Parte I: Salinidade e Temperatura J. M. Dias a, M. Rodrigues b, S. Leandro c, F. Morgado d, A. Oliveira e e H. Queiroga d a CESAM, Departamento de Física, Universidade de Aveiro, Campus de Santiago, Aveiro, joao.dias@ua.pt b Núcleo de Estuários e Zonas Costeiras, Departamento de Hidráulica e Ambiente, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Avenida do Brasil, Lisboa, mfrodrigues@lnec.pt c Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar, Grupo de Investigação em Recursos Marinhos, Instituto Politécnico de Leiria, Peniche, sleandro@ipleiria.pt d CESAM, Departamento de Biologia, Universidade de Aveiro, Campus de Santiago, Aveiro, {henrique.queiroga, fmorgado}@ua.pt e Núcleo de Tecnologias da Informação, Departamento de Hidráulica e Ambiente, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Avenida do Brasil, Lisboa, aoliveira@lnec.pt SUMÁRIO A localização dos estuários, na transição entre o oceano e os rios, favorece a ocorrência de gradientes temporais e espaciais, os quais são fortemente influenciados pela sazonalidade das condições ambientais. Desta forma, a sazonalidade dos gradientes termohalinos e ecológicos na Ria de Aveiro é analisada com base nos dados de quatro campanhas de amostragem realizadas entre Outubro de 2000 e Julho de Estas campanhas visaram a medição sinóptica em cada um dos canais principais da Ria de Aveiro (Mira, Ílhavo, Espinheiro e São Jacinto) de parâmetros físicos (salinidade e temperatura da água) e bio-químicos (oxigénio dissolvido, fosfatos, nitritos, silicatos, amónia e clorofila a). As medições foram realizadas ao longo de perfis transversais e longitudinais em cada um dos canais, assim como a várias profundidades na coluna de água. A análise é realizada em duas partes distintas: inicialmente é analisada a variação espacial e sazonal dos gradientes físicos, sendo posteriormente descritos os gradientes ecológicos. Assim, nesta primeira parte do estudo são elaborados mapas de salinidade e temperatura da água a diferentes profundidades para toda a área da Ria (superfície, meia água e fundo) para cada estação do ano, por interpolação dos valores medidos. Através da sua observação é efectuada a caracterização da variação sazonal dos gradientes salinos e da temperatura da água em cada um dos canais principais da Ria de Aveiro, sendo a análise realizada considerando a influência das condições ambientais, nomeadamente do caudal fluvial afluente à Ria e do forçamento de maré. A zonação longitudinal dos limites físicos (estuário inferior, médio e superior), assim como a zonação baseada no Sistema de Veneza são também estabelecidas com base na distribuição da salinidade em cada um dos períodos analisados. PALAVRAS CHAVE: Salinidade, Temperatura, Zonação estuarina, Sazonalidade INTRODUÇÃO Os estuários representam uma fronteira entre os meios marinho, terrestre e fluvial, comunicando com a área oceânica correspondente à zona litoral, sendo considerados como zonas de interacção entre a água doce e a água salgada. Existem várias definições mais precisas de estuários na literatura, mas a definição mais frequentemente aceite é a de CAMERON e PRITCHARD (1963): um estuário é um corpo de água costeiro semi-fechado com uma ligação livre com o oceano, e no qual a água do mar é diluída de forma mensurável com a água doce proveniente dos escoamentos terrestres. Esta definição permite compreender bastante bem as especificidades dos meios estuarinos, que são assim caracterizados pela existência de uma mistura constante de massas de água salgada e doce. A definição de FAIRBRIDGE (1980), mais recente, tem também uma ampla aceitação na comunidade científica: um estuário é um braço de mar estendendo-se pelo vale de um rio até ao limite superior da subida da maré, sendo usualmente divido em três sectores: a) estuário inferior ou marinho, com ligação livre com o oceano, e com uma salinidade superior a 25; b) estuário intermédio, sujeito a forte mistura entre água salgada e água doce (salinidade entre 18 e 25); c) estuário superior ou fluvial, caracterizado pela água doce, mas sujeito à acção diária da maré (salinidade inferior a 18). Numa perspectiva biológica, os estuários são considerados dos habitats naturais mais produtivos do mundo, constituindo áreas fundamentais para a alimentação de um número significativo de espécies de aves, de reprodução de muitas espécies de peixes, assim como locais de pesca costeira. Adicionalmente, os estuários constituem áreas de enorme interesse para a compreensão dos processos adaptativos