Projeto de Iniciação Científica Criação de Software para Utilização no Ensaio Jominy Sustentável
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- Sofia Domingos Melgaço
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1 Projeto de Iniciação Científica Criação de Software para Utilização no Ensaio Jominy Sustentável Projeto de pesquisa apresentado ao NUPEX Núcleo de Pesquisa e Extensão da Fatec de, tendo por objetivo a aprovação para a participar do Programa de Iniciação Científica. Professora Drª. Ana Beatriz Ramos Moreira Abrahão Pindamonhangaba 2017
2 Resumo do Projeto O Ensaio Jominy na área de Metalurgia é realizado com a finalidade de avaliar a termperabilidade de aços, realizado conforme a norma ASTM A255. O projeto tem por objetivo, a criação e atualização de um software, que realiza cálculos e constrói gráficos a partir da composição química de materiais ferrosos (aço), que serão submetidos ao ensaio jominy. Adicionalmente este softaware possibilita com os resultados finais obtidos a comparação dos dados teóricos do ensaio. O softaware foi construído utilizando o programa Visual Basic 2008 Express, e foram realizados ensaios de têmpera no dispositivo Jominy com o aço 4340, que comprovaram a eficácia de funcionabilidade do mesmo. Palavras-chave - Software, Ensaio Jominy, têmpera, aço
3 Sumário 1. Introdução Objetivos Objetivos Gerais Objetivos Específicos Revisão Bibliográfica Temperabilidade Ensaio Jominy Compilador Clipper Visual Studio Visual Basic Materiais e Métodos Caracterização dos Materiais Elementos de Construção do Software Material para ensaio prático de têmpera Obtenção das amostras A Usinagem e Fresagem Tratamento Térmico Dureza Resultados e Discussões Ensaio Jominy Têmpera Resfriamento Ensaio de Dureza Desenvolvimento do Software Funcionamento do Software Desenvolvimento dos Cálculos Conclusões Referências
4 Índice de Figuras Figura 1- Ilustração do Aparato para o Ensaio de Temperabilidade Jominy. FONTE: Chiaverini (1986)... 9 Figura 2 - Dimensões do corpo de prova cilíndrico para o ensaio Jominy. FONTE: ASTM 4255 (2014)... 9 Figura 3 - Representação Gráfica de Software desenvolvido em Clipper Figura 4 - Representação gráfica de software desenvolvido em Visual Basic (sistema para pizzaria). FONTE: MACORATTI (2016) Figura 5 - CDP's obtidos do eixo de aço SAE FONTE: SANTOS, Figura 6 - Aqui é apresentado de forma ilustrativa o diagrama de transformação de fases por resfriamento continuo o aço AISI FONTE: COSTA, Figura 7 - Durometro utilizado em ensaio de Dureza. FONTE: SANTOS, Figura 8 - Tempera em CDP 1, á 850 C. FONTE: SANTOS, Figura 9 - Ensaio em Equipamento Jominy Sustentável. FONTE: SANTOS, Figura 10 - Tela Inicial do Software para Ensaio em Equipamento Jominy Sustentável. FONTE: SANTOS, Figura 11 - Ícone de Ajuda na tela Inicial. FONTE: SANTOS, Figura 12 - Tela de Ajuda do Software para Ensaio em Equipamento Jominy Sustentável. FONTE: SANTOS, Figura 13 - Gráfico gerado com Software para Ensaio em Equipamento Jominy Sustentável apartir da rotina de calculos para a composção do aço SAE FONTE: SANTOS, Figura 14 - Tela de Comparação entre Curvas Jominy do Software para Ensaio em Equipamento Jominy Sustentável. FONTE: SANTOS, Figura 15 - Tela de Comparação entre Curvas Jominy do Software para Ensaio em Equipamento Jominy Sustentável, apresentando as curvas para uma amostra de aço SAE FONTE: SANTOS,
5 Índice de Tabelas Tabela 1 - Porcentagem de composições químicas para efeito de cálculo. FONTE: ASTM A255 (2014) Tabela 2 - Composição Química Prevista do Aço SAE FONTE: DIN W.Nr Tabela 3 - Porcentagem de Elementos de Liga do Eixo FONTE: SANTOS, Tabela 4 - Índice de Dureza após ensaio Jominy em todos os CDP's. FONTE: SANTOS,
