Universidade Federal de Juiz de Fora Programa de Pós-Graduação em Ecologia. Munike Gonçalves de Rezende

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1 Universidade Federal de Juiz de Fora Programa de Pós-Graduação em Ecologia Munike Gonçalves de Rezende Flora da Serra da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais, Brasil Juiz de Fora 2010

2 Munike Gonçalves de Rezende Flora da Serra da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais, Brasil Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia da Universidade Federal de Juiz de Fora, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Ecologia Aplicada ao Manejo e Conservação dos Recursos Naturais. Orientadora: Dra. Fátima Regina Gonçalves Salimena Juiz de Fora 2010

3 Rezende, Munike Gonçalves de. Flora da Serra da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais, Brasil / Munike Gonçalves de Rezende f. : il. Dissertação (Mestrado em Ecologia) Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, Flora Minas Gerais. 2. Biodiversidade I. Título. CDU 581.9(815.1)

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5 Dedico este trabalho ao meu namorado Ricardo pelo amor, compreensão, paciência e ajuda. Juntos superamos mais uma etapa importante de nossas vidas sem deixar as dificuldades afetarem nossa relação de amor, cumplicidade e companheirismo.

6 AGRADECIMENTOS Meu agradecimento especial à Profª. Fátima Salimena, minha orientadora, pela amizade, paciência, ajuda, confiança e por acreditar que eu seria capaz de realizar esse trabalho. Ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia Aplicada ao Manejo e Conservação dos Recursos Naturais pelo financiamento de viagens de campo e congressos. À FAPEMIG pela concessão da bolsa. Ao secretário da Pós-Graduação José Carlos Loures de Oliveira pela amizade e prontidão em resolver todos os contratempos surgidos ao longo da elaboração do trabalho. A minha família, em especial à minha mãe e pai pelo amor, carinho e compreensão por entender e aceitar minhas ausências durante esses dois anos. Ao meu namorado Ricardo pela ajuda em todas as coletas, ensinamentos de informática e estatística e, importantes contribuições para a elaboração do trabalho. A minha outra família de Poços de Caldas pelo carinho e hospedagem ao longo do período de coleta. À Transportadora Menezes pelo transporte de Poços de Caldas até a Pedra Branca, sem esse apoio seria impossível coletar durante os períodos de chuva. À Prefeitura de Caldas pela concessão das licenças de coleta. À FJBPC pela ajuda na escolha do tema Anders Fredrik Regnell e apoio no início da elaboração dos trabalhos. Ao Msc. Cláudio Nicoletti de Fraga do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro por ceder o levantamento das espécies coletadas por Anders Fredrik Regnell no século I que estão depositadas no Herbário R da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ao INPE pela liberação dos dados meteorológicos do município de Caldas. Ao meu querido amigo Filipe (Fifão) pela amizade, disponibilidade e dedicação em me ensinar botânica e como realizar todo o trabalho dentro do Herbário e em campo permitindo assim, que fosse possível a elaboração e conclusão desse trabalho, sua ajuda foi imprescindível. Ao professor Msc. Luiz Menini Neto por toda paciência, supervisão e importantes contribuições para a conclusão desse trabalho. Ao Prof. Msc. Artur Valente pela contribuição na revisão de algumas partes do trabalho. A todos os especialistas e amigos que ajudaram na identificação das plantas, sempre dispostos a dar uma olhadinha no material, algumas vezes quase impossível de identificar e, sem vocês,

7 diversos nomes não estariam na listagem final: Alexandre Salino, Filipe Soares de Souza, Carolina Matozinhos, Marcus Nadruz, Aristônio Magalhães Teles, Jimi Naoki Nakajima, Mariana Machado Saavedra, Talita Mota Machado, Julio Antonio Lombardi, Silvana Aparecida Pires de Godoy, Marcelo Trovó Lopes de Oliveira, Maria Iracema Bezerra Loiola, Alain Chautems, Leandro Cézanne de Souza Assis, Maria Cândida Mamede, Aluízio Fernandes Júnior, Renato Goldenberg, Rosana Romero, Marcos Sobral, Ronaldo Marquete, Luiz Menini Neto, Ana Carolina Mezzonato, Luís Carlos Bernacci, Maria Iracema Bezerra Loiola, Daniele Monteiro, Fabrício Moreira Ferreira, Pedro Lage Viana, Juliana Oliveira, Claudenir Simões Caires, Joana Miloski, Eveline Feliciano, João Renato Stehmann, Fátima Regina Gonçalves Salimena, Nara Furtado de Oliveira Mota, Paulo Osvaldo Garcia, Narjara Lopes, Artur Valente, Leonardo Meireles, Cláudio Nicoletti de Fraga, Ana Paula Gelli de Faria, Sabrina Abrahão Roman. A todos que ajudaram na coleta de dados: Fifão, Sabrina, Pedro, Fatinha, Rafael, Luana, Artuzinho, Paulinho, Dani, Talita, Ricardo. À Talita pela elaboração da monografia sobre a família Bromeliaceae da Serra da Pedra Branca realizando assim importantes contribuições para a elaboração desse trabalho. Ao Dr. Marco Antônio Manhães pelas contribuições estatísticas. Aos funcionários e amigos do Herbário CESJ: Murilo, Rosângela, Manhães, Julina, José Hugo, Ana Carolina, Profª Msc. Daniele e Profª Dr. Ana Paula. Ao Prof. Dr. Cézar Barra Rocha pelo empréstimo do GPS. Aos amigos do mestrado José Eduardo, Fernanda, Daniele, Aline, Simone, pela amizade e por tornar esse período mais alegre e divertido. Ao amigo Guilherme pela paciência e amizade nesses dois anos de convivência além da ajuda em algumas etapas do trabalho. Ao amigo Márcio Malafaia Filho pela elaboração de todos os mapas e ajuda em encontrar algumas bibliografias tornando possível uma melhor caracterização da área de estudo. A todos que contribuíram direta e indiretamente para a elaboração do trabalho e que não estão discriminados acima, mas que estão guardados para sempre no meu coração... Todos vocês contribuíram imensamente para a concretização desse trabalho, ele somente foi possível devido à dedicação e colaboração de cada um e por isso: muito obrigada!!!

8 RESUMO A Serra da Pedra Branca localiza-se no sudoeste do estado de Minas Gerais, no município de Caldas (21 58' - 55' S e 46 24' -22' W). É uma feição marcante no relevo, inserida no Bioma Mata Atlântica e considerada área prioritária para a conservação da flora no estado de Minas Gerais. Os objetivos do presente estudo foram realizar o levantamento florístico da Serra da Pedra Branca com ênfase na vegetação dos Campos de Altitude, comparar a flora da Serra da Pedra Branca à coletada por Anders Fredrik Regnell no século I em Caldas e analisar a similaridade florística entre áreas de afloramentos rochosos. Para tal, foram realizadas expedições mensais de coleta no período de março de 2008 a fevereiro de O levantamento florístico registrou 340 espécies de plantas vasculares sendo 46 identificadas apenas até nível de gênero. Destacam-se as seguintes famílias quanto à riqueza de espécies entre as angiospermas: Orchidaceae (27 spp.), Asteraceae e Rubiaceae (16 spp. cada), Fabaceae e Piperaceae (15 spp. cada), Bromeliaceae (14 spp.), Solanaceae (10 spp) e Poaceae (nove spp.) e, entre as pteridófitas: Polypodiaceae (15 spp.) e Aspleniaceae (oito spp.). As espécies herbáceas representam 56,5% da flora, seguida por arbóreas (21,8%), arbustivas (15,3%), lianas (5,9%) e arborescentes (0,6%). A comparação dos dados atuais da flora com a dos dados levantados por Anders Fredrik Regnell, indica a presença de 90 espécies em comum às duas listagens. De modo geral, a diversidade ao longo dos anos não diferiu apesar da riqueza dentro de algumas famílias ter sido diferente. A intensa degradação e supressão de vegetação ocorrida no município de Caldas ao longo dos anos para a abertura de pastagens, agricultura e mineração pode ter causado o desaparecimento de diversas espécies e o estabelecimento de outras. A análise de similaridade florística realizada entre a flora dos Campos de Altitude da Serra da Pedra Branca e outras áreas de afloramentos rochosos localizadas no sudeste de Minas Gerais e Rio de Janeiro revelou uma maior proximidade da Serra da Pedra Branca com áreas de Campos Rupestres o que pode ser explicado pela influência do cerrado na flora desses ambientes. A vegetação da Serra da Pedra Branca é considerada um ambiente em perigo já que a presença de espécies ameaçadas de extinção e/ou endêmicas, associada às condições ambientais locais com acelerado ritmo de destruição, evidenciam a necessidade de medidas urgentes de preservação da biodiversidade local. Palavras-chave: Flora, campos de altitude, biodiversidade, Serra da Pedra Branca, Minas Gerais

9 ABSTRACT Serra da Pedra Branca is located in the southwestern of Minas Gerais state, municipality of Caldas (21 58 '- 55' S and '-22' W). Striking feature in the landscape, the region is part of the Atlantic Forest biome and is considered priority area for conservation the flora in Minas Gerais state. The aims of this paper were the elaboration of a floristic checklist of Serra da Pedra Branca with emphasis on the vegetation of Campos de Altitude, compare the flora of the Serra da Pedra Branca with the flora collected by Anders Fredrik Regnell in the nineteenth century in Caldas and analyse the floristic similarity between areas of rock outcrops. For that, monthly collections were made from March 2008 to February The floristic survey recorded 340 vascular plant species and 46 identified only up to genus level. The following families are important for their species richness among the angiosperms: Orchidaceae (27 spp.), Asteraceae and Rubiaceae (16 spp. each one), Piperaceae and Fabaceae (15 spp. each one), Bromeliaceae (14 spp.), Solanaceae (10 spp) and Poaceae (nine spp.), and among the ferns: Polypodiaceae (15 spp.) and Aspleniaceae (eight spp.). Herbs represent 56,5% of the flora, followed by trees (21,8%), shrubs (15,3%), climbers (5,9%) and arborescent (0,6%). Comparing the current floristic data with the data collected by Anders Fredrik Regnell in Caldas in the nineteenth century, indicates the presence of 90 species in common to both listings. In general, the diversity over the years did not differ despite the richness within some families have been quite different. The intense degradation and removal of vegetation occurred in the municipality of Caldas over the years to open pastures, agriculture and mining may have caused the disappearance of several species and the establishment of others. The analysis of floristic similarity between the flora of Campos de Altitude da Serra da Pedra Branca and other areas of rocky outcrops located in southeastern of Minas Gerais state and Rio de Janeiro, showed a greater proximity of the Serra da Pedra Branca with areas of Campos Rupestres which can be explained by the influence of the cerrado in the floristic of these environments. The vegetation of the Serra da Pedra Branca is considered an endangered environment since the presence of endangered species and / or endemic, associated with local environmental conditions with accelerated rate of destruction, highlight the need for urgent action to preserve local biodiversity. Key-words: Flora, campos de altitude, biodiversity, Serra da Pedra Branca, Minas Gerais

10 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1: Localização geográfica do município de Caldas, Minas Gerais, Brasil... 8 Figura 2: Áreas prioritárias para conservação da flora do estado de Minas Gerais evidenciando a Região de Andradas da qual a Serra da Pedra Branca é integrante Figura 3: Complexo serrano da Serra da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais. Localização das três áreas de coleta do estudo florístico: Pedra Branca, Pedreira de Granito Califórnia Brown e Pedreira de Granito Marrom Imperial Foto 1: Afloramento rochoso Pedreira de Granito Marrom Imperial, Caldas, Minas Gerais.. 16 Foto 2: Vista parcial do afloramento rochoso da Pedreira de Granito Califórnia Brown, Caldas, Minas Gerais Foto 3: Vista parcial da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais Foto 4: Campos de altitude e Floresta Estacional Semidecidual Montana da localidade Pedra Branca e, Floresta Estacional Semidecidual Montana da localidade Pedreira de Granito Califórnia Brown Mapa 1: Mapa de limite de municípios localizando geograficamente a APA Santuário Ecológico da Pedra Branca dentro do município de Caldas, Minas Gerais Mapa 2: Localização do município de Caldas na porção centro-sul da unidade geomorfológica denominada Planalto de Poços de Caldas Mapa 3: Localização da Serra da Pedra Branca na borda da caldeira vulcânica de Poços de Caldas com os gradientes altitudinais da área evidenciando a Serra da Pedra Branca Mapa 4: Mapa de localização das 15 áreas de levantamentos florísticos em afloramentos rochosos utilizados na análise de similaridade florística Prancha 1: A-C: Aspleniaceae, A: Asplenium feei, B: A. praemorsum, C: A. serra; D-E: Dicksoniaceae, Dicksonia sellowiana, D: Detalhe da fronde, E: Hábito, F-H: Dryopteridaceae, F-G: Elaphoglossum gayanum, F: Hábito, G: Detalhe da fronde fértil, H: Polystichum montevidense. (Fotos: F-G. P.H.Nobre) Prancha 3: A: Araucariaceae, Araucaria angustifolia, B-C: Alstroemeriaceae, Alstroemeria variegata B: Flor, C: População, D-F: Apocynaceae, D: Asclepias curassavica, E: Mandevilla venulosa, F: Orthosia scoparia, G: Apodanthaceae, Pilostyles ingae, H: Aristolochiaceae, Aristolochia burchellii Prancha 4: Diagramação fotográfica 4: A-E: Asteraceae, A-B: Cirsium vulgare, A: detalhe da flor, B: População, C: Dasyphyllum sp., D: Leptostelma maximum, E: Senecio brasiliensis, F- H: Bignoniaceae, F: Arrabidaea leucopogon, G-H: Tabebuia sp.1, G: Flor, H: Frutos

11 Prancha 5: A: Brassicaceae, Cleome rosea, B-H: Bromeliaceae, B-C: Aechmea distichantha, B: Inflorescência, C: População, D: A. nudicaulis, E: Billbergia distachya, F: Tillandsia gardneri, G: T. pohliana, H: T. stricta. (Foto D e F: P.N.Nobre) Prancha 6: A-D: Bromeliaceae, A: Vriesea friburgensis, B: V. regnellii, C: V. bituminosa, D: Wittrockia cyathiformis, E-H: Cactaceae, E: Lepismium houlletianum, F: Rhipsalis floccosa, G-H: R. pulchra, G: Flor, H: Hábito. (Foto B: T.M.Machado; Foto E e H: P.H.Nobre) Prancha 7: A: Campanulaceae, Siphocampylus macropodus, B: Cannabaceae, Celtis brasiliensis C: Caryophyllaceae, Cerastium sp. D-E: Commelinaceae, D: Dichorisandra thyrsiflora, E: Tripogandra diuretica, F-G: Convolvulaceae, F: Ipomoea purpurea, G: I. regnellii, H: Cucurbitaceae, Fevillea trilobata Prancha 8: A: Cunoniaceae, Lamanonia ternata, B: Cyperaceae, Bulbostylis sp., C: Euphorbiaceae, Sapium glandulosum, D-H: Fabaceae, D: Centrosema sp., E: Clitoria sp.1, F: Machaerium villosum, G: Mimosa cf. ramosissima, H: Zornia diphylla. (Foto B, D, E: P.N.Nobre) Prancha 9: A-D: Gesneriaceae, A: Sinningia aggregata, B: S. magnifica, C-D: S. striata, C: Hábito, D: Flor, E-F: Iridaceae: E: Calydorea campestris, F: Cipura xanthomelas, G: Lythraceae, Lafoensia pacari, H: Malvaceae, Pavonia communis. (Foto F: P.H.Nobre) Prancha 10: A-C: Melastomataceae, A: Miconia cinerascens, B: Tibouchina heteromalla, C: T. martialis, D-E: Myrsinaceae, D: Anagallis alternifólia, E: Myrsine guianensis, F: Onagraceae, Fuchsia regia, G-H: Orchidaceae, Bifrenaria harrisoniae, G: Hábito, H: Flor.. 84 Prancha 11: A-H: Orchidaceae, A: Bulbophyllum epiphytum, B-C: B. exaltatum, B: Flor, C: População, D: Cyclopogon sp., E: Govenia utriculata, F: Habenaria macronectar, G-H: Lanium avicula, G: Flor, H: População. (Foto A, E: L.Menini-Neto; Foto C: P.H.Nobre) Prancha 12: A-H: Orchidaceae, A: Maxillaria picta, B: Notylia longispicata, C: Oncidium aff. batemannianum, D: O. varicosum, E: Pelexia sp., F: Pleurothallis recurva, G: P. rubens, H: Prosthechea allemanoides. (Foto H: L.Menini-Neto) Prancha 13: A: Orobanchaceae, Escobedia grandiflora, B-D: Passifloraceae, B: Passiflora capsularis, C: P. organensis, D: P. suberosa, E-H: Piperaceae, E: Peperomia blanda, F: P. galioides, G: P. oreophila, H: P. tetraphylla Prancha 14: A-C: Piperaceae, A: Peperomia trineura, B: Piper crassinervium, C: P. regnellii, D: Poaceae, Andropogon bicornis, E: Rosaceae, Rubus sellowii, F-H: Rubiaceae, F: Chomelia sp., G: Coccocypselum lanceolatum, H: Guettarda angelica Prancha 15: A: Rubiaceae, Manettia cordifolia, B: Celastraceae, Maytenus ilicifolia, C-D: Solanaceae, Solanum sp., C: Flor, D: Hábito, E: Styracaceae, Styrax pohlii, F: Thymelaeacea, Daphnopsis fasciculata, G: Verbenaceae, Verbena sp., H: Vochysiaceae, Vochysia tucanorum

12 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Lista dos 14 levantamentos florísticos em áreas de afloramentos rochosos utilizados para a realização da análise de similaridade com a flora dos campos de altitude da Serra da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais Tabela 2: Lista das espécies da flora vascular do levantamento florístico da Serra da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais Tabela 3: Número de famílias, gêneros e espécies da flora vascular nos diferentes hábitos encontrados na Serra da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais Tabela 4: Lista das espécies da flora vascular da Serra da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais, incluídas em categorias de ameaça Tabela 5: Lista das espécies da flora vascular inventariadas por Anders Fredrik Regnell no século I realizada no município de Caldas, Minas Gerais

13 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Distribuição da precipitação nos anos de 1992, 2000 e 2008 e média de precipitação entre no município de Caldas, Minas Gerais Gráfico 2: Diagrama ombrométrico do município de Caldas com a variação da temperatura e da precipitação no período de mar/2008 a fev/ Gráfico 3: Riqueza de espécies e o número de gêneros das 10 famílias mais representativas levantamento da flora vascular da Serra da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais Gráfico 4: Porcentagem das famílias mais representativas em relação ao total de espécies do levantamento florístico da flora vascular da Serra da Pedra Branca, município de Caldas, Minas Gerais Gráfico 5: Famílias de espécies herbáceas mais representativas na flora da Serra da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais Gráfico 6: Famílias de espécies arbóreas mais representativas da flora da Serra da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais Gráfico 7: Famílias de espécies arbustivas mais representativas na flora da Serra da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais Gráfico 8: Riqueza de espécies e o número de gêneros das 10 famílias mais representativas da flora vascular do levantamento florístico realizado por Anders Fredrik Regnell no século I no município de Caldas, Minas Gerais Gráfico 9: Comparação da riqueza de espécies das 10 famílias mais representativas da flora vascular da coleção Regnell com a da Serra da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais Gráfico 10: Dendrograma obtido através da análise de similaridade realizada entre 15 levantamentos florísticos em áreas de afloramentos rochosos

14 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO OBJETIVOS HIPÓTESE MATERIAL E MÉTODOS ÁREA DE ESTUDO O município de Caldas Serra da Pedra Branca LEVANTAMENTO FLORÍSTICO ANÁLISE COMPARATIVA DA COLEÇÃO REGNELL ANÁLISE DE SIMILARIDADE FLORÍSTICA RESULTADOS LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DA SERRA DA PEDRA BRANCA ANÁLISE HISTÓRICA DA COLEÇÃO REGNELL ANÁLISE DE SIMILARIDADE FLORÍSTICA DISCUSSÃO LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DA SERRA DA PEDRA BRANCA ANÁLISE HISTÓRICA DA COLEÇÃO REGNELL ANÁLISE DE SIMILARIDADE FLORÍSTICA CONCLUSÃO REFERÊNCIAS... 83

15 1 1 INTRODUÇÃO Os ambientes de montanha apresentam elevados níveis de riqueza, diversidade e endemismos que podem ser explicados principalmente pela evolução em resposta ao clima e à geologia, pelas estratégias adaptativas em resposta aos impactos ambientais e pela contínua dispersão da flora e fauna (CHAVERRI-POLINI, 1998). A diversidade de espécies em elevadas altitudes sofre grande influência das condições climáticas, um dos fatores considerados mais complexos que apenas criação de gradientes de temperatura e geadas. O aumento da altitude também interfere na quantidade de incidência luminosa, no aumento de nuvens, na quantidade de chuvas, no clima e no tipo de vegetação (JONES, 1992; OLIVEIRA-FILHO e FONTES, 2000). Todos esses fatores associados permitem a formação de um ambiente com uma complexa e elevada diversidade biológica que atualmente apresenta as mudanças globais como uma das maiores ameaças. As espécies vegetais se distribuem de forma diferenciada ao longo do gradiente altitudinal e de temperatura e, devido ao aquecimento global, as áreas disponíveis para as espécies adaptadas aos ambientes montanos podem ser drasticamente reduzidas podendo causar uma extinção em massa (HAMMEN, 1995). No Brasil, os documentos oficiais que abordam a biodiversidade não mencionam diretamente os ambientes de montanha, entretanto, o tema foi considerado o objetivo principal da Convenção da Diversidade Biológica do qual o Brasil é um dos signatários (MARTINELLI, 2007). Atualmente são reconhecidos 34 hotspots mundiais, que são áreas com elevado número de espécies endêmicas e grande perda de habitat e, por isso, avaliadas como prioritárias para conservação (MITTERMEIER et al., 2005; MYERS et al., 2000). A Floresta Atlântica, um dos hotspots brasileiros, abriga cadeias montanhosas importantes como a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira que estão localizadas na região sudeste do país (BENITES et al., 2003; MYERS et al., 2000). O processo histórico de ocupação do Brasil levou a uma drástica redução das áreas de Floresta Atlântica devido às fortes pressões antrópicas como a ocupação desordenada do território, mineração, atividades agropecuárias e industriais que geraram uma enorme degradação, restando apenas manchas disjuntas no território brasileiro que, de acordo com dados recentes, representam cerca de 11% de sua extensão original (CÂMARA, 2003; DEAN, 1996; HIROTA, 2003; MMA, 2000; RIBEIRO et al. 2009). O estado de Minas Gerais é o que apresenta maior área original de Floresta Atlântica. No período , aproximadamente

16 2 49% do seu território apresentava cobertura vegetal de Floresta Atlântica, o que corresponde a hectares (SOS MATA ATLÂNTICA e INPE, 2008). A Floresta Atlântica (senso lato), Domínio composto por uma série de tipologias ou unidades fitogeográficas constituindo assim um mosaico vegetacional, é a que apresenta a maior variação em extensão em relação à divisão fitogeográfica (STEHMANN et al., 2009). A definição de seus limites é polêmica e tem sido foco de diversos estudos (JOLY et al., 1999; RIZZINI e RIZZINI, 1997). Nesse sentido, Oliveira-Filho e Fontes (2000) sugerem que a definição das florestas atlânticas deve ser tão abrangente quanto à das florestas amazônicas englobando assim todas as fisionomias que ocorrem a leste do corredor seco, desde o nordeste ao sul do Brasil, leste do Paraguai e nordeste da Argentina. A conservação, proteção, regeneração e a utilização da Floresta Atlântica estão definidos de acordo com a Lei n /2006. Em concordância com a mesma, consideramse integrantes do Bioma Mata Atlântica as seguintes formações florestais nativas e ecossistemas associados: Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Mista, Floresta Ombrófila Aberta, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Estacional Decidual, bem como os manguezais, as vegetações de restingas, campos de altitude, brejos interioranos e encraves florestais do Nordeste (BRASIL, 2006). O termo Campos de Altitude foi primeiramente proposto por Ferri (1980) sendo esse o termo mais difundido na literatura, entretanto, ao longo dos anos, diversos autores utilizaram diferentes terminologias na tentativa de uma melhor definição dessa fisionomia. Rizzini (1963) propôs o termo Campos Alpinos e, posteriormente, subdividiu essa formação em Campos Quartzíticos para áreas sobre quartzito como o Espinhaço e, Campos Altimontanos para áreas sobre rochas cristalinas diversas como as ocorrentes nas Serras do Mar e da Mantiqueira (RIZZINI, 1979). Ferri (1980) manteve a subdivisão seguindo o mesmo critério, porém, com denominações diferenciadas: Campos Rupestres e Campos de Altitude respectivamente. Posteriormente, uma nova terminologia foi sugerida por Semir (1991): Complexos Rupestres de Quartzito e Complexos Rupestres de Granito. O termo complexo permitiu diferenciar quanto à florística considerando essas formações como um mosaico vegetacional, e os termos quartzito e granito permitiram diferenciar quanto à litologia, indicando a presença de afloramentos rochosos comuns em áreas de quartzito e de rochas ígneas. Benites et al. (2003) sugeriram recentemente a inclusão do termo altitude na terminologia proposta por Semir (1991), ampliando-a para Complexos Rupestres de Altitude sobre Granito e Complexos Rupestres de Altitude sobre Quartzito. O autor considera

17 3 importante separar as áreas altimontanas de outros complexos rupestres como os de ambientes costeiros, os associados à caatinga e os inselbergs constituídos por rochas graníticas. Os Campos de Altitude podem ser definidos como uma vegetação encontrada em ambientes montanos de elevadas altitudes que se caracteriza por uma ruptura na sequência natural das espécies presentes nas formações fisionômicas circunvizinhas (BRASIL, 1993). Considerando a necessidade de se definir parâmetros básicos para identificação e análise da vegetação dos campos de altitude associados ou abrangidos pela Floresta Atlântica, foi elaborada recentemente uma legislação específica de proteção devido à elevada importância biológica, alto grau de endemismos, presença de espécies raras e ameaçadas de extinção, importância dos remanescentes de vegetação como corredores ecológicos e por serem considerados áreas de recarga de aqüíferos (BRASIL, 2010). Por estarem restrito a pequenas áreas, abrigarem uma flora extremamente rica e serem centros de endemismos, são considerados refúgios e merecem mais atenção da comunidade científica sendo sua preservação uma necessidade (SAFFORD, 1999a). No estado de Minas Gerais, os Campos de Altitude ocorrem em grandes extensões nos afloramentos de granito e gnaisse do maciço da Mantiqueira como no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, Parque Nacional do Caparaó e Parque Nacional do Itatiaia. Poucos são os estudos florísticos e ecológicos realizados nesse tipo vegetacional como os de Brade (1956), Caiafa e Silva (2005, 2007), Leoni (1997), Leoni e Tinte (2004), Lutz (1926) e Ribeiro et al. (2007) o que enfatiza a extrema importância de estudos em Campos de Altitude devido ao incipiente conhecimento científico sobre essa vegetação. As pesquisas tem predominado nas áreas de Campos Rupestres como nos estudos Giulietti et al. (1987), Mourão e Stehmann (2007), Viana e Lombardi (2007) e Alves e Kolbek (2009). Na região do Sul de Minas Gerais os estudos se concentram nas formações florestais como nos estudos de Carvalho et al. (2005) em Bocaina de Minas, Dalanesi et al. (2004) em Lavras, Bonilo-Fernades (2003) em Poços de Caldas, França e Stehmann (2004) e Meireles (2003) no município de Camanducaia. O município de Caldas é um dos poucos que apresenta remanescentes de Floresta Atlântica em fragmentos relativamente contínuos nessa região e com incipiente conhecimento científico. No século I a região de Caldas foi visitada por diversos naturalistas estrangeiros que vieram para o Brasil isoladamente ou em comissões científicas para estudos da vegetação como: Gustaf Anders Lindberg ( ), Carl Wilhelm Hjalmar Mosén ( ), Salomon Eberhard Henschen ( ), Johan Firedrik Widgren ( ). Muitos

18 4 naturalistas regressaram logo ao seu país de origem, porém, o sueco Anders Fredrik Regnell ( ) aqui permaneceu pelo resto de sua vida (URBAN, 1906). Nascido na Suécia em 1807, Anders Fredrik Regnell aos 17 anos se matriculou no curso de medicina. Durante a graduação apresentou grande interesse pela botânica, influência de seu professor da universidade de Uppsala, Göran Wahlenberg. Em 1837 se formou e, em 1841 contraiu tuberculose deixando a Suécia com destino ao Brasil para tratar a doença. Ao chegar ao território brasileiro, aportou na cidade do Rio de Janeiro, mas como não se adaptou bem ao clima da cidade, deslocou-se para o município de Caldas que apresentava temperatura amena e clima propício para a recuperação de sua saúde. Regnell adquiriu bens, plantações de café e acumulou uma pequena fortuna através das consultas médicas que realizava. Viveu no município de Caldas até a sua morte em 1884 e durante mais de quarenta anos, explorou a região, coletando e identificando as plantas de suas serras. O pesquisador coletava diversas espécies vegetais e as armazenava em um pequeno herbário que construiu em sua própria residência (Naturhistoriska riksmuseet, 2009). Diversas espécies de sua coleção foram examinadas por Carl Friedrich Phillip von Martius e estão descritas na Flora Brasiliensis, muitas exsicatas também foram enviadas para para Estocolmo na Suécia (URBAN, 1906). Por ser considerado um dos coletores mais importantes de seu tempo foi elaborada uma importante coleção que hoje está depositada no Regnellian Herbarium em Estocolmo, Suécia. Vários botânicos, como Albert Löefgren, vieram ao Brasil patrocinados por Regnell e mesmo após sua morte, outros botânicos como Carl Axel Magnus Lindman e Gustaf Oskar Andersson Malme vieram ao Brasil às expensas dos Fundos Regnellianos dando excelente contribuição ao conhecimento da vegetação e flora brasileiras (FERRI, 1980). Desde o trabalho de Regnell em Caldas, no século I, a região foi completamente esquecida pelos botânicos a despeito de sua riquíssima flora já documentada em suas coleções sendo registrado apenas o Zoneamento Ambiental da APA Santuário Ecológico da Pedra Branca, realizado especificamente para esta unidade de conservação no município de Caldas. A Serra da Pedra Branca, inserida nos domínios da APA, é a região onde permanecem os maiores remanescentes de vegetação nativa e por isso, considerada área fundamental para a manutenção e circulação do fluxo gênico da biota regional além de ser um patrimônio cultural do município (CONFORTI et al., 2007). A região do município de Caldas é considerada área prioritária para a conservação da flora em Minas Gerais e de importância biológica potencial sendo recomendada a investigação científica em forma de inventários já que apresenta baixíssimo grau de

19 5 conhecimento científico (DRUMMOND et al., 2005). Estudos em ambientes de Campos de Altitude são raros evidenciando a importância de pesquisas básicas como contribuição ao conhecimento da biodiversidade e também como ferramenta para a conservação.

20 6 2 OBJETIVOS Contribuir para o estudo da flora da Serra da Pedra Branca com maior ênfase nas áreas de afloramentos rochosos. Analisar e atualizar as identificações da coleção histórica da flora do município de Caldas, coletada por Anders Fredrik Regnell no século I e, realizar uma comparação com a flora atual encontrada na Serra da Pedra Branca. Realizar uma análise de similaridade florística entre a flora dos Campos de Altitude da Serra da Pedra Branca com outras áreas de afloramentos rochosos dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

21 7 3 HIPÓTESES A Serra da Pedra Branca apresenta elevada diversidade biológica. Na comparação do levantamento florístico da Serra da Pedra Branca com o levantamento florístico realizado por Anders Fredrik Regnell durante o século I no município de Caldas, Minas Gerais, haverá um elevado número de espécies comuns às duas listagens. A flora dos Campos de Altitude da Serra da Pedra Branca apresenta elevada similaridade florística com a flora do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro e Parque Nacional do Itatiaia, uma vez que essas áreas apresentam vegetação de Campos de Altitude.

22 8 4 MATERIAL E MÉTODOS 4.1 ÁREA DE ESTUDO O município de Caldas O município de Caldas está localizado na região do sul de Minas Gerais, entre as coordenadas S e W, próximo à divisa com o estado de São Paulo (Figura 1). O município apresenta uma população de habitantes em uma área de 714 km 2. Tradicionalmente, possui atividade econômica ligada ao ciclo agropecuário, sobretudo, pelo tradicional cultivo de uvas e fabricação de vinhos. A altitude do município varia de 950 a 1780 metros (IBGE, 2007). Figura 1: Localização geográfica do município de Caldas, Minas Gerais, Brasil. O clima da região é tropical, mesotérmico brando úmido, do tipo Cwb (inverno seco, verão brando) pela classificação de Köppen-Geiger (PELL et al., 2007) que se caracteriza por apresentar estações bem definidas (verão chuvoso e inverno seco). O índice pluviométrico anual é de 1494,7 mm. Nos meses de dezembro e janeiro ocorre intensa precipitação correspondendo a 80% do total anual, porém não excede 202 mm/mês. No mês de abril ocorre uma queda considerável no volume das chuvas e nos meses de junho, julho e agosto

23 Precipitação (mm) 9 são registradas as menores médias, em torno de 21 mm/mês. A temperatura média anual é 18,2 C (Gráfico 1 e 2) (Fonte: SADMET/INMET) Média Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Meses Gráfico 1: Distribuição da precipitação nos anos de 1992, 2000 e 2008 e média de precipitação entre no município de Caldas, Minas Gerais. Fonte: SADMET/INMET Gráfico 2: Diagrama ombrométrico do município de Caldas com a variação da temperatura e da precipitação no período de mar/2008 a fev/2009. A linha pontilhada representa a precipitação e a linha contínua representa a temperatura. Fonte: SADMET/INMET

24 10 O município de Caldas pertence à Bacia do Paraná, Sub-bacia do Rio Grande. Os principais rios da região são Rio Verde, Ribeirão da Pedra Branca e Ribeirão dos Bugres (ANA, 2005). O distrito do município de Caldas, Pocinhos do Rio Verde, é conhecido pela presença de diversas fontes de água sulforosas e termais. A região representa uma importante área de recarga dos aqüíferos profundos (CONFORTI et al., 2007). Os solos no local tendem a ser porosos e permeáveis, não impedindo a contaminação dos aqüíferos (MORAES 2008). A área apresenta solos típicos de região serrana em relevo montanhoso e escarpado: Solos Litólicos (neossolos) com horizonte A proeminente e textura média e argilosa. A região é constituída basicamente pelas seguintes classes de solo: Cambissolo com textura argilosa e Podzólico Vermelho- amarelo com argila de atividade baixa e textura média e argilosa, ambos com Horizonte A moderado e proeminente. Todos solos álicos, ou seja, com alto teor de alumínio (GATTO et al., 1983) Serra da Pedra Branca A Serra da Pedra Branca (21 58' - 55' S e 46 24' -22' W) é uma feição marcante no relevo do município de Caldas, situada na borda sudeste da caldeira vulcânica de Poços de Caldas. Está inserida na porção centro-sul da unidade geomorfológica denominada Planalto de Poços de Caldas, sendo geograficamente e economicamente integrante do Planalto da Pedra Branca (IBGE, 2007; LEINZ e AMARAL, 1989; GATO et al, 1983). O Planalto da Pedra Branca não apresenta geoforma específica por ser jovem ou estar em uma região de maior estabilidade tectônica sendo constituído por rochas magmáticas e metamórficas como sienitos, migmatitos, granitos e gnaisses, oriundos do Complexo Varginha (MORAES, 2008; RIBEIRO et al., 2007). No ano de 2006, através de Decreto Municipal Lei 1.973, foi estabelecida a unidade de conservação de uso sustentável APA Santuário Ecológico da Pedra Branca. A APA está localizada na região sudoeste do município e apresenta gradientes altitudinais sempre superiores a 1000 metros, englobando integralmente o distrito de Pocinhos do Rio Verde e parte da área rural do município (CONFORTI et al., 2007). Nela está inserido parte do complexo serrano que forma a Serra da Pedra Branca. A Serra da Pedra Branca também abrange alguns municípios que fazem divisa com o município de Caldas que são Santa Rita de Caldas e Ibitiúra de Minas, entretanto, o presente estudo aborda apenas a vertente da Serra da Pedra Branca que pertencente ao município de Caldas (Mapas 1, 2 e 3).

25 Mapa 1: Mapa de limite de municípios com a localização geográfica da APA Santuário Ecológico da Pedra Branca dentro do município de Caldas, Minas Gerias. O ponto vermelho localiza a Pedra Branca, ponto de maior elevação na região a 1780 metros de altitude. 11

26 Mapa 2: Localização do município de Caldas na porção centro-sul da unidade geomorfológica denominada Planalto de Poços de Caldas. 12

27 Mapa 3: Mapa de gradientes altitudinais destacando a Serra da Pedra Branca (evidenciado pela seta), na borda sudeste da caldeira vulcânica de Poços de Caldas cujo ponto de maior elevação está a 1780 metros de altitude e denomina-se Pedra Branca. 13

28 14 O maciço da Serra da Pedra Branca encontra-se inserido no Domínio Atlântico, no Subdomínio Planalto de Poços de Caldas, segundo a classificação proposta por Oliveira-Filho (2006). Localiza-se na na borda ocidental da Serra da Mantiqueira e faz divisa com a bacia sedimentar do Paraná (CONFORTI et al., 2007). A região é constituída por um mosaico de fisionomias incluindo Floresta Ombrófila Densa Alto-Montana, Floresta Estacional Semidecidual Montana, Campos de Altitude e áreas antropizadas (FERRI, 1980; VELOSO et al., 1991). Inserida na Região de Andradas, de acordo com a Fundação Biodiversitas, a região é considerada área prioritária para a conservação da flora no estado de Minas Gerais apresentando Importância Biológica Potencial (DRUMMOND et al., 2005) (Figura 2). Figura 2: Áreas prioritárias para conservação da flora do estado de Minas Gerais evidenciando a Região de Andradas da qual a Serra da Pedra Branca é integrante. Fonte:

29 LEVANTAMENTO FLORÍSTICO O levantamento florístico do presente estudo foi realizado em três localidades do Distrito de Pocinhos do Rio Verde no município de Caldas, Minas Grais, que fazem parte do complexo serrano da Serra da Pedra Branca: Pedreira de Granito Marrom Imperial, Pedreira de Granito Califórnia Brown e Pedra Branca. As localidades apresentam os gradientes altitudinais mais elevados da Serra da Pedra Branca, vertente do município de Caldas, como evidenciado no modelo digital de elevação do terreno da Figura 3. MI CB PB Figura 3: Complexo serrano da Serra da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais. Localização das três áreas de coleta do estudo florístico: Pedra Branca (PB), Pedreira de Granito Califórnia Brown (CB) e Pedreira de Granito Marrom Imperial (MI). A localidade Pedreira de Granito Marrom Imperial (21 55' 51"S e 46 24' 35"W) é a mais próxima ao distrito de Pocinhos do Rio Verde. A área corresponde ao processo DNPM n /83 que pertence a Mineração Ouro Novo (EMON) e por isso, a área poderá estar sujeita à mineração. A localidade apresenta apenas um afloramento rochoso que é pequeno superficialmente, porém, muito profundo, e de grande interesse minerário devido ao tipo de granito chamado Café Imperial, muito apreciado internacionalmente. Apresenta gradiente altitudinal que varia de 1160 a 1300 metros e uma vegetação caracterizada por Floresta Estacional Semidecidual Montana, Campos de Altitude e áreas antropizadas (Foto 1).

30 16 Foto 1: Afloramento rochoso da Pedreira de Granito Marrom Imperial, Caldas, Minas Gerais. A segunda localidade de coleta, denominada Pedreira de Granito Califórnia Brown (21 57' 15"S e 46 22' 23"W) está muito próxima à localidade Pedra Branca sendo separada da mesma apenas por uma propriedade rural. A área corresponde ao processo DNPM n /1983 que também pertence à Mineração Ouro Novo (EMON). Essa localidade é de grande interesse minerário devido à presença do granito Califórnia Brown, muito apreciado internacionalmente. Uma das frentes de mineração da localidade foi reativada e está sendo minerada. A Pedreira de Granito Califórnia Brown apresenta amplas áreas de afloramentos rochosos e toda a localidade apresenta elevado potencial minerário. Apresenta gradientes altitudinais que variam de 1350 a 1470 metros. A vegetação caracteriza-se por Floresta Estacional Semidecidual Montana, Campos de Altitude e áreas antropizadas (Foto 2).

31 17 Foto 2: Vista parcial do afloramento rochoso da Pedreira de Granito Califórnia Brown, Caldas, Minas Gerais. A terceira localidade analisada e a mais extensa é a Pedra Branca (21 58' 41"S e 46 22' 17"W), ponto de maior altitude da região, apresentando gradientes altitudinais entre 1400 a 1780 metros. A área apresenta elevada beleza cênica e é muito apreciada por turistas para a realização de turismo ecológico. A localidade apresenta fragmentos florestais entremeados por diversos afloramentos rochosos. O fragmento florestal mais extenso e contínuo localiza-se em altitudes elevadas da Pedra Branca e ultrapassa os limites do município de Caldas. A vegetação florestal presente em gradientes altitudinais elevados se caracteriza por Floresta Ombrófila Densa Alto-Montana, também chamada de mata nebular já que a água evaporada se condensa em neblina e precipita sobre a vegetação. As fisionomias que também compõe a área são: Floresta Estacional Semidecidual Montana, Campos de Altitude e áreas antropizadas (Foto 3 e 4).

32 18 Foto 3: Vista parcial da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais. Ponto de maior altitude na região a 1780 metros. Foto: P.H.Nobre. Foto 4: Campos de altitude e Floresta Estacional Semidecidual Montana da localidade Pedra Branca e, Floresta Estacional Semidecidual Montana da localidade Pedreira de Granito Califórnia Brown evidenciada pelo círculo vermelho.

33 19 O levantamento florístico da Serra da Pedra Branca foi realizado através de expedições mensais de coleta percorrendo-se diversos ambientes da região, no período de março de 2008 a fevereiro de Nas áreas da Pedreira de Granito Califórnia Brown e Pedreira de Granito Marrom Imperial foi realizada uma Avaliação Ecológica Rápida (AER) em janeiro de 2009 e fevereiro de 2009 respectivamente. O material coletado foi prensado em campo e herborizado segundo técnicas usuais em taxonomia vegetal e incorporado ao Herbário Prof. Leopoldo Krieger (CESJ) da Universidade Federal de Juiz de Fora. Os dados considerados relevantes para cada espécime coletado foram anotados em campo para posterior informatização utilizando o Sistema Brahms. As fitofisionomias florestais foram classificadas segundo a classificação de Veloso et al. (1991) e a fisionomia campestre segundo Ferri (1980). O estágio sucessional segue Scolforo e Carvalho (2006). O hábito seguiu a classificação de Mori et al. (1990) e, especificamente para o grupo das pteridófitas foi adotada a classificação de Lellinger (2002). Na classificação de acordo com a preferência por substrato foi utilizado Gonçalves e Lorenzi (2007) com adaptações para a terminogia saxícola a qual foi utilizada para classificar as espécies encontradas em locais de fendas de rochas com pequena deposição de material autóctone e alóctone e em superfícies rochosas com pequena deposição de areia. As espécies foram identificadas através de bibliografia especializada, comparações com o acervo do Herbário CESJ além de consultas a especialistas. O sistema de classificação taxonômica para as angiospermas e gimnospermas adotado foi o recomendado por APG II (2003) e a classificação das pteridófitas segue o sistema recomendado Smith et al. (2006). A correção ortográfica das espécies e a eliminação das sinonímias foram realizadas acessando bancos de dados disponíveis na internet como o do Missouri Botanical Garden ( The International Plant Names Index ( World Checklist of Selected Plant Families ( Para a correção da nomenclatura dos nomes de autores adotou-se Brummit e Powell (1992). A classificação quanto ao grau de ameaça das espécies presentes no levantamento florístico baseou-se na Revisão das Listas das Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção para o estado de Minas Gerais que foi elaborada pela comunidade científica e coordenada pela Fundação Biodiversitas (2007) e a Lista Nacional das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção que é a lista oficial brasileira elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente (2008). A Fundação Biodiversitas (2007) utiliza os critérios IUCN (2001) para avaliar as espécies ameaçadas de extinção de acordo com as seguintes categorias:

34 20 E=Extinta, EW=Extinta na Natureza, CR=Criticamente em perigo, EN=Em perigo, VU=Vulnerável, NT= Quase ameaçada. A Lista do Ministério do Meio Ambiente (2008) avalia as espécies segundo a categoria: AE=Ameaçada de Extinção. 4.3 ANÁLISE COMPARATIVA DA COLEÇÃO REGNELL Grande parte do material coletado no século I pelo sueco Anders Fredrik Regnell no município de Caldas, Minas Gerais, está depositada no Herbário S, do Museu de História Natural da Suécia em Estocolmo compondo o The Regnellian Herbarium, no Herbário UPS da Universidade de Uppsala (Suécia) e uma parte está depositada no Herbário R, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Brasil) (acrônimos dos herbários de acordo com Holmgren et al. 1990). Os herbários S e UPS disponibilizam os dados de seu acervo na internet e através desse banco de dados foi realizado um levantamento do material coletado por Regnell em Caldas no século I. O Herbário R não apresenta um banco de dados disponível virtualmente e por isso, foi utilizado o levantamento da coleção Regnell, cedido pelo pesquisador Cláudio Nicoletti de Fraga, do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Essas listagens foram compiladas e as sinonímias foram conferidas através de consultas a especialistas e utilizando-se bancos de dados supracitados além da recente Lista de Espécies da Flora do Brasil (2010), disponibilizada pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A lista obtida da coleção Regnell foi comparada com levantamento florístico do presente estudo visando identificar as espécies comuns aos dois levantamentos. Espécies que não foram encontradas em estado fértil durante as campanhas de campo, foram também registradas e utilizadas na comparação florística. Visando verificar se há diferença entre a diversidade das duas listagens, foi utilizado o Índice de Shannon-Wiener (H) através do software PAST v.1.92 (p < 0,05) (HAMMER et al., 2001).

35 ANÁLISE DE SIMILARIDADE FLORÍSTICA A flora dos Campos de Altitude da Serra da Pedra Branca (destacada na Tabela 2) foi comparada com outras 14 áreas de afloramentos rochosos localizadas no estado de Minas Gerais e Rio de Janeiro (Mapa 4) (Tabela 1). Dos levantamentos florísticos analisados, três não incluíram pteridófitas: Mourão e Stehmann (2007), Viana e Lombardi (2006) e Barros (2008). Na análise de similaridade florística, todas as espécies com terminologia sp., cf. e aff. foram excluídas. Dessa forma, o número de espécies resultante da compilação das listagens foi de 1574 espécies. A partir dessa listagem, foi construída uma matriz de presença/ausência das espécies nas áreas. A correção ortográfica das espécies e a eliminação das sinonímias foi realizada através de literatura especializada e acesso a bancos de dados disponíveis na internet já mencionadas anteriormente. Os padrões florísticos foram analisados por meio de Análise de Agrupamento utilizando o Índice de Similaridade de Sørensen e método de associação pela média do grupo (UPGMA) utilizando o software PAST v.1.92 (HAMMER et al., 2001).

36 22 Mapa 4: Mapa da Região Sudeste do Brasil localizando as 15 áreas de levantamentos florísticos em afloramentos rochosos utilizados na análise de similaridade florística. SPB: Serra da Pedra Branca (localidade do presente estudo), STI: Parque Estadual da Serra da Tiririca, SSJ: Serra de São José, SBR: Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, ITAT: Parque Nacional do Itatiaia, SCA: Serra da Calçada, MBR: Mina do Brucutu (localizadas no estado de Minas Gerais) e, MAC: Macumba, ITN: Intanhangá, URC: Urca, IMB: Imbuí, ITA: Itacoatiara, ARA: Araras, SAN: Santana e MAD: Madalena (localizadas no estado do Rio de Janeiro).

37 23 Tabela 1: Lista dos 14 levantamentos florísticos em áreas de afloramentos rochosos utilizados para a realização da análise de similaridade com a flora dos Campos de Altitude da Serra da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais. Localidade Siglas Estado Bioma Altitude Coordenada Geográfica Referência Parque Estadual da Serra da Tiririca STI RJ Mata Atlântica m 22 48' S e W BARROS (2008) Serra de São José SSJ MG Mata Atlântica m ' S e 'W ALVES e KOLBEK (2009) Parque Estadual da Serra do Brigadeiro SBR MG Mata Atlântica m 20 20'-21 00'S e 42 20'-42 40'W CAIAFA e SILVA (2005) Parque Nacional do Itatiaia ITAT RJ Mata Atlântica m S e W RIBEIRO et al. (2007) Serra da Calçada SCA MG Cerrado m "S e "W VIANA e LOMBARDI (2007) Mina do Brucutu MBR MG Cerrado m 19 51'-53 S e W MOURÃO e STEHMANN (2007) Serra da Pedra Branca SPB MG Mata Atlântica m 21 58' - 55'S e 46 24' -22'W REZENDE (presente estudo) Macumba MAC RJ Mata Atlântica 0-10 m 23 02' S e 43 29' W MEIRELLES et al.(1999) Intanhangá ITN RJ Mata Atlântica 0-40 m 22 59'S e 43 19' W MEIRELLES et al.(1999) Urca URC RJ Mata Atlântica m 22 57' S e 43 09' W MEIRELLES et al.(1999) Imbuí IMB RJ Mata Atlântica 120 m 22 56' S e 43 07' W MEIRELLES et al.(1999) Itacoatiara ITA RJ Mata Atlântica 120 m 22 58' S e 43 01' W MEIRELLES et al.(1999) Araras ARA RJ Mata Atlântica m 22 25' S e 43 14' W MEIRELLES et al.(1999) Santana SAN RJ Mata Atlântica 40 m 22 25' S e 41 42' W MEIRELLES et al.(1999) Madalena MAD RJ Mata Atlânticad 1400 m 21 56' S e 42 01' W MEIRELLES et al.(1999)

38 24 5 RESULTADOS 5.1 LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DA SERRA DA PEDRA BRANCA No levantamento florístico realizado na Serra da Pedra Branca, foram coletados 364 espécimes, sendo 24 identificados até o nível de família. Foram computadas na listagem final da Serra da Pedra Branca 340 espécies de plantas vasculares sendo 46 (13,5%), identificadas até nível de gênero. As espécies estão distribuídas em 222 gêneros e 95 famílias A flora vascular é constituída por 46 pteridófitas, uma gimnosperma e 293 angiospermas (Tabela 2). Na Serra da Pedra Branca destacam-se as seguintes famílias quanto à riqueza de espécies: Orchidaceae (27 spp.), Asteraceae e Rubiaceae (16 spp. cada), Fabaceae e Piperaceae (15 spp. cada), Bromeliaceae (14 spp.), Solanaceae (10 spp) e Poaceae (nove spp.). Juntas, essas oito famílias representam 122 espécies ou 35,9% do total da flora vascular da área. Entre as pteridófitas, as famílias Polypodiaceae (15 spp.) e Aspleniaceae (oito spp.) foram as que mais se destacaram, totalizando 6,8% da flora vascular. Essas dez famílias contribuem com 145 espécies e representam 42,6% da riqueza total da Serra da Pedra Branca (Gráfico 3 e 4). ASPLENIACEAE (P) POACEAE SOLANACEAE BROMELIACEAE POLYPODIACEAE (P) PIPERACEAE FABACEAE RUBIACEAE ASTERACEAE ORCHIDACEAE N de espécies e gêneros Gráfico 3: Riqueza de espécies e o número de gêneros das 10 famílias mais representativas no levantamento da flora vascular da Serra da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais. As famílias com (P) indicam as famílias de pteridófitas. As barras escuras indicam o número de espécies e as barras claras indicam o número de gêneros.

39 25 Tabela 2: Lista das espécies da flora vascular do levantamento florístico da Serra da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais. A coluna Hábito ( et = erva terrestre; er = erva rupícola; es = erva saxícola; ee = erva epífita; ep = erva parasita; sb = subarbusto; ab = arbusto; arb = arborescente; at = arvoreta; av = árvore; li = liana). Fisionomia indica o local de ocorrência das espécies ( ca campo de altitude; ma = mata; bm"= borda de mata; fei floresta em estágio inicial; aa"= área antropizada). Os vouchers estão representados pelos coletores e pelo número de registro no Herbário da Universidade Federal de Juiz de Fora (CESJ). As espécies assinaladas com um asterisco (*) são endêmicas de Caldas. A coluna Similaridade indica as espécies dos Campos de Altitude utilizadas na análise de similaridade florística. Família/ Espécie Similaridade Hábito Fisionomia Voucher Colaborador: Alexandre Salino (BHCB), Filipe Soares de Souza (CESJ) PTERIDÓFITAS ANEMIACEAE Anemia hirsuta (L.) Sw. et ca M.G.Rezende et al Anemia villosa Humb. & Bonpl. ex Willd. et, er ca F.S.Souza et al ASPLENIACEAE Asplenium auritum Sw. es ca M.G.Rezende et al Asplenium feei Kunze ex Fée er ma F.S.Souza et al Asplenium formosum Willd. et ca M.G.Rezende et al Asplenium incurvatum Fée et, er ca, ma F.S.Souza et al Asplenium cf. kunzeanum Klotzsch ex Rosenst. et ma F.S.Souza et al Asplenium praemorsum Sw. ee ma M.G.Rezende et al Asplenium serra Langsd. & Fisch. et ma F.S.Souza et al Asplenium uriculatum Sw. ee ca F.S.Souza et al BLECHNACEAE Blechnum binervatum (Desv.) R.M. Tryon & Stolze et ma D.Monteiro et al CYATHEACEAE Cyathea phalerata Mart. arb ma A.Valente et al DICKSONIACEAE Dicksonia sellowiana Hook. arb ma A.Valente et al Continua...

40 26 Tabela 2: continuação Família/ Espécie Similaridade Hábito Fisionomia Voucher DRYOPTERIDACEAE Elaphoglossum burchellii (Baker) C. Chr. et, er, es ca, bm, aa M.G.Rezende et al Elaphoglossum gayanum (Fée) T. Moore es ca M.G.Rezende et al Elaphoglossum vagans (Mett.) Hieron. es ca F.S.Souza et al Polystichum montevidense (Spreng.) Rosenst. et ma F.S.Souza et al Rumohra adiantiformis (G. Forst.) Ching et ca F.S.Souza et al HYMENOPHYLLACEAE Hymenophyllum polyanthos (Sw.) Sw. ee ma F.S.Souza et al LYCOPODIACEAE Huperzia regnellii (Maxon) B.Øllg. & P.G.Windisch er, es ca M.G.Rezende et al OPHIOGLOSSACEAE Botrychium virginianum (L.) Sw. et ma M.G.Rezende et al POLYPODIACEAE Campyloneurum acrocarpon Fée ee bm M.G.Rezende et al Campyloneurum austrobrasilianum (Alston) de la Sota ee bm, ma M.G.Rezende et al Campyloneurum nitidum (Kaulf.) C. Presl ee ma F.S.Souza et al Melpomene pilosissima (M.Martens & Galeotti) A.R.Sm. & R.C.Moran er, es ca, ma M.G.Rezende et al Microgramma squamulosa (Kaulf.) de la Sota ee ca F.S.Souza et al Niphidium crassifolium (L.) Lellinger ee, er ma A.Valente et al Pecluma camptophyllaria (Fée) M.G. Price er ca F.S.Souza et al Pecluma singeri (de la Sota) M.G. Price ee ma M.G.Rezende et al Phlebodium pseudoaureum (Cav.) Lellinger es ca M.G.Rezende e R.C.L.Elias Pleopeltis astrolepis (Liebm.) E. Fourn. ee ca M.G.Rezende e R.C.L.Elias Pleopeltis angusta Humb & Bonpl. ex Willd ee bm M.G.Rezende et al Continua

41 27 Tabela 2: continuação Família/ Espécie Similaridade Hábito Fisionomia Voucher Pleopeltis hirsutissima (Raddi ) de la Sota er ca F.S.Souza et al Pleopeltis cf. pleopeltidis (Fée) de la Sota et, er ca, bm M.G.Rezende e R.C.L.Elias Serpocaulon catharinae (Langsd. & Fisch.) A.R. Sm. et ca M.G.Rezende e R.C.L.Elias Serpocaulon cf. latipes (Langsd. & Fisch.) A.R. Sm. et ma F.S.Souza et al PTERIDACEAE Adiantopsis radiata (L.) Fée et aa F.S.Souza et al Cheilanthes regnelliana Mett. er, es ca M.G.Rezende et al Cheilanthes sp. et ca M.G.Rezende et al Doryopteris collina (Raddi) J. Sm. er, es ca R.C.L. Elias et al Doryopteris crenulans (Fée) H. Christ et aa T.M.Machado et al Doryopteris nobilis (T. Moore) C. Chr. et bm, ma F.S.Souza et al Doryopteris ornithopus (Mett.) J. Sm. er ca M.G.Rezende et al Pteris deflexa Link et ca F.S.Souza et al THELYPTERIDACEAE Thelypteris regnelliana (C. Chr.) Ponce et ma F.S.Souza et al WOODSIACEAE Diplazium lindbergii (Mett.) Christ et ma F.S.Souza et al GIMINOSPERMAS ARAUCARIACEAE Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze av aa F.S.Souza et al ANGIOSPERMAS ACANTHACEAE Ruellia sp. er bm, ma M.G.Rezende et al Continua

42 28 Tabela 2: continuação Família/ Espécie Similaridade Hábito Fisionomia Voucher ALSTROEMERIACEAE Alstroemeria variegata M.C.Assis * er ca, ma R. C. L. Elias et al AMARANTHACEAE Alternanthera sp. et ca M.G.Rezende et al Chamissoa altissima (Jacq.) Kunth et ma D.Monteiro et al Iresine diffusa Humb. & Bonpl. ex Willd. et, es ca, aa D.Monteiro et al INDET. ee bm M.G.Rezende et al AMARYLLIDACEAE Hippeastrum sp. er ca R. C. L. Elias et al ANACARDIACEAE Lithraea molleoides Engl. av ca, fei, aa M.G.Rezende e R.C.L.Elias ANNONACEAE Rollinia sylvatica (A. St.-Hil.) Martius av aa T. M.Machado et al APIACEAE Apium leptophyllum (Pers.) F. Muell. ex Benth. et ca, aa T. M.Machado et al Eryngium cf. bracteosum Griseb. et ca M.G.Rezende et al Eryngium eurycephalum Malme et ca M.G.Rezende et al Colaborador: Carolina Matozinhos (CESJ) APOCYNACEAE Asclepias curassavica L. et bm, aa M.G.Rezende e R.C.L.Elias Aspidosperma parvifolium A. DC. av aa F.S.Souza et al Mandevilla emarginata (Vell.) C. Ezcurra et aa F.S.Souza et al Mandevilla cf. hirsuta (Rich.) K. Schum. li ca T.M.Machado et al Mandevilla venulosa (Müll.Arg.) Woodson li ca M.G.Rezende et al Continua

43 29 Tabela 2: continuação Família/ Espécie Similaridade Hábito Fisionomia Voucher Orthosia scoparia (Nutt.) Liede & Meve li ca, bm M.G.Rezende et al INDET. li bm T. M.Machado et al APODANTHACEAE Pilostyles ingae (H. Karst.) Hook. f. ep bm, aa F.S.Souza et al Colaborador: Marcus Nadruz Coelho (RB) ARACEAE Anthurium minarum Sakuragui & Mayo es ca M.G.Rezende et al ARALIACEAE Dendropanax cuneatus (DC.) Decne. & Planch av bm M.G.Rezende et al Hydrocotyle barbarossae Cham. & Schltdl. et ma, aa M.G.Rezende et al ARISTOLOCHIACEAE Aristolochia burchellii Mast. li aa M.G.Rezende e R.C.L.Elias Colaborador: Aristônio Magalhães Teles (UFGO), Jimi Naoki Nakajima (HUFU), Mariana Machado Saavedra (RB) ASTERACEAE Ayapana amygdalina (Lam.) R.M.King & H.Rob ab ca M.G.Rezende e R.C.L.Elias Baccharidastrum triplinervium (Less.) Cabr. ab ca M.G.Rezende et al Calea sp. ab ca M.G.Rezende e R.C.L.Elias Cirsium vulgare (Savi) Ten. ab aa F.S.Souza et al Dasyphyllum tomentosum (Spreng.) Cabrera av bm A.Valente et al Dasyphyllum sp. av bm M.G.Rezende et al Eupatorium purpurascens Sch. Bip. ex Baker es ca D.Monteiro et al Hypochaeris gardneri Baker et ca M.G.Rezende e R.C.L.Elias Leptostelma maximum (D. Don) Otto ex DC. ab ca M.G.Rezende e R.C.L.Elias Senecio brasiliensis (Spreng.) Less. et ca M.G.Rezende et al Continua

44 30 Tabela 2: continuação Família/ Espécie Similaridade Hábito Fisionomia Voucher Stevia menthaefolia Sch.Bip. ex Baker ab ca M.G.Rezende et al Trixis verbasciformis Less. et ca M.G.Rezende et al Trixis sp. et bm M.G.Rezende et al Verbesina cf. glabrata Hook. & Arn. et ca M.G.Rezende et al Vernonia cf. herbacea (Vell.) Rusby er ca M.G.Rezende e R.C.L.Elias Vernonia membranacea Gardner et ca M.G.Rezende et al INDET.1 et ca M.G.Rezende e R.C.L.Elias INDET.2 et ca M.G.Rezende et al BEGONIACEAE Begonia angulata Vell et ma M.G.Rezende et al Begonia geniculata Vell. er ca F.S.Souza et al BIGNONIACEAE Arrabidaea leucopogon (Cham.) Sandwith et ca M.G.Rezende et al Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers li ca M.G.Rezende et al Tabebuia sp.1 av ca M.G.Rezende et al Tabebuia sp.2 av ca R. C. L. Elias et al BORAGINACEAE Cordia ecalyculata Vell. av bm M.G.Rezende et al Cordia sp.1 ab ca M.G.Rezende e R.C.L.Elias Cordia sp.2 av ca D.Monteiro et al BRASSICACEAE Cleome rosea Vahl. ex DC. er, es ca M.G.Rezende et al Tarenaya sp. et aa M.G.Rezende et al Continua

45 31 Tabela 2: continuação Família/ Espécie Similaridade Hábito Fisionomia Voucher Colaborador: Talita Mota Machado (CESJ) BROMELIACEAE Aechmea distichantha Lem. ee, et, er ca, ma T.M.Machado et al Aechmea nudicaulis (L.) Griseb. ee, et, er ca M.G.Rezende et al Billbergia distachya (Vell.) Mez ee, er, es ma M.G.Rezende et al Bromelia regnellii Mez et bm, ma T.M.Machado et al Tillandsia gardneri Lindl. ee, er ca T.M.Machado et al Tillandsia pohliana Mez ee ca, aa M.G.Rezende et al Tillandsia recurvata (L.) L. ee bm T.M.Machado et al Tillandsia stricta Sol. ex Ker Gawl. ee ca, bm M.G.Rezende et al Tillandsia tenuifolia L. ee ca M.G.Rezende et al Tillandsia usneoides (L.)L. ee ca, bm T.M.Machado et al Vriesea friburgensis Mez. ee bm T.M.Machado et al Vriesea regnellii Mez. ee, er ca, ma M.G.Rezende et al Vriesea sceptrum Mez. ee, er, es ca, ma M.G.Rezende et al Wittrockia cyathiformis (Vell.) Leme ee, et, er ma M.G.Rezende et al BURSERACEAE Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand av ma A.Valente et al Colaborador: Julio Antonio Lombardi (HRCB) CACTACEAE Lepismium houlletianum (Lem.) Barthlott ee, er ca, ma M.G.Rezende et al Rhipsalis floccosa Salm-Dycm ex Pfeiff ee, et ca, bm M.G.Rezende et al Rhipsalis pulchra Löfgren ee bm M.G.Rezende et al Rhipsalis sp. ee bm M.G.Rezende e R.C.L.Elias Continua

46 32 Tabela 2: continuação Família/ Espécie Similaridade Hábito Fisionomia Voucher Colaborador: Silvana Aparecida Pires de Godoy (PMSP) CAMPANULACEAE Siphocampylus macropodus G. Don ab ca, aa M.G.Rezende et al Siphocampylus westinianus Pohl et ca R. C. L. Elias et al Siphocampylus sp. ab bm A.Valente et al CANNABACEAE Celtis brasiliensis (Gardner) Planch. av aa T. M.Machado et al Trema micrantha (L.) Blume ab aa T. M.Machado et al CARYOPHYLLACEAE Cerastium sp. et aa M.G.Rezende e R.C.L.Elias CELASTRACEAE Maytenus ilicifolia (Schrad.) Planch. av bm, ma M.G.Rezende et al Maytenus salicifolia Reissek av ma M.G.Rezende et al CLUSIACEAE Clusia cf. criuva Cambess. av bm, fei M.G.Rezende e R.C.L.Elias COMMELINACEAE Commelina erecta L. et, er ca, aa M.G.Rezende e R.C.L.Elias Dichorisandra thyrsiflora J.C. Mikan et ca, ma M.G.Rezende et al Tinantia erecta (Jacq.) Schltdl. et, er ma, aa M.G.Rezende et al Tripogandra diuretica (Mart.) Handlos et aa M.G.Rezende et al CONVOLVULACEAE Evolvulus lithospermoides Mart. et aa F.S.Souza et al Ipomoea purpurea (L.) Roth li aa M.G.Rezende et al Ipomoea regnellii Meisn. li bm, aa M.G.Rezende e R.C.L.Elias Continua

47 33 Tabela 2: continuação Família/ Espécie Similaridade Hábito Fisionomia Voucher Ipomoea sp.1 ab ca L.Gimenes et al Ipomoea sp.2 li bm M.G.Rezende et al INDET. li aa M.G.Rezende e R.C.L.Elias CUCURBITACEAE Fevillea trilobata L. li ca F.S.Souza et al CUNONIACEAE Lamanonia ternata Vell. av ca, bm, aa M.G.Rezende e R.C.L.Elias CYPERACEAE Bulbostylis cf. juncoides (Vahl) Kük.ex Osten et ca M.G.Rezende e R.C.L.Elias Bulbostylis sp. et ca M.G.Rezende et al Cyperus sp.1 et aa M.G.Rezende et al Cyperus sp.2 et ca T. M.Machado et al INDET.1 es ca M.G.Rezende et al INDET.2 er ca M.G.Rezende et al INDET.3 et ca M.G.Rezende et al DIOSCOREACEAE Dioscorea ovata Vell. li ca D.Monteiro et al Colaborador: Marcelo Trovó Lopes de Oliveira (SPF) ERIOCAULACEAE Paepalanthus manicatus Pouls. ex Malme es ca M.G.Rezende et al ERYTHROYLACEAE Erythroxylum amplifolium Baill. av bm T. M.Machado et al Erythroxylum daphnites Mart. av ca, bm M.G.Rezende e R.C.L.Elias Continua

48 34 Tabela 2: continuação Família/ Espécie Similaridade Hábito Fisionomia Voucher Colaborador: Maria Iracema Bezerra Loiola (EAC) EUPHORBIACEAE Acalypha brasiliensis Müll. Arg. et ca M.G.Rezende et al Acalypha gracilis Spreng. et bm T. M.Machado et al Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg. ab ca M.G.Rezende et al Croton floribundus Spreng. av bm M.G.Rezende et al Croton migrans Casar. ab ca M.G.Rezende et al Sapium glandulosum (L.) Morong. av ca, bm M.G.Rezende e R.C.L.Elias FABACEAE Bauhinia aculeata L. av aa M.G.Rezende e R.C.L.Elias Cassia patellaria DC. ex Collad. et ca, aa M.G.Rezende e R.C.L.Elias Centrosema sp. li ca, fei, aa M.G.Rezende et al Clitoria sp.1 ab ca M.G.Rezende et al Clitoria sp.2 li ca L.Gimenes et al Desmodium purpureum Hook. & Arn. ab ca, aa L.Gimenes et al Inga sp. av bm A.Valente et al Machaerium villosum Vogel av ca, bm M.G.Rezende et al Mimosa cf. ramosissima Benth. et ca M.G.Rezende e R.C.L.Elias Platycyamus regnellii Benth. av bm M.G.Rezende et al Senna obtusifolia (L.) H.S. Irwin & Barneby ab aa T. M.Machado et al Senna sp.1 ab ca M.G.Rezende et al Senna sp.2 ab ca R. C. L. Elias et al Vigna sp. li ca, ma M.G.Rezende et al Zornia diphylla (L.) Pers. et ca A.Valente et al Continua

49 35 Tabela 2: continuação Família/ Espécie Similaridade Hábito Fisionomia Voucher INDET.1 at bm R. C. L. Elias et al INDET.2 ab ca M.G.Rezende et al INDET.3 at ca, bm, aa R. C. L. Elias et al Colaborador: Alain Chautems (G) GESNERIACEAE Sinningia aggregata (Ker Gawl.) Wiehler et, er, es ca M.G.Rezende et al Sinningia allagophylla (Mart.) Wiehler et ca M.G.Rezende e R.C.L.Elias Sinningia douglasii (Lindl.) Chautems ee ma A.Valente et al Sinningia magnifica (Otto & A. Dietr.) Wiehler er, es ca M.G.Rezende e R.C.L.Elias Sinningia striata (Fritsch) Chautems * er, es ca M.G.Rezende e R.C.L.Elias INDET. et ca M.G.Rezende et al HYPOIDACEAE Hypoxis decumbens L. es ca F.S.Souza et al IRIDACEAE Calydorea campestris (Klatt) Baker et ca M.G.Rezende et al Cipura xanthomelas Mart. ex Klatt et ca, aa M.G.Rezende et al Sisyrinchium vaginatum Spreng. es ca M.G.Rezende et al Trimezia martinicensis (Jacq.) Herb. et ca T. M.Machado et al Trimezia sp. es ca D.Monteiro et al JUNCACEAE Juncus cf. densiflorus Kunth. et ca M.G.Rezende et al LAMIACEAE Aegiphila sp. av ca M.G.Rezende et al Ocimum gratissimum L. et ca T. M.Machado et al Continua

50 36 Tabela 2: continuação Família/ Espécie Similaridade Hábito Fisionomia Voucher Scutellaria sp. es ca, aa L.Gimenes et al Vitex polygama Cham. av ca, bm, ma M.G.Rezende et al INDET.1 et ca M.G.Rezende et al INDET.2 et ca M.G.Rezende et al INDET.3 at bm M.G.Rezende e R.C.L.Elias INDET.4 at aa M.G.Rezende e R.C.L.Elias INDET.5 et ca M.G.Rezende et al Colaborador: Leandro Cézanne de Souza Assis (SPF) LAURACEAE Endlicheria paniculata (Spreng.) J.F. Macbr. av bm M.G.Rezende et al Ocotea pulchella (Nees) Mez ab ca M.G.Rezende et al INDET. at ma M.G.Rezende e R.C.L.Elias LENTIBULARIACEAE Genlisea violacea A. St. -Hil et, es ca M.G.Rezende et al Utricularia warmingii Kamienski et, es ca M.G.Rezende et al LOGANIACEAE Strychnos brasiliensis (Spreng.) Mart. av ca R. C. L. Elias et al LYTHRACEAE Cuphea sp. et ca D.Monteiro et al Lafoensia pacari A.St.-Hil. av ca, aa M.G.Rezende et al MAGNOLIACEAE Magnolia ovata A.St.-Hil. (Spreng) av bm M.G.Rezende et al MALPIGHIACEAE Banisteriopsis campestris (A. Juss.) Little li aa F.S.Souza et al Continua

51 37 Tabela 2: continuação Família/ Espécie Similaridade Hábito Fisionomia Voucher Banisteriopsis laevifolia (A. Juss.) B. Gates ab fei M.G.Rezende et al Heteropterys sp. av bm M.G.Rezende et al Heteropterys umbellata A. Juss. ab ca M.G.Rezende et al INDET. av bm M.G.Rezende et al Colaborador: Aluízio Fernandes Júnior (CESJ) MALVACEAE Ceiba speciosa (A. St.-Hil.) Ravenna av aa T. M.Machado et al Luehea candicans Mart. av bm M.G.Rezende et al Luehea grandiflora Mart. & Zucc av bm M.G.Rezende et al Pavonia communis A. St-Hil. ab aa T. M.Machado et al Peltaea sp. es ca M.G.Rezende e R.C.L.Elias Sida rhombifolia L. et aa T. M.Machado et al INDET. et aa T. M.Machado et al Colaboradores: Renato Goldenberg (UPCB), Rosana Romero (HUFU) MELASTOMATACEAE Miconia cinerascens Miq. ab bm, ma M.G.Rezende et al Miconia pusilliflora (DC.) Naudin av ma M.G.Rezende et al Tibouchina clidemioides (Triana) Cogn. et ca M.G.Rezende et al Tibouchina fothergillae (DC.) Cogn. er ma R. C. L. Elias et al Tibouchina gracilis (Bonpl.) Cogn. et aa T.M.Machado et al Tibouchina heteromalla (D. Don) Cogn. ab ca M.G.Rezende et al Tibouchina martialis (Cham.) Cogn. ab ca, aa M.G.Rezende et al Tibouchina sp. av ca M.G.Rezende et al Continua

52 38 Tabela 2: continuação Família/ Espécie Similaridade Hábito Fisionomia Voucher MELIACEAE Cabralea cangerana Saldanha av aa M.G.Rezende et al Trichilia elegans A. Juss. av ca M.G.Rezende et al MONIMIACEAE Macropeplus cf. dentatus (Perkins) I. Santos & Peixoto av bm A.Valente et al Mollinedia schottiana (Spreng.) Perkins av bm T. M.Machado et al Mollinedia sp. av bm, ma M.G.Rezende et al MORACEAE Sorocea bonplandii ( Baill. ) W.C.Burger, Lanj. & Boer av ma A.Valente et al MYRSINACEAE Anagallis alternifolia Cav. et, er ca M.G.Rezende et al Myrsine guianensis (Aubl.) Kuntze av ca M.G.Rezende et al Rapanea lancifolia (Mart.) Mez av bm, ma R. C. L. Elias et al INDET. ab bm D.Monteiro et al Colaborador: Marcos Sobral (UFSJ) MYRTACEAE Campomanesia sp. ab ca M.G.Rezende et al Eugenia involucrata DC. av bm M.G.Rezende e R.C.L.Elias Myrcia obovata (O. Berg) Nied. ab ca M.G.Rezende e R.C.L.Elias Myrcia splendens (SW.) DC. ab ca, bm, aa M.G.Rezende et al Myrciaria floribunda (H. West ex Willd.) O. Berg av ma M.G.Rezende et al Pimenta pseudocaryophyllus (Gomes) Landrum av bm M.G.Rezende et al Psidium guajava L. av aa T. M.Machado et al Siphoneugena widgreniana O. Berg av bm M.G.Rezende et al Continua

53 39 Tabela 2: continuação Família/ Espécie Similaridade Hábito Fisionomia Voucher INDET. av bm M.G.Rezende et al ONAGRACEAE Fuchsia regia (Vell.) Munz et bm R. C. L. Elias et al Colaborador: Ronaldo Marquete (RB) OPILIACEAE Agonandra excelsa Griseb. av aa M.G.Rezende e R.C.L.Elias Colaborador: Cláudio Nicoletti de Fraga (RB), Narjara Lopes Abreu (CESJ), Luiz Menini Neto (CESJ) ORCHIDACEAE Bifrenaria harrisoniae (Hook.) Rchb. f. er ca F.S.Souza et al Brassavola cf. tuberculata Hook. er ca M.G.Rezende et al Bulbophyllum epiphytum Barb. Rodr. er ca M.G.Rezende et al Bulbophyllum exaltatum Lindl. ee, er ca, aa M.G.Rezende et al Bulbophyllum plumosum (Barb. Rodr.) Cogn. er ca F.S.Souza et al Cyclopogon cf. congestus (Vell.) Hoehne er ca T.M.Machado et al Cyclopogon longibracteatus (Barb. Rodr.) Schltr. et ca M.G.Rezende et al Cyclopogon cf. truncatus (Lindl.) Schltr. et ma M.G.Rezende et al Cyclopogon sp. et bm F.S.Souza et al Epidendrum secundum Jacq. et, er, es ca M.G.Rezende et al Govenia utriculata (Sw.) Lindl. et ma M.G.Rezende et al Habenaria macronectar (Vell.) Hoehne er ca M.G.Rezende e R.C.L.Elias Habenaria sp. es ca D.Monteiro et al Isochilus linearis (Jacq.) R.Br. ee ma, aa M.G.Rezende et al Lanium avicula (Lindl.) Benth. er ca T.M.Machado et al Maxillaria picta Hook. er ca R. C. L. Elias et al Continua

54 40 Tabela 2: continuação Família/ Espécie Similaridade Hábito Fisionomia Voucher Notylia longispicata Hoehne & Schltr. ee aa T. M.Machado et al Oncidium aff. batemannianum Parm. ex Knowles & Westc. er ca M.G.Rezende et al Oncidium varicosum Lindl. & Paxton ee, et ca M.G.Rezende et al Pelexia sp. er ca R. C. L. Elias et al Pleurothallis recurva Lindl. ee bm M.G.Rezende e R.C.L.Elias Pleurothallis rubens Lindl. ee ma M.G.Rezende e R.C.L.Elias Pleurothallis saurocephala Lodd. ee ma M.G.Rezende et al Prosthechea allemanoides (Hoehne) W.E. Higgins ee ca M.G.Rezende et al Sacoila lanceolata (Aubl.) Garay et ca M.G.Rezende et al Stigmatosema polyaden (Vell.) Garay et ca M.G.Rezende et al Zygopetalum aff. mackaii Hook. er ca F.S.Souza et al OROBANCHACEAE Escobedia grandiflora (L.F.) Kuntze et ca M.G.Rezende et al OALIDACEAE Oxalis tetraphylla Cav. et ca M.G.Rezende e R.C.L.Elias Colaboradores: Ana Carolina Mezzonato (CESJ), Luís Carlos Bernacci (BHCB) PASSIFLORACEAE Passiflora alata Cuntis li ca M.G.Rezende et al Passiflora capsularis L. li aa T. M.Machado et al Passiflora organensis Gardner li ca T.M.Machado et al Passiflora suberosa L. li aa T. M.Machado et al Colaborador: Maria Iracema Bezerra Loiola (EAC) PHYLLANTHACEAE Phyllanthus stipitatus M.Schmid et ca M.G.Rezende et al Continua

55 41 Tabela 2: continuação Família/ Espécie Similaridade Hábito Fisionomia Voucher PHYTOLACCACEAE Phytolacca sp. ab aa T.M.Machado et al Colaborador: Daniele Monteiro (CESJ) PIPERACEAE Peperomia augescens Miq. ee, er, es ca, bm M.G.Rezende et al Peperomia blanda (Jacq.) Kunth ee ca, aa F.S.Souza et al Peperomia corcovadensis Gardner ee ma M.G.Rezende et al Peperomia galioides Kunth ee, et, er ca, ma M.G.Rezende et al Peperomia hilariana Miq. et ma D.Monteiro et al Peperomia oreophila Henschen er, es ca D.Monteiro et al Peperomia tetraphylla (G. Forst.) Hook. & Arn. ee, er, es ca, ma M.G.Rezende et al Peperomia trineura Miq. ee ca, ma M.G.Rezende et al Piper arboreum Aubl. et ma M.G.Rezende et al Piper chimonanthifolium Kunth. ab bm M.G.Rezende et al Piper crassinervium Kunth av bm R. C. L. Elias et al Piper gaudichaudianum Kunth ab ca M.G.Rezende et al Piper regnellii (Miq.) C. DC ab bm, aa M.G.Rezende et al Piper schenckii C. DC. li ma M.G.Rezende et al Piper solmsianum C. DC. ab ma D.Monteiro et al Colaboradores: Fabrício Moreira Ferreira (HUEFS), Pedro Lage Viana (BHCB) POACEAE Andropogon bicornis L. et ca M.G.Rezende et al Dichanthelium stigmosum (Trin.) Zuloaga et ca M.G.Rezende et al Melinis minutiflora P. Beauv. et, es ca M.G.Rezende et al Continua

56 42 Tabela 2: continuação Família/ Espécie Similaridade Hábito Fisionomia Voucher Panicum cf. cyanescens Ness ex Trin. et, es ca M.G.Rezende et al Paspalum rupium Renvoize et ca M.G.Rezende et al Setaria sphacelata Stapf & C.E.Hubb. ex M.B.Moss et ca M.G.Rezende e R.C.L.Elias Setaria vulpiseta (Lam.) Roem. & Schult. et ca, aa T. M.Machado et al Sporobolus indicus (L.) R. Br. et ca M.G.Rezende et al Sporobolus metallicolus Longhi-Wagner & Boechat et ca M.G.Rezende et al POLYGALACEAE Bredemeyera sp. et aa M.G.Rezende e R.C.L.Elias Polygala paniculata L. et, es ca M.G.Rezende et al PORTULACACEAE Talinum patens (L.) Willd et aa T. M.Machado et al PROTEACEAE Roupala montana Aubl. av ma M.G.Rezende et al ROSACEAE Prunus myrtifolia (L.) Urb. av ca M.G.Rezende et al Rubus sellowii Cham. & Schltdl. ab ca M.G.Rezende e R.C.L.Elias Colaborador: Juliana Oliveira (CESJ) RUBIACEAE Borreria verticillata (L.) G. Mey. et ca M.G.Rezende e R.C.L.Elias Chiococca alba (L.) Hitchc. ab ca, aa D.Monteiro et al Chomelia obtusa Cham. & Schltdl. av bm T. M.Machado et al Chomelia sp. av bm T. M.Machado et al Coccocypselum lanceolatum (Ruiz & Pav.) Pers. et ca M.G.Rezende e R.C.L.Elias Faramea hyacinthina Mart. ab ca, aa M.G.Rezende et al Continua

57 43 Tabela 2: continuação Família/ Espécie Similaridade Hábito Fisionomia Voucher Galianthe valerianoides (Cham. & Schltdl.) E.L. Cabral et ca M.G.Rezende e R.C.L.Elias Guettarda angelica Mart. ex Müll. Arg. av bm M.G.Rezende e R.C.L.Elias Guettarda viburnoides Cham. & Schltdl. av ca, ma, fei M.G.Rezende et al Manettia cordifolia Mart. et ca, bm M.G.Rezende et al Manettia luteo-rubra (Vell.) Benth. li aa F.S.Souza et al Psychotria dusenii Standl. av ma A.Valente et al Psychotria leiocarpa Cham. & Schltdl. ab bm D.Monteiro et al Psychotria vellosiana Benth. av bm M.G.Rezende et al Rudgea jasminoides (Cham.) Müll. Arg. ab ma M.G.Rezende et al Rudgea gardenioides (Cham.) Müll. Arg. av ma M.G.Rezende et al RUTACEAE Zanthoxylum sp. ab ca M.G.Rezende et al SALICACEAE Casearia decandra Jacq. ab ca, bm M.G.Rezende et al Casearia lasiophylla Eichler av bm M.G.Rezende e R.C.L.Elias Casearia obliqua Spreng. av ma T.M.Machado et al Colaborador: Claudenir Simões Caires (UB) SANTALACEAE Phoradendron affine (Pohl ex DC.) Engler & Krause ep aa T. M.Machado et al Colaborador: Joana Miloski (CESJ) SAPINDACEAE Matayba juglandifolia Radlk. av ca, bm R. C. L. Elias et al Paullinia carpopoda Cambess. ab ca M.G.Rezende et al Serjania multiflora Cambess. av ma M.G.Rezende et al Continua

58 44 Tabela 2: continuação Família/ Espécie Similaridade Hábito Fisionomia Voucher SAPOTACEAE Chrysophyllum marginatum (Hook. & Arn.) Radlk. ab ca, bm M.G.Rezende et al Pouteria pachycalyx T.D.Penn av bm M.G.Rezende et al SIPARUNACEAE Siparuna guianensis Aubl. av ca T.M.Machado et al Colaboradores: Eveline Feliciano (CESJ), João Renato Stehmann (BHCB) SOLANACEAE Capsicum cf. baccatum L. er fei T.M.Machado et al Capsicum flexuosum Sendtn. ab bm M.G.Rezende et al Cestrum cf. amictum Schltdl. et bm M.G.Rezende et al Solanum cf. americanum Mill. ab bm M.G.Rezende et al Solanum gnaphalocarpum Vell. ab ma M.G.Rezende et al Solanum palinacanthum Dunal et ca, aa M.G.Rezende e R.C.L.Elias Solanum paniculatum L. ab ca M.G.Rezende et al Solanum pseudoquina A.St-Hil et fei T.M.Machado et al Solanum sciadostylis (Sendtn.) Bohs av bm M.G.Rezende et al Solanum sp. ab ca M.G.Rezende e R.C.L.Elias INDET. av ca R. C. L. Elias et al STYRACACEAE Styrax leprosus Hook. & Arn. ab ma D.Monteiro et al Styrax pohlii A. DC. av bm M.G.Rezende et al THYMELAEACEAE Daphnopsis brasiliensis Mart. ab fei T.M.Machado et al Daphnopsis fasciculata (Meisn.) Nevling av ca, bm, ma M.G.Rezende et al Continua

59 45 Tabela 2: continuação Família/ Espécie Similaridade Hábito Fisionomia Voucher URTICACEAE Urera baccifera (L.) Gaudich. ex Wedd. av bm M.G.Rezende et al INDET. av bm M.G.Rezende et al Colaborador: Fátima Regina Gonçalves Salimena (CESJ) VERBENACEAE Aegiphila sellowiana Cham. av ma A.Valente et al Lantana camara L. ab ca M.G.Rezende R.C.L.Elias Lantana fucata Lindl. ab ma, aa M.G.Rezende e R.C.L.Elias Lantana lilacina Desf. ab ca, aa F.S.Souza et al Verbena sp.1 et aa T. M.Machado et al VOCHYSIACEAE Qualea jundiahy Warm. av ca T.M.Machado et al Vochysia tucanorum Mart. av bm A.Valente et al Colaborador: Nara Furtado de Oliveira Mota (BHCB) YRIDACEAE yris sp. et, es ca M.G.Rezende et al

60 46 57,4% 7,9% 4,7% 4,7% 4,4% 4,4% 4,4% 4,1% 2,9% 2,6% 2,4% ORCHIDACEAE ASTERACEAE RUBIACEAE FABACEAE PIPERACEAE POLYPODIACEAE (P) BROMELIACEAE SOLANACEAE POACEAE ASPLENIACEAE (P) DEMAIS Gráfico 4: Porcentagem das 10 famílias mais representativas em relação ao total de espécies do levantamento florístico da flora vascular da Serra da Pedra Branca, município de Caldas, Minas Gerais. A família Orchidaceae foi a que apresentou maior riqueza de espécies na Serra da Pedra Branca, sendo 70,4% das espécies associado aos Campos de Altitude principalmente como rupícolas. Nos afloramentos rochosos é frequente a presença de Bulbophyllum exaltatum Lindl. e Epidendrum secundum Jacq. Asteraceae e Rubiaceae foram as famílias com a segunda maior riqueza de espécies. As espécies de Asteraceae foram encontradas predominantemente nas áreas de Campos de Altitude contribuindo com 75% das espécies da família nessa fisionomia. As espécies de Rubiaceae estão distribuídas nas diversas fisionomias representadas na área de estudo. A terceira maior riqueza de espécies de angiospermas pertence às famílias Fabaceae e Piperaceae. Dentre as espécies de Fabaceae 86,7% estão associadas às fisionomias campestres. Em Piperaceae, assim como em Rubiaceae, as espécies se distribuem em diferentes fisionomias. Bromeliaceae também foi uma das famílias representativas com espécies distribuídas nos Campos de Altitude e formações florestais, principalmente como epífitas. Algumas espécies apresentaram preferência altitudinal, como Vriesea sceptrum Mez., mais frequentemente encontrada acima de 1700 m e Aechmea distichantha Lem. que apresenta uma grande população no topo da Pedra Branca a 1780 metros de altitude.

61 47 Solanaceae foi a sétima família das angiospermas com maior número de espécies, sendo encontrada em todas as fisionomias da Serra da Pedra Branca principalmente acima de 1450 metros de altitude. Poaceae foi a oitava família mais representativa em relação à riqueza de espécies das angiospermas, sendo detectada a presença da espécie invasora Melinis minutiflora P. Beauv. nos Campos de Altitude. As famílias Orchidaceae, Bromeliaceae e Poaceae foram as famílias de monocotiledôneas que mais contribuíram para a riqueza local, incluindo 50 espécies no total, o que representa 14,6% da flora da Serra da Pedra Branca. As famílias Aspleniaceae e Polypodiaceae foram as duas famílias de pteridófitas que mais se destacaram nesse estudo, distribuídas tanto nos Campos de Altitude como nas formações florestais. Aspleniaceae foi encontrada principalmente como terrestre e Polypodiaceae, principalmente como rupícola e epífita. A vegetação dos Campos de Altitude, foco do presente levantamento, foi bastante representativa incluindo 192 espécies, distribuídas em 143 gêneros e 66 famílias contribuindo com 56,5% das espécies da flora da Serra da Pedra Branca. As famílias da flora vascular representadas por apenas um gênero representam 56,8% do levantamento, entre dois a oito gêneros representam 38,9% e com 10 ou mais gêneros representam 4,2% da flora vascular. As famílias com 10 ou mais gêneros foram: Orchidaceae (18 gêneros), Asteraceae (13 gêneros), Fabaceae (12 gêneros) e Rubiaceae (10 gêneros). Os quatro gêneros com maior número de espécies foram: Peperomia Ruiz & Pav e Asplenium L (oito espécies cada), Piper L. e Solanum L. (sete espécies cada). A maioria das espécies encontradas na flora vascular da Serra da Pedra Branca apresenta hábito herbáceo (56,5%), seguido pelo hábito arbóreo (21,8%), arbustivo (15,3%), lianescente (5,9%) e arborescente (0,6%) (Tabela 3). Tabela 3: Número espécies da flora vascular nos diferentes hábitos encontrados na Serra da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais. HÁBITO ESPÉCIE Erva 192 Arbusto 52 Árvore 74 Liana 20 Arborescente 2

62 48 Dentre as espécies inventariadas, o hábito herbáceo é o que apresenta o maior número de espécies, sendo as famílias mais representativas Orchidaceae, Bromeliaceae, Polypodiaceae e Piperaceae, contribuindo com 33,9% do total de espécies herbáceas (Gráfico 5). Nos resultados obtidos nesse estudo, 81,4% das espécies epífitas se concentram nessas quatro famílias. Os gêneros mais representativos das espécies epífitas são: Peperomia e Tillandsia L. (seis spp. cada). PIPERACEAE 2 9 BROMELIACEAE 6 14 POLYPODIACEAE 8 15 ORCHIDACEAE N de espécies e gêneros Gráfico 5: Famílias com espécies herbáceas mais representativas na flora da Serra da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais. As barras escuras indicam o número de espécies herbáceas e as barras claras indicam o número de gêneros. O hábito arbóreo foi o segundo com maior número de espécies com destaque para as famílias Rubiaceae, Myrtaceae e Fabaceae (Gráfico 6). O hábito arbustivo foi o terceiro com maior riqueza e as famílias mais representativas são: Asteraceae, Fabaceae e Solanaceae (Gráfico 7). O hábito lianescente e o hábito arborescente são os que apresentam menor riqueza. No hábito lianescente, a família Passifloraceae (quatro espécies) foi família com maior riqueza no levantamento. O hábito arborescente está representado por apenas duas espécies de pteridófitas pertencentes à família Cyatheaceae e Dicksoniaceae.

63 49 FABACEAE 4 5 MYRTACEAE 5 5 RUBIACEAE N de espécies e gêneros Gráfico 6: Famílias de espécies arbóreas mais representativas na flora da Serra da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais. As barras escuras indicam o número de espécies arbóreas e as barras claras indicam o número de gêneros. SOLANACEAE 2 5 FABACEAE 3 5 ASTERACEAE N de espécies e gêneros Gráfico 7: Famílias de espécies arbustivas mais representativas na flora da Serra da Serra da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais. As barras escuras indicam o número de espécies arbóreas e as barras claras indicam o número de gêneros. De acordo com a lista oficial do estado de Minas Gerais: Revisão das Listas das Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção para o estado de Minas Gerais, elaborada pela Fundação Biodiversitas (BIODIVERSITAS, 2007) e a lista oficial brasileira: Lista Nacional das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção, elaborada pelo

64 50 Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2008), estão incluídas as seguintes espécies do levantamento florístico da Serra da Pedra Branca, avaliadas como ameaçada de extinção: Alstroemeria variegata M.C.Assis, Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze, Asplenium praemorsum Sw., Botrychium virginianum (L.) Sw., Cheilanthes regnelliana Mett., Dicksonia sellowiana Hook. e Sinningia striata (Fritsch) Chautems. Na lista da Biodiversitas constam seis espécies nas categorias de ameaçadas e, na lista do Ministério do Meio Ambiente constam três espécies (Tabela 4). Os dados correspondem a 2,1% do total de espécies da flora da Serra da Pedra Branca. Dessa listagem, Alstroemeria variegata M.C.Assis, avaliada como Criticamente em Perigo e, Sinningia striata (Fritsch) Chautems, avaliada como Vulnerável, são consideradas espécies endêmicas do município de Caldas (ASSIS, 2002; GIULIETTI et al., 2009). Algumas espécies estão encluídas nessas duas listagens como Deficiente de Dados (Tabela 4). Tabela 4: Espécies da flora vascular da Serra da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais, incluídas nas listas oficiais das espécies ameaçadas de extinção para o estado de Minas Gerais: Revisão das Listas das Espécies Ameaçadas de Extinção em Minas Gerais (BIODIVERSITAS, 2007) (Lista 1) e na lista oficial brasileira: Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção (MMA, 2008) (Lista 2). Lista 1: CR=Criticamente em perigo, EN=Em perigo, VU=Vulnerável, DD=Deficiente de dados. Lista 2: AE=Ameaçada de extinção e DD=Deficiente de dados. As espécies assinaladas com um asterisco (*) são endêmicas de Caldas. ESPÉCIE LISTA 1 LISTA 2 Alstroemeria variegata M.C.Assis * CR DD Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze EN AE Asplenium praemorsum Sw. AE Botrychium virginianum (L.) Sw. CR DD Calydorea campestris (Klatt) Baker DD Cheilanthes regnelliana Mett. VU Cipura xanthomelas Mart. ex Klatt DD Dasyphyllum tomentosum (Spreng.) Cabrera DD Dicksonia sellowiana Hook. VU AE Huperzia regnellii (Maxon ) B.Øllg. & P.G.Windisch DD DD Sinningia striata (Fritsch) Chautems * VU Sisyrinchium vaginatum Spreng. DD Trimezia martinicensis (Jacq.) Herb. DD Utricularia warmingii Kamienski DD

65 ANÁLISE HISTÓRICA DA COLEÇÃO REGNELL A coleção histórica de Anders Fredrik Regnell, do município de Caldas e em especial da Serra da Pedra Branca, datada do século I, reúne 474 espécies de plantas vasculares sendo 30 (6,3%) identificadas até gênero. As espécies estão distribuídas em 271 gêneros e 104 famílias. A flora vascular é constituída por 16 espécies de pteridófitas, uma espécie de gimnosperma e 457 espécies de angiospermas (Tabela 5). Na coleção Regnell destacam-se as seguintes famílias quanto à riqueza de espécies: Rubiaceae (46 spp.), Fabaceae (38 spp.), Orchidaceae (32 spp.), Asteraceae (28 spp.), Malpighiaceae (23 spp.), Solanaceae (21 spp.), Euphorbiaceae (17 spp.) e Poaceae (13 spp) como as oito famílias mais representativas de angiospermas; Ophioglossaceae (3 spp.) e Aspleniaceae (2) como as duas famílias mais representativas de pteridófitas. Essas famílias juntas incluem 223 espécies e representam 47% da flora vascular da coleção Regnell (Gráfico 8). ASPLENIACEAE (P) OPHIOGLOSSACEAE (P) POACEAE EUPHORBIACEAE SOLANACEAE MALPIGHIACEAE ASTERACEAE ORCHIDACEAE FABACEAE RUBIACEAE N de espécies e gêneros Gráfico 8: Riqueza de espécies e número de gêneros das 10 famílias mais representativas da flora vascular do levantamento florístico realizado por Anders Fredrik Regnell no século I no município de Caldas, Minas Gerais. As famílias com (P) indicam as famílias de pteridófitas. As barras escuras indicam o número de espécies e as barras claras, o número de gêneros.

66 52 Tabela 5: Lista das espécies da flora vascular coletada por Anders Fredrik Regnell no século I realizada no município de Caldas, Minas Gerais. A coluna A indica as espécies que são comuns à listagem da Serra da Pedra Branca do presente estudo e à coleção Regnell. A coluna B também indica as espécies comuns às duas listagens, mas que não foram coletadas, pois não estavam em período fértil e por isso foram apenas observadas. ASPLENIACEAE Asplenium erectum Bory ex Willd. Asplenium formosum Willd. CYATHEACEAE Alsophila sternbergii (Sternb.) D.S.Conant DRYOPTERIDACEAE Elaphoglossum burchellii (Baker) C. Chr. GRAMMITIDACEAE Família/Espécie A B PTERIDÓFITAS Ceradenia albidula (Baker) L. E. Bishop HYMENOPHYLLACEAE Trichomanes reptans Sw. ISOETACEAE Isoetes martii A. Braun LYCOPODIACEAE Huperzia regnellii (Maxon) B. Øllg. & P. G. Windisch OPHIOGLOSSACEAE Botrychium virginianum (L.) Sw. Ophioglossum palmatum L. Ophioglossum yongrenense Ching ex Z.R. He & W.M. Chu POLYPODIACEAE Pecluma camptophyllaria (Fée) M. G. Price Pecluma filicula (Kaulf.) M. G. Price Pecluma truncorum (Lindm.) M. G. Price PTERIDACEAE Cheilanthes regnelliana Mett. THELYPTERIDACEAE Thelypteris regnelliana (C. Chr.) Ponce GIMNOSPERMAS ARAUCARIACEAE Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze ANGIOSPERMAS ACANTHACEAE Geissomeria pubescens Nees Ruellia tomentosa Wall. ALISMATACEAE Echinodorus longipetalus Micheli Continua...

67 53 Tabela 5: continuação ALSTROEMERIACEAE Alstroemeria inodora Herb. Alstroemeria isabellana Herb. Alstroemeria sp. AMARANTHACEAE Chamissoa altissima (Jacq.) Kunth Iresine diffusa Humb. & Bonpl. ex Willd. Pfaffia glabrata Mart. Pfaffia jubata Mart. Pfaffia tuberosa Hicken AMARYLLIDACEAE Amaryllis sp. APIACEAE Família/Espécie A B Centella asiatica (L.) Urb. Eryngium regnellii Malme APOCYNACEAE Blepharodon diffusum Decne. Calostigma guilleminianum Decne. Calostigma multiflorum Malme Calostigma regnellii Malme Cynanchum congestum Vell. Ditassa burchellii Hook. & Arn Ditassa hispida (Vell.) Fontella Macroditassa adnata (E. Fourn.) Malme Metastelma tomentosum Decne. Oxypetalum foliosum Mart. Oxypetalum henschenii Malme Peplonia organensis (E. Fourn.) Fontella & Rapini ARACEAE Philodendron brasiliense Engl. Philodendron minarum Engl. Philodendron sonderianum Schott. ARALIACEAE Dendropanax cuneatus (DC.) Decne. & Planch. Oreopanax fulvus Marchal ARECACEAE Geonoma schottiana Mart. ASTERACEAE Calea clausseniana Baker Calea mediterranea (Velloso) Pruski Chresta plantaginifolia (Less.) Gardner Chuquiraga regnellii Baker Conyza triplinervia Less. Continua...

68 54 Tabela 5: continuação Eremanthus erythropappus (DC.) MacLeish Eremanthus glomerulatus Less. Eupatorium megaphyllum Baker Gochnatia densicephala (Cabrera) G. Sancho Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera Lucilia ferruginea Baker Lucilia glomeratum Baker Lucilia lundii Baker Lucilia squarrosa Baker Mikania decumbens Malme Mikania nodulosa Sch. Bip. ex Baker Mikania sarcodes Baker Ophryosporus regnellii Baker Piptocarpha axillaris (Less.) Baker Piptocarpha cinerea (Sch. Bip.) Baker Senecio icoglossus DC. Symphyotrichum regnellii (Baker) G.L. Nesom Trixis verbasciformis Less. Vernonia petiolaris DC. Vernonia simplex Less. Viguiera discolor Baker Viguiera nudibasilaris S.F. Blake Viguiera radula Baker BASELLACEAE Anredera cordifolia (Ten.) Steenis BEGONIACEAE Begonia angularis Raddi BERBERIDACEAE Berberis laurina Thunb. BIGNONIACEAE Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers Tabebuia roseoalba (Ridl.) Sandwith BRASSICACEAE Cleome regnellii Eichler Cleome rosea Vahl ex DC. Sisymbrium officinale (L.) Scop. BROMELIACEAE Aechmea nudicaulis (L.) Griseb. Dyckia minarum Mez. Tillandsia usneoides (L.) L. Vriesea regnellii Mez Vriesea sceptrum Mez Wittrockia cyathiformis (Vell.)Leme Continua... Família/Espécie A B

69 55 Tabela 5: continuação BURMANNIACEAE Burmannia aprica (Malme) Jonker CACTACEAE Lepismium houlletianum (Lem.) Barthlott Pereskia aculeata Mill. Rhipsalis baccifera (J.S. Muell.) Stearn Rhipsalis floccosa Salm-Dycm ex Pfeiff CAMPANULACEAE Siphocampylus westinianus Pohl CANNABACEAE Celtis sp. Trema micrantha (L.) Blume CANNACEAE Canna paniculata Ruiz & Pav. CHLORANTHACEAE Hedyosmum racemosum (Ruiz & Pav.) G. Don CHRYSOBALANACEAE Hirtella americana L. CLUSIACEAE Garcinia macrophylla Mart. Kielmeyera coriacea Mart. & Zucc. Kielmeyera variabilis Mart. & Zucc. COMMELINACEAE Commelina sp. Dichorisandra sp. Tripogandra sp. CONVOLVULACEAE Cuscuta obtusiflora Kunth Cuscuta racemosa Mart. Ipomoea cissoides (Lam.) Griseb Ipomoea delphinioides Choisy Ipomoea villosa Ruiz & Pav. Ipomoea virgata Meisn. Ipomoea sp. CUCURBITACEAE Cayaponia diversifolia Cogn. Cyclanthera elegans Cogn. Echinocystis muricata Cogn. Sicyos polyacanthus Cogn. CYPERACEAE Bulbostylis juncoides (Vahl) Kük. ex Herter Carex bonariensis Desf. ex Poir. Continua... Família/Espécie A B

70 56 Tabela 5: continuação Família/Espécie A B Carex brasiliensis A.St.-Hil. Carex hilairei Boott Carex polystachya Sw. ex Wahlenb. Carex polysticha Boeckeler Carex purpureovaginata Boeckeler Cyperus aggregatus (Willd.) Endl. Cyperus panamensis (C.B. Clarke) Britton ex Standl. Cyperus reflexus Vahl Pleurostachys regnellii C.B. Clarke Pycreus lanceolatus (Poir.) C.B.Clarke DILLENIACEAE Davilla rugosa Poir. DIOSCOREACEAE Dioscorea caldasensis R. Knuth Dioscorea demourae R. Knuth Dioscorea megalantha Griseb. Dioscorea ovata Vell. DROSERACEAE Drosera graminifolia A. St.-Hil. EBENACEAE Diospyros inconstans Jacq. ERIOCAULACEAE Actinocephalus polyanthus (Bong.) Sano Eriocaulon ligulatum (Vell.) L.B.Sm Eriocaulon regnellii Moldenke Paepalanthus caldensis Malme Paepalanthus calvus Körn. Paepalanthus manicatus Poulsen Syngonanthus gracilis (Bong.) Ruhland ERYTHROYLACEAE Erythroxylum cuneifolium (Mart.) O.E. Schulz Erythroxylum deciduum A. St.-Hil. Erythroxylum suberosum A. St.-Hil. ESCALLONIACEAE Escallonia hispida (Vell.) Sleumer Escallonia megapotamica Spreng. EUPHORBIACEAE Acalypha communis Mull. Acalypha gracilis Spreng. Croton caldensis Müll. Arg. Croton chaetophorus Müll. Arg. Croton erythroxyloides Baill. Croton hemiargyreus Müll. Arg. Continua...

71 57 Tabela 5: continuação Croton lanatus Lam. Croton plagiograptus Müll. Arg. Croton regnellianus Müll. Arg. Croton uberabunus Müll. Arg. Dalechampia pentaphylla Lam. Dalechampia regnellii Müll. Arg. Dalechampia stipulacea Müll. Arg. Dalechampia triphylla Lam. Julocroton ackermannianus Müll. Arg. Sapium glandulosum (L.) Morong Família/Espécie A B Sebastiania vestita Müll. Arg. FABACEAE Acacia polyphylla DC. Aeschynomene elegans Schltdl. & Cham. Camptosema scarlatinum (Mart. ex Benth.) Burkart Camptosema spectabile (Tul.) Burkart Cassia ferruginea (Schrader) Schrader ex DC. Chamaecrista cathartica (Mart.) H.S. Irwin & Barneby Chamaecrista desvauxii (Collad.) Killip Chamaecrista trachycarpa (Vogel) H.S. Irwin & Barneby Copaifera langsdorffii Desf. Crotalaria micans Link Dalbergia foliosa (Benth.) A.M.V. de Carvalho Dalbergia frutescens (Vell.) Britton Dalbergia miscolobium Benth. Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong Eriosema crinitum (Kunth) G. Don Eriosema heterophyllum Benth. Galactia boavista (Vell.) Burkart Indigofera lespedezioides Kunth Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. Lupinus sp. Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld Machaerium villosum Vogel Mimosa cylindracea Benth. Mimosa furfuracea Benth. Mimosa insidiosa Mart. Mimosa ramosissima Benth. Mimosa regnellii Benth. Mimosa trichocephala Benth. Myrocarpus frondosus Allemão Periandra mediterranea (Vell.) Taub. Pithecellobium incuriale (Vell.) Benth. Continua...

72 58 Tabela 5: continuação Família/Espécie A B Platycyamus regnellii Benth. Poiretia latifolia Vogel Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S.Irwin & Barneby Senna multijuga (Rich.) H.S. Irwin & Barneby Teramnus uncinatus (L.) Sw. Vigna adenantha (G. Mey.) Maréchal, Mascherpa & Stainier Vigna candida (Vell.) Maréchal, Mascherpa & Stainier GENTIANACEAE Curtia sp. Schultesia gracilis Mart. Schultesia guianensis (Aubl.) Malme GESNERIACEAE Sinningia douglasii (Lindl.) Chautems Sinningia elatior (Kunth) Chautems Sinningia striata (Fritsch) Chautems HELICONIACEAE Heliconia hirsuta L. f. HYPERICACEAE Hypericum brasiliense Choisy Hypericum sp. Vismia micrantha Mart. ex A. St.-Hil. HYPOIDACEAE Hypoxis decumbens L. LAMIACEAE Hyptis recurvata Poit. Leonotis nepetifolia (L.) R. Br Salvia guaranitica A.St.-Hil. ex Benth. Salvia decurrens Epling LAURACEAE Cryptocarya moschata Nees & C. Mart. Nectandra angustifolia (Schrad.) Nees & Mart. Nectandra grandiflora Nees & C. Mart. ex Nees Ocotea aciphylla (Nees) Mez Ocotea frondosa (Meisn.) Mez Ocotea lancifolia (Schott) Mez Ocotea nitidula Mez. Ocotea odorifera Rohwer Ocotea organensis (Meisn.) Mez Ocotea pulchella (Nees) Mez LAMANNIACEAE Cordyline sp. Continua...

73 59 Tabela 5: continuação LOGANIACEAE Strychnos brasiliensis (Spreng.) Mart. Família/Espécie A B Strychnos trinervis (Vell) Mart. LORANTHACEAE Struthanthus sp. Tripodanthus acutifolius (Ruiz & Pav.) Tiegh. LYTHRACEAE Cuphea carthagenensis (Jacq.) J.F. Macbr. Cuphea ingrata Cham. & Schltdl. Cuphea polymorpha A. St.-Hil. Diplusodon villosissimus Pohl Diplusodon virgatus Pohl. Lafoensia pacari A. St.-Hil. MAGNOLIACEAE Magnolia ovata (A. St.-Hil.) Spreng. MALPIGHIACEAE Alicia anisopetala (A. Juss.) W.R. Anderson Banisteriopsis adenopoda (A. Juss.) B. Gates Banisteriopsis campestris (A. Juss.) Little Banisteriopsis laevifolia (A. Juss.) B. Gates Banisteriopsis muricata (Cav.) Cuatrec. Banisteriopsis oxyclada (A. Juss.) B. Gates Bunchosia pallescens Skottsb. Byrsonima pachyphylla A.Juss. Byrsonima intermedia A. Juss. Byrsonima variabilis A. Juss. Byrsonima verbascifolia (L.) DC. Diplopterys pubipetala (A. Juss.) W.R. Anderson & C.Cav. Davis Heteropterys confertiflora A. Juss. Heteropterys eglandulosa A. Juss. Heteropterys escalloniifolia A. Juss. Heteropterys nitida DC. Heteropterys syringifolia Griseb. Heteropterys umbellata A. Juss. Janusia mediterranea (Vell.) W.R.Anderson Niedenzuella mogoriifolia (A. Juss.) W.R. Anderson Niedenzuella multiglandulosa (A. Juss.) W.R. Anderson Peixotoa macrophylla Griseb. Tetrapterys phlomoides (Spreng.) Nied. MALVACEAE Malvastrum americanum (L.) Torr. Pavonia communis A. St.-Hil. Pavonia flavispina Miq. Continua...

74 60 Tabela 5: continuação Pavonia guerkeana R.E. Fr. Pavonia hastata Cav. Waltheria americana L. MAYACACEAE Mayaca sellowiana Kunth MELASTOMATACEAE Leandra lancifolia Cogn. Leandra regnellii (Triana) Cogn. Miconia sellowiana Naudin Siphanthera gracilis Miq. Tibouchina caldensis Cogn. Tibouchina formosa Cogn. Tibouchina martialis (Cham.) Cogn. Tibouchina regnellii Cogn. Trembleya heterostemon DC. MELIACEAE Cedrela fissilis Vell. MENISPERMACEAE Cissampelos glaberrima A. St.-Hil. Cissampelos ovalifolia DC. MONIMIACEAE Família/Espécie A B Mollinedia widgrenii A.DC. MORACEAE Ficus insipida Willd. Sorocea bonplandii (Baill.) W.C.Burger, Lanj. & Wess.Boer MYRSINACEAE Anagallis alternifolia Cav. Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. & Schult. Myrsine guianensis (Aubl.) Kuntze Myrsine leuconeura Mart. Myrsine squarrosa ( Mez ) M.F.Freitas & Kin.-Gouv. Myrsine umbellata Mart. MYRTACEAE Blepharocalyx salicifolius (Kunth) O. Berg Eugenia acutata Miq. Myrceugenia myrcioides (Cambess.) O. Berg Myrceugenia regnelliana (O. Berg) D. Legrand & Kausel Myrcia tenuifolia (O. Berg) Sobral Myrciaria cuspidata O. Berg Siphoneugena bracteata (Burret) Kausel Siphoneugena densiflora O. Berg Continua...

75 61 Tabela 5: continuação OCHNACEAE Ouratea semiserrata (Mart. & Nees) Engl. ONAGRACEAE Fuchsia regia (Vell.) Munz ORCHIDACEAE Família/Espécie A B Catasetum regnellii Barb. Rodr. Cattleya lundii (Rchb.f. & Warm.) Van den Berg Cyanaeorchis arundinae (Rchb. f.) Barb. Rodr. Cyclopogon itatiaiensis (Kraenzl.) Hoehne Cyclopogon procera Regnell ex Barb.Rodr. Epidendrum secundum Jacq. Galeandra graminoides Barb. Rodr. Habenaria araneiflora Barb. Rodr. Habenaria caldensis Kraenzl. Habenaria exaltata Barb. Rodr. Habenaria glaucophylla Barb. Rodr. Habenaria henscheniana Barb. Rodr. Habenaria hexaptera Lindl. Habenaria hydrophila Barb. Rodr. Habenaria leucosantha Barb. Rodr. Habenaria macronectar (Vell.) Habenaria parviflora Lindl. Habenaria regnellii Cogn. Habenaria trifida Kunth Isabelia violacea (Lindl.) van den Berg & M. W. Chase Maxillaria chrysantha Barb.Rodr. Octomeria pinicola Barb. Rodr. Oncidium concolor Hook. Pleurothallis fenestrata Barb. Rodr. Polystachya pinicola Barb. Rodr. Pteroglossa macrantha (Rchb.f.) Schltr. Sarcoglottis arrabidae (Rchb. f.) Rchb. f. Sarcoglottis biflora (Vell.) Schltr Sarcoglottis uliginosa Barb. Rodr. Sophronitis cernua Lindl. Stigmatosema polyaden (Vell.) Garay Zygopetalum microphytum Barb. Rodr. OALIDACEAE Oxalis rupestris A. St.-Hil. PASSIFLORACEAE Passiflora capsularis L. Passiflora caerulea L. Passiflora organensis Gardner Continua...

76 62 Tabela 5: continuação Família/Espécie A B PHYLLANTHACEAE Phyllanthus lindbergii Müll. Arg. Phyllanthus regnellianus Müll. Arg. PHYTOLACCACEAE Phytolacca sp. PIPERACEAE Peperomia augescens Miq. Peperomia blanda (Jacq.) Kunth Peperomia caldasiana C. DC. Peperomia delicatula Henschen Peperomia minensis Henschen Peperomia oreophila Henschen Piper divaricatum G. Mey. Piper regnellii (Miq.) C. DC. POACEAE Amphibromus quadridentulus (Döll) Swallen Andropogon bicornis L. Andropogon bracteatus Humb. & Bonpl. ex Willd. Andropogon neesii Trin. Eragrostis apiculata Döll Eragrostis leucosticta Nees Eragrostis polytricha Nees Festuca fimbriata Nees Ichnanthus hirtus (Raddi) Chase Ichnanthus ruprechtii Döll Merostachys fistulosa Döll Panicum quadriglume (Döll) Hitchc. Schizachyrium condensatum (Kunth) Nees POTAMOGETONACEAE Potamogeton polygonus Cham. & Schltdl. PROTEACEAE Roupala montana Aubl. RANUNCULACEAE Clematis campestris A. St.-Hil. Clematis affinis A. St.-Hil. Clematis dioica L. Ranunculus bonariensis Poir. Ranunculus flagelliformis Sm. RHAMNACEAE Colubrina glandulosa Perkins ROSACEAE Prunus myrtifolia (L.) Urb. Continua...

77 63 Tabela 5: continuação Família/Espécie A B RUBIACEAE Alibertia elliptica (Cham.) K. Schum. Amaioua sp. Borreria palustris (Cham. & Schltdl.) Bacigalupo & E.L. Cabral Borreria poaya (A. St.-Hil.) DC. Borreria tenella (Kunth) Cham. & Schltdl. Borreria verticillata (L.) G. Mey. Borreria sp. Cascarilla hexandra (Pohl) Wedd. Chiococca alba (L.) Hitchc. Chiococca sp. Chomelia sp. Coccocypselum lanceolatum (Ruiz & Pav.) Pers. Coccocypselum sp. Cordiera concolor (Cham.) Kuntze Coussarea contracta (Walp.) Müll. Arg. Coutarea mollis Cham. Declieuxia cordigera Mart. & Zucc. ex Schult. & Schult. f. Declieuxia divergentiflora Pohl ex DC. Declieuxia lysimachioides Zucc. ex Schult. & Schult. f. Declieuxia scabra Benth. Diodia alata Nees & Mart. Diodia apiculata (Willd. ex Roem. & Schult.) K. Schum. Diodia sp. Emmeorhiza umbellata (Spreng.) K. Schum. Faramea sp. Galianthe valerianoides (Cham. & Schltdl.) E.L. Cabral Galium hypocarpium (L.) Endl. ex Griseb. Galium megapotamicum Spreng. Guettarda viburnoides Cham. & Schltdl. Guettarda sp. Ixora brevifolia Benth. Ixora sp. Ixora venulosa Benth. Manettia asperula Benth. Manettia confertiflora Benth. Manettia congesta (Vell.) K. Schum. Manettia cordifolia Mart. Manettia gracilis Cham. & Schltdl. Manettia multiflora Cham. & Schltdl. Manettia pubescens Cham. & Schltdl. Manettia sp. Psychotria myriantha Müll. Arg. Continua...

78 64 Tabela 5: continuação Psychotria regnellii Müll. Arg. Relbunium hirtum (Lam.) K. Schum. Rudgea jasminoides (Cham.) Müll. Sabicea brasiliensis Wernham RUTACEAE Zanthoxylum monogynum A. St.-Hil. Zanthoxylum rhoifolium Lam. SALICACEAE Casearia decandra Jacq. Casearia inaequilatera Cambess. Casearia lasiophylla Eichler Casearia sylvestris Sw. SANTALACEAE Phoradendron sp. SAPINDACEAE Família/Espécie A B Serjania multiflora Cambess. SAPOTACEAE Chrysophyllum marginatum (Hook. & Arn.) Radlk. SCROPHULARIACEAE Buddleja oblonga Benth. Buddleja stachyoides Cham. & Schltdl. Buddleja sp. SOLANACEAE Aureliana sp. Brunfelsia uniflora (Pohl) D. Don Capsicum baccatum L. Capsicum flexuosum Sendtn. Capsicum sp. Cestrum amictum Schltdl. Cestrum calycinum Kunth Cestrum coriaceum Miers Cestrum intermedium Sendtn. Cestrum stipulatum Vell. Cestrum sp. Nicotiana langsdorffii Weinmann Nicotiana rustica L. Sessea atrovirens (Dunal) B.D. Jacks. Solanum americanum Mill. Solanum calvescens Bitter Solanum fasciculatum Vell. Solanum ligulatum M. Nee Solanum melissarum Bohs Solanum palinacanthum Dunal Continua...

79 65 Tabela 5: continuação Solanum sciadostylis (Sendtn.) Bohs STYRACACEAE Styrax camporum Pohl Styrax leprosus Hook & Arn. SYMPLOCACEAE Symplocos sellowiana Brand Symplocos tenuifolia Brand URTICACEAE Cecropia sp. VERBENACEAE Verbena alata Otto ex Sweet Verbena montevidensis Spreng. VIOLACEAE Anchietea salutaris A. St.-Hil. Anchietea sp. Hybanthus bigibbosus (A. St.-Hil.) Hassl. Hybanthus communis (A. St.-Hil.) Taub. Viola cerasifolia Saint-Hilaire VITACEAE Cissus lanceolata Malme Cissus sicyoides L. Cissus subrhomboidea (Baker) Planch. VIVIANACEAE Viviania rubriflora R. Knuth VOCHYSIACEAE Qualea jundiahy Warm. Vochysia magnifica Warm. WINTERACEAE Drimys brasiliensis Miers YRIDACEAE yris filifolia L. A. Nilsson yris glandacea L. A. Nilsson yris regnellii L.A.Nilsson yris tortula Mart Família/Espécie A B As famílias Euphorbiaceae, Malpighiaceae e Ophioglossaceae que estão incluídas entre as famílias mais representativas na coleção Regnell, não estão incluídas entre as famílias mais representativas da flora da Serra da Pedra Branca. As famílias Piperaceae, Bromeliaceae e Polypodiaceae que se destacaram na Serra da Pedra Branca,

80 66 não estão incluídas entre as famílias mais representativas da coleção Regnell (Gráfico 9). Comparando a listagem obtida no estudo da coleção Regnell com a listagem obtida no presente estudo da Serra da Pedra Branca, foram encontradas 90 espécies em comum às duas listagens (Tabela 3). O Índice de Shannon (H) mostrou que não houve diferença significativa (p > 0,05) entre as famílias da flora da Serra da Pedra Branca do presente estudo e da coleção Regnell, assim como não foi observada diferença significativa (p > 0,05) no número de famílias Gráfico 9: Comparação da riqueza de espécies das 10 famílias mais representativas da flora vascular da coleção Regnell com a da Serra da Pedra Branca, Caldas, Minas Gerais. As barras escuras representam a Serra da Pedra Branca e as barras claras representam a coleção Regnell. 5.3 ANÁLISE DE SIMILARIDADE FLORÍSTICA A análise de similaridade florística realizada entre a flora dos Campos de Altitude da Serra da Pedra Branca e outras 14 áreas de afloramentos rochosos localizados nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais (Tabela 1), apresentou valores relativamente baixos. A Serra da Pedra Branca apresenta maior similaridade florística com a Serra da Calçada (10,5%), seguida pela Serra de São José (8%). As menores

81 67 similaridades ocorreram com Intanhangá (0%), Itacoatiara (1,1%). A flora dos Campos de Altitude da Serra da Pedra Branca está representada por 150 espécies (Tabela 2). A tabela de presença/ ausência das espécies nas áreas analisadas foi composta por 1574 espécies. A análise de agrupamento gerada no dendrograma (Gráfico 10) obteve um valor de correlação cofenética de 0,9623 e revelou a formação de dois grandes grupos (A e B) que podem ser separados de acordo com características ambientais e geográficas. O grupo A reúne áreas de afloramentos localizados no interior da Serra do Mar e em áreas litorâneas (RJ) enquanto o grupo B, é formado por áreas localizadas na Serra da Mantiqueira (MG e RJ) e sul da Serra do Espinhaço (MG) incluindo a Serra da Pedra Branca. O grupo A, representado por localidades situadas no estado do Rio de Janeiro, foi subdividido nos subgrupos C e D. O subgrupo C reúne áreas localizadas na Serra do Mar, com altitudes entre m e, o subgrupo D, reúne áreas localizadas no litoral do estado do Rio de Janeiro. As localidades do subgrupo D apresentam gradientes altitudinais que variam de zero a 50 metros acima do nível do mar com exceção de Imbuí e Itacoatiara, que foram agrupadas juntas, e estão a 120 m de altitude. O grupo B, representados por localidades do estado de Minas Gerais e uma área localizada na divisa do estado de Minas com o estado do Rio de Janeiro, foi subdividido nos subgrupos E, F e G. O subgrupo E reúne áreas localizadas na Serra da Mantiqueira, com altitudes que variam de m. O subgrupo F reúne áreas localizadas no sul da Serra do Espinhaço com altitudes entre m e, a Serra da Pedra Branca, localizada na borda ocidental da Serra da Mantiqueira com altitudes que variam de m. O grupo G reúne áreas localizadas no Quadrilátero Ferrífero do estado de Minas Gerais. O grupo B apresentou de maneira geral, menor similaridade florística entre os subgrupos que no grupo A. Apenas os grupos formados por ITA/IMB e ITA/IMB/URC do grupo A, apresentaram índice de similaridade maior que 0,5; valor considerado alto quando utilizado o Coeficiente de Sørensen. Nenhuma espécie nas localidades avaliadas foi comum a todas às áreas. Apenas a espécie Trilepis lhotzkiana Nees ocorreu concomitantemente em 11 localidades. T. lhotzkiana foi encontrada em todas as localidades do grupo A, áreas localizadas no estado do Rio de Janeiro, com exceção das localidades Macumba (RJ) e Santana (RJ). Peperomia galioides Kunth, ocorreu em todas as localidades do grupo B, com exceção da localidade Mina do Brucutu (MG).

82 68 Nas áreas do subgrupo F a espécie Commelina erecta L. foi a única espécie de comum ocorrência. C A D F G B E Gráfico 10: Dendrograma obtido através da análise de similaridade realizada entre 15 levantamentos florísticos em áreas de afloramentos rochosos (1574 spp.). Foi utilizado o algoritmo UPGMA e o Coeficiente de Sørensen, 5000 replicações de bootstrap, correlação cofenética = 0,9623. Legenda: SPB. Serra da Pedra Branca (MG), STI. Parque Estadual da Serra da Tiririca (RJ); SSJ. Serra de São José (MG); SBR. Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (MG); ITAT. Parque Nacional do Itatiaia (RJ); SCA. Serra da Calçada (MG); MBR. Mina do Brucutu (MG); SPB. Serra da Pedra Branca (MG); MAD. Madalena (RJ); ARA. Araras (RJ); SAN. Santana (RJ); ITA. Itacoatiara (RJ); ITN. Intanhangá (RJ); URC. Urca (RJ); IMB. Imbuí (RJ); MAC. Macumba (RJ).

83 69 6 DISCUSSÃO 6.1 LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DA SERRA DA PEDRA BRANCA Os resultados obtidos mostram uma composição florística característica de vegetação em áreas de afloramentos rochosos que se estende desde espécies até famílias. A Serra da Pedra Branca abriga uma vegetação com fisionomias campestres e florestais, sendo que nas áreas analisadas, os Campos de Altitude sobre afloramentos rochosos são mais representativos que as áreas florestais. Nos afloramentos rochosos da Serra da Pedra Branca, predomina a vegetação de campos de altitude que é uma vegetação típica de ambientes montanos que forma um mosaico vegetacional constituído por arbustos e pequenas árvores, muitas vezes atrofiadas, situados entre uma matriz com várias espécies de gramíneas, plantas herbáceas e pteridófitas (SAFFORD, 1999a). As comunidades desses ambientes são constituídas principalmente por liquens e cianobactérias que cobrem grandes extensões de rocha exposta, plantas suculentas ou xerófitas como espécies das famílias Orchidaceae e Bromeliaceae, uma matriz de monocotiledôneas composta por Poaceae e Cyperaceae e uma vegetação temporária que se forma no afloramento rochoso ou na matriz de monocotiledôneas formada por espécies da família Lentibulariaceae e yridaceae que dependem do escoamento da água disponível durante a estação chuvosa (POREMBSKI, 2007). Nos afloramentos rochosos da região neotropical as espécies de monocotiledôneas apresentam significativa importância na vegetação (MEIRELLES et al. 1999; RIBEIRO et al. 2007). Na Serra da Pedra Branca, as famílias Orchidaceae, Bromeliaceae e Poaceae estão entre as monocotiledôneas mais representativas e também estão incluídas entre as famílias com maior riqueza do levantamento florístico. Essas famílias predominam em diversos estudos de Campos de Altitude como já relatado por Caiafa e Silva (2005) na Serra do Brigadeiro e Ribeiro et al. (2007) no Parque Nacional do Itatiaia. Essas famílias também se destacam em áreas de Campos Rupestres como apresentado nos estudos de Conceição et al. (2007) para a Chapada Diamantina, Menini Neto et al. (2007) para o Parque Estadual do Ibitipoca e Alves e Kolbek (2009) para a Serra de São José.

84 70 A elevada representatividade das monocotiledôneas nesses ambientes pode ser explicada pela grande tolerância às condições ambientais extremas como escassez de água, elevada exposição à radiação solar, elevada variação de temperatura, geadas, secas, solos rasos ou ausentes (MEIRELLES et al., 1999; SAFFORD, 1999a, 1999b). Essas famílias estão incluídas entre as quatro famílias de monocotiledôneas com maior número de espécies do Brasil (GIULIETTI et al., 2005). Na Serra da Pedra Branca, Orchidaceae é família com maior riqueza na composição florística. Esse resultado corrobora os estudos de Caiafa e Silva (2005) nos Campos de Altitude do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro. Em outros estudos realizados em Campos Rupestres na Serra de São José e, em Campos de Altitude no Parque Nacional do Itatiaia, a família não figura como a mais rica, mas apresenta significativa importância para a vegetação (ALVES e KOLBEK, 2009; RIBEIRO et. al., 2007). No Brasil, é uma das famílias mais diversa e melhor representada no Domínio Atlântico se destacando tanto em termos de riqueza absoluta quanto em endemismos (STEHMANN et al., 2009). Apresenta-se mais abundante e diversa em hábitats com pluviosidade anual elevada e estação seca pouco pronunciada (DRESSLER, 1981), sendo essa uma das variáveis que pode explicar o elevado número de espécies na Serra da Pedra Branca. A grande adaptação dessa família pode estar relacionada com a grande capacidade que muitas espécies possuem de explorar o orvalho, por meio de raízes especializadas e pseudobulbos (GIULIETTI et al., 2000). No estado de Minas Gerais a família Bromeliaceae apresenta alto grau de diversidade com riqueza de gêneros superior aos demais estados brasileiros e até outros países da América Latina. A elevada riqueza florística é atribuída às condições ambientais encontradas somente no estado de Minas Gerais permitindo assim a evolução de diferentes gêneros e espécies (VERSIEU e WENDT, 2006). No estudo realizado por Versieux e Wendt (2007) sobre a diversidade de Bromeliaceae em Minas Gerais, os autores observaram uma nítida diminuição da diversidade no sentido leste para oeste do estado, com a maior concentração de riqueza no sul da Cadeia do Espinhaço e no sudeste do estado. A maioria dos estudos sobre a diversidade da família Bromeliaceae realizados no estado concentram-se em áreas de Campos Rupestres (FORZZA e WANDERLEY, 1998; MONTEIRO e FORZZA, 2008; VERSIEU, 2008; VERSIEU et al., 2008) e ainda são pouco representativos em áreas de Campos de Altitude (WANDERLEY e FORZZA, 2003; LEONI e TRINDADE, 2006; MACHADO, 2008; PAULA e

85 71 GUARÇONI, 2007). Analisando a flora das Bromeliaceae nos Campos de Altitude da Serra da Pedra Branca, observa-se uma elevada riqueza se comparada à dos Campos de Altitude da Serra do Brigadeiro e do Parque Nacional do Itatiaia (CAIAFA e SILVA, 2005; RIBEIRO et al., 2007). Nos estudos realizados por Barros (2008) e Meirelles et al.(1999) em áreas de inselbergs, a família apresenta-se como a mais representativa em relação à riqueza no levantamento florístico. Na Serra da Pedra Branca, algumas espécies de Bromeliaceae apresentam maior representatividade em altitudes mais elevadas, acima de 1700 metros como: Aechmea distichantha Lem. e Vriesea sceptrum Mez.. No estudo realizado por Machado (2008) na Serra da Pedra Branca, verificou-se que a espécie Wittrockia cyathiformis (Vell.) Leme também apresenta preferência por essa mesma classe altitudinal. A alta disponibilidade de umidade favorecida pelas matas nebulares, bem representadas nessa classe altitudinal na área de estudo, pode ter favorecido à adaptação dessas espécies em elevadas altitudes (WEBSTER, 1995). O gênero Tillandsia foi o segundo mais representativo entre as espécies epífitas da Serra da Pedra Branca. A elevada riqueza do gênero foi observada por Versieux e Wendt (2006) em estudo realizado sobre a diversidade de Bromeliaceae para o estado de Minas Gerais, por Martinelli et al. (2008) no domínio da Mata Atlântica brasileira e por Menini Neto et al. (2009) em diversos fragmentos florestais no Sudeste de Minas Gerais. Menini Neto et al. (2009) observaram uma elevada riqueza do gênero representado por espécies epífitas e sugerem que a anemocoria poderia ajudar a explicar sua ampla distribuição. Com elevada riqueza em áreas de Campos Rupestres e Campos de Altitude, a família Poaceae também apresenta nesses ambientes uma elevada importância ecológica já que formam uma matriz tolerante à dessecação que permite o estabelecimento de diversas outras famílias (POREMBSKI, 2007). Na área de estudo foi observada a presença da espécie invasora de origem africana Melinis minutiflora P. Beauv. nos Campos de Altitude que é considerada muito agressiva às demais espécies e de difícil controle e por isso representando um grave problema para o ecossistema e a diversidade vegetal (MARTINS et al., 2004). A família Piperaceae, junto com Rubiaceae, é a terceira em relação à riqueza na Serra da Pedra Branca. No Brasil, apresenta alta diversidade e grande parte de suas espécies se concentram na Floresta Atlântica distribuídas principalmente nos gêneros Piper e Peperomia (YUNCKER, 1972; 1973; 1974). Peperomia foi o gênero mais rico

86 72 em espécies no presente estudo e, a grande adaptabilidade do gênero pode ser devido à elevada capacidade de dispersão principalmente por apresentarem pequenos frutos. O gênero também figura como o mais rico entre as espécies epífitas da Serra da Pedra Branca, o que corrobora o estudo realizado por Menini Neto et al. (2009) em fragmentos florestais no sudeste de Minas Gerais. O hábito epifítico de muitas espécies de Piperaceae também auxilia na melhor adaptação em diferentes ambientes (SMITH et al., 2008). No município de Caldas a família foi primeiramente estudada por Salomon Henschen durante século I, no qual o pesquisador realizou um amplo estudo sobre as espécies locais além de realizar diversas descrições de novas espécies (HENSCHEN, 1873). Piperaceae mostrou-se bastante representativa nos estudos de Monteiro e Guimarães (2008, 2009) nos Campos de Altitude do Parque Nacional do Itatiaia e de Alves e Kolbek (2009) nos Campos Rupestres na Serra de São José. As famílias Asteraceae, Rubiaceae, Fabaceae e Solanaceae também se destacaram no levantamento florístico da Serra da Pedra Branca. Asteraceae e Rubiaceae estão entre as famílias com maior riqueza em inventários florísticos de Campos Rupestres como apresentado no levantamento florístico realizado por Alves e Kolbek (2009) na Serra de São José. Em um estudo realizado nos Campos de Altitude do Parque Nacional do Itatiaia, Ribeiro et al. (2007) mostram que essas duas famílias estão entre as mais dominantes, que é um padrão encontrado nas áreas campestres em geral. De acordo com Gentry (1995), a família Rubiaceae torna-se mais rica em altitudes entre 1500 a 2000 m, sendo considerada a segunda família com maior riqueza nessa classe altitudinal. Nas florestas brasileiras, presentes em elevadas altitudes, esse padrão florístico também é observado, sendo a família considerada uma das mais representativas (OLIVEIRA-FILHO e FONTES, 2000; PEREIRA et al., 2006). Nas áreas de Campos de Altitude da Serra da Pedra Branca, a riqueza da família Fabaceae também foi significativa assim como apresentado por Alves e Kolbek (2009) para a Serra de São José, Mourão e Stehmann (2007) e Viana e Lombardi (2007), para os Campos Rupestres sobre Canga na região do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais. Esse padrão de riqueza não foi observado em áreas de Campos de Altitude por Caiafa e Silva (2005). A presença de poucas espécies de Fabaceae nas fisionomias florestais da Serra da Pedra Branca, acima de 1500 m, reflete o padrão de riqueza conhecido para a família no qual, em altitudes elevadas, ocorre um decréscimo da riqueza (GENTRY, 1995; FRANÇA e STEHMANN, 2004; OLIVEIRA-FILHO e FONTES, 2000).

87 73 Solanaceae também está inserida entre as famílias mais representativas no presente estudo. De acordo com Oliveira-Filho e Fontes (2000) a família apresenta uma correlação positiva entre a riqueza e o aumento da altitude em florestas montanas. Alguns estudos mostram a intensa capacidade da família de participar da composição de comunidades pioneiras que colonizam o ambiente após uma perturbação e facilitam o estabelecimento de outras espécies (BAIDER et al., 1999; TABARELLI et al., 1999). A Floresta Atlântica é considerada um dos grandes centros de diversidade e endemismos de pteridófitas da região neotropical sendo as regiões montanhosas, uma das áreas mais ricas (TRYON, 1972). Segundo Moran (1995) as montanhas influenciam na distribuição e diversidade das pteridófitas impedindo a migração e promovendo assim elevada riqueza e endemismo. Na Serra da Pedra Branca, duas famílias de pteridófitas se destacaram em relação à riqueza: Polypodiaceae e Aspleniaceae. Segundo Haufler (2007) e Smith et al. (2006), Polypodiaceae é considerada uma das famílias mais representativas entre as pteridófitas e isso se reflete nas áreas de Campos de Altitude como relatado por Safford (1999a) e Ribeiro et al.(2007). Esse padrão também foi observado em florestas montanas e Campos Rupestres em estudos realizados por Figueiredo e Salino (2005) na região metropolitana de Belo Horizonte, por Melo e Salino (2007) em fragmentos florestais da APA Fernão Dias no Sul de Minas e por Souza (2008) na Serra Negra, Zona da Mata do estado de Minas Gerais. Entre as espécies analisadas, o hábito herbáceo foi o mais representativo. Esse resultado corrobora o esperado pelo fato da área de estudo ser rica em afloramentos rochosos, no qual muitas espécies formam ilhas de vegetação ou colonizam a rocha nua. As famílias mais representativas desse hábito são Orchidaceae, Bromeliaceae e Polypodiaceae que, de acordo com Gentry e Dodson (1987), são as famílias que possuem a maior riqueza de espécies herbáceas dos Neotrópicos além de concentrarem mais da metade das espécies epífitas. O hábito arbóreo também apresentou elevada representatividade mesmo nos afloramentos rochosos. Isso ocorre porque nas depressões, fendas e fissuras presentes nas rochas desses ambientes ocorre um maior acúmulo de substrato e água formando um solo raso permitindo assim, o estabelecimento de espécies perenes (POREMBSKI, 2007). As trepadeiras não foram muito representativas na Serra da Pedra Branca, porém foi observada em um dos fragmentos da Pedreira de Granito Califórnia Brown uma elevada abundância. Em áreas de influência antrópica e em bordas de mata as trepadeiras são bastante representativas, retratando a história dos impactos ambientais

88 74 de uma localidade e, à medida que vegetação vai se recuperando há uma diminuição de lianas, o que mostra seu importante papel na sucessão ecológica (BARROS, 2008). Entre as espécies com hábito arborescente foram encontradas apenas Cyathea phalerata Mart. e Dicksonia sellowiana. De acordo com Webster (1995), nas florestas nebulares são encontradas pelo menos uma espécie de pteridófita pertencente ao gênero Cyathea. A espécie D. sellowiana é uma espécie ameaçada de extinção encontrada em áreas úmidas em florestas de altitude como relatado por França e Stehmann (2004) e por Melo e Salino (2007) em estudos realizados no sul de Minas. Na Serra da Pedra Branca, a espécie apresenta uma grande população no fragmento florestal existente no ponto de maior altitude que está a 1780 metros. Diversos autores vêm apontando a fragilidades dos ambientes rochosos (MEIRELLES, 1999; RIBEIRO et al, 2007; SAFFORD, 1999; VIANA e LOMBARDI, 2007) evidenciando assim, a necessidade de priorizar a proteção e preservação desses ambientes. As comunidades vegetais de elevadas altitudes devem ser as mais atingidas pelo aquecimento global e a maioria dos dados existentes são de locais isolados não permitindo uma idéia adequada em larga escala e ao longo do tempo dos processos climáticos (SAFFORD, 1999). A sobrevivência de espécies vegetais em ambientes rochosos implica em uma série de adaptações que determinam a distribuição das espécies principalmente em relação ao déficit hídrico, já que esses ambientes são frequentemente expostos à elevada radiação solar e altos níveis de temperatura. Tais plantas podem suspender suas atividades fisiológicas, levando à perda da clorofila e modificações da área foliar, restringindo assim a perda de água e, quando as condições hídricas se tornam mais favoráveis, retomam a atividade fisiológica (MATTOS et al., 1997; POREMBSKI, 2007). Ainda pouco se sabe sobre as populações biológicas e das necessidades da espécies dos Campos de Altitude (SAFFORD, 1999). Os processos ecológicos que permitem a sobrevivência em condições de stress não são completamente compreendidos pela ciência o que enfatiza o valor intrínseco da comunidade de ambientes de montanha (MEIRELLES et al., 1999). A presença de espécies ameaçadas de extinção e endêmicas associada à singularidade biótica da área e ao elevado ritmo de destruição ao qual o ambiente foi e está sendo submetido devido à intensa visitação e elevada atividade minerária que ocorre na Serra da Pedra Branca, evidencia a urgente e necessária preservação de seus afloramentos rochosos. O incentivo à pesquisa é uma necessidade devido ao incipiente

89 75 conhecimento científico da região. Para conservar a biota local é necessário um maior compromentimento das autoridades já que a área está inserida em uma Área de Proteção Ambiental que por definição é uma categoria de unidade de conservação com ocupação permitida não apresentado assim elevado poder de preservação (MENINI-NETO e DOCHA NETO, 2009). 6.2 ANÁLISE HISTÓRICA DA COLEÇÃO REGNELL Na comparação da flora coletada por Regnell no município de Caldas com a da Serra da Pedra Branca do presente estudo, foram encontradas 90 espécies em comum. Em relação ao total de espécies analisadas nas duas listagens, esse número de espécies semelhantes é bastante relevante e mostra que parte da biodiversidade da flora ainda continua presente no local. A riqueza de famílias das duas listagens foi semelhante, porém, há uma diferença nas espécies que compõe essas famílias. Analisando as listagens observou-se que na Serra da Pedra Branca as espécies estão mais bem distribuídas dentro das famílias refletindo uma flora mais homogênea que a flora da coleção Regnell. Na coleção Regnell, algumas poucas famílias concentram muitas espécies indicando uma flora com elevada dominância de algumas famílias e a presença de um ambiente mais heterogêneo. De modo geral, a análise de diversidade não foi significativamente diferente entre as floras analisadas, porém, isso não prova que o ambiente não foi modificado já que esse tipo de análise utiliza parâmetros quantitativos e não qualitativos. As localidades de coleta utilizadas por Regnell podem explicar a discrepância da riqueza de algumas famílias em relação à da Serra da Pedra Branca. Regnell coletou em toda a região de Caldas e não somente em gradientes altitudinais elevados como nas localidades analisadas da Serra da Pedra Branca. Sabe-se que o número de espécies da família Fabaceae decresce com o aumento da altitude (GENTRY, 1995; OLIVEIRA- FILHO e FONTES, 2000) e isso pode explicar a elevada riqueza de espécies da coleção Regnell em relação à da Serra da Pedra Branca. O presente estudo realizado na Serra da Pedra Branca teve como foco principal o levantamento da flora dos Campos de Altitude e, sendo assim, algumas famílias características de florestas situadas acima de 1000 m

90 76 no sudeste do Brasil como Lauraceae, Euphorbiaceae, Asteraceae e Rubiaceae que apresentaram elevada riqueza específica na coleção Regnell, não apresentaram a mesma representatividade no levantamento florístico realizado na Serra da Pedra Branca (FONTES, 1997). Grande parte da vegetação nativa da APA Santuário Ecológico da Pedra Branca está concentrada nas cotas altitudinais mais elevadas e nos terrenos de maior declividade das encostas. Poucos fragmentos estão localizados nas áreas mais baixas e isso provavelmente reflete o histórico de uso e ocupação do solo do município. As áreas mais baixas foram sendo utilizadas como áreas de pastagem e para agricultura, substituindo grande parte da vegetação nativa (CONFORTI et al., 2007). Esse dados de desmatamento foram comprovados através da análise de imagens de satélite dos últimos 20 anos que mostram uma grande supressão de vegetação inclusive na Pedra Branca. A elevada supressão de vegetação ocorrida no passado pode ter causado a substituição de diversas espécies da família Orchidaceae ao longo dos anos pois, apesar de apresentar elevada riqueza específica tanto na coleção Regnell como no estudo florístico da Serra da Pedra Branca, a família apresenta significativa diferença nas espécies que compõe essas listagens, com apenas três espécies comuns. O isolamento dos fragmentos aliada à elevada fragmentação é uma das possíveis causas do desaparecimento de diversas espécies locais. Estudos mostram a elevada preferência por microhabitats em ambientes de montanha sendo que algumas espécies da família são sensíveis à alteração de umidade, além de serem dependentes do substrato e de sombra (ABREU, 2010; PABST e DUNGS, 1975; TRIANA-MORENO et al., 2003). Algumas espécies de Orchidaceae encontradas na coleção Regnell são muito visadas por colecionadores como: Catasetum regnellii Barb. Rodr., Cattleya lundii (Rchb.f. & Warm.) van den Berg, Isabelia violacea (Lindl.) van den Berg & M. W. Chase, Oncidium concolor Hook. e Sophronitis cernua Lindl. e, o desaparecimento das mesmas talvez possa ser explicado pela coleta predatória desses exemplares. Quase a totalidade das demais espécies da família presentes na coleção Regnell possuem hábito terrestre ou rupícola e podem não mais ocorrer na Pedra Branca devido à intensa visitação do local por turistas e frequente utilização da área por motociclistas para a prática de enduro causando intensa erosão das rochas, das trilhas dentro das matas e destruindo diversas espécies pelo caminho percorrido até o topo da Pedra Branca. Octomeria leptophylla Barb. Rodr. é uma espécie de orquídea descrita em 1881 baseada em um material proveniente de localidade próxima à Pedra Branca e não

91 77 apresentava registros desde então em herbários ou coleções particulares sendo por isso, considerada extinta (BIODIVERSITAS, 2007). Recentemente a espécie foi reencontrada em dois municípios próximos a Caldas como apresentado por Menini Neto e Docha Neto (2009), mas aparentemente foi extinta na Pedra Branca já que o levantamento florístico realizado na Serra da Pedra Branca no presente estudo não detectou a presença dessa espécie na localidade tipo. De acordo com Menini Neto e Docha Neto (2009), O. leptophylla pode ser encontrada na natureza como epífita em várias espécies de árvores e apresenta concentração mais acentuada em árvores de Clethra scabra Pers. (Clethraceae). Foram observados poucos indivíduos de C. scabra na Pedra Branca e, a elevada especificidade de O. leptophylla aliada à intensa degradação e supressão da vegetação na Serra da Pedra Branca, pode ter levado à extinção da mesma na localidade tipo. Na análise dos rótulos dos materiais que compõem a coleção Regnell observa-se que a maioria dessas espécies foram coletadas nos mais diversos ambientes do município de Caldas como próximo a rios, locais alagados, fazendas e poucas espécies foram coletadas em elevadas altitudes da Serra da Pedra Branca, que é um local de difícil acesso. O gradiente altitudinal pode ter interferido no número de espécies comuns entre as listagens. As condições climáticas influenciadas pela altitude tem um papel fundamental na distribuição das espécies, o clima mais frio e seco e a presença de geadas são fatores determinantes (OLIVEIRA-FILHO e FONTES, 2000). Diversas razões apontam a enorme fragilidade dos ambientes montanos já que suas espécies, principalmente as endêmicas, formam pequenas e agregadas populações confinadas em pequenas áreas com especializados nichos ecológicos. Uma pequena interferência no ambiente pode causar grande impacto negativo e uma perda de biodiversidade irreversível (MEIRELLES et al., 1999). A Serra da Pedra Branca vem sofrendo ao longo dos anos diversos impactos negativos como mineração, formação de pastagens e turismo desordenado podendo causar uma enorme perda de diversidade biológica. Essa análise comparativa ao longo dos anos realizada no presente trabalho, é uma tentativa de estudo a longo prazo objetivando avaliar a diversidade da flora local. Estudos a longo prazo em ambientes de montanha são praticamente inexistentes e podem diagnosticar diversas mudanças ambientais (SCARANO, 2007).

92 ANÁLISE DE SIMILARIDADE FLORÍSTICA Na análise de similaridade realizada entre 15 localidades onde há a presença de afloramentos rochosos, o baixo valor encontrado com o Índice de Sørensen, indica que as floras desses ambientes são bastante distintas. O valor de correlação cofenética obtido na análise de similaridade foi de 0,9623 suportando os resultados apresentados no dendrograma (Gráfico 10). A proximidade geográfica das localidades inseridas na Serra do Mar pode ser explicada por serem áreas de inselbergs que são afloramentos rochosos isolados que emergem abruptamente acima das planícies que os cercam. Os inselbergs apresentam uma flora peculiar e podem ser comparados às ilhas oceânicas pela sua multiplicidade, variação de formas, tamanhos, isolamento ecológico e espacial funcionando como uma barreira contra a dispersão e migração (CONCEIÇÃO et al., 2007; POREMBSKI, 2007). Nos inselbergs da Serra do Mar utilizados na análise, a localização geográfica e a altitude foram variáveis que podem ter interferido na distribuição das espécies. A localidade Araras (RJ) (MEIRELLES et al.,1999) é mais similar à localidade Madalena (RJ) (MEIRELLES et al.,1999) e ambas são áreas inseridas no interior da Serra do Mar e que apresentam altitudes elevadas. A localidade Itacoatiara (RJ) (MEIRELLES et al.,1999) é mais similar à Imbuí (RJ) (MEIRELLES et al.,1999), que são áreas situadas em altitudes intermediárias e que também estão localizadas na Serra do Mar, mas em áreas litorâneas. A espécie Trilepis lhotzkiana foi encontrada em todas as áreas de inselbergs avaliadas com exceção das localidades Macumba e Santana (MEIRELLES et al.,1999), que são áreas situadas no estado do Rio de Janeiro. A ausência dessa espécie nessas localidades pode ser explicada pelo fato da mesma ser sensível à salinidade. Macumba está situada muito próxima ao oceano e Santana é uma ilha oceânica. A distância do oceano é uma variável que pode ser determinante na distribuição das espécies (MEIRELLES et al., 1999). A maior similaridade do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (CAIAFA e SILVA, 2005) com o Parque Nacional do Itatiaia (RIBEIRO et al., 2007) era um resultado esperado já que são áreas localizadas na Serra da Mantiqueira, próximos geograficamente, com altitudes semelhantes e vegetação de Campos de Altitude. A

93 79 associação entre a Serra de São José (ALVES e KOLBEK, 2009), Serra da Calçada (VIANA e LOMBARDI, 2007) e Mina do Brucutu (MOURÃO e STEHMANN, 2007) pode ser explicada pela localização que é ao sul da Cadeia do Espinhaço, por apresentarem altitudes semelhantes e por serem áreas com vegetação de Campos Rupestres. A maior proximidade da flora da Serra da Calçada com a da Mina do Brucutu pode estar relacionada com o tipo mais específico de Campo Rupestre que ocorre nessas áreas que são os Campos Rupestres sobre Canga. A maior similaridade da Serra da Pedra Branca com as áreas de Campos Rupestres não era esperado já que é uma área de Campo de Altitude localizada na borda ocidental da Serra da Mantiqueira. O esperado seria uma maior proximidade florística da Serra da Pedra Branca e com as floras do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro e do Parque Nacional do Itatiaia, que são áreas localizadas na Serra da Mantiqueira que também apresentam vegetação de Campos de Altitude. Essa maior proximidade florística da Serra da Pedra Branca com áreas de Campos Rupestres pode estar relaciona com a influência do Cerrado. Todas as localidades de Campos Rupestres analisadas são localidades consideradas encraves no Bioma Mata Atlântica que apresentam áreas de cerrado. A Serra da Pedra Branca está localizada em uma área próxima ao cerrado e, analisando as espécies que ocorrem nesse bioma (SANO e ALMEIDA, 1998), observou-se se que muitas delas também ocorrem na Serra da Pedra Branca. Isso pode explicar o agrupamento da área de estudo com localidades distante geograficamente, mas que sofrem influências semelhantes. A diferença de metodologia utilizada nos estudos da Serra da Calçada e da Mina do Brucutu com inclusão apenas da flora fanerogâmica pode ter interferido na similaridade florística com a Serra da Pedra Branca podendo talvez ter apresentado índices mais elevados. Nos estudos da vegetação campestre do Sul de Minas, Oliveira-Filho e Fluminhan-Filho (1999) também observaram que diversas espécies encontradas eram peculiares à flora do Cerrado, o que explica a dificuldade de classificação dos Campos de Altitude do Sul de Minas, pois eles são na verdade um elo de ligação entre o Cerrado e os Campos Rupestres. Segundo Garcia e Pirani (2005) parece haver um reduzido compartilhamento de elementos florísticos entre os Campos Rupestres da Cadeia do Espinhaço e as floras dos Campos de Altitude. Apesar disso, há indícios de que as floras dessas cadeias montanhosas estiveram em comunicação no passado através da

94 80 existência ainda que rara, de exemplos com padrão de distribuição Cadeia do Espinhaço Serra da Mantiqueira Serra dos Órgãos. Nas áreas de Campos Rupestres e Campos de Altitude, a espécie Peperomia galioides Kunth foi encontrada em todas as localidades com exceção da Mina do Brucutu (MOURÃO e STEHMANN, 2007). A espécie apresenta ampla distribuição e ocorre nos mais diversos habitats (MONTEIRO e GUIMARÃES, 2008).O fato das espécies do gênero Peperomia serem suculentas permite uma grande tolerância ao déficit hídrico e às amplas variações de temperatura que ocorrem nesse tipo de ambiente. Nas áreas de Campos Rupestres e na Serra da Pedra Branca, a espécie Commelina erecta L. foi a única com ocorrência concomitante. As espécies desse gênero são geralmente invasoras de culturas, apresentando uma grande capacidade de multiplicação e adaptação (SOUZA e LORENZI, 2008). Poucos são os estudos de similaridade florística em áreas de afloramentos rochosos como os estudos de Alves e Kolbek (2009) e Mourão e Stehmann (2007) em Campos Rupestres, Meirelles et al. (1999) em inselbergs e Safford (2007) em Campos de Altitude e, todos encontraram índices de similaridade relativamente baixos. Esses resultados mostram a presença de floras com características muito particulares. Torna-se necessário um maior número de trabalhos comparativos entre flora não-arbóreas de áreas diferentes para uma maior compreensão da ecologia, biogeografia e diversidade dos ecossistemas. Embora os estudos sobre Campos de Altitude ainda sejam escassos e se diferenciem nos esforços de coleta e nos grupos amostrados, os resultados aqui obtidos mostraram que a flora da Serra da Pedra Branca apresenta uma grande importância para a conservação da diversidade biológica do estado de Minas Gerais. A área está inserida em uma Área de Proteção Ambiental, categoria de unidade de conservação que permite ocupação humana e que não representa um elevado poder de conservação e por isso, merece especial atenção para que a biodiversidade local seja realmente protegida. As áreas de Campos de Altitude eram indiretamente protegidas por estarem associadas às áreas de Floresta Atlântica e por apresentarem diversas espécies endêmicas. Ao longo dos anos, diversos estudos vêm mostrando a fragilidade dos ambientes montanos e sugerindo a criação de uma legislação específica para a proteção dessas áreas (MARTINELLI, 2007; MEIRELLES et al., 1999). Atualmente foi elaborada uma legislação que define parâmetros para a identificação e análise da vegetação nos diversos estágios de regeneração em Campos de Altitude permitindo

95 81 assim o efetivo enquadramento dessa vegetação dentro da legislação de proteção do Bioma Mata Atlântica. Dessa forma, as áreas de Campos de Altitude, consideradas como de importância biológica elevada, com alto grau de endemismos, que funcionam como corredores ecológicos além de serem áreas de recarga de aqüíferos, agora estão protegidas por mecanismos legais (BRASIL, 2010). A vegetação da Serra da Pedra Branca é considerada um ambiente em perigo já que a presença de espécies ameaçadas de extinção e/ou endêmicas associada às condições ambientais locais com acelerado ritmo de destruição, evidenciam a necessidade de medidas urgentes de preservação da biodiversidade local.

96 82 7 CONCLUSÃO A Serra da Pedra Branca apresenta uma elevada riqueza florística, representada por 340 espécies de plantas vasculares. As famílias com maior riqueza de espécies seguem os padrões das florestas de altitude da Serra da Mantiqueira e dos Campos de Altitude e Campos Rupestres com destaque para as famílias de angiospermas: Orchidaceae, Asteraceae, Rubiaceae, Fabaceae, Piperaceae, Bromeliaceae, Solanaceae e Poaceae e, para as famílias de pteridófitas: Polypodiaceae e Aspleniaceae. O levantamento florístico revelou a presença de sete espécies ameaça de extinção: Alstroemeria variegata, Araucaria angustifolia, Asplenium praemorsum, Botrychium virginianum, Cheilanthes regnelliana, Dicksonia sellowiana e Sinningia striata. Na comparação do levantamento florístico realizado na Serra da Pedra Branca com a coleção Regnell observou-se 90 espécies comuns às duas listagens o que mostra que parte da riqueza da área continua preservada ao longo dos anos mesmo com a intensa degradação ambiental ocorrida na região do município de Caldas devido à intensa supressão de vegetação para abertura de pastagens, agricultura e mineração. A análise de similaridade demonstrou a maior proximidade da flora dos Campos de Altitude da Serra da Pedra Branca com áreas de Campos Rupestres, evidenciando a influência de biomas adjacentes, como o Cerrado, na composição florística dessas localidades.

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104 90 SCARANO, F. R. Rock outcrop vegetation in Brazil: a brief overview. Revista Brasil. Bot., v. 30 (4), p , SCOLFORO, J. R. S.; CARVALHO, L. M. T. Mapeamento e Inventário da Flora Nativa e dos Reflorestamentos de Minas Gerais. LAVRAS: Editora UFLA, p. SMITH, A. R. et al. A classification for extant ferns. Taxon, 55 (3), SMITH, J. F. et al. Placing the origin of two species-rich genera in the late cretaceous with later species divergence in the tertiary: a phylogenetic,biogeographic and molecular dating analysis of Piper and Peperomia (Piperaceae). Plant Syst Evol, SOS MATA ATLÂNTICA; INPE. Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica: Período de Fundação SOS Mata Atlântica e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. São Paulo: [s.n.] p SOUZA, F. S. Pteridófitas ocorrentes na Serra Negra, Minas Gerais, Brasil. Monografia (Bacharelado em Ciências Biológicas)- Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora: [s.n.] p SOUZA, V. C.; LORENZI, H. Botânica Sistemática: Guia Ilustrado para identificação das famílias de Angiospermas da flora brasileira, baseado em APG II. 2ª Edição. ed. [S.l.]: Plantarum, p p. STEHMANN, J. R. et al. Plantas da Floresta Atlântica. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, TABARELLI, M.; MANTOVANI, W.; PERES, C. A. Efects of habitat fragmentation on plant guild structure in the montane atlantic forest of southeastern Brazil. Biological Conservation, v. 91, p , TRIANA-MORENO, L. A. et al. Epífitas vasculares como indicadores de regeneración en bosques intervenidos de la Amazonia colombiana. Acta Biológica Colombiana, v 8 (2), TRYON, R. M. Endemic areas and geographic speciation in tropical american ferns. Biotropica, v. 4 (3), p , URBAN, I. Vitae Itineraque Collectorum Botanicorum, Notae Collaboratorum Biographicae, Florae Brasiliensis Ratio Edendi Chronologica, Systema, Index Familiarum. In: MARTIUS, C. F. P. D.; EICHLER, A. G.; URBAN, I. Flora brasiliensis. [S.l.]: Monachii, Typographia Regia, v. 1 (1), p VELOSO, H. P.; RANGEL-FILHO, A. L. R.; LIMA, J. C. Classificação da vegetação brasileira, adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro: IBGE, p. VERSIEU, L. M. Checklist and one new species of Bromeliaceae from Pico do Itambé, Minas Gerais, Brazil. Botanical Journal of the Linnean Society, v. 158, p , 2008.

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106 92 ANEO: B Guia fotográfico de campo para as espécies da Serra da Pedra Branca, Caldas A B C D E F G Prancha 1: A-C: Aspleniaceae, A: Asplenium feei, B: A. praemorsum, C: A. serra; D-E: Dicksoniaceae, Dicksonia sellowiana, D: Detalhe da fronde, E: Hábito, F-H: Dryopteridaceae, F-G: Elaphoglossum gayanum, F: Hábito, G: Detalhe da fronde fértil, H: Polystichum montevidense. (Fotos: F-G. P.H.Nobre). H

107 93 A B C D E F G H Prancha 2: A: Araucariaceae, Araucaria angustifolia, B-C: Alstroemeriaceae, Alstroemeria variegata B: Flor, C: População, D-F: Apocynaceae, D: Asclepias curassavica, E: Mandevilla venulosa, F: Orthosia scoparia, G: Apodanthaceae, Pilostyles ingae, H: Aristolochiaceae, Aristolochia burchellii.

108 94 A B C D E F G H Prancha 3: Diagramação fotográfica 1: A-E: Asteraceae, A-B: Cirsium vulgare, A: detalhe da flor, B: População, C: Dasyphyllum sp., D: Leptostelma maximum, E: Senecio brasiliensis, F-H: Bignoniaceae, F: Arrabidaea leucopogon, G-H: Tabebuia sp.1, G: Flor, H: Frutos.

109 95 A B C D E F G H Prancha 4: A: Brassicaceae, Cleome rosea, B-H: Bromeliaceae, B-C: Aechmea distichantha, B: Inflorescência, C: População, D: A. nudicaulis, E: Billbergia distachya, F: Tillandsia gardneri, G: T. pohliana, H: T. stricta. (Foto B, D e F: P.N.Nobre).

110 96 A B C D E F G Prancha 5: A-D: Bromeliaceae, A: Vriesea friburgensis, B: V. regnellii, C: V. bituminosa, D: Wittrockia cyathiformis, E-H: Cactaceae, E: Lepismium houlletianum, F: Rhipsalis floccosa, G-H: R. pulchra, G: Flor, H: Hábito. (Foto B: T.M.Machado; Foto E e H: P.H.Nobre). H

111 97 A B C D E F G Prancha 6: A: Campanulaceae, Siphocampylus macropodus, B: Cannabaceae, Celtis brasiliensis C: Caryophyllaceae, Cerastium sp. D-E: Commelinaceae, D: Dichorisandra thyrsiflora, E: Tripogandra diuretica, F-G: Convolvulaceae, F: Ipomoea purpurea, G: I. regnellii, H: Cucurbitaceae, Fevillea trilobata. H

112 98 A B C D E F G Prancha 7: A: Cunoniaceae, Lamanonia ternata, B: Cyperaceae, Bulbostylis sp., C: Euphorbiaceae, Sapium glandulosum, D-H: Fabaceae, D: Centrosema sp., E: Clitoria sp.1, F: Machaerium villosum, G: Mimosa cf. ramosissima, H: Zornia diphylla. (Foto B, D, E: P.N.Nobre). H

113 99 A B C D E F G H Prancha 8: A-D: Gesneriaceae, A: Sinningia aggregata, B: S. magnifica, C-D: S. striata, C: Hábito, D: Flor, E-F: Iridaceae: E: Calydorea campestris, F: Cipura xanthomelas, G: Lythraceae, Lafoensia pacari, H: Malvaceae, Pavonia communis. (Foto F: P.H.Nobre).

114 100 A B C D E F G H Prancha 9: A-C: Melastomataceae, A: Miconia cinerascens, B: Tibouchina heteromalla, C: T. martialis, D-E: Myrsinaceae, D: Anagallis alternifólia, E: Myrsine guianensis, F: Onagraceae, Fuchsia regia, G-H: Orchidaceae, Bifrenaria harrisoniae, G: Hábito, H: Flor.

115 101 A B C D E F G Prancha 10: A-H: Orchidaceae, A: Bulbophyllum epiphytum, B-C: B. exaltatum, B: Flor, C: População, D: Cyclopogon sp., E: Govenia utriculata, F: Habenaria macronectar, G-H: Lanium avicula, G: Flor, H: População. (Foto A, E: L.Menini-Neto; Foto C: P.H.Nobre). H

116 102 A B C D E F G H Prancha 11: A-H: Orchidaceae, A: Maxillaria picta, B: Notylia longispicata, C: Oncidium aff. batemannianum, D: O. varicosum, E: Pelexia sp., F: Pleurothallis recurva, G: P. rubens, H: Prosthechea allemanoides. (Foto H: L.Menini-Neto).

117 103 A B C D E F G Prancha 12: A: Orobanchaceae, Escobedia grandiflora, B-D: Passifloraceae, B: Passiflora capsularis, C: P. organensis, D: P. suberosa, E-H: Piperaceae, E: Peperomia blanda, F: P. galioides, G: P. oreophila, H: P. tetraphylla. H

118 104 A B C D E F G Prancha 13: A-C: Piperaceae, A: Peperomia trineura, B: Piper crassinervium, C: P. regnellii, D: Poaceae, Andropogon bicornis, E: Rosaceae, Rubus sellowii, F-H: Rubiaceae, F: Chomelia sp., G: Coccocypselum lanceolatum, H: Guettarda angelica. H

119 105 A B C D E F G H Prancha 14: A: Rubiaceae, Manettia cordifolia, B: Celastraceae, Maytenus ilicifolia, C-D: Solanaceae, Solanum sp., C: Flor, D: Hábito, E: Styracaceae, Styrax pohlii, F: Thymelaeacea, Daphnopsis fasciculata, G: Verbenaceae, Verbena sp., H: Vochysiaceae, Vochysia tucanorum.

Plantas da Serra da Pedra Branca 1

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