de plantas e animais, sob condições ambientais muito variáveis à escala temporal e espacial. A ecologia de um estuário depende de uma interacção complexa de factores físicos, químicos e biológicos. As definições de estuário acima referidas reflectem o entendimento de que a distribuição da salinidade ao longo do gradiente estuarino, a qual depende da amplitude da maré na embocadura e da descarga fluvial nas cabeceiras e, portanto, apresenta um importante carácter sazonal nas zonas temperadas, é o principal factor que condiciona a sua ecologia (MCLUSKY e ELLIOT, 2004). A posição e intensidade do gradiente de salinidade afecta directamente a ocorrência e a densidade das populações das espécies nos estuários, a qual é basicamente função da sua tolerância salina (ATTRILL e RUNDLE, 2002). A salinidade afecta directamente os processos físicos e químicos, tal como a floculação e deposição de sedimentos (POSTMA, 1967) ou a especiação e a toxicidade de metais dissolvidos em águas superficiais (LAING et al., 2009). A distribuição e as escalas espaciais e temporais da variação da densidade das populações dependem também da mobilidade das espécies, com as espécies bentónicas geralmente reagindo apenas a flutuações sazonais (ATTRILL e RUNDLE, 2002, as espécies Actas das Jornadas da Ria de Aveiro

2 planctónicas sendo directamente afectadas pela circulação associada à maré (CLOERN, 1996; WOOLDRIDGE e ERASMUS, 1980), e as espécies vágeis de maiores dimensões (peixes, aves) reagindo activamente às variações de salinidade. Os processos biogeoquímicos, incluindo a distribuição dos habitats, a produção primária e secundária e o uso e a reciclagem de nutrientes, estão portanto dependentes em última análise da distribuição da salinidade e dos processos de mistura ao longo do gradiente estuarino. O reconhecimento da importância da salinidade no estabelecimento dos gradientes ecológicos estuarinos conduziu ao estabelecimento de esquemas de zonação dos estuários em função da salinidade. Estes foram estabelecidos de forma a permitir interpretar a definição, dentro dos sistemas estuarinos, de segmentos dotados de uma identidade ecológica. O mais conhecido destes esquemas é denominado de Sistema de Veneza, datando de 1958, e tendo sido posteriormente expandido por CARRIKER (1967). Neste sistema consideram-se seis secções fundamentais num estuário: Zona limnética: Rio, salinidade inferior a 0.5; Zona oligohalina: Topo do estuário, salinidade de 0,5 a 5; Zona mesohalina: Secção superior do estuário, salinidade de 5 a 18; Zona polihalina: Abrangendo as secções média e inferior do estuário: Secção média: salinidade de 18 a 25; Secção inferior: salinidade de 25 a 30; Zona euhalina: Barra, salinidade de 30 a 35. Pelas várias razões enunciadas é fundamental descrever os gradientes salinos nos sistemas estuarinos para compreender a sua ecologia. Esta descrição é ainda mais relevante num sistema geomorfologicamente complexo como a Ria de Aveiro e fortemente sujeito a variações sazonais (MOREIRA et al, 1993). Assim, é objectivo deste trabalhado a caracterização sinóptica da Ria de Aveiro em termos de parâmetros físicos (salinidade e temperatura da água) e bio-químicos (oxigénio dissolvido, fosfatos, nitritos, silicatos, amónia e clorofila a), através da análise dos resultados de campanhas de amostragem realizadas em 2000 e A análise da variação espacial e sazonal dos gradientes físicos e ecológicos é efectuada em duas partes distintas, sendo apresentados no presente estudo os mapas de salinidade e temperatura da água a diferentes profundidades (superfície, meia água e fundo) para cada estação do ano. ÁREA DE ESTUDO A Ria de Aveiro (Figura 1) é uma laguna costeira de águas pouco profundas, situada a Noroeste na costa portuguesa (40 38 N, 8 45 W), ligada ao Oceano Atlântico através de uma única embocadura. Localiza se no litoral centro de Portugal, estando integrada na bacia hidrográfica do rio Vouga. Tem uma área variável entre 83 km 2 (preia mar) e 66 km 2 (baixa mar), uma largura máxima de 8.5 km na sua zona central, um comprimento de 45 km e uma profundidade média relativamente ao zero hidrográfico de aproximadamente 1 m (DIAS et al., 2000). As profundidades máximas (cerca de 30 m) são observadas no canal da embocadura. São também observadas profundidades elevadas (a rondar os 10 m) nos canais de navegação, que são mantidos artificialmente através da realização de dragagens de manutenção (DIAS e LOPES, 2006). Este sistema tem uma geometria bastante complexa, caracterizada pela