UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA FLORESTAL CAMPUS DE PATOS

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1 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA FLORESTAL CAMPUS DE PATOS POTENCIALIDADES DA CAATINGA SOB A ÓTICA DE AGRICULTORES DE MUNICÍPIOS DO SERTÃO PARAIBANO PATOS-PARAIBA-BRASIL 2014

2 2 CLAUDIA DA SILVA FERREIRA POTENCIALIDADES DA CAATINGA SOB A ÓTICA DE AGRICULTORES DE MUNICÍPIOS DO SERTÃO PARAIBANO Monografia apresentada à Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos/PB, para a obtenção do Grau de Engenheira Florestal. Orientadora: Prof. MsC. Alana Candeia de Melo. Patos Paraíba Brasil 2014

3 3 CLAUDIA DA SILVA FERREIRA POTENCIALIDADES DA CAATINGA NA PERCEPÇÃO DE AGRICULTORES DE MUNICÍPIOS DO SERTÃO PARAIBANO Monografia apresentada à Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos/PB, para a obtenção do Grau de Engenheira Florestal. APROVADA em: / /. Profa. ALANA CANDEIA DE MELO (UAEF/UFCG) Orientadora Prof. Dra. IVONETE ALVES BAKKE (UAEF/UFCG) 1ª Examinadora Prof. Dr. GILVAN JOSÉ CAMPELO DOS SANTOS (UAEF/UFCG) 2º Examinador

4 4 Patos Paraíba Brasil 2014 AGRADECIMENTOS Tudo que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado (Roberto Shinyashik) Com essa mensagem agradeço a minha orientadora MEU ANJO DA GUARDA Alana Candeia de Melo, primeiramente por ter se interessado em orientar o meu trabalho, em segundo lugar por ter me passado segurança da minha aptidão para a realização desta monografia ensinando-me a ser mais paciente e confiante. Ainda com essa mensagem agradeço aos meus pais Antônio e Lindete e a todos os meus irmãos Lucia, Claudio, Carlos, Antoniel, Charles, como também agradece a minha cunhada Maria Thereza pela ajuda na execução deste trabalho e a todos os meus familiares, que vivenciaram comigo alegrias e tristezas desse processo, demostrando todo o seu amor. A todos os meus professores da Unidade Acadêmica de Engenharia Florestal pelos momentos de aprendizagem em especial aqueles professores que adquiri um carinho todo especial durante a minha trajetória: Gilvan, Isaac, Ivonete, Alana; a todos os funcionários do Campus de Patos, em especial, aos meus dois amores Ednalva e Ivanice meu muito obrigado. A Lena por todos os momentos de desabafo na sua cantina. Durantes todos esses anos e foram muitos, fiz amigos preciosos os quais de longe ou de perto estarão comigo durante toda a minha vida; uns já terminaram outros desistiram, outros irão fica mais um pouquinho para, como eu, realizar os seus sonhos de serem ENGENHEIROS OU ENGENHEIRAS FLORESTAIS: Gilmar, Djailson Júnior, Talytta, Lyane, Simone, Edjane, Thiago, Bianca, Quezia, Marilia, Tibério, Cesar, Arthu, Franzer, Rafaela, Tabata, kidy, Ikalo, Alexsandro, Tamires, E agradeço aos meus amigos Adriana (amor), Andreia, Daniela, Izabella, Meylene, Cida, Nanita, Suelio, Marcos, Elane, Mariana, Gilson, pela amizade construída e por esta ao meu lado nos meus momentos mais difíceis. A todos que fazem parte da minha vida e contribuíram de alguma forma para execução desse meu sonho, mais que não foram citados meu muito obrigada. AMO VOCÊS.

5 5 FERREIRA, Claudia da Silva. Potencialidades da Caatinga sobe a ótica de agricultores de municípios do sertão paraibano Monografia (Graduação) Curso de Engenharia Florestal. CSTR/UFCG, Patos-PB, RESUMO O bioma Caatinga é de domínio exclusivamente brasileiro, cuja vegetação se apresenta em grupos de árvores e arbustos espontâneos, densos, baixos, de aspecto seco, algumas espécies dotadas de espinhos, de folhas pequenas e caducifólias durante a estação seca, que protegem as plantas contra a desidratação pelo calor e vento. Por sua aparência e pelo modelo de exploração a que vem sendo submetido ao longo dos séculos, no imaginário popular é considerado um bioma pobre. Apesar de ser considerado um bioma pobre, a Caatinga apresenta potencialidades que se traduzem em fonte de sobrevivência para significativa parcela da população do semiárido nordestino. Com base nesses pressupostos foi desenvolvido o estudo sobre Potencialidades da Caatinga na percepção de agricultores de municípios do sertão paraibano, cujo objetivo é avaliar o nível de percepção que agricultores do sertão paraibano possui com relação as potencialidades do bioma Caatinga. A pesquisa é de natureza qualitativa, fundamentada em um aporte teórico e de registro fotográfico, além da coleta de informações por meio de um questionário; os sujeitos pesquisados foram vinte e cinco agricultores que residem no sertão paraibano. Desse estudo pode-se concluir que a Caatinga ainda representa fonte de sobrevivência para os habitantes da área por ela abrangida, que ela está bastante degradada e que, apesar de dos agricultores reconhecerem as potencialidades da Caatinga, observa-se o descrédito dos agricultores com as políticas direcionadas para esse bioma, considerando que 18% acreditam que é preciso que o governo invista nesta região; os estudos realizados e apontam que uma das alternativas para mitigar o efeito de todo o processo de exploração porque tem passado a Caatinga é o manejo florestal sustentado e que é preciso um eficiente serviço de extensão para que se possa trabalhar com o homem do campo em todas as suas dimensões e, dessa forma, mudar a atual realidade do bioma caatinga. Palavras-chave: Bioma. Exploração. Potencialidade. Nordeste. Semiárido.

