Turmalinas de pegmatitos LCT do Minho

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Turmalinas de pegmatitos LCT do Minho"

Transcrição

1 Versão online: Comunicações Geológicas (2014) 101, Especial I, IX CNG/2º CoGePLiP, Porto 2014 ISSN: X; e-issn: X Turmalinas de pegmatitos LCT do Minho Tourmalines in LCT pegmatites from Minho F. Guimarães 1*, C. Leal Gomes LNEG Laboratório Nacional de Geologia e Energia IP Artigo Curto Short Article Resumo: Na região do Minho ocorrem diversos corpos pegmatíticos da família LCT- classe de elementos raros, que possuem turmalinas com colorações e hábitos cristalinos variados. Identificaram-se turmalinas milimétricas verdes coexistentes com espodumena, cristais decimétricos de várias cores em fácies pegmatíticas de paroxismo evolutivo e com turmalina rósea em orbículos. Composicionalmente predominam as F-elbaítes, ocorrendo também foitite e rossmanite (análise em microssonda electrónica). Em termos de fraccionação pegmatítica predomina a tendência elbaítica expressa pela substituição 2Fe 2+ (Y) Al 3+ (Y)+Li + (Y), desde, schorl dos contactos, passando pelas foitites e terminando nas elbaítes. O diagrama Ca/Li enfatiza a tendência lidicoatítica pela substituição Na + (Y)+Fe 2+ (Y) Ca 2+ (X)+Li + (Y), que se esboça em análises pontuais dos cristais de Lousado e Guarda. Assim, as turmalinas dos pegmatitos LCT do Minho exibem uma tendência evolutiva que culmina com o enriquecimento em Li e em Ca, semelhante ao que acontece em outros contextos orogénicos com pegmatitos LCT, muito evoluídos. Palavras-chave: Minho, Pegmatitos graníticos, F-elbaíte, Ca 2+. Abstract: LCT pegmatite family from Northern Portugal exibits tourmaline with a variety of colours and crystal habits, millimetric green tourmalines coexisting with spodumene to decimetric crystals of various colours in pegmatitic facies of evolutive paroxysm with pinkish tourmaline in orbicular textures. F- elbaíte is predominant, also occurring foitite and rossmanite - composition obtained by electron microprobe. The elbaitic fractionation trend is highlighted by the substitution 2Fe 2+ (Y) Al 3+ (Y)+Li + (Y), from schorl of the contact assemblages, passing though foitite compositions and ending in elbaite members. The Ca / Li diagram emphasizes the liddicoatitic trend by the replacement Na + (Y)+Fe 2+ (Y) Ca 2+ (X)+Li + (Y), deduced for some Lousado and Guarda crystals where Ca content is already considerable. Thus LCT pegmatites of Minho exhibit an evolutionary trend that culminates with the enrichment in Li, but also Ca, similar to what happens in other orogenic contexts with LCT strongly evolved pegmatites. Keywords: Minho, Granitic pegmatites, F-elbaite, Ca CIG-R; Escola de Ciências, Universidade do Minho, Gualtar, Braga. *Autor correspondente / Corresponding author: lgomes@dct.uminho.pt 1. Introdução Pegmatitos graníticos de diferentes tipos paragenéticos incluídos na família LCT classe de elementos raros e tipo complexo de Černý & Ercit (2005) - ocorrem no Minho, especialmente no campo aplito-pegmatítico da Serra de Arga, mas também no campo aplito-pegmatítico do litoral a N de Viana do Castelo e em alguns raros corpos, muito evoluídos e isolados, que ocorrem no concelho de Vieira do Minho (Rossas e Anjos), representados na figura 1. Como assinatura mineralógica estes pegmatitos e aplitopegmatitos podem apresentar petalite (e seus produtos de evolução isoquímica e alteração aloquímica, deutérica), espodumena e lepidolite (tipomórficas) e ambligonitemontebrasite (ubíqua). A turmalina está muitas vezes presente como mineral acessório e pode ser muito abundante em algumas ocorrências, em especial nos pegmatitos do sub-tipo com lepidolite e turmalina Serra de Arga e Rossas subtipo com petalite Serra de Arga e subtipo com espodumena - litoral N de Viana do Castelo. No campo aplito-pegmatítico da Serra de Arga, Dias (2012) mostrou que as turmalinas presentes em rochas encaixantes dos pegmatitos - metassedimentares, metavulcânicas e venulares de segregação metamórfica têm composições quase sempre situadas na série schorldravite, predominando a molécula schorlítica, e evidenciam cores muito escuras e opacidade muito marcada. As turmalinas metassomáticas das salbandas e das proximidades dos contactos entre os pegmatitos e as faixas de turmalinização na vizinhança destes são também identificadas como schorl-dravites (Dias, 2012). 2. Turmalinas pegmatíticas As turmalinas dos pegmatitos, aqui descritas, apresentam colorações e hábitos muito diferenciados, consoante as associações mineralógicas em que ocorrem e as diferentes unidades estruturais e posições onde se situam no interior dos corpos pegmatíticos portadores, (tabela 1). Por vezes são policromáticas, internamente zonadas ou multicolores em segmentos cristalinos diferenciados ao longo do eixo cristalográfico C. Frequentemente são transparentes chegando a possuir qualidade gemológica. Nos pegmatitos lepidolíticos da Serra de Arga podem exibir todas as cores de referência do espectro visível e diferentes

2 120 F. Guimarães, C. Leal Gomes / Comunicações Geológicas (2014) 101, Especial I, tipos de zonamentos policromáticos e os cristais podem ter vários decímetros de extensão segundo C e vários centímetros segundo A. Nos pegmatitos de Vieira do Minho predomina a cor verde. Nos pegmatitos do Litoral Norte a cor típica é muito escura variando do azul ao verde. Nestes dois casos os cristais mais frequentes são de dimensão centimétrica a milimétrica. Tabela 1. Caracterização das turmalinas pegmatíticas, consoante as associações mineralógicas em que ocorrem e as posições ocupadas nas estruturas internas dos corpos portadores, (adaptado de Leal Gomes, 1994 e Leal Gomes, 2010). Table 1. Characterization of pegmatitic tourmalines, in relation to its mineralogical associations and structural positioning inside pegmatite bodies, (adapted from Leal Gomes, 1994 and Leal Gomes, 2010). Pela grande diversidade paragenética, cromática e possivelmente composicional das turmalinas que possuem, os aplito-pegmatitos da Balouca Norte podem considerar-se uma ocorrência paradigmática do Campo aplito-pegmatítico da Serra de Arga (Leal Gomes, 1994). Aqui a turmalina surge precocemente na sucessão paragenética sob a forma de nódulos centimétricos disseminados em fácies aplíticoalbíticas de tipo line-rock mural, marcando as fluidades magmáticas, planares e lineares, num corpo sill muito extenso. Os nódulos turmalínicos mostram muitas vezes, agregados satélites de cassiterite geminada, com tantalite também associada. No mesmo sill ocorrem também pequenas lentículas pegmatíticas onde se observa uma turmalina verde zonada, com núcleo escuro e bordo mais claro. O corpo Balouca Sul é um dique pegmatítico vizinho, cuja zona nuclear, é constituída por lepidolite e quartzo. Apresenta turmalina com diversas cores e arranjos geométricos. Os arranjos mais tardios na sucessão paragenética correspondem a texturas orbiculares de turmalina rósea e transparente com lepidolite (Leal Gomes, 1994). Em Lousado, também na Serra de Arga, observam-se aspectos e cores semelhantes, mas agora num corpo sill cujas paragéneses internas constituem em grande parte, um produto da evolução em subsolidus, metassomático, de massas ou grandes cristais de petalite percursora. Em Rossas a turmalina ocorre no assomo aflorante de uma brecha hidrotermal com clastos de microclina e matriz de lepidolite, turmalina verde e quartzo (Dias et al., 2009). Nos aplitos do litoral N de Viana do Castelo a turmalina surge acoplada às faces prismáticas de cristais centimétricos a decimétricos de espodumena que se alinham em fluidalidades aplíticas ou exibem comb-structure na fácies pegmatítica de bordadura. Fig. 1. Enquadramento dos corpos aplito-pegmatitos portadores de turmalina. Símbolos: 1- Rossas, 2- Balouca, 3-Lousado e 4- litoral de V. do Castelo; b- alinhamentos tectónicos principais; c- granitoides pós tectónicos em relação a D3 (deformação Varisca); d- granitoides tardi-d3 relacionados com cisalhamentos dúcteis; e- granitoides sin-d3 relacionados com cisalhamentos dúcteis; f- granitos de duas micas sin-d3; g- granitos de duas micas com restitos e migmatitos. Fig. 1. Framework of tourmaline aplite-pegmatite bodies. a- approximate location of: 1- Rossas, 2- Balouca, 3- Lousado and 4- V. do Castelo coastline; b- major tectonic lineaments; c- post-tectonic D3 granitoids related to the D3 Variscan deformation; d- late-tectonic D3 granitoids related to the ductile shear; e- sin-tectonic D3 granitoids related to the ductile shear; f- syn-tectonic D3 two-mica granites; g- two-mica granites containing restites, and migmatites.

