Filosofia e conceitos de Software Livre

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Augusto Fernandes Arantes
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1 Universidade Federal do Espírito Santo Centro de Ciências Agrárias CCA UFES Departamento de Computação Filosofia e conceitos de Software Livre Sistemas de Software livre Site: jacsonrcsilva@gmail.com

2 Tópicos Definição de Software Livre; Conceito de Licença Livre; A comunidade do Software Livre; Software Livre no Brasil. 2

3 . Se você tem uma maçã e eu tenho uma maçã, e nós trocamos as maçãs, então você e eu ainda teremos uma maçã. Mas se você tem uma ideia e eu tenho uma ideia, e nós trocamos essas ideias, então cada um de nós terá duas ideias George Bernard Shaw 3

4 Definição de Software Livre (SL) Apresenta os critérios utilizados para definir se um programa de computador em particular se qualifica como software livre ou não. Essa definição é revisada de tempos em tempos. Software Livre: software que respeita a liberdade e senso de comunidade dos usuários. A grosso modo: os usuários possuem a liberdade de executar, copiar, distribuir, estudar, mudar e melhorar o software. Com essas liberdades, os usuários (tanto individualmente quanto coletivamente) controlam o programa e o que ele faz por eles. 4

5 Conceitos mais rígidos do SL Indicação da Free Software Fundation (FSF) sobre softwares não livres: Quando os usuários não controlam o programa, o programa controla os usuários. O desenvolvedor controla o programa e, por meio dele, controla os usuários. Esse programa não-livre e proprietário é, portanto, um instrumento de poder injusto. Assim, software livre é uma questão de liberdade, não de preço. 5

6 Licença Livre Um programa é considerado software livre se está sob uma licença que possuam as quatro liberdades essenciais: Liberdade 0: A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito. Liberdade 1: A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptálo às suas necessidades. Para tanto, acesso ao código-fonte é um pré-requisito. Liberdade 2: A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao próximo. Liberdade 3: A liberdade de distribuir cópias de suas versões modificadas a outras pessoas. Desta forma, você pode dar a toda comunidade a chance de beneficiar de suas mudanças. Para tanto, acesso ao código-fonte é um pré-requisito. 6

7 Licença Livre Um programa é software livre se os usuários possuem todas essas liberdades. Essas liberdades procuram garantir que qualquer pessoa seja livre para redistribuir cópias, modificadas ou não, gratuitamente ou cobrando uma taxa pela distribuição, a qualquer um, em qualquer lugar. Ser livre para fazer tudo isso significa (entre outras coisas) que você não deve ter que pedir ou pagar pela permissão para fazê-lo. 7

8 Licença Livre Essas liberdades também procuram garantir que qualquer pessoa tenha liberdade de fazer modificações e usá-las privativamente ou em seu trabalho ou lazer, sem sequer mencionar que eles existem. Se publicar suas modificações, essa pessoa a avisar ninguém em particular, ou de qualquer modo em particular. A liberdade de executar o programa significa que qualquer tipo de pessoa ou organização é livre para usá-lo em qualquer tipo de sistema computacional, ou para qualquer tipo de trabalho e propósito, sem que seja necessário comunicar ao desenvolvedor ou qualquer outra entidade específica. 8

9 Licença Livre Nessa liberdade, é o propósito do usuário que importa, não aquele do desenvolvedor; O usuário é livre para rodar o programa para seus propósitos e, caso você o distribua-o a outra pessoa, ela também será livre para executá-lo com os propósitos dela, e você não pode impor seus propósitos sobre ela. 9

10 Licença Livre Para que as liberdades 1 e 3 (a liberdade de modificar e a liberdade de publicar versões modificadas) façam sentido, você deve ter acesso ao código-fonte do programa. Consequentemente, acesso ao código-fonte é uma condição necessária para o software livre. Código-fonte obscurecido não é código-fonte real e não conta como código-fonte. 10

11 Licença Livre A liberdade 1 inclui a liberdade de usar sua versão modificada em lugar da original. Se um programa foi modificado para que a versão de alguém execute, mas que não funcione mais a versão original do mesmo, ele não segue a primeira liberdade. Esses binários não são software livre mesmo que o código-fonte a partir do qual foram compilados seja livre. Uma maneira importante de modificar um programa é agregar a ele módulos e sub-rotinas livres. Se a licença do programa diz que você não pode agregar a ele um módulo com uma licença adequada, então essa licença é muito restritiva para ser qualificada como livre. 11

12 Licença Livre A liberdade 3 inclui a liberdade de publicar quaisquer versões modificadas como software livre. Uma licença livre também pode permitir outras maneiras de liberá-las, não sendo necessário ser copyleft. Para que essas liberdades sejam reais: elas devem ser permanentes e irrevogáveis desde que você não faça nada de errado; se o desenvolvedor do software tiver o poder de revogar a licença, ou adicionar restrições retroativamente a seus termos, sem que você faça nada para dar um motivo, o software não é livre. 12

13 Software Livre Algumas: kernel.org fsf.org gnu.org softwarelivre.gov.br gtk-apps.org kde-apps.org 13

14 Sucesso com SL no Brasil Experiências de instituições públicas com a migração para software livre, em qualquer nível: Banco do Brasil; SERPRO; Embrapa; Ministério do Desenvolvimento Agrário; Dataprev; Ministério das Comunicações; Exército; Radiobrás; Relatório do TCU que recomenda uso de software livre; Tribunal Regional Do Trabalho Da 4ª Região. < 14

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