6 6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO REFERENCIAL TEÓRICO CARACTERIZAÇÃO DO BIOMA CAATINGA INTERFERÊNCIAS ANTRÓPICAS NA CAATINGA POTENCIALIDADES DA CAATINGA Potencial forrageiro da Caatinga Potencial madeireiro da Caatinga Potencial medicinal da Caatinga Diversificação do uso da Caatinga METODOLOGIA CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA SUJEITOS DA PESQUISA INSTRUMENTO DA PESQUISA COLETA DE DADOS RESULTADOS E DISCUSSÃO CONCLUSÕES REFERÊNCIAS ANEXO

7 7 1 INTRODUÇÃO O bioma Caatinga é característico da Região Nordeste do Brasil. Sua extensão coincide com a região semiárida e é o único bioma exclusivamente brasileiro. O termo Caatinga significa mata branca ou mata cinzenta e esses termos decorrem da paisagem esbranquiçada ou cinzenta apresentada pela vegetação durante a estação seca (prolongada), quando a maioria das plantas perdem as folhas e os troncos tornam-se esbranquiçados e secos. O bioma Caatinga ocupa 11% do território nacional e ocupa uma área de aproximadamente km². Engloba parte dos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e parte do norte de Minas Gerais (Região Sudeste). Esse bioma ao longo de centenas de anos de ocupação, em decorrência do modelo de exploração adotado (insustentável), fez com que Caatinga esteja bastante degradada, sendo sua condição considerada bastante frágil. Apesar de ser considerado um bioma pobre, a Caatinga apresenta potencialidades que se traduzem em fonte de sobrevivência para significativa parcela da população do semiárido nordestino. Entretanto, desde a colonização do país vem sofrendo forte pressão antrópica, seja pela ocupação dos solos pela agricultura, pela pecuária ou pela exploração da vegetação. Esse modelo insustentável tem contribuído para reduzir a biodiversidade biológica, cujos efeitos tem se revertido contra o próprio homem. Observa-se que é significativa a perda de sua diversidade e que não se registram políticas públicas efetivas em sua defesa. Por ser considerado um bioma pobre, por centenas de anos assiste-se a sua intensa degradação. Entretanto, apesar das suas características socioeconômicas, a região onde ocorre a Caatinga registra-se uma elevada densidade populacional. Nesse contexto, justifica-se a realização de um trabalho que estude a percepção que agricultores têm a respeito das potencialidades da Caatinga, considerando que essa é a alternativa de fonte de sobrevivência desde épocas remotas. A pesquisa privilegiou a abordagem qualitativa e foi utilizado como instrumento de coleta de dados/informações, um questionário aplicado a vinte e cinco agricultores de cinco municípios da microrregião de Patos. O objetivo desse trabalho foi avaliar o nível de percepção que agricultores do sertão paraibano possui com relação as potencialidades do bioma Caatinga.

8 8 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 CARACTERIZAÇÃO DO BIOMA CAATINGA O termo Caatinga origina-se do tupi e quer dizer mata branca ou mata cinzenta. É um bioma característico do território brasileiro localizado na região Nordeste do Brasil, cuja extensão coincide com a região denominada semiárido. A área da Caatinga, segundo Queiroz (2009), é de, aproximadamente, km. Para Drumond (2012), como a Caatinga é um tipo de vegetação constituída especialmente de árvores e arbustos de pequeno porte, folhas miúdas e caducifólias e que passa por pelo menos seis meses de estiagem ao ano, alguns mecanismos de adaptação foram desenvolvidos como espinhos, folhas pequenas e caducifólias, mecanismos que reduzem a transpiração excessiva. A vegetação herbácea é temporária e presente apenas no período chuvoso. Sob a vegetação de Caatinga, os solos são geralmente rasos e, às vezes, com afloramentos rochosos. Em geral, a temperatura é alta, com baixos índices pluviométricos, marcada pela irregularidade na distribuição das chuvas no tempo e no espaço. Seus índices pluviométricos são bastante irregulares, variando de 250 a mm por ano e, geralmente, concentradas de dois a três meses. Devido à proximidade do Equador, as temperaturas médias são elevadas em torno de 27 C, embora as médias das temperaturas máximas raramente ultrapassem 40ºC, com precipitações médias anuais em torno de 500 mm, com insolação média de horas.ano-1, e evaporação em torno de mm.ano-1. Essas características bioedafoclimáticas são determinantes para as áreas de domínio das Caatingas. Totalmente coberto pela vegetação de Caatinga, o semiárido brasileiro é um dos mais densamente povoados do mundo e, em função das adversidades climáticas, associadas aos outros fatores históricos, geográficos e políticos que remontam centenas de anos, abriga a parcela mais pobre da população do país (DRUMOND, 2012). Alves et.al., (2008), afirmam que a Caatinga é um ecossistemas rico em variedades a fauna e flora e que apresenta muitas espécies endêmicas. A vegetação da Caatinga é predominantemente composta de um estrato arbóreo ou arbustivos arbóreo (QUEIROZ, 2009).

9 9 Para Guiletti et.al. (2004), o bioma Caatinga é um dos biomas brasileiros mais desvalorizados, fato decorrente da crença que a Caatinga possui uma diversidade muito baixa e plantas, sem espécies endêmicas e bastante modificada pelas ações antrópicas. A vegetação da Caatinga é uma das mais exploradas, por ser fonte de renda para a maioria da população que habita na região semiárida brasileira. Encontra-se, portanto, submetida sob forte pressão antrópico. Na área coberta pelo bioma Caatinga ocorre um fenômeno conhecido como seca que se caracteriza pela irregularidade na distribuição dos totais de chuvas de ano para ano e em intervalos de dez a vinte anos, caem para menos da metade da média, às vezes durante três a cinco anos seguidos (VELLOSO et.al., 2002). Maia (2004) citado por Roque (2009, p.11-12) conceitua a Caatinga como: A vegetação heterogênea quanto aos aspectos fisionômicos e florísticos e apresenta alta resistência à seca, em virtude de possuir diferentes mecanismo que minimizam os efeitos da falta de chuvas na região. Essa resistência é proporcionada pela presença de adaptação adquiridas pelas plantas do semiárido ao longo do tempo, tais como: xilopódios, raízes tuberosas e superficiais, caules suculentos e clorofilados, folhas pequenas e caducas, ciclo vital curto e sementes dormentes. Para Roque (2008), a Caatinga é plural, heterogênea e diversificada. Considerando outras florestas secas do mundo nas mesma condições ambientais, a Caatinga possui um patrimônio biológicos bastante diversificado, cm ocorrência de espécies endêmicas e uma riqueza inestimável de espécies vegetais e animais. Destaca-se por ser o único bioma exclusivamente brasileiro (BRASIL, 2002) e abranger uma área relativamente extensa, apresentando várias fisionomias de acordo com as características ambientais locais, assumindo ora a fisionomia de uma floresta arbórea ora de estrato arbustivo-herbáceo. Para Velloso et.al. (2002), o bioma Caatinga, apesar de suas condições severas, apresenta uma surpreendente diversidade de ambientes, constituindo-se numa variedade de tipos vegetacionais, em geral, caducifólia, xerófila e, por vezes, espinhosa, que variam em função dos tipos de solos e da disponibilidade de água. Dos biomas brasileiros, a Caatinga é a quarta formação vegetacional do Brasil, após a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica (IBGE, 2004). Apesar dessa posição, é o bioma mais negligenciado apesar de sempre ter sido um dos mais ameaçados. Velloso et.al. (2002)

