Filipe Campelo Leopoldo. Movimento: Abordagem neuromotora

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1 Filipe Campelo Leopoldo Movimento: Abordagem neuromotora Trabalho de conclusão de curso apresentado a Universidade Católica de Brasília UCB como requisito para para obtenção do título de licenciado em Educação Física. Brasília 2011

2 4 Movimento: Abordagem neuromotora Filipe Campelo Leopoldo Este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foi julgado adequado para obtenção do título de licenciado em Educação Física e aprovado em sua forma final junto a Universidade Católica de Brasília, UCB. Prof. MSc. Luiz Antonio Rocha Orientador Educação Física UCB Prof. Dr. José Carlos Vidal Examinador Educação Física UCB

3 5 ÍNDICE 1 Introdução 2 Descrição a respeito do sistema nervoso 2.1 Origens do sistema nervoso 2.2 Classes de células e estruturas do sistema nervoso 3 Sistema nervoso (organização) 4 Organização cortical do movimento 4.1 Movimentos voluntário e reflexo 5 Fisiologia da coordenação motora 5.1 A junção neuromuscular 5.2 No topo da hierarquia - o córtex motor 5.3 Gânglios da base 5.4 O cerebelo 6 Bibliografia 7 Referências

4 6 1 INTRODUÇÃO O sistema nervoso, atuando em conjunto com o sistema musculoesquelético, é responsável pela constante interação entre cada um de nós e o meio ambiente. Há, em nosso organismo, receptores sensíveis aos diferentes estímulos do meio externo e do meio interno.(berg BO. 1994; 1-26). Neurônios sensitivos conduzem as informações geradas no nível desses receptores até o sistema nervoso central, onde ocorre um processo de integração dessas informações. Circuitos neuronais responsáveis pela memória retêm esses dados, em muitos casos. Do sistema nervoso central podem partir impulsos nervosos pelos neurônios motores, que promoverão a contração muscular. O desenvolvimento motor acontece na fase embrionária que se dá a origem do SNC em um processo chamado neurulação. Este evento se baseia na diferenciação do ectoderma em neuroectoderma, influenciada pela notocorda. O neuroectoderma passa a ter maior espessura, formando uma placa alongada, a placa neural. Esta placa neural se invagina formando o sulco neural e posteriormente, a prega neural. As pregas se mesclam formando assim o tubo neural. O tubo neural é dividido em duas porções, a porção cefálica que dará origem ao encéfalo e a porção medular que dará origem á medula espinhal. A aprendizagem para a correta e precisa coordenação do esqueleto, articulações e músculos, resulta da recepção e da troca de informações entre o meio ambiente e os diferentes centros nervosos (Romanelli, 2003). Desta forma, todo o processo inicia-se com um estímulo de natureza físicoquímica advindo do ambiente que é transformado em impulso nervoso pelos órgãos dos sentidos em uma sequencia de acontecimentos ocorridos dentro do organismo que podem ser divididos em: intenção e motivação (regiões frontais do córtex); programação (gânglios da base); comando motor (córtex motor) e ajustes posturais (cerebelo e sistema vestibular) tem origem em um simples impulso transportado pela inervação sensitiva, passa pelo tronco cerebral, via tálamo e chega até um centro nervoso do córtex cerebral correspondente a natureza do estímulo (Bear et al, 2001). O objetivo desse trabalho é demonstrar, por meio de uma revisão de artigos, o caminho percorrido pelo estímulo nervoso, passando por diversas áreas do SNC até chegar aos devidos músculos efetores do movimento.

