PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS

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1 PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNCIOS FLORESTAIS PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNCIOS FLORESTAIS PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE A PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS GURUPI - TO NOVEMBRO Município de Bom Jesus (PI)

2 equipe técnica INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS IBAMA CENTRO NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS RODRIGO DE MORAES FALLEIRO - CHEFE NÚCLEO DE INTERAGÊNCIAS E CONTROLE DE QUEIMADAS LARAH STEIL MARIANA SENRA DE OLIVEIRA NÚCLEO DE OPERAÇÕES E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS ANA MARIA CANUT CUNHA CLEMILTON FIRMINO DE MACEDO DEVALCINO FRANCISCO DE ARAÚJO GABRIEL CONSTANTINO ZACHARIAS JOSÉ ARRIBAMAR DE CARVALHO GIZ/AMBERO PHILIPP BUSS ANGELA CORDEIRO FUNDAÇÃO DE APOIO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO DO TOCANTINS COORDENADOR MARCOS GIONGO EQUIPE TÉCNICA ANTONIO CARLOS BATISTA JADER NUNES CACHOEIRA MARCELO RIBEIRO VIOLA DAMIANA BEATRIZ DA SILVA ANDRE FERREIRA DOS SANTOS JOÃO BATISTA LOPES DA SILVA MARIA CRISTINA BUENO COELHO JESSICA NEPOMUCENO PATRIOTA MANOEL RIBEIRO DE SOUZA JUNIOR INGRIDY MIKAELLY PEREIRA SOUSA

3 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO Caracterização da área... 2 Histórico... 2 Informações gerais e localização... 2 Clima... 3 Uso do solo e vegetação... 4 Hidrografia... 5 Relevo... 5 Unidade de Conservação no município de Bom Jesus (PI)... 6 Povos Indígenas na Ilha do Bananal... 6 Situação fundiária... 6 Conflitos Ações de prevenção e combate na região Histórico da ocorrência de incêndios Áreas prioritárias para a proteção Áreas com maior risco de incêndios AÇÕES PREVENTIVAS Centros de gerenciamento de fogo Campanhas educativas Controle de queima e queima controlada Manejo de combustíveis Monitoramento meteorológico/risco de incêndios Definição de sistema de vigilância/detecção de incêndios AÇÕES DE PRÉ SUPRESSÃO Recursos humanos Contingente de brigadistas e de combatentes Demandas e capacitação Recursos materiais e serviços logísticos Facilidades para o combate Ações interagências e estabelecimento de parcerias COMBATE A INCÊNDIO Sistema de acionamento Organização para o combate Desmobilização SISFOGO PESQUISAS MAPA OPERATIVO (em anexo)

4 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ADAPI ANAC CGF CODEVASF CONAMA EMATER EMBRAPA FAPTO GPS ha hab IBAMA IBGE ICMBio IDHM INCRA INMET INPE INTERPI km km² mm MMA MODIS ONG PFT PI Prevfogo PO PS ROI RPPN Agência de Defesa Agropecuária do Piauí Agência Nacional de Aviação Civil Centro de Gerenciamento de Fogo Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba Conselho Nacional do Meio Ambiente Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins Global Positioning System hectares habitantes Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Instituto Chico Mendes da Biodiversidade Índice de Desenvolvimento Humano Municipal Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária Instituto Nacional de Meteorologia Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais Instituto de Terras do Piauí quilômetro quilômetro quadrado milímetro Ministério do Meio Ambiente Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer Organizações não Governamentais Grupo de Pesquisas Florestais no Estado do Tocantins Estado do Piauí Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais Plano Operativo Posto de Saúde Registro de Ocorrência de Incêndios Reserva Particular do Patrimônio Natural

5 SAMU SDR SEBRAE SEMAR SETRANS SisFogo SISNAMA SRTM UC UFPI Serviço de Atendimento Móvel de Urgência Secretaria do Desenvolvimento Rural do Estado do Piauí Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Piauí Secretaria de Transportes do Estado do Piauí Sistema Nacional de Informações sobre Fogo Sistema Nacional do Meio Ambiente Shuttle Radar Topography Mission Unidades de Conservação Universidade Federal do Piauí

6 APRESENTAÇÃO O Plano Operativo de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do município de Bom Jesus (PI) é decorrente do contrato n VN do Projeto: Manejo do Fogo PN 147 estabelecido entre a AMBERO Consulting GesellschaftmbH e a Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins (FAPTO) que encontra se no âmbito do Projeto da Cooperação Técnica Alemã GIZ/AMBERO Prevenção, controle e monitoramento de queimadas irregulares e incêndios florestais no Cerrado. A estruturação do presente documento teve como referência o Roteiro Metodológico para a elaboração de Planos Operativos de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais de autoria do PREVFOGO/IBAMA e as orientações do Termo de Referência, Anexo 1 do contrato. Neste documento todas as referências espaciais descritas no texto são apresentadas em coordenadas geográficas (graus, minutos e segundos) no Sistema de Referência Geodésico SIRGAS 2000, sendo as figuras e mapas no mesmo sistema, porém na projeção UTM (Universal Transversa de Mercator) (fuso 23). 1