10 10 reconhece que há necessidade de se conserva os sistemas naturais do bioma Caatinga porém o conhecimento científico a seu respeito ainda é insuficiente. Alves, Araújo e Nascimento (2009), defendem que a Caatinga apresenta uma imensa variedade de vida e um acentuado grau de endemismo, mas ainda precisa ser estudada mais detalhadamente para suprir as carências de informações atualizadas sobre esse bioma. Os autores acrescentam, ainda, que a falta de dados atualizados e estudos contínuos prejudicam a conservação ambiental da Caatinga. A área de domínio do clima semiárido, segundo a UFSC (2011) corresponde à vegetação da Caatinga, isto é, no Sertão, Cariri, Curimataú, Seridó, recobrindo em 65% o território. Tal vegetação é apresentada por xerófilas, cactáceas, caducifólias e aciculifoliadas. Pode ser dividida em hiperxerófila áreas mais secas como Cariri, Seridó e Curimataú - ou hipoxerófila nas proximidades do Agreste e no Sertão. Algumas espécies são: xiquexique, mandacaru, macambira, baraúnas, aroeira, angico, umbuzeiro, juazeiros e outros. Grande parte da vegetação da Caatinga foi degradada ao longo do tempo, para a ocupação do solo com o algodão, milho e ainda com o pasto, para a criação do gado, principal atividade econômica. Pode-se encontrar a Caatinga nos Cariris, Curimataú, no Seridó e no Sertão da Paraíba (UFSC, 2011, p. 18). 2.2 INTERFERÊNCIAS ANTRÓPICAS NA CAATINGA O processo de ocupação do Nordeste brasileiro teve seu início a partir do litoral e se interiorizou a partir d desenvolvimento das atividades extrativistas e da produção agrícola voltada para a exportação (pau Brasil, algodão, cana de açúcar). No século XVII ocorreu o processo de ocupação do interior (sertão, pelo gado, e das fazendas e currais dos bois). Essa forma de ocupação teve como consequência mediata o desmatamento da vegetação ( Caatinga). A Caatinga tem sido ocupada desde o período colonial com o regime de sesmarias e o sistema de capitanias hereditárias, criando-se condições para a concentração fundiária. As alterações da Caatinga tiveram início com o processo de colonização do Brasil, sendo ocupada inicialmente para explorar as riquezas naturais existentes, e posteriormente, a implantação da pecuária bovina, associada a práticas agrícolas rudimentares. Ao longo do tempo, outras formas de uso da terra foram sendo adotadas, diversificação da agricultura, da pecuária, aumento da extração de lenha para produção de carvão e caça, dentre outros.

11 11 (ALBUQUERQUE; ANDRADE; (2002); LEAL et.al., (2003) apud. ALVES et.al., (2010). Para Feitoza (2004), o bioma Caatinga tem estrutura funcional própria, dinâmica e autorreguladora. Porém, a dinâmica reguladora de seus sistemas naturais vem sendo alteradas em consequências das ações do homem. Os efeitos das condições climáticas e das práticas inadequadas de uso do solo e dos demais recursos naturais têm contribuído para acelerar a modificação da paisagem natural, cujos efeitos mais perceptíveis são a perda da biodiversidade, o esgotamento dos recursos naturais e a formação de núcleos de desertificação. Melo (1998) afirma que a expansão da pecuária desde meados do século XVII, com interiorização por meio da pecuária, ampliou as áreas de pastagens e para que isso ocorresse, houve corte de árvores e a utilização do fogo. Essas atividades, por sua vez, foram responsáveis por transformações irreversíveis na Caatinga. As atividades agropecuárias se constituem em atividades profundamente modificadoras do bioma Caatinga. O superpastoreio dos gados bovinos, caprinos e ovinos, pela do pastejo modifica a composição da flora, tanto do estrato arbóreo, quanto do arbustivo e herbáceo. A prática da agricultura itinerante, caracterizada pelo desmatamento e queimadas desordenadas, também tem contribuído para a modificação dos estratos arbóreos, arbustivos e herbáceos da Caatinga. Melo (1998) ratifica que a exploração da vegetação da Caatinga tem contribuído significativamente para causar danos à vegetação lenhosa da Caatinga. Segundo Santana & Souto (2006), as áreas da Caatinga estão a cada ano sofrendo ação antrópica, com altos números de degradação, resultando na redução da biodiversidade (fauna e flora). Sampaio (1995) apud Santana & Souto (2006), acrescenta que a região semiárida possui um longo histórico de perturbação, provocada principalmente pelo estabelecimento do modelo de pecuária, agricultura, mineração desde as faces primeiras do processo de colonização. Ab`Saber (1977), acrescenta que os processos de degradação ambiental estão cada vez mais visíveis, mostrando as suas consequências em relação à perda da fertilidade dos solos e da sua biodiversidade. Associado as particularidades naturais do semiárido, as formas de uso do solo que vem ocorrendo aos longos dos anos favorece um círculo vicioso de degradação, onde a erosão causa a diminuição da capacidade de retenção de agua pelos solos, perda de biomassa e nutrientes. Com a redução da cobertura vegetal, a radiação intensifica o ressecamento do solo e a erosão acelera ainda mais, com o consequente aumento da aridez.

