TELEVISÃO DIGITAL TERRESTRE. Pedro Gonçalves, Nº João Gonçalves Nº.57940

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "TELEVISÃO DIGITAL TERRESTRE. Pedro Gonçalves, Nº João Gonçalves Nº.57940"

Transcrição

1 TELEVISÃO DIGITAL TERRESTRE Pedro Gonçalves, Nº João Gonçalves Nº Instituto Superior Técnico Av. Rovisco Pais, Lisboa, Portugal {pedrocgoncalves, RESUMO Neste artigo descreve-se o funcionamento da televisão digital terrestre (TDT), baseado na norma DVB-T (Digital Video Broadcasting - Terrestrial). Este sistema vem substituir o sistema analógico terrestre ultrapassando algumas das suas restrições, fazendo um uso mais eficiente do espectro radioeléctrico e cumprindo com as exigências que hoje em dia se colocam em matéria de protecção contra interferências, proporcionando também uma plataforma de evolução tecnológica para sistemas interactivos, no quadro da inevitável convergência multimédia. Este novo sistema implica que os utilizadores disponham de equipamentos compatíveis. Palavras-chave DVB-T, Televisão Digital Terrestre, TDT, MPEG-2, MPEG-4/H INTRODUÇÃO Desde o seu aparecimento em 1926, o conceito de Televisão evoluiu bastante. O que outrora era uma caixa grande a preto e branco, é agora uma espécie de quadro que até pode ser colocado na parede, a cores (ver Figura 1). Também evoluiu bastante em termos de conteúdos e aplicações disponibilizados aos utilizadores. O que começou por ser um aparelho que servia para assistir a um ou dois canais, evoluiu para algo bem mais complexo e userfriendly, sendo que o utilizador deixou de ser um elemento passivo no sistema, para passar a ser um elemento activo, pois já pode decidir o que quer ver/fazer, podendo interagir com os conteúdos através dos equipamentos. A grande viragem na televisão coincidiu com o aparecimento do consórcio DVB, cujo principal objectivo era criar as condições necessárias à implementação da transmissão digital na Europa. A TDT, que utiliza a solução DVB-T na Europa, foi uma significativa evolução tecnológica, representando um novo paradigma em termos de comunicação audiovisual. Este sistema traz vantagens tais como, melhoramentos na qualidade de imagem e som, recepção de internet na TV, planificação da programação e um maior número de canais Para além do DVB-T, utilizado na Europa, existem ainda outras soluções para a TDT: Advanced Television Systems Committee (ATSC), utilizado na America do Norte; Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial (ISDB-T) utilizado no Japão, normalizado pela Association of Radio Industries and Businesses (ARIB); e Sistema Brasileiro de Televisão Digital - Terrestre (SBTVD-T) baseado na solução japonesa. Estes sistemas são semelhantes mas diferem sobretudo na codificação do áudio e na modulação [2]. 2. ARQUITECTURA A arquitectura da TDT é ilustrada pela figura seguinte: Figura 1: Arquitectura da TDT [3]. Em primeiro lugar, os conteúdos são produzidos pelos canais em formato digital e codificados segundos as normas adoptadas por esse país tanto para codificação de vídeo como para codificação de áudio. De seguida, esses conteúdos (sons e imagens) são difundidos através da atmosfera pelos centros emissores, sendo apenas necessário que estes funcionem segundo a tecnologia DVB-T. Já nas nossas casas, esse sinal é recebido através das antenas receptoras dos nossos prédios/habitações e posteriormente Figura 2: Evolução da TV [1]. 1

2 será descodificado pelos descodificadores de TDT (independentes ou integrados nas nossas TV s) aos conteúdos de cada canal. Esses descodificadores têm de ser compatíveis com as normas utilizadas nesse país [3] Sinal de Áudio Figura 4: Símbolo português da TDT [3]. Figura 3: Diferentes dispositivos de recepção de TDT 3. TECNOLOGIAS RELEVANTES 3.1. Compressão do Sinal Todos os sinais de áudio e vídeo têm de ser comprimidos antes de serem transmitidos, caso contrário a sua dimensão seria excessiva para a sua transmissão, exigindo um débito binário bastante elevado (não esquecer que o objectivo também é enviar simultaneamente vários canais de televisão) Sinal de Vídeo De acordo com a norma DVB-T, são utilizadas duas normas de compressão do sinal de vídeo para TDT: MPEG-2 e MPEG-4/H.264 [4]. Na maior parte dos países da Europa, o sinal de vídeo é codificado através da norma MPEG-2, mas no caso português, optou-se pela norma MPEG-4/H.264. Esta situação origina alguns problemas, pois os descodificadores para MPEG-2 não podem receber sinais de vídeo codificados em MPEG-4/H.264 e vice-versa. Como a maior parte dos países europeus adoptou a norma MPEG-2 para codificação do sinal de vídeo, as televisões que já vêm com um descodificador integrado não funcionam em Portugal. Para tal, é preciso que os utilizadores adquiram um descodificador para MPEG-4/H.264 externo, de modo a conseguirem receber o sinal de vídeo. Recentemente já existem algumas televisões com descodificador integrado MPEG-4/H.264, sendo que esses televisores apresentam o símbolo português da TDT (Figura 4). Na TDT, o sinal de áudio pode ser transmitido em mono, stereo ou multi-canal. Contudo, apenas será disponibilizado o fluxo de melhor qualidade com o objectivo de optimizar o espectro disponível. Os sinais de áudio são codificados através das normas MPEG. A secção de áudio da norma MPEG-2, definida na parte 3 1, aumenta a secção de áudio da norma MPEG-1 permitindo a codificação de programas de áudio com mais de dois canais, até 5.1 multicanal. Este método é compatível com versões anteriores (também conhecida como MPEG-2 BC), permitindo que os descodificadores de áudio MPEG-1 possam descodificar os dois principais componentes de stereo da apresentação. A MPEG- 2 parte 3 também define taxas de bits e taxas de amostragem adicionais para as layers I, II e III de áudio da MPEG-1. A parte 7 da norma MPEG-2 não é compatível com versões anteriores de áudio (também conhecida como MPEG-2 NBC). É conhecida como MPEG-2 AAC e é mais eficiente que as anteriores normas de áudio MPEG. A AAC também é definida na parte 3 da norma MPEG-4. Em Portugal é utilizada esta norma para codificação de áudio [4], [5] Codificação do Canal A partir do momento que o sinal é transmitido pela atmosfera (meio ruidoso), há que tomar precauções para diminuir a taxa de erros por símbolo, sendo isso feito através da codificação do canal de transmissão. Numa primeira fase, adiciona-se redundância no emissor ao sinal a transmitir de modo a ser possível detectar e corrigir erros de transmissão (símbolos FEC Forward Error Correction). No entanto, a introdução desta redundância irá aumentar o débito binário e originará um atraso maior na recepção do sinal. Depois, segundo a norma DVB-T, a codificação do canal é feita de acordo com a Figura 5 [6]. Figura 5: Diagrama de blocos do codificador de canal [6]. 1 Cada parte da norma MPEG-2 está explicada em

3 Tal como indicado na Figura 5, a codificação do canal é realizada em 4 etapas: RS (Reed-Solomon) Consiste num código que permite detectar e corrigir erros de transmissão até um número limite de bits errados. No DVB-T é utilizado o código RS (204,188), o que significa que em 204 bytes transmitidos 188 são de informação e 16 são de redundância, ou seja, por cada bloco de bytes transmitido, 16/188=8% dos mesmos é informação para correcção de erros. Este código tem capacidade para corrigir até 8 bytes por cada pacote de 188 bytes. Interleaver Nesta fase os dados são reordenados de uma maneira não contígua de forma a facilitar a recuperação de erros de burst, sendo usado em conjunto com o código Reed-Solomon. Codificação Convolucional e Puncturing Na codificação convolucional, é introduzida 100% de redundância nos dados de entrada, aumentando o débito binário para o dobro, reduzindo o code rate para metade. No entanto, como não é necessária a máxima robustez, são descartados alguns dos bits produzidos pelo codificador convolucional [7] Modulação do Sinal Após ter sido codificado, torna-se necessário modular o sinal de forma a podermos transmiti-lo pela atmosfera. É preciso tomar em linha de conta vários factores de forma a escolher o modulador mais adequado, tais como: Características do canal; Eficiência espectral; Robustez à distorção do canal; Tolerância a imperfeições no emissor/ receptor; Um dos factores mais importantes a ter em conta é o efeito multipath : O receptor recebe tanto o sinal principal, como réplicas devido às impurezas no ar, ondas reflectidas pelo meio ambiente, sinais recebidos por outras emissoras mais distantes, etc., e todas estas réplicas terão atrasos diferentes do sinal principal. Por essa razão, é bastante importante que a modulação escolhida possua um método de recuperar o sinal principal com ou sem a ocorrência deste efeito. Na norma DVB-T é utilizada a modulação OFDM (Orthogonal frequency-division multiplexing) Figura 6. Neste tipo de modulação, as frequências são divididas e multiplexadas de modo a poderem ser transmitidas em sub-portadoras. A modulação de cada uma das sub-portadoras pode ser realizada com QPSK, 16-QAM ou 64-QAM [6]. Para a informação poder ser recebida sem haver interferência entre os dados das várias sub-portadoras, recorre-se ao princípio de ortogonalidade. Segundo este princípio, as sub-portadoras dizem-se ortogonais se estas estiverem equi-espaçadas na frequência de modo a que as outras sub-portadoras sejam iguais a zero na posição central das outras sub-portadoras (ver Figura 7). Figura 7: Exemplo de sub-portadoras utilizadas em OFDM [8]. Para ultrapassar o efeito das réplicas, na modulação OFDM em cada símbolo recebido existe um intervalo de tempo que não é considerado (intervalo de guarda) de modo a que seja criado um intervalo de tempo livre de interferências. O comprimento do intervalo de guarda deverá ser igual ou superior ao maior atraso existente nos sinais que interferem com o original (ver Figura 8). Figura 8: Diagrama temporal do intervalo de guarda [6]. 4. NORMAS UTILIZADAS 4.1. DVB/DVB-T Figura 6: Sinal OFDM no tempo e na frequência. O Digital Video Broadcasting (DVB) foi criado em Setembro de 1993 com o objectivo de definir normas para a difusão digital de televisão em vários meios de transmissão. É um consórcio constituído por 260 membros de 35 países, nomeadamente produtores de conteúdos, fabricantes de equipamento, operadores de telecomunicações e organismos de regulamentação. Os diversos padrões DVB já foram adoptados em vários países e por diversos operadores de televisão diferindo entre eles o tipo de serviço e transmissão [9]: 3