5 7 2 DESCRIÇÃO A RESPEITO DO SISTEMA NERVOSO: 2.1 Origem do sistema nervoso O sistema nervoso origina-se do folheto embrionário mais externo, o ectoderma. O inicio da formação dá-se por um espessamento do ectoderma situado acima da notocorda, formando a placa neural. Esta cresce progressivamente, espessa-se e adquire um sulco longitudinal, denominado sulco neural, que se aprofunda para formar a goteira neural. O tubo neural forma-se da fusão dos lábios da goteira neural. O ectoderma, ainda não diferenciado, fecha-se sobre o tubo neural, isolando-o do meio externo. A crista neural forma-se a partir de células que se desenvolvem de cada lado dos lábios da goteira neural. O sistema nervoso central (SNC) origina-se do tubo neural; o sistema nervoso periférico (SNP) e outros elementos originam-se da crista neural (Machado, 1993). Há uma ampla migração de células da crista neural por todo o mesênquima, estruturando diversas estruturas nervosas não situadas no sistema nervoso central, por exemplo, as células dos gânglios espinhais e autônomos, plexos mioentéricos, as células que Schwann, que formam a bainha de mielina dos axônios periféricos, além dos tecidos cromafins, como a medula da adrenal (Young e Heath, 2001: p ) (Moore e Persaud, 2000: p , ) Nas cristas neurais se diferenciam os neurônios sensitivos, cujos prolongamentos centrais ligam-se ao tubo neural, e os prolongamentos periféricos aos dermátomos dos somitos, á medula da glândula supra-renal, ás células de Schwann e a outros elementos. (Revista de Psicofisiologia, 2(1), 1998) Em determinada idade do embrião temos o tubo neural no meio, rodeado de goteira nas extremidades. O crescimento das paredes do tubo neural dá origem a seis lâminas. As duas lâminas alares e as duas basais derivam neurônios e núcleos ligados respectivamente á sensibilidade e á motricidade (Revista de Psicofisiologia, 2(1), 1998) A parte cranial do tubo neural origina o encéfalo do adulto; dilata-se constituindo o encéfalo primitivo, ou arquencéfalo. A parte caudal origina a medula do adulto. No arquencéfalo distinguem-se três dilatações: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. Com o subsequente desenvolvimento do embrião, do prosencéfalo originam-se o diencéfalo e telencéfalo. Do rombencéfalo originam-se o metencéfalo e o mienlencéfalo. O telencéfalo compreende uma parte mediana e duas porções laterais. As vesículas telencefálicas laterais crescem muito formando os hemisférios cerebrais que encobrem quase completamente aquela parte mediana e o diencéfalo (Revista de Psicofisiologia, 2(1), 1998) A "luz" da medula primitiva forma no adulto o canal central da medula. A cavidade dilatada do rombencéfalo forma o 4 ventrículo e aquelas do diencéfalo e da parte mediana do telencéfalo formam o 3 ventrículo. A "luz" do mesencéfalo constitui o aqueduto cerebral que une o 3 ao 4 ventrículo. A "luz" das vesículas telencefálicas laterais formam os

6 8 ventrículos laterais, unidos ao 3 ventrículo pelos forâmenes interventriculares. Com exceção do canal central da medula, todas estas cavidades contêm um líquido cérebro-espinhal ou liquor. (Revista de Psicofisiologia, 2(1), 1998) A diferenciação da estrutura cerebral começa durante o período embrionário, aproximadamente seis semanas após a concepção, e vai até quatro semanas depois do nascimento. (Revista de Psicofisiologia, 2(1), 1998) O córtex cerebral no feto torna-se identificável com cerca de oito semanas. Daí em diante, ele aumenta gradualmente em espessura, primeiro uniformemente, mas por volta da 2 semana aumenta diferenciadamente em cada parte. Por volta da 26 semana a maior parte do córtex mostra a estrutura típica de seis camadas, um tanto indeterminadas, de células nervosas com uma camada de fibra no centro. (Revista de Psicofisiologia, 2(1), 1998) De acordo com o desenvolvimento das diferentes partes do cérebro, podemos esquematizar alguns períodos de evolução sendo o 1 período no feto, até o 2 mês de gestação, permanecendo numa quase imobilidade. Num 2 período, da 5 a 8 semana de gestação, aparecem movimentos espontâneos. (Revista de Psicofisiologia, 2(1), 1998) Do 2 até o 4 mês de vida intrauterina aparecem os primeiros movimentos neurais, ou seja, aqueles comandados pelo sistema nervoso, que são mais ativos, rápidos, coordenados e amplos. Esses reflexos são consequências da diferenciação do neurônio motor periférico da placa matriz dos receptores periféricos e das células sensoriais. Há uma conexão entre os neurônios sensitivos externos e os motores, além de sensibilidade proprioceptiva em desenvolvimento. (Revista de Psicofisiologia, 2(1), 1998) Podemos dizer que as raízes motoras são mielinizadas antes das sensitivas (Revista de Psicofisiologia, 2(1), 1998) Do 4 ao 6 mês de vida intrauterina a diferenciação e delimitação das reações motoras e o aparecimento das vias respiratórias são os acontecimentos mais importantes. Os movimentos são mais rápidos e os reflexos transformam-se em cruzados. O final da vida intrauterina, do 6 ao 9 mês, caracteriza-se pela observação de reflexos e movimentos espontâneos, também o tônus muscular se apresenta consolidado. (Revista de Psicofisiologia, 2(1), 1998) No nascimento o córtex é muito pouco desenvolvido e sua aparência não sugere que muitas funções corticais, ou mesmo algumas, sejam possíveis. Dois claros gradientes de desenvolvimento ocorrem durante os primeiros dois anos. O primeiro se refere á ordem em que as áreas funcionais gerais do cérebro se desenvolvem, o segundo á ordem em que as estruturas se desenvolvem dentro das primitivas áreas correspondentes. A parte mais adiantada do córtex é a área motora primária, em seguida vem a área somato-sensitiva primária, depois a área visual primária e então a área auditiva primária. Todas as áreas de associação desenvolvem-se depois das áreas primárias correspondentes. Por volta do fim do 1 mês, a aparência da área motora primária do tronco e dos membros superiores sugere que ela talvez esteja funcionando. Aos três meses aproximadamente todas as áreas primárias estão relativamente maduras, sugerindo que a