6 1. Introdução Atualmente o ramo de materiais empregados na indústria em geral possuem uma grande amplitude de utilização, o que consequentemente também agrega uma infinidade de complicações de aplicação de tais materiais. Uma dessas complicações está na indústria metal-mecânica, está na necessidade de ter conhecimento das características especificas de aços utilizados em diversos segmentos, desde o civil ao automobilístico. Uma das saídas precisas para se chegar a estas características dos aços é o Ensaio Jominy, que tem por finalidade avaliar a temperabilidade do aço, ou seja, a profundidade e distribuição da dureza no interior dos materiais, obtido através de cálculos que consideram o teor de carbono e dos elementos ligas contidos no corpo de prova. 6
7 2. Objetivos 2.1. Objetivos Gerais Construir e atualizar um software que realiza os cálculos do Ensaio Jominy Objetivos Específicos Os objetivos específicos deste projeto são: - Realizar os cálculos envolvidos neste ensaio com criação do software para o Ensaio Jominy Sustentável; -Ensaios com amostras de aço 4340 a partir da entrada de dados feita pelo usuário, com construção de gráficos dos resultados; -Análise dos resultados e as especificações particulares do aço 4340, para que se possa realizar uma comparação entre o resultado teórico e prático do ensaio. 7
8 3. Revisão Bibliográfica 3.1. Temperabilidade A têmpera é o resfriamento rápido de um aço após o aquecimento acima da temperatura de austenítização em um meio de grande capacidade de resfriamento. O objetivo é transformar a austeníta em martensíta, que é o produto de maior dureza das transformações dos aços (Dufour, 2002). Esse é o tratamento térmico mais importante, pois é por intermédio dele, acompanhado pelo revenido, que se obtém as estruturas e as propriedades que permitem o emprego do aço em peças de maior responsabilidade e em aplicações mais críticas, como as que se encontram na indústria mecânica, de transporte e de outros segmentos (Chiaverini, 2008) Ensaio Jominy O ensaio Jominy consiste em resfriar em água um corpo de prova cilíndrico com 1,0 pol. de diâmetro e 4,0 pol. de comprimento austenizado a uma temperatura e um período de tempo pré determinado. Após a remoção do forno ele é rapidamente montado em um suporte, como está mostrado esquematicamente na Figura 1. A extremidade inferior é resfriada rapidamente mediante a um jato d água com vazão e temperatura especifica. Dessa forma a taxa de resfriamento assume um valor Máximo na extremidade em que está sendo temperada e diminui em função da posição, desde esse ponto e ao longo do comprimento do corpo de prova. O método de teste padrão para a execução do ensaio Jominy, como está previsto na norma ASTM A255 (2014), que define o método de teste padrão para a execução do ensaio Jominy, como mostra a Figura 2. 8
9 Figura 1- Ilustração do Aparato para o Ensaio de Temperabilidade Jominy. FONTE: Chiaverini (1986) Figura 2 - Dimensões do corpo de prova cilíndrico para o ensaio Jominy. FONTE: ASTM 4255 (2014) O método de cálculo descrito nesta norma de ensaio é aplicável apenas para a gama de composições químicas que se seguem na Tabela 1: 9
10 Tabela 1 - Porcentagem de composições químicas para efeito de cálculo. FONTE: ASTM A255 (2014) Elemento Alcance, % Carbono 0,10 á 0,70 Manganês 0,50 á 1,65 Silício 0,15 á 0,60 Níquel Cromo Molibdênio Cobre Vanadio 1,50 máx. 1,35 máx. 0,55 máx. 0,35 máx. 0,20 máx. É admissível uma variação de ±10 F (-12 C) das temperaturas, nesta tabela. A dureza é medida em Rockwell C (HRC) a partir de um corte transversal à peça e em intervalos de 1/16" 3.3. Compilador Clipper A plataforma de criação do primeiro software com embasamento na mesma idéia para este projeto, foi desenvolvida na linguagem Clipper, que é um Sistema Gerenciador de Base de Dados, tendo se originado de um dos Softwares de maior sucesso para microcomputadores, a DBASE III. O Clipper é um compilador da linguagem xbase, para o ambiente DOS. Foi criado em 1984, e tornou-se um gerenciador de banco de dados muito popular em sua época. Seus compiladores geravam arquivos executáveis que em 2008 seriam considerados minúsculos, extremamente rápidos e, para a maioria dos usuários, com uma interface pouco amigável. Novamente, em sua época, era uma das mais versáteis e possibilitava a criação de sistemas totalmente 10