7 1 APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO 1.1 Caracterização da área Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais Bom Jesus (PI) Histórico Segundo IBGE (2013) as primeiras habitações em Buritizinho, hoje cidade de Bom Jesus (PI), datam do século XVIII, dando ao município a condição de um dos mais antigos centros de povoamento do Estado do Piauí. Diante do progresso da localidade, o Conselho Geral da Província, em 1833, solicitou do Governo Imperial de Lisboa a criação da Paróquia de Bom Jesus da Boa Sentença, efetivada em 1838, com a denominação de Paróquia de Bom Jesus do Gurguéia, sendo cinco anos depois fixados os limites entre a nova freguesia e a de Nossa Senhora do Livramento, em Parnaguá, da qual fora desmembrada. Em 1853, Bom Jesus (PI) já contava com habitantes e, em dezembro de 1855, foi o povoado elevado à categoria de Vila, obedecendo aos mesmos limites da paróquia, instalada em 1858, permanecendo em divisão administrativa referente ao ano de Em divisões territoriais datadas de 31 julho de 1936 e 31 de julho de 1937, o município aparece com a denominação simplificada para Bom Jesus (PI). Não há ato mudando a denominação do município de Bom Jesus do Gurguéia para Bom Jesus (PI). Informações gerais e localização O município está localizado na microrregião do Alto Médio Gurgéia, compreendendo uma área de 5.469,18 km 2, tendo como limites ao norte os municípios de Currais (PI) e Santa Luz (PI), ao sul Monte Alegre do Piauí (PI) e Redenção do Gurguéia (PI), a leste Monte Cabeça no Tempo Santa Luz (PI), Guaribas (PI) e Pilão Arcado (PI), e a oeste Baixa Grande do Ribeiro (PI) e Gilbués (PI). A sede municipal tem as coordenadas geográficas de 09 04' 03,76'' de latitude sul e 44 22' 20,24'' de longitude oeste (Datum: WGS84) (Figura 1). Fonte: PFT (2013) Figura 1 Localização do município de Bom Jesus (PI). A população total de Bom Jesus (PI), segundo o censo 2010 do IBGE, é de habitantes e uma densidade demográfica de 4,14 hab/km 2. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Bom Jesus (PI) é 0,668, em O município está situado na faixa de Desenvolvimento Humano Médio (IDHM entre 0,6 e 0,699). No município a agricultura de milho e principalmente a soja se destacam na economia local. 2

8 Clima As condições climáticas do município de Bom Jesus (PI) apresentam temperaturas mínimas de 18 C e máximas de 36 C, com clima quente e semiúmido. A precipitação pluviométrica média anual, na sede municipal, é de aproximadamente 870 mm, sendo definido como um clima equatorial continental. O período chuvoso estende se de novembro / dezembro até os meses de abril / maio, sendo o trimestre mais úmido entre os meses de dezembro a fevereiro (CODEVASF, 2001). As figuras 2 e 3 apresentam a variação temporal dos principais elementos monitorados na Estação Meteorológica Automática de Superfície do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) localizada no município de São João do Piauí (PI) e Gilbués (PI), tendo como base os dados do período de agosto de 2007 a dezembro de Existe no município de Bom Jesus (PI) uma estação meteorológica convencional, entretanto não foi possível obter os dados desta estação. Observa se que a partir dos meses de março a setembro a umidade relativa do ar sofre forte declínio. No mesmo período a velocidade do vento apresenta um comportamento inverso ao da umidade relativa do ar, atingindo os valores máximos no mês de setembro. O período seco do município se caracteriza intensivamente durante o período de maio a setembro (Figura 2). Vel. média do Vento (m/s) 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Umidade Relativa do Ar (%) Umidade Relativa do Ar (%) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Precipitação (mm) Vel. média do vento (m/s) UR (%) Precipitação (mm) UR (%) Fonte: PFT (2013) adaptado do INMET (2013) Figura 2 Dados climáticos médios da estação meteorológica de São João do Piauí (PI), durante o período de agosto 2007 a dezembro 2012 para a velocidade média do vento e umidade relativa do ar e de janeiro 2008 a dezembro 2012 para precipitação. 4, Vel. média do Vento (m/s) 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0, Umidade Relativa do Ar (%) Umidade Relativa do Ar (%) Precipitação (mm) 0, Vel. média do vento (m/s) UR (%) Precipitação (mm) UR (%) Fonte: PFT (2013) adaptado do INMET (2013) Figura 3 Dados climáticos médios da estação meteorológica de Gilbués (PI), durante o período de maio 2009 a dezembro

9 Uso do solo e vegetação Em Bom Jesus (PI) não existem trabalhos recentes que demonstrem a situação atual do uso do solo no município. Em 2003 foi realizado um mapeamento temático da região pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF) (Tabela 1 e Figura 4). Em função do grande desenvolvimento das atividades agronômicas na região nos últimos anos, os dados de 2003 podem estar bastante desatualizados. Neste levantamento, em 2003, o município de Bom Jesus (PI) apresentava a grande maioria de sua superfície de áreas de Cerrado, cerca de 74 % do município. Outra tipologia importante eram as áreas de Caatinga que ocupavam 40 mil ha, que representavam 15,46 % do município. As áreas agrícolas neste levantamento indicavam menos de 5 % do território do município. Fonte: PFT (2013) adaptado da CODEVASF (2003) Figura 4 Vegetação e uso do solo no município de Bom Jesus (PI) (2003). Atualmente, em 2013, análises preliminares em imagens de satélite, indicam que Bom Jesus (PI) apresenta cerca de 108 mil ha destinados a atividade agrícola, o que representa cerca de 20 % de sua área total (Figura 5). Isto representou um crescimento de cerca de 300 % da área agrícola nos últimos 10 anos. Fonte: PFT (2013) Figura 5 Composição Landsat 8 do município de Bom Jesus (PI) (Imagem de 2013; Composição de bandas 543). 4