12 12 Nesse processo, a ação do homem tem desempenhado papel relevante, porque desenvolve e acelera as consequências por meio de práticas inadequadas de uso dos recursos naturais. A vegetação da Caatinga é uma das mais exploradas, por ser fonte de renda para a população tanto na zona rural como na urbana. Como já evidenciado por alguns autores, o uso insustentável dos seus solos, seja pela agricultura, seja pela pecuária, ou pela exploração da vegetação tem contribuído ara a escassez ou desaparecimento de algumas espécies. Estima-se que cerca de 70% da Caatinga já se encontram alterados pelo homem, e somente 0,28% de sua área se encontram protegida em forme de unidades de conservação (ARAÚJO, 2007). Leal et.al., (2005), indicam técnicas rudimentares como a coivara, como potenciais causas para agravar a degradação ambiental no semiárido nordestino, porque além de queimar a vegetação também queima os minerais do solo e os microorganismos, dificultando a sua regeneração. O uso dos recursos naturais no espaço do semiárido tem se pautado por concepções imediatistas norteadas por um modelo de desenvolvimento e de organização socioeconômica que não privilegia a valorização das potencialidades naturais. 2.3 POTENCIALIDADES DA CAATINGA De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (BRASIL, 2002), o bioma Caatinga é exclusivamente brasileiro, ocupa cerca de 10% do território nacional ( km²) e abrange em parte ou no todo, os estados do Ceara, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí, além de pequenas áreas do Maranhão e Minas Gerais. Antigamente acreditava-se que a Caatinga seria o resultado da degradação de formações vegetais mais exuberantes como a mata atlântica ou floresta amazônica. Esse pensamento sempre produziu a falsa ideia que o bioma seria homogêneo, com biota pobre em espécies e em endemismos, estando pouco alterada ou ameaçada, desde a colonização do Brasil. Entretanto, estudos apontam a Caatinga como rica em biodiversidade, endemismo e bastante heterogênea, como também pode ser considerado um bioma extremamente atacado (Alves et.al., (2007) apud ALVES (2010). Euclides da Cunha em seu livro os Sertões (2002, p.35) retrata a Caatinga de uma forma poética, entretanto dramática. A Caatinga afoga; abrevia-lhe o olhar; ajude-o e estonteia-o; enlaça-o na trama espinescente e não o atrai; expulsa-o com as folhas urticantes, com espinhos e com gravetos instalados em lanças e desdobra-se-lhe na frente

13 13 em léguas em léguas imutável no aspecto desolado; árvores sem folhas de galhos estorcidos e secos, revoltos, entre cruzados, apontado rijamente no espaço ou estirando-os flexuosos pelo solo, lembrando um bracejar imenso, de tortura da flora agonizante... A Caatinga, segundo Mendes (1977), guarda um grande número de plantas e animais que são utilizados pelo homem mesmo antes do período colonial. A população que reside nessa região semiárida utiliza plantas nativas que produzem óleo, cera, borracha, resina, forragem, madeira, tanino, fármacos, cosméticos, perfumes, fibras e frutos. Para Albuquerque (2001), estudos realizados sobre a Caatinga revelou que além da importância biológica, o bioma Caatinga também dispõe de um significativo potencial econômico, as espécies de excelente uso como forragens, frutíferas e medicinais Potencial forrageiro da Caatinga A vegetação da Caatinga e formada por arvores e arbustos de pequenos porte, em sua maioria caducifólias. Segundo Araújo Filho e Silva (1994), existem dois tipos principais de Caatinga na paisagem semiárida: o arbustivo arbóreo (dominante no sertão) e arbóreo (ocorre principalmente nas encostas das serras e nos vales dos rios). Segundo Lima et.al., (1987), a Caatinga é importante para a sobrevivência dos produtores de baixa renda que dependem da pecuária para sua sobrevivência. Na região semiárida a produção de alimentos para o rebanho representa, provavelmente o maior desafio que enfrenta a atividade pecuária, devido principalmente as instabilidades climáticas, que tornam o cultivo de forragens numa atividade de alto risco, além de competir com a agricultura tradicional. Peter (1922) citado por Pinto, Cavalcante e Andrade (2006) afirma que a vegetação lenhosa constitui a mais importante fonte de forragem para os rebanhos do sertão nordestino compondo até 90% a dieta de ruminantes domésticos, principalmente na época da estação seca. Para viabilizar a produção animal sem perdas significativas da biodiversidade e do potencial produtivo, é imprescindível a conveniente manipulação e manejo de extensas áreas da Caatinga. Para tanto, faz-se necessário a realização de estudos para que se tenha o conhecimento adequado das características de produção de fitomassa e o valor nutritivo das plantas (ARAUJO E CARVALHO, 1977).

14 14 Damasceno (2007), ao estudar a composição bromatológica de forragem de diferentes espécies da Caatinga paraibana em altitudes diferentes encontrou oito famílias, representadas por quatorze espécies. As espécie arbustivas arbóreas de potencial forrageiro foram as seguintes: aroeira (Myracrodruon urundeuva Allemão); umbuzeiro (Spondias tuberosa); imburana (Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B.Gillet); catingueira (Caesalpinia pyramidalis Tul.); jucá (Caesalpinia ferrea); mororó (Bauhinia cheilantha); feijão bravo (Capparis flexuosa (L.) L); mofumbo (Combretum cf. leprosum Mart.); faveleira (Cnidoscolus quercifolius Pohl); maniçoba (Manihot glaziovi); angico (Anadenanthera colubrina); jurema preta (Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir); jurema branca (Piptadenia stipulacea(benth.) Ducke) e juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart) Potencial madeireiro da Caatinga A conservação da biodiversidade a Caatinga e fundamental, pois esta desempenha o importante papel socioeconômico para a região. O bioma Caatinga precisa ser manejado de forma sustentável porque, segundo Chiang (2004) citado por Leal et.al. (2005), a sua conservação e responsável pela restauração da fertilidade e proteção dos solos e contribui ainda, com a fixação de CO 2 da atmosfera, por meio da fotossíntese, fixando na matéria lenhosa na forma de carbono. Ramos (2007) defende que no nordeste brasileiro, o semiárido destaca-se como o principal responsável pelo fornecimento do amplo conjunto de produtos florestais, sendo que o bioma Caatinga figura como o principal fornecedor de matéria prima da região, exercendo, portanto, uma relevante função social e econômica especialmente para as comunidades rurais (CNRBC, 2004). Segundo Seyffarth (2012), a Caatinga e o bioma semiárido mais biodiverso do mundo, sendo extremamente diverso em espécies animais, vegetais em paisagem e, sobe o ponto de vista genético. Também muito rico é o conhecimento tradicional associado a esta biodiversidade, que pode ser explorada para seu uso sustentável e para o desenvolvimento sustentável regional. Para Seyffarth (2012), a Caatinga tem identificadas 932 espécies vegetais, sendo 318 endêmicas. Existem doze tipos de vegetação na Caatinga, que vão das mais abertas (arbustivas e arbustivas-arbóreas), até as mais florestais como as florestas.