3 Turmalinas de pegmatitos LCT do Minho Composição das turmalinas Do conjunto de turmalinas selecionadas para análise pontual por microssonda electrónica, a tabela 2 resume algumas composições e fórmulas estruturais mais representativas. Constata-se que na sua maioria as amostras se enquadram na série elbaíte-lidicoatite, tratando-se, mais precisamente, de F-elbaítes. Constituem excepção as composições obtidas para um pegmatito do litoral norte de Viana do Castelo, que se podem atribuir à foitite, rossmanite e schorl, também identificadas nas turmalinas tardias que cicatrizam os estiramentos de elbaítes, em alguns pegmatitos lepidolíticos da Serra de Arga. se projectam análises de turmalinas róseas com qualidade gema da região da Guarda (Leal Gomes, 2010; Leal Gomes & Dias, 2009). Tabela 2. Composições das turmalinas estudadas (análises em microssonda electrónica) e fórmulas estruturais baseadas em 31 aniões (O, OH, F). *valores calculados por estequiometria (adaptado de Leal Gomes, 2010). Table 2. Compositions of tourmalines (electron microprobe analysis) and structural formulae based on 31 anions (O, OH, F). *values calculated by stoichiometry (adapted from Leal Gomes, 2010). Fig. 2. Composições das turmalinas pegmatíticas deste estudo e de outros de locais paradigmáticos, projectadas no diagrama ternário Ca- Na+K - X, representativo da ocupação dominante no sítio X. Dados das composições de Naípa, Guarda, Madagáscar, Inglaterra e Suécia retirados de Neiva & Leal Gomes, 2011; Leal Gomes, 2010; Lacroix, 1922a em Dirlan et al., 2002; Chaudhry & Howie, 1976 em Deer et al., 2000 e Quensel & Gabrielson, 1939 em Deer et al., No sentido de estabelecer comparações com termos composicionais de outros campos pegmatíticos muito conhecidos pela mineralização turmalínica, os resultados disponíveis foram projectados juntamente com os que dizem respeito a esses locais paradigmáticos (Chaudhry & Howie, 1976; Quensel & Gabrielson, 1939 em Deer et al., 2000; Dias et al., 2009; Lacroix, 1922a em Dirlam et al., 2002; Leal Gomes, 2010; Neiva & Leal Gomes, 2010; Neiva & Leal Gomes, 2011). No diagrama Ca-Na+K- (Xvazio) (Fig. 2), que na fórmula estrutural define a feição do sítio X, observa-se que as análises mais alcalinas são as mesmas que foram classificadas na tabela 2 como F- elbaítes. No domínio cálcico, lidicoatites típicas como as de Madagáscar e Naípa, destacam-se das turmalinas do Minho, enquanto a rossmanite do Lousado e uma foitite do litoral N de Viana do Castelo se dispersam pelo campo mineroquímico das fases com sítio X vazio, onde também Fig. 2. Compositions of pegmatitic tourmalines analysed, compared with data from others paradigmatic locations, projected onto the ternary diagram Ca Na+K - X, representative of the dominant occupancy of the X site. Quoted tourmalines from Naípa, Guarda, Madagascar, England and Sweden taken from Neiva & Leal Gomes, 2011; Leal Gomes, 2010; Lacroix, 1922a in Dirlan et al., 2002; Chaudhry & Howie, 1976 in Deer et al., 2000 and Quensel & Gabrielson, 1939 in Deer et al., O diagrama A (Fig. 3) sugere um padrão de fraccionação Fe / (Al + Li) que parece caracterizar as turmalinas de Viana do Castelo como foitite - substituição do Fe pelo Al em quantidades consideráveis no sítio Y (tabela II). No Lousado a evolução da cor de verde para azul parece estar também associada com a substituição do Fe por Li + Al (diagrama A Fig. 3), a fase azul apresenta uma composição com mais Al+Li calc do que Fe, comparativamente com a turmalina verde (Tabela II). Esta evolução termina na composição da turmalina rósea que é a mais rica em lítio. Na Balouca ocorre o mesmo processo de substituição e enriquecimento em Li calc. O diagrama B (Fig. 3) mostra em geral termos composicionais com pouco Ca, quando comparados com composições de Madagáscar e Naípa. Estas lidicoatites são marcadamente as mais ricas em Ca e Li calc. Aproximam-se destes valores algumas projecções relativas a gemas da Guarda e à turmalina rósea de Lousado (Serra de Arga). No diagrama F/Al /Li calc da figura 4, as amostras localizam-se todas junto ao pólo do Al. Porém, as mais aluminosas são as foitites de Viana do Castelo e uma elbaíte de Inglaterra, projectada para referência.

4 122 F. Guimarães, C. Leal Gomes / Comunicações Geológicas (2014) 101, Especial I, Fig. 3. Diagramas de variação composicional (apfu) das turmalinas pegmatíticas: A - fraccionação Fe/Li evidenciando a tendência elbaítica pela substituição 2Fe 2+ (Y) Al 3+ (Y)+Li + (Y); B - fraccionação Ca/Li onde as amostras Naípa e Madagáscar ilustram a tendência lidicoatítica Na + (X)+Fe 2+ (Y) Ca 2+ (X)+Li + (Y), exibida de forma mais ténue por uma F-elbaíte de Lousado e nas amostras da Guarda. Fig. 3. Compositional variation diagrams (apfu) of pegmatitic tourmalines: A - fractionation Fe / Li, showing the elbaitic trend through the substitution 2Fe 2+ (Y) Al 3+ (Y)+Li + (Y); B - fractionation Ca/Li, where samples from Naípa and Madagáscar confirm the lidicoatitic trend Na + (X)+Fe 2+ (Y) Ca 2+ (X)+Li + (Y), displayed more tenuously on a F-elbaite from Lousado and the samples from Guarda. Fig. 4. Diagrama F-Al-Li discriminante da qualidade gemológica de turmalinas, onde as de melhor qualidade e as mais evoluídas estão mais próximas do polo Li. Fig. 4. Diagram F-Al-Li discriminant of the gemological quality of tourmalines, where the best and most evolved are the nearest to the pole Li. 4. Discussão e conclusões Nos pegmatitos LCT do Minho as turmalinas mais precoces ocorrem na bordadura ou no contacto dos pegmatitos e têm a composição de schorl. São as mais ricas em Fe e tendem a evoluir parageneticamente, para o interior dos corpos, no sentido da foitite ou da elbaíte. Esta evolução perceptível no diagrama Fe/Li calc marca a tendência elbaítica, pela substituição 2Fe 2+ (Y) Al+Li (Y). Já o diagrama Ca/Li calc mostra a tendência lidicoatítica com a substituição, Na (X) + Fe (Y) Ca (X) + Li (Y). As turmalinas mais lidicoatíticas, mais ricas em Li calc e Ca, correspondem às paragéneses primárias mais evoluídas e mais tardias. As turmalinas coloridas de Viana do Castelo são foitites. Os teores reduzidos de Li calc e a relação paragenética com a espodumena são coerentes com a sua cristalização magmática precoce e curta evolução composicional. No sill paradigmático da Balouca Norte, na Serra de Arga, ocorrem elbaítes azuis em nódulos disseminados na fácies aplítica e elbaítes verde zonadas em lentículas pegmatíticas. Em alguns casos ocorrem também olenites (Leal Gomes, 1994). As elbaítes verdes e zonadas são mais