10 Tabela 1 Uso do solo do município de Bom Jesus (PI) em 2003 (hectares). Tipologia Área (ha) % Agricultura de sequeiro ,49 4,83 Agricultura irrigada 49,69 0,01 Agropecuária ,28 4,09 Caatinga ,89 15,46 Cerrado ,37 74,18 Área urbana 441,91 0,08 Corpos d água 389,30 0,07 Mata ciliar 6.953,81 1,27 Total geral ,66 100,0 Fonte: PFT (2013) adaptado de CODEVASF (2003) No município de Bom Jesus (PI) é presente parte da unidade de conservação: Parque Nacional Serra das Confusões, que ocupa uma área de aproximadamente 104 mil ha, representando 19% da área total do município. Hidrografia De acordo com a divisão hidrográfica estadual, inserem se no município duas importantes bacias: Bacia do Rio Gurguéia e a Bacia do Rio Uruçuí Preto. A Bacia do Rio Gurguéia é a mais representativa, abrangendo cerca de 74,8% da área do município. A Bacia do Rio Uruçuí Preto ocupa cerca de 1,3 mil ha representando 25% do município (Tabela 2). O rio Gurguéia é o principal curso d água do município, em sua margem encontra se a sede municipal e muitas outras comunidades. A rede hidrográfica é também formada seguintes riachos: Matões, Tábua, São Francisco, Bois e da Roça. Tabela 2 Bacias hidrográficas presentes no município de Bom Jesus (PI). Bacia Área (km 2 ) % Mapa Bacia do Rio Gurguéia 4.087,43 74,8 Bacia do Rio Uruçuí Preto 1.377,34 25,2 Total 5.464,77 100,0 Fonte: PFT (2013) adaptado de SEMAR (2013) Relevo O relevo predominante no município de Bom Jesus (PI) é formado pela presença de grande chapadas. Certa de 68% do território do município apresenta declividades inferiores a 5%; 15% com declividades de 5 a 10%; 10% com declividades de 10 a 20%; 5% com declividades de 20 a 35% e 2% com declividades acima de 35%. As áreas com maiores declividades, em sua maioria, são encontradas na transição entres os platôs (chapadas) e os vales. O relevo da região é formado por diversas serras, a principal delas é a Serra do Quilombo, pois, além de sua grande dimensão, é nela que estão concentradas as atividades agrícolas do município. Existem também outras serras, tais como: Serra Vermelha e Uruçuí. Na figura 6 são apresentados os dados SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) do município de Bom Jesus (PI). 5

11 Fonte: PFT (2013) Figura 6 Características do relevo do município de Bom Jesus (PI) Shuttle Radar Topography Mission (SRTM). Unidade de Conservação no município de Bom Jesus (PI) Parque Nacional da Serra das Confusões O parque foi criado através do Decreto sem número emitido pela Presidência da República em 2 de outubro de 1998 com uma área de ha. Em 30 de dezembro de 2010, um novo decreto foi emitido pela Presidência da República, ampliando a área do parque para os atuais ha. O Parque Nacional da Serra das Confusões é uma unidade de conservação brasileira de proteção integral da natureza localizada na região sudoeste do Estado do Piauí. O território do parque está distribuído pelos municípios de Alvorada do Gurguéia (PI), Bom Jesus (PI), Brejo do Piauí (PI), Canto do Buriti (PI), Caracol (PI), Cristino Castro (PI), Curimatá (PI), Guaribas (PI), Jurema (PI), Redenção do Gurguéia (PI), Santa Luz (PI) e Tamboril do Piauí (PI). O parque tem como principal objetivo o resguarde de uma amostra significativa dos ecossistemas presentes no bioma de caatinga, que se encontra ainda bastante preservada no estado do Piauí, possuindo ainda grande beleza cênica e alto valor histórico, cultural e científico. Além das diferentes formações vegetacionais bastante preservadas, o parque possui inúmeros sítios arqueológicos em suas cavernas e grutas, inclusive apresentando litogravuras nos paredões rochosos de grande valor histórico, científico e cultural. Situação fundiária No município de Bom Jesus (PI) são presentes três áreas de assentamento rurais, sendo: Projeto de Assentamento Flores; Projeto de Assentamento Brejo dos Altos; e Projeto de Assentamento Conceição. As atividades desenvolvidas nestes assentamentos são basicamente a agricultura familiar onde são cultivados principalmente milho e mandioca. A criação de gado também é presente, voltada essencialmente para a subsistência. Os assentados, por meio do apoio da CODEVASF, pretendem desenvolver a atividade de apicultura em suas áreas por meio de uma associação. Durante as atividades de campo foram citados por diversos moradores e autoridades a existência de processos e/ou análise de implantação de novos projetos de assentamento, sendo estes: Correntinho, Terras Pretas e Fazenda Aroeira. 6