presença de sapais, marinhas de sal e canais meandrizados de dimensão muito reduzida. Na sua geometria destacam se 4 canais principais (Figura 1): 3 que se estendem Figura 1: Mapa da Ria de Aveiro, com as estações de amostragem assinaladas por um losango preto. segundo a direcção Norte Sul (S.Jacinto, Mira e Ílhavo) e um segundo a direcção Este Oeste (Espinheiro). Todos estes canais têm uma fonte de água doce na sua cabeceira e podem ser considerados sub-estuários ligados a uma única embocadura comum. As principais acções forçadoras da dinâmica da Ria de Aveiro são: a maré oceânica, que se propaga de Sul para Norte ao longo da costa Oeste de Portugal, penetrando na laguna através do canal de embocadura e fazendo sentir os seus efeitos mesmo na extremidade montante dos vários canais; o caudal dos rios Vouga (desagua no Canal do Espinheiro), Antuã (desagua na bacia no Laranjo), Boco (desagua no Canal de Ílhavo), Caster, Gonde e Fontela (desaguam no Canal de S.Jacinto) e de diversos ribeiros e cursos de água que desaguam na extremidade montante do Canal de Mira, assegurando a sua ligação à Barrinha de Mira; e o vento, que faz sentir a sua acção por períodos curtos e especialmente nas zonas mais largas da laguna. O efeito da agitação marítima limitase à zona da embocadura. Deste modo, a hidrodinâmica da Ria de Aveiro apresenta uma elevada sazonalidade. A maré na Ria de Aveiro é dominantemente semi-diurna, sendo modelada por um importante ciclo quinzenal associado à ocorrência de marés vivas/marés mortas. A sua amplitude na embocadura varia entre 0.6 m em maré morta e 3.2 m em maré viva, com uma amplitude média de 2 m, sendo portanto a maré classificada como mesotidal (DAVIES, 1964). O rio Vouga contribui com cerca de 2/3 da água doce afluente à Ria de Aveiro Actas das Jornadas da Ria de Aveiro

3 (caudal médio de 50 m 3 s -1 ) (MOREIRA et al. 1993; DIAS et al., 1999), seguindo-se em importância o rio Antuã, com um caudal médio de 5 m 3 s -1. O prisma de maré estimado para a laguna varia entre e 34.9 Mm 3 para marés vivas e mortas extremas (DIAS, 2001). Comparativamente, o volume total de água doce que aflui à laguna durante um ciclo de maré é muito reduzido (1.8Mm 3 MOREIRA et al. (1993)), indicando que a circulação na Ria de Aveiro é principalmente forçada pelo regime de maré. Apesar desta menor contribuição fluvial, a entrada de água doce na Ria de Aveiro é bastante importante na determinação do transporte residual de longo termo (DIAS et al., 2003), e consequentemente no estabelecimento dos padrões termohalinos neste sistema lagunar (VAZ et al., 2005). A hidrologia de cada canal principal da laguna é então determinada pelo seu prisma de maré e pelos aportes fluviais respectivos. Devido à complexa interacção entre a sua geomorfologia, os efeitos da maré e a sazonalidade das descargas fluviais, vários estudos apontam que a Ria de Aveiro é verticalmente homogénea durante largos períodos do ano (DIAS et al., 1999). No entanto, alguns canais podem revelar estratificação vertical parcial ou total, nas situações de elevado caudal fluvial (DIAS et al. 1999; VAZ et al., 2005). Alguns estudos recentes combinando a análise de dados observacionais e resultados de modelação (VAZ et al., 2005; VAZ e DIAS, 2008) revelaram a importância do caudal fluvial no estabelecimento dos padrões horizontais termohalinos ao longo do Canal do Espinheiro. Nestes estudos foi identificada a formação de uma frente salina a uma distância de 7 a 8 km da embocadura, migrando de posição ao longo de cerca de 1 km, em função da modulação pelo ciclo quinzenal das marés vivas/mortas. Este forte gradiente horizontal de salinidade define dois sectores distintos: um estuário marinho inferior, com forte relação com o oceano adjacente, e um estuário fluvial superior, caracterizado pela aporte de água doce, mas ainda sujeito ao efeito da maré. MÉTODOS Campanhas de Amostragem Pretendeu-se definir uma metodologia de amostragem que permitisse caracterizar as propriedades hidrológicas de cada secção de amostragem nas mesmas condições de maré, ou seja, que permitisse uma caracterização aproximadamente sinóptica da Ria de Aveiro. A estratégia básica de amostragem consistiu na realização de campanhas sazonais para obtenção de perfis longitudinais e transversais das propriedades hidrológicas dos quatro canais principais da Ria de Aveiro (Canal de Mira, Canal de Ílhavo, Canal de S.Jacinto e Canal do Espinheiro), em condições aproximadamente de meia-enchente em cada ponto de amostragem, durante