5 Turmalinas de pegmatitos LCT do Minho 123 escuras e férricas no núcleo e mais claras e elbaíticas nas sobrenucleações da bordadura, indicando reequilíbrios composicionais no decurso do crescimento cristalino. O dique Balouca Sul representa uma evolução paroxismal dos fluidos pegmatíticos do sill da Balouca Norte, acolhidos num filão E-W (Leal Gomes, 1994). As turmalinas têm composições e cores muito variáveis podendo surgir em texturas de cristalização in-situ, em cavidades miarolíticas e em unidades de alteração hidrotermal. Variam composicionalmente de elbaítes a elbaítes ricas em Ca. Estas últimas ocorrem geralmente com composição e cor rósea homogénea e são transparentes. Podem constituir, texturas orbiculares típicas de paroxismo evolutivo, em paragénese com quartzo e/ou lepidolite e/ou cookeite, nos revestimentos miarolíticos ou massas de substituição. O pegmatito do Lousado tem uma evolução semelhante a Balouca Sul. Predominam as elbaíte-lidicoatites. Nas unidades tardias, ricas em lepidolite maciça, ocorrem as que são róseas e com mais transparência. Os diagramas da figura 3 mostram a fraccionação típica onde a rossmanite azul evolui para elbaíte verde e finalmente para elbaíte-lidicoatite rósea. Essa variação é ainda observada nas turmalinas policromáticas onde num mesmo cristal de grandes dimensões pode ocorrer a referida fraccionação. Muitas das turmalinas de Vieira do Minho são F-elbaítes com uma variação composicional peculiar do núcleo para a bordadura, no sentido do enriquecimento em Fe e diminuição do Li calc. Assim uma turmalina mais elbaítica evoluiu para uma mais férrica. Esta parece ser uma tendência específica das brechas hidrotermais por incorporação precoce de F e Li em relação com o amortecimento (dissipação) da pressão volátil ( hidráulica ) no início da cristalização matricial da brecha (Dias et al., 2009). Os dados considerados permitem concluir que as turmalinas coloridas dos pegmatitos LCT do Minho são maioritariamente F-elbaítes, ocorrendo ainda elbaítes, por vezes ricas em Ca, foitites e rossmanites. Corpos do Campo Pegmatítico LCT do Litoral N de Viana do Castelo apresentam o conjunto de turmalinas litiníferas menos evoluído (com pouco Li). Balouca e Lousado, devido à complexidade estrutural e composicional, exibem cristais de paroxismo evolutivo com um marcado enriquecimento em Ca e Li calc que os aproxima do membro lidicoatite, à semelhança do que acontece nas gemas da Guarda, em Madagáscar e em Naípa. Destaca-se então que, em geral, parece existir uma tendência para o enriquecimento em Ca, nas fases finais das evoluções litiníferas que no caso do N de Portugal termina na cristalização de lidicoatites róseas e transparentes. Referências Černý, P., Ercit, T.S., The classification of granitic pegmatites revisited. The Canadian Mineralogist, 43, Deer, W.A., Howie, R.A., Zussman, J., Minerais constituintes das rochas. Uma introdução. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 727 p. Dias, P.A., Análise estrutural e paragenética de produtos litológicos e mineralizações de segregação metamórfica. - Estudo de veios hiperaluminosos e protólitos poligénicos Síluricos da região da Serra de Arga (Minho). Tese de Doutoramento, Universidade do Minho (não publicada), 615p. Dias, P.A., Pereira, B., Leal Gomes, C., Guimarães, F., Structure and mineralogy of the Muro Alto granitic pegmatite (Vieira do Minho Portugal). Peculiar assemblages of high F hydrothermal evolution. Estudos Geológicos (Special Issue of contributions to the 4th International Symposium on Granitic Pegmatites), 19(2), Dirlam, D., Laurs, B., Pezzotta, F., Simmons, W., Liddicoatite tourmaline from Anjanabonoina, Madagascar. Gems & Gemology, 38, Leal Gomes, C., Estudo estrutural e paragenético de um sistema pegmatóide granítico - O campo filoniano de Arga - Minho (Portugal). Tese de Doutoramento; Universidade do Minho (não publicada), 695p. Leal Gomes, C., A qualificação gemológica de algumas variedades de minerais pegmatíticos e hidrotermais em Portugal. In: Ciências Geológicas- Ensino e Investigação e a sua História, Leal Gomes, C., Dias, P.A., The gemmologic qualification of some varieties of pegmatite and hydrothermal minerals in Portugal. Estudos Geológicos (Special Issue of contributions to the 4th International Symposium on Granitic Pegmatites), 19, Neiva, A.M.R., Leal Gomes, C., Geoquímica das turmalinas do grupo pegmatítico granítico Li-Cs-Ta de Naípa, Alto Ligonha, Moçambique. Revista electrónica de Ciências da Terra, 13(4), 4 p. Neiva, A.M.R., Leal Gomes, C., Tourmaline-group minerals in the Naipa Li-Cs-Ta granitic pegmatite group, Mozambique: tracers of magmatic to postmagmatic evolution trends. Neues Jahrbuch für Mineralogie Abhandlungen, 189, 1 20.

GEOQUÍMICA DE SOLEIRAS E FILÕES APLITO-PEGMATÍTICOS GRANÍTICOS DO CENTRO DE PORTUGAL: CRISTALIZAÇÃO FRACCIONADA, FLUXOS E FLUIDOS

GEOQUÍMICA DE SOLEIRAS E FILÕES APLITO-PEGMATÍTICOS GRANÍTICOS DO CENTRO DE PORTUGAL: CRISTALIZAÇÃO FRACCIONADA, FLUXOS E FLUIDOS GEOQUÍMICA DE SOLEIRAS E FILÕES APLITO-PEGMATÍTICOS GRANÍTICOS DO CENTRO DE PORTUGAL: CRISTALIZAÇÃO FRACCIONADA, FLUXOS E FLUIDOS GEOCHEMISTRY OF GRANITIC APLITE-PEGMATITE SILLS AND VEINS FROM CENTRAL

Leia mais

Paragéneses contrastantes no campo pegmatítico de Arga (NW de Portugal), diversidade e equilíbrio

Paragéneses contrastantes no campo pegmatítico de Arga (NW de Portugal), diversidade e equilíbrio Versão online: http://www.lneg.pt/iedt/unidades/16/paginas/26/30/185 Comunicações Geológicas (2014) 101, Especial I, 181-185 IX CNG/2º CoGePLiP, Porto 2014 ISSN: 0873-948X; e-issn: 1647-581X Paragéneses

Leia mais

A.M.R. Neiva Departamento de Ciências da Terra, Universidade de Coimbra, Largo Marquês de Pombal, Coimbra

A.M.R. Neiva Departamento de Ciências da Terra, Universidade de Coimbra, Largo Marquês de Pombal, Coimbra Micas litiníferas do pegmatito granítico do Namivo, Alto Ligonha, Moçambique Lithian micas of the granitic pegmatite from Namivo, Alto Ligonha, Mozambique A.M.R. Neiva Departamento de Ciências da Terra,

Leia mais

Campo Aplitopegmatítico Litinífero do Barroso-Alvão. Os seus diferentes minerais de lítio e a sua melhor aplicação

Campo Aplitopegmatítico Litinífero do Barroso-Alvão. Os seus diferentes minerais de lítio e a sua melhor aplicação Campo Aplitopegmatítico Litinífero do Barroso-Alvão. Os seus diferentes minerais de lítio e a sua melhor aplicação 1 MINERAIS DE LÍTIO O Lítio dada a sua extrema reactividade não ocorre como metal livre

Leia mais

O determinante petalítico dos teores máximos de lítio em pegmatitos Variscos do NW de Portugal aproximação paragenética e geoquímica

O determinante petalítico dos teores máximos de lítio em pegmatitos Variscos do NW de Portugal aproximação paragenética e geoquímica VERSÃO DO AUTOR A VERSÃO ORIGINAL PODE SER CONSULTADA EM http://www.lneg.pt/download/12909/8%20-%20gomes_li%20v2_rede_sm.pdf Comunicações Geológicas (2015) 102, Especial I, 53-56 ISSN: 0873-948X; e-issn:

Leia mais

POR TERRAS DO ALTO MINHO: PERCURSO GEOLÓGICO E PAISAGÍSTICO NA SERRA DE ARGA ENQUADRAMENTO GEOMORFOLÓGICO

POR TERRAS DO ALTO MINHO: PERCURSO GEOLÓGICO E PAISAGÍSTICO NA SERRA DE ARGA ENQUADRAMENTO GEOMORFOLÓGICO POR TERRAS DO ALTO MINHO: PERCURSO GEOLÓGICO E PAISAGÍSTICO NA SERRA DE ARGA ENQUADRAMENTO GEOMORFOLÓGICO A serra de Arga, com uma altitude superior aos 800 metros, é um maciço granítico de forma ovalada

Leia mais

Pegmatitos Litiníferos em Portugal: Potencial, passado, presente e futuro Daniel de Oliveira (PhD) Helena Viegas

Pegmatitos Litiníferos em Portugal: Potencial, passado, presente e futuro Daniel de Oliveira (PhD) Helena Viegas Pegmatitos Litiníferos em Portugal: Potencial, passado, presente e futuro Daniel de Oliveira (PhD) Helena Viegas Unidade de Investigação de Recursos Minerais e Geofísica, LNEG Portugal não tem petróleo

Leia mais

Accepted manuscript. Análise espacial estatística aplicada aos Aplito-Pegmatitos do Barroso-Alvão

Accepted manuscript. Análise espacial estatística aplicada aos Aplito-Pegmatitos do Barroso-Alvão Versão online: http://www.lneg.pt/iedt/unidades/16/paginas/26/30/247 Comunicações Geológicas (2017) 104, 1, XX-XX ISSN: 0873-948X; e-issn: 1647-581X Análise espacial estatística aplicada aos Aplito-Pegmatitos

Leia mais

Análise espacial estatística aplicada aos Aplito-Pegmatitos do Barroso-Alvão

Análise espacial estatística aplicada aos Aplito-Pegmatitos do Barroso-Alvão Versão online: http://www.lneg.pt/iedt/unidades/16/paginas/26/30/247 Comunicações Geológicas (2017) 104, 1, 91-95 ISSN: 0873-948X; e-issn: 1647-581X Análise espacial estatística aplicada aos Aplito-Pegmatitos