12 Conflitos Os conflitos existentes no município de Bom Jesus (PI) estão relacionados ao uso e ocupação do solo bem como à expansão da fronteira agrícola. Os principais problemas presentes atualmente na região são: Expansão da fronteira agrícola: impulsionada por políticas públicas voltadas à ocupação de terras e ao desenvolvimento regional chegou ao Cerrado piauiense o cultivo de grãos atraídos pelas condições topográficas e climáticas adequadas e extensas áreas disponíveis à exploração. No último decênio o polo de desenvolvimento do Gurguéia que engloba a microrregião do Alto Médio Gurguéia, onde o município de Bom Jesus (PI) está inserido, vivência do crescimento econômico através da exploração das áreas de Cerrado para atender a demanda de exportação, sem um correto planejamento sócio ambiental. Em Bom Jesus (PI), como em outros municípios da região sul do Estado do Piauí, os chapadões, mais precisamente nos platôs da Serra do Quilombo, com dezenas de quilômetros de extensão, favorecem a mecanização das lavouras e explicam a abundância de tratores e colheitadeiras. O franco desenvolvimento agrícola de Bom Jesus (PI) tem provocado uma imensa abertura de áreas para plantações e como técnica de limpeza das áreas os proprietários fazem o enleiramento do material desmatado e usam o fogo para o término da limpeza. Outra prática evidenciada pelos levantamentos de campo é a realização de aceiros com a queimada de faixas de terra das reservas legais que fazem divisa das propriedades com as encostas das serras a fim de evitar que o fogo vindo de baixo salte para a palhada. Agropecuária: Aliado à expansão agrícola nas áreas de Cerrado de Bom Jesus (PI), as atividades da agropecuária tem contribuído para com as queimadas tanto no Cerrado como na Caatinga sendo persistente, ainda, a queimada para fazer a roça de toco. As pequenas propriedades rurais, onde predomina os cultivos da agricultura familiar e criação de gado para subsistência, estão localizados principalmente nas várzeas do rio Gurguéia e do riacho Corrente dos Matões, e o fogo tem sido o mecanismo de manejo tanto para a abertura de áreas para plantação de pequenas lavouras como para queima dos pastos para rebrota. A ausência de tecnologias mais eficazes de cultivo e manejo de pastagens para o gado é um dos fatores que contribuíram para o uso indiscriminado do fogo como forma de preparo do solo para o cultivo e a pecuária extensiva de subsistência. O desenvolvimento da bovinocultura de forma intensiva, aproveitando as áreas dos baixões, tende a se intensificar uma vez que neste ano o Estado do Piauí recebeu a outorga de região livre da febre aftosa o que tem provocado um maior ânimo por parte dos criados em aumentar a produção. Fundiários: O Estado do Piauí como um todo possui conflitos ligados à questão fundiária. Em 2012 o INCRA no Piauí identificou a existência de 34 imóveis com indícios de grilagem no Estado. Dos ,8 ha de terras possivelmente ilegais, quase a metade, ,4 hectares, está localizada em três municípios: Barreiras do Piauí, Gilbués e Uruçuí. As áreas foram levantadas a partir do trabalho de fiscalização cadastral realizado rotineiramente pelo INCRA. Os indícios de grilagem aparecem por falhas na documentação apresentada para comprovar o domínio do imóvel, o que geralmente é indicativo de falsificação. Esta situação também é grave em Bom Jesus (PI) tendo em vista que, pelos trabalhos de campo realizados, ficou evidenciada a preocupação tanto dos moradores quanto das autoridades públicas. Devido à grande quantidade de litígios, o Tribunal de Justiça de Piauí implantou, em abril de 2012, uma Vara Agrária para atender a comarca de Bom Jesus (PI), bem como atender a outras 23 cidades como Itaueira, Canto do Buriti, Cristino Castro, Santa Filomena, Ribeiro Gonçalves, Guadalupe e Corrente. Dados de maio deste ano, 2013, revela que somente a Vara Agrária de Bom Jesus (PI) 7

13 bloqueou mais 1 milhão de hectares de terras, aumentando para 6 milhões os hectares que tiveram seus registros em cartórios bloqueados na região. A Vara Agrária, recém instalada, tem entre irregularidades escrituras públicas de compra e venda de terras, questões de documentos, e questões de títulos oriundos do próprio Estado. Caça: Pescadores e caçadores também contribuem, através das pequenas fogueiras que fazem nos acampamentos, para o agravamento da situação dos incêndios florestais. Nem sempre as fogueiras são apagadas corretamente e o fogo se propaga. Além disso, a região sofre com uma grande pressão de caça, na qual fazem uso do fogo a fim de gerar rebrota para alimentação da fauna silvestre, em especial para atrair os animais. Obras: Uma das principais obras aguardadas para a região é a pavimentação da Rodovia Transcerrados (PI 397), rodovia que corta as enormes fazendas de plantação de soja, milho e arroz responsável pelo escoamento dos grãos. Ao todo, a Transcerrados terá 340 quilômetros de extensão, cortando os Cerrados piauienses, de Sebastião Leal até a BR 235. O restante da obra será dividido em três etapas: da comunidade Santa Rosa até a Serra do Quilombo (em Bom Jesus, 100 quilômetros) e da Serra do Quilombo até a BR 235 (120 quilômetros). 1.2 Ações de prevenção e combate na região As ações de prevenção às queimadas e incêndios florestais no município de Bom Jesus (PI) são realizadas de forma isolada pelos grandes proprietários rurais que, para protegerem a palhada das áreas destinadas ao plantio direto, confeccionam aceiros a fim de evitar que o fogo entre nestas áreas, em especial nos platôs sobre a Serra do Quilombo. Há de se ressaltar que somente a partir deste ano, com a mudança da gestão municipal, é que foi criada a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e da Agricultura. Devido a isto, Bom Jesus (PI) ainda não conta com, por exemplo, um Plano de Ação Ambiental ou Protocolo do Fogo a exemplo dos municípios do Estado do Tocantins, bem como um Conselho Municipal de Meio Ambiente implantado. Dentre as ações de prevenção mais empregadas destaca se o estreitamento das relações entre as brigadas do Prevfogo/IBAMA com os assentados e pequenos produtores, agricultura familiar, das comunidades tradicionais do município localizadas nas regiões dos baixões ou de várzeas, principalmente na região dos Correntes dos Matões e Pirajá. Este entendimento tem permitido aos brigadistas, mesmo que em reduzidas vezes, o acompanhamento nas atividades de queima para abertura de roças e de renovação de pastagens, bem como a introdução de informações quanto ao tema queimada e suas implicações. Quanto às ações para o combate e, também, como força tarefa na prevenção, o Prevfogo/IBAMA contrata brigada e, para 2013, realizou a seleção e contratou 15 brigadistas para atuarem por um período de cinco meses sendo formados dois esquadrões. Há, também, algumas propriedades rurais que possuem pessoal treinado para realizar ações de combate com é o caso da Fazenda Tropical, que possui unidades em Bom Jesus (PI) e em Baixa Grande do Ribeiro (PI), onde possui 25 funcionários capacitados pelo Técnico de Segurança do Trabalho da Empresa. Pelos trabalhos de levantamento de campo, obteve se a informação por parte do representante do Sindicato dos Produtores Rurais de Bom Jesus (PI) que, em junho deste ano, haviam enviado ofício à Superintendência Estadual do IBAMA com sede na capital do Estado, Teresina, onde requeriam que o órgão enviasse uma equipe a fim de treinar funcionários das fazendas filiadas ao sindicato. Os proprietários destas fazendas tinham cedido um funcionário cada uma que juntas formariam duas brigadas voluntárias para atuarem na prevenção e combate aos incêndios, em especial nas propriedades da região da Serra do Quilombo e da Serra do Pirajá no município de Currais (PI), no 8