15 15 O estoque madeireiro da Caatinga é baixo quando comparado a outros biomas, e pode variar dependendo das condições edafoclimáticas (DRUMOND, 2012). Algumas espécies são de grande importância econômica, especialmente para os agricultores da região como é o caso do umbu (Spondias tuberosa), angico (Anadenanthera colubrina); braúna do sertão (Schinopsis brasiliensis); aroeira (Myracrodruon urundeuva Allemão); sabiá (Mimosa caesalpinifolia); ipê-roxo (tabebuia mupetginosa); imburana (Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B.Gillet); dentre outras (DRUMOND, 2012). Apesar da rica diversidade da Caatinga, a utilização de seus recursos se fundamenta em processos meramente extrativista, sem a perspectiva de um manejo sustentável, observando-se perdas irreparáveis na diversidade florística e faunística (DRUMOND, 2000). Para Silva et.al., (1998) e Soares et.al., (1999), a dependência da população e de alguns setores da economia nordestina como polos cerâmicos e indústrias de cal tem como fonte de energia correspondente a um valor entre 30 a 50% da energia primaria. A lenha e o carvão vegetal representam 60% de toda a energia utilizada para cozinhar alimentos no nordeste (TEIXEIRA, 2002). Nascimento (2007) destaca que as espécies lenhosas da vegetação da Caatinga são extraídas para diversas finalidades, podendo-se destacar a produção de combustível (carvão e lenha), artesanato, instrumentos de trabalho e a construção de casas e cercas Potencial medicinal da Caatinga As plantas medicinais da Caatinga desempenham uma função importante, pois são formas de preparar remédios. Cientistas, segundo Albuquerque (2010), reconhecm que na Caatinga existem cerca de 400 espécies utilizadas medicinalmente para diferentes problemas de saúde. Algumas plantas ativas da Caatinga merecem especial atenção, porque estão sofrendo forte pressão extrativista, devido a sua grande utilidade e seu valor comercial. Albuquerque (2010) indica uma relação de espécies da Caatinga que usualmente são utilizadas pelas comunidades da região: aroeira; angico; cumaru; juazeiro; mororó; catingueira; jatobá mulungu e quixaba, dentre outros Diversificação do uso da Caatinga

16 16 Segundo Maciel e Silva (sd), a região de ocorrência de Caatinga, a sobrevivência de muitas famílias é garantida pela exploração de produtos madeireiros fundamentais para a geração de empregos e renda para a população e com grande potencial econômico, se explorados em escala pelas indústrias químicas, farmacêuticas e de alimentos. Além de disso, há um enorme potencial para a geração de renda em atividades como ecoturismo e uso sustentável da biodiversidade. Pereira (2000), afirma que devido a extensão e a importância econômica-ecológica da Caatinga, para a população do semiárido, bem como o nível de degradação a que o bioma está submetido, justifica-se a preocupação com a biodiversidade da Caatinga, tornando necessária a realização de estudos que forneçam conhecimento para implementação de projetos de conservação da Caatinga. O Sertão paraibano (Figura 1) está inteiramente inserido na zona do Polígono das Secas que, segundo Moura et.al., (2007), apesar de sua grande extensão, prevalece o clima BSh de Koppen, que tem como característica ser bem quente (Figura 2). Nessa área registrase forte insolação, baixa nebulosidade, altas médias térmicas, com temperatura média anual de 24 a 26ºC. Na região de acordo com Reis (1976); Malvezzi, (2007); Silva, Santos e Tabarelli (2008), citados por Araújo (2010), as precipitações são irregulares, variam de 250 a 800mm/ano; a umidade relativa do ar registra média de 50% (MOURA, et.al.,, 2007); o balanço hídrico da região é negativo, em virtude do alto índice de evaporação, em torno de 3000 mm/ano (MALVEZZI, 2007 apud ARAÚJO 2010).

17 17 Figura 1 Divisão do Estado da Paraíba em Mesorregiões Fonte IBGE Figura 2 Localização da Região semiárida As chuvas, nesta região sertaneja, ocorrem em um período de 2 a 3 meses e, muitas vezes ocorrem de forma torrencial. Nesse sentido, quando os solos estão expostos, em virtude dos níveis elevados de desmatamento, expostos à intensa insolação ou no período chuvoso, ao elevado escoamento superficial; esse processo acentuo a erosão, carregando os nutrientes para os reservatórios de água, provocando o assoreamento (REIS, 1976 citado por ARAÚJO, 2010). O bioma Caatinga é o principal ecossistema do Sertão Paraibano (DAMM E FARIAS, 2006 APUD Araújo, 2010). Para Malvezzi (2007) apud Araujo (2010) o estabelecimento do cenário de vegetação desta região depende diretamente da ocorrência ou não de chuva. No período chuvoso predomina a paisagem verde e no período seco a paisagem é cinzenta, fazendo jus à origem tupi do seu nome, que quer dizer mata branca (MALVEZZI, 2007 apud ARAÚJO,2010). Para Melo Filho e Souza (2006), a vegetação do Sertão Paraibano a Caatinga - compõe-se de espécies xerófilas, lenhosas, caducifólias, em geral espinhosas, com ocorrência de plantas suculentas e afilas, de padrão tanto arbóreo como arbustivo

18 18 Barbosa (2006) destaca que as atividades humanas têm contribuído para degradar de forma acentuada os recursos naturais refletindo o modelo de desenvolvimento econômico adotado ao longo das ocupações. Esse modelo tem contribuído para a formação de condições socioeconômicas vulneráveis, além de extensas áreas degradadas. Os processos de exploração da agricultura na sua grande parte de sequeiro têm contribuído para produzir impactos ambientais cada vez mais profundos. Dentre as atividades que mais potencializam a degradação, destacam-se além da agricultura, o uso do solo, a pecuária extensiva e semiextensiva e a exploração dos recursos florestais da Caatinga que ao longo dos anos vêm causando profundas transformações, tanto no domínio geobotânico (redução da diversidade) quanto no domínio morfoclimático (aumento do índice aridez), no semiárido paraibano acelerando processos naturais que desencadeiam formação de núcleos de degradação. (ALVES; SOUZA & NASCIMENTO, 2009).

19 19 3 METODOLOGIA 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA O presente estudo foi realizado com vinte e cinco agricultores que residem nas zonas rurais de municípios localizados no sertão do estado da Paraíba. Os agricultores residem nos municípios de Patos (sete), Santa Luzia (cinco), Santa Terezinha (quatro), Água Branca (três), Cacimba de Areia (três), Malta (três). Foram contempladas três microrregiões (Figura 3). De acordo Moreira (1988), os municípios integram a região geográfica do Sertão Paraibano. Figura 3 - Localização do município de Patos, Santa Terezinha, Cacimba de Areia e Quixaba Seridó Ocidental. Fonte: (IBGE, 2010) O estudo privilegiou a abordagem qualitativa. Segundo Minayo (2010, p.57), o método qualitativo é o que se aplica ao estudo das crenças, das percepções e das opiniões produtos das interpretações que os humanos fazem a respeito de como vivem, constroem seus artefatos e a se mesmo, sentem e pensam.

20 20 Na abordagem qualitativa Gerhartt e Silveira (2009), procura-se explicar o porquê das coisas, exprimindo o que convém ser feito, mais não se quantificam os valores e as trocas simbólicas nem se submetem a prova de fatos, pois os dados analisados são não- métricos e se valem de diferentes abordagem. 3.2 SUJEITOS DA PESQUISA Os sujeitos desta pesquisa foram vinte e cinco agricultores que residem no sertão paraibano. A coleta de informações ocorreu através de um questionário. Para que estes fossem aplicados a autora solicitou a colaboração de colegas do curso de Engenharia Florestal e de professores do seu ambiente de trabalho, que residem em outros municípios e que conhecem moradores da zona rural. Ao todo foram distribuídos 40 (quarenta) questionários com seis colegas sendo que foram respondidos vinte e cinco. A distribuição geográfica foi a seguinte. MUNICÍPIO MICRORREGIÃO NÚMERO RESPONDENTES Patos Patos 7 Quixaba Patos 5 Santa Terezinha Patos 4 Malta Sousa 3 Cacimba de Areia Patos 3 Água Branca Teixeira 3 TOTAL INSTRUMENTO DA PESQUISA Como instrumento para coleta de dados foi utilizado um questionário com vinte três questões, sendo dezessete questões objetivas e seis questões abertas. O questionário foi estruturado em três aspectos: 1) aspectos demográficos; 2) habitação e 3) exploração da terra. Para Oliveira (2007), o questionário é difundido como uma técnica para obtenção de dados que o pesquisador deseja registrar. Geralmente os questionários tem como principal atividade descrever as características de uma pessoa ou grupo social. 3.4 COLETA DE DADOS

21 21 Quanto ao procedimento de coleta de dados, o questionário foi aplicado no período de julho a agosto de Como já esclarecido, autora deste trabalho solicitou a colaboração de colegas do curso de Engenharia Florestal e colegas de trabalho, tendo orientando-os para que explicasse aos respondentes que se tratava apenas de uma pesquisa acadêmica. Vale ressaltar que os questionários foram aplicados nos finais de semana e sempre na casa dos agricultores, ou seja, na zona rural. O questionário foi respondido de forma individual e coletiva, o questionário foi entregue em final de semana e recolhido oito dias depois. Houve a restituição de 62, 5% dos questionários.

22 22 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os agricultores que participaram como sujeitos deste trabalho residem em seis cidades que se localizam em quatro microrregiões distintas, mas que apresentam características socioeconômicas e ambientais que guardam entre se muitas semelhanças. Todos os seis municípios Patos, Santa Luzia, Santa Terezinha, Malta, Cacimba de Areia e Água Branca, estão localizados em áreas inseridas no semiárido nordestino. A mesorregião do Sertão paraibano localiza-se no interior do estado da Paraíba, em que predomina o clima BSh (semiárido), segundo a classificação de Koppen, submetida a uma estação chuvosa curta (3 a 4 meses) e uma estação de estiagem prolongada (8 a 9 meses). De forma cíclica, a região é submetida a um fenômeno natural denominado seca, que consiste, segundo Silveira et..al., (2006), em uma condição física transitória caracterizada pela escassez de água associada a períodos extremos reduzida precipitação mais ou menos longos, com repercussões negativas e significativas nas atividades socioeconômicas. A vegetação predominante na região é a Caatinga, que segundo Melo (2004), apresenta-se como uma formação arbórea e arbustiva em que quase todas as espécies perdem as folhas como meio para sobreviver em períodos de longa estiagem. Em termos de público alcançado, obteve-se a participação de 25 agricultores, a qual incluiu respondentes com idade na faixa etária de 43 a 75 anos, sendo todos do sexo masculino, que moram em propriedades rurais dos municípios de Patos, Santa Luzia, Água Branca, Cacimba de Areia, Santa Terezinha e Malta. Por meio da análise dos questionários verificou-se que com relação aos aspectos demográficos, o número de pessoas que moram nas propriedades varia de dois a nove membros, sendo que a média situa-se em torno de três membros. Essa informação evidencia que as famílias numerosas no meio rural estão diminuindo. Outra informação coletada por meio do questionário é que 47% de algum membro da família mora fora de casa e, normalmente, na cidade sede do próprio município. Dos agricultores participantes da pesquisa, 94% responderam que sempre moraram naquela propriedade e apenas 6% vieram de outras. Quando indagados sobre a relação com a propriedade, 58% são donos, 29,4% são herdeiros e 12,6% são trabalhadores assalariados.

23 23 Como forma de avaliar a qualidade de vida dos entrevistados, foram elaboradas questões relacionadas às condições de moradia, mas diretamente sobre o tipo de material que a casa é construída, o tipo de fogão e se a propriedade tem energia. Das opções fornecidas, todos responderam que as casas são de alvenaria. Com relação ao tipo de fogão utilizado, as respostas foram as seguintes: fogão à lenha (53%); fogão à gás (94%); à carvão (71%) e, apenas 13% possuem fogão elétrico. Estes dados traduzem, a priori, a importância da vegetação da Caatinga para os sujeitos da pesquisa. Apesar de g94% possuírem fogão à gás, o número de fogões que usam lenha e carvão é bem expressivo. E, por último, foi respondido que em todas as propriedades há energia elétrica. Sem dúvida, a energia elétrica na zona rural é um fator muito importante, indispensável, pois serve para a iluminação, refrigeração, para impulsionar motores e máquinas, etc. É pertinente assinalar que nos últimos anos tem sido adotado como política tanto do poder público federal como estadual, a eletrificação de todas as propriedades rurais. Essa medida tem promovido melhoria da qualidade de vida da população porque, além de permitir que de usufrua de equipamentos elétricos que facilitam a vida doméstica e confere melhor qualidade de vida (televisão, geladeira, forno elétrico, ventilador, antenas parabólicas, ferro elétrico), também ajuda nas atividades agrícolas, a exemplo da irrigação e da utilização de forrageiras. Na sequência procurou-se identificar a forma como ocorre a exploração da terra. Ao serem indagados o que plantam nas respectivas propriedades, as respostas pela ordem de produtos foram as seguintes: milho, feijão, frutas, verduras, batata doce, algodão, gerimum, palma e quiabo. Melo (1998), em trabalho realizado na Microrregião de Patos, que está inserida na Mesorregião do Sertão paraibano, constatou que nas grandes e médias propriedades desenvolvia-se a pecuária e, nas pequenas a atividade de lavoura. Na pequena propriedade, de acordo com dados do IBGE (Agência de Patos-PB), a utilização dos imóveis rurais é voltada para o cultivo de milho, feijão, algodão herbáceo, algodão arbóreo, arroz e batata doce (na sua grande maioria de sequeiro). Encontra-se também um pequeno criatório doméstico e modesta área de pastagem. Neste estudo, percebe-se que o milho e o feijão continuam sendo os principais produtos cultivados. Vale destacar que a cultura do algodão arbóreo já foi a principal exploração agrícola do sertão paraibano, por ser a cultura que melhor se adapta às condições edafo-climáticas da região. No entanto, devido a presença devastadora do bicudo na região, aliado ao baixo poder aquisitivo do produtor rural, a carência de insumos na época oportuna, a ausência de sementes selecionadas de algodão, os anos de escassez de chuvas e ao baixo preço do produto

24 24 no mercado, a sua produção praticamente foi erradicada nos últimos anos, gerando, consequentemente, redução da área cultivada. Quando questionados se existem árvores nas suas propriedades, todos os entrevistados responderam que existe. Apesar dessa resposta, observa-se por meio de registro fotográfico que a quantidade de árvore nas propriedades é pequena. O estrato arbóreo da vegetação tem sido acentuadamente alterado e, isso tem resultado em extensas áreas cobertas por um estrato herbáceo e, em outra, solos desnudos de vegetação (Fotos, 1, 2, 3 e 4). Foto 1 Aspecto da vegetação em uma propriedade rural no município de Santa Luzia em que predomina o estrato herbáceo (Fonte: Claudia Ferreira ) (Data: 22 de agosto de 2014)

25 25 Foto 2 Aspecto da vegetação em uma propriedade rural no município de Cacimba de Areia em que predominam os três estratos (arbóreo, arbustivo e herbáceo e presença de cactáceas (Fonte: Claudia Ferreira ) (Data: 22 de agosto de 2014) Foto 3 Aspecto da vegetação em uma propriedade rural no município de Água Branca que reflete o elevado grau de degradação (Fonte: Claudia Ferreira ) (Data: 20 de agosto de 2014) Foto 4 Aspecto da vegetação em uma propriedade rural no município de Malta com manchas de solos muito degradados (Fonte: Claudia Ferreira ) (Data: 22 de agosto de 2014) As paisagens acima refletem o modelo de exploração que vem sendo utilizado ao longo dos anos. A exploração da vegetação da Caatinga é feita de forma predatória, uma vez

26 26 que a mesma é considerada, por alguns produtores rurais, como um empecilho ao desenvolvimento das atividades agropecuárias. Por isso mesmo, muitas vezes utiliza-se o produto da atividade para reduzir os custos de preparo do solo nas atividades agropecuárias. Na realidade, o que se observa, é que o homem utiliza a vegetação da Caatinga e não lhe dá o devido valor. A falta de tradição no manejo dos recursos florestais associado à carência de informações técnicas e econômicas não permitem o desenvolvimento de técnicas, dirigidas principalmente ao pequeno e médio produtor rural, contribuindo assim, para a baixa produtividade da formação florestal da Caatinga. Foi perguntado aos entrevistados qual a áreas das suas propriedades e, percebe-se que as mesmas estão caracterizadas como minifúndios. As áreas variam de dois a seis hectares, sendo que a maior parte se enquadra na classe de cinco a seis hectares (Gráfico 1) Gráfico 1 Distribuição das propriedades segundo os entrevistados (ha), de acordo com a área 24% 12% 35% Área (ha) % Segundo o Estatuto da Terra os minifúndios correspondem a toda propriedade inferior ao módulo fiscal 1 fixado para a região em que se localiza e para o tipo de exploração em que nela ocorre. Os minifúndios possuem quase sempre menos de 50 hectares de extensão, embora sua média seja de 20 hectares. Eles correspondem atualmente a cerca de 72% do total 1 Trata-se de uma unidade de medida de área (expressa em hectares) fixada diferentemente para cada município, uma vez que leva em conta as particularidades locais como (art. 50, Lei 4.504/64): o tipo de exploração predominante no município (hortifrutigranjeira, cultura permanente, cultura temporária, pecuária ou florestal); a renda obtida com esta exploração predominante; outras explorações existentes no município que, embora não predominantes, sejam expressivas em função da renda ou da área utilizada; e o conceito de propriedade familiar (art 4º, II, Lei 4.504/64).

27 27 dos imóveis rurais do país, embora ocupem apenas cerca de 12% da área total desses imóveis (BRASIL, 1964) Aos serem questionados se retiram algum produto da vegetação da Caatinga, 71% dos respondentes responderam que sim e o 29% responderam que não. Os que responderam que retiram produtos da vegetação indicaram os seguintes produtos: lenha, frutas, pastagem, verduras (Quadro 2). Gráfico 2 Produtos retirados da Caatinga, segundo os entrevistados 24% 18% 24% 53% Lenha Frutas Pastagem Verduras Estas respostas mostra o equívoco dos agricultores ao confundirem árvores perenes (silviculturais) com frutíferas e verduras. Para o homem do campo, neste caso, o que importa é o que ele pode explorar das suas terras. Mesmo considerando esse equívoco, implicitamente os respondentes estão reconhecendo que o bioma Caatinga é fonte de sobrevivência para eles e suas famílias, bem como para os animais que eles conseguem criar. Drumond et.al. (2000, p. 5) assim se referem ao modelo de exploração da Caatinga: Hoje, a utilização da Caatinga ainda se fundamenta em processos meramente extrativistas para obtenção de produtos de origens pastoril, agrícola e madeireiro. A exploração agrícola, com práticas de agricultura itinerante que constam do desmatamento e da queimada desordenados, tem modificado tanto o estrato herbáceo com o o arbustivo-arbóreo. E, por último, a exploração madeireira que já tem causado mais danos à vegetação lenhosa da Caatinga do que a própria agricultura migratória.

28 28 A utilização desse modelo extrativista predatório, segundo Dumond s.al. (2000) se fazem sentir principalmente sobre os naturais renováveis da Caatinga. Já são observadas perdas irrecuperáveis da diversidade florística e faunística, aceleração do processo de erosão e declínio da fertilidade do solo e da qualidade da água pela sedimentação. No que se refere à vegetação, pode-se afirmar que acima de 80% da Caatinga são sucessionais, cerca de 40% são mantidos em estado pioneiro de sucessão secundária e a desertificação já se faz presente em, aproximadamente, 15% da área. Apesar de já passados quatorze anos dessas afirmações, por meio do registro fotográfico (Foto 5), pode-se constatar que essa realidade se faz presente nas áreas estudadas Foto 5 Aspecto da Caatinga em uma propriedade rural no município de Patos que evidenciam perdas da diversidade floristica e faunística (Fonte: Claudia Ferreira ) (Data: 22 de agosto de 2014) Apesar de se utilizar os produtos da Caatinga, inclusive com retorno econômico, observa-se que nas propriedades rurais, geralmente considera-se que as melhores áreas são aquelas totalmente desprovidas de vegetação, comprometendo muitas vezes as reservas legais. Até os dias atuais não existe preocupação em fazer a utilização racional, preferindo-se na maioria das vezes, o corte raso de toda a vegetação. Por isso é que se encontram áreas extensamente desmatadas, pois a vegetação é considerada um entrave para o desenvolvimento da agricultura e da pecuária. Não se evidencia interesse na preservação do meio ambiente e em sua recuperação, mesmo nas áreas com sintomas de degradação. Outra questão tratada no questionário objetivou avaliar o conhecimento dos respondentes como era praticada a agricultura no passado. Esta foi uma pergunta aberta e as

29 29 respostas foram as seguintes: com queimadas (24%); muito lucrativa (29%); cultura do algodão (12%); menos agressiva (18%); agricultura familiar (18%); com muitas dificuldades (12%). As respostas ilustram que esse segmento da economia local e regional (agricultura de auto-consumo) sempre foi tratado de forma secundária e sem o devido respeito aos aspectos ambientais. Normalmente para a prática da agricultura, segundo Melo (1998) é antecedida pelo corte da vegetação. Já a expansão da pecuária a partir de meados do século XVII, ampliou as áreas de pastagem por meio dos cortes das árvores e pelo fogo para que pudessem crescer gramíneas novas. A prática da devastação de grandes espaços da Caatinga, pelas queimadas, fez realmente aumentar as áreas de pastagem, mas provocou transformações irreversíveis nesse ecossistema. O superpastoreio de caprinos, ovinos, bovinos e outros herbívoros tem modificados as composições florísiticas do estrato herbáceo, quer pela época, quer pela pressão do pastejo. A exploração agrícola, com práticas de agricultura itinerante que constam do desmatamento e da queimada desdordenados, tem modificado tanto o estrato herbáceo como o arbustivo-arbóreo (MELO, 1998). Foi efetuada uma questão relacionada ao uso da vegetação na propriedade, mas especificamente se ocorre desmatamento nas propriedades. 71% respoderam que não mais ocorre desmatamento, enquanto 29% dos entrevistados responderam que ainda ocorre. Para Sampaio; Araújo; Sampaio (2005) citados por Soares (2012), a degradação da terra pela agricultura é apontada como uma das principais causas da degradação dos solos. No semiárido nordestino, por exemplo, a vegetação nativa arbustiva e arbórea da Caatinga é desmatada e substituída por pastos herbáceos ou culturas de ciclo curto. O descobrimento do solo favorece o processo de erosão. O cultivo continuado, com a retirada dos produtos agrícolas e sem reposição dos nutrientes retirados, leva à perda da fertilidade (Foto 6). Foto 6 Aspecto da Caatinga em uma propriedade rural no município de Santa Terezinha que evidenciam perdas da fertilidade dos solos (Fonte: Claudia Ferreira ) (Data: 22 de agosto de 2014)

30 30 Nunes s.al. (2009) corroboram com o que tem sido explicado sobre o modelo de exploração de agricultura adotado no bioma Caatinga. Normalmente o modelo de agricultura é itinerante ou migratória, ou seja, o agricultor desmata, queima por um período de dois anos e a área é então deixada em repouso para a recuperação de sua capacidade produtiva, o que nos dias de hoje não é alcançado, em virtude da utilização dessas áreas como pasto, não permitindo o repouso necessário a sua recuperação. Segundo Araújo Filho (2003) as ações antrópicas em regiões semiáridas brasileiras estão associadas a três atividades: 1) agricultura desmatamento e queimada; 2) pecuária extensiva, com sobrepastejo; e 3) silvicultura extração de madeira sem reposição. Os impactos são retratados nas Foto 7 e 8. Foto 7 Modelo de exploração inadequado da Caatinga. Município de Santa Terezinha (Fonte: Claudia Ferreira ) (Data: 22 de agosto de 2014)

31 Jurema preta Jurema branca Umburana Jucá Pinhão Pereiro Marmeleiro Juazeiro Mulungu Angico Favela Mofumbo Algaroba Velame Craibeira Eucaliptos Coqueiro Frutíferas 31 Foto 8 Modelo de exploração da Caatinga em área de declividade acentuada. Município de Santa Terezinha (Fonte: Claudia Ferreira ) (Data: 22 de agosto de 2014) Araújo Filho (2003) acrescenta ainda, que as consequências das ações antrópicas sobre o bioma Caatinga são: degradação generalizada dos ecossistemas, perdas da biodiversidade animal e vegetal, erosão dos solos, assoreamento dos mananciais e perda da resiliência. Com a finalidade de identificar o nível de conhecimentos dos entrevistados e identificar que espécies ocorrem com mais frequência nas propriedades, foi indagado quais as plantas que existem nas propriedades. O resultado está ilustrado no Gráfico 3 Gráfico 3 Espécies que ocorrem nas propriedades, segundo os entrevistados A indicação das spécies vegetais retrata o alto nível de antropização que ocorre nas propriedades estudadas. Primeiro, pela composição com predomínio da jurema preta em todas elas, seguida da ocorrência da algaroba, uma espécie exótica, introduzida na região para dar suporte forrageiro para os animais e que na atualidade sofre algumas restrições por parte dos agricultores, dentre elas, por ser uma espécie que requer quantidade de água superior às nativas. A jurema preta, para Maia (2004); Araújo Filho e Carvalho (1996) citados por Azevedo (2011), por sua vez, é colonizadora de áreas em estado de degradação e de grande potencial como regeneradora de solos erodidos, indicadora de sucessão secundária progressiva ou de recuperação, quando é praticamente a única espécie lenhosa presente, com tendência à escassez ao longo do processo, com redução drástica do número de indivíduos.

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