7 9 visão e a audição simples são funcionais ao nível das áreas primitivas corticais, mas não ao nível que envolva qualquer função interpretativa dependente da área de associação. Nesta idade, a área motora constitui claramente a parte mais desenvolvida do córtex. (Revista de Psicofisiologia, 2(1), 1998) Entre seis e 15 meses a taxa de desenvolvimento a área motora primária ainda está ligeiramente adiantada em relação a todas as outras, mas dentro dela a área da perna ainda continua atrasada. A área de associação visual já amadureceu um pouco e está mais adiantada que a auditiva. Por volta dos dois anos, as áreas primárias sensitivas alcançam o desenvolvimento da área motora e as áreas de associação progrediram um pouco mais. (Revista de Psicofisiologia, 2(1), 1998) O cérebro continua a se desenvolver, no nível macroscópico, na mesma sequência, pelo menos até a adolescência e talvez até a idade adulta. A mielinização das fibras nervosas é somente um sinal de maturidade e as fibras podem conduzir impulso antes da mielinização. Como regra geral, as fibras que transmitem impulsos para áreas corticais específicas sofrem mielinização, ao mesmo tempo das que transmitem impulsos destas áreas para a periferia; assim a maturação ocorre em arcos reflexos ou unidades funcionais, em vez de ocorrer em áreas localizadas. Vários tratos como, por exemplo, o auditivo e o visual ainda não completaram sua mielinização, mesmo três ou quatro anos depois do nascimento. As fibras que ligam o cerebelo ao córtex cerebral e que são necessárias para o controle preciso dos movimentos voluntários, somente começam a se mielinizar depois do nascimento e só completam a mielinização aos quatro anos. (Revista de Psicofisiologia, 2(1), 1998) Os neurônios da formação reticular, envolvidos no processamento da atenção e da consciência, continuam a mielinizar pelo menos até a puberdade e talvez mesmo depois. A mielinização também é prolongada em partes do encéfalo anterior perto da linha média. Sugere-se que isto tem a ver com o desenvolvimento prolongado dos padrões de comportamento relacionados com atividades metabólicas viscerais e hormonais durante a vida reprodutora. Desde o nascimento a massa encefálica vai acelerando seu nível metabólico e intensifica-se a atividade mental. (Machado, 1993) 2.2 Classes de células e estruturas do sistema nervoso A célula neural, ou neurônio, e as células da glia, ou neuróglia, ou gliócitos, são os dois tipos básicos de células do sistema nervoso. O neurônio constitui a unidade básica, estrutural e funcional, e tem a função de receber, integrar, processar e transmitir informações. Os neurônios possuem um corpo celular, um axônio (elemento transmissor) e vários dendritos (elemento receptor). (Roberto Andersen, 2009) A neuróglia, por sua vez, desempenha uma série de funções auxiliares fundamentais para permitir o funcionamento normal dos neurônios. (Roberto Andersen, 2009)

