DANILO FRANCISCO CAMPOS PEREIRA

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1 Universidade Federal da Bahia Escola de Medicina Veterinária Mestrado em Medicina Veterinária Tropical TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES EM NOVILHAS BOS TAURUS X BOS INDICUS TRATADAS COM GnRH NO MOMENTO DA INOVULAÇÃO. DANILO FRANCISCO CAMPOS PEREIRA Salvador - Bahia 2009

2 DANILO FRANCISCO CAMPOS PEREIRA TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES EM NOVILHAS BOS TAURUS X BOS INDICUS TRATADAS COM GnRH NO MOMENTO DA INOVULAÇÃO. Dissertação apresentada à Escola de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Bahia, como requisito para a obtenção do título de Mestre em Ciência Animal nos Trópicos, na área de Reprodução Animal. Orientador: Prof. Dr. Antonio de Lisboa Ribeiro Filho Salvador Bahia 2009

3 ii FICHA CATALOGRÁFICA: PEREIRA, Danilo Francisco Campos Transferência de Embriões em Novilhas Bos taurus X Bos indicus tratadas com GnRH no momento da inovulação /Danilo F. C. Pereira --Salvador: UFBA/Escola de Medicina Veterinária, f: il. Orientador: Antonio de Lisboa Ribeiro Filho Dissertação (mestrado) UFBA/ Escola de Medicina Veterinária/Mestrado em Ciência Animal nos Trópicos, GnRH 2. Corpo Lúteo 3. Qualidade do embrião 4. Concepção 5. Receptoras I. Ribeiro Filho, Antônio de Lisboa. II. Universidade Federal da Bahia/ Escola de Medicina Veterinária III Título.

4 iii TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES EM NOVILHAS BOS TAURUS x BOS INDICUS TRATADAS COM GnRH NO MOMENTO DA INOVULAÇÃO DANILO FRANCISCO CAMPOS PEREIRA Dissertação defendida e aprovada para obtenção do grau de Mestre em Ciência Animal nos Trópicos. Salvador, 30 de junho de Comissão Examinadora: Prof. Dr. Antonio de Lisboa Ribeiro Filho Orientador Prof. Dr. Antonio Jorge Del Rey Dr. Max Vitória Resende

5 iv Aos meus pais Reinaldo e Dora, à minha noiva Lívia e às minhas irmãs Isa e Júlia. Dedico.

6 v AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar agradecer a Deus pelo dom da vida e sabedoria. Meus pais pela formação, não medindo esforços para este feito, sou eternamente grato. Lívia, noiva, companheira, colega agradeço por todo esse tempo. Minhas irmãs, pela amizade, apoio e compreensão. À minha sogra Aderlina, a cunhada Cecília e seu marido Fábio, meus sinceros agradecimentos. Ao Prof. Dr. Antônio de Lisboa Ribeiro Filho pela orientação, oportunidade, amizade, paciência, dedicação aos ensinamentos e por acreditar no meu potencial. Ao Prof. Dr. Marcos Chalhoub pela grata convivência e ensinamentos nesse período. As colegas Dr. Alexandre Floriani, pesquisador da EMBRAPA, e sua noiva MsC. Katlen Dressen, pela amizade cultivada desde o período de estágio supervisionado de À Intervet-Schering, através da Daniela Coutinho, por disponibilizar os hormônios necessários para realização deste experimento. À Agropecuária Chapadão por ceder o espaço e os animais necessários para o experimento À Universidade Federal da Bahia (UFBA) e à Escola de Medicina Veterinária. Aos estagiários e amigos Luana, Alexandra, Leandro, Carolina, Ernesto e Jurandir pela amizade e convívio marcantes para vida. À Capes pelo apoio financeiro na qual contribuiu para conclusão da pós-graduação À todos meu respeito e gratidão.

7 vi Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará assim uma máquina utilizável e não uma personalidade. É necessário que adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto. Albert Einstein

8 vii ÍNDICE LISTA DE TABELAS... LISTA DE FIGURAS... LISTA DE ABREVIATURAS... ix x xi RESUMO... xiii SUMARY... xiv 1 INTRODUÇÃO GERAL REVISÃO DE LITERATURA Fisiologia ovariana bovina Prostaglandina F2α (PGF2α) Reconhecimento materno da gestação e o bloqueio da luteólise Transferência de embriões e mortalidade embrionária GnRH e seus análogos, importância na performance reprodutiva ARTIGO CIENTÍFICO Introdução Material e Métodos Animais e local do experimento Delineamento experimental Protocolo de superovulação das doadoras Protocolo de sincronização das receptoras Coleta das estruturas embrionárias Diagnóstico de gestação

9 viii 2.7. Análise estatística Resultados e Discussão Conclusão Referências Bibliográficas CONSIDERAÇÕES GERAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 39

10 ix LISTA DE TABELAS Tabela 1- Média e desvio padrão do tamanho relativo do corpo lúteo (CL) e qualidade embrionária (QEMB) nas receptoras no momento da inovulação 29 Tabela 2- Taxa de concepção geral de receptoras de embrião. 30 Tabela 3- Taxa de concepção de receptoras de embrião do grupo-controle e grupo- GnRH de acordo com a qualidade do CL no momento da inovulação. 34

11 x LISTA DE FIGURAS Figura 1- Esquema representativo do mecanismo de controle da reprodução (eixo 6 hipotalâmico-hipofisário-gonadal) em fêmeas bovinas Figura 2- Rota para biosíntese de Progesterona nas célula luteal genérica. 9 Figura 3- Modelo proposto para as rotas de segundo mensageiro envolvidos na regulação das SLCs e LLCs. 10 Figura 4- Diagrama experimental do uso um análogo de GnRH em receptoras bovinas no momento da inovulação de embriões.. 26

12 xi LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS AMPc - Adenosina 3, 5 - monofosfato cíclico µm - micrometro BE - Benzoato de estradiol - Íon cálcio Ca ++ CE - Células Endoteliais CG - Células da granulosa CL - Corpo Lúteo CLa - Corpo Lúteo acessório COX - Enzima Cicloxigenase CT - Células da teca DAG - Diacilglicerol E2 - Estradiol ecg - Gonadotrofina Coriônica Equina ET-1 - Endotelina-1 FD - Folículo Dominante FGF I - Fator de crescimento fibroblasto I FGF II - Fator de crescimento fibroblasto II FS - Folículo Subordinado FSH - Hormônio Folículo Estimulante GH - Hormônio do Crescimento GnRH - Hormônio Liberador de Gonadotrofinas GTP - Guanosina Trifosfata hcg - Gonadotrofina Coriônica Humana HDL - Lipoproteína de alta densidade IA - Inseminação Artificial IATF - Inseminação Artificial em Tempo Fixo IETS - International Embryo Transfer Society IGF I - Fator de crescimento semelhante a insulina I IGF II - Fator de crescimento semelhante a insulina II IM - Intra-muscular INF- τ - Interferon-τ LDL - Lipoproteína de baixa densidade LH - Hormônio Luteinizante LLC - Large luteum cell mg - miligrama MHz - Megahertz ml - mililitro MOET - Transferência de embriões por múltiplas ovulações OT - Ocitocina