marés de amplitude média. Dadas as condicionantes logísticas impostas pela geometria da Ria de Aveiro e pela disponibilidade de equipamentos e recursos humanos, cada campanha de amostragem distribuiu-se por dois ou três dias diferentes (Tabela 1). O plano de amostragem consistiu na medição in situ de salinidade e temperatura da água (sondas mini-std Markdan Ocean SD200, calibradas em fábrica antes do início da amostragem), ao longo da coluna de água, a intervalos de 1 m de profundidade, em estações de amostragem dispostas ao longo do eixo dos canais separadas por aproximadamente 3 km (Figura 1). Nas secções mais largas de cada canal foram ainda repetidas estas medições até um máximo de 4 estações em cada secção (Figura 1), de forma a obter-se a variabilidade transversal. Tabela 1: Detalhes das campanhas de amostragem Estação do ano Datas de amostragem Canais Outono Inverno Primavera Verão Ílhavo Mira Espinheiro S.Jacinto Mira Espinheiro Ílhavo S.Jacinto Mira Espinheiro Ílhavo S.Jacinto Ílhavo S.Jacinto Mira Espinheiro A amostragem foi executada de jusante para montante, iniciando-se antes do momento esperado de meia maré na primeira estação de cada canal e terminando depois do momento esperado de meia maré na estação mais a montante. Em média, cada estação foi amostrada com 12 minutos de atraso em relação ao momento esperado de meia maré, com adiantamentos e atrasos máximos de 50 e 97 minutos, respectivamente. Interpolação de Campos Horizontais Foram interpolados campos horizontais de temperatura da água e de salinidade para três profundidades distintas (superfície, meiaágua e fundo), para cada uma das estações do ano. A metodologia seguida consistiu numa análise inicial e preparação dos perfis verticais previamente medidos, de forma a seleccionar os valores para cada uma das profundidades referidas. A partir dos vários conjuntos de dados organizados por latitude, longitude e valor da grandeza (temperatura ou salinidade) efectuou-se uma interpolação espacial de valores para a totalidade da Ria de Aveiro. A interpolação foi realizada utilizando o Método Ordinário de Kriging (CRESSIE, 1993), considerando um modelo isotrópico de variograma linear com um erro na variância igual a zero. RESULTADOS Os campos horizontais de temperatura da água e de salinidade para cada estação do ano são apresentados nas Figuras 2 a 7, em função das profundidades definidas anteriormente (superfície, meia-água e fundo). Gradientes Espaciais e Variabilidade Sazonal Temperatura da água: Através da análise comparativa das Figuras 2, 3 e 4 verifica-se que globalmente a temperatura da água apresenta uma variabilidade sazonal significativa. O seu valor mínimo observa-se no período de Inverno (Nov/Dez2000), sendo ligeiramente mais elevada no final do Inverno/princípio da Primavera (Mar/Abr2001). O seu valor máximo foi observado no Verão (Jun2001), sendo o valor no final do Verão (Out2000) ainda elevado. Concretamente, nos períodos de Verão as temperaturas são superiores a 20 ºC, enquanto nos períodos mais frios variam entre os ºC. De uma forma geral não se observam variações longitudinais significativas, não se verificando uma influência evidente do forçamento oceânico e fluvial em cada estação do ano. Assim, de Actas das Jornadas da Ria de Aveiro

4 Figura 2: Estrutura horizontal da temperatura da água interpolada para a camada superficial da Ria de Aveiro para cada estação do ano: a) Outono de 2000; b) Inverno de 2000; c) Primavera de 2001; d) Verão de Figura 3: Estrutura horizontal da temperatura da água interpolada para a camada intermédia da Ria de Aveiro para cada estação do ano: a) Outono de 2000; b) Inverno de 2000; c) Primavera de 2001; d) Verão de uma forma geral verifica-se que a temperatura da água de origem marinha e fluvial não apresenta diferenças significativas para cada um dos períodos em análise. No entanto, no período de Verão (Jun2001) existe um ligeiro gradiente térmico longitudinal, com uma tendência para um aumento da temperatura da água a montante em todos os canais. Os gradientes transversais em cada canal são negligenciáveis, uma vez que existe uma grande homogeneidade lateral dos valores da temperatura da água. Actas das Jornadas da Ria de Aveiro