4 DVB-T, DVB-T2 Transmissão terrestre com antenas convencionais; DVB-S, DVB-S2 Transmissão por satélite; DVB-C Transmissão por cabo; DVB-IPTV Transmissão por cabo telefónico; DVB-H Transmissão terrestre para dispositivos móveis. Apesar do consórcio ter sido criado por membros essencialmente europeus, o DVB-T tem vindo a ser adoptado por países em todo o mundo como ilustra a Figura 9. A grande meta do DVB é construir um ambiente que combine a estabilidade e interoperabilidade do mundo da televisão com o vigor, inovação e multiplicidade de serviços do mundo da Internet. Figura 9: DVB-T no mundo [10]. A norma foi definida em 1997, após a definição para o caso de satélite e cabo, tendo ocorrido as primeiras emissões comerciais no final de 1998, em Inglaterra. Com a implementação da tecnologia digital nas transmissões televisivas por radiofrequências é possível a recepção de múltiplos canais numa única frequência (actual canal analógico) com a utilização de transmissores multiplexer garantindo uma melhor qualidade audiovisual e funcionalidades adicionais. Por outro lado, em Março de 2006 surgiu uma nova versão desta norma terrestre com o objectivo de tornar a recepção de televisão mais robusta possibilitando também a transmissão de televisão de alta definição. Esta nova especificação (DVB-T2) [11], foi aprovada em Junho de 2008 e foi publicada em Julho de 2009, aumentando o bitrate acima de 30% para transmissores únicos e acima de 50% em redes grandes de frequências únicas, em comparação com a tecnologia DVB-T [12]. de frames com maior tamanho (incluindo HDTV) e também possibilita a utilização de vídeo entrelaçado. A norma MPEG-2 é composta actualmente por onze partes. Na primeira parte é especificada a layer de codificação do MPEG-2. Nesta, é definida uma estrutura multiplexada para combinação de áudio e vídeo e meios de representação de informação temporal necessária à reprodução de sequências sincronizada em tempo real. Na segunda parte é especificada a representação codificada de informação de vídeo e o processo de descodificação necessário à reconstrução das imagens. A terceira parte é referente à codificação e representação da informação de áudio. Na quarta, são definidos os testes de conformidade para descodificadores e streams. A quinta parte é denominada de Software Simulation, sendo responsável pela implementação de software referente a partes da especificação técnica. Na sexta, denominada de Extension for DSM-CC (Digital Storage Media Command Control) são especificados os protocolos de gestão e controlo. A sétima parte, denominada de Advanced Audio Coding (AAC) será falada no ponto 4.4 deste artigo. A oitava, denominada de 10-Bit Video foi entretanto suspensa. Na nona parte é definida a extensão da interface em tempo real para descodificadores de sistemas. Na décima, a conformidade para a extensão da sexta parte (DSM-CC) e por fim, a décima primeira, denominada de IPMP on MPEG-2 systems. O MPEG-2 pode ser divido em dois grupos referentes a objectivos de qualidade: Distribuição Primária e Secundária. Os requisitos de qualidade dependem da aplicação e estão directamente relacionados com a resolução (espacial e temporal) dos sinais de áudio e vídeo e com o débito binário e consequentemente do factor de compressão. Outros requisitos da norma prendem-se com: uma larga amplitude na resolução espacial e temporal, ambos em formato progressivo e entrelaçado, flexibilidade em termos de débito binário (constante ou variável), diversos formatos de sub-amostragem de crominância (4:4:4, 4:2:2, 4:2:0), flexibilidade na adaptação a diferentes canais de transmissão e armazenamento. A estrutura de vídeo consiste nas seguintes layers hierárquicas: GOP, Pictures, Slice, Macroblock, Block (ver Figura 10). 4.2 MPEG-2 A norma MPEG-2 foi desenvolvida pela ISO/IEC/JTC/SC29/WG11 e é conhecida por ISO/IEC Tem como objectivo disponibilizar uma qualidade CCIR/ITU-R para NTSC, PAL, SECAM e também ser capaz de suportar qualidade HDTV. Esta norma possibilita um elevado débito binário (até 40Mb/s), disponibiliza até cinco canais áudio (som surround), possibilita a utilização 4

5 Figura 11: Tipos de imagem da norma MPEG. 4.3 MPEG-4/H.264 Figura 10: Estrutura do vídeo [13]. A sequência de vídeo é iniciada com um cabeçalho, incluí um ou mais grupos de imagens e termina com código de terminação de sequência. O GOP (Group of Pictures) é composto por um cabeçalho e uma série de uma ou mais imagens que permitem um acesso aleatório na sequência. A imagem é a unidade primária de codificação de uma sequência de vídeo. Uma imagem consiste em três matrizes rectangulares que representam a luminância (Y) e as duas crominâncias (Cb e Cr). A matriz Y tem um número par de linhas e colunas, enquanto que as matrizes das crominâncias têm uma vez e meia o tamanho da matriz Y em cada direcção (horizontal e vertical). O Slice é constituído por um ou mais macroblocos contíguos, sendo que a ordem dos macroblocos num slice é da esquerda para a direita ou de cima para baixo. Estes componentes são importantes no tratamento de erros. Se a sequência de vídeo tiver um erro o descodificador pode saltar para o início do slice seguinte. Ao existirem mais slices na sequência de vídeo existe também uma maior robustez quanto ao erro, no entanto, isso significa que haverá bits que não serão utilizados na imagem diminuindo a sua qualidade. Os macroblocos são a unidade básica de codificação no algoritmo MPEG. É um segmento de pixels numa trama, que consiste em 4 blocos Y, 1 bloco Cr e 1 bloco Cb. Os blocos são a mais pequena unidade de codificação no algoritmo MPEG. Consiste em pixels 8 8 e pode ser de três tipos diferentes: luminância (Y), crominância vermelha (Cr) ou crominância azul (Cb). A norma MPEG define três tipos de imagem: Intra Pictures (I-Pictures), Predited Pictures (P-Pictures) e Bidirectional Pictures (B-Pictures) (ver Figura 11). A norma MPEG-2 define 4 perfis e 4 níveis de modo a assegurar a interoperabilidade das várias aplicações. Os perfis definem a resolução e a escalabilidade da sequência de vídeo. Os níveis definem o máximo e o mínimo da resolução da imagem, o número de amostras de luminância (Y) por segundo, o número de layers de áudio e vídeo suportadas pelos perfis de escalabilidade e o máximo débito binário por perfil [5], [6]. A norma H.264 foi adoptada pelo grupo MPEG para ser um esquema de vídeo compressão chave no formato MPEG-4 para partilha de conteúdos digitais. O H.264 é por vezes referido como MPEG-4 Part 10 (parte da especificação MPEG-4) ou como AVC (MPEG-4 Advanced Video Coding). Este novo esquema de compressão surgiu como resposta às crescentes necessidades do mercado que tornaram o MPEG-2 e outros codecs de vídeo ineficientes. A cada vez maior capacidade de processamento dos computadores de hoje em dia e a crescente exigência em termos de qualidade de vídeo foram os grandes motores para o desenvolvimento desta norma. Esta norma possibilita uma qualidade de vídeo superior, a um dado débito binário, uma resolução elevada e baixo requisitos de armazenamento. Figura 12: Comparação entre MPEG-2 e MPEG-4 [14]. Comparação com MPEG-2: Existem várias diferenças entre os dois esquemas de compressão, mas um ponto chave é o facto do H.264 ter sido desenvolvido de modo a ter factores de compressão bastante mais elevados que o MPEG-2. No entanto, este elevado factor de compressão (até 2 a 3 vezes mais eficiente que o MPEG-2) é conseguido às custas de requisitos computacionais bem mais elevados. Esta necessidade de recursos computacionais é dispersa ao longo do processo de descodificação, mas três técnicas destacam-se: Entropy encoding, menor tamanho dos blocos e In-Loop deblocking [15], [16]. 5

