CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E DINÂMICA DA ORLA GRANDE, ILHA DE MOSQUEIRO, BELÉM-PA.

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1 CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E DINÂMICA DA ORLA GRANDE, ILHA DE MOSQUEIRO, José Luíz do Amaral Ferreira JÚNIOR 1 Carmena Ferreira de FRANÇA 2 Resumo A orla Grande, localizada na porção sudoeste da ilha de Mosqueiro, Belém-PA, apresenta urbanização consolidada, que exerce forte pressão sobre o ambiente costeiro. Baseando-se no conceito de orla, que carrega consigo a ideia de conservação, o presente trabalho tem por objetivo a compartimentação do relevo e a análise dos indicadores de dinâmica costeira da orla estudada. A orla Grande compartimentase em unidades de relevo de 4.º, 5.º e 6.º táxons. A distribuição dos indicadores de dinâmica costeira e as características ocupacionais permitem o reconhecimento de três setores morfológicos, todos predominantemente erosivos. O primeiro, localizado na porção setentrional da área de estudo, apresenta falésias vegetadas e ausência de residências ao longo do arco praial. Do total de indicadores registrados, neste setor, 56% são de erosão. O segundo setor, localizado na porção central da enseada, apresenta marcas de deslizamento e desabamento e a existência de casas ao longo do arco praial e na borda superior das falésias, 76% do total de indicadores, deste setor, são de erosão. O terceiro setor, localizado na porção meridional da orla, possui a menor largura do arco praial, a presença de matacões e resíduos sólidos. A totalidade dos indicadores registrados neste setor são indicadores de erosão, logo, este setor se apresenta como o mais erosivo da orla Grande. Sem duvida, trata-se de uma das orlas mais erosivas da ilha de Mosqueiro. Palavras-chave: Relevo Costeiro; Indicadores; Erosão; Acumulação; Agentes Exógenos. 92 Abstract The Grande s border, located in the southwest portion of the island of Mosqueiro, Belém-PA, presents consolidated urbanization which exerts strong pressure on the coastal environment. Based on the concept of border, which carries with it the idea of conservation, the present work aims the compartmentalization of the relief and the analysis of coastal dynamics indicators of the studied beach. The Grande s border compartmentalizes itself in units of relief of 4th, 5th and 6th taxon. The distribution of coastal dynamics indicators and occupational characteristics allow the recognition of three morphological sectors, all predominantly erosive. The first, located in the northern portion of the study area, has vegetated cliffs and no residences along the beach arch. Of the total registered indicators, in this sector, 56% are erosion. The second sector, located in the central portion of the cove, shows signs of landslides, landslips and houses along the prairie arch and at the top edge of the cliffs, 76% of the total indicators in this sector are erosion. The third sector, located in the southern portion of the border, has the smallest width of the prairie arch, the presence of boulders and solid residues. All the indicators registered in this sector are indicators of erosion, so this sector presents itself as the most erosive of the Grande s border. Undoubtedly, this is one of the most erosive edges of the island of Mosqueiro. Keywords: Coast Relief; Indicators; Erosion; Accumulation; Exogenous Agents. 1 Graduando em Geografia pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e bolsista do Programa de Educação Tutorial PET Geografia. 2 Licenciada em Geografia pela UFPA (1986), mestre em Geografia Física pela USP (1995), doutora em Geologia pela UFPA (2003), Docente da Faculdade de Geografia e Cartografia (FGC) e tutora do Programa de Educação Tutorial do Curso de Geografia (PET Geografia) da UFPA; carmena@ufpa.br

2 INTRODUÇÃO A orla corresponde a uma estreita faixa dentro da zona costeira, onde mais facilmente podem-se sentir os impactos dos agentes dinâmicos costeiros (Muehe 2001). Consiste em um dos espaços mais sensíveis e dinâmicos do planeta, porém são espaços que possuem uma grande importância no habitat de populações humanas desde a pré-história e atualmente exerce papel importante para o turismo e lazer em inúmeros países. Ocupações humanas, em ambientes costeiros, podem interferir nos processos dinâmicos predominantes nessas áreas, alterando sua dinâmica natural. A análise dos indicadores dinâmicos naturais, biológicos e antropogênicos, somada à caracterização morfológica, permite-nos entender qual processo costeiro predomina na área, fornecendo informações para um melhor uso do solo, haja vista a grande importância que essas áreas possuem para as populações humanas, seja do ponto de vista econômico, social e cultural. A área estudada, neste artigo, corresponde à orla Grande, situada na porção sudoeste da costa da ilha de Mosqueiro, município de Belém, margem direita da Baía de Marajó. Geograficamente, localiza-se entre as coordenadas a de latitude sul e a de longitude oeste, com uma extensão de mais ou menos 1,8 km e orientação NE-SW. É limitada a noroeste pela orla Prainha do Farol e a sudoeste pela orla do Bispo. Sua importância socioeconômica para o município de Belém deve-se à sua localização em um dos pontos turísticos mais procurados da Região Metropolitana de Belém, além disso, tem uma importância comercial e residencial para a ilha de Mosqueiro, dada a sua localização próxima ao centro econômico da ilha, onde há uma concentração de serviços importantes para a população local, logo, é uma área que possui um caráter de centralidade dentro da ilha. Encontra-se densamente ocupada, tanto por moradias, como por comércios e pousadas. É mais frequentada durante os períodos de veraneio, férias escolares, feriados e finais de semana. Ao longo do arco praial e sobre a borda superior das falésias, encontram-se residências e estabelecimentos ligados ao comércio (pequenos bares e restaurantes). A localização de residências e comércios na faixa praial tornam estas construções vulneráveis às marés mais altas e consequentemente à ação das ondas, podendo levar à sua destruição, como frequentemente é veiculado na imprensa. Por outro lado, os estabelecimentos situados na borda superior das falésias são atingidos pelo desmoronamento das escarpas, motivado pelo escoamento da água da chuva, pelo solapamento da base pelas ondas e pela ação gravitacional. Daí emerge a importância dessa zona de contato entre a água e a terra, fazendo necessária a compreensão dos processos costeiros e 93

3 dos agentes que os controlam para fornecer informações para uma melhor gestão do espaço, minimizando impactos tanto ambientais como sociais. Diante do exposto acima o presente trabalho vem levantar os seguintes questionamentos: 1- Quais as formas de relevo que compartimentam a orla Grande? 2- Quais as formas erosivas e deposicionais? Que elementos podem ser considerados como os indicadores de erosão e de sedimentação? Como se distribuem esses indicadores ao longo da orla? Quais os setores mais erosivos e mais deposicionais e estáveis da orla Grande? 94 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO: ORLA GRANDE, MOSQUEIRO-BELÉM- PARÁ Figura 01: Localização da área de estudo, elaborado com base cartográfica IBGE, 2010 e imagem Google Earth, Diante do problema apresentado, o objetivo do presente artigo é a caracterização morfológica e a análise dos indicadores dinâmicos da orla Grande, situada na porção sudoeste da ilha de Mosqueiro, Belém-PA. O trabalho foi desenvolvido a partir de três etapas metodológicas: a primeira corresponde à revisão e atualização bibliográfica a respeito dos seguintes temas: (a) Zona costeira, orla costeira e agentes morfogenéticos; (b) indicadores físicos, biológicos e antropogênicos de dinâmica costeira e; (c) critérios morfodinâmicos para a delimitação da orla costeira. A segunda etapa consiste no levantamento de campo, no dia 12 de maio de 2016, durante o qual foram coletados os seguintes dados: medidas de distância, ângulos de inclinação, leitura de azimute e pontos de GPS

4 (coordenadas e elevação), registros fotográficos e identificação de indicadores de dinâmica costeira. E por último, a terceira etapa, trabalho de laboratório, no qual os dados obtidos em campo foram quantificados e analisados, confecção de mapas temáticos a partir da interpretação de imagem Google Earth RESULTADOS A ZONA COSTEIRA E OS PRINCIPAIS AGENTES GEOMORFOLÓGICOS: A AÇÃO DOS AGENTES COSTEIROS NA GÊNESE DO RELEVO COSTEIRO. Há diversas conceituações sobre a Zona Costeira (ZC) e que, de maneira geral, a definem como uma faixa onde pode ser sentida a ação de agentes marinhos (como marés e correntes de maré), e agentes continentais (como a descarga fluvial). Christofoletti (1980) propõe que esta porção seja entendida como uma área de contato entre o continente e o oceano, ou seja, área que sofre influência diária de agentes e processos marinhos e continentais. Para Summerfield (1991) apud Barbosa (2007), a costa deve ser considerada como uma ampla zona, que vai desde os limites interiores dos ambientes terrestres, que sofrem influência dos agentes marinhos, até os limites externos dos ambientes marinhos que são influenciados por processos continentais. De acordo com dados de Silveira (1964) apud Villwock et al. (2005), a Zona Costeira Brasileira (ZCB) ou Simplesmente Costa brasileira, estende-se entre as latitudes 4 N e 33 S, geograficamente situada entre o cabo Orange, no Amapá, e a barra do Chuí, Rio Grande do Sul. Este mesmo autor subdivide a costa brasileira em cinco setores: Norte, Nordeste, Leste, Sudeste e Sul. A costa Norte, também chamada de Litoral Amazônico ou Equatorial, estende-se desde o cabo Orange, no Amapá, até a baía de São Marcos, no Maranhão, subdividindo-se em três partes: Litoral Guianense, Golfão Amazônico e o Litoral Amazônico Oriental. Tendo-se por base esta classificação, a orla Grande insere-se na porção oriental do Golfão Amazônico, área ocupada por um complexo deltaico-estuarino, submetido a processos fluviomarinhos, caracterizado por grande número de ilhas. Segundo Muehe (1994), os processos costeiros de erosão, transporte e deposição são produzidos pela ação de agentes exógenos, tais como, as marés, as ondas, os ventos e as correntes. As marés são importantes na gênese do relevo costeiro. Resultam da atração gravitacional exercida pela Lua e pelo Sol sobre as águas oceânicas. Os movimentos rotacionais da Terra são responsáveis

5 pela subida e descida alternadas do nível das águas oceânicas em até duas vezes ao dia, na maioria das costas. O ângulo formado pelo alinhamento da Terra em relação ao Sol e a Lua, durante as fases de lua nova e lua cheia, geram as marés de sizígia, que são mais altas registradas no mês. Durante o quarto crescente e quarto minguante, ocorrem as marés de quadratura que marcam as menores amplitudes do mês. Nesse sentido, quanto maior for a amplitude de maré, em determinada área, mais dinâmica ela tende a ser em termos morfológicos. O movimento de subida e descida das marés gera correntes de maré, responsáveis pela mobilidade de sedimentos dentro dos canais de maré e estuários. As correntes de marés são importantes especialmente onde a variação da maré é expressiva. As marés e correntes de maré originam formas de relevo de baixo gradiente topográfico, tais como as planícies de maré. As ondas são formadas pelo atrito do vento sobre a superfície da água. Quanto mais extensa a superfície de atrito, e quanto mais tempo o vento com uma determinada velocidade percorre esta superfície, mais elevadas em altura são as ondas geradas e, portanto, dotadas de maior energia. A capacidade que uma onda tem de atuar sobre o relevo costeiro está relacionada à sua energia, ao ângulo de incidência da arrebentação e ao gradiente batimétrico. Do ponto de vista geomorfológico, as ondas são responsáveis pelo transporte longitudinal e transversal à costa, pela formação das praias, pelo transporte longitudinal e transversal à costa e pelas, pela formação de ilhas barreiras e restingas, bem como pelas variações morfológicas e granulométricas das praias. As ondas transportam, além de sedimentos, uma grande quantidade de água para a costa que, de alguma forma, precisa voltar ao mar. Esse trânsito tende a ser feito pelos locais onde as ondas são mais baixas, gerando dois tipos de correntes: correntes longitudinais, que flui paralelamente à praia, e correntes de retorno, que atravessam a zona de arrebentação em fluxo rápido e concentrado, afastando-se perpendicularmente da praia. Essas correntes levam consigo sedimentos que são transportados de acordo com o seu sentido. Os ventos também possuem um papel importante na gênese do relevo costeiro, sobretudo quando transportam os sedimentos praiais, durante a maré baixa, por deflação eólica. Dessa forma são geradas formas de relevo como as dunas. A ação dos agentes exógenos sobre o relevo costeiro depende do contorno anguloso ou retilíneo da linha de costa, da presença de embocaduras fluviais e do gradiente topográfico e batimétrico, bem como das construções antrópicas, como portos, molhes e espigões. Esses elementos podem alterar o grau de obliquidade com que as ondas atingem a linha de costa, 96

6 contribuir para a concentração ou dissipação da energia das ondas em determinados setores e reduzir a velocidade das correntes. O CONCEITO DE ORLA COSTEIRA E CRITÉRIOS DE DELIMITAÇÃO DENTRO DA ZONA COSTEIRA 97 Como foi mencionado anteriormente, a zona costeira é uma área onde se pode sentir a ação tanto de agentes marinhos quanto terrestres. Partindo para uma análise em uma escala de maior detalhamento, utilizamos como referencial teórico deste trabalho o conceito de orla costeira, ou simplesmente, orla. Muehe (2001) define orla como uma faixa dentro da costa, cuja delimitação está relacionada diretamente à conservação do ambiente costeiro, diante de uma possível subida do nível do mar, nos próximos cem anos. O conceito de orla vem ao encontro da necessidade de planejamento do uso e ocupação face à dinâmica da zona costeira. Critérios geomorfológicos são adotados para delimitação da orla: a profundidade de fechamento do perfil e o tipo de relevo costeiro. Além desses, adota-se as formas de apropriação dos recursos naturais pela ação humana. O limite externo da orla inicia-se no ponto de profundidade de fechamento de perfil, local máximo em que as ondas da superfície do mar mobilizam os sedimentos do fundo. Na costa brasileira, este local é marcado pelas profundidades entre 5 e 10 m (MUEHE, 2001). O limite interno depende das características morfológicas e da ocupação humana. Diante disso, são propostas os seguintes critérios com base na fisiográfia: para falésias sedimentares, limite de 50 m contados a partir da borda superior das mesmas; para falésias de rochas cristalinas, 1 m além do limite máximo de alcance das ondas de tempestade; para áreas inundáveis, cota topográfica de 1 m além do limite máximo alcançado pela maré de sizígia. Com base na ocupação, os critérios são os seguintes: para praias e dunas urbanizadas, 50 m a partir do limite da praia ou do reverso da duna se existentes; para praias e dunas não urbanizadas, de ocupação não consolidada e de ocupação rural, 200 m a partir do limite da praia ou do reverso da duna. Tais limites podem ser alterados de acordo com estudos sobre tendências erosivas que ultrapassem os limites propostos (MUEHE, 2001). COMPARTIMENTAÇÃO MORFOLÓGICA E DELIMITAÇÃO DA ORLA GRANDE A orla Grande possui 1,8 km de extensão, na margem sudoeste da ilha de Mosqueiro. Encontra-se alojada numa enseada, delimitada por dois promontórios. É frequente, ao longo da orla,

7 a presença de bancos de cascalho, associados a plataformas de abrasão, e zona de intermaré com cerca de 20 a 100 m de largura. O alinhamento de falésias edificadas na Formação Barreiras-Pós- Barreiras é uma característica importante deste setor da ilha de Mosqueiro. Com base na divisão taxonômica do relevo em seis táxons (ROSS, 1992), a orla Grande compartimenta-se em unidades de 4., 5. e 6. táxons, que correspondem as unidades de menor abrangência espacial, classificadas como tipos de formas de relevo, feições, formas lineares e areolares recentes. No quadro a seguir, são apresentadas as unidades de relevo (Quadro 1). 98 Quadro 01: Unidades de relevo da orla Grande, ilha de Mosqueiro, Belém-PA. TIPOS DE FORMA DE RELEVO (4 TÁXON) Praia de Enseada UNIDADES DE RELEVO FORMAS DE VERTENTE E DE TOPOS (5 TÁXON) Superfície de pós-praia Superfície de estirâncio FORMAS LINEARES OU AREOLARES RECENTES (6 TÁXON) Filetes de Escorrimento de água subsuperficial, Baixo Platô Promontório, Falésia Plataforma de Abrasão, Banco de Cascalho Marcas de Deslizamento e Desmoronamento, Matacões, Sulcos Erosivos, Marcas de Solapamento Fonte: elaborado pelos autores. A praia Grande é uma praia de enseada, desenvolveu-se em uma reentrância costeira a partir da acumulação quaternária de sedimentos arenosos fluviomarinhos e cascalhos. O sistema praial pode ser divido em zonas ou setores: superfície de pós-praia, que se estende da linha de maré alta até a base da falésia, e a superfície de estirâncio, situada entre a linha de maré alta e a linha de maré baixa, por isso pode ser denominada também de zona de intermarés, esta área é alagada diariamente. O baixo platô é uma superfície relativamente plana, de cota topográfica acima de 4 m e limitada por escarpas íngremes (falésias), formada por material de origem sedimentar, constituindose como uma superfície de erosão. As falésias são formas de relevo abruptas típicas de áreas litorâneas, que margeiam o baixo platô, representando o limite deste com a praia. Na área estudo, as falésias alinham-se ao longo da enseada, com alturas que variam entre 02 e 06 m. Sua origem está associada à ação de falhas normais, responsáveis pelo movimento vertical do terreno. Além das falésias, os promontórios, que

8 são pontões rochosos, representam uma descontinuidade da linha de costa. São resultados da ação de falhas transcorrentes, que imprimiram movimentos horizontais a determinadas porções do terreno. Localizam-se nas extremidades da enseada. Ainda nas falésias, foram observadas unidades de relevo menores, produzidas por processos erosivos atuais, ou seja, unidades de 6. táxon. As marcas de deslizamento e desmoronamento são exemplos de feições de 6.º táxon resultantes do desmantelamento das falésias, ocasionadas pelo escoamento superficial de água da chuva. Os sulcos erosivos são marcas deixadas pelo escoamento superficial concentrado, tratam-se de feições de tamanhos da ordem de centímetros. Os matacões são blocos de arenito ferruginoso, resultantes da desagregação do material rochoso que compõe as falésias e promontórios. Os matacões são frequentes na porção sul da área de estudo, atribuindo-lhe um caráter singular. Por último, as marcas de solapamento, que são marcas deixadas pela retirada de sedimentos da base das falésias pela ação das ondas, durante a maré alta. Há duas unidades de relevo residual de 5. táxon, tais como a plataforma de abrasão e os bancos de cascalho. A primeira é uma forma de relevo, resultante do desmantelamento das falésias e promontórios, ocasionados pela ação das ondas e pelo escoamento superficial de água da chuva. Na área de estudo localizam-se preferencialmente nos locais onde a ação das ondas se dá de forma mais intensa e onde são registradas as falésias mais altas, portanto, onde se concentra uma maior energia potencial. Os bancos de cascalho resultam do retrabalhamento do material erodido das falésias e promontórios pela ação das ondas (Figura 02). 99

9 100 Figura 02: Compartimentação morfológica da orla Grande, orla Grande, ilha de Mosqueiro, Belém-PA. ANÁLISE DOS INDICADORES DE DINÂMICA COSTEIRA DA ORLA GRANDE Dinâmica costeira é o conjunto de modificações em curso na zona costeira, decorrentes de processos de erosão e/ou deposição, ligados à ação das ondas, marés, ventos, correntes e chuvas. Os indicadores são evidências dessas modificações (FRANÇA, 2003). Os agentes costeiros atuam ininterruptamente sobre os materiais da orla e deixam vestígios ou testemunhos, que podem ser utilizados para determinar qual processo morfológico predomina em determinada área. Para este trabalho, foram adotados os indicadores dinâmicos listados no quadro a seguir para a análise da dinâmica da orla Grande. Esses indicadores são classificados em físicos/naturais, biológicos e antropogênicos (Quadro 02).

10 Quadro 02: Indicadores de dinâmica costeira adotados neste trabalho. INDICADORES FÍSICOS DE EROSÃO 1- Largura do arco praial até 50 m; 2- Posição da linha de maré alta até 3 m em relação à base da duna ou da falésia; 3- Largura da superfície de pós-praia de até 3 m; 4- Presença de 1 sistema barra/calha; 5- Largura da superfície de estirâncio até 50 m; 6- Largura da berma praial até 10 m; 7- Granulometria grossa; 8- Presença de terracete ou escarpa lamosa ou arenosa próxima à embocadura fluvial, nas superfícies de estirâncio e pós-praia ou na base das dunas (1 unidade); 9- Presença de terracete ou escarpa lamosa ou arenosa próxima à embocadura fluvial, nas superfícies de estirâncio e pós-praia ou na base das dunas (2 a 3 unidades); 10- Presença de terracete ou escarpa lamosa ou arenosa próxima à embocadura fluvial, nas superfícies de estirâncio e pós-praia ou na base das dunas (acima de 3 unidades); 11- Presença de falésias ativas e promontórios em até 25 % da extensão da orla; 12- Presença de falésias ativas e promontórios entre 25 % e 50 % da extensão da orla; 13- Presença de falésias ativas e promontórios além de 50 % da extensão da orla; 14- Altura da falésia e do promontório até 1 m; 15- Altura da falésia e do promontório entre 1 e 3 m; 16- Altura da falésia e do promontório acima de 3 m; 17- Presença de plataforma de abrasão em até 25 % da extensão da orla; 18- Presença de plataforma de abrasão entre 25 % e 50 % da extensão da orla; 19- Presença de plataforma de abrasão acima de 50 % da extensão da orla; 20- Presença de banco de cascalho em até 25 % da extensão da orla; 21- Presença de banco de cascalho entre 25 % e 50 % da extensão da orla; 22- Presença de banco de cascalho além de 50 % da extensão da orla; 23- Afloramento de rochas sedimentares subjacentes ao manguezal ou de sedimentos lamosos subjacentes à praia (até 25 % da extensão da orla); 24- Afloramento de rochas sedimentares subjacentes ao manguezal ou de sedimentos lamosos subjacentes à praia (entre 25 % e 50 % da extensão da orla); 25- Afloramento de rochas sedimentares subjacentes ao manguezal ou de sedimentos lamosos subjacentes à praia (além de 50 % da extensão da orla); 26- Presença de filetes de escorrimento de água subsuperficial sobre a praia e falésia (até 25 % da extensão da orla); 27- Presença de filetes de escorrimento de água subsuperficial sobre a praia e falésia (entre 25 % e 50 % da extensão da orla); 28- Presença de filetes de escorrimento de água subsuperficial sobre a praia e falésia (além de 50 % da extensão da orla); 29- Marcas de deslizamento, desabamento e solapamento na falésia (até 25 % da extensão da orla); 101

11 30- Marcas de deslizamento, desabamento e solapamento na falésia (entre 25 % e 50 % da extensão da orla); 31- Marcas de deslizamento, desabamento e solapamento na falésia (além de 50 % da extensão da orla); INDICADORES BIOLÓGICOS DE EROSÃO 32- Faixa frontal de mangue, vegetação de restinga ou mata aluvial destruída pela erosão (até 25 % da área); 33- Faixa frontal de mangue, vegetação de restinga ou mata aluvial destruída pela erosão (entre 25 % e 50 % da área); 34- Faixa frontal de mangue, vegetação de restinga ou mata aluvial destruída pela erosão (acima de 50 % da área); 35- Presença de vegetação de terra firme no arco praial (até 25 % da praia); 36- Presença de vegetação de terra firme no arco praial (entre 25 % e 50 % da praia); 37- Presença de vegetação de terra firme no arco praial (acima de 50 % da praia); INDICADORES ANTROPOGÊNICOS DE EROSÃO 38- Construção e via situada na margem superior da falésia ou da praia com até 25 % de destruição por agentes físicos; 39- Construção e via situada na margem superior da falésia ou da praia com 25 % a 50 % de destruição por agentes físicos; 40- Construção e via situada na margem superior da falésia ou da praia com mais de 50 % de destruição por agentes físicos; 41- Tubulação de água ou de esgoto, situada na margem superior, média ou inferior da falésia ativa, em situação de destruição por agentes físicos (até 2 unidades); 42- Tubulação de água ou de esgoto, situada na margem superior, média ou inferior da falésia ativa, em situação de destruição por agentes físicos (3 a 4 unidades); 43- Tubulação de água ou de esgoto, situada na margem superior, média ou inferior da falésia ativa, em situação de destruição por agentes físicos (acima de 4 unidades); 44- Presença de muros de arrimo e outras construções na base das falésias ativas ou isolados na superfície de estirâncio (até 2 unidades); 45- Presença de muros de arrimo e outras construções na base das falésias ativas ou isolados na superfície de estirâncio (3 a 4 unidades); 46- Presença de muros de arrimo e outras construções na base das falésias ativas ou isolados na superfície de estirâncio (acima de 4 unidades); 47- Alicerces, sapatas, pilares e vigas expostos devido à remoção de areia praial por ação das ondas (até 25% da extensão da orla); 48- Alicerces, sapatas, pilares e vigas expostos devido à remoção de areia praial por ação das ondas (entre 25% e 50% da extensão da orla); 49- Alicerces, sapatas, pilares e vigas expostos devido à remoção de areia praial por ação das ondas (acima de 50% da extensão da orla); 102

12 INDICADORES FÍSICOS DE SITUAÇÃO MÉDIA OU ESTÁVEL 50- Largura do arco praial entre 50 e 100 m; 51- Posição da linha de maré alta entre 3 e 5 m em relação à base da duna ou da falésia; 52- Largura da superfície de pós-praia de 3 a 5 m; 53- Presença de 2 ou 3 sistemas barra/calha; 54- Largura da superfície de estirâncio entre 50 e 100 m; 55- Largura da berma praial entre 10 e 30 m; 56- Granulometria média; INDICADORES ANTROPOGÊNICOS DE SITUAÇÃO MÉDIA OU ESTÁVEL 57- Vegetação antropizada sobre berma praial, sobre superfície de pós-praia ou em frente a falésias inativas (até 25 % da extensão da orla); 58- Vegetação antropizada sobre berma praial, sobre superfície de pós-praia ou em frente a falésias inativas (entre 25 % e 50 % da extensão da orla); 59- Vegetação antropizada sobre berma praial, sobre superfície de pós-praia ou em frente a falésias inativas (acima de 50 % da extensão da orla); 60- Construções ou vias de circulação soterradas por areias dunares ou praiais ou por lama de manguezal (até 25 % da extensão da orla). 103 INDICADORES FÍSICOS DE ACUMULAÇÃO 61- Largura do arco praial acima de 100 m; 62- Posição da linha de maré alta além de 5 m em relação à base da duna ou da falésia; 63- Largura da superfície de pós-praia mais de 5 m; 64- Presença de mais de 3 sistemas barra/calha; 65- Largura da superfície de estirâncio acima de 100 m; 66- Largura da berma praial acima de 30 m; 67- Presença de zona de retenção ou faixa de acreção arenosa ou lamosa por influência de embocadura fluvial de baixa hierarquia (ocupa até 25 % da área considerada); 68- Presença de zona de retenção ou faixa de acreção arenosa ou lamosa por influência de embocadura fluvial de baixa hierarquia (ocupa entre 25 % e 50 % da área considerada); 69- Presença de zona de retenção ou faixa de acreção arenosa ou lamosa por influência de embocadura fluvial de baixa hierarquia (ocupa acima de 50 % da área considerada); 70- Granulometria fina; INDICADORES BIOLÓGICOS DE ACUMULAÇÃO 71- Presença de vegetação de mangue sobre superfície de estirâncio e/ou banco lamoso no interior de estuários, canais de maré ou lagunas (em até 25 % da área); 72- Presença de vegetação de mangue sobre superfície de estirâncio e/ou banco lamoso no interior de estuários, canais de maré ou lagunas (entre 25 % e 50 % da área); 73- Presença de vegetação de mangue sobre superfície de estirâncio e/ou banco lamoso no interior de estuários, canais de maré ou lagunas (acima de 50 % da área); 74- Presença de vegetação arbórea, arbustiva e herbácea protegendo faixa frontal de falésia (até 25

13 % de recobrimento); 75- Presença de vegetação arbórea, arbustiva e herbácea protegendo faixa frontal de falésia (entre 25 % e 50 % de recobrimento); 76- Presença de vegetação arbórea, arbustiva e herbácea protegendo faixa frontal de falésia (acima de 50 % de recobrimento); INDICADORES ANTROPOGÊNICOS DE ACUMULAÇÃO 77- Zona de retenção ou acreção arenosa ou lamosa por influência de construção perpendicular à linha de costa (até 25 % da extensão da orla); 78- Zona de retenção ou acreção arenosa ou lamosa por influência de construção perpendicular à linha de costa (entre 25 % e 50 % da extensão da orla); 79- Zona de retenção ou acreção arenosa ou lamosa por influência de construção perpendicular à linha de costa (até 50 % da extensão da orla); 80- Construções ou vias de circulação soterradas por areias dunares ou praiais ou por lama de manguezal (entre 25 % e 50 % da extensão da orla); 81- Construções ou vias de circulação soterradas por areias dunares ou praiais ou por lama de manguezal (acima de 50 % da extensão da orla); Fonte: elaborado pelos autores. 104 O mapa a seguir mostra a distribuição dos indicadores ao longo da orla Grande (Figura 03). São registrados 31 indicadores dinâmicos, sendo 21 físicos/naturais (14 de erosão, 4 de estabilidade e 3 de acumulação), 3 biológicos (1 de erosão e 2 de acumulação) e 7 antropogênicos (5 de erosão, 1 de estabilidade e 1 de acumulação).

14 105 Figura 03: Compartimentação morfológica e distribuição dos indicadores de dinâmica costeira na orla Grande, ilha de Mosqueiro, Belém-PA.

15 A partir da distribuição dos indicadores, é possível delimitar três setores morfológicos distintos. Esta delimitação teve como critério a quantidade de indicadores presentes, as formas de relevo, a largura do arco praial e o modo de uso e ocupação da orla. SETOR I 106 Localizado na porção setentrional da orla, apresenta uma extensão de 650 metros e largura aproximada entre 100 e 150 m. Os indicadores de dinâmica mais frequentes neste setor são: presença de vegetação arbórea, arbustiva e herbácea protegendo faixa frontal de falésia, largura do arco praial superior a 100 m e extensa plataforma de abrasão associada a banco de cascalho com 25% a 50% da extensão da orla, altura da falésia superior entre 2 e 5 m, ausência ou presença estreita zona de pós-praia, cicatrizes de deslizamento, formação de sulcos erosivos, vegetação com raízes expostas e construções com ate 25% destruição. Uma característica a ser ressaltada é que setor possui poucas construções ao longo da faixa praial ou sobre a borda superior das falésias. Nesta porção da orla Grande foram observados 16 tipos de indicadores, sendo que deste total, 56% dos indicadores encontrados são de erosão, 13% são estáveis e 31% são de erosão, portanto este setor se apresenta como extremamente dinâmico com predomínio de indicadores de erosão. A B C Figura 04: Indicadores dinâmicos do Setor I da orla Grande: (A) Presença de Cicatrizes de deslizamento; (B) Extenso Banco de Cascalhos associado a Plataforma de Abrasão com 25% a 50% da extensão da orla; (C) Falésia vegetada. (Fotos: Pereira, maio/2016). SETOR II O Setor II possui uma extensão aproximada de 480 metros e uma largura entre 70 e 80 m. Difere do setor I, pois tem como características principais um maior numero de construções ao longo do arco praial e na borda superior da falésia, bem como ausência de vegetação protetora.

16 Neste setor, as falésias atingem alturas entre 3 e 5 m. Os indicadores encontrados foram os seguintes: cicatrizes de deslizamento ou desmoronamento; marcas de solapamento, vegetação com raízes expostas, estreita zona de pós-praia variando de 1 à 3 metros, construções com nível de destruição variando entre 25% e 75%, despejo de efluentes domésticos e resíduos sólidos sobre a faixa praial. Do total de indicadores 76% são de erosão, 19% são estáveis e 5% são de acumulação, portanto conclui-se que neste setor foi registrado um maior numero de indicadores de erosão. 107 A B C Figura 05: Indicadores dinâmicos do Setor II da orla Grande: (A) Cicatrizes de Desmoronamento; (B) Construções 50% destruídas; (C) Despejo de efluentes domésticos sobre a faixa praial. (Fotos: Pereira, maio/2016). SETOR III Localizado na parte meridional da orla, conta com extensão de 670 m e largura entre 60 e 70 m. Diferencia-se do setor II pela menor largura da faixa praial, pelo menor número de construções sobre a borda superior das falésias e do arco praial. A altura das falésias está entre 4 e 6 m. Estão presentes os seguintes indicadores: cicatrizes de deslizamento ou desabamento, árvores tombadas e vegetação com raízes expostas, matacões com diâmetro superior a 1,5 m, ausência de pós-praia, bancos de cascalho associados à plataforma de abrasão, linha de maré alta próxima ao sopé da falésia, sulcos erosivos, árvores de terra-firme na zona de intermaré, construções com grau de destruição entre 25% e 50%, exposição de tubulação de drenagem pluvial urbana, despejo de efluentes domésticos, grande quantidade de resíduos sólidos. Foram encontradas as falésias mais altas se comparadas às falésias dos setores I e II. Neste setor foi observado 15 tipos de indicadores, que em sua totalidade são indicadores erosivos. Logo, este setor se apresenta como o mais erosivo da área estudada, sendo a ausência ou pequena zona de pós-praia um indicador que nos levaram a esta conclusão.

17 B 108 A C Figura 06: Indicadores Dinâmicos do Setor III da orla Grande: (A) Construções 75% destruídas; (B) Exposição de drenagem pluvial urbana; (C) Matacões sobre a faixa praial (Fotos: Pereira, maio/2016). CONSIDERAÇÕES FINAIS A orla Grande apresenta extensão de 1.8 km, caracteriza-se pelo predomínio da erosão em decorrência da quantidade de indicadores físicos, biológicos e antrópicos registrados, durante trabalho de campo. Do total de indicadores localizados, cerca de 65 % correspondem a indicadores de erosão. Porém, a distribuição espacial desses indicadores mostra uma divisão em três setores, que apresentam características distintas no que se refere ao quadro físico e à ocupação humana. O Setor I do ponto de vista físico tem como características as falésias vegetadas, banco de cascalho associados a plataforma de abrasão com 25% à 50% da extensão da orla e poucas construções no arco praial e na borda superior das falésias. Dentre os setores da orla, o setor I é menos erosivos, por apresentar um número menor de indicadores de erosão. O Setor II localizado na porção central da enseada tem como características o maior numero de casas tanto no arco praial quanto na borda das falésias, além de frequentes marcas de deslizamento e desabamento, resultantes do escoamento superficial de água da chuva e da ação das ondas. Cerca de 76% dos indicadores registrados são classificados como erosivos. O Setor III, situado na parte meridional da orla tem como características principais a ausência ou pequena superfície de pós-praia, presença de matacões e de resíduos sólidos. Trata-se do setor mais erosivo da orla Grande, pois a totalidade dos indicadores registrados são de erosão. Sem dúvida, trata-se de uma das orlas mais erosivas da ilha de Mosqueiro, o que provoca prejuízos materiais para o comercio e para os moradores, devido a perda do patrimônio em função da erosão. Diante disso, as informações geradas neste trabalho servem de subsídios para a implementação de políticas de reestruturação urbana e de planejamento ambiental.

18 REFERÊNCIAS BARBOSA, E. J. S. Unidades de relevo em zona costeira estuarina: municípios de Colares e Santo Antônio do Tauá (PA) f. Dissertação (Mestrado em Geografia) Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, Belém, BRASIL. Ministério do Meio Ambiente; Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Projeto Orla: projeto de gestão da orla marítima. Brasília: MMA; MP, CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. São Paulo: Edgard Blücher/EDUSP, DAMASCENO, D. D. Indicadores de erosão da costa da Baía do Sol, ilha de Mosqueiro, Belém-PA p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Geografia) Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, Belém, FRANÇA, C. F. Morfologia e mudanças costeiras da margem leste da ilha de Marajó PA f. Tese (Doutorado em Geociências) Centro de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, GREGÓRIO, A. M. S.; MENDES, A. C.; BUSMAN, D. V. Erosão na praia do Atalaia, Salinópolis-PA. In: MENDES, A. C.; PROST, M. T.; CASTRO, E. (Orgs.). Ecossistemas amazônicos: dinâmicas, impactos e valorização dos recursos naturais. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 2011, p GUERRA, A. T.; GUERRA, A. J. T. Novo Dicionário Geológico-geomorfológico. 2. Ed. Rio de Janeiro: IBGE, IGREJA, H. S.; BORGES, M. S.; ALVES, R. J.; COSTA JÚNIOR, P. S.; COSTA, J. B. S. Estudos neotectônicos nas ilhas de Outeiro e Mosqueiro Nordeste do Estado do Pará. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 36, 1990, Natal. Anais... Natal: SBG, 1990, v.3, p MUEHE, D. Critérios Morfodinâmicos para o Estabelecimento de Limites da Orla Costeira para fins de Gerenciamento. Revista Brasileira de Geomorfologia, Vol. 2, N 1 (2001), p Agosto/2001. MUEHE, D. Geomorfologia costeira. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. (Orgs.). Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994, p MUEHE, D. O litoral brasileiro e sua compartimentação. In: Geomorfologia do Brasil. Antônio Guerra e S. B. Cunha (org.), São Paulo, Ed. Bertrand Brasil, PALHETA, E. S. de M. Estudo da compartimentação e arcabouço neotectônico da ilha de Mosqueiro-Pará empregado no conhecimento hídrico subterrâneo f. Tese (Doutorado em Geologia) Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, SOUZA, C. R. G. et. al. Praias arenosas e erosão costeira. In: Souza, C.R. de G., Suguio, K., Oliveira, A.M. & Oliveira, P.E. (eds.). Quaternário do Brasil. Editora Holos, Ribeirão Preto (SP) p VILLWOCK, J. A., et. al., Geologia e Geomorfologia de Regiões Costeiras. In: Souza, C.R. de G., Suguio, K., Oliveira, A.M. & Oliveira, P.E. (eds.). Quaternário do Brasil. Holos Editora (SP) p

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