5 Figura 4: Estrutura horizontal da temperatura da água interpolada para a camada de fundo da Ria de Aveiro para cada estação do ano: a) Outono de 2000; b) Inverno de 2000; c) Primavera de 2001; d) Verão de Figura 5: Estrutura horizontal da salinidade interpolada para a camada superficial da Ria de Aveiro para cada estação do ano: a) Outono de 2000; b) Inverno de 2000; c) Primavera de 2001; d) Verão de Verticalmente verifica-se uma grande homogeneidade, com diferenças negligenciáveis entre os campos às 3 profundidades definidas. A única excepção observa-se a jusante dos canais nos períodos de fim de Primavera (Jun2001) e de Verão (Out2000), com temperaturas superiores à superfície a revelarem uma ligeira estratificação vertical. Salinidade: A análise comparativa das Figuras 5, 6 e 7 revela uma sazonalidade muito importante nos campos da salinidade. Globalmente observam-se as menores salinidades no final do Actas das Jornadas da Ria de Aveiro

6 Figura 6: Estrutura horizontal da salinidade interpolada para a camada intermédia da Ria de Aveiro para cada estação do ano: a) Outono de 2000; b) Inverno de 2000; c) Primavera de 2001; d) Verão de Figura 7: Estrutura horizontal da salinidade interpolada para a camada de fundo da Ria de Aveiro para cada estação do ano: a) Outono de 2000; b) Inverno de 2000; c) Primavera de 2001; d) Verão de Inverno/princípio de Primavera (Abr2001) e durante o Inverno (Nov/Dez2000). De um modo geral os valores da salinidade são inferiores a 4 nas cabeceiras dos canais, e estão nos intervalos em Abr2001 e em Dez2000 em toda a zona central da Ria de Aveiro, incluindo a embocadura. Os valores máximos de salinidade ocorreram no final do Verão (Out2000) e da Primavera (Jun2001), onde se observam valores máximos superiores a 30 em toda a zona central da laguna e mínimos de cerca de 18 nas cabeceiras dos canais do Espinheiro e Actas das Jornadas da Ria de Aveiro

7 Ílhavo, na zona intermédia montante do canal de Mira e na bacia do Laranjo. Nos canais de Mira, Espinheiro e Ílhavo observam-se durante todos os períodos um comportamento tipicamente estuarino, com água mais doce nas cabeceiras dos canais e água de elevada salinidade junto à embocadura. No canal de S. Jacinto, a variação espacial é atenuada durante os períodos de Jun2001 e Out2000. Nos períodos de Inverno (Dez2000) e fim de Inverno/princípio de Primavera (Abr2001) observa-se um decréscimo da salinidade para montante neste canal, correspondente ao estabelecimento de um gradiente longitudinal menos intenso. Os campos de salinidade obtidos revelam a presença de água salina tipicamente oceânica em toda a zona central da laguna no Outono e no Verão, estendendo-se os valores de salinidade elevada bastante a montante. Durante todo o ano observa-se água doce dos canais, e mesmo nos meses de maior salinidade é claramente visível a influência da descarga fluvial dos rios Vouga, Antuã, e Boco e da ligação do canal de Mira à barrinha de Mira no estabelecimento dos padrões salinos longitudinais Lateralmente verifica-se uma elevada homogeneidade nos valores da salinidade, pelo que os gradientes transversais não são significativos. No canal do Espinheiro, nos períodos de final de Primavera (Jun2001) e de Verão (Out2000) observa-se estratificação vertical a montante, com salinidades inferiores à superfície. Verifica-se também alguma estratificação vertical a jusante, na zona inferior e na embocadura, especialmente nos períodos de menor salinidade média (Inverno e Primavera). Zonação Longitudinal Considerando a fraca ou nula estratificação vertical observada nos campos horizontais de salinidade, para efeitos de zonação longitudinal da Ria de Aveiro optou-se por analisar apenas os campos de salinidade à superfície. Conforme referido na Introdução os estuários podem ser divididos em 3 sectores: estuário inferior ou marinho EI/M (salinidade superior a 25); estuário intermédio EI (salinidade entre 18 e 25); estuário superior ou fluvial ES/F (salinidade inferior a 18). No caso da Ria de Aveiro a existência ou extensão de cada um destes sectores varia sazonalmente, conforme se pode observar na Figura 8. No Outono a maioria da laguna tem características de EI/M, com excepto a bacia do Laranjo, cabeceira do canal do Espinheiro e zonas envolventes, assim como a cabeceira do canal de Ílhavo e de zona superior do canal de Mira que tem valores de salinidade típicos de EI. A cabeceira do Canal de Mira tem características de ES/F. No Inverno a maioria dos canais pode ser classificada como ES/F. São excepções a zona da embocadura e a zona inferior do Canal de Mira com características de EI/M ou EI A totalidade da Ria de Aveiro apresenta características de ES/F na Primavera. No Verão quase toda a laguna têm características de EI/M, com excepção da bacia do Laranjo, cabeceira do canal do Espinheiro