8 10 Embora a forma neuronal apresente uma enormidade de variações, o neurônio típico pode ser apresentado como sendo constituído por: dendritos, que são os elementos receptores das informações (impulsos); o corpo celular, que constitui o seu centro metabólico, onde a informação recebida pelos dendritos é processada; e o axônio, que é o elemento que transmite essas informações (impulsos), já processados, para os dendritos dos próximos neurônios. Há também os botões terminais, na extremidade do axônio, por onde a transmissão é efetuada. (Roberto Andersen, 2009) Entre o terminal pré-sináptico do axônio de um neurônio e os receptores situados nos dendritos de um neurônio pós-sináptico, existe um estreito espaço intercelular, de aproximadamente 200Å a 300Å (Angstrons), chamado de fenda ou fissura sináptica (Santos,J.B., vol.i, p. (31).1984) Os neurotransmissores medeiam efeitos imediatos e curtíssimos sobre a célula pós-sináptica e atendem aos seguintes requisitos: são sintetizados no neurônio; estão presentes na terminação pré-sináptica, sendo liberados em quantidades suficientes para exercer ação definida sobre o neurônio pós-sináptico ou órgão efetor; administrado de forma exógena em concentrações adequadas, imita a ação do transmissor endógeno liberado; e deve existir um mecanismo específico para sua remoção do sítio de ação. (Roberto Andersen, 2009) Quanto à sua função os neurônios são classificados como: aferente ou sensitivo; eferente ou motor; e interneurônio ou neurônio de associação. (Roberto Andersen, 2009) Os aferentes transmitem as informações dos órgãos sensoriais ao sistema nervoso central. Os eferentes transmitem os comandos motores para os músculos, vísceras, glândulas, etc. Os interneurônios, localizados no interior do sistema nervoso central, estabelecem os contatos entre os aferentes e os eferentes, e constituem mais de 90 % da população neuronal. (Roberto Andersen, 2009) 3 SISTEMA NERVOSO (ORGANIZAÇÃO) O sistema nervoso é um sistema único e integrado, mas por conveniência de estudo, é dividido em duas partes principais: o sistema nervoso central, constituído pelo cérebro e medula espinal, ocupa a cavidade dorsal, atua como integrador e centro de comando de todo o sistema nervoso, interpreta a informação sensorial recebida e emite respostas baseadas na experiência passada, reflexos e condições existentes; o sistema nervoso periférico, que não faz parte do sistema nervoso central, e é constituído fundamentalmente pelos nervos que têm origem no cérebro e na medula espinal. Os nervos espinais transportam os impulsos para e da medula espinal. Os nervos cranianos transportam os impulsos para e do encéfalo. Estes nervos periféricos permitem a comunicação ligando todas as partes do corpo ao sistema nervoso central. [Sistema nervoso (organização). In Infopédia (Em linha) Porto: Porto Editora, ]