13 xii OTR - Receptor de ocitocina - Progesterona P 4 PAGs - Gliciproteínas associadas a prenhez PBR - Receptor benzodiazepínico tipo periférico PGD 2 - Prostaglandina D 2. PGE 2 - Prostaglandina E 2. PGF2α - Prostaglandina F 2α PGHS - Enzima prostaglandina G/H sintase PGs - Prostaglandinas PLA 2 - Enzima fosfolipase A2 RNAm - Ácido Ribonucléico mensageiro SLC - Pequena célula luteal STAR - Proteína de regulação aguda da esteroidogênese TE - Transferência de Embriões TNF-α - Fator de necrose tumoral alfa UI - Unidades Internacionais VEGF A - Fator de crescimento endotelial vascular A

14 xiii PEREIRA, D.F.C. Transferência de Embriões em Novilhas Bos taurus X Bos indicus tratadas com GnRH no momento da inovulação. Salvador, Bahia, p. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal nos Trópicos) - Escola de Medicina Veterinária, Universidade Federal da Bahia, RESUMO Um dos fatores que afetaria a taxa de concepção é a produção de progesterona pelo corpo lúteo (CL), que está diretamente relacionado com o tamanho do mesmo. O análogo de GnRH pode incrementar a secreção de progesterona através da formação do CL acessório. Objetivou-se com este estudo avaliar a taxa de concepção de receptoras de embriões tratadas com um análogo de GnRH, no momento da inovulação, em relação a qualidade do corpo lúteo e qualidade do embrião. Utilizou-se 272 receptoras de embrião, selecionadas de acordo com a qualidade do corpo lúteo (1- pequeno, 2- médio e 3- grande) à palpação transretal. Os embriões inovulados foram selecionados de acordo com a IETS, e somente os viáveis (1- excelente, 2- bom e 3- regular) foram transferidos. Assim os grupos experimentais foram divididos de acordo com a qualidade do corpo lúteo, CL1-GnRH, CL2-GnRH, CL3-GnRH e seus respectivos controles (CL-C). Na análise estatística utilizou-se estudo de dispersão de frequência, e para tanto empregou-se o teste do Quiquadrado (χ 2 ), um dos pacotes estatísticos do programa SAS. A taxa de concepção das receptoras de embrião em relação à qualidade do CL foram 43,31 e 41,38%, 56,52 e 46,67%, e 46,03 e 42,82% para CL1-C e CL1-GnRH, CL2-C e CL2-GnRH, e CL3-C e CL3-GnRH, respectivamente. Não houve diferença estatística (p>0,05) entre as variáveis avaliadas segundo a qualidade de CL. Portanto, não houve influência da administração de um análogo de GnRH na taxa de concepção de receptoras de embrião, no momento da inovulação. Palavras-chave: GnRH, corpo lúteo, qualidade do embrião, concepção, receptoras.

15 xiv PEREIRA, D.F.C. Embryo transfer in heifers Bos taurus X Bos indicus tratadas with GnRH at the time of transfer. Salvador, Bahia, p. Dissertation (Master of Animal Science in Tropical) - School of Veterinary Medicine, Federal University of Bahia, SUMMARY One of the factors that may affect the conception rate is the progesterone production by the corpus luteum (CL), which is directly related to the its size. The GnRH analogue may increase the secretion of progesterone through the formation of an accessory CL. The objective of this study was to evaluate the conception rate of the embryo recipients treated with an analogue of GnRH, at the time of transfer, regarding the corpus luteum (CL) quality. It was used 272 embryos recipients crossbred, selected according to the corpus luteum of quality (1 - small, 2 - medium and 3 - large) to transrectal palpation. The embryos were selected according to the IETS and only viable (1 - excellent, 2 - good 3 - regular) was transferred. Thus the experimental groups were divided according to the CL quality, CL1-GnRH, CL2-GnRH, CL3-GnRH and their respective controls (CL-C). Statistical analysis was used to study the frequency dispersion, and is used for both the Chisquare (χ2), statistical package SAS. The conception rate of recipients of embryo for CL quality were and 41.38%, and 46.67% and and 42.82% for CL1-C and CL1-GnRH, CL2-C and CL2-GnRH and CL3-C and CL3-GnRH, respectively. There was no statistical difference (p>0,05) between the variables evaluated according to CL. So there was no influence of the administration of a GnRH analogue in the conception rate of the recipient embryo at the time of transfer. Keywords: GnRH, corpus luteum, quality of the embryo, conception, recipients.

16 1 1. INTRODUÇÃO GERAL O Brasil, maior exportador de carne e detentor do maior rebanho bovino comercial do mundo, vem se firmando como potência pecuária no cenário mundial. Isso pode ser verificado também na crescente utilização das biotecnologias da reprodução, produção in vitro de embriões (PIVE) e transferência de embriões por múltiplas ovulações (MOET), desde o ano de 2001 (FERNANDES; OBA, 2007). Segundo Viana;Camargo (2007), enquanto a maioria dos países demonstraram uma tendência de estabilização ou até mesmo retração na utilização das biotecnologias da reprodução, o Brasil e países da Ásia, especialmente a China, aumentaram sua utilização de forma expressiva de 2002 à Vale também salientar, que na pecúaria nacional a maioria do embriões transferidos foram oriundos de PIVE e ainda segundo os mesmos autores, isso representaria um valor de embriões enquanto apenas embriões foram oriundos de MOET, no período de Acompanhando todos esses avanços, surgem as necessidades de se estabelecerem pesquisas voltadas para melhorar o aproveitamento das potencialidades reprodutivas dos animais, assim como as doadoras e receptoras de embriões. Estas são consideradas parte limitante da utilização das biotécnicas devido aos índices de prenhez abaixo do ideal. A média na taxa de concepção de embriões oriundos de MOET situa-se em torno de 55% (FERNANDES, 1999), enquanto a taxa de concepção de embriões de PIVE tem grande variação, de 20 a 60% aos 60 dias (VARAGO et al., 2008) Essa reduzida eficiência reprodutiva de receptoras de embriões está ligada principalmente às falhas no processo do reconhecimento materno da gestação. Essas falhas podem estar relacionadas aos fatores nutricionais, estresse calórico, anormalidades cromossômicas do

