HISTÓRIA DE VIDA DE DORIVAL DE ALMEIDA

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Madalena Rijo de Figueiredo
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HISTÓRIA DE VIDA DE DORIVAL DE ALMEIDA Eva Loreci de Almeida e Dorival de Almeida Nasceu na cidade de Vera Cruz, no dia dez de março de 1945.

Foi aluno do antigo colégio Nossa Senhora das Graças e teve como professora Maria Neves, nos seus primeiros anos de estudos.

1 HISTÓRIA DE VIDA DE DORIVAL DE ALMEIDA Eva Loreci de Almeida e Dorival de Almeida Nasceu na cidade de Vera Cruz, no dia dez de março de Era o quarto irmão dos nove filhos que Luis Ernesto e Maria Gabriela tiveram. Foi aluno do antigo colégio Nossa Senhora das Graças e teve como professora Maria Neves, nos seus primeiros anos de estudos. Essa escola se situava no bairro Bom Jesus, aqui na cidade de Santa Cruz do Sul. Dorival de Almeida conheceu sua esposa Eva Loreci de Almeida no ano de Namoraram por sete anos e casaram em Tiveram dois filhos, Luis Eduardo e Leia Raquel. Eduardo casou com Rosane e são pais de Maria Eduarda, primeira neta de Dorival. Já Leia casou com Adriano e também deram a ele um neto chamado Pedro Gabriel. Dorival e Eva foram muito felizes. Enfrentaram problemas como todos os casais, mas passaram por tudo unidos e com muito amor, vivendo juntos por quase 40 anos. Apesar dos problemas de saúde com os filhos e a esposa e ele, sempre se manteve firme e forte no seu trabalho como pedreiro. Família Almeida

2 Trabalhou durante anos na Suma Engenharia entre outras empresas em que ficou sempre conhecido pelo pleno cumprimento dos seus deveres. Honesto e caprichoso nos mínimos detalhes do seu trabalho, nos finais de semana que não fazia horas extras, ajudava o sogro em casa, cortando lenha, limpando o pátio. Aos domingos depois de ir à missa, Dorival voltava para casa de mãos dadas com sua esposa Eva - pois afinal - sempre estavam de mãos dadas, era uma marca que acompanhava o casal por todos os lugares que iam. Eram eternos namorados, como dizia a amiga Candelária e outros tantos vizinhos que acompanhavam os passos daqueles dois. Dorival e Evinha (como é mais conhecida) passeavam bastante na casa dos cunhados, amigos. Quando iam à Tita, cunhada de Dorival, ele não deixava de saborear o feijão e a carne frita, seus pratos favoritos. Mas também gostava muito de pão caseiro e peixe. E cozinhava bem também fazendo ótimos carreteiros de linguiça e batatinha. Torcedor do internacional gostava de expor uma toalha do time na janela a cada vitoria, mas muito discreto, pois nunca foi de brigar ou discutir por causa disso. Gostava também de jogar canastra e pife com os amigos, mas nunca por dinheiro. Não bebia e muito menos fumava. Eternos namorados Sempre com poucas palavras, Vale, como se tornou conhecido entre os amigos e parentes, sempre demonstrou felicidade pela família que constituiu. Sorria, cheio de paz e alegria, carregado de ternura e paciência. Nunca se ouviu dizer que Vale tinha tratado alguém mal ou que tenha sido agressivo com alguém. Na infância de seus filhos, era comum ver a família reunida em cima da cama, cobertos pelo cobertor verde, ouvindo piadas que ele não se cansava de contar do

Levou também o sobrinho Marcelo nas festas da empresa que trabalhava para oportunizar uma tarde de alegria para o menino.

3 Mazaropi e outras conhecidas. Adorava levar as sobrinhas Luci, Nanda e Tati na oktoberfest. Andava nos brinquedos fazendo companhia para as meninas vislumbradas com aquele lugar de tantas luzes e música. Levou também o sobrinho Marcelo nas festas da empresa que trabalhava para oportunizar uma tarde de alegria para o menino. Com a neta Maria Eduarda Por isso, Dorival não era só pai do Kiko e da Kika, mas era pai, tio, irmão de tantos outros que precisavam dele e que por ele nutriam grande carinho, respeito e estima. Tinha muito orgulho dos filhos. Vibrava com as conquistas deles, como o primeiro carro, a faculdade, formatura, casamento, nascimento dos netos. Dorival tinha cabelo branco desde muito cedo. Era conhecido por muitos por vô Vale, vô Zale, para aqueles, como o João Vitor que não conseguia pronunciar corretamente seu nome. Com o neto João Vitor Mas, foi com 60 anos que ele teve a primeira neta. No dia que a Duda nasceu, Dorival chorou de felicidade: tamanho era o orgulho do filho que ele tanto e sempre amou e tamanha era a gratidão pela nora Rosane, imensa era a felicidade pela nova vida que ali surgia. Pode brincar bastante com a neta. Agradeceu todos os dias que pode estar com ela.

4 Já doente, soube que a filha estava grávida. Como o Alzheimer já o atacava, muitas vezes esquecia e não entendia que a filha a cada novo dia aparecia com uma barriga maior e ele sorria e dizia que seria seu afilhado... Para depois, quando então a memória lhe vinha - reconhecer que seria avô de novo e agora de um menino. Pedro Gabriel nasceu no dia 02 de março e no dia 10, aniversário do avô, o conheceu. Ainda que doente, e quase sem fala, o abençoou naquela tarde de chuva. Disse: Deus te abençoe. Não pode brincar com ele, mas nem por isso seu neto não saberá com o tempo o grande homem que seu avô era e o quanto o teria amado. Passou por um período de quatro anos de enfermidade. Com o surgimento da diabetes, vieram outras complicações cardíacas e cerebrais como o mal de Alzheimer. A doença foi levemente progredindo. Foram algumas internações hospitalares e uma em casa. Nos últimos meses de vida o sofrimento aumentou, pois não podendo comer nada, teve que ser submetido a sondas. Como não podia sair de casa, muitas vezes enquanto Eva precisava cumprir os compromissos, ele precisou ficar na companhia de outras pessoas especiais como o cunhado e afilhado Paulo, a cunhada Egidia e o vizinho Marcelo, que o cuidava com alegria e gratidão pelo grande cunhado, tio, amigo que sempre foi. Festa de aniversário com a neta Maria Eduarda Até a Duda, a netinha, queria ajudar informando para vovó Evinha como o vovozinho estava.

Numa tarde, quando junto com estes estavam Jurema, a cunhada e a filha Leia, no final da oração ele disse: obrigado.

5 Durante os últimos meses, Dorival foi acolhido pelos irmãos e amigos da casa espírita Chico Xavier. Todos os sábados, às 14h, os amigos vinham fazer o evangelho no lar e mesmo sem ter condições de muitas respostas, Dorival, sereno, orava e agradecia pelo dom da vida. Numa tarde, quando junto com estes estavam Jurema, a cunhada e a filha Leia, no final da oração ele disse: obrigado. Com seu gato Pedrinho Na última páscoa da sua vida, ele estava internado novamente no hospital Ana Nery. Olhou para Eva, sua esposa amada, dedicada e sempre fiel ao seu lado e disse: mãe, feliz páscoa! E pediu um beijo. Eva deu, carinhosamente. E pela última vez ouviu a voz do seu amado Dorival. Naquele mesmo dia, o vizinho de quarto se surpreendeu dizendo: seu Dorival fala! Para quem não o conhecia talvez realmente duvidassem que ele falasse. Pois, no silêncio sagrado do seu coração, era homem de poucas palavras e muitos gestos de

bondade. Sorria, acariciava seus filhos e sua neta, brincava com as flores, a grama e os animais, sorria com os vizinhos e sempre muito simpático oferecia a todos sua amizade.

6 bondade. Sorria, acariciava seus filhos e sua neta, brincava com as flores, a grama e os animais, sorria com os vizinhos e sempre muito simpático oferecia a todos sua amizade. No dia 5 de maio foi para casa com atendimento domiciliar, mas precisou retornar ao hospital no dia 10, quando as lâmpadas do seu corredor já começavam se apagar. Não falou mais. E também não abriu os olhos. Casamento do filho Luis Eduardo Dia 13 de maio, a filha Leia dançava com o neto nos braços em casa sobre a música Ando devagar, pois eu já tive pressa e levo esse sorriso porque já chorei demais..., sentiu uma leve presença em sua casa... Como se fosse um adeus, um afago de pai... Sentiu ali que o pai que ela tanto amava estava indo embora. Aproveitou e pediu que Nossa Senhora de Fátima o levasse já que era seu dia. No dia 14 de maio, às 6h28min ele abriu os olhos e olhou com todo amor para Eva que disse: tu abriste os olhinhos, meu amor? E ele sorriu e foi embora. Acabou seu sofrimento e ele voltou para casa do Pai.

7 Não está mais sobre aquela cama, nem no leito do hospital. Estará para sempre onde nós estamos, porque o carregaremos para sempre em nosso coração. Para aqueles que não conheceram Dorival perderam a oportunidade conhecer um homem bondoso, humilde e feliz. Para quem o conheceu e sente saudade, pode reconhecê-lo e revê-lo na bondade do filho Eduardo, na coragem da filha Leia na alegria da neta Maria Eduarda e na esperança do pequeno Pedro Gabriel... Todos seus descendentes que contarão para toda a eternidade a graça e a historia da vida deste bom homem.

8 MOMENTOS ESPECIAIS NA VIDA DE DORIVAL DE ALMEIDA Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós não entramos na vida de alguém sem nenhuma razão... (Chico Xavier)

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