Leia mais

BI mineral - Espodumena. Nome: Espodumena Fórmula química: silicato de lítio e alumínio - LiAl(Si 2. Composição. Classificação. Estrutura e Simetria

BI mineral - Espodumena. Nome: Espodumena Fórmula química: silicato de lítio e alumínio - LiAl(Si 2. Composição. Classificação. Estrutura e Simetria Minério de Li Fórmula química: silicato de lítio e alumínio - LiAl(Si 2 O 6 ) Teor teórico em Li: 3,73% (8,03% Li 2 O) Nomenclatura: deriva do grego spodoumenos, que significa reduzir a cinzas por combustão,

Leia mais

MICAS LITINÍFERAS DOS APLITO-PEGMATITOS GRANÍTICOS DE CABEÇO DOS POUPOS, SABUGAL (CENTRO DE PORTUGAL)

MICAS LITINÍFERAS DOS APLITO-PEGMATITOS GRANÍTICOS DE CABEÇO DOS POUPOS, SABUGAL (CENTRO DE PORTUGAL) MICAS LITINÍFERAS DOS APLITO-PEGMATITOS GRANÍTICOS DE CABEÇO DOS POUPOS, SABUGAL (CENTRO DE PORTUGAL) LITHIUM MICAS OF GRANITIC APLITE-PEGMATITES FROM CABEÇO DOS POUPOS, SABUGAL (CENTRAL PORTUGAL) P. Bravo

Leia mais

Pegmatito Itatiaia, Conselheiro Pena: uma nova ocorrência de esmeraldas em Minas Gerais

Pegmatito Itatiaia, Conselheiro Pena: uma nova ocorrência de esmeraldas em Minas Gerais SP11 - Geologia dos depósitos de gemas e gemologia, 01 de outubro de 2012 Pegmatito Itatiaia, Conselheiro Pena: uma nova ocorrência de esmeraldas em Minas Gerais Jurgen Schnellrath 1 ; Ricardo Scholz 2

Leia mais

TUNGSTATOS HIDROTERMAIS DA SERRA DE ARGA, NORTE DE PORTUGAL RELAÇÃO COM MINERALIZAÇÕES DE Be

TUNGSTATOS HIDROTERMAIS DA SERRA DE ARGA, NORTE DE PORTUGAL RELAÇÃO COM MINERALIZAÇÕES DE Be TUNGSTATOS HIDROTERMAIS DA SERRA DE ARGA, NORTE DE PORTUGAL RELAÇÃO COM MINERALIZAÇÕES DE Be HYDROTHERMAL TUNGSTATES OF SERRA DE ARGA, NORTHERN PORTUGAL RELATION TO Be MINERALIZATION Carlos Leal Gomes*,

Leia mais

Quais os principais agentes de metamorfismo? Qual a relação entre o metamorfismo e a tectónica de placas?

Quais os principais agentes de metamorfismo? Qual a relação entre o metamorfismo e a tectónica de placas? Quais os principais agentes de metamorfismo? Qual a relação entre o metamorfismo e a tectónica de placas? Tensão Temperatura Fluidos Tempo LITOSTÁTICA NÃO LITOSTÁTICA QUE TIPO DE ESTADO DE TENSÃO PODE

Leia mais

TIPOLOGIA DOS MATERIAIS CERÂMICOS PETALÍTICOS PROVENIENTES DE APLITO-PEGMATITOS GRANÍTICOS DA CINTURA CENTRO-IBÉRICA

TIPOLOGIA DOS MATERIAIS CERÂMICOS PETALÍTICOS PROVENIENTES DE APLITO-PEGMATITOS GRANÍTICOS DA CINTURA CENTRO-IBÉRICA Índice Geral Índice Tema A Procura Procura nos Resultados Fechar IV Seminário Recursos Geológicos, Ambiente e Ordenamento do Território TIPOLOGIA DOS MATERIAIS CERÂMICOS ALÍTICOS PROVENIENTES DE APLITO-PEGMATITOS

Leia mais

ARA CONHECER A TERRA

ARA CONHECER A TERRA ARA CONHECER A TERRA MEMÓRIAS E NOTÍCIAS DE GEOCIÊNCIAS NO ESPAÇO LUSÓFONO VOLUME I Lopes, F. C., Andrade, A. I., Henriques, M. H., Quinta-Ferreira, M., Barata, M. T. & Pena dos Reis, R. Coordenação IMPRENSA

Leia mais

Abordagem multidisciplinar às mineralizações de lítio no Campo Aplito-Pegmatítico do Barroso-Alvão, Norte de Portugal

Abordagem multidisciplinar às mineralizações de lítio no Campo Aplito-Pegmatítico do Barroso-Alvão, Norte de Portugal Abordagem multidisciplinar às mineralizações de lítio no Campo Aplito-Pegmatítico do Barroso-Alvão, Norte de Portugal Cátia Alexandra Gomes Dias Mestrado em Geologia Departamento de Geociências, Ambiente

Leia mais

Estruturas de aplitos e pegmatitos graníticos Structures of granitic aplites and pegmatites

Estruturas de aplitos e pegmatitos graníticos Structures of granitic aplites and pegmatites Estruturas de aplitos e pegmatitos graníticos Structures of granitic aplites and pegmatites J. M. Cotelo Neiva Departamento de Ciências da Terra, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade de Coimbra

Leia mais

O metamorfismo é caracterizado por: mudanças mineralógicas crescimento de novos minerais sem adição de novo material (processo isoquímico);

O metamorfismo é caracterizado por: mudanças mineralógicas crescimento de novos minerais sem adição de novo material (processo isoquímico); Rochas metamórficas Metamorfismo - processo geológico que consiste num conjunto de transformações mineralógicas, químicas e estruturais que ocorrem no estado sólido, em rochas sujeitas a estados de tensão,

Leia mais

CONTRIBUTOS DA DETECÇÃO REMOTA PARA A EVIDÊNCIA E LOCALIZAÇÃO DE PEGMATITOS EM CONTEXTO INTRA-GRANÍTICO PONTE DA BARCA (MINHO)

CONTRIBUTOS DA DETECÇÃO REMOTA PARA A EVIDÊNCIA E LOCALIZAÇÃO DE PEGMATITOS EM CONTEXTO INTRA-GRANÍTICO PONTE DA BARCA (MINHO) CONTRIBUTOS DA DETECÇÃO REMOTA PARA A EVIDÊNCIA E LOCALIZAÇÃO DE PEGMATITOS EM CONTEXTO INTRA-GRANÍTICO PONTE DA BARCA (MINHO) B. PEREIRA 1 J. AZEVEDO 1 J. OLIVEIRA 1 P. DIAS 1 C. LEAL GOMES 2 J. CARVALHO

Leia mais

GRANITO CINZA DE GUIMARÃES

GRANITO CINZA DE GUIMARÃES GRUPAMENTO DE ESCOLAS FICHA RELATÓRIO GRANITO CINZA DE GUIMARÃES TRABALHO REALIZADO PELAS TURMAS: _ 5º F _ 5º G TRABALHO REALIZADO PELO PROFESSOR: _Raúl Freitas São Torcato, Fevereiro de 2010 Escola Básica

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL E PARAGENÉTICA DO CAMPO PEGMATÍTICO DO LICUNGO (MOCUBA, MOÇAMBIQUE) - IDENTIFICAÇÃO DE RECURSOS BASE ASSOCIADOS

CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL E PARAGENÉTICA DO CAMPO PEGMATÍTICO DO LICUNGO (MOCUBA, MOÇAMBIQUE) - IDENTIFICAÇÃO DE RECURSOS BASE ASSOCIADOS 5º Congresso Luso-Moçambicano de Engenharia 2º Congresso de Engenharia de Moçambique Maputo, 2-4 Setembro 2008 Artigo REF: 09A011 CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL E PARAGENÉTICA DO CAMPO PEGMATÍTICO DO LICUNGO

Leia mais

ADITAMENTO AO ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL

ADITAMENTO AO ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL ADITAMENTO AO ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL Elementos Solicitados pela Comissão de Avaliação Processo de Avaliação de Impacte Ambiental do Projecto: Ampliação da Pedreira Gralha Processo de Avaliação: AIA_2013_0019_090400

Leia mais

Palavras-chave: aplitopegmatitos litiníferos, petrogénese, geoquímica, aplicação tecnológica

Palavras-chave: aplitopegmatitos litiníferos, petrogénese, geoquímica, aplicação tecnológica Da génese à aplicação tecnológica dos aplitopegmatitos litiníferos da Região do Barroso-Alvão e de Almendra From petrogenesis to technological use of lithinipherous pegmatiteaplite veins of Barroso-Alvão

Leia mais

Mapeamento geológico do Pegmatito Alto do Tibiri: aspectos estruturais e mineralógicos

Mapeamento geológico do Pegmatito Alto do Tibiri: aspectos estruturais e mineralógicos Mapeamento geológico do Pegmatito Alto do Tibiri: aspectos estruturais e mineralógicos Paulo Jedean da Silva Araújo [1], Vinícius Anselmo Carvalho Lisboa [1,2], José Ramilson dos Santos Oliveira [1] [1]

Leia mais

METAMORFISMO E QUÍMICA MINERAL DAS ROCHAS METASSEDIMENTARES

METAMORFISMO E QUÍMICA MINERAL DAS ROCHAS METASSEDIMENTARES Capítulo IV METAMORFISMO E QUÍMICA MINERAL DAS ROCHAS METASSEDIMENTARES 1 - INTRODUÇÃO: Neste capítulo são apresentados e interpretados os dados de química dos minerais que compõem as rochas metassedimentares.

Leia mais

"Cartografia geológica da envolvente" Quinta Campos de Lima

Cartografia geológica da envolvente Quinta Campos de Lima "Cartografia geológica da envolvente" Quinta Campos de Lima 1 ÍNDICE 1 - ENVOLVENTE GEOLÓGICA DA QUINTA CAMPOS LIMA PONTE DA BARCA - PORTUGAL... 2 1.1 - Envolvente Geológica Regional... 2 1.2 - Geologia

Leia mais

ROCHAS METAMÓRFICAS. EQUIPE 2 : Douglas Camargo Rodrigues Cardoso Gianluca Taques Juliane Cristine Santos dos Anjos Sergio Murilo dos Santos

ROCHAS METAMÓRFICAS. EQUIPE 2 : Douglas Camargo Rodrigues Cardoso Gianluca Taques Juliane Cristine Santos dos Anjos Sergio Murilo dos Santos ROCHAS METAMÓRFICAS INTRODUÇÃO À ENGENHARIA GEOTÉCNICA TC029 EQUIPE 2 : Douglas Camargo Rodrigues Cardoso Gianluca Taques Juliane Cristine Santos dos Anjos Sergio Murilo dos Santos FORMAÇÃO DA ROCHA METAMÓRFICA

Leia mais

Episódios de Instalação e Deformação de Rochas Graníticas (Viana do Castelo, NW Portugal)

Episódios de Instalação e Deformação de Rochas Graníticas (Viana do Castelo, NW Portugal) SEMINÁRIO A GEOLOGIA NA ROTA DA VINHA E DO VINHO VERDE: DO LIMA AO MINHO (INTEGRADO NA Iª SEMANA DA TERRA DE VIANA DO CASTELO) Episódios de Instalação e Deformação de Rochas Graníticas (Viana do Castelo,

Leia mais

Lítio em Portugal do Recurso Mineral aos produtos de Lítio

Lítio em Portugal do Recurso Mineral aos produtos de Lítio Lítio em Portugal do Recurso Mineral aos produtos de Lítio Presença do LNEG nas principais fases de valorização dos recursos litiníferos de Portugal CD do LNEG M.R. Machado Leite JUL 2017 MINISTÉRIO DA

Leia mais

GEOL Soluções sólidas. Adriana Alves

GEOL Soluções sólidas. Adriana Alves GEOL 3056 Soluções sólidas Adriana Alves Variação composicional em minerals Ler Klein (2002) p.90-94 Minerais raramente são substâncias puras. A maioria exibe grande variação ccomposicional Variação se

Leia mais

Antonio Liccardo Geologia dos pegmatitos

Antonio Liccardo Geologia dos pegmatitos Antonio Liccardo Geologia dos pegmatitos Área de Mineralogia-Gemologia UFOP Programação Definições Importância econômica Morfologia de pegmatitos Classificação Zoneamento Associações mineralógicas Modelos

Leia mais

ARA DESENVOLVER A TERRA

ARA DESENVOLVER A TERRA ARA DESENVOLVER A TERRA MEMÓRIAS E NOTÍCIAS DE GEOCIÊNCIAS NO ESPAÇO LUSÓFONO Quinta-Ferreira, M., Barata, M. T., Lopes, F. C., Andrade, A. I., Henriques, M. H., Pena dos Reis, R. & Ivo Alves, E. Coordenação

Leia mais

ARA CONHECER A TERRA

ARA CONHECER A TERRA ARA CONHECER A TERRA MEMÓRIAS E NOTÍCIAS DE GEOCIÊNCIAS NO ESPAÇO LUSÓFONO VOLUME I Lopes, F. C., Andrade, A. I., Henriques, M. H., Quinta-Ferreira, M., Barata, M. T. & Pena dos Reis, R. Coordenação IMPRENSA

Leia mais

As rochas metamórficas

As rochas metamórficas são rochas originadas de outros tipos de rochas que, longe de seus locais de formação e submetidas à pressão e temperaturas diferenciadas, transformaram-se e modificaram suas características em um processo

Leia mais

Identificação macroscópica de Rochas Metamórficas

Identificação macroscópica de Rochas Metamórficas Identificação macroscópica de Rochas Metamórficas O que é o metamorfismo? Metamorfismo Meta = mudança Morfos = forma (língua grega) O metamorfismo corresponde à transformação de uma rocha pré-existente

Leia mais

RECURSOS MINERAIS METÁLICOS

RECURSOS MINERAIS METÁLICOS RECURSOS MINERAIS METÁLICOS 4ºAno 1º Semestre Unidade de Trabalhos Práticos nº2 Jazigos Pegmatíticos Foto: F. Barriga Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa Lisboa,

Leia mais

Considerações sobre amostragem de rochas

Considerações sobre amostragem de rochas Escolha do Tipo de Amostragem Considerações sobre amostragem de rochas Geoquímica de Rochas 2007 No geral, a seleção do tipo de amostragem e a definição de parâmetros para tanto se faz por: Forma e tamanho

Leia mais

2. CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA DAS ÁREAS EM ESTUDO

2. CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA DAS ÁREAS EM ESTUDO 2. CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA DAS ÁREAS EM ESTUDO O presente trabalho foi efectuado em três áreas, que se situam na região do Minho, no NW de Portugal (Fig. 2.1.). Fig. 2.1. Localização geográfica das áreas

Leia mais

A cristalização desses minerais ocorre a temperaturas diferentes dados serem diferentes os seus pontos de SOLIDIFICAÇÃO

A cristalização desses minerais ocorre a temperaturas diferentes dados serem diferentes os seus pontos de SOLIDIFICAÇÃO O magma é uma mistura complexa de vários tipos de substâncias minerais A cristalização desses minerais ocorre a temperaturas diferentes dados serem diferentes os seus pontos de SOLIDIFICAÇÃO Com o arrefecimento,

Leia mais

VERSÃO DO AUTOR. A VERSÃO ORIGINAL POR SER CONSULTADA EM https://issuu.com/associacaoportuguesageologos/docs/geonovas_n29

VERSÃO DO AUTOR. A VERSÃO ORIGINAL POR SER CONSULTADA EM https://issuu.com/associacaoportuguesageologos/docs/geonovas_n29 VERSÃO DO AUTOR. A VERSÃO ORIGINAL POR SER CONSULTADA EM https://issuu.com/associacaoportuguesageologos/docs/geonovas_n29 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE GEÓLOGOS GEONOVAS N.º29: 03 a 42, 2016 Mineralizações

Leia mais

5. INTERPRETAÇÕES E INTEGRAÇÃO

5. INTERPRETAÇÕES E INTEGRAÇÃO 5. INTERPRETAÇÕES E INTEGRAÇÃO Este capítulo apresenta os domínios e lineamentos magnéticos e gamaespectométricos e outras interpretações visuais extraídas das imagens e perfis produzidos pelo processamento.

Leia mais

Evidências de fenómenos de bubbling no maciço granítico de Ferreira de Aves (Viseu): análise estrutural e paragenética

Evidências de fenómenos de bubbling no maciço granítico de Ferreira de Aves (Viseu): análise estrutural e paragenética Versão online: http://www.lneg.pt/iedt/unidades/16/paginas/26/30/185 Comunicações Geológicas (2014) 101, Especial I, 255-260 IX CNG/2º CoGePLiP, Porto 2014 ISSN: 0873-948X; e-issn: 1647-581X Evidências

Leia mais

Leal Gomes, C. Universidade do Minho, EC, Centro de Investigação Geológica, Braga

Leal Gomes, C. Universidade do Minho, EC, Centro de Investigação Geológica, Braga Análise paragenética das transições de estado e paroxismos evolutivos observados em sistemas pegmatíticos diversificados Uso de indicadores estruturais, mineralógicos e geoquímicos expressos na Cintura

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E MINERALÓGICA DOS GRANULITOS DA ÁREA DE CRUZEIRO DO SUL, DOMÍNIO BACAJÁ, PROVÍNCIA TRANSAMAZONAS

CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E MINERALÓGICA DOS GRANULITOS DA ÁREA DE CRUZEIRO DO SUL, DOMÍNIO BACAJÁ, PROVÍNCIA TRANSAMAZONAS CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E MINERALÓGICA DOS GRANULITOS DA ÁREA DE CRUZEIRO DO SUL, DOMÍNIO BACAJÁ, PROVÍNCIA TRANSAMAZONAS Mariane de Jesus Pereira da Silva 1 Gilmara Regina Lima Feio 2 1. INTRODUÇÃO

Leia mais

Geologia, problemas e materiais do quotidiano

Geologia, problemas e materiais do quotidiano Biologia e Geologia 11º ano Tema 4 Geologia, problemas e materiais do quotidiano 4.2. Processos e materiais importantes em ambientes terrestres 2016 Magmatismo - Rochas Magmáticas Magmatismo - Rochas Magmáticas

Leia mais

5 Materiais estudados

5 Materiais estudados 5 Materiais estudados Para atender os objetivos desta tese, foram selecionados solos com características distintas (granulometria, mineralogia, grau de alteração e origem) provenientes de dois perfis de

Leia mais

GEOLOGIA GERAL GEOGRAFIA

GEOLOGIA GERAL GEOGRAFIA GEOLOGIA GERAL GEOGRAFIA Segunda 18 às 20h Quarta 20 às 22h museu IC II Aula 5 Rochas Ígneas Turma: 2016/01 Profª. Larissa Bertoldi larabertoldi@gmail.com Minerais Rochas Rochas são agregados naturais

Leia mais

DADOS PRELIMINARES DA ESTRUTURA CRISTALINA DA GAHNITA GEMOLÓGICA DO PEGMATITO ALTO MIRADOR, PROVÍNCIA PEGMATÍTICA DA BORBOREMA, NE DO BRASIL

DADOS PRELIMINARES DA ESTRUTURA CRISTALINA DA GAHNITA GEMOLÓGICA DO PEGMATITO ALTO MIRADOR, PROVÍNCIA PEGMATÍTICA DA BORBOREMA, NE DO BRASIL DADOS PRELIMINARES DA ESTRUTURA CRISTALINA DA GAHNITA GEMOLÓGICA DO PEGMATITO ALTO MIRADOR, PROVÍNCIA PEGMATÍTICA DA BORBOREMA, NE DO BRASIL Dwight Rodrigues Soares 1 Ana Cláudia Mousinho Ferreira 1 Rodrigo

Leia mais

MINAS DA PANASQUEIRA

MINAS DA PANASQUEIRA MINAS DA PANASQUEIRA Breve resenha histórica As Minas da Panasqueira situam-se na vertente mais a sul do sistema montanhoso da Serra da Estrela (Serra do Açor), cuja sede se localiza na Barroca Grande,

Leia mais

ROCHAS ÍGNEAS ENG1202-LABORATÓRIO DE GEOLOGIA. Prof. Patrício Pires 20/03/2012

ROCHAS ÍGNEAS ENG1202-LABORATÓRIO DE GEOLOGIA. Prof. Patrício Pires 20/03/2012 ROCHAS ÍGNEAS ENG1202-LABORATÓRIO DE GEOLOGIA 20/03/2012 Prof. Patrício Pires patricio.pires@gmail.com Rochas Magmáticas O que é uma Rocha Magmática? O que acontece durante o arrefecimento e cristalização

Leia mais

Conceitos e Classificações de Jazigos Minerais. Morfologias. Estruturas internas. Texturas. Preenchimento. Substituição.

Conceitos e Classificações de Jazigos Minerais. Morfologias. Estruturas internas. Texturas. Preenchimento. Substituição. RG2009 Conceitos e Classificações de Jazigos Minerais Morfologias. Estruturas internas. Texturas. Preenchimento. Substituição. Explorabilidade. Métodos de exploração. Tratamento mineralúrgico. Qual a importância

Leia mais

Juliana da Conceição Gomes Ferreira. Amazonites de Valença Norte de Portugal. Universidade do Minho Escola de Ciências.

Juliana da Conceição Gomes Ferreira. Amazonites de Valença Norte de Portugal. Universidade do Minho Escola de Ciências. Juliana da Conceição Gomes Ferreira Amazonites de Valença Norte de Portugal UMinho 2015 Juliana da Conceição Gomes Ferreira Amazonites de Valença Norte de Portugal Universidade do Minho Escola de Ciências

Leia mais

CAPÍTULO 2 ASPECTOS FISIOGRÁFICOS Clima Relevo Hidrografia Solos Vegetação... 13

CAPÍTULO 2 ASPECTOS FISIOGRÁFICOS Clima Relevo Hidrografia Solos Vegetação... 13 ÍNDICE AGRADECIMENTOS RESUMO ABSTRACT CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO... 01 1.1 Localização e Vias de Acesso 01 1.2 Água e Mineração em Coronel Murta... 01 1.3 Objetivo... 04 1.4 Levantamento de Dados Físico-Químicos

Leia mais

GEOLOGIA DAS ROCHAS GRANÍTICAS E METASSEDIMENTARES

GEOLOGIA DAS ROCHAS GRANÍTICAS E METASSEDIMENTARES Capítulo III GEOLOGIA DAS ROCHAS GRANÍTICAS E METASSEDIMENTARES 1 - INTRODUÇÃO: Este capítulo tem por objetivo investigar a natureza e interrelações entre as rochas graníticas e metassedimentares que ocorrem

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS O SIGNIFICADO DOS ENCLAVES MICROGRANULARES FÉLSICOS NA EVOLUÇÃO DE MAGMAS GRANÍTICOS: PETROLOGIA DOS ENCLAVES DO PLÚTON SALTO, BATÓLITO ITU, SP Giovanna

Leia mais

PATRIMÓNIO GEOLÓGICO PORTUGUÊS PROPOSTA DE CLASSIFICAÇÃO

PATRIMÓNIO GEOLÓGICO PORTUGUÊS PROPOSTA DE CLASSIFICAÇÃO PATRIMÓNIO GEOLÓGICO PORTUGUÊS PROPOSTA DE CLASSIFICAÇÃO Identificação do(a) proponente Nome: Instituição: Morada: Telefone: Fax: E-mail: Sócio(a) do Grupo ProGEO-Portugal: Sim Não Enviar, depois de devidamente

Leia mais

RELATÓRIO DO GRUPO DE TRABALHO LÍTIO

RELATÓRIO DO GRUPO DE TRABALHO LÍTIO RELATÓRIO DO GRUPO DE TRABALHO LÍTIO Criado por Despacho n.º 15040/2016 de S.E. o Secretário de Estado da Energia publicado no DR, 2.ª série, de 13 de dezembro de 2016 NOTA INTRODUTÓRIA A presente versão

Leia mais

ESTUDO DAS PROPRIEDADES MINERALÓGICAS E PETROGRÁFICAS DOS GNAISSES GRANÍTICOS DA REGIÃO DE ALFENAS - MG E SUA APLICAÇÃO NO SETOR DE ROCHAS ORNAMENTAIS

ESTUDO DAS PROPRIEDADES MINERALÓGICAS E PETROGRÁFICAS DOS GNAISSES GRANÍTICOS DA REGIÃO DE ALFENAS - MG E SUA APLICAÇÃO NO SETOR DE ROCHAS ORNAMENTAIS ESTUDO DAS PROPRIEDADES MINERALÓGICAS E PETROGRÁFICAS DOS GNAISSES GRANÍTICOS DA REGIÃO DE ALFENAS - MG E SUA APLICAÇÃO NO SETOR DE ROCHAS ORNAMENTAIS LAURA CRISTINA DIAS 1 e LINEO APARECIDO GASPAR JUNIOR

Leia mais

Foliações & Lineações

Foliações & Lineações Foliações: Foliações & Lineações 1 - Definição 2 - Classificação de Foliações Secundárias 3 - Relação Entre Foliação e Dobras 4 - Tipos Especiais de Foliações 5 - Relação Entre Foliação e Strain 6 - Mecanismos

Leia mais

Detecção remota aplicada à prospecção de jazigos de minerais metálicos na zona centro de Portugal (região de Góis) R. Manuel, M.G. Brito & C.P.

Detecção remota aplicada à prospecção de jazigos de minerais metálicos na zona centro de Portugal (região de Góis) R. Manuel, M.G. Brito & C.P. Detecção remota aplicada à prospecção de jazigos de minerais metálicos na zona centro de Portugal (região de Góis) R. Manuel, M.G. Brito & C.P. Rosa XIX Encontro Nacional do Colégio de Engenharia Geológica

Leia mais

URI:http://hdl.handle.net/ / DOI:http://dx.doi.org/ / _32

URI:http://hdl.handle.net/ / DOI:http://dx.doi.org/ / _32 O greisen do depósito de caulino de S Vicente de Pereira Jusã (Ovar): análise geoquímica da associação quartzomoscovite Autor(es): Velho, José; Miranda, Alcina; Cerdeira, M Publicado por: URL persistente:

Leia mais

Magmatismo Carbónico nos terrenos de Alto-grau Metamórfico de Évora: exemplo do maciço dos Hospitais

Magmatismo Carbónico nos terrenos de Alto-grau Metamórfico de Évora: exemplo do maciço dos Hospitais Magmatismo Carbónico nos terrenos de Alto-grau Metamórfico de Évora: exemplo do maciço dos Hospitais Moita P. (1), Pereira, F (1) e Santos J. (2) 1 Centro de Geofísica de Évora, Depto Geociências, Universidade

Leia mais

ROCHAS ÍGNEAS. Identificação Macroscópica

ROCHAS ÍGNEAS. Identificação Macroscópica ROCHAS ÍGNEAS Identificação Macroscópica RECONHECER DESCREVER CLASSIFICAR ROCHAS ÍGNEAS RELATÓRIO DE PETROGRAFIA Quais os parâmetros a considerar na descrição/classificação de uma rocha ígnea? A. Estrutura

Leia mais

Figura 1 Mapa de localização do Depósito Pilar (fonte: arquivos MSOL/2006)

Figura 1 Mapa de localização do Depósito Pilar (fonte: arquivos MSOL/2006) LISTA DAS FIGURAS Figura 1 Mapa de localização do Depósito Pilar (fonte: arquivos MSOL/2006) Figura 2 - Mapa geológico simplificado do Cráton do São Franciso (segundo Schobbenhaus e Bellizzia, 2000); Limites

Leia mais

GEOLOGIA GERAL GEOGRAFIA

GEOLOGIA GERAL GEOGRAFIA GEOLOGIA GERAL GEOGRAFIA Segunda 18 às 20h Quarta 20 às 22h museu IC II Aula 8 Rochas Metamórficas Turma: 2016/01 Profª. Larissa Bertoldi larabertoldi@gmail.com Metamorfismo Conjunto de processos pelos

Leia mais

POR NEFTALI DA COSTA FONSECA. Nestas notas procura fazer-se uma síntese geológico-genética

POR NEFTALI DA COSTA FONSECA. Nestas notas procura fazer-se uma síntese geológico-genética NOTAS SÔBRE 0 JAZIGO DE VOLFRÂMIO DA PANASQUEIRA POR NEFTALI DA COSTA FONSECA ENG.O DE MINAS (U. p.) Nestas notas procura fazer-se uma síntese geológico-genética de um dos mais. importantes jazigos europeus

Leia mais

FERREIRA, M. D.; SILVA, V.; LIMA, M. F.; LEAL GOMES, C.

FERREIRA, M. D.; SILVA, V.; LIMA, M. F.; LEAL GOMES, C. Cadernos Lab. Xeolóxico de Laxe Coruña. 1999. Vol. 24, pp. 31-44 Anatomia de algumas ocorrências de gemas e seu enquadramento em protocolos de ordenamento territorial contributo para uma reflexão sobre

Leia mais

Obsidiana ROCHAS ÍGNEAS. Jhon Wesley S. Gomes Igor Honorato Dutra

Obsidiana ROCHAS ÍGNEAS. Jhon Wesley S. Gomes Igor Honorato Dutra Obsidiana ROCHAS ÍGNEAS Jhon Wesley S. Gomes Igor Honorato Dutra ROCHAS ÍGNEAS - DEFINIÇÃO A palavra ígnea vem do latim ignis que significa fogo. Podem ser chamadas de rochas magmáticas ou rochas eruptivas

Leia mais

Apêndice VIII Teste diagnóstico da componente de Geologia. Formação das Rochas Magmáticas

Apêndice VIII Teste diagnóstico da componente de Geologia. Formação das Rochas Magmáticas O TRABALHO LABORATORIAL SEGUNDO A APRENDIZAGEM BASEADA NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS: CONSTRUÇÃO DE ÁRVORES FILOGENÉTICAS E ESTUDO DA FORMAÇÃO E EVOLUÇÃO DOS MAGMAS 1 Apêndice VIII Teste diagnóstico da componente

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO DOS PEGMATITOS DA ZAMBÉZIA (MOÇAMBIQUE) *

CLASSIFICAÇÃO DOS PEGMATITOS DA ZAMBÉZIA (MOÇAMBIQUE) * CLASSIFICAÇÃO DOS PEGMATITOS DA ZAMBÉZIA (MOÇAMBIQUE) * por RUI MANUEL FIGUEIREDO DE BARROS ** RESUMO Enunciam-se as dificuldades que a variedade e complexidade dos pegmatitos oferecem à definição de critérios

Leia mais

MINAS DA PANASQUEIRA: TERRA DO VOLFRÂMIO

MINAS DA PANASQUEIRA: TERRA DO VOLFRÂMIO MINAS DA PANASQUEIRA: TERRA DO VOLFRÂMIO Comemoração do Terceiro aniversário do Roteiro das Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geológico de Portugal Romeu Vieira (Geólogo PhD. EurGeol) Sojitz Beralt

Leia mais

Geologia, problemas e materiais do quotidiano

Geologia, problemas e materiais do quotidiano Biologia e Geologia 11º ano Tema 4 Geologia, problemas e materiais do quotidiano 4.2. Processos e materiais importantes em ambientes terrestres 2016 Metamorfismo Transformações mineralógicas, químicas

Leia mais

contendo sulfetos, óxidos e gases Constituíntes do MAGMA O TiO 2 O 3 O Na 2 SiO 2 Al 2 FeO MgO CaO K 2 HCl HF N 2 O CO 2 CO SO 2 SO 3 S 2 H 2

contendo sulfetos, óxidos e gases Constituíntes do MAGMA O TiO 2 O 3 O Na 2 SiO 2 Al 2 FeO MgO CaO K 2 HCl HF N 2 O CO 2 CO SO 2 SO 3 S 2 H 2 ROCHAS ÍGNEAS Aula de hoje: Conceito, gênese, ocorrências, propriedades macroscópicas e identificação das Rochas Ígneas de interesse no estudo de solos MAGMA material em estado de fusão, viscoso, pastoso,

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE TECNOLOGIA EM GEOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA DISCIPLINA: GEOLOGIA ESTRUTURAL.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE TECNOLOGIA EM GEOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA DISCIPLINA: GEOLOGIA ESTRUTURAL. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE TECNOLOGIA EM GEOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA DISCIPLINA: GEOLOGIA ESTRUTURAL Tiago Miranda www.tiagomiranda.org {tiagogeoufpe@gmail.com} Ementa Geologia

Leia mais

Rui Sardinha, José Vítor Lisboa, Jorge Carvalho

Rui Sardinha, José Vítor Lisboa, Jorge Carvalho PUBLICADO NA REVISTA A PEDRA, Nº 5, DEZ2010, PP.20 23, ED. ASSIMAGRAS POTENCIALIDADES DAS ROCHAS GRANÍTICAS NO CONCELHO DE NISA Rui Sardinha, José Vítor Lisboa, Jorge Carvalho Desde há muito que o concelho

Leia mais

Unidade 3. Geologia, problemas e materiais do quotidiano. Capitulo 2. Processos e materiais geológicos importantes em ambientes terrestres.

Unidade 3. Geologia, problemas e materiais do quotidiano. Capitulo 2. Processos e materiais geológicos importantes em ambientes terrestres. Unidade 3 Geologia, problemas e materiais do quotidiano Capitulo 2 Processos e materiais geológicos importantes em ambientes terrestres. Aula Nº 74 24 Abr 09 Prof: Ana Capelo O QUE É O CICLO DAS ROCHAS?

Leia mais

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: GEOLOGIA ECONÔMICA E APLICADA

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: GEOLOGIA ECONÔMICA E APLICADA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: GEOLOGIA ECONÔMICA E APLICADA MINERALOGIA, TIPOLOGIA E

Leia mais

4 Área de Estudo e Amostragem

4 Área de Estudo e Amostragem 4 Área de Estudo e Amostragem 4.1. Área de Estudo Escolheu-se dos tipos de solo para o desenvolvimento desta pesquisa. O primeiro consiste em um solo residual Jovem, enquanto que o segundo é um solo Colúvionar.

Leia mais

Ciências Naturais, 5º Ano. Ciências Naturais, 5º Ano FICHA DE TRABALHO 1. Escola: Nome: Turma: N.º:

Ciências Naturais, 5º Ano. Ciências Naturais, 5º Ano FICHA DE TRABALHO 1. Escola: Nome: Turma: N.º: Conteúdo: Rochas e Minerais FICHA DE TRABALHO 1 litosfera granito minerais Conteúdo: Rochas e Minerais FICHA DE TRABALHO 1 litosfera granito minerais rochas cristais um único rochas cristais um único geologia

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA DISCIPLINA: DESENHO GEOLÓGICO DOBRAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA DISCIPLINA: DESENHO GEOLÓGICO DOBRAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA DISCIPLINA: DESENHO GEOLÓGICO DOBRAS Dobras são respostas das rochas a esforços através de deformação ductil, tornando curvas

Leia mais

Capítulo 6 CONCLUSÕES

Capítulo 6 CONCLUSÕES Capítulo 6 CONCLUSÕES O Orógeno Araçuaí Congo Ocidental caracteriza-se como uma região orogênica confinada à reentrância limitada pelos crátons do São Francisco e Congo (e.g. Pedrosa-Soares et al. 2007).

