Dosimetria de raios X em mamografia para combinação Mo/Mo utilizando espectrometria Compton

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1 Artigo Original Dosimetria de raios X em mamografia para combinação Mo/Mo utilizando espectrometria Compton José Neres de Almeida Junior 1, Ricardo Andrade Terini 2, Silvio Bruni Herdade 3, Tânia Aparecida Correia Furquim 4 Resumo OBJETIVO: Para comparar o benefício da mamografia e o risco de câncer induzido por raios X, devese investigar as doses absorvidas. Nesse sentido, determinaram-se espectros dos raios X de um mamógrafo clínico, para combinação alvo/filtro Mo/Mo, utilizando espectrometria Compton, e avaliou-se a dose glandular média (DGM) em um simulador de mamas de BR-12. MATERIAL E MÉTODO: Um detector de CdTe foi usado para espectrometria dos raios X espalhados a ~ 100 por um cilindro de PMMA, para diferentes profundidades de BR-12 e tensões entre 28 e 35 kv. Após a reconstrução do espectro dos feixes primários, a partir dos medidos, determinou-se a DGM. RESULTADOS: Obtiveram-se camadas semirredutoras de 0,39 a 0,45 mmal (espectrometricamente) e de 0,38 a Descritores: Espectrometria Compton; Mamografia; Dose glandular média; Dose em profundidade; Detector de CdTe; Simulador de BR-12; Teoria de Klein-Nishina. 0,42 mmal (com câmara de ionização) para os feixes incidentes na superfície do simulador. A DGM N normalizada por unidade de kerma no ar incidente, na superfície de BR-12, variou de 0,156 a 0,226. CONCLUSÃO: Os valores de DGM N variaram de 1% a 3%, em relação aos obtidos com câmara. O método empregado é uma boa alternativa para a determinação de DGM N e da distribuição de dose em profundidade em simuladores mamários. Recebido para publicação em 23/11/2009. Aceito, após revisão, em 2/6/2010. Trabalho realizado nas instalações da Seção Técnica de Desenvolvimento em Tecnologia em Saúde, Serviço Técnico de Aplicações Médico-Hospitalares, Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (IEE-USP), São Paulo, SP, Brasil. 1 Aluno do Curso de Física da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), São Paulo, SP. 2 Doutor em Física, Professor Titular do Departamento de Física da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), São Paulo, SP. 3 Livre-Docente em Física, Consultor da Seção Técnica de Desenvolvimento em Tecnologia em Saúde do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (IEE-USP), São Paulo, SP. 4 Doutora em Tecnologia Nuclear, Chefe da Seção Técnica de Aplicações em Diagnóstico por Imagem do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (IEE-USP), São Paulo, SP. Correspondência: Dr. Ricardo Andrade Terini. PUC- SP, FCET. Rua Marquês de Paranaguá, 111, Consolação São Paulo, SP, Brasil. rterini@pucsp.br Em sua publicação recente Estimativa 2010: incidência de câncer no Brasil [1], o Ministério da Saúde, por intermédio do Instituto Nacional de Câncer (INCA), informou que, em 2008, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou a ocorrência de cerca de 12,4 milhões de casos novos e 7,6 milhões de mortes ocorridas por câncer no mundo, das quais mais de 500 mil por câncer de mama. No Brasil, as estimativas para o ano de 2010, válidas também para 2011, apontam que ocorrerão novos casos de câncer para o sexo feminino, dentre os quais casos novos de câncer de mama. Sabe-se que pelo menos um terço dos casos novos de câncer que ocorrem anualmente no mundo poderia ser prevenido. A mamografia é ainda considerada o método mais eficiente de detecção precoce do câncer de mama. O Ministério da Saúde do Brasil recomenda como principais estratégias de rastreamento populacional um exame mamográfico, pelo menos a cada dois anos, para mulheres de 50 a 69 anos, e o exame clínico anual das mamas, para mulheres de 40 a 49 anos. Vários países realizam rastreamento por mamografia. Em trabalho recente realizado no Reino Unido [2], a partir de dados de mais de mulheres (39 a 41 anos) que se submeteram a rastreamento (com projeção única) entre 1991 e 1997, verificou-se redução estimada da mortalidade de 24%, graças ao diagnóstico precoce. Uma desvantagem potencial do rastreamento mamográfico é o pequeno mas significativo risco de câncer de mama induzido por radiação, a manifestar-se, pelo menos, 10 anos mais tarde [3]. Para que um programa de rastreamento seja justificável, 13

2 de Almeida Jr JN et al. / Dosimetria de raios X em mamografia do ponto de vista da proteção radiológica, seu benefício deve ser maior que o risco de indução de câncer. Em 2001, Law e Faulkner [4] calcularam a razão dos cânceres detectados em relação àqueles induzidos por radiação, considerando mamografias anuais (com duas projeções) antes da idade de 50 anos, e encontraram um valor maior que 1. Nesse caso, o benefício só não superava o risco para 2% das mulheres submetidas a rastreamento desde os 40 anos. Verificou-se, por outro lado, que o risco de câncer induzido por raios X cai por um fator 2,2 entre os 40 e os 70 anos de idade, acompanhando o aumento da proporção de tecido adiposo, o que evidencia que o tecido glandular da mama é o mais sensível aos efeitos da radiação [3]. Desse modo, ao se buscar boas imagens mamográficas visando um diagnóstico confiável, deve-se buscar a otimização do processo, cuidando para que as doses absorvidas sejam tão baixas quanto possível, principalmente nas pacientes mais jovens. Isso se consegue mediante implementação de programas de garantia de qualidade (PGQ) [5], em que a dosimetria em mamografia toma parte essencial. Uma grandeza relevante para a avaliação do risco de câncer na mamografia é a dose glandular média (DGM), que, no entanto, não pode ser medida diretamente. A DGM [6,7] pode ser avaliada a partir de medidas de kerma no ar incidente na superfície de simuladores de mama e de fatores de conversão aplicados adequadamente. Tais fatores de conversão são, geralmente, obtidos por cálculos de Monte Carlo, ou por medidas de dose em profundidade, em simuladores de mama, realizadas utilizando dosímetros termoluminescentes (TLDs) ou câmaras de ionização [7,8]. No presente trabalho são apresentados os resultados de distribuições de dose em profundidade e de DGM em um simulador de tecido mamário composto de placas de BR-12 (50% glandular-50% adiposo), bem como os espectros de raios X correspondentes, determinados com o auxílio de um espectrômetro Compton. A utilização deste tipo de técnica se justifica em razão das altas taxas de fluência presentes nos feixes mamográficos e que podem produzir danos significativos ao funcionamento do detector em medições diretas. Na detecção do feixe que sofre espalhamento Compton, a taxa de fluência é reduzida por um fator de, aproximadamente, Com esta finalidade, placas do simulador foram localizadas perpendicularmente aos feixes de raios X incidentes, produzidos por um equipamento mamográfico, após atravessar o compressor de mamas, para tensões de 28 a 35 kv. Um cilindro espalhador de radiação foi utilizado em algumas profundidades dentro do simulador, para as medições espectrométricas. MATERIAL E MÉTODO Os raios X foram produzidos por um mamógrafo clínico Senographe 700T (General Electric Medical Systems; Milwaukee, WI, EUA), com combinação anodo/filtro Mo/30µmMo. Os feixes de raios X foram medidos com um espectrômetro de CdTe (Amptek Inc.; Bedford, MA, EUA), após espalhamento, a cerca de 100 em relação à direção de incidência do feixe primário, por uma vareta de Lucite (PMMA) de 6 mm de diâmetro, localizada sob determinadas espessuras do simulador de mamas de BR-12 (50% glandular-50% adiposo) (Nuclear Associates; New York, NY, EUA). O simulador, formado por placas retangulares, era configurado com 6 cm de espessura total, para 30 e 35 kv, e 4 cm, para 28 kv. Os dados foram obtidos para repetidas exposições de 100 mas, de modo a se ter uma estatística de contagens suficiente nos espectros. Para estas medições, o sistema automatic exposure control (AEC) do mamógrafo foi desativado e adaptou-se um diafragma de chumbo (1 cm de diâmetro de abertura) na saída do tubo. Por sua vez, a distância do ponto focal à superfície do simulador foi de 58 cm, para 30 kv a 35 kv, e 60 cm, para 28 kv. 1. Determinação do ângulo de espalhamento O espectrômetro foi calibrado por meio de energias conhecidas de raios X e γ de fontes radioativas de 241 Am e 133 Ba. Em seguida, a partir dos espectros medidos e, depois, calibrados, de cada feixe mamográfico espalhado, foi calculado o ângulo de espalhamento, por intermédio do formalismo de Compton [9], utilizando, como referência, as energias medidas dos raios X característicos K α (17,48 kev) incidentes (E) e espalhados (E ), através da equação (1), com E e E em kev: (1) Obteve-se a energia E para o feixe espalhado ajustando múltiplas curvas lorentzianas aos dados da região dos raios X característicos de cada espectro, por meio do método dos mínimos quadrados, abrangendo os picos deslocados (K α e K β ), e os referentes à energia original (E) do molibdênio (Fig. 1). O ângulo de espalhamento θ foi calculado para cada feixe medido com o mamógrafo. Todos os espectros dos feixes de raios X espalhados foram corrigidos para efi- 14

3 3. Determinação da dose absorvida no simulador de mamas A partir do espectro do feixe primário, obteve-se o espectro de kerma no ar (K ar ) [10]. Por sua vez, os espectros de dose absorvida no simulador foram determinaciência intrínseca do detector, escape K do Cd e do Te e atenuação nos absorvedores situados entre espalhador e região sensível do detector. A Fig. 2 mostra o equipamento usado nas medições dos espectros dos feixes espalhados pelo cilindro de PMMA, para a combinação Mo/Mo. 2. Determinação dos espectros dos feixes primários do mamógrafo Para a reconstrução do espectro do feixe primário, via feixe espalhado, as teorias de Compton e de Klein- Nishina foram utilizadas. A contribuição do espalhamento coerente foi determinada e subtraída, por ser relevante na faixa de mamografia (acima de 18%). Na análise dos dados foi usado um método [10] baseado no descrito por Yaffe e cols. [11] e Matscheko e Ribberfors [12]. Determinou-se a taxa de fluência, Φ inc (E,θ), do feixe incidente no espalhador, a partir da taxa de fótons, N d,incoh (E,θ), que sofreram espalhamento Compton no cilindro de PMMA e alcançaram o detector de CdTe, e da seção de choque do espalhamento incoerente, dσ/dω (E,θ), dada pela equação (2), a seguir: A correção para energia de ligação dos elétrons atômicos do material espalhador foi feita através da função de espalhamento incoerente, S(χ,Z) [13]. Na equação (2), r 0 = 2, cm é o raio clássico do elétron; χ = [sen (θ/2)] / λ, é o momento do fóton, de comprimento de onda λ, transferido ao elétron no espalhamento Compton; Z é o número atômico efetivo do PMMA e F KN é o fator de Klein-Nishina [9], dado por: (2) (3) Fig. 1 Região dos raios X característicos do molibdênio de espectro do feixe espalhado e calibrado para Mo-Mo, com 3 cm de atenuação de BR-12, para tensão de 30 kv. No exemplo, pode-se notar o ajuste feito com lorentzianas para cinco picos, a fim de se determinar as energias dos feixes espalhados, e, em seguida, o ângulo de espalhamento. onde: h é a constante de Planck, ν 0 é a frequência da radiação incidente no espalhador e m 0 c 2 é a energia de repouso do elétron. Assim, a taxa de fluência de fótons, Φ inc (E,θ) (em fótons.s 1.cm 2.keV 1 ) incidentes no simulador, foi obtida por: (4) onde: M é a massa irradiada do cilindro de PMMA, que espalha os fótons, os quais alcançarão o detector; na = N a /A, é o número de moléculas/grama de PMMA, sendo N a, o número de Avogadro e A, a massa molecular do PMMA; dω é o ângulo sólido de detecção da radiação espalhada; f(e,e,t) é um fator de correção para a absorção de fótons no espalhador, de espessura efetiva t, antes e depois do espalhamento [12]. Fig. 2 Arranjo experimental usado para espectrometria Compton para combinação Mo/Mo, mostrando: (1) espectrômetro de CdTe, com colimador de tungstênio com orifício de 2 mm, suporte e préamplificador, (2) cilindro espalhador de PMMA entre (3) placas do simulador de BR-12, o qual é colocado entre (4) bandeja de compressão e (5) receptor de imagens. 15

4 de Almeida Jr JN et al. / Dosimetria de raios X em mamografia dos conforme mostrado na equação (5) (em µgy/mas), utilizando valores experimentais de coeficientes mássicos para absorção de energia no BR-12 ((µ Ab /ρ) BR-12 ) determinados por nós [14] : O kerma no ar incidente e a dose absorvida no BR- 12 foram determinados integrando os respectivos espectros obtidos. Em seguida, as taxas de kerma no ar determinadas para a superfície do simulador foram comparadas com medidas diretas feitas com uma câmara de ionização 6M, modelo 10X5 (Radcal Corp.; Monrovia, CA, EUA). A partir dos valores de dose absorvida, obtidos para várias profundidades de BR-12 pelo método espectrométrico, doses relativas foram calculadas, construindose a curva de dose em profundidade para o BR-12 [15]. Além disso, tais valores foram comparados àqueles obtidos com TLD s, utilizando-se os resultados publicados por Stanton e cols. [8]. Aplicando fatores de conversão ( f g ) para tecido glandular, e de retroespalhamento (B), calculou-se a DGM, para cada tensão, em uma mama comprimida de espessura τ, pelo modelo de Hammerstein e cols. [16], que considera uma camada de 0,5 cm de tecido adiposo envolvendo o tecido glandular. Nesse modelo, a dose glandular média DGM N normalizada por unidade de kerma no ar (K S ) incidente na superfície é calculada por: (5) glandular média normalizada por unidade de kerma no ar incidente na superfície no simulador, e CSR, obtidos com a câmara de ionização, para o mamógrafo clínico. As incertezas estão expressas com fator de abrangência k = 1. A Fig. 3 mostra um espectro medido de feixe mamográfico obtido com tensão de 30 kv, na superfície do simulador de BR-12, antes e depois do processo descrito de reconstrução do espectro primário, evidenciando o deslocamento Compton. TABELA 1 Resultados de dose absorvida na superfície de BR-12 (D BR-12 ), kerma no ar incidente (K S ), DGM N, e camada semirredutora (CSR), obtidos por espectrometria Compton, a partir do feixe espalhado em um ângulo θ, para combinação Mo/Mo, para produto corrente-tempo de 100 mas. Tensão (kv) θ (graus) 103,05(5) 102,38(5) 100,68(5) D BR-12 6,2(2) 29,1(2) 47,5(2) K S 6,4(2) 30,9(2) 48,6(2) CSR (mmal) 0,38(3) 0,39(3) 0,43(4) DGM N 0,23(2) 0,16(2) 0,20(3) TABELA 2 Resultados obtidos com câmara de ionização, para dose na entrada da superfície de BR-12 (DEP(CI) BR-12 ), kerma no ar incidente (K S (CI)), DGM N e camada semirredutora (CSR), para combinação Mo/Mo, para 100 mas. Tensão (kv) DEP(CI) BR12 9,5(3) 12,6(4) 19,4(7) K S (CI) 8,7(3) 11,5(4) 17,8(6) CSR (mmal) 0,38(1) 0,40(3) 0,44(1) DGM N 0,23 0,16 0,20 (6) onde: K(z) é o kerma no ar medido no espaço de 6 mm entre as placas de BR-12, à profundidade média z da superfície. Para comparação de resultados, obtiveram-se valores de DGM N para o mamógrafo clínico, também por medição direta do kerma no ar na entrada do simulador com câmara de ionização, aplicando fatores de conversão especificados com base em algoritmo de Sobol [17]. RESULTADOS Na Tabela 1 estão listados os valores obtidos de dose absorvida, DGM N e kerma no ar, bem como de camada semirredutora (CSR) e ângulo de espalhamento, determinados para as medições feitas na superfície do simulador. Na Tabela 2 estão apresentados os resultados de kerma no ar incidente, dose na entrada da pele, dose Fig. 3 Comparação entre espectros de feixe espalhado corrigido (em número de fótons/kev, escala da direita) e do respectivo feixe primário (em fluência de fótons/kev, escala da esquerda), para tensão de 30 kv, sem atenuação de BR

5 A influência da tensão do tubo nos espectros dos feixes incidentes na superfície de BR-12 pode ser notada na Fig. 4, para tensões de 28 a 35 kv. A maior diferença entre eles está no final da região contínua, que corresponde aos fótons de maior energia produzidos para cada tensão aplicada. A Fig. 5 mostra uma comparação entre os espectros de feixes primários de raios X, obtidos para 30 kv (Mo/ Mo), para várias espessuras de atenuação do simulador. Na Fig. 6 observa-se a dependência aproximadamente linear dos valores de CSR com a profundidade de BR- 12 do simulador mamário, para todas as tensões investigadas. A Fig. 7 mostra as distribuições de dose em profundidade para a combinação Mo/Mo, obtidas para tensões de 28 a 35 kv. Para essa comparação, os valores determinados de kerma no ar e de dose absorvida foram corrigidos pelo inverso do quadrado da distância à superfície. As curvas exponenciais ajustadas aos valores de dose apresentaram resultados próximos entre si. DISCUSSÃO Neste trabalho foram apresentados resultados de distribuição de dose em profundidade e de DGM N em BR-12 (que simula mamas com tecidos glandular e adi- Fig. 4 Comparação entre espectros de fluência de fótons incidentes (normalizados pelas áreas) na faixa de mamografia (28, 30 e 35 kv). A largura à meia altura (FWHM) dos picos de raios X característicos sofre a influência do perfil Compton (devido basicamente ao efeito Doppler), mesmo após a reconstrução do espectro do feixe primário. Fig. 6 Variação de CSR (em mmal) em função da profundidade das placas de BR-12 (cm) (para 28, 30 e 35 kv), a partir das medições espectrométricas. Fig. 5 Espectros de fluência de fótons (normalizados pelo número de exposições do espectro obtido sem atenuação), após atravessar diferentes espessuras de BR-12, para tensão no tubo de 30 kv. A proporção entre as intensidades dos dois picos se modifica com a espessura atravessada. Fig. 7 Dose absorvida relativa, por unidade de kerma no ar incidente, em função da espessura de BR-12, para 28, 30 e 35 kv (para combinação Mo/Mo). 17

6 de Almeida Jr JN et al. / Dosimetria de raios X em mamografia poso na mesma proporção), na faixa de mamografia, além de espectros dos feixes de raios X primários incidentes em diferentes camadas do simulador, obtidos via espectrometria Compton, para um equipamento mamográfico clínico. A Fig. 8 mostra, como exemplo, a comparação entre as curvas de kerma no ar relativo, em função da profundidade de BR-12, obtidas neste trabalho e do artigo de Stanton e cols. [8]. Observa-se concordância entre os resultados, dentro das incertezas. Pelos resultados, verifica-se que o método empregado é uma boa alternativa principalmente para a determinação da dose glandular media normalizada por unidade de kerma no ar incidente, DGM N, bem como de distribuições de dose em profundidade em simuladores mamários. Em paralelo, o método possibilita o conhecimento dos espectros dos feixes primários, para equipamentos mamográficos, através de medidas espectrométricas, utilizando-se o espalhamento Compton, que reduz a taxa de fluência que incide no detector, permitindo, inclusive, medições em ambientes clínicos, durante procedimentos de garantia de qualidade. O método possibilita novos recursos à proteção radiológica em mamografia e permite determinar como a distribuição de dose se comporta ao longo da espessura do tecido mamário da paciente. Verifica-se (Fig. 5) que o espectro da radiação que atinge camadas mais profundas da mama apresenta energia média (e, portanto, poder de penetração) crescente com a espessura, afetando igualmente o valor da CSR, que cresce linearmente com a profundidade penetrada (Fig. 6). Isso justifica a distribuição de doses obtida (Fig. 7), já que a maior parte da radiação (pelo menos 75%) é absorvida nos primeiros 2 cm de profundidade da mama. Agradecimentos Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pelo apoio financeiro; à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e à International Atomic Energy Agency (IAEA), por parte dos equipamentos; e ao Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (IEE- USP), pela infraestrutura e suporte técnico. Fig. 8 Curva de kerma no ar relativo, para 30 kv, obtida neste trabalho (usando 0,6 cm de deslocamento entre placas, para a inserção do espalhador), comparada com os resultados de Stanton e cols. [8], a partir de medições feitas com TLD s. REFERÊNCIAS 1. Ministério da Saúde do Brasil, Instituto Nacional do Câncer, Estimativa 2010: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro, RJ: INCA; Disponível em: Moss SM, Cuckle H, Evans A, Johns L, Waller M, Bobrow L. Effect of mammographic screening from age 40 years on breast cancer mortality at 10 years follow-up: a randomized controlled trial. Lancet 2006;368: Faulkner K. Mammographic screening: is the benefit worth the risk? Rad Prot Dosimetry 2005;117: Law J, Faulkner K. Cancers detected and induced, and associated risk and benefit, in a breast screening programme. Br J Radiol 2001;74: Furquim TAC. Metodologia para correlação entre doses e detectabilidade em imagens mamográficas padrões: aplicação no Estado de São Paulo. [Tese de Doutorado). São Paulo, SP: IPEN/ CNEN-SP; European Commission. European Protocol on dosimetry in mammography. EUR Luxembourg: European Commission; Dance DR, Skinner CL, Carlsson GA. Breast dosimetry. Appl Rad Isot 1999;50: Stanton L, Villafana T, Day JL, Lightfoot DA. Dosage evaluation in mammography. Radiology 1984;150: Johns HE, Cunningham JR. The physics if radiology. 4th ed. Springfield, IL: Charles C. Thomas; Vieira AA, Linke A, Terini RA, Herdade SB. Compton spectrometer for X-rays in the energy range from 10 to 150 kev. In: Proceedings of the International Nuclear Atlantic Conference, 2007, Santos. ABEN, RJ. 11. Yaffe M, Taylor KW, Johns HE. Spectroscopy of diagnostic X-rays by a Compton-scatter method. Med Phys 1976;3: Matscheko G, Ribberfors R. A Compton scattering spectrometer for determining X-ray photon spectra. Phys Med Bio.l 1987; 32: Hubbell JH, Veigele WJ, Briggs EA, Brown RT, Cromer DT, Howerton RJ. Atomic form factors, incoherent scattering functions and photons scattering cross sections. J Phys Chem 1975; 4: Terini RA, Almeida Jr JN, Herdade SB, Furquim TAC. Determinação experimental de coeficientes de atenuação de BR-12 através de espectrometria de fótons. In: Anais do XIV Congresso Brasileiro de Física Médica, 2009, São Paulo. 15. Terini RA, Almeida Jr JN, Herdade SB, Furquim TAC. Avaliação de doses de raios X no interior de simuladores mamográficos, usando espectrometria Compton. In: Anais da JPR 2009, Jornada Paulista de Radiologia, 2009, Sociedade Paulista de Radiologia, São Paulo. 18

7 16. Hammerstein GR, Miller DW, White, DR, Masterson ME, Woodard HQ, Laughlin JS. Absorbed radiation dose in mammography. Radiology 1979;130: Sobol WT, Wu X. Parametrization of mammography normalized average glandular dose tables. Med Phys 1997;24:547. Abstract. X-ray dosimetry in mammography for Mo/Mo combination utilizing Compton spectrometry. OBJECTIVE: To compare mammography benefit and X-ray induced cancer risk, one should investigate absorbed doses. For this purpose, spectra of primary X-ray beams from a clinical mammography equipment were determined for Mo/Mo target/filter combination, using Compton spectrometry and average glandular dose (AGD) in a BR-12 breast phantom was evaluated. MATERIAL AND METHOD: A CdTe detector was used for spectrometry of X-ray beams Compton scattered around 100, by a PMMA cylinder, for different depths inside the BR-12 phantom and voltages between 28 and 35 kv. The reconstruction of the primary beam spectra from the measured ones was followed by the determination of AGD. RESULTS: Half-value layer values determined by spectra resulted 0.39 to 0.45 mmal, and by ionization chamber, 0.38 to 0.42 mmal, respectively, for beams incident on the phantom surface. The AGD N normalized per unitary incident air kerma, on the BR-12 surface, ranged from to CONCLUSION: The percentage deviation of AGD N, relative to the chamber measurements, ranged from 1% to 3%. The utilized method is a good alternative to determine AGD N and depth-dose distributions in breast phantoms. Keywords: Compton spectrometry; Mammography; Average glandular dose; Depth-dose distribution; CdTe detector; BR-12 phantom; Klein- Nishina theory. 19

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