e zona envolvente e cabeceiras dos canais de Mira e de Ílhavo (com características de ES/F), e de zonas intermédias de transição que tem salinidades típicas de EI. A zonação pelo Sistema de Veneza considera 6 secções: limnética (salinidade inferior a 0.5), oligohalina (salinidade entre 0.5 e 5), mesohalina (salinidade entre 5 e 18), polihalina média ou inferior (salinidades entre 18 e 25 e entre 25 e 30, respectivamente) e euhalina (salinidade superior a 30). Na Figura 9 estão representados os campos horizontais de salinidade para cada estação do ano, com os valores representados pelas classes referidas. Numa primeira análise verifica-se que a existência ou extensão de cada uma das secções varia sazonalmente. No Outono a maioria da Ria de Aveiro tem características euhalinas. As excepções são a bacia do Laranjo, cabeceira do canal do Espinheiro e zona envolvente, assim como cabeceira do canal de Ílhavo com características de secção polihalina inferior, seguindose uma secção polihalina média de transição. No canal de Mira verifica-se uma transição sequencial a partir da cabeceira de secções mesolhalina, polihalina (média e inferior) e euhalina no Figura 8: Estrutura horizontal da salinidade representada em classes de salinidade superior a 25, entre 18 e 25e inferior a 18 para cada estação do ano: a) Outono de 2000; b) Inverno de 2000; c) Primavera de 2001; d) Verão de Actas das Jornadas da Ria de Aveiro

8 Figura 9: Estrutura horizontal da salinidade representada em classes de salinidade superior a 30, entre 25 e 30, entre 18 e 25, entre 5 e 18, entre 0.5 e 5 e inferior a 0.5 para cada estação do ano: a) Outono de 2000; b) Inverno de 2000; c) Primavera de 2001; d) Verão de terço jusante do canal. No Inverno observam-se secções limnéticas na bacia do Laranjo, e cabeceiras dos canais do Espinheiro e de Ílhavo. Nesta estação do ano verifica-se uma grande extensão da secção oligohalina, incluindo a cabeceira do canal de Mira, e cerca de metade da extensão montante dos canais de S.Jacinto, do Espinheiro e de Ílhavo. Segue-se uma transição para secção mesohalina numa extensão significativa dos 4 canais principais. Observa-se ainda secções polihalinas médias na zona da embocadura e estuário inferior, com uma pequena secção polihalina inferior no canal de Mira. Na Primavera observa-se um padrão semelhante ao descrito para o Inverno, mas com uma menor extensão da secção limnética na bacia do Laranjo, cabeceira do Espinheiro e zona envolvente, e incluindo a cabeceira do canal de Mira. Nesta estação do ano os canais principais estão divididos sensivelmente a meio em secções oligohalinas a montante e mesohalinas a jusante, incluindo a embocadura. No Verão a cabeceira do canal de Mira é holigohalina e as cabeceiras dos canais de Ílhavo e do Espinheiro, a bacia do Laranjo e zona envolvnte são mesohalinas, assim como a zona intermédia do canal de Mira. Observam-se secções polihalinas (média e inferior) na cabeceira do canal de S.Jacinto e em zonas de transição intermédias nos restantes 3 canais principais. Verifica-se ainda a existência de secções euhalinas significativas, incluindo a embocadura e a maioria da zona central da laguna, com uma maior extensão para montante no canal de S.Jacinto. DISCUSSÃO Os padrões termohalinos descritos anteriormente de uma forma geral revelam que não existem gradientes transversais da temperatura da água e da salinidade significativos na Ria de Aveiro. Os gradientes verticais na maioria das situações são também negligenciáveis, revelando uma laguna verticalmente homogénea na maioria da sua extensão e em quase todas as estações do ano. Em termos térmicos a única excepção observa-se na cabeceira dos canais, em períodos de reduzido caudal fluvial e elevado aquecimento térmico (início e final do Verão), com temperaturas superiores à superfície a revelarem uma ligeira estratificação vertical. Considerando que se tratam de locais de profundidade muito reduzida, e como tal, de fraco hidrodinamismo, a turbulência gerada pelas correntes de maré não é suficiente para misturar completamente a coluna de água, pelo que esta tem maiores temperaturas superficiais devido ao efeito acumulado do aquecimento pela radiação solar. A estratificação vertical de salinidade observou-se em condições e localizações distintas: na cabeceira do canal do Espinheiro, nos períodos de início e final do Verão, com salinidades inferiores à superfície, mas elevadas salinidades nesta zona; na embocadura e início do canal do Espinheiro, nos períodos de menor salinidade média (início e final do Inverno). Ambas as situações ocorrem devido à influência do caudal fluvial do principal rio que desagua na Ria de Aveiro (Vouga). Em períodos de caudal muito reduzido a intrusão salina ao longo do canal do Espinheiro é muito forte, observando-se salinidades muito elevadas próximo da sua cabeceira. Ou seja, existe uma situação tipicamente estuarina de penetração de uma cunha salina sob uma camada superficial de água doce. Como o caudal fluvial é reduzido, a água doce de menor densidade fica circunscrita à camada superficial. Note-se que devido também às menores correntes de maré que se verificam nesta zona da cabeceira do canal e ao reduzido atrito entre as camadas de origem fluvial e marinha, não existe turbulência suficiente para promover a mistura da coluna de água. Na situação oposta, em que o caudal do Vouga é muito elevado, lentamente vai estendendo a sua influência para jusante, observando-se salinidades baixas próximo da embocadura. Assim, uma vez mais ocorre penetração de uma Actas das Jornadas da Ria de Aveiro

9 cunha salina sob a água salobra de menor densidade. Nestes casos, o efeito turbulento de mistura provocado pelo atrito induzido pelas correntes de maré não é suficiente para vencer o efeito de estratificação devido à impulsão da camada de água de menor densidade sobre a camada marinha de maior densidade. Longitudinalmente foram descritos padrões termohalinos com gradientes significativos, especialmente em termos salinos. De facto, as variações longitudinais observadas para a temperatura da água não apresentaram padrões organizados, não tendo revelado uma influência determinante das várias fontes de água doce (origem fluvial) e salina (origem marinha). Assim, pensa-se que as temperaturas da água do oceano e dos rios não foram significativamente diferentes entre si durante os períodos analisados. Em termos térmicos verificou-se uma variação sazonal significativa, com valores mínimos no Inverno e máximos no Verão, o que revela a influência dos ciclos naturais de aquecimento do Hemisfério Norte, com o Verão mais quente e o Inverno mais frio. Considerando que a Ria de Aveiro apresenta uma profundidade muito reduzida e extensos bancos de maré que acumulam calor durante a maré baixa (MOREIRA et al. 1993), para além das fontes externas de calor de origem fluvial e marinha os fluxos locais de calor poderão ser também bastante importantes no estabelecimento da temperatura da água. Os gradientes salinos observados são bastante significativos, revelando um padrão tipicamente estuarino, com água doce nas cabeceiras dos canais e água de elevada salinidade na embocadura. Da análise efectuada verificou-se que os caudais dos rios Vouga e Antuã são geralmente os mais importantes para o estabelecimento dos padrões observados, e que de menor importância serão as descargas fluviais efectuadas na cabeceira do canal de S. Jacinto. Nas estações mais chuvosas verifica-se também uma influência significativa do caudal do rio Boco nos padrões observados no canal de Ílhavo. O padrão observado para o canal de Mira é curioso: em todas as estações do ano a sua cabeceira revela salinidades relativamente baixas, apesar de não desaguarem neste canal cursos de água com importância significativa. É possível que este canal tenha uma contribuição difusa de água doce subterrânea na parte superior que contribua para o gradiente observado (RODRIGUES et al., 2009). Sazonalmente verifica-se uma forte variabilidade dos valores de salinidade observados em toda a laguna. Nas estações secas, e consequentemente de menores caudais fluviais, verifica-se uma intrusão salina considerável em toda a Ria de Aveiro, observandose valores de elevada salinidade numa elevada extensão da laguna. Nas estações de precipitação elevada, e com maiores caudais fluviais, verifica-se um decréscimo significativo da salinidade média da laguna, existindo um recuo claro da intrusão salina. A clara influência da variabilidade dos caudais fluviais justifica a heterogeneidade sazonal das classificações obtidas para a zonação longitudinal da Ria de Aveiro. Foram identificadas zonas do tipo estuário inferior ou marinho, com propriedades típicas da água do mar adjacente, do tipo estuário intermédio, sujeitas a forte mistura entre água salgada e água doce, e do tipo estuário superior ou fluvial, com propriedades características da água doce, mas sujeitas à acção diária da maré. CONCLUSÕES Os padrões termohalinos espaciais e temporais observados na Ria de Aveiro são