17 2 embrião, sincronia doadora-receptora e concentrações plasmáticas de progesterona nas receptoras. Em bovinos, uma insignificante proporção de infertilidade tem sido sido atribuída ao funcionamento inadequado do corpo lúteo (CL). O inadequado funcionamento do CL, também chamado de deficiência lútea ou disfunção lútea, é caracterizado por ciclo estral de duração normal e baixa concentração periférica de progesterona. Umas deficiência na secreção desse esteróide poderia contribuir para perdas embrionárias (FONSECA et al., 2001). Segundo Mann; Lamming (1999), a concentração de progesterona maternal não pode ser considerada como fator determinante absoluto de perdas embrionárias precoce, pois o sucesso ou a falha na gestação depende também de outros fatores. Diversos estudos demonstram a necessidade de se manter concentrações plasmáticas de progesterona dentro da normalidade ou até aumentadas para melhorar as sinalizações maternofetal para o reconhecimento da gestação. Sendo assim, estratégias utilizando análogos de Hormônio Liberador de Gonadotrofina (GnRH), Gonadotrofina Coriônica Equina (ecg) e Gonadotrofina Coriônica Humana (hcg) com intuito de modular a dinâmica folicular, melhorar a função do corpo lúteo original e possibilitar a formação de um corpo lúteo acessório têm sido utilizadas para incrementar a taxa de concepção de receptoras de embriões (RODRIGUES et al., 2003, CHAGAS e SILVA et al., 2005; NASSER et al., 2005). Segundo Baruselli et al. (2000) a área do CL influencia a concentração plasmática de P4 e a taxa de concepção de receptoras de embrião bovino Bos taurus indicus x Bos taurus taurus. Desta forma avaliar o efeito do tratamento com GnRH em receptoras de embriões com classificação prévia de CL seria bastante interessante, já que as menores taxas de concepção se devem às receptoras com CLs pequenos, ou seja, de qualidade regular. Em virtude de ausência de pesquisas nesse sentido, objetivou-se com este trabalho avaliar a influência da administração de um análogo de GnRH, no momento da inovulação, na taxa de concepção de receptoras de embriões bovinos, com CL previamente classificado.

18 3 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Fisiologia ovariana bovina O processo de foliculogênese, crescimento e maturação folicular, tem início com a formação de folículos durante a vida fetal, ou seja, as fêmeas já nascem com um determinado número de folículos primordiais nas suas gônadas que compõe o estoque de folículos formados durante a fase fetal e que vão se desenvolver durante sua vida (GONÇALVES; FIGUEIREDO; FREITAS, 2008). O ciclo estral é o ritmo funcional dos órgãos genitais femininos que se estabelece a partir da puberdade. Compreende as modificações cíclicas que ocorrem na fisiologia e na morfologia dos órgãos genitais assim como no perfil dos hormônios relacionados. É caracterizado por um período entre dois estros, mais ou menos regulares e duração média de 21 dias, variando de 17 a 25 dias em fêmeas bovinas, havendo similaridade entre taurinos e zebuínos (SIROIS; FORTUNE, 1988). Esses ciclos ovarianos são expressos por padrões de proliferação celular, diferenciação e transformação que acompanham o desenvolvimento folicular e formação e regressão do corpo lúteo. As gonadotrofinas e o hormônio do crescimento são reguladores primários da maturação folicular final e função do corpo lúteo (SCHAMS; BERLAHA, 2004). Segundo Ginther et al. (1989), o processo contínuo de crescimento e regressão de folículos antrais que leva ao desenvolvimento do folículo preovulatório no ovário é conhecido como dinâmica folicular. O desenvolvimento do ciclo estral e consequente crescimento folicular é regulado por mecanismos endócrinos e neuroendócrinos principalmente os hormônios hipotalâmicos, hipofisários (gonadotrofinas) e os ovarianos (esteróides), deste modo, requer um delicado balanceamento entre as complexas interações hormonais, podendo ser denominados de mecanismos de feedback.

19 4 A dinâmica folicular ocorre por meio de ondas de crescimento e cada onda possui três fases: recrutamento, seleção e dominância folicular. A maioria das fêmeas bovinas possuem um padrão de duas a três ondas foliculares (SIROIS; FORTUNE, 1988), porém eventualmente podem ser observados animais com uma, quatro ou cinco ondas foliculares (VIANA, et al., 2000; EVANS, 2003). Sob influência do Hormônio Folículo Estimulante (FSH), um pool de pequenos folículos antrais são recrutados e iniciam o crescimento até atingirem em torno de 4 mm de diâmetro (dias 1 a 2 do ciclo estral). Após o declínio do FSH e cerca de 2 a 3 dias do ciclo estral, poucos folículos do recrutamento original continuam o crescimento até que somente um único folículo (folículo dominante; FD) é selecionado enquanto os demais tornam-se estáticos e sofrem atresia via apoptose (folículos subordinados). O FD recém selecionado demonstra capacidade de crescimento e estereoidogênese, especificamente aumentando a secreção de estradiol (E2), mesmo em baixos níveis de FSH. Após a seleção, o FD cresce mais que os outros folículos ovarianos (de 8,5 mm ao final da seleção para 12 a 20 mm), sendo responsável pela alta secreção de E2 que manterá baixas as concentrações de FSH, previnindo uma outra onda de crescimento. Não é comum que o primeiro FD continue o crescimento e síntese de E2 por mais de 3 a 4 dias, pois a presença de um corpo lúteo (CL) ativo no ovário e secreção de progesterona (P4) regula negativamente o padrão de pulsos de Hormônio Luteinizante (LH) e o FD dependente de LH também se torna atrésico. O declínio da secreção de E2 no dia 6 promove uma perda de dominância entre os dias 7 e 8 causando outro aumento transitório de FSH, emergência de uma nova onda folicular e seleção de um novo FD enquanto o antigo FD regride. Se a luteólise ocorre durante o período de dominância do segundo FD, este poderia ovular, entretando, se o CL está ainda ativo suprimindo a frequência de pulso de LH, o mesmo sofreria atresia (MIHM, et al., 2002). Ao se desenvolver, o FD secreta quantidades crescentes de E2, que por retroalimentação positiva sobre o hipotálamo, desencadeia a liberação de GnRH e o consequente pico de LH, promovendo a ovulação. Vale ressaltar que o folículo dominante somente ovula na ausência de um CL ativo no ovário, ou seja, quando em condições de baixa progesteronemia (GINTHER et al., 1989; LUCY, 1992). Após a ovulação e por ação do LH, as células foliculares se luteinizam, formando o corpo lúteo (MILVAE et al., 1996). Na espécie