14 Cerrado de Bom Jesus (PI). Porém, passados mais de trinta dias ainda não haviam recebido uma resposta por parte do IBAMA. Ainda quanto às ações de combate é de se destacar que foi apresentado durante, também, pelos trabalhos de campo a importância em se estudar a possibilidade de se criar brigadas de incêndios para atender aos municípios vizinhos a Bom Jesus (PI), em especial, os municípios de Currais (PI) e Redenção do Piauí (PI). Relatos apontaram que estes municípios geram demandas para a brigada de Bom Jesus (PI), porém, a brigada só pode atender quando recebe autorização por parte da gerência estadual do fogo e, como a autorização às vezes demora até dois dias para chegar, o fogo se alastra e adentra as áreas do município de Bom Jesus (PI). 1.3 Histórico da ocorrência de incêndios Com base nos dados do Monitoramento de Queimadas e Incêndios Florestais por satélite do INPE foram obtidas informações dos focos de calor nos últimos 5 anos do município de Bom Jesus (PI). Para as análises apresentadas neste trabalho foram utilizados somente os dados do satélite de referência (AQUA_M T), que mesmo indicando uma fração do número real de focos é mais indicado para analisar as tendências espaciais e temporais dos focos, tendo em vista que são utilizados o mesmo método e o mesmo horário de imageamento ao longo dos anos. Na figura 7 se observa o histórico dos focos de calor do período de 2008 a 2012, em que a média foi de 249 focos ao ano (AQUA_M T). Os anos de 2010 e 2012 apresentaram valores acima da média em que, respectivamente, apresentaram 415 e 379 focos de calor. Fonte: PFT (2013) adaptado de INPE (2013) Figura 7 Número de focos de calor anuais no município de Bom Jesus (PI) do sensor AQUA_M T durante o período de Na figura 8 os focos de calor (2008 a 2012) foram interpolados em duas diferentes categorias de uso do solo, sendo: i) áreas agrícolas (segundo delimitações em imagem de satélite de 2013) e ii) as demais áreas do município. Pode se observar que historicamente as áreas agrícolas do município de Bom Jesus (PI) têm uma participação importante, quando analisamos a localização espacial dos focos de calor e as áreas agrícolas. Com exceção de 2010, os focos de calor nos demais anos apresentam valores superiores a 50 % de sua localização estar em áreas agrícolas já estabelecidas ou em processo de ocupação, conforme se observa na figura 08. 9

15 Focos de calor (%) 100% 80% 60% 40% 20% 0% 47,6 52,4 31,1 68,9 Fonte: PFT (2013) adaptado de INPE (2013) Figura 8 Distribuição dos focos de calor no município de Bom Jesus (PI) durante o período de (sensor AQUA_M T). Na figura 9 verifica se a distribuição média dos focos de calor no município de Bom Jesus (PI), durante o período de 2008 a O período mais crítico encontra se no mês de setembro, acompanhado dos meses de agosto e outubro. Ainda, nesta figura, podemos observar que a distribuição dos focos de calor está relacionada diretamente com as condições climáticas da região (período seco). 79,3 20,7 32,8 67,2 24,8 75, Demais áreas Áreas agriculturas Fonte: PFT (2013) adaptado de INMET (2013) e INPE (2013) Figura 9 Frequência média dos focos de calor nos diferentes meses do ano no município de Bom Jesus (PI). No quadro 1, estão apresentadas as regiões de concentração dos focos de calor no município de Bom Jesus (PI). Os mapas foram elaborados com a utilização os dados do sensor AQUA_M T do período de 2008 a Para o processamento dos dados utilizou se o estimador de densidade de Kernel que é uma ferramenta geoestatística utilizada como alternativa para análises da visão geral da distribuição espacial dos focos de calor. 10

16 Neste mesmo quadro (1), também são apresentados resultados de trabalho desenvolvido pelo Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (ARAÚJO et al., 2012) onde foram utilizaram imagens MODIS para a delimitação das cicatrizes deixadas pelas queimadas e incêndios florestais. Neste trabalho, os autores utilizaram como processo de validação dos dados as imagens Landsat. Verifica se uma boa proximidade dos resultados deste trabalho com os dados processados de focos de calor (estimador de densidade de Kernel). Quadro 1 Concentração dos focos de calor e áreas queimadas no município de Bom Jesus (PI) durante o período de 2008 a