11 integrados com imagens, sons e vídeo, e já se utilizava dos conceitos dehyperlink, ajuda de contexto e instanciamento de objetos (ainda que primitivos, via Code Blocks), coisa que, exceto pela linguagem C, só foi alcançada anos mais tarde pela concorrência. Outra característica importante foi à inclusão da tecnologia Rushmore, hoje pertencente à Microsoft, de indexação para suas tabelas de dados, tornando-a uma das linguagens de melhor desempenho nessa área. Mais algumas características da linguagem: Pré-processador de código-fonte; Compiladores de alta-performance; Depurador interativo; IDE gráfica (opcional, requerendo o MS-Windows instalado); Suporte a modos gráficos de vídeo VGA (com os drivers adequados); Suporte a mouse (com o driver do fabricante) integrado á bibliotecas de entradas de dados; Geração de executáveis que utilizavam os modos protegido ou real de memória (escolhendo-se um dos compiladores específicos para essas características); Geração de módulos de Overlay (grosso modo, equivalentes às bibliotecas de vínculo dinâmico), diminuindo o tamanho dos executáveis e seu uso de memória; Dois objetos reais para MS-DOS, (TBrowse e Get) para desenvolvimento de telas com massas de dados e de entradas de dados respectivamente; Teclas de aceleração (o equivalente às teclas de atalho); O conjunto do objeto Get disponibilizava ao desenvolvedor, itens de interface tais como check- box, listbox, botões de opção, botões de rádio, barras de rolagem, barras de menus e itens de menu, dentre outros. Esses itens eram visíveis em MS-DOS mediante caracteres semi-gráficos da tabela ASCII estendida como mostrado na Figura 3 graficamente. 11
12 Figura 3 - Representação Gráfica de Software desenvolvido em Clipper (Programa para controle de estoque com cadastro de materiais, requisições e requisitantes). FONTE: MACORATTI, Visual Studio Visual Basic 2008 O Visual Basic 2008 é projetado para compilar produtivamente aplicativos seguros e orientados a objeto. Permite aos desenvolvedores terem como objetivo o desenvolvimento para Windows, Web e dispositivos móveis. Como todas as linguagens para Microsoft.NET Framework, programas escritos em Visual Basic se beneficiam da segurança e interoperabilidade da linguagem. Figura 4 - Representação gráfica de software desenvolvido em Visual Basic (sistema para pizzaria). FONTE: MACORATTI (2016) Esta geração do Visual Basic mantêm a tradição de fornecer uma maneira rápida e fácil de criar aplicativos baseados no.net Framework como este exemplificado na Figura 4 que mostra um modelo de Software desenvolvido nesta linguagem. 12
13 4. Materiais e Métodos 4.1. Caracterização dos Materiais Elementos de Construção do Software Para a criação do software se fez necessário a utilização da norma vigente para o ensaio Jominy que estabelece todos os parâmetros necessários para a realização do ensaio prático e tabelas e dados para a confecção da Curva Jominy por meio de cálculos. Esta norma foi cedida pela Orientadora deste trabalho a Professora Doutora Ana Beatriz Ramos Moreira Abrahão, em sua versão datada do ano de 2014, intitulada ASTM A255-10: Standard Test Methods for Determining Hardenability of Steel. E ainda a o programa utilizado como plataforma de atualização o Visual Basic 2008, que é uma linguagem de programação que possibilita a criação de aplicações gráficas para o Windows, de um modo fácil e rápido. O tipo de linguagem de programação utilizada pelo Visual Basic é orientada por eventos. O programa foi adquirido por meio do convênio existente entre o Centro Paula Souza e a Microsoft o DreamSpark, que oferece diversos aplicativos gratuitos da série de desenvolvedores para docentes e discentes das instituições de ensino do Centro Paula Souza (ETEC s e FATEC s). O programa desenvolvedor Visual Basic 2008, é utilizado em um Notebook da marca Megaware, modelo MEGANOTE Material para ensaio prático de têmpera O material utilizado para o desenvolvimento dos resultados parciais deste trabalho é o aço SAE Usualmente este aço é utilizado em componentes mecânicos em geral sob a ação de tensão dinâmica, ou seja, para fabricação de peças na indústria automotiva e na indústria petrolífera e construção naval. Com base nas informações da norma de referência do material, a composição química prevista segundo a norma DIN W.Nr é apresentado na Tabela 2: 13