determinados pelo balanço entre o forçamento da maré e as descargas de água doce de origem fluvial, especialmente dos rios Vouga e Antuã, mas também dos restantes rios. O aquecimento pela radiação solar é também importante no estabelecimento dos padrões térmicos, especialmente nas áreas pouco profundas características das cabeceiras dos canais. Os gradientes termohalinos verticais e transversais na Ria de Aveiro podem ser desprezados face aos gradientes longitudinais, que são bastante significativos: tipicamente observa-se uma massa de água de origem marinha de elevada salinidade próxima da embocadura, e massas de água doce ou salobra de origem fluvial na cabeceira dos canais. Face a estes resultados a Ria de Aveiro pode ser geralmente considerada verticalmente homogénea. No entanto, observa-se ligeira estratificação vertical junto à embocadura e início do canal do Espinheiro nas situações de elevado caudal do rio Vouga, e na cabeceira do canal do Espinheiro em situações de reduzido caudal do rio Vouga. Os padrões observados revelam uma forte sazonalidade: a temperatura da água é claramente influenciada pelo ciclo natural de aquecimento do H.N., com o Verão mais quente e o Inverno mais frio. Este aquecimento afecta a temperatura da água de origem fluvial e marinha, mas a água no interior da Ria de Aveiro é também aquecida localmente por transferência radiativa; a variabilidade da salinidade é determinada pelas variações dos caudais fluviais, que são menores nas estações secas e mais intensos nas estações húmidas. A zonação longitudinal revelou que na Ria de Aveiro existem zonas com características marinhas, intermédias e fluviais, e a zonação pelo sistema de Veneza que existem todos os tipos de secções na Ria de Aveiro. Em qualquer dos casos, a respectiva existência, localização e extensão revelam uma forte variabilidade sazonal. AGRADECIMENTOS A realização das campanhas contou com o apoio de um conjunto de pessoas às quais os autores agradecem: Ana Lúcia Tavares, Fábio Pereira, Luísa Pontes, Maria João Almeida, Rui Marques, Sizenando Abreu e Sónia Meireles. A segunda autora foi cofinanciada pela bolsa SFRH/BD/41033/2007 da FCT. LITERATURA CITADA ATTRILL, M. J., e RUNDLE, S. D Ecotone or ecocline: ecological boundaries in estuaries. Estuarine Coastal and Shelf Science 55, CAMERON, W.M. e PRITCHARD, D.W., Estuaries. In: HILL, M.N. (ed.), The Sea, vol 2. John Wiley & Sons, New York, CARRIKER, M. R., Ecology of estuarine benthic invertebrates: A perspective. In: LAUFF, G.H. (ed.), Estuaries. American Association for the Advancement of Science 83: CLOERN, J. 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10 DIAS, J.M.; LOPES, J.F. e DEKEYSER, I., Tidal propagation in Ria de Aveiro Lagoon, Portugal. Phys Chem Earth (B) 25 (4), DIAS, J.M.; LOPES, J.F. e DEKEYSER, I., A numerical system to study the transport properties in the Ria de Aveiro lagoon. Ocean Dynamics 53, FAIRBRIDGE, R.W., The estuary: its definition and geodynamic cycle. In: OLAUSSON, E. and CATO, I. (ed.), Chemistry and Biogeochemistry of Estuaries. John Wiley & Sons, New York, LAINGA, G.D., RINKLEBE, J.; VANDECASTEELE, B.; MEERS E. e TACKA, F.M.G., Trace metal behaviour in estuarine and riverine floodplain soils and sediments: A review, Science of The Total Environment, 407, MCLUSKY, D.S. e ELLIOTT, M., The estuarine ecosystem: ecology, threats and management. Third Edition. Oxford: Oxford University Press, 214 p. MOREIRA, M.H.; QUEIROGA, H.; MACHADO, M.M. e CUNHA, M.R., Environmental gradients in a southern estuarine system: Ria de Aveiro, Portugal, implication for soft bottom macrofauna colonization. Netherlands Journal of Aquatic Ecology 27 (2 4), POSTMA, H., Transport and sedimentation in the estuarine environment. In Lauff, G.H. (ed.) Estuaries, Washington: American Association for the Advancement of Science, RODRIGUES, M.; OLIVEIRA, A.; COSTA, M.; FORTUNATO, A.B. e ZHANG, Y.J., Sensitivity Analysis of an Ecological Model Applied to The Ria de Aveiro, Journal of Coastal Research, SI56, VAZ, N. e DIAS, J.M., Hydrographic characterization of an estuarine tidal channel. Journal of Marine Systems 70 (1 2), VAZ, N.; DIAS, J.M.; LEITÃO, P., e MARTINS, I., Horizontal patterns of water temperature and salinity in an estuarine tidal channel: Ria de Aveiro. Ocean Dynamics 55, WOOLDRIDGE, T., E ERASMUS, T UTILIZATION OF TIDAL CURRENTS BY ESTUARINE ZOOPLANKTON. ESTUARINE AND COASTAL MARINE SCIENCE 11, Actas das Jornadas da Ria de Aveiro

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