20 5 bovina o crescimento do CL é extremamente rápido, que segundo Bertran et al. (2006) é resultante do crescimento, diferenciação, reorganização e luteinização das células da teca e granulosa remanescente do folículo ovulatório (Figura 1). Acredita-se também que outros moduladores tais como a inibina e o fator de crescimento semelhante a insulina tipo I (IGF-I), encontrados em maiores quantidades no folículo dominante, são responsáveis por exercer ação negativa sobre o eixo hipotalâmico-hipofisário, suprimindo o crescimento folicular pela inibição da secreção de FSH (FORTUNE et al., 2001; MIHM et al., 2002). Durante o crescimento folicular a síntese de E2 é resultante de um trabalho coordenado entre as células foliculares da teca (CT) e granulosa (CG). O modelo de esteroidogênese mais aceito foi proposto por (FORTUNE; QUIRK, 1988). Nesse modelo a ligação do LH aos receptores existentes nas células da teca estimula a atividade da enzima P450 17α-hidroxilase, que atua na conversão da pregnenolona em androstenediona, sendo as células da granulosa incapazes de realizar tal conversão. A androstenediona é metabolizada em 17-β-estradiol (E2) pela enzima P450 aromatase, presente exclusivamente nas células da granulosa.

21 6 HIPOTÁLAMO GnRH Feedback positivo do estradiol Feedback negativo da inibina na secreçao de FSH FSH LH ADENO- HIPÓFISE Feedback negativo da progesterona Folículo OVÁRIO Luteólise Crescimento Luteinização PGF2α Maturação Estrógeno Ovulação Ocitocina Progesterona Comportamento do estro Alterações de estro ÚTERO Alterações progestacionais Figura 1. Esquema representativo do mecanismo de controle da reprodução (eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal) em fêmeas bovinas (PTASZYNSKA, 2003). O folículo possui uma camada avascular de células granulosas envolvidas por uma membrana basal, uma camada da teca interna e outra de teca externa. A ovulação nos mamíferos é semelhante ao processo inflamatório e ocorre durante os primeiros estágios de luteinização que é iniciado pelo pico pré-ovulatório de LH. Durante este processo a membrana basal do folículo se rompe e o oócito, junto com o fluído folicular são eliminados, criando uma cavidade para o desenvolvimento do CL a partir de células da teca e granulosa que invadem a cavidade folicular (HAYASHA et al., 2006), onde crescem (hipertrofia) e se dividem (hiperplasia), formando as pequenas células luteais (SLC Small Luteal Cells) e as grandes células luteais (LLC Large Luteal Cells), respectivamente. Estas transformações das células da teca e granulosa é referida como luteinização e representa o estágio final de desenvolvimento dessas células.

22 7 O CL é uma estrutura glandular transitória que tem a capacidade de sintetizar vários hormônios, principalmente a progesterona (P4). A cada ciclo estral as células esteroidogênicas luteais, sintetizam e liberam P4 na circulação sistêmica com o objetivo de iniciar um processo de quiescência na contratilidade do miométrio e desenvolvimento glandular do endométrio. Essas modificações propiciam um meio uterino adequado para o desenvolvimento de um ou mais conceptos, dependendo da espécie. É um tecido heterogêneo, além de células endoteliais (CE), LLC e SLC, o mesmo é composto por fibroblastos, células de músculo liso e do sistema imune (WILTBANK, 1994; FIELDS; FIELDS, 1996; SCHAMS; BERLAHA, 2004). A SLC se caracterizam por medirem menos que 20 µm, liberarem baixas concentrações de P4 e serem responsivas ao LH, já as LLC medem de 20 a 30 µm, produzem altas quantidades de P4 e não serem responsivas ao LH. Um estudo avaliou a porcentagem das LLC e SLC entre os dias 3 a 5, 10 a 12, 15 a 18 e 19 a 20 do ciclo estral e determinou porcentagens de 1,6, 5,1, 4,5 e 2,2% para as LLC e de 98,3, 95, 95,4 e 97,7% para as SLC, respectivamente. Observaram que as LLC mesmo presentes em pequena porcentagem ocupam aproximadamenre 70% da área total do CL e secretam 85% da P4 produzida pelo CL. Evidenciaram que algumas SLC são transformadas em LLC em corpos lúteos maduros. A reorganização celular, objetivando o preparo das células luteais para a síntese crescente de P4 ao longo do ciclo estral, também foi caracterizada por uma diminuição na expressão das enzimas que convertem P4 em E2 (P450 17α-hidroxilase e P450 aromatase), por um aumento na expressão das enzimas necessárias para a conversão do colesterol em P4 (P450scc e a 3β-HSD) e aumento das proteínas transportadoras de colesterol para o interior da membrana mitocondrial (FORTUNE; QUIRK, 1988; NISWENDER et al., 2000). A regulação da formação do CL pode estar direta ou indiretamente ligada à fatores de crescimento voltados para a geração de uma nova rede de vasos sanguíneos (angiogênese) pela migração e proliferação das CE de vasos pré-existentes. Os fatores de crescimento mais importantes parecem ser o fator de crescimento endotelial vascular A (VEGF A), os fatores de

23 8 crescimento semelhantes à insulina (IGF-I e IGF-II) e o fator de crescimento fibroblástico (FGF-I e FGF-II) (SCHAMS; BERLAHA, 2004). O decréscimo de IGF-I plasmática, gera uma redução no tamanho do CL em animais com deficiência de receptores para o hormônio do crescimento (GH), isso porque esse hormônio é o responsável pela liberação de IGF-I. Esse efeito negativo sobre o CL se deve ao fato de que o IGF-I é responsável por incrementar a síntese de progesterona em cultivo de células luteais (CHASE et al., 1998). Além disso, após a indução da luteólise há um significativo aumento de IGF-I plasmática, isso porque a redução da P4 estimula a produção de RNAm para IGF-I, esse mecanismo seria uma tentativa do organismo de conter a rápida redução da P4 e com isso salvar a gestação (HASTIE; HARESIGN, 2006). O substrato para a produção de P4 é o colesterol, sintetizado principalmente pelo fígado e transportado para tecidos esteroidogênicos nas formas de lipoproteínas de alta densidade (HDL) e baixa densidade (LDL) e os ésteres de colesterol. Essas lipoproteínas constituem as fontes mais comuns de disponibilidade de colesterol para a produção dos hormônios esteróides no CL. A captura da LDL pelas células esteroidogênicas luteais ocorre por endocitose, uma via bastante eficiente que contribui para captura de grande quantidade de colesterol, pois cada molécula de LDL disponibiliza aproximadamente moléculas de colesterol. O HDL extracelular encontra-se conjugado às proteínas do plasma, tal complexo se liga à membrana celular promovendo o transporte do HDL para dentro da célula. O colesterol disponível no citosol da célula é utilizado como substrato para a esteroidogênese. O colesterol é transportado para a membrana mitocondrial por proteínas específicas. Na membrana mitocondrial interna o colesterol interage com a enzima P450scc transformando-se em pregnenolona. Esta é transportada para o retículo endoplasmático liso e por ação da enzima 3β-HSD é convertida em P4 (Figura 2; NISWENDER et al., 2000; AYAD et al., 2007).

24 9 Figura 2. Rota para biosíntese de Progesterona na célula luteal genérica. Três fontes de colesterol podem ser usadas como substrato: (1) proteína de baixa densidade (LDL); (2) proteína de alta densidade (HDL); ou a hidrólise de estoques de ésteres de colesterol pela colesterol esterase (CE). O colesterol livre é transportado para a mitocôndria aparentemente com o envolvimento de elementos do citoesqueleto e proteínas carreadoras de esterol. O colesterol é transportado para o interior da membrana mitocondrial, e este processo parece envolver a proteína esteroidogênica regulatória aguda (StAR), receptores benzodiazepínicos periférios e endozepinas. O colesterol é convertido em pregnenolona pela citocromo P450 (4), transportado para o exterior da mitocôndria e é convertido a progesterona pela 3β-HSD (5) que está presente no retículo endoplasmático liso. A progesterona deixa a célula, aparentemente, por difusão. ACAT: acetil coenzima A; colesterol aciltransferase (NISWENDER, 2002). Segundo Niswender (2002), três proteínas essenciais estão envolvidadas no transporte do colesterol para a membrana mitocondrial, sendo elas: a proteína de regulação aguda da esteroidogênese (StAR; Steroidogenic Acute Regulatory Protein ), o receptor

25 10 benzodiazepínico tipo periférico (PBR) e a endozepina, uma ligante natural da PBR. A StAR se ligaria ao colesterol no citoplasma e o transportaria para a membrana mitocondrial externa. O PBR conjugaria com esse colesterol realizando o transporte para membrana mitocondrial interna. A endozepina também parece estar envolvida na regulação da taxa de transporte do colesterol para a membrana interna e no papel inicial dos efeitos estimulatório da Proteína Kinase A (PKA) sobre a esteroidogênese. O transporte do coletesterol para a membrana mitocondrial é dependente da fosforilação da proteína StAR e PBR. Elas possuem dois sítios de fosforilação, um fosforilado pela PKA e outro pela Proteína Kinase C (PKC). A ligação do LH a receptores específicos nas SLC estimula a fosforilação da StAR e do PBR pela PKA, favorecendo o aumento no transporte de colesterol. Em contrapartida a ligação do LH a receptores específicos nas LLC não aumenta a secreção de progesterona. Assim, o LH parece modular a síntese de P4 não pelo aumento na expressão de enzimas esteroidogênicas mas por facilitar a disponibilidade e o transporte de colesterol do citoplasma para a membrana mitocondrial. Durante a luteólise, a protaglandina F2α (PGF2α) exerce um efeito contrário ao LH na célula luteal, pois estimula a fosforilação da StAR pela PKC, contribuindo para a redução no transporte do colesterol para a membrana mitocondrial e causando um influxo de cálcio (Ca ++ ) levando à degeneração celular (Figura 3; NISWENDER, 2002).

26 11 Figura 3. Modelo proposto para as rotas de segundo mensageiro envolvidos na regulação das SLCs e LLCs. Nas pequenas células luteais, a adesão do LH ao seu receptor ativa a rota de proteína quinase A segundo mensageiro, que estimula a síntese de progesterona. A ativação farmacológica da PKC inibe a síntese de progesterona nas pequenas células luteais, embora os fatores que ativem a PKC não estão elucidados. Nas grandes células luteais, a adesão do LH aos seus receptores não aumentam as concentrações intracelulares de camp ou o aumento da síntese de progesterona. A adesão da PGF2α aos seus receptores, ativam a PKC, que apresenta efeito inibitório para a síntese de progesterona e causam influxo de Ca ++ permitindo a degeneração celular. AC: adenilato ciclase; DAG: diacilglicerol; Gp: proteína G que causa a estimulação da fosfolipase C; Gs: proteína G que causa a estimulação da adenilato ciclase; IP3: inositol 1,4,5-trifosfato; PIP2: fosfatidilinositol 4,5-bifosfato; PLC: fosfolipase C (NISWENDER, 2002) Prostaglandina F2α (PGF2α) As prostaglandinas são consideradas compostos ecosanóides bioativos derivados de ácidos graxos com 20 carbonos, que desempenham funções por ações parácrinas e autócrinas em

27 12 diversos órgãos e tecidos do organismo. O ácido aracdônico (AA) é armazenado na forma de fosfolipídios da membrana celular, e é o principal precursor das PGs. A primeira etapa envolvendo a formação das PGs é a liberação hidrolítica do AA mediado pelos membros da família das enzimas fosfolipase A2 (PLA2), que se ligam aos fosfolipídios de membrana, sendo o Ca ++ essencial nesse processo, não para a atividade enzimática, mas para a ligação com os fosfolipídios de membrana e a ativação da proteína kinase C (PKC), que juntos fosforilam PLA2 que cliva o AA. A membrana nuclear e o retículo endoplasmático liso são os principais locais para o metabolismo do AA iniciado pelas PLA2 em células ativadas. Esses são os principais locais para ação da enzimas ciclooxigenases (COX) e algumas sintases terminais. Após o processo de liberação, os AA são convertidos em PGH2 pela ação da prostaglandina G/H sintase (PGHS), que também é conhecida como COX, e está situada na superfície luminal do retículo endoplasmático e membrana interna e externa do envoltório nuclear. Após a biossíntese da PGH2, esta é convertida em PGF2α pela ação PGF sintetase. Assim como as outras PGs, a PGF2α também é liberada imediatamente após sua síntese e não são armazenadas (GOFF, 2004). As ações das PGs são de extrema importância nas funções reprodutivas das fêmeas. Dentre essas funções estão a ovulação, luteólise, estabelecimento e manutenção da prenhez e parto (BANU et al., 2005). É de amplo conhecimento que a PGF2α é o principal fator luteolítico in vivo em bovinos (SILVIA et al., 1991; THATCHER et al., 2001) e a distinção entre mudanças funcionais e estruturais faz-se necessário para entender o processo como um todo. As LLCs provavelmente respondem ao sinal luteolítico, mas as comunicações entre LLCs e SLCs, bem como entre células luteais e não luteais, parecem ser requeridas para a regressão completa se proceder (FERNANDES; FIGUEIREDO, 2007). Dentre as não luteais, as células endoteliais e seus produtos, como a endotelina-1 (ET-1) são necessárias para a manifestação dos efeitos luteolíticos da PGF2α. Essa proteína é um potente vasoconstritor, inibe atividade esteroidogênica, reduz o fluxo sanguíneo durante a luteólise inicial pela constrição arteriolar,

28 13 leva a hipóxia, e, por conseguinte a apoptose celular. A ET-1, que revestem os vasos sanguíneos, apresenta receptores específicos nas LLCs e SLCs (MILVAE, 2000). Segundo Korzekwa et al. (2008), os mecanismos que induzem a regressão luteal incluem a redução na síntese de P4, a diminuição da expressão de receptores de hormônios luteotrópicos, a redução na captação de colesterol pelas células, a inibição do transporte através das células e/ou em toda membrana mitocondrial, a inibição da expressão e atividade das enzimas esteroidogênicas, que são requeridas para a biossíntese de P4 e finalmente, o aumento da concentração de cálcio (Ca ++ ) livre em ambos tipos de células luteais esteroidogênicas. Durante o período de luteólise em ovinos, a ocitocina (OT) desempenha um papel fundamental, entretanto em bovinos, depois de estudos utilizando o CAP-527 (antagonista para o receptor de OT) antes e durante o período de luteólise, a fase luteínica e o ciclo estral não foram alterados. Assim, pode-se sugerir que em bovinos, que a OT desempenha um papel facilitador e não essencial para o desencadeamento da luteólise, modulando a amplitude dos pulsos de PGF2α durante a luteólise (KOTWICA et al., 1999; OKUDA; MIYAMOTO; SKARZINKY, 2002). Em ruminantes, aproximadamente 98% da PGF2α produzida pelo útero é metabolizada em 13, 14-diidro-15-ceto-prostaglandina F2α (PGFM) na primeira passagem pelos pulmões. A PGFM possui uma meia-vida de oito minutos na circulação periférica. A PGF2α, PGE ou ambas são carreadas pela vias vasculares endometriais para o ovário e transportada para a artéria ovariana através do caminho veno-arterial local denominado de plexo útero-ovariano (BANU et al., 2005). De modo geral, o processo de luteólise se dá pela liberação de OT da neurohipófise, que estimula a liberação de PGF2α pelo endométrio e esta por sua vez, desencadeia a liberação de OT pelo CL, que promove a liberação de PGF2α endometrial, caracterizando um sistema de

29 14 retroalimentação positiva. Neste modelo, a luteólise tem início devido ao aumento do número de receptores para OT (OTR) no endométrio, induzido principalmente pelo E2. De fato, demonstrou-se com uma série de estudos in vivo que o E2 é capaz de estimular a expressão de receptores endometriais de OT (BERTAN et al., 2006). Segundo Goff (2004), o tratamento in vivo com E2 induz um aumento inicial na expressão de OTR, porém se o tratamento é continuado por vários dias, diminui a concentração de OTR, ou seja, o E2 causa um aumento da expressão de OTR por um curto período, porém esse efeito não pode ser mantido por mais de 2 dias. De acordo com Banu et al. (2003), foi evidenciada a existência de uma proteína transportadora de PGF2α em fêmeas bovinas. Essa proteína interage com a PGF2α, transportando-a pelas vias vasculares do endométrio para o ovário. No endométrio a expressão do RNAm para tal proteína foi baixo entre os dias 1 e 9, moderado entre os dias 10 a 15 e máximo entre 16 e 18 do ciclo estral, coincidindo com a luteólise. É bem determinado que a PGF2α não induz a luteólise nos primeiros cinco dias do ciclo estral, quando o CL está na fase inicial de desenvolvimento. Essa carência de responsividade do CL não é atribuída a uma deficiência de receptores, pois os mesmos estão expressos. Sugere-se então, sugerir que existe uma incompleta vascularização do CL ou incompleta diferenciação dos mecanismos degenerativos nas células luteais (FERNANDES; FIGUEIREDO, 2007). Existem ainda, evidências da participação do sistema imune na luteólise. No modelo de regressão estrutural do CL em ruminantes, segundo Meidan; Milvae; Weiss (1999), as células endoteliais apresentam receptores para a PGF2α e quando estimuladas pela PGF2α promovem o recrutamento e a migração de monócitos para o CL. A migração e maturação dos macrófagos é acompanhada pela ativação da fator de necrose tumoral α (TNFα) que ligado a seu receptor específico presente na maioria das células que constituem o CL desencadeando a apoptose. As células imunológicas produzem citocinas que podem modificar a síntese de P4 e prostaglandinas

30 15 pelas células luteais. Podem apresentar também efeito citotóxicos diretos, e as células mortas são fagocitadas por macrófagos. Também, fatores secretados pelas células luteais podem servir como quimiostáticos para as células imunes, aumentando ou suprimindo suas funções (PATE, 1996) Reconhecimento materno da gestação e o bloqueio da luteólise Entende-se por placentação a forma como as membranas associadas ao embrião ou feto se desenvolvem e se ligam ao endométrio. Nos ruminantes artiodáctilos (bovinos, caprinos, ovinos e cervídeos) a placentação é do tipo sinepiteliocorial quanto as camadas teciduais da barreira materno-fetal, um processo de implantação levemente invasivo, em que seis camadas teciduais, endotélio materno, tecido conjuntivo materno, epitélio materno, trofoblasto, tecido conjuntivo embrionário e endotélio embrionário, estabelecem limites entre as circulações fetal e materna. Observa-se que a evolução quanto ao tipo de placentação nas espécies mamíferas tem determinado o mecanismo pelo qual o concepto deve sinalizar sua presença a mãe. Associada à placentação, desenvolve-se a implantação embrionária, processo determinante no estabelecimento da comunicação materno embrionária em cada espécie (HAFEZ;HAFEZ, 2004; MARQUES et al., 2007). A implantação do embrião junto ao útero materno é uma adaptação embrionária associada com a viviparidade, requerida para sustentar a nutrição e proteção do concepto durante a gestação e o reconhecimento materno se dá no período pré-implantação (MARQUES et al., 2007). A sinalização entre o concepto e o organismo materno é importante para vários aspectos da prenhez. O embrião é capaz de interferir na fisiologia materna já no início da prenhez (GOFF, 2002). Essa capacidade de sinalização, pelo qual o concepto libera uma substância capaz de bloqueiar a secreção de PGF2α e assim manter a síntese e liberação da P4, prolongando o período funcional do CL. De acordo com Santos et al. (2004), a progesterona é essencial para o

31 16 orquestramento do ambiente histotrófico e para a nutrição do concepto, sendo o mais importante efeito da P4 o bloqueio da luteólise, pois é determinante no aumento do desenvolvimento do concepto. A P4 também inibe a luteólise pela diminuição da sensibilidade dos receptores de OT. Binelli; Thatcher (1999) afirmaram que durante o período crítico, as células epiteliais do endométrio seguem uma programação pré-estabelecida para liberar pulsos luteolíticos de PGF2α a menos que o concepto envie sinais anti-luteolíticos apropriados para bloquear a secreção de PGF2α. A principal substância secretada pelo concepto para o reconhecimento materno da gestação é uma glicoproteína produzida pelas células mononucleadas da trofoectoderme, ou seja, são secretadas pelo trofoblasto, inibindo assim a secreção pulsátil de PGF2α (THATCHER et al., 2001; SANTOS et al., 2004; AYAD et al., 2007). Essa substância denominada de interferon- τ (INF- τ) tem seu mecanismo de ação baseado na supressão da expressão dos receptores endometriais para a OT e também a competição pelos sítios de ligação desses mesmos receptores, culminando na inibição da síntese de PGF2α (DEMMERS et al., 2001), e além disso, o INF- τ causa produção de proteínas pelas glândulas uterinas, que acredita-se ser importante para a sobrevivência embrionária pré-implantação (SENGER, 1999). Nos bovinos observa-se a secreção de INF- τ por volta do sétimo dia de gestação, atingindo pico máximo entre os 14 e 18, além disso essa produção de INF- τ se faz necessária para que o blastocisto evolua da forma esférica para a tubular, num rápido alongamento, com a formação das membrana embrionárias antes mesmo da implantação. Assim o reconhecimento materno é estabelecido por meio de mecanismo bioquímicos, morfológicos e fisiológicos (MARQUES et al., 2007). Segundo Ayad et al. (2007), uma maior concentração de P4 poderia promover um ambiente uterino mais adequado para o desenvolvimento embrionário, resultando em um maior concepto

32 17 e que produz mais proteínas trofoblásticas, tais como o INF- τ e as glicoproteínas associadas a prenhez (PAGs), que diferente do INF- τ atinge a circulação maternal e estão sendo usadas para diagnósticos de prenhez. De acordo com Fields; Fields (1996), a concentração plasmática de P4 durante a fase luteal, afetou o volume das secreções uterinas, a taxa de desenvolvimento do concepto e a capacidade do concepto de sintetizar INF- τ. Foi também demonstrado por Kerbler et al. (1997) uma tendência para a elevação na síntese de INF- τ pelo concepto oriundo de novilhas tratadas com hcg e que concentrações plasmáticas de P4 estiveram positivamente correlacionadas com a síntese de INF- τ pelo embrião, sugerindo que maiores concentrações maternas de P4 podem propiciar uma ambiente mais adequado para o desenvolvimento do mesmo Transferência de embriões e mortalidade embrionária O período embrionário é definido como período que compreende desde a concepção até os estágios finais da diferenciação celular, por volta de 42 dias na espécie bovina. Esse período é seguido pelo período fetal, que se encerra com o término da gestação. Estudos realizados na década de 70 permitiram a observação de que os principais desafios biológicos para o estabelecimento da prenhez nos rebanhos bovinos ocorre no período embrionário, especialmente, entre os dias 15 e 19 após a fecundação, período que posteriormente foi designado como período crítico (BINELLI et al., 2001). Segundo Goff (2002), a importância do período crítico está relacionada a alta incidência de perdas embrionárias, que provocam decréscimo na eficiência reprodutiva do rebanho e causam impacto econômico. Em vacas leiteiras a média na taxa de nascimento por inseminação situa-se em torno de 55%, indicando assim uma perda embrionária e fetal em torno de 40%, sendo que normalmente a taxa de fertilização situa-se em 90% (GÁBOR et al., 2008). A taxa de concepção de receptoras de embriões situa-se em torno de 50% em protocolos de transferência de embriões

33 18 (TE) convencional, variando conforme fatores relacionados com qualidade morfológica do CL avaliado (CHALHOUB et al., 2007; RIBEIRO FILHO et al., 2007; SILVA et al., 2007), qualidade embrionária (SANTANA, et al., 2007), estágio de desenvolvimento embrionário (PORTELA et al., 2007), intervalo entre a coleta e a inovulação (FEITOSA et al., 2008) e morfologia da cérvix, do tonus uterino e do local de deposição do embrião (RODRIGUES et al., 2008). As doenças caracterizadas por hipertermia e/ou aquelas que se instalam no ambiente uterino reduzem a sobrevivência embrionária e fetal. O momento de grande susceptibilidade aos vários agentes infecciosos coincide com a perda da zona pelúcida pelos embriões, ou seja entre 8 e 9 dias após a fertilização. Apesar da importância das doenças infecciosas, a maioria, cerca de 70% da mortalidade embrionária têm origem não infecciosa (CHRISTIANSON, 1992). Vários fatores não infecciosos podem influenciar direta ou indiretamente a taxa de sobrevivência embrionária após TE, como anormalidades cromossômicas, efeito da doadora, estádio e qualidade dos embriões transferidos, método e local de transferência, sincronia doadora-receptora, estado nutricional, concentrações séricas de P4 da receptora e estresse calórico (GALIMBERTI et al., 2001). Bovinos que não apresentam problemas de parto e se matém em um estado nutricional adequado, normalmente voltam a ciclar 50 dias pós-parto. A nutrição é fator chave em todos os aspectos da reprodução e principalmente para receptoras de embrião. O escore de condição corporal (escala 1 a 5; 1, extremamente magro; 5, extremamente gordo) influencia a taxa de concepção em receptoras de embrião, com resultados significativamente melhores em animais com escore 2 e 3 (53 e 55% respectivamente) em relação ao escore 1 (44%) e resultados intermediários com escore 4 ou maior (47%) (LOONEY et al., 2006).

34 19 Segundo Portela et al. (2007), as taxas de concepção para mórula compacta, blastocisto inicial e blastocisto foram, respectivamente, 47,55%, 54,79% e 54,46%. Santana et al. (2007) demonstraram que as taxas de concepção de embriões de qualidade excelente, boa e regular diferem significativamente, com resultados de 55%, 41,25% e 39,32% respectivamente. Esses dados corroboram com estudos realizados por Mann; Lamming, (1999), pois o embrião inicia a produção de INF- τ quando a blastocele é formada, além do que, embriões de qualidade excelente e boa produzem maior quantidade de INF- τ quando comparados com embriões de pior qualidade. Looney et al. (2006) observaram taxas de concepção maiores em receptoras de embriões que tiveram seu estro coincidindo com a doadora ou 12 a 24 h antes quando comparadas com receptoras que demonstraram estro 12 h após a doadora. Rodrigues et al. (2007) também demonstraram a influência da sincronia doadora-receptora sobre as taxas de concepção de receptoras, sendo estas 43,6%, 41,5% e 37,6% para embriões invulados no D0, D+1 e D-1 respectivamente, não havendo diferença estatística entre o embriões D0 e D+1. O aumento da concentração de progesterona na circulação com o intuito de melhorar a taxa de concepção tem sido estudada por vários pesquisadores porém, a administração de agentes luteotrópicos durante o ciclo estral tem produzido diferentes resultados sobre a taxa de concepção, como é caso da administração de gonadotrofina coriônica equina (ecg). Nogueira et al. (2004) demonstraram que atualmente existe um declínio na taxa de concepção em receptoras de embriões que receberam 400 ou 600 UI de ecg comparado com o grupo controle quando administrado ecg 2 dias antes da PGF2α (dias 7 a 12 do ciclo estral) e Solano et al. (2004) observaram que existe uma grande variação na concentração plasmática de P4 em receptoras de embriões gestantes, desde 0,58 a 16 ng/ml, indicando que a P4 no dia da TE não pode estar correlacionada com a taxa de gestação. Entretanto Bó et al. (2002) relataram uma melhoria na taxa de concepção de receptoras com múltiplos CLs e com concentração plasmática de P4 aumentada induzida pela administração de ecg na emergência da onda folicular. A onda folicular foi sincronizada com implante de P4 e administração de estradiol, passados 5 dias

35 20 foram administrados ecg e PGF2α, remoção do implante no dia 8, estradiol no dia 9, e TE em tempo fixo no dia 17. Baruselli et al. (2001) demonstraram que o tratamento com ecg quatro dias antes do estro aumentou o número de ovulações, a P4 plasmática, e a taxa de concepção em receptoras Bos indicus cruzadas sincronizadas com implantes de P4, benzoato de estradiol, e PGF2α e embriões transferidos sem detecção de estro. Apesar das controvérsias entre várias pesquisas realizadas, estratégias para solucionar os problemas relacionados com a manutenção e/ou elevação de concentração plasmática de P4 ainda são bastante abordadas em recentes pesquisas. Incluem nesse contexto a utilização de Flunixin Meglumine (FREITAS, 2007) e também a administração de análogos de GnRH em programas de IATF e TE (BARTOLOME et al., 2005) GnRH e seus análogos, importância no desempenho reprodutivo A reprodução é um fator crítico para a manutenção e aumento da eficiência produtiva e entender o mecanismo que controla as funções reprodutivas em animais domésticos é de suma importância. O GnRH assume importância como uma molécula chave para o controle da reprodução, sendo liberado no portal dos vasos hipofisários, regulando assim a síntese e secreção das gonadotrofinas, FSH e LH (SCHNEIDER et al., 2006; SZENCI et al.,2006; OKAMURA; OHKURA, 2007). O primeiro tratamento com GnRH é destinado para indução da ovulação do folículo dominante e com isso provocar uma emergência de uma nova onda folicular. Entretanto a ovulação não ocorre com frequência em resposta ao primeiro tratamento com GnRH; aproximadamente 50% de vacas de corte tratadas com GnRH ovularam. Isso acontece provavelmente devido ao diâmetro do folículo no momento da administração do GnRH, que está relacionado à expressão de receptores de LH nas células da granulosa. A expressão de receptores ocorre no momento do

36 21 desvio folicular, aproximadamente 3 dias após a emergência da onda folicular, quando o folículo dominante já atingiu 8,5 mm de diâmetro (COLAZO et al., 2008). Diversos análogos de GnRH (Buserelina, Gonadorelina, Fertirelina, dentre outros) têm sido sintetizados quimicamente, e nos bovinos as principais utilizações desses hormônios estão relacionadas com a sincronização de estro e luteinização de folículos em programas de TE e IATF. Neste caso é administrado com o intuito de modular o padrão de desenvolvimento folicular, prolongando a vida útil do corpo lúteo, e/ou também induzindo a formação de CL acessório (CLa); diminuindo a secreção de estradiol, reduzindo a intensidade do mecanismo luteolítico, ou seja, constituindo-se em alternativas que contribuem para melhorar as chances do embrião manter-se viável, produzindo INF- τ necessário para o reconhecimento materno da gestação (WILLARD et al. 2003). A maioria dos protocolos elaborados para aumentar a taxa de prenhez em vacas inseminadas artificialmente ou em receptoras de embrião teve por objetivo a otimização da função luteínica por meio de uma única aplicação de um único agente luteotrófico. Entretanto em razão das mudanças metodológicas e das circunstâncias específicas de cada estudo, nem sempre o uso de agentes luteotróficos causou aumento na taxa de prenhez, embora promovam a elevação da progesteronemia (MACHADO et al., 2006) Segundo Galimberti et al. (2001), a aplicação do agonista de GnRH (Buserelina) quatro dias após a inovulação não modificou a taxa de gestação em novilhas e/ou vacas receptoras de embriões. Portanto, o uso de um agonista de GnRH pode ou não incrementar a taxa de gestação em programas de TE e IATF, considerando que envolve uma complexa interação entre embrião, ambiente uterino e CL. Muitas vezes a P4 é suficiente em criar um ambiente uterino adequado para o embrião, porém o mesmo não consegue responder com a produção de INF- τ suficiente para bloquear os mecanismos luteolíticos, ou pelo contrário, a secreção de P4 está abaixo do

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