Leia mais

CAPÍTULO V-MINERAGRAFIA E QUÍMICA MINERAL DA UNIDADE SULFETADA

CAPÍTULO V-MINERAGRAFIA E QUÍMICA MINERAL DA UNIDADE SULFETADA CAPÍTULO V-MINERAGRAFIA E QUÍMICA MINERAL DA UNIDADE SULFETADA V.1- MINERAGRAFIA V.1.1- INTRODUÇÃO Estudos microscópicos detalhados para a caracterização dos minerais opacos foram realizados sobre preparações

Leia mais

Magmas e formação de rochas ígneas

Magmas e formação de rochas ígneas Magmas e formação de rochas ígneas O que é um magma? Um fundido (geralmente silicatado) + cristais + gases (H 2 O, CO 2 SO 2, Cl, F, etc ), que é gerado no interior da Terra, provido de mobilidade. Quando

Leia mais

Agregados de minerais

Agregados de minerais Mineral Substância natural, formada em contextos geológicos (ou biológicos), sólida, com estrutura cristalina, composição química definida e propriedades físicas específicas Definição 1 Hematite (Fe2O3)

Leia mais

INTRODUÇÃO À GEOTECNIA (TEC00249)

INTRODUÇÃO À GEOTECNIA (TEC00249) INTRODUÇÃO À GEOTECNIA (TEC00249) Ciclo das Rochas e Tipos de Rochas Prof. Manoel Isidro de Miranda Neto Eng. Civil, DSc Estrutura da terra: a crosta e as rochas Ciclo das Rochas: Subducção de crosta oceânica

Leia mais

GEOLOGIA E PETROLOGIA DAS INTRUSÕES BÁSICAS ASSOCIADAS À PROVÍNCIA MAGMÁTICA DO PARANÁ NO CENTRO-LESTE DO RS

GEOLOGIA E PETROLOGIA DAS INTRUSÕES BÁSICAS ASSOCIADAS À PROVÍNCIA MAGMÁTICA DO PARANÁ NO CENTRO-LESTE DO RS GEOLOGIA E PETROLOGIA DAS INTRUSÕES BÁSICAS ASSOCIADAS À PROVÍNCIA MAGMÁTICA DO PARANÁ NO CENTRO-LESTE DO RS Carla C. Treib Sarmento; Carlos Augusto Sommer; Evandro Fernandes de Lima Programa de Pós-graduação

Leia mais

Portugueses de Lepidolite

Portugueses de Lepidolite Recuperação de Lítio L de Minérios Portugueses de Lepidolite Carlos Nogueira LNEG UPCS - Unidade de Produção-Consumo Sustentável Mini-Fórum CYTED-IBEROEKA Valorização de Pegmatitos Litiníferos (Lítio)

Leia mais

AMBIENTES MAGMÁTICOS

AMBIENTES MAGMÁTICOS AMBIENTES MAGMÁTICOS DEFINIÇÃO DE MAGMA É uma mistura de compostos sólidos, líquidos e gasosos. Com o arrefecimento, os elementos químicos associam-se em cristais. A temperatura do magma ronda valores

Leia mais

Aplicação da Microssonda Eletrônica na Análise de Proveniência: Granadas Traçadores de Áreas-fonte nas Bacias de Santos e Pelotas

Aplicação da Microssonda Eletrônica na Análise de Proveniência: Granadas Traçadores de Áreas-fonte nas Bacias de Santos e Pelotas Aplicação da Microssonda Eletrônica na Análise de Proveniência: Granadas Traçadores de Áreas-fonte nas Bacias de Santos e Pelotas Remus, M.V.D. 1 ; De Ros, L.F. 1 ; Dillenburg, S 2 ; Splendor, F. 3, Nunes,

Leia mais

Composição química: 74,2% de SiO 2 (rocha ácida) e mais de de Al 2 O 3, K 2 O e Na 2 O.

Composição química: 74,2% de SiO 2 (rocha ácida) e mais de de Al 2 O 3, K 2 O e Na 2 O. 1. Identificação da Equipa Escola: Equipa: Localização [Vila/cidade/distrito e país] Escola Secundária de Maximinos Gregorianos (alunos do 11º 2 e prof. Adelaide Sousa) Braga/ Braga/ Portugal 2. Caracterização

Leia mais

O método Rb-Sr. Os cuidados na coleta de amostras para a sistemática Rb-Sr, no geral são os mesmos dos para a coleta para Ar-Ar e Sm-Nd.

O método Rb-Sr. Os cuidados na coleta de amostras para a sistemática Rb-Sr, no geral são os mesmos dos para a coleta para Ar-Ar e Sm-Nd. O método Rb- Sistemática Rb- Os cuidados na coleta de amostras para a sistemática Rb-, no geral são os mesmos dos para a coleta para Ar-Ar e Sm-Nd. O tamanho da amostra deve ser aproximadamente 10 (dez)

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA-GEOTÉCNICA DE DUAS JAZIDAS UTILIZADAS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL LOCALIZADAS NO BATÓLITO DE PELOTAS/RS

CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA-GEOTÉCNICA DE DUAS JAZIDAS UTILIZADAS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL LOCALIZADAS NO BATÓLITO DE PELOTAS/RS CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA-GEOTÉCNICA DE DUAS JAZIDAS UTILIZADAS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL LOCALIZADAS NO BATÓLITO DE PELOTAS/RS Rael Ernani Wojahn Mestrando Universidade Estadual de Londrina Email: raelernani@gmail.com

Leia mais

Leia atentamente os textos e as questões que se seguem e indique a resposta ou a letra da opção correta no local da folha de respostas no final.

Leia atentamente os textos e as questões que se seguem e indique a resposta ou a letra da opção correta no local da folha de respostas no final. Escola Prof. Reynaldo dos Santos Vila Franca de Xira Biologia e Geologia - 11º ano - Teste de Avaliação Maio 2018 Tema 4 Geologia: Rochas Magmáticas e Metamórficas; Recursos Geológicos Leia atentamente

Leia mais

MODIFICAÇÕES SEDIMENTARES NA

MODIFICAÇÕES SEDIMENTARES NA MODIFICAÇÕES SEDIMENTARES NA PLATAFORMA CONTINENTAL ADJACENTE AO PORTO DE SINES Este estudo insere-se no projeto Caracterização ambiental da área de expansão marítima do porto de Sines e região envolvente,

Leia mais

MAPA DE TEXTURAS DE MINÉRIOS

MAPA DE TEXTURAS DE MINÉRIOS Recursos Geológicos MAPA DE TEXTURAS DE MINÉRIOS GUIA DE APOIO ÀS AULAS PRÁTICAS DE MICROSCOPIA EM LUZ REFLECTIDA Manuel Francisco Costa Pereira ENG. GEOLÓGICA E DE MINAS CLASSIFICAÇÃO TEXTURAL DE MINÉRIOS

Leia mais

Ciências Geológicas: Ensino, Investigação e sua História Volume I. Geologia Clássica. Publicação Comemorativa do ANO INTERNACIONAL DO PLANETA TERRA

Ciências Geológicas: Ensino, Investigação e sua História Volume I. Geologia Clássica. Publicação Comemorativa do ANO INTERNACIONAL DO PLANETA TERRA Ciências Geológicas: Ensino, Investigação e sua História Volume I Geologia Clássica Publicação Comemorativa do ANO INTERNACIONAL DO PLANETA TERRA Associação Portuguesa de Geólogos Sociedade Geológica de

Leia mais

Roberta Bomfim Boszczowski e Laryssa Petry Ligocki. Características Geotécnicas dos Solos Residuais de Curitiba e RMC

Roberta Bomfim Boszczowski e Laryssa Petry Ligocki. Características Geotécnicas dos Solos Residuais de Curitiba e RMC Roberta Bomfim Boszczowski e Laryssa Petry Ligocki Características Geotécnicas dos Solos Residuais de Curitiba e RMC MAPA GEOLÓGICO CARACTERÍSTICAS REGIONAIS Rochas do embasamento: condições muito boas

Leia mais

Arquipélago das Berlengas

Arquipélago das Berlengas 1. Identificação da Equipa Escola: Escola E. B. 2,3 Dr. João das Regras, Lourinhã Equipa: Localização Vila/cidade/distrito/pais Rocha Amiga 8A Lourinhã, Lisboa, Portugal 2. Caracterização do Meio Envolvente

Leia mais