6 4.4 AAC O AAC (Advanced Audio Coding) é um formato normalizado de compressão áudio digital lossy. Foi desenvolvido com a colaboração e contribuição de companhias como: Dolby, Fraunhofer (FhG), ATT, Sony e Nokia e foi oficialmente declarada como norma internacional pelo grupo MPEG em Abril de Esta norma foi promovida como sendo a sucessora do MP3, seguindo o mesmo tipo de codificação da Layer-3 (filtros de alta resolução, quantização não uniforme, codificação de Huffman) mas melhorando a qualidade a baixo débito binário através de novas técnicas de codificação. A sua popularidade nos dias de hoje deve-se à adopção por parte da Apple no software itunes. O MPEG AAC possibilita uma excelente qualidade áudio. Sendo perceptível as melhoras na qualidade a apenas 64 Kbit/s por canal, cumprindo os requisitos para transmissão definidos pela European Broadcasting Union. Disponibiliza bandas de amostra desde os 8 khz até aos 96kHz, com débitos binários até 256 Kbit/s e com suporte para 48 canais. Os baixos requisitos computacionais do AAC tornam-no no codec ideal para qualquer aplicação áudio de baixo débito binário e elevada qualidade [5]. 5.1 Europa 5. TDT Na Europa, a TDT começou por ser lançada no Reino Unido (1998), Suécia (1999) e na Espanha (2000). Contudo, a sua implementação em Espanha e no Reino Unido falhou financeiramente, levando as empresas investidoras à falência. Apenas na Suécia esta tecnologia foi bem sucedida desde o seu nascimento. Nos anos seguintes vários países começaram também a utilizar a TDT (ver Tabela 1). Figura 13: Símbolo internacional da TDT [17]. A 24 de Maio de 2005 a Comissão Europeia deliberou que os países comunitários tinham de acelerar o processo de transição de televisão analógica para televisão digital. No seguimento, o Parlamento Europeu emitiu uma resolução a 16 de Novembro de 2005 em que reforça esta posição e ainda exorta os Estados-Membros a reduzirem ao mínimo possível o período de difusão em paralelo (simulcasting), a fim de evitar a ocorrência de elevados custos de transmissão, o agravamento temporário da escassez da oferta e o atraso do próprio progresso de transição [18]. Em 2009, foi decidido pela União Europeia desligar a televisão analógica até 2012, passando a existir apenas televisão digital. Na Tabela 1 apresenta-se a evolução da transição analógico-digital na Europa. Tabela 1: Evolução da transição analógico-digital na Europa. [19] Grupo A (transição para difusão digital concluída) B (Data prevista para o switch-off das emissões analógicas até final de 2010) C (Data prevista para o switch-off das emissões analógicas até final de 2012) 5.2 Portugal Países Holanda, Suécia, Finlândia, Alemanha, Bélgica (Flandres), Dinamarca e Luxemburgo. Áustria, Espanha, Estónia, Malta e Eslovénia. França, Bélgica (região de Bruxelas), Reino Unido, Portugal, Bulgária, Chipre, República Checa, Grécia, Hungria, Itália, Lituânia, Letónia, Roménia e Eslováquia. Após alguns reveses no passado, a ANACOM (Autoridade Nacional de Comunicações) decidiu abrir um concurso público para a atribuição de um direito de utilização de frequências de âmbito nacional para o serviço de radiodifusão televisiva digital terrestre. Na sequência do mesmo, por deliberação de 9 de Dezembro de 2008, foi atribuído à Portugal Telecom o direito de utilização de frequências para a prestação de serviços de TDT, ficando a mesma responsável pelo processo de transição no território nacional [20]. A 17 de Março de 2009, o Governo apresentou as normas e acções estratégicas necessárias para a transição da TDT, entre as quais, a criação de um Grupo de Acompanhamento da Migração para a Televisão Digital (GAM-TD), liderado pela ANACOM [21]. Entre 30 de Março e 13 de Maio de 2009 (sendo mais tarde a data final alterada para 22 de Maio [22]) a ANACOM lançou uma consulta pública sobre o dividendo digital, ou seja, o destino que o espectro de frequências libertado, devido à transição do sinal analógico para o digital, irá ter a nível de utilização de serviços, sendo grande a corrida às sobras de frequências, principalmente por parte das operadoras móveis que visam utilizar esse mesmo espectro para a colocar parte da 4ª Geração Móvel (LTE Long Term Evolution) [23], [24]. As deliberações referentes a este processo estão disponíveis para consulta [19]. Em Portugal as emissões da TDT iniciaram-se a 29 de Abril de 2009, encontrando-se já nesta altura disponível em cerca de 80% do território nacional. A Portugal Telecom prevê que até ao final de 2010 todo o país esteja coberto pela TDT. Isto significa que entre Abril de 2009 e 2012 haverá a emissão simultânea de televisão analógica e digital (simulcast). A TDT em Portugal usará seis multiplexers (A, B, C, D, E e F) e Redes de Frequência Única (SFN). O 6

7 multiplexer A transmitirá os canais já com licença livre (RTP 1, RTP 2, SIC e TVI). Os multiplexers B a F devem ser para TV paga. Os multiplexers B e C são nacionais e os multiplexers D, E, F têm cobertura parcial, com uma zona de segurança de 80 km da fronteira com a Espanha (o que significa que parte da população não verá estes canais) [6], [25]. 6. EVOLUÇÃO ANALÓGICO-DIGITAL A transição depende do número de pessoas que num dado país depende da transmissão de TV por via terrestre. Nos países em que este mercado assume uma maior dimensão é necessário que existam maiores períodos de simulcasting de modo a dar tempo para que as pessoas se adaptem à nova realidade. A transição afectará toda a indústria da televisão desde os seus emissores, às estações de televisão e principalmente, o utilizador como cliente final. No entanto, esta transição implica consequências nos fabricantes de material electrónico e nos governos dos vários países que adiram a esta nova tecnologia. Os governos terão a responsabilidade na atribuição de licenças, na criação de regras para o serviço e na forma como a transição analógico-digital se efectuará. Caso o processo não seja feito com a responsabilidade necessária, existirá, por parte da população, desconfiança e descrédito no novo sistema. Com tudo isto, a indústria electrónica será a mais beneficiada pela transição devido às receitas que obrigatoriamente irão advir da compra das set-top-boxes por parte dos utilizadores da TDT. Figura 14: Set-top-box [3]. Por outro lado, devido aos prazos impostos para o switch-off, esta industria terá dificuldade em satisfazer, em tempo útil, a procura dos utilizadores. 7. MODELOS DE NEGÓCIO Um dos factores críticos do sucesso da TDT prende-se estreitamente com os modelos de negócio adoptados. Relativamente aos modelos de negócio, detectaram-se três tipos diferentes: Plataforma Pay-TV neste tipo são oferecidos os chamados conteúdos Premium, com objectivo de fazer concorrência directa com as plataformas de Cabo e Satélite já existentes, sendo financeiramente sustentado pelos assinantes. O utilizador pode aderir ou cancelar novos canais diariamente, ou mensalmente. Este modelo foi adoptado inicialmente em países como Reino Unido, Espanha e Suécia. Plataforma Free-To-Air (FTA) neste tipo são oferecidos vários canais FTA, sustentados por financiamento público e receitas publicitárias. Os pioneiros neste modelo foram a Itália, Finlândia e Alemanha, tendo o Reino Unido aderido apenas em Maio de TDT híbrida - Nesta oferta combina-se os dois modelos anteriores, sendo o conteúdo pago limitado. Neste caso pode haver serviços tais como: pay-per-view, modelo no qual apenas se paga certos conteúdos de um canal que sejam transmitidos a uma hora específica, e Video on Demand onde o cliente pode escolher o filme que quer assistir. A migração para TDT híbrida deu-se no Reino Unido, na Suécia e Finlândia. Em Portugal a PT lançou o Meo DT que existe em 3 pacotes diferentes: Meo DT Total constituído por 49 canais, 3 em HD; Meo DT Base constituído por 40 canais, 3 em HD; Meo DT Light constituído por 18 canais, 1 em HD [26]. Os modelos básicos de Pay-TV não foram bem sucedidos. A análise da evolução da TDT indica que a sua base de sustentação foi o modelo da plataforma FTA. Evidencia-se a tendência para a evolução do modelo híbrido, combinando FTA com Pay-TV. A chegada deste modelo trouxe também inovação ao mercado Pay-TV, em alguns países como Itália e Suécia adoptou-se o sistema de cartões pré-pagos. O modelo de televisão digital terrestre adoptado para Portugal vai obrigar os portugueses a adquirir equipamentos receptores (set-top boxes) cujo preço pode variar entre os 50 para os descodificadores mais básicos, até um valor superior a 100, sendo que o preço é proporcional ao número de funcionalidades. Actualmente já existem TV s que possuem um descodificador integrado, pelo que nesse caso os utilizadores apenas têm de garantir que o descodificador é compatível com a norma MPEG- 4/H.264 (norma utilizada na TDT em Portugal). O preço dos descodificadores tenderá a baixar até 2012, ano do switchoff analógico da Europa. 8. CONCLUSÃO Existe algum receio de que a penetração da TDT se faça de forma lenta e pouco expressiva, muito em parte, devido ao fraco poder de compra dos portugueses. A Portugal Telecom ganhou o concurso para explorar a TDT. Esta vai pôr ao dispor dos utilizadores os canais generalistas nacionais, nomeadamente, RTP 1, RTP 2, SIC e TVI. Nas regiões autónomas, Açores e Madeira, vão estar disponíveis os canais RTP Açores e RTP Madeira respectivamente. Um dos canais poderá ser transmitido simultaneamente em alta definição. Todos os serviços serão gratuitos e estarão 7