14 Tabela 2 - Composição Química Prevista do Aço SAE FONTE: DIN W.Nr Composição Química %C 0,37 0,43 %Si 0,15 0,35 %Mn 0,60 0,80 %P 0,025 %S 0,025 %Cr 0,70 0,90 %Mo 0,20 0,30 %Ni 1,65 2, Obtenção das amostras O material para usado para o ensaio prático foi fornecido pelo professor coorientador deste trabalho Drº. César Alves Da Silva Leandro da instituição FATEC Pindamonhangaba. A porcentagem dos elementos de liga do aço SAE 4340 fornecido, são mostrados na tabela 3, o mesmo era um eixo dianteiro de uma caminhonete que sofreu ruptura. Tabela 3 - Porcentagem de Elementos de Liga do Eixo 4340 utilizado nos ensaios. FONTE: SANTOS, 2017 Composição Química %C 0,40 %Si 0,30 %Mn 0,70 %P <0,025 %S <0,025 %Cr 0,75 %Mo 0,25 %Ni 1,80 14
15 A Usinagem e Fresagem A usinagem dos corpos de prova foi feita nas dependências da instituição da FATEC Pindamonhangaba, no laboratório de Processos de Fabricação, conforme as dimensões estabelecidas pela norma A255, ilustrada na figura 2 (vide pagina 8), utilizando um Torno Convencional Nardine, com ferramenta de desbaste de metal duro, a 800RPM, e sob refrigeração constante e intensa a fim de se evitar deformações devido ao aquecimento ou a modificação estrutural da amostra. Em decorrência da usinagem foram obtidos seis corpos de prova (CDP). Após a usinagem no Torno, as amostras passaram por uma fresagem em uma Fresadora Convencional também da marca Nardine onde foi feita a pista de teste de dureza, com uma fresa de topo de Aço Rápido (HSS), também sobre refrigeração constante. Ao termino das operações foram obtidos os CDP s ilustrados na figura 5. Figura 5 - CDP's obtidos do eixo de aço SAE FONTE: SANTOS, Tratamento Térmico A microestrutura obtida a partir de um tratamento térmico de têmpera e revenimento dependerá da taxa de resfriamento após austenitização. Se está se dá o suficiente rápido o produto é a martensíta. Caso contrário, produtos de transformação mais macios, tais como a bainíta e a ferríta, são obtidos. A taxa de resfriamento é determinada em grande parte pelo meio de resfriamento utilizado, o qual pode ser salmoura, água, óleo, solução polimérica, sais 15
16 fundidos ou ar, em ordem decrescente da capacidade de resfriamento (Dufour, 2002). As alterações das propriedades mecânicas são causadas pelas modificações da estrutura interna do aço. O resfriamento brusco impede a transformação normal, de modo que, por exemplo num aço de 0,9% p.p. de C, a austeníta não se transforma em perlíta, mas sim numa solução sólida supersaturada de carbono e ferro chamada Martensíta. ( (Freire, 1983) ). No aço SAE 4340, podemos observar conforme a figura 6, que a curva TTT, mostra que devido ao deslocamento da curva de transformação para a direita, o início da transformação ferrítica e bainítica sofrem um retardamento, devido aos elementos de liga, tendo então um maior tempo para se realizar a têmpera e forma martensíta. Para este ensaio foi utilizado um forno elétrico da marca Grion modelo GLOBAR-KANTHAL, com elementos de carbeto de silício são indicados para altas temperaturas de operação (Máximo 1600ºC). É utilizada fibra cerâmica na isolação térmica. O controlador de temperatura pode realizar várias rampas e patamares. São utilizadas chaves estáticas para o controle de temperatura que se estabiliza em +2/-2 C do valor do set-point. Figura 6 - Forma ilustrativa o diagrama de transformação de fases por resfriamento continuo o aço AISI FONTE: COSTA,
17 4.3. Dureza Os ensaios de dureza realizados tiveram como objetivo avaliar a dureza entre as amostras com tratamento térmico, para verificar a influência que o ensaio Jominy causaram na dureza do material. Para isso, foi utilizado o durômetro Panantec ATMI modelo RANS RS Analógico, apresentado na figura 7, que se encontra no laboratório de Ensaios Mecânicos da FATEC Pindamonhangaba, foi usado uma dureza HRC, com um penetrador cônico 120, uma carga aplicada de 150 kgf, e um tempo de penetração de aproximadamente 15s. Figura 7 - Durômetro utilizado em ensaio de Dureza. FONTE: SANTOS,
18 5. Resultados e Discussões 5.1. Ensaio Jominy Após a usinagem dos CDP s, todos os 5, foram submetidos ao ensaio Jominy, utilizando-se dos mesmos paramentos regidos pela norma ASTM A255-10, e com os mesmos equipamentos. O ensaio encontrasse ilustrado nas figuras 8 e Têmpera Segundo a especificação deste tipo de aço SAE 4340, as temperaturas e o resfriamentos indicado para o tratamento térmico de tempera é:têmpera ( C), seguido por um resfriamento em óleo, para altas resistência (acima de 1350 MPa). Desta maneira, os 5 CDP s disponíveis foram aquecidos a 850 C, por um período de tempo de 45 minutos. Na figura 8 observamos o ensaio sendo feto nas dependências da instituição da FATEC Pindamonhangaba Figura 8 - Tempera em CDP 1, á 850 C. FONTE: SANTOS,
19 Resfriamento Seguindo restritamente a orientação da norma o resfriamento foi feito mediante a um jato de água de distância e vazão específicos, durante um período de 30 minutos. Figura 9 - Ensaio em Equipamento Jominy Sustentável. FONTE: SANTOS, Ensaio de Dureza Após o Ensaio Jominy, foi feita a limpeza de carepas de oxidação decorrentes da tempera dada no maternal, afim de deixar a pista de teste de dureza em condições de executar o ensaio conforme a norma ASTM E18-16 que fala sobre Métodos de Teste Padrão para a Dureza Rockwell de Materiais Metálicos. E posteriormente a marcação dos pontos Jominy de verificação de dureza, no padrão métrico em milímetros Os resultados dos ensaios de dureza dos CDP s encontram-se na tabela 4. 19
20 Tabela 4 - Índice de Dureza após ensaio Jominy em todos os CDP's. FONTE: SANTOS, Ponto Jominy Distancia Jominy em mm Dureza HRC em CDP 1 Dureza HRC em CDP 2 Dureza HRC em CDP 3 Dureza HRC em CDP 4 Dureza HRC em CDP ,6 52,7 48, , , ,5 50, , , , , , , , , , , , , , Desenvolvimento do Software O desenvolvimento do software foi embasado na norma ASTM A 255-A 2014 que a partir da página 19 disponibiliza os parâmetros de cálculo que foram aplicados a lógica programada de Visual Básic Express Os cálculos considerados são para aços sem teor de Boro em sua composição e todos os parâmetros foram aplicados utilizando a unidade de medidas em milímetros bem como os valores de dureza em HRC, conforme a norma. O software é gerado em um pacote de instalação simplificada, sendo fácil a instalação em qualquer microcomputador pelo próprio usuário. 20
21 Funcionamento do Software O programa inicia-se com a tela de preenchimento do teor de elementos de liga do aço que se deseja ensaiar, como mostra a figura 10. Figura 10 - Tela Inicial do Software para Ensaio em Equipamento Jominy Sustentável. FONTE: SANTOS, Nesta tela, nas caixas de texto ativas o usuário preenche com os dados da porcentagem de liga de cada elemento conforme indicado na lateral esquerda nos rótulos. Logo abaixo é disponibilizado um botão de Ajuda, representado pelo ponto de interrogação conforme figura 11, como também o botão Limpar, que apaga todos os valores preenchidos, caso seja necessário. Figura 11 - Ícone de Ajuda na tela Inicial. FONTE: SANTOS,
22 Figura 12 - Tela de Ajuda do Software para Ensaio em Equipamento Jominy Sustentável. FONTE: SANTOS, Ao clicar no botão de Ajuda, é exibida uma tela com informações relevantes para a aplicação dos cálculos, visto que na norma é delimitado os percentuais mínimos e máximos de liga para cada elemento químico, conforme representado na figura 12 a seguir, além de estabelecer também que os cálculos são aplicáveis apenas para um Diâmetro Ideal Químico de no máximo 177mm, acima deste diâmetro os valores obtidos não serão aplicáveis. 22