17 Quadro 1 Concentração dos focos de calor e áreas queimadas no município de Bom Jesus (PI) durante o período de 2008 a 2012 (continuação)

18 Na figura 10 são apresentadas as áreas queimadas (Araújo et al. 2012) durante o período de 2008 a 2012, bem como os focos de calor identificados na região. Durante o período, a maior extensão de área queimada foi durante o ano de 2010 com ha, seguido de 2012 com ha, 2011 com ha, 2008 com ha e 2009 com ha. Fonte: PFT (2013) adaptado de INPE (2013) e Araújo et al. (2012) Figura 10 Áreas queimadas e focos de calor (AQUA M T) no município de Bom Jesus (PI) durante o período de 2008 a Os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Fogo (SisFogo) do Prevfogo/IBAMA, Registros de Ocorrências de Incêndios (ROI), para o município de Bom Jesus (PI) apresentam registros somente para o período de 2010 a 2012 com um total de 87 registros. Apesar dos registros serem de grande relevância para a caracterização das queimadas e incêndios florestais da região, deve se atentar ao fato de que os registros destas ocorrências estão relacionados diretamente com as ações das brigadas do Prevfogo e algumas do ICMBio, ficando os registros desta importante base de dados restritos às áreas de atuação destas brigadas. Durante o período em que se encontram os registros das ocorrências de incêndios pode se observar que em 2011 foi o ano com maior quantidade de registros, com 40 ROI. Comparando as figuras 10 e 11 se observa um fato bastante interessante, que é justamente uma situação inversa, ou seja, nos anos com maior ocorrência de focos e área queimada (2010 e 2012) temos um menor registro de ROI. Fonte: PFT (2013) adaptado de SisFogo (2013) Figura 11 Histórico dos Registros de Ocorrências de Incêndios (ROI) no município de Bom Jesus (PI). 13

19 Dos 87 ROI do município de Bom Jesus (PI) observa se que existem diversas categorias de localidades em que foram realizados registros de ROI. Dentre as diferentes categorias as propriedades rurais foram as mais representativas com 33,1%, seguido das áreas florestais com 25,8%; comunidades tradicionais com 17,8%; projetos de assentamento com 11%. Nas outras áreas, que representam 12,3%, se destacam as áreas urbanas e de florestas públicas (Quadro 2). Quanto ao método de detecção, o mais representativo foram as atividades de rondas que representaram 38,2%, seguido do monitoramento por satélite com 17,2%; comunicações feitas por assentados/proprietários com 16,6%; moradores do município com 12,7% e moradores do entorno com 7,6%. Os outros representam 7,6% dos registros, destes 58% são detecções realizadas por funcionário da unidade e 42% por telefonemas. Nas atividades de combate aos incêndios florestais e queimadas registradas nos ROI, o combate direto foi o mais representativo com 75,6% das ocorrências. Durante as operações de combate são apontadas algumas dificuldades desta operação, tais como: terreno muito acidentado, dificuldade de acesso, intensidade do fogo, cansaço da brigada e distância do incêndio. As dificuldades de acesso estão relacionadas à falta de planejamento da brigada, bem com a existência de inúmeras barreiras naturais na região. Outra dificuldade do combate registrada nos ROI e também relatada nos levantamento de campo é a realização de combate em área de brejo que dificulta muito o acesso da brigada, e que em muito caso o incêndio se agrava quando passa para a queima das copas dos buritizais. A maioria das causas dos incêndios florestais e queimadas combatidas em Bom Jesus (PI) são originadas da queima para limpeza de áreas (37,3%) e para a renovação de pastagem (28%). As causas decorrentes da renovação de pastagens naturais representam 70% do total. Das outras causas identificadas nos ROI ainda são presentes: 16,1% de causas desconhecidas e 5,9% da queima de restos de exploração. As outras causas, 12,7%, estão relacionadas com ações de caça, queima de lixo e vandalismo. Os principais agentes causais são os trabalhadores rurais (25,2%) e os proprietários ou funcionários de fazenda (20,9%). Quando avaliado os tipos de vegetações atingidas pelos incêndios existe uma distribuição relativamente homogênea entre as diferentes fisionomias, sendo estas: capoeiras; campo limpo/pastagens naturais; brejos/várzeas, vegetação arbustiva e áreas de floresta (Quadro 2). Quadro 2 Avaliação estatística dos Registros de Ocorrências de Incêndios (ROI) da base de dados SisFogo/Prevfogo no período de 2010 a 2012 no município de Bom Jesus (PI). Localidade das ocorrências Método de detecção Projeto de Assentamento 11,0 Outras 12,3 Propriedade Rural 33,1 Morador do município 12,7 Morador do entorno 7,6 Outros 7,6 Ronda 38,2 Comunidade Tradicional 17,8 Área Florestal 25,8 Monitoramento por satélite 17,2 Assentado / Proprietário 16,6 14