8 disponíveis em todo o território nacional. 9. REFERÊNCIAS [1] Pesquisa Google, Evolução Televisão Disponível em: I/AAAAAAAAAVg/ONH1ATP-0zc/s1600/image001 [2] Wikipédia TDT [3] Site da TDT em Portugal [4] Blog da TDT em Portugal [5] Wikipédia MPEG-2 [6] F. Pereira, Digital Television ial_estudo_2010.html [7] Wikipédia DVB-T [8] Pesquisa Google, Sub-Portadoras OFDM [9] Wikipédia DVB [10] Pesquisa Google, DVB-T Mundo [11] Wikipédia DVB-T2 [12] Site do Digital Video Broadcasting [13] Pesquisa Google, Estrutura vídeo [14] Pesquisa Google, MPEG-2 H [15] Wikipédia MPEG-4 [16] MPEG-4 WhitePaper, TeliaSonera Finland/MediaLab epaper.pdf [17] Pesquisa Google, TDT 9/04/logo_tdt.jpg [18] ANACOM, Resolução do Parlamento Europeu [19] Europa, Press releases, Estados-Membros prestes a desligar a televisão analógica e=ip/09/266&format=html&aged=0&language=pt& guilanguage=en [20] ANACOM, Cronologia da Televisão Digital hememenu=1 [21] Gabinete para os Meios de Comunicação Social, Presidência do Conselho de Ministros Disponível em: =pt [22] ANACOM, Dividendo Digital estensão do prazo da consulta pública [23] ANACOM, Dividendo Digital Consulta Pública [24] ANACOM, Consulta Pública sobre o Dividendo Digital df?contentid=886461&field=attached_file [25] ANACOM, Relatório da Consulta ategoryid=1755&contentid=559635&field=attache D_FILE [26] Fórum omeumeo, Meo Também Entra No TDT Com Canais Pagos Pedro M. Gonçalves nasceu em Lisboa, Portugal, no dia 24 de Novembro de Frequenta neste momento o quarto ano do Mestrado Integrado de Engenharia Electrotécnica e de Computadores, especialização em Telecomunicações. É administrador da SCDEEC (Sala de Computadores do Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores). João F. Gonçalves nasceu em Lisboa, Portugal, no dia 26 de Fevereiro de Frequenta neste momento o quarto ano do Mestrado Integrado de Engenharia Electrotécnica e de Computadores, especialização em Telecomunicações e Energia. É monitor da SCDEEC (Sala de Computadores do Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores). 8

TV Digital. Análise de Sistemas de Comunicações 2017/II Maria Cristina Felippetto De Castro

TV Digital. Análise de Sistemas de Comunicações 2017/II Maria Cristina Felippetto De Castro Pesquisa em inicia nos anos 70 Visava qualidade da imagem (cinema) Dificuldade em melhorar a qualidade da transmissão a partir de uma plataforma analógica Solução encontrada com o advento das tecnologias

Leia mais

TDT Televisão Digital Terrestre

TDT Televisão Digital Terrestre TDT Televisão Digital Terrestre Carlos Lages DPT/PLT carlos.m.lages@telecom.pt TDT Televisão Digital Terrestre Índice Introdução à tecnologia Desenvolvimento da TDT em Portugal O que vai a PT disponibilizar

Leia mais

Implementação da Televisão Digital Terrestre em Portugal. Lisboa, 16 de Abril de 2009

Implementação da Televisão Digital Terrestre em Portugal. Lisboa, 16 de Abril de 2009 Implementação da Televisão Digital Terrestre em Portugal Lisboa, 16 de Abril de 2009 Índice Implementação da TDT Iniciativas para a divulgação da TDT 2 Portugal encontra-se no grupo dos países que deverão

Leia mais

Televisão Digital Terrestre

Televisão Digital Terrestre Televisão Digital Terrestre Televisão Terrestre Do Analógico ao Digital Supervisor: Abel Costa Monitor: Patrícia Ramos da Silva MIEEC - Coordenador: José Magalhães Cruz Francisco Silva(MIEEC)-120503161

Leia mais

A TDT será a nova forma de ver TV para todos os cidadãos que não têm serviços de televisão por subscrição

A TDT será a nova forma de ver TV para todos os cidadãos que não têm serviços de televisão por subscrição A TDT será a nova forma de ver TV para todos os cidadãos que não têm serviços de televisão por subscrição Actualmente Em 2012 ~40% dos lares portugueses têm serviços de TV por subscrição ~60% das casas

Leia mais

Figura 1: Modelo de referência em blocos de um transmissor de TV Digital qualquer

Figura 1: Modelo de referência em blocos de um transmissor de TV Digital qualquer 2 TV Digital O estudo para a transmissão terrestre digital do sinal de TV Digital, conhecida por DTTB (Digital Television Terrestrial Broadcasting) já vem sendo feito há mais de dez anos, com o surgimento

Leia mais

Perspetivas de evolução da Televisão Digital Terrestre em Portugal

Perspetivas de evolução da Televisão Digital Terrestre em Portugal Perspetivas de evolução da Televisão Digital Terrestre em Portugal Conferência sobre TELEVISÃO DIGITAL TERRESTRE: UMA SOLUÇÃO URGENTE Assembleia da República, Lisboa, 24 de maio de 2016 Pedro Jorge Braumann

Leia mais

O TDT e as televisões interconectadas

O TDT e as televisões interconectadas O TDT e as televisões interconectadas Bruno Pinho (up201305783) Fábio Pacheco (up201305406) José Miguel Rua (up201304346) Leonor Mendes de Freitas (201207603) Marcelo Silva (up201304681) 1 Resumo A evolução

Leia mais

Redes de Difusão Digital Terrestre

Redes de Difusão Digital Terrestre FEUP 2006/2007 Redes de Difusão Digital Terrestre 10 Dezembro 2006 Trabalho por: Nuno Pássaro ee01228@fe.up.pt Nuno Faria ee01160@fe.up.pt Objectivos do Trabalho Análise do processo de passagem da TV analógica

Leia mais

Já posso ter TV Digital Terrestre (TDT)?

Já posso ter TV Digital Terrestre (TDT)? Já posso ter TV Digital Terrestre (TDT)? Date : 28 de Dezembro de 2010 Ontem, em conversa com um colega, ele questionava-me se eu sabia se actualmente já podia usufruir da TV Digital Terrestre (TDT) na

Leia mais

2 Padrões de TV Digital

2 Padrões de TV Digital 2 Padrões de TV Digital Neste capítulo, é apresentada uma breve descrição dos diferentes padrões atualmente propostos para aplicação no Brasil. 2.1. Padrões de TV digital Para descrever os padrões atualmente

Leia mais

TELEVISÃO DIGITAL TERRESTRE. João Rodrigues nº56631 João Peres nº56795 Ana Costa nº 63739

TELEVISÃO DIGITAL TERRESTRE. João Rodrigues nº56631 João Peres nº56795 Ana Costa nº 63739 TELEVISÃO DIGITAL TERRESTRE João Rodrigues nº56631 João Peres nº56795 Ana Costa nº 63739 Instituto Superior Técnico Av. Rovisco Pais, 1049-001 Lisboa, Portugal E-mail: {ana_costa_1978, joaovperes, joao_pgr

Leia mais

SISTEMAS DE VÍDEO. Instrutor : Claudio Younis

SISTEMAS DE VÍDEO. Instrutor : Claudio Younis SISTEMAS DE VÍDEO Instrutor : Claudio Younis VÍDEO Sequência de imagens exibidas em uma determinada velocidade de modo que nosso sistema visual (olho, retina, nervo óptico e cerébro) reconstrua o movimento

Leia mais

Universidade de Pernambuco Escola Politécnica de Pernambuco

Universidade de Pernambuco Escola Politécnica de Pernambuco Universidade de Pernambuco Escola Politécnica de Pernambuco TV Analógica e Digital O Padrão de Televisão Digital Nacional Prof. Márcio Lima E-mail:marcio.lima@upe.poli.br 01.07.2014 Introdução No Brasil,

Leia mais

Sistemas de Radiodifusão Sonora Digital Terrestre

Sistemas de Radiodifusão Sonora Digital Terrestre Sistemas de Radiodifusão Sonora Digital Terrestre Lúcio Martins da Silva AUDIÊNCIA PÚBLICA COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA SENADO FEDERAL ASSUNTO: IMPLANTAÇÃO DA RÁDIO

Leia mais

Transição da tecnologia analógica para a tecnologia digital na televisão terrestre porquê?