9 11 No sistema nervoso periférico consideramos duas divisões. A sensorial ou aferente que faz convergir, no sistema nervoso central, os impulsos captados nos receptores localizados nas várias partes do corpo. As fibras sensoriais que transportam os impulsos da pele, músculos esqueléticos, etc., são denominadas nervos somáticos aferentes, enquanto as que transportam os impulsos das vísceras se denominam nervos viscerais aferentes. Estes nervos sensitivos aferentes permitem que o sistema nervoso central esteja constantemente informado dos acontecimentos que ocorrem no corpo ou no exterior do corpo. A outra divisão é constituída pelos nervos motores ou eferentes que transmitem impulsos a partir do sistema nervoso central para os músculos ou glândulas, que é o efeito motor resposta. [Sistema nervoso (organização). In Infopédia (Em linha) Porto: Porto Editora, ] A divisão motora é subdividida em duas: O sistema nervoso somático, constituído pelas fibras motoras, que conduz os impulsos desde o sistema nervoso central para os músculos esqueléticos. É muitas vezes denominado como sistema nervoso voluntário, visto que controla, de acordo com a vontade, os músculos esqueléticos. [Sistema nervoso (organização). In Infopédia (Em linha) Porto: Porto Editora, ] O sistema nervoso autónomo, constituído por fibras nervosas motoras que regulam a atividade do tecido muscular liso, do tecido muscular cardíaco e das glândulas. É pelo facto de não podermos controlar determinadas atividades como o bater do coração, ou o movimento dos alimentos através do nosso sistema digestivo, que o sistema nervoso autónomo também é denominado sistema nervoso involuntário. No sistema nervoso autónomo podemos ainda considerar o sistema nervoso simpático e o parassimpático, que tipicamente têm efeitos opostos na atividade dos mesmos órgãos viscerais. Enquanto um estimula, o outro inibe. [Sistema nervoso (organização). In Infopédia (Em linha) Porto: Porto Editora, ] 4 ORGANIZAÇÃO CORTICAL DO MOVIMENTO 4.1 Movimento voluntário e reflexo Como já diz o próprio nome, o movimento voluntário depende de nossa vontade. No movimento voluntário há primeiramente uma representação mental e global do movimento, uma intenção, um desejo ou uma necessidade e, por último, a execução do movimento propriamente dito. O ato voluntário é sempre aprendido e é constituído por diversas ações encadeadas ( OLIVEIRA, 2001) O movimento reflexo é independente de nossa vontade e normalmente só depois de executado é que tomamos conhecimento dele. É uma reação orgânica sucedendo-se a uma excitação sensorial. O estímulo é captado pelos receptores sensoriais do organismo e levado ao sistema

10 12 nervoso, de lá provoca direta e imediatamente uma resposta motora. Dividese os reflexos em natos e adquiridos: (apud OLIVEIRA, 2001) Natos Independentes da aprendizagem, são determinados pela bagagem biológica, portanto, hereditários, quase sempre permanentes e comuns a uma mesma espécie animal. ( OLIVEIRA, 2001) Os adquiridos São reflexos aprendidos ou condicionados cuja ocorrência depende de uma história de associação entre estímulos inatos, que produzem resposta reflexa a outros estímulos. O reflexo adquirido é muito utilizado e desenvolvido em esportes e outras práticas corporais. ( OLIVEIRA, 2001). Os reflexos são divididos em reflexos fásicos e reflexos tónicos: (Trevisan, 2009 ) Os reflexos fásicos originam o movimento do corpo ou de uma das suas partes. Por exemplo, os movimentos de defesa, em que a aplicação de um estímulo doloroso na superfície de um membro leva a flexão do mesmo. (Trevisan, 2009 ) Os Reflexos tónicos mantêm a postura e o equilíbrio. É o caso do reflexo miotático (por ex: reflexo massetérico), em que há uma contração de um músculo, em resposta ao estiramento das suas fibras. Se a força for excessiva, o músculo relaxa-se bruscamente, reflexo miotático inverso. (Trevisan, 2009 ) O reflexo Miotático é essencial a execução do movimento voluntário, pois atua em regiões localizadas e predomina nos músculos extensores, embora também exista nos músculos flexores (a exceção dos músculos abaixadores da mandíbulas). Esse tipo de reflexo regula essencialmente o comprimento do músculo, em função da tração a que é submetido, ou seja, é essencial na regulação da postura (aspecto tónico) o que permite o ajustamento do corpo necessário à execução de movimentos voluntários (aspecto físico). (Trevisan, 2009). 5 FISIOLOGIA DA COORDENAÇÃO MOTORA: Para desempenhar movimentos simples como o ato de apanhar uma bola o cérebro tem que realizar tarefas muito complexas. A bola a ser apanhada é leve ou pesada? De que direção vem a bola e qual a sua velocidade? Ação de coordenação - Como é que coordenamos automaticamente os membros para apanhar a bola e qual a posição mais vantajosa? Execução - O braço movimenta-se para o local exato e os dedos da mão apertam no tempo certo? Ha muitas áreas do cérebro envolvidas neste procedimento. A atividade neuronal nestas áreas é combinada de modo a formar uma cadeia de comando bastante ampla uma hierarquia motora envolvendo o córtex cerebral e gânglios da base, até ao cerebelo e medula espinhal. ( (movimento), 2011)

11 A junção neuromuscular Os neurônios não existem isoladamente: eles também se conectam uns aos outros formando as chamadas cadeias neuronais, as quais transmitem informações a outros neurônios ou músculos. Por essas cadeias caminham os impulsos nervosos. Dois tipos de fenômenos estão envolvidos no processamento do impulso nervoso: elétrico e químico. Os eventos elétricos propagam um sinal dentro de um neurônio, e o químico transmite o sinal de um neurônio a outro ou a uma célula muscular. O "engate" ou junção entre um neurônio e outro, é denominado sinapse. ( (movimento), 2011) A junção neuromuscular no extremo inferior da hierarquia, na medula espinhal, centenas de neurónios especializados, os neurónios motores, aumentam a sua frequência de disparo. Os axônios destes neurônios projetam-se até aos músculos onde estimulam fibras musculares contrácteis. As ramificações terminais dos axônios de cada neurônio motor formam junções neuromusculares especializadas, com um número limitado de fibras musculares. Cada potencial de ação gerado num neurônio motor induz a libertação de neurotransmissores dos terminais nervosos e gera um potencial de ação correspondente nas fibras musculares. Este processo leva à libertação de íons Ca2+ de reservatórios intracelulares, localizados no interior de cada fibra muscular, que por sua vez induz a contração das fibras musculares, produzindo força e movimento. Para contrair os músculos, os nervos formam contatos especializados com fibras musculares únicas, ao nível das junções neuromusculares. À medida que se desenvolvem, múltiplas fibras nervosas dirigem-se até uma fibra muscular mas, devido à competição entre neurónios, excetuando uma que fica viável todas as outras são eliminadas. A fibra nervosa vitoriosa pode então libertar o seu neurotransmissor, acetilcolina, sobre os seus detectores moleculares (receptores) localizados nas placas motoras. ( (movimento), 2011). A medula espinhal desempenha um papel importante no controle dos músculos, que pode incluir o uso de vias de reflexo. Entre estes encontram-se os reflexos de retirada, que nos protegem de objetos cortantes ou muito quentes, e os reflexos de distensão, que desempenham um papel importante na postura. O reflexo bem conhecido de distensão da perna após estimulação no joelho é um exemplo de um reflexo de distensão especial pois envolve apenas dois tipos de neurônios: neurônios sensoriais, que avaliam o comprimento dos músculos, ligados através de sinapses com neurónios motores que induzem o movimento. Estes reflexos combinam-se com outros mais complexos, em circuitos espinhais, responsáveis por comportamentos ou respostas mais ou menos complexas, tais como o movimento rítmico dos membros na ação de caminhar ou correr. Estes processos envolvem excitação e inibição coordenada dos neurónios motores. Os neurónios motores são

12 14 responsáveis pelo controlo dos músculos. No entanto, o cérebro é confrontado com enormes desafios para controlar a atividade destas células. ( (movimento), 2011) 5.2 No topo da hierarquia - o córtex motor No lado oposto da hierarquia motora, no córtex cerebral, um número de cálculos complexos tem que ser realizado por milhares de células para controlar cada elemento do movimento. Estes cálculos permitem o desempenho de movimentos precisos e suaves. Entre o córtex cerebral e os neurônios motores da medula espinhal, áreas críticas do tronco cerebral combinam informação ascendente, proveniente dos membros e dos músculos, com informação descendente proveniente do córtex cerebral. O córtex motor, formado por uma fina camada de tecido na superfície do cérebro, está localizado em posição adjacente e frontal ao córtex somatossensorial. Neste local encontra-se mapeado todo o corpo: os neurónios que promovem movimento dos membros (através de ligações aos neurónios motores na medula espinhal) encontram-se organizados topograficamente. Em frente ao córtex motor localizam-se áreas prémotoras envolvidas no planejamento de ações, preparando circuitos da medula espinhal para o movimento, e para a associação entre a visão dos movimentos e a compreensão dos gestos. Além do córtex motor, no córtex parietal existem áreas envolvidas na representação espacial do corpo e no processamento de informação auditiva e visual. Estas áreas parecem conter um mapa da posição dos nossos membros e da posição relativa dos alvos da nossa atenção, relativamente à posição do nosso próprio corpo. ( (movimento), 2011) 5.3 Os gânglios da base Os gânglios da base são um aglomerado de áreas interligadas, que se localizam profundamente nos hemisférios cerebrais, por baixo do córtex. Desempenham um papel crucial na iniciação dos movimentos. No entanto, os mecanismos envolvidos neste processo ainda não estão esclarecidos. Os gânglios da base parecem funcionar como um filtro complexo, selecionando informação, entre a grande diversidade de sinais que lhes chegam, proveniente da metade anterior do córtex (as regiões sensoriais, motoras, pré-frontais e límbicas). As respostas provenientes dos gânglios da base são enviadas de volta a áreas do córtex motor. ( (movimento), 2011) 5.4 O cerebelo

13 15 O cerebelo é fundamental para o desempenho de movimentos complexos e bem precisos. Tal como os gânglios da base, é uma estrutura altamente interligada com áreas corticais dedicadas ao controlo motor, e também com estruturas do tronco cerebral. O cerebelo é também vital para a aprendizagem motora e adaptação. Praticamente todas as ações voluntárias estão sujeitas a controlo preciso por parte de circuitos motores, e o cerebelo tem um papel crítico na otimização do controlo motor nomeadamente na sincronização temporal. É possuidor de uma organização cortical bastante regular, e parece ter evoluído de modo a processar simultaneamente uma grande quantidade de informação proveniente dos sistemas sensoriais, das áreas corticais motoras, da medula espinhal e do tronco cerebral. Assim, quando nos passam uma bola para apanhar, todos os níveis hierárquicos do sistema motor são envolvidos na ação desde a fase de planejamento da ação em relação ao alvo visual em movimento, programação dos movimentos dos membros, e ajuste dos reflexos de postura dos braços. Nestas etapas é necessário integrar a informação sensorial no fluxo de sinais enviados aos músculos. ( (movimento), 2011)

14 16 6 Conclusão Conclui-se que o desenvolvimento motor, consiste em um processo bastante complexo, onde o sistema de nervos é totalmente integrado aos órgãos efetores do movimento, gerando uma cadeia de informações entre neurônios nas quais elementos externos (ambientais) são de extrema importância para a maturação e o funcionamento do mesmo. O educador físico exerce elevada importância no processo de maturação da motricidade, pois pode utilizar vários artifícios, como a aplicação de exercícios específicos para estimular a coordenação a se desenvolver em níveis específicos para um determinado tipo de esporte, otimizando a performance. Segundo os autores pesquisados, esses estímulos advindos do meio e de profissionais especializados, podem ajudar desde muito cedo na maturação do sistema neuronal do movimento, por existirem fases onde o acompanhamento de um educador físico pode, além de melhorar muito, ajudar no desenvolvimento das áreas nervosas destinadas a movimentação do ser humano.

15 17 7 Referências 1. Berg BO. Child neurology: a clinical manual. 2nd ed. Philadelphia: J. B. Lippincott Company 1994; BEAR, Mark; CONNORS, Barry W.; PARADISO, Michael A. Neuroscience: Exploring The Brain. 2a ed. Maryland: Lippincott Williams & Wilkins, ROMANELLI, E.J. Neuropsicologia aplicada aos distúrbios de aprendizagem: "Prevenção e Terapia". Temas em Educação II - Jornadas 2003, Machado, Ângelo, Neuroanatomia Funcional. Rio de Janeiro: Atheneu 5. Young B, Heath JW. Wheater/ Histologia Funcional Texto e Atlas em Cores. 4a ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, p Moore KL, Persaud TVN. Embriologia Clínica. 6a ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, p , Revista de Psicofisiologia, 2(1), Roberto Andersen, Presidente do instituto univérsico de pesquisa e educação, Sistema nervoso (organização). In Infopédia (Em linha) Porto: Porto Editora, OLIVEIRA, Gislene de Campos. Psicomotricidade: Educação e Reeducação num enfoque Psicopedagógico. 5ª edição. Petrópolis: Editora Vozes, Trevisan, Luiz Braincampaign.org, (movimento), 2011

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