20 Quadro 2 Avaliação estatística dos Registros de Ocorrências de Incêndios (ROI) da base de dados SisFogo/Prevfogo no período de 2010 a 2012 no município de Bom Jesus (PI) (continuação). Forma de combate Agente causador Extinção natural 23,2 Total 1,2 Assentado 10,4 Outras 6,7 Trabalhador Rural 25,2 Morador do entorno 11,7 Combate direto 75,6 Morador do município 12,3 Indeterminado 12,9 Proprietário ou funcionário de fazenda 20,9 Causa Tipo de vegetação atingida Queima de restos de exploração 5,9 Outras 12,7 Queima para limpeza de área 37,3 Pastagem Cultivada 10,9 Outras 9,0 Área em regeneração ou capoeira 18,1 Desconhecida 16,1 Mata ou Floresta 14,9 Pastagem Nativa ou Campo Limpo 17,2 Renovação da pastagem 28,0 Vegetação Arbustiva 15,4 Brejo, Várzea ou Vereda 14,5 1.4 Áreas prioritárias para a proteção Na definição das áreas prioritárias para a proteção contra incêndios as áreas de unidades de conservação e as áreas de preservação permanente existentes do municipío Bom Jesus (PI) foram adotadas como critérios para a delimitação dessas regiões. A escolha deste critéiro (unidades de conservação), foi baseada no fato de que o programa de brigadas de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Prevfogo/IBAMA preve como prioritária as áreas de UC. Entretanto é necessário uma elaboração mais detalhada da definição das áreas prioritárias no município de Bom Jesus (PI) para subsidiar melhor as ações das brigadas. Neste sentido, é necessário a realização de levantamentos de campo mais detalhados no local para avaliar as áreas com a presença de espécies raras ou ameaçadas de extinção, áreas intangíveis, atividades antropicas, vegetações mais susceptível aos efeitos do fogo, atividades de risco na região, bem como outras informações pertinentes para a elaboração destes mapas. Foi definido como extremamente alta as áreas com a presença de UC, que no caso de Bom Jesus (PI) é a área do Parque Nacional Serra das Confusões. A prioridade alta foi definida para as áreas de preservação permanete e seu entorno (1 km), encontrando se principalmente as áreas de encosta e borda das chapadas. As demais áreas do municipio foram definidos como prioridade média (Figura 12). 15

21 Fonte: PFT (2013) Figura 12 Áreas prioritárias para a proteção contra incêndios florestais e queimadas no município de Bom Jesus (PI). 1.5 Áreas com maior risco de incêndios Para a delimitação das áreas de maior risco de incêndios florestais e queimadas foram utilizadas informações locais obtidas durante os levantamentos de campo associadas a outras informações, tais como: focos de calor, projetos executados anteriormente e a localização das comunidades. Na figura 13 é apresentado o mapa com as áreas com maior risco de incêndios florestais e ao fundo encontra se a espacialização do conjunto de dados de focos de calor (AQUA_M T) do período de 2008 a A coloração vermelha indica as áreas com maior frequência e a coloração verde as localidades com menor frequência de focos de calor. O quadro 3 apresenta os pontos apresentados na figura 13 de forma numerada onde consta uma breve descrição da região, bem como uma caracterização dos principais problemas do uso fogo. 16

22 Fonte: PFT (2013) adaptado de INPE (2013) Figura 13 Áreas de risco de incêndios florestais e queimadas no município de Bom Jesus (PI). Quadro 3 Descrição das áreas de risco de incêndios florestais e queimadas no município de Bom Jesus (PI) apresentado no mapa da figura 13. Número da área (conforme figura 13) Localização Principais problemas do fogo relacionados a área 1 Serra do Quilombo Uso do fogo para limpeza de áreas para atividade agrícola. 2 Serra do Quilombo Uso do fogo para limpeza de áreas para atividade agrícola. 3 Região de vale Uso do fogo para renovação de pastagens e pequenas lavouras. Área utilizada para agricultura familiar e de subsistência. 4 Serra do Quilombo Uso do fogo para limpeza de áreas para atividade agrícola. 5 Serra do Quilombo Uso do fogo para limpeza de áreas para atividade agrícola. 6 Serra do Uruçuí Uso do fogo para limpeza de áreas para atividade agrícola. 7 Vale do Riacho dos Matões Uso do fogo para limpeza de áreas para a atividade agrícola familiar (pequena escala) e pequenas criações de gado (renovação de pastagem). (continua...) 17

23 Quadro 3 Número da área (conforme figura 13) Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais Bom Jesus (PI) Descrição das áreas de maiores risco de incêndios florestais e queimadas no município de Bom Jesus (PI) (continuação). Localização Principais problemas do fogo relacionados a área 8 Vale do Riacho dos Matões Uso do fogo para limpeza de áreas para a atividade agrícola familiar (pequena escala) e pequenas criações de gado (renovação de pastagem) Região próxima a área urbana do município de Bom Jesus (PI) Áreas de cultivo (arroz) na porção leste do rio Gurgéia, próximo a comunidade Conceição Uso do fogo para queima de lixo urbano e limpeza de pequenas áreas. Uso do fogo para renovação de pastagens e pequenas lavouras. Área utilizada para agricultura familiar e de subsistência. 11 Comunidade Viana Uso do fogo para renovação de pastagens e pequenas lavouras. Área utilizada para agricultura familiar e de subsistência. 18