Transição da tecnologia analógica para a tecnologia digital na televisão terrestre porquê? Transição da tecnologia analógica para a tecnologia digital na televisão terrestre porquê? Um recurso público escasso impõe que a sua utilização seja cada vez mais eficiente. Neste âmbito em 2005 a Comissão

Leia mais

Televisão Digital. MPEG-2 Video

Televisão Digital. MPEG-2 Video Televisão Digital MPEG-2 Video Pedro A. Amado Assunção - Pólo de Coimbra Instituto Politécnico de Leiria - ESTG 1 Sumário Introdução. Características principais da norma MPEG-2. Compressão de vídeo: princípios

Leia mais

Evolução tecnológica e novos serviços

Evolução tecnológica e novos serviços Evolução tecnológica e novos serviços Desafios para o Serviço Público Eduardo Cardadeiro Outubro 2007 ÍNDICE Serviço Público: o modelo conceptual face à convergência e aos padrões de consumo Competências

Leia mais

TELEVISÃO DIGITAL TERRESTRE. José Lucas, N.º70685

TELEVISÃO DIGITAL TERRESTRE. José Lucas, N.º70685 TELEVISÃO DIGITAL TERRESTRE José Lucas, N.º70685 Instituto Superior Técnico - Taguspark Av. Professor Cavaco Silva, 2780-990 Porto Salvo, Portugal E-mail: jose.lucas@ist.utl.pt RESUMO Neste artigo aborda-se

Leia mais

ANACOM. Resposta Consulta Publica TDT Interactividade Portugal Resposta Consulta Publica TDT. Lisboa,

ANACOM. Resposta Consulta Publica TDT Interactividade Portugal Resposta Consulta Publica TDT. Lisboa, ANACOM Resposta Consulta Publica TDT Interactividade Portugal 15-10-07 António Ventura INDRA SISTEMAS PORTUGAL, S.A. Rua da Indústria, nº6, 2610-088 Alfragide, Portugal T + 351 21 472 46 00 F + 351 21

Leia mais

Sistema de Transmissão no Padrão Brasileiro de TV Digital

Sistema de Transmissão no Padrão Brasileiro de TV Digital Sistema de Transmissão no Padrão Brasileiro de TV Digital Departamento de Engenharia de Telecomunicações Universidade Federal Fluminense Helio Coelho Junior helio@compuland.net.br Dezembro 2008 Introdução

Leia mais

TELEVISÃO DIGITAL TERRESTRE. Gonçalo Gomes, N.º 50720 Carlos Martins, N.º 55237 Tiago Mestre, N.º 56689

TELEVISÃO DIGITAL TERRESTRE. Gonçalo Gomes, N.º 50720 Carlos Martins, N.º 55237 Tiago Mestre, N.º 56689 TELEVISÃO DIGITAL TERRESTRE Gonçalo Gomes, N.º 50720 Carlos Martins, N.º 55237 Tiago Mestre, N.º 56689 Instituto Superior Técnico Av. Rovisco Pais, 1049-001 Lisboa, Portugal {gon.ls.gm, lytuz.lytuz}@gmail.com,

Leia mais

1.1 Breve Histórico OFDM

1.1 Breve Histórico OFDM 1 Introdução 1.1 Breve Histórico OFDM O OFDM, do inglês Orthogonal Frequency Division Multiplexing, que pode ser visto como uma evolução do FDM (Frequency Division Multiplexing), é uma técnica de transmissão

Leia mais

Jornal Oficial da União Europeia

Jornal Oficial da União Europeia L 30/6 2.2.2018 REGULAMENTO DELEGADO (UE) 2018/162 DA COMISSÃO de 23 de novembro de 2017 que altera o anexo I do Regulamento (UE) n. o 1305/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho e os anexos II e III

Leia mais

1.1 Descrição do Problema

1.1 Descrição do Problema 1 Introdução Os sistemas de televisão aberta estão passando, atualmente, por um processo de substituição de suas plataformas analógicas por plataformas e tecnologias digitais. Esta mudança está provocando

Leia mais

ANEXO. Relatório da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho

ANEXO. Relatório da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 17.5.2017 COM(2017) 242 final ANNEX 1 ANEXO do Relatório da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho sobre a análise da aplicação prática do Documento Europeu Único de Contratação

Leia mais

Módulo 6 Compressão Vídeo Sistemas Multimédia

Módulo 6 Compressão Vídeo Sistemas Multimédia Módulo 6 Compressão Vídeo Sistemas Multimédia Universidade de Aveiro 1 Sumário O sinal vídeo O vídeo digital- CCITT 601 Os formatos de vídeo Compressão de vídeo Redução de informação Redundância temporal

Leia mais

Sistemas de Radiodifusão de Áudio Digital

Sistemas de Radiodifusão de Áudio Digital Sistemas de Radiodifusão de Áudio Digital PTC2547 EPUSP 2016 Guido Stolfi PTC2547 - Guido Stolfi 1 / 55 Sistemas de Radiodifusão de Áudio Digital Eureka 147 Digital Audio Broadcasting DRM Digital Radio

Leia mais

Codificação de Videotelefonia segundo a Norma ITU-T H.261

Codificação de Videotelefonia segundo a Norma ITU-T H.261 INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO GUIA DO 2º TRABALHO DE LABORATÓRIO DE SISTEMAS DE COMUNICAÇÕES Codificação de Videotelefonia segundo a Norma ITU-T H.261 Ano Lectivo de 2007/2008 Questões sobre a 2ª. sessão

Leia mais

TE111 Comunicação Digital. Desempenho em Canais com Desvanecimento Rayleigh. TE111 Comunicação em Canais com Desvanecimento. Evelio M. G.

TE111 Comunicação Digital. Desempenho em Canais com Desvanecimento Rayleigh. TE111 Comunicação em Canais com Desvanecimento. Evelio M. G. TE111 Comunicação Digital Comunicação em Canais com Desvanecimento 2 de outubro de 2016 Desempenho em Canais com Desvanecimento Rayleigh Técnicas de Diversidade Diversidade Temporal Codificação de canal

Leia mais

Teoria das Comunicações

Teoria das Comunicações 1 - Introdução Enlace de um Sistema de Comunicação fonte mensagem transdutor Transmissor Modulador canal ruído receptor transdutor destino mensagem (estimada) sinal de entrada sinal com distorção sinal

Leia mais

Possibilidades de implementação de acesso a internet e novos serviços

Possibilidades de implementação de acesso a internet e novos serviços Possibilidades de implementação de acesso a internet e novos serviços Sistemas televisivos (Analógico e Digital) Razões que levaram ao fim do sistema Analógico TDT em Portugal comparando com o resto da

Leia mais

CAF COMMON ASSESSMENT FRAMEWORK. Modelo de auto-avaliação para a melhoria da qualidade dos serviços públicos

CAF COMMON ASSESSMENT FRAMEWORK. Modelo de auto-avaliação para a melhoria da qualidade dos serviços públicos CAF COMMON ASSESSMENT FRAMEWORK ESTRUTURA COMUM DE AVALIAÇÃO Modelo de auto-avaliação para a melhoria da qualidade dos serviços públicos Seminário APCER Maio 2008 Agenda O Modelo CAF o que é; para que

Leia mais

Formatos de Áudio e Vídeo Digital Introdução ao Vídeo

Formatos de Áudio e Vídeo Digital Introdução ao Vídeo Redes Multimídia 2016.2 Formatos de Áudio e Introdução ao Vídeo Curso Superior de Tecnologia em Sistemas para Internet Turma: TEC.SIS.4T Redes Multimídia Conteúdo Programático :: 1 a Unidade 1. Aplicações

Leia mais

Duração do Teste: 2h.

Duração do Teste: 2h. Telecomunicações e Redes de Computadores Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial Prof. João Pires 1º Teste, 2007/2008 30 de Abril de 2007 Nome: Número: Duração do Teste: 2h. A prova é composta por

Leia mais

Universidade de Pernambuco Escola Politécnica de Pernambuco

Universidade de Pernambuco Escola Politécnica de Pernambuco Universidade de Pernambuco Escola Politécnica de Pernambuco TV Analógica e Digital Codificação de Fonte Prof. Márcio Lima E-mail:marcio.lima@poli.br 12.06.2014 Introdução A principal função de um sistema

Leia mais

Fundamentos da Compressão de Vídeo

Fundamentos da Compressão de Vídeo Sistemas de Telecomunicações 2007-2008 Televisão Digital Fundamentos da Compressão de Vídeo Rui Marcelino Abril 2008 Engenharia Electrica e Electrónica - TIT Sumário 1. Motivação para Compressão de Vídeo

Leia mais

Instituto Nacional de Estatística. stica. Procedimento dos Défices Excessivos (PDE)

Instituto Nacional de Estatística. stica. Procedimento dos Défices Excessivos (PDE) Instituto Nacional de Estatística stica Procedimento dos Défices Excessivos () Acordo Institucional Notificação de Setembro/Outubro de 2009 Comparação com outros EM Acordo Institucional Acordo Institucional

Leia mais

Comunicações Digitais

Comunicações Digitais 1 - Introdução Enlace de um Sistema de Comunicação fonte mensagem transdutor Transmissor Modulador canal ruído receptor transdutor destino mensagem (estimada) sinal de entrada sinal com distorção sinal

Leia mais

Compressão de Imagens: Padrão JPEG

Compressão de Imagens: Padrão JPEG Compressão de Imagens: Padrão JPEG PTC2547 Princípios de Televisão Digital Guido Stolfi 09/2017 EPUSP - Guido Stolfi 1 / 75 Temas Abordados Justificativas para Compressão de Imagens Codificador JPEG Transformada

Leia mais

Manoel Campos da Silva Filho Mestre em Engenharia Elétrica / UnB 16 de novembro de 2011

Manoel Campos da Silva Filho Mestre em Engenharia Elétrica / UnB  16 de novembro de 2011 Sistemas Pós graduação em Telemática - Introdução à TV Digital Manoel Campos da Silva Filho Mestre em Engenharia Elétrica / UnB http://manoelcampos.com Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia

Leia mais

Compressão de Imagens em Movimento

Compressão de Imagens em Movimento Compressão de Imagens em Movimento Padrão MPEG-1 / Video PTC2547 Princípios de Televisão Digital Guido Stolfi 9/2015 EPUSP - Guido Stolfi 1 / 58 Compressão M-JPEG Considera cada quadro sucessivo como uma

Leia mais

TRANSMISSOR DE TV DIGITAL. Francisco Januário Bacharel em Engenharia de Telecomunicações Mestrando em Engenharia Elétrica

TRANSMISSOR DE TV DIGITAL. Francisco Januário Bacharel em Engenharia de Telecomunicações Mestrando em Engenharia Elétrica TRANSMISSOR DE TV DIGITAL Francisco Januário Bacharel em Engenharia de Telecomunicações Mestrando em Engenharia Elétrica Vídeo Áudio Novos serviços e aplicações interativas Transmissor de TV Digital Diagrama

Leia mais

Comunicações Móveis: Mitos e Realidades

Comunicações Móveis: Mitos e Realidades Comunicações Móveis: Mitos e Realidades Área de Telecomunicações Departamento de Engenharia Electrotécnica Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Leiria Orador: Doutor Rafael F.

Leia mais

REGULAMENTO DE EXECUÇÃO (UE) 2016/699 DA COMISSÃO

REGULAMENTO DE EXECUÇÃO (UE) 2016/699 DA COMISSÃO 11.5.2016 L 121/11 REGULAMENTO DE EXECUÇÃO (UE) 2016/699 DA COMISSÃO de 10 de maio de 2016 que estabelece os limites máximos orçamentais aplicáveis em 2016 a certos regimes de apoio direto previstos no

Leia mais

CÓDIGOS CORRETORES DE ERROS

CÓDIGOS CORRETORES DE ERROS Informação sobre a Disciplina CÓDIGOS CORRETORES DE ERROS INTRODUÇÃO Evelio M. G. Fernández - 27 Quartas e Sextas feiras das 9:3 às 11:3 horas Professor: Evelio Martín García Fernández Gabinete 1, Tel:

Leia mais

TÉCNICAS DE CODIFICAÇÃO DE SINAIS

TÉCNICAS DE CODIFICAÇÃO DE SINAIS Informação sobre a Disciplina TÉCNICAS DE CODIFICAÇÃO DE SINAIS INTRODUÇÃO Evelio M. G. Fernández - 2010 Terças e Quintas feiras das 07:30 às 11:20 horas Professor: Evelio Martín García Fernández Gabinete

Leia mais

Redes de Computadores

Redes de Computadores Redes de Computadores Prof. Macêdo Firmino Camada Física Macêdo Firmino (IFRN) Redes de Computadores Setembro de 2011 1 / 32 Pilha TCP/IP A B M 1 Aplicação Aplicação M 1 Cab M T 1 Transporte Transporte

Leia mais

Calendarização, por países, da obrigatoriedade da formação contínua para obtenção do CAM/CQM (prazos limite para frequência do primeiro curso)

Calendarização, por países, da obrigatoriedade da formação contínua para obtenção do CAM/CQM (prazos limite para frequência do primeiro curso) Calendarização, por países, da obrigatoriedade da formação contínua para obtenção do CAM/CQM (prazos limite para frequência do primeiro curso) Áustria Bélgica Carta de condução da categoria D: 2015 Carta

Leia mais

Decisão de Limitação de Frequências») constituindo assim a resposta conjunta das empresas:

Decisão de Limitação de Frequências») constituindo assim a resposta conjunta das empresas: PROJECTO DE DECISÃO SOBRE A LIMITAÇÃO DO NÚMERO DE DIREITOS DE UTILIZAÇÃO DE FREQUÊNCIAS RESERVADAS PARA RADIODIFUSÃO TELEVISIVA TERRESTRE E DEFINIÇÃO DO RESPECTIVO PROCEDIMENTO DE ATRIBUIÇÃO Comentários

Leia mais

Planeamento e Projecto de Redes. Capítulo 2. Serviços em Telecomunicações

Planeamento e Projecto de Redes. Capítulo 2. Serviços em Telecomunicações Planeamento e Projecto de Redes Capítulo 2 Serviços em Telecomunicações João Pires Planeamento e Projecto de Redes (09/10) 61 Serviços Objectivo das redes de Telecomunicações: fornecer serviços aos clientes

Leia mais

PROJECTO DE DECISÃO RELATIVO À ALTERAÇÃO DOS CANAIS DE FUNCIONAMENTO DA TELEVISÃO DIGITAL TERRESTRE

PROJECTO DE DECISÃO RELATIVO À ALTERAÇÃO DOS CANAIS DE FUNCIONAMENTO DA TELEVISÃO DIGITAL TERRESTRE PROJECTO DE DECISÃO RELATIVO À ALTERAÇÃO DOS CANAIS DE FUNCIONAMENTO DA TELEVISÃO DIGITAL TERRESTRE 1. No termo do concurso público, aberto pelo Regulamento n.º 95-A/2008, de 25 de Fevereiro, foi, por

Leia mais

MPEG-2 TSP protegido pelo código RS

MPEG-2 TSP protegido pelo código RS STV 29 OUT 2008 1 RE-MUX MPEG-2: como o padrão ISDB-T suporta 3 programações simultâneas, é necessário multiplexar estas programações antes de inseri-las no Outer Coder além de agrupar as 3 programações,

Leia mais

RÁDIO DIGITAL: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

RÁDIO DIGITAL: DESAFIOS E PERSPECTIVAS RÁDIO DIGITAL: DESAFIOS E PERSPECTIVAS O QUE É O RÁDIO DIGITAL? Sons (são variações de pressão), propagam-se no ar. Quando captadas por um microfone e amplificadas por um dispositivo eletrônico, transformam-se

Leia mais

TV Digital Interativa: Oportunidade ou Sonho? TV Digital

TV Digital Interativa: Oportunidade ou Sonho? TV Digital TV Digital Interativa: Oportunidade ou Sonho? Luiz Fernando Gomes Soares Departamento de Informática PUC-Rio lfgs@inf.puc-rio.br Resumo. Esta apresentação discute primeiramente as características da TV

Leia mais

Register your product and get support at www.philips.com/welcome SDV5120/10 PT Manual do utilizador Índice 1 Importante 4 Segurança 4 Reciclagem 4 2 O seu SDV5120 5 Visão geral 5 3 Como iniciar 6 Instalação

Leia mais

consideradas as características favoráveis e desfavoráveis do padrão e da ferramenta, bem como sugeridas possíveis melhorias.

consideradas as características favoráveis e desfavoráveis do padrão e da ferramenta, bem como sugeridas possíveis melhorias. 6 Resultados O capítulo anterior descreve implementação da ferramenta de simulação, levando em consideração os detalhes de cada bloco e mostrando a importância de cada um deles. Neste capítulo são apresentados

Leia mais

Foi também deliberado submeter o SPD ao parecer do Gabinete para os Meios de Comunicação Social (GMCS).

Foi também deliberado submeter o SPD ao parecer do Gabinete para os Meios de Comunicação Social (GMCS). Data de publicação - 15.9.2008 RELATÓRIO DA AUDIÊNCIA PRÉVIA RELATIVO AO SENTIDO PROVÁVEL DE DELIBERAÇÃO SOBRE O PREÇO DO SERVIÇO DE DISTRIBUIÇÃO E DIFUSÃO DO SINAL DE TELEVISÃO PRATICADO PELA PT COMUNICAÇÕES,

Leia mais

Jorge Fernandes 1,2 Guido Lemos 3 Gledson Elias Silveira 3

Jorge Fernandes 1,2 Guido Lemos 3 Gledson Elias Silveira 3 Introdução à Televisão Digital Interativa: Arquitetura, Protocolos, Padrões e Práticas Dia 2 Minicurso com duração de 6 Horas, Apresentado na XXIII Jornada de Atualização em Informática do XXIV Congresso

Leia mais

Comissão Europeia. Conselho da União Europeia. Parlamento Europeu. Tribunal de Justiça. Tribunal de Contas. Comité Económico e Social

Comissão Europeia. Conselho da União Europeia. Parlamento Europeu. Tribunal de Justiça. Tribunal de Contas. Comité Económico e Social As instituições comunitárias Comissão Europeia Conselho da União Europeia Parlamento Europeu Tribunal de Justiça Tribunal de Contas Comité Económico e Social Comité das Regiões Banco Europeu de Investimentos

Leia mais

Rede Telefónica Pública Comutada - Principais elementos -

Rede Telefónica Pública Comutada - Principais elementos - - Principais elementos - Equipamento terminal: o telefone na rede convencional Equipamento de transmissão: meio de transmissão, e.g. cabos de pares simétricos, cabo coaxial, fibra óptica, feixes hertzianos,

Leia mais

ANEXO ESTATÍSTICO 294. Parte ANEXO ESTATÍSTICO

ANEXO ESTATÍSTICO 294. Parte ANEXO ESTATÍSTICO ANEXO ESTATÍSTICO 294 Parte ANEXO ESTATÍSTICO 295 Nota: O presente relatório foi elaborado com base na informação disponível, tendo-se recorrido a estimativas nos casos em que os prestadores não remeteram

Leia mais

AVALIAÇÃO DA COBERTURA TDT ZONAS ENVOLVENTES À DA FUTURA INSTALAÇÃO DO PARQUE EÓLICO NA QUINTA DO BULHACO ARRUDA DOS VINHOS

AVALIAÇÃO DA COBERTURA TDT ZONAS ENVOLVENTES À DA FUTURA INSTALAÇÃO DO PARQUE EÓLICO NA QUINTA DO BULHACO ARRUDA DOS VINHOS AVALIAÇÃO DA COBERTURA TDT ZONAS ENVOLVENTES À DA FUTURA INSTALAÇÃO DO PARQUE EÓLICO NA QUINTA DO BULHACO ARRUDA DOS VINHOS Centro de Monitorização e Controlo do Espectro 12 de Julho de 2011 Em 2011-07-12,

Leia mais

Prof. Cláudio Henrique Albuquerque Rodrigues

Prof. Cláudio Henrique Albuquerque Rodrigues Prof. Cláudio Henrique Albuquerque Rodrigues As características do vídeo analógico são: Limitações no armazenamento, processamento e transmissão; Dificuldade na localização de imagens específicas; Dificuldade

Leia mais

Fundamentos de Telecomunicações

Fundamentos de Telecomunicações Fundamentos de Telecomunicações LEEC_FT 1: Introdução Professor Victor Barroso vab@isr.ist.utl.pt 1 Introduzindo O tópico A tecnologia O conteúdo... LEEC_FT - Lição 1 Fundamentos de Telecomunicações Slide

Leia mais

Resposta a consulta Pública: Revogação dos direitos de utilização de frequências associados aos Muxes B a F

Resposta a consulta Pública: Revogação dos direitos de utilização de frequências associados aos Muxes B a F From: Eliseu Macedo Sent: segunda-feira, 1 de Março de 2010 19:30 To: consulta.revogacao.muxes.bf@anacom.pt Subject: Resposta a consulta Pública: Revogação dos direitos de utilização de frequências associados

Leia mais

Representação da Informação

Representação da Informação Conteúdo Representação da Informação Bit, Byte e múltiplos Conversão de Unidades Representação de Informação Representação de Símbolos/Texto Representação de Imagem Representação de Vídeo Bit BInary digit

Leia mais

Estratégia de Radiodifusão Digital de Moçambique. Simão Anguilaze

Estratégia de Radiodifusão Digital de Moçambique. Simão Anguilaze Estratégia de Radiodifusão Digital de Moçambique Simão Anguilaze Estratégia de Radiodifusão Digital Objectivos da Estratégia GERAL O objecto da presente estratégia é a definição de premissas que orientem

Leia mais

TELEVISÃO DIGITAL TERRESTRE (TDT) Televisão de qualidade para todos

TELEVISÃO DIGITAL TERRESTRE (TDT) Televisão de qualidade para todos TELEVISÃO DIGITAL TERRESTRE (TDT) Televisão de qualidade para todos Informação TDT Parceria DECO / ICP-ANACOM A comissão Europeia recomenda: TDT no contexto Europeu Que os Estados-Membros tomem todas as

Leia mais

Compressão de Imagens em Movimento

Compressão de Imagens em Movimento Compressão de Imagens em Movimento Padrão MPEG-1 / Video PTC2547 Princípios de Televisão Digital Guido Stolfi 9/2017 EPUSP - Guido Stolfi 1 / 59 Tópicos Abordados: M-JPEG Padrão MPEG-1 Codificação com

Leia mais

I-1 Introdução. Comunicações. ISEL - ADEETC - Comunicações

I-1 Introdução. Comunicações. ISEL - ADEETC - Comunicações I-1 Introdução Comunicações 1 Sumário 1. Sistema de Comunicação Digital (SCD) Diagrama de blocos e funcionalidades Indicadores R b, T b, BER e T err Meios de Transmissão Transmissão de sinal analógico

Leia mais

Envia-se em anexo, à atenção das delegações, o documento da Comissão C(2008) 2976 final.

Envia-se em anexo, à atenção das delegações, o documento da Comissão C(2008) 2976 final. CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA Bruxelas, 30 de Junho de 2008 (02.07) (OR. en) 11253/08 FRONT 62 COMIX 533 NOTA DE ENVIO de: Secretário-Geral da Comissão Europeia, assinado por Jordi AYET PUIGARNAU, Director

Leia mais

Princípios de Telecomunicações AULA 1. Elementos de um sistema de comunicações. Prof. Eng. Alexandre Dezem Bertozzi, Esp.

Princípios de Telecomunicações AULA 1. Elementos de um sistema de comunicações. Prof. Eng. Alexandre Dezem Bertozzi, Esp. Princípios de Telecomunicações AULA 1 Elementos de um sistema de comunicações Prof. Eng. Alexandre Dezem Bertozzi, Esp. COMUNICAÇÃO TRANSMISSÃO DE INFORMAÇÃO DE UM PONTO A OUTRO, ATRAVÉS DE UMA SUCESSÃO

Leia mais

Facilidades adicionais na representação do vídeo. Hugo Gonçalves ee Dinis Afonso ee Mpeg 4

Facilidades adicionais na representação do vídeo. Hugo Gonçalves ee Dinis Afonso ee Mpeg 4 Mpeg 4 Facilidades adicionais na representação do vídeo Dinis Afonso ee01148 Hugo Gonçalves ee01171 Mpeg-4 O MPEG-4 é o padrão global de multimédia, transmitindo áudio e vídeo de qualidade profissional

Leia mais

Princípios de Telecomunicações. PRT60806 Aula 19: Modulação por Código de Pulso (PCM) Professor: Bruno Fontana da silva 2014

Princípios de Telecomunicações. PRT60806 Aula 19: Modulação por Código de Pulso (PCM) Professor: Bruno Fontana da silva 2014 1 Princípios de Telecomunicações PRT60806 Aula 19: Modulação por Código de Pulso (PCM) Professor: Bruno Fontana da silva 2014 Bloco de Comunicação Genérico Emissor sinais analógicos x sinais digitais Sinais

Leia mais

Televisão Digital 5ºano 2006/2007. Compressão/Descompressão de Imagens JPEG. Trabalho realizado por: Carla Neves, nº

Televisão Digital 5ºano 2006/2007. Compressão/Descompressão de Imagens JPEG. Trabalho realizado por: Carla Neves, nº Televisão Digital 5ºano 2006/2007 Compressão/Descompressão de Imagens JPEG Trabalho realizado por: Carla Neves, nº010503162 Índice Índice... pág2 Introdução... pág.3 Objectivos... pág.5 Implementação...

Leia mais

I-1 Introdução. Comunicações. (30 de setembro de 2016) ISEL - ADEETC - Comunicações

I-1 Introdução. Comunicações. (30 de setembro de 2016) ISEL - ADEETC - Comunicações I-1 Introdução Comunicações (30 de setembro de 2016) 1 Sumário 1. Sistema de Comunicação Digital (SCD) Diagrama de blocos e funcionalidades Indicadores R b, T b, BER e T err Duração de uma transmissão,

Leia mais

TE111 Comunicação Digital

TE111 Comunicação Digital TE111 Comunicação Digital Transmissão Digital Passa Banda 17 de setembro de 2013 Modulações Digitais Básicas ASK FSK PSK Representação Complexa de Sinais Passa-Faixa g(t) = g I (t) cos(2πf c t) g Q (t)

Leia mais

Fundamentos de Telecomunicações

Fundamentos de Telecomunicações Fundamentos de Telecomunicações LEEC_FT 32&33: Codificação de Canal Professor Victor Barroso vab@isr.ist.utl.pt Lição 32 Controlo dos Erros de Transmissão Codificação de canal abordagens básicas Detecção

Leia mais

Pronúncia da MEO. Sobre o. Plano estratégico nacional do espectro radioelétrico. Decisão da ANACOM de

Pronúncia da MEO. Sobre o. Plano estratégico nacional do espectro radioelétrico. Decisão da ANACOM de Pronúncia da MEO Sobre o Plano estratégico nacional do espectro radioelétrico Decisão da ANACOM de 12.05.2016 14 de junho de 2016 Pronúncia da MEO sobre o Plano estratégico nacional do espectro radioelétrico

Leia mais

EXTRACÇÃO DE INFORMAÇÃO VÍDEO DO DOMÍNIO COMPRIMIDO MPEG-4 2

EXTRACÇÃO DE INFORMAÇÃO VÍDEO DO DOMÍNIO COMPRIMIDO MPEG-4 2 EXTRACÇÃO DE INFORMAÇÃO VÍDEO DO DOMÍNIO COMPRIMIDO MPEG-4 2 Neste capítulo vamos abordar algumas características que são possíveis extrair a partir da representação digital comprimida de sequências de

Leia mais

Conselho da União Europeia Bruxelas, 17 de março de 2016 (OR. en)

Conselho da União Europeia Bruxelas, 17 de março de 2016 (OR. en) Conselho da União Europeia Bruxelas, 17 de março de 2016 (OR. en) Dossiê interinstitucional: 2014/0013 (NLE) 15436/15 AGRI 684 AGRIORG 101 ATOS LEGISLATIVOS E OUTROS INSTRUMENTOS Assunto: REGULAMENTO DO

Leia mais

Video Analógico. Pedro Alípio Telemédia

Video Analógico. Pedro Alípio Telemédia Video Analógico Pedro Alípio Telemédia 1 Medias Dinâmicos Medias Dinâmicos Também designados por Temporais ou Contínuos As dependências temporais entre os elementos que constituem a informação fazem parte

Leia mais

Representação da Informação

Representação da Informação Representação da Informação José Gustavo de Souza Paiva Introdução Representação é feita na forma digital Por que? Sistemas Computacionais só manipulam dados digitais Dados digitais são mais fáceis de

Leia mais

Jornal Oficial da União Europeia L 165 I. Legislação. Atos não legislativos. 61. o ano. Edição em língua portuguesa. 2 de julho de 2018.

Jornal Oficial da União Europeia L 165 I. Legislação. Atos não legislativos. 61. o ano. Edição em língua portuguesa. 2 de julho de 2018. Jornal Oficial da União Europeia L 165 I Edição em língua portuguesa Legislação 61. o ano 2 de julho de 2018 Índice II Atos não legislativos DECISÕES Decisão (UE) 2018/937 do Conselho Europeu, de 28 de

Leia mais

FERRAMENTA PARA ENSINO DAS TÉCNICAS DE COMPRESSÃO DE VÍDEO UTILIZADAS NO PADRÃO MPEG-2

FERRAMENTA PARA ENSINO DAS TÉCNICAS DE COMPRESSÃO DE VÍDEO UTILIZADAS NO PADRÃO MPEG-2 FERRAMENTA PARA ENSINO DAS TÉCNICAS DE COMPRESSÃO DE VÍDEO UTILIZADAS NO PADRÃO MPEG-2 Ricardo Mércuri Miranda - mercurimiranda@yahoo.com.br Centro Universitário Salesiano de Campinas UNISAL Campinas SP

Leia mais

A UNIÃO EUROPEIA E O DIÁLOGO INTERCULTURAL MNE DGAE

A UNIÃO EUROPEIA E O DIÁLOGO INTERCULTURAL MNE DGAE A UNIÃO EUROPEIA E O DIÁLOGO INTERCULTURAL O CAMINHO PARA A UNIÃO EUROPEIA O QUE SE COMEMORA NO ANO EUROPEU 2008 QUIZ O CAMINHO PARA A UNIÃO EUROPEIA No século XX, depois das Guerras Mundiais (a 2ª foi

Leia mais

Anacom, Dividendo Digital 2 e TDT. Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto

Anacom, Dividendo Digital 2 e TDT. Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto Anacom, Dividendo Digital 2 e TDT Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto 14 de julho de 2016 Missão, atribuições, poderes Missão Regular o sector das comunicações, incluindo as comunicações

Leia mais

RETIFICAÇÕES. («Jornal Oficial da União Europeia» L 139 de 26 de maio de 2016) O anexo II é inserido com a seguinte redação:

RETIFICAÇÕES. («Jornal Oficial da União Europeia» L 139 de 26 de maio de 2016) O anexo II é inserido com a seguinte redação: 3.6.2016 L 146/31 RETIFICAÇÕES Retificação do Regulamento de Execução (UE) 2016/799 da Comissão, de 18 de março de 2016, que dá execução ao Regulamento (UE) n. o 165/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho

Leia mais

TV Digital 8. Transmissão aos consumidores (distribuição) TV Digital 2006/7 1

TV Digital 8. Transmissão aos consumidores (distribuição) TV Digital 2006/7 1 TV Digital 8 Transmissão aos consumidores (distribuição) TV Digital 2006/7 1 Redes na distribuição Difusão Terrestre - unidireccional mas... Difusão satélite - atraso prejudica interacção CATV - redes

Leia mais

REDE DE ESTABELECIMENTOS POSTAIS RELATIVOS AOS CTT CORREIOS DE PORTUGAL, S.A., NO FINAL DO 1.º SEMESTRE DE 2007 ÍNDICE

REDE DE ESTABELECIMENTOS POSTAIS RELATIVOS AOS CTT CORREIOS DE PORTUGAL, S.A., NO FINAL DO 1.º SEMESTRE DE 2007 ÍNDICE http://www.anacom.pt/template12.jsp?categoryid=259843 Data de publicação 4.12.2007 REDE DE ESTABELECIMENTOS POSTAIS RELATIVOS AOS CTT CORREIOS DE PORTUGAL, S.A., NO FINAL DO 1.º SEMESTRE DE 2007 ÍNDICE

Leia mais

4 H Conceitos importantes

4 H Conceitos importantes H.264 51 4 H.264 Foi desenvolvido pelos grupos MPEG (Moving Picture Expert Group) e VCEG (Video Coding Expert Group), através de um esforço conjunto denominado JVT (Joint Video Team), um novo padrão de

Leia mais

Fundamentos de Telecomunicações

Fundamentos de Telecomunicações Fundamentos de Telecomunicações LERCI_FT 3: Codificação de Canal Professor Victor Barroso vab@isr.ist.utl.pt Codificação de Canal Aplica-se para aumentar a fiabilidade do sistema de comunicações digitais.

Leia mais

Relatório mensal sobre combustíveis

Relatório mensal sobre combustíveis Relatório mensal sobre combustíveis ABRIL DE 2015 Índice I Principais destaques 3 II Introduções ao Consumo 4 Consumo mensal de gasóleo e gasolina 4 Consumo anual acumulado de gasóleo e gasolina 5 Consumo

Leia mais

Resposta da SGC Telecom à consulta pública sobre o concurso da TDT

Resposta da SGC Telecom à consulta pública sobre o concurso da TDT Resposta da SGC Telecom à consulta pública sobre o concurso da TDT A consulta pública lançada em 30 de Agosto do corrente ano apela a todos os interessados a pronunciarem-se sobre os projectos de decisão

Leia mais

Register your product and get support at www.philips.com/welcome SDV6122/10 PT Manual do utilizador 2 PT Índice 1 Importante 4 Segurança 4 Reciclagem 4 2 O seu SDV6122 5 Visão geral 5 3 Como iniciar 6

Leia mais

Televisão Digital. Digital Video Broadcast Handheld

Televisão Digital. Digital Video Broadcast Handheld Televisão Digital Digital Video Broadcast Handheld Televisão móvel O futuro dos telemóveis Integrated Services Digital Broadcasting (ISDB-T) Advanced Television System Comitee (ATSC) Sistema Brasileiro

Leia mais

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS Comunicação da Comissão Europeia sobre A sustentabilidade a longo prazo das finanças públicas na EU COM(2006) 574 final Relatório I Procedimento Nos termos do nº 1 do artigo 7.º da Lei n.º 43/2006, de

Leia mais

ABINEE-TEC. Painel: Padrão TV Digital e Rádio Perspectivas para a Indústria de Componentes Investimentos e Mercado.

ABINEE-TEC. Painel: Padrão TV Digital e Rádio Perspectivas para a Indústria de Componentes Investimentos e Mercado. ABINEE-TEC Painel: Padrão TV Digital e Rádio Perspectivas para a Indústria de Componentes Investimentos e Mercado mkzuffo@lsi.usp.br Consórcio TAR Meios Eletrônicos Interativos Laboratório de Sistemas

Leia mais