23 Desenvolvimento dos Cálculos Após o preenchimento dos campos, basta clicar no botão indicado por Calcular, a partir daí o Software realiza a rotina de cálculos necessários e demostra na área de Índice de Dureza (HCR) Jominy os valores de dureza que serão obtidos em cada Ponto Jominy (PJ) de verificação. Após todos os valores obtidos, o usuário está apto a gerar o gráfico da Curva Jominy, com o botão Gerar Gráfico, como mostra a figura 13 a seguir. Figura 13 - Gráfico gerado com Software para Ensaio em Equipamento Jominy Sustentável apartir da rotina de calculos para a composção do aço SAE FONTE: SANTOS, Após o gráfico de índices de dureza teóricos ser gerado utilizando os dados do percentual de liga do aço, o usuário pode fazer a comparação entre esses resultados e os resultados experimentais mediante a visualização das duas Curvas Jominy sendo representadas no mesmo gráfico utilizando o botão Comparação, que ao ser clicado exibe uma nova tela, como mostra a figura 14, onde o usuário já tem disponibilizado os dados teóricos e completa nas caixas de texto ativas os valores de dureza em HRC encontrados no corpo de prova, conforme a indicação nos rótulos, respeitando-se as medidas em milímetros estabelecidas pela norma, feito o preenchimento correto de todos 23
24 os itens basta clicar no botão Gerar Gráfico que o software apresentará as curvas para comparação, como exibido na próxima figura 15. Figura 14 - Tela de Comparação entre Curvas Jominy do Software para Ensaio em Equipamento Jominy Sustentável. FONTE: SANTOS, Figura 15 - Tela de Comparação entre Curvas Jominy do Software para Ensaio em Equipamento Jominy Sustentável, apresentando as curvas para uma amostra de aço SAE FONTE: SANTOS,
25 6. Conclusões Conclui-se que o projeto alcançou os objetivos propostos: A lógica de programação necessária foi elaborada e atende as necessidades estabelecidas; O software garante a execução de toda a rotina de cálculos determinados pela norma ASTM A para a construção do gráfico da Curva Jominy; Com a entrada de valores sobre o percentual de elementos de liga do material ensaiado o software gera o gráfico da Curva Jominy, que faz a relação entre a distância de verificação e a dureza HCR; Com a representação da curva teórica pronta, o Software permitiu a entrada de dados do ensaio experimental, e elaborou no mesmo gráfico as duas Curvas Jominy, possibilitando a análise e comparação entre os dados. 25
26 7. Referências ASTM A (2014), Métodos de Teste Padrão para Determinar a Trempabilidade do Aço, ASTM International, West Conshohocken, PA, 2014, ASTM E18-16, Métodos de Teste Padrão para Dureza Rockwell de Materiais Metálicos, ASTM International, West Conshohocken, PA, 2016, Callister, W. D. (2002). Ciência e Engenharia De Materiais: Uma Introdução (5º ed.). Rio de Janeiro, Brasil: LCT. Developer Network MICROSOFT. (n.d.). Ferramentas de Desenvolvimento de Linguagem - Visual Basic, Retrieved Abril 13, 2016, from Desenvolvedor MICROSOTF: Dufour, J. (2002). An Introduction to Metallurgy (4 ed.). Houston, Texas, Estados Unidos Da América: Cooper Cameron Corporation. Freire, J. M. (1983). Fundamentos de Tecnologia Mecânica-Materiais de Construção Mecânica. Rio de Janeiro: LCT. GRION FORNOS. (1 de Setrembro de 2014). Fornos elétricos globar. MAIRIPORÃ, São Paulo, Brasil. Acesso em 13 de Março de 2017, disponível em Programa, P. (2000). Apostila de Programação em Visual Basic. Acesso em 13 de Abril de 2016, disponível em Prof. 2000: Ramalho, J. A. (1998). Clipper 5.0 Guia do Operador de Comandos Básicos (1º ed.). São Paulo, Brasil: McGraw-Hill/Makkon Books. 26
27 Sevale, L. G. (2014). ESTUDO DA INFLUÊNCIA DE TRATAMENTOS TÉRMICOS NAS VARIAÇÕES MICROESTRUTURAIS DO AÇO SAE Brasilia, Brasilia, Brasil. Veloso, C. J. (s.d.). Download de Sistemas. Acesso em 13 de Abril de 2016, disponível em Planilhas e Utilitarios Gratuítos: 27
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