24 2 AÇÕES PREVENTIVAS 2.1 Centros de gerenciamento de fogo Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais Bom Jesus (PI) No município de Bom Jesus (PI), para 2013, foi estabelecido, em caráter temporário, um Centro de Gerenciamento de Fogo (CGF), denominação dada a uma estrutura física e institucional definida para o desenvolvimento das ações de prevenção e combate aos incêndios florestais. A brigada (Federal) atual no município desde 2010 e foi instituída com base nos municípios críticos, os quais foram definidos levando em conta os seguintes fatores: Unidades de Conservação, cobertura vegetal e número de focos de calor. Neste ano, a brigada do Prevfogo/IBAMA foi constituída por 15 brigadistas, sendo 01 Chefe de Brigada e 02 Chefes de Esquadrão (Quadro 4). A brigada possui sede instalada em uma sala comercial cedida pela Prefeitura de Bom Jesus (PI). Quadro 4 Informações básicas sobre o Centro de Gerenciamento de Fogo do Prevfogo/IBAMA de Bom Jesus (PI). Equipe: Endereço: Telefones: (89) Frequência rádio: E mail: Atividades: Fonte: PFT (2013) Centro de Gerenciamento do Fogo de Bom Jesus (PI) Marcello Ribeiro Santiago (Chefe de Brigada) Coordenada geográfica 09 04' 44,35'' S / 44 21' 36,41'' O não possue marcellosantiagobj3@hotmail.com Educação ambiental; orientação; detecção de incêndios; acionamento, acompanhamento, manutenção e gerenciamento da brigada para as atividades de prevenção e combate aos incêndios florestais em Bom Jesus (PI). Devido à extensa área territorial do município de Bom Jesus (PI) e das precárias estradas de acesso às comunidades e às propriedades rurais localizadas ou próximas da Serra do Quilombo e da Serra do Pirajá (limite com o município de Currais PI) é importante discutir a viabilização de se implantar uma base para uma brigada ou esquadrão a fim de atender estas regiões, uma vez que, pelas informações coletadas das atividades de campo foi relatado que estas áreas onde há mais ocorrência de incêndios, principalmente, devido ao fato de concentrarem maior quantidade de pequenas propriedades rurais dos assentamentos e das comunidades. 2.2 Campanhas educativas Em Bom Jesus (PI) as atividades quanto a campanhas educativas são realizadas principalmente pela brigada, dentro de sua esfera de competência, onde repassam informações para a comunidade, em especial nos assentamentos e localidades, sobre uso alternativo do fogo e as consequências de uma queima sem planejamento. Além das visitas preventivas de levantamentos das ações de queima controlada. Outras ações são realizadas por meios de projetos de pesquisa e/ou extensão de alguns professores do campus da Universidade Federal do Piauí (UFPI) de Bom Jesus (PI). As atividades realizadas também contam com apoio de entidades religiosas e se concentram em dias comemorativos ao Meio Ambiente como a Caminhada da Paz, no dia do Ambiente e Intervenção Socioambiental, em comunidades rurais. Ainda, existem ações isoladas por parte de professores das escolas rurais que tem trabalhado com a temática do fogo e da conservação com as crianças e alguns moradores, como exemplo mencionase atividades desenvolvidas pela Escola Municipal Moraes Júlio, localizada no Povoado Gruta Bela (coordenadas 08 59' 06,85'' S e 44 19' 13,19'' W), constituída basicamente de pequenos 19

25 agricultores, que, com apoio da UFPI e do MMA realizam cursos e capacitação para as famílias dos alunos quanto ao manejo e queima do lixo residencial, extrativismo e culinária, bem como a realização de atividades educativas como Poesia e Meio Ambiente e Gincana Ecológica. Como o tema Educação Ambiental envolve os diversos segmentos da sociedade, é aconselhável aos órgãos públicos de Bom Jesus (PI) e Governo do Estado desenvolvam ações mais efetivas neste sentido. Assim, poderiam avaliar as seguintes ações, para serem desenvolvidas em Bom Jesus (PI): Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Agricultura: implantar o Fundo do Meio Ambiente; buscar parcerias para promover a capacitação de produtores rurais quanto à prevenção, controle e monitoramento de queimadas irregulares; monitorar ações ambientais; implantar e manter a brigada municipal com ações durante todo o ano; Governo do Estado/Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural (SDR) / EMATER: estruturar a unidade do instituto de assistência técnica e extensão rural (EMATER); difundir alternativas quanto ao uso do fogo; estimular ações que promovam a conservação ambiental e a sustentabilidade, por meio da implantação de Sistemas Agroflorestais; apoiar com materiais de divulgação para agricultores, sobre as alternativas de produção sem o uso do fogo; SEMAR: apoiar a formação de brigadistas; realizar palestras, oficinas ou cursos em assentamentos ou grupos organizados enfocando os temas relativos ao uso do fogo e à educação ambiental que vise à conservação ambiental; promover ações quanto à autorização para queima controlada; ADAPI: trabalhar a educação ambiental através da assistência técnica diária e; inserir alternativas de manejo das pastagens sem o uso do fogo; Secretaria Municipal de Educação e Escolas Públicas Estaduais e Municipais: inserir nos planos pedagógicos a educação ambiental; disponibilizar as escolas para realização de palestras e capacitações; realizar a semana do meio ambiente enfocando o tema fogo; incentivar a produção de textos, poesias, cartazes relacionados ao tema queimadas; incentivar os alunos das escolas rurais a desenvolverem a fiscalização mirim sobre aceiros em época de queima em sua vizinhança; danos da queima à fauna e à flora; promover palestras de conscientização com os pais e alunos sobre os riscos e prejuízos causados pelas práticas da queima do lixo doméstico; aulas expositivas sobre queimadas; Outras entidades como UFPI, Colégio Agrícola, órgãos do Poder Judiciário, Associação de Produtores Rurais, entidades religiosas: promoção de orientações sobre época e métodos para a realização de queimadas controladas; sensibilizar a comunidade sobre a importância da prevenção e combate ao fogo descontrolado; fiscalizar e acompanhar as ações protocoladas; ministrar palestras nas escolas e comunidades rurais, juntamente com órgãos ambientais. Dentro da temática educativa há de se mencionar a parceria firmada entre a Prefeitura de Bom Jesus (PI) e a Universidade Federal do Piauí (UFPