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1 Apresentação A questão do lixo é de vital importância para a sobrevivência do planeta e a qualidade de vida da população. Porém, vivemos numa sociedade onde a concentração econômica e as desigualdades sociais vêm crescendo a cada dia, agredindo direta e indiretamente o meio ambiente, notadamente nas cidades as quais, apesar de ocuparem 2% das terras do planeta, consomem 75% dos seus recursos naturais. As pessoas estão consumindo uma infinidade de produtos difíceis ou impossíveis de serem degradados. Com isso, a produção de lixo aumenta, contaminando e destruindo o solo, o subsolo, a água e o ar. A grande maioria não se preocupa para onde ele vai ou o que vão fazer com ele, o que fatalmente provoca um acúmulo de lixo no meio ambiente, alterando a qualidade de vida de todos os seres vivos. O Brasil joga fora 5,8 bilhões de reais, por ano, por não reciclar o seu lixo urbano. Dos quase municípios brasileiros, apenas 200 praticam algum tipo de coleta seletiva (DIAS, 2002). No Estado da Bahia são coletados diariamente ,3 toneladas de lixo, sendo que 60,4% desse total tem uma destinação inadequada (Indicadores de Desenvolvimento Sustentável, IBGE 2000). O impacto causado na natureza, devido à produção e destinação desordenada de lixo, tem levado a sociedade a buscar alternativas para minimizar a degradação do nosso ambiente e promover o bem estar da população. É preciso informar, sensibilizar e mobilizar o ser humano para a importância da mudança de atitude e de comportamento. Esta cartilha tem o objetivo de informar as pessoas da importância da reciclagem de lixo, do uso racional dos recursos naturais, da não geração do resíduo, incorporando, em suas relações sociais, valores e princípios que alterem a forma tradicional de seu cotidiano, dentro e fora da empresa. Assim, cada um de nós estará contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e para a preservação do nosso planeta. Como você pode ajudar nesse processo? Difundindo os conceitos aqui apresentados, destinando corretamente todo o lixo produzido dentro e fora da empresa e reduzindo a produção individual de lixo. COMPARTILHE ESSA IDÉIA!

2 A palavra lixo A palavra lixo tem origem do latim lix, que significa cinza. Antigamente na Europa a maioria dos resíduos domésticos vinham do fogão e da lareira, eram restos de lenha, carvão e cinzas. Já os restos dos alimentos eram utilizados para ração animal, como esterco para horta e pomar. As cinzas que deram nome a todos os resíduos domésticos ou residenciais eram aproveitadas para fabricar sabão. Lixo no local de trabalho A maioria das atitudes ecológicas iniciadas em casa, que muitos já executam, podem ser adotados no local de trabalho. Em vez de pronunciarmos desculpas, como: Não sou dono da empresa, imagine que nos escritórios também se desperdiça uma enorme quantidade de RECURSOS NATURAIS, e que muita economia pode ser feita por consciência própria do empregado em prol da mãe natureza. E para abordarmos o tema: COLETA SELETIVA DE LIXO temos que conhecer os porquês que nos levam a AÇÃO de SEPARAR, ainda na fonte, o nosso lixo, num gesto de inteligência, respeito e amor à vida. 2

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4 Origem do Lixo Deus criou três reinos para a mãe natureza. O Homem, pertencente ao reino animal, achou pouco e criou mais um, o reino plastical, portanto temos: O Lixo de origem MINERAL, VEGETAL, ANIMAL e SINTÉTICO (derivado do petróleo e sintetizado ou fabricado pelas indústrias petroquímicas). Classificação O Lixo é classificado de acordo com sua fonte de origem. Lixo Residencial: É o lixo produzido em nossas casas. Lixo Comercial: É o lixo produzido pelos estabelecimentos comerciais. É o nosso caso, o lixo que geramos nos escritórios da Coelba é nossa responsabilidade. Lixo Público: É o lixo produzido nas ruas, avenidas, praças, praias, feiras, etc. Temos também lixos gerados por ontes Especiais como: Serviços de Saúde, Industrial, Agrícola, Radioativo, Químico, etc. 4

5 Mineral Vegetal Animal Sintético Residencial Comercial Público Serviço de Saúde Industrial Químico, Radioativo, Etc. 5

6 Prejuízos causados pelo lixo 1. Poluição do espaço sideral (lixo espacial). 2. Poluição do Ar. Emissão de gases, poeiras, fumaças, Queimadas, etc.(lixo gasoso). 3. Poluição das Águas : Rios, Mares, Lagos, Oceanos, Geleiras e Lençóis Subterrâneos. 4. Poluição Visual. 5. Mau cheiro e odores na sua putrefação. 6. Deslizamento de terra (acumulada em topo de morros). 7. Assoreamento de rios, lagos e manguezais (podendo causar até a morte). 8. Inundações nas grandes cidades, entupimento ou obstrução de bueiros e bocas de lobo. 9. Provoca prejuízo à navegação. 10. Destruição da auna e lora (aquática e terrestre). 11. Acidentes terrestres (domésticos, Rodoviários) e aéreos (urubus). 12. Doenças através dos seus vetores (ratos, moscas, baratas mosquitos, etc), levando à Morte através das águas contaminadas. 6

7 Vetores do lixo INIMIGOS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS COMO SÃO TRANSMITIDAS RATO n Leptospirose n Hantavírus n Peste Bubônica n Tifo Murino n Salmonelose Pelas suas fezes, urina, pulga e mordida. * Em 1 ano a fêmea gera 98 novos ratos. BARATA n ebre tifóide n Cólera n Verminose n Doenças Gastrointestinais n Vírus da Poliomielite n Bactérias intestinais Pelas suas patas, asas, corpo e pelas fezes. * Em 01 ano e meio a barata gera novas baratas. MOSCA n Disenteria n ebre Tifóide n Salmonelose n Verminose n Outras bactérias e vírus intestinais. Pelas patas, asas, corpo, fezes e pela saliva. * 120 a 150 ovos por dia, ciclo reprodutivo de 12 dias até a fase adulta. MOSQUITO n Malária n Dengue n ebre Amarela n Leishimaniose Através da picada. 7

8 Conheça um ecoproduto 1. Produção não poluidora e materiais não tóxicos. 2. Não utilização de testes desnecessários com animais e cobaias. 3. Baixo consumo de energia durante a Produção/Distribuição/Uso/Disposição. 4. Embalagem mínima ou nula. 5. Possibilita o reuso ou reabastecimento. (refil) 6. acilita a coleta ou desmontagem após o uso. 7. Possibilita a remanufatura ou reutilização. Reciclar é igual a poupar energia A COELBA, como distribuidora de energia elétrica, sentese no dever de, além de educar o seu público consumidor, trabalhar internamente a Educação Ambiental de seus empregados e empreiteiros, para criar uma cultura ecológica através de atitudes e ações concretas, dar o EXEMPLO no seu próprio ambiente de trabalho, já que a energia hidroelétrica está intimamente ligada à questão ambiental. Veja quadro ao lado 8

9 Kg de ALUMÍNIO RECICLADO consome 15,4 Kwh de eletricidade - ECONOMIA de 95%. 1 Tonelada de PAPEL RECICLADO consome Kwh de eletricidade - ECONOMIA de 64%. Com o VIDRO RECICLADO se economiza 50% de eletricidade. RECICLANDO PLÁSTICOS gasta-se a metade da energia consumida para incinerá-lo. 9

10 Comportamento ideal na hora da compra 1. Recusar produtos derivados de espécies em EXTINÇÃO, ou proibidos por lei. 2. Levar em conta se é BIODEGRADÁVEL ou não. (Se decompõe na natureza, não polui) 3. Escolher produtos sem ALVEJANTES e CORANTES. (São poluentes) 4. Evitar produtos com empacotamento excessivo. (Geram mais lixo) 5. Preferir produtos com embalagens recicláveis e ou retornáveis. (Evitar lixo) 6. Admitir pagar um pouco mais que os concorrentes, devido a sua total qualidade ambiental. 7. Evitar descartável. 10

11 REPENSAR O objetivo deste trabalho é muito simples. Através da informação levar você a parar, pensar, refletir sobre este conteúdo e chegar a tomar uma decisão, a mais importante decisão: a da AÇÃO. Ser educado, portanto, não é o intelectual bem informado, ser educado é aquele que age e põe em prática o que lhe toca, o que lhe sensibiliza. Isto é, de fato aprender, guardar para si o que é bom, o que é lógico, o que é verdadeiro, o correto. REAPROVEITAR 4Rs REDUZIR Reduzir o consumo desenfreado, não comprar por impulso e sim pela verdadeira necessidade. Não se deixar levar pela propaganda consumista, e sim planejar sua compra. Diminuir ou RECICLAR Consertar o que está quebrado ou doar roupas e objetos que não estão em uso dando-lhe nova vida. Reutilizar para fins artesanais embalagens de metais, plásticos, papeis, borrachas, etc... Utilizar os dois lados do papel para escrever ou xerocar. É, portanto dar nova utilidade ou ampliar a vida útil daquele objeto. A reciclagem pode ser artesanal ou industrial. O material após separado é limpo e destruído, passando por processos físico-químicos, tomando a mesma ou outras formas, e utilidades distintas. Com isso gastase menos energia e água no processo. 11

12 A grande descoberta O exemplo da gigantesca corporação americana que fez recentemente um estudo sobre o conteúdo dos caixotes de lixo de seus escritórios administrativos. Todas as noites, durante uma semana, um grupo de trabalhadores despejavam os caixotes de lixo e faziam uma seleção de artigos, que haviam sido jogados pelos empregados da empresa durante o dia. Ao somar o valor de artigos tão pequenos como clips, elásticos, borrachas, lápis, canetas e muitos outros que tinham sido jogados fora durante a semana, somou-se cinqüenta e duas vezes. Com isso os membros da empresa descobriram que mais de U$ eram desperdiçados, jogados fora todos os anos. 12 Autor: J.Paul Getty

13 Separar para coletar seletivamente Quando misturamos o nosso lixo (cascas, papéis, latas, alimentos, vidros, plásticos, etc.) estamos inviabilizando o reaproveitamento e a reciclagem destas matérias primas, cada dia mais raras, sendo jogadas em lixões ou enterradas nos poucos aterros sanitários deste país. Portanto, este é o único caminho da humanidade e nós não podemos ficar a reboque da história contemporânea, pois nossas riquezas naturais precisam ser preservadas pela sobrevivência do planeta. A Coletiva Seletiva de lixo é a maior aliada da reciclagem. Tudo com a SEPARAÇÃO dos materiais recicláveis na onte Geradora, ou seja, no próprio local onde são produzidos. Após a separação, os materiais são coletados e encaminhados para o beneficiamento. Este sistema facilita a reciclagem, porque os materiais estarão mais limpos e, conseqüentemente, com maior potencial de reaproveitamento. 13

14 Vantagens da coleta seletiva 1. Oportunidade de mudança de comportamento, de praticar cidadania, incentivando o respeito à natureza e a solidariedade humana. 2. Economia de matéria prima. Em vez de tirar da Natureza, se reaproveita ou se recicla. 3. Economia de energia elétrica e outras fontes energéticas das indústrias. 4. Diminuição de lixo nas ruas. Ambiente limpo igual a povo educado. 5. im das enchentes e dos alagamentos nas ruas por obstrução de canais fluviais. 6. Redução de resíduos para tratamento, coleta e destino final. (Economia) 7. Aumenta a vida útil dos aterros sanitários. 8. Redução dos impactos ambientais nos aterros sanitários. 9. Gera empregos, além de acabar com a vergonha dos badameiros nos lixões das grandes cidades. 10. Melhoria da qualidade de vida e da saúde pública. 11. Incentivo ao crescimento das indústrias de reciclados. 14

15 PAPEL Papel Reciclável Papel Reciclado Papel e papelão são formados principalmente por fibras celulósicas provenientes da madeira das árvores. Ao reciclar uma tonelada de papel, você estará contribuindo para que deixem de ser cortados 60 pés de eucaliptos que precisariam de 8 anos para crescer. Cada tonelada de papel reciclado representa 3m3 de espaço disponível nos aterros sanitários. Produzir papel a partir de papel usado consome cerca de 50% menos de energia do que fabricá-lo a partir de árvores; utiliza-se 50 vezes menos água, além de reduzir a poluição do ar em 95%. A maior parte do lixo Comercial que saem dos escritórios são papéis que deveriam ser reciclados. PLÁSTICO São artefatos fabricados a partir de resinas (polímeros) sintéticas, derivadas do petróleo. A maioria dos plásticos não é ainda biodegradável e são responsáveis pela poluição do solo, rios, mares e lagos, causando a morte da fauna local. Plásticos e borrachas quando queimados liberam substâncias tóxicas, responsáveis por inúmeros problemas de saúde, inclusive mortes. Mais de 160 toneladas de plásticos são encontradas nos oceanos do mundo. 15

16 VIDRO Composição: areia (60%), feldspato, barrilha (18 a 20%), água e energia. A mais antiga das embalagens, calcula-se uma idade de anos. Cores: branco (sem cor), verde (escuro, claro, água e esmeralda), azul, âmbar (marrom). Nos países desenvolvidos onde a Coleta Seletiva é um processo natural praticado há décadas existem lixeiras especiais para cada cor, o usuário antes de descartar na lixeira correspondente ele retira as tampas e lava, pois sabe que serão quebrados e derretidos de acordo com sua cor. Alemanha é o País que mais recicla vidro no mundo - Um milhão de toneladas. O Brasil recicla apenas 33% de sua produção anual. O vidro é 100 % reciclável com grande economia de água e energia. A energia economizada com a reciclagem de uma garrafa é suficiente para manter acessa uma lâmpada de 100W durante 4 horas. METAL Extraído de minerais em processo primário ( erroso e Não ferroso). erroso é tudo que enferruja e não ferroso não enferruja, como alumínio, bronze, zinco, cobre e chumbo Cada vez que você joga fora uma lata de alumínio está desperdiçando tanta energia como se jogasse fora uma lata de gasolina. A energia economizada com a reciclagem de uma lata de alumínio é suficiente para manter ligado um aparelho de TV durante 3 horas. O Brasil já é campeão mundial em reciclagem de latas. Infelizmente não pela consciência ecológica e sim pela necessidade da população pobre e pelo valor do alumínio. A cada 75 latas de aço recicladas salva-se uma árvore que, sem isso, estaria sendo transformada em carvão vegetal. 16

17 Dicas Importantes Para Coleta Seletiva 1. Lave - Garrafas de vidro, plásticos, embalagens de iogurte e outros vasilhames antes de colocar no lixo seletivo. Evita insetos e mau cheiro e aumenta o valor de revenda. 2. Lave e pressione as tampas para dentro, das latas de bebida ou de conserva para evitar acidentes. 3. Embale objetos de vidro, para evitar cortes ou perfurações em quem manipula. 4. Não amasse nem molhe os papéis, pois ocupam menos espaço e tem mais valor para reciclagem. 5. ogo não resolve o problema do lixo. Ele transfoma o lixo sólido em lixo gasoso, liberando gases venenosos que causam problemas de saúde aos seres humanos e ao ambiente. - Na Bahia temos o Decreto Estadual Nº 7.967, de 5 de junho de 2001, que estabelece no artigo 140 inciso II a proibição da seguinte forma de destinação final de resíduos sólidos: queima de resíduos sólidos a céu aberto ou em recipientes, instalações ou equipamentos não adequados. 6. Ao trocar as lâmpadas queimadas, reutilize as embalagens das mesmas para o descarte. 17

18 Reciclável l Jornais e revistas l olhas de caderno l Papéis de computador l otocópias l Envelopes l Provas /Apostilas /Rascunhos l Cartazes velhos/ olhetos l Papéis toalha l Papelões /Caixas em geral l Aparas de papel l Latas de folha de flandre l Óleo, leite, enlatados em geral l Lata de alumínio l Sucatas de automóveis l Outras sucatas... l Garrafas em geral l Recipientes em geral l Copos l rascos (compotas, perfumes, remédios, etc.) l Copo plástico l Copinhos de café l Sacos plásticos l Embalagem de margarina l Embalagem de material de limpeza l Garrafas Pet de refrigerantes l Canos e tubos l Vasilha plástica PAPEL METAL VIDRO PLÁSTICO Não Reciclável l Papéis sujos ou engordurados (acarajé) l Papel higiênico /guardanapos l Papéis metalizados (alumínio) l Papéis parafinados (picolé) l Papéis Plastificados (capa de caderno) l Papel carbono l otografias l Etiqueta adesiva l Tocos de cigarro l Papéis de fax l Clips l Grampos l Esponja de aço l Canos l Espelhos l Lâmpadas l Cerâmicas ou barro (utilize como entulho) l Porcelana l Tubos de TV l Vidro temperado (carro), faróis, cristal, pirex. l Ampolas de remédios l Cabo de panela l Tomada l Embalagem de biscoito l Misturas de papel, plástico e metal (embalagem de leite de caixa) l ibra de vidro l Acrílico 18

19 Bibliografia COLETA Seletiva, Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Minas Gerais, Prefeitura Municipal de Belo Horizonte COMO Defender a Ecologia. São Paulo, Nova Cultural LTDA, 1991 CLARET Martins Prosperidade. Contínua. São Paulo, Editora Martins Claret, 1999 Diário Oficial do Estado da Bahia, nº LXXXV nº17705 páginas 21 e 22, 6 junho de 2001 DIAS, G.. Pegada Ecológica e Sustentabilidade Humana. São Paulo: Gaia, p. LIMA L. M. Q., Tratamento de Lixo. Humus Editora. São Paulo 1986 SERRA, Paulo R. M., Lixo Trate Bem Dele; Limpurb. Salvador-BA 1988 SIMON, 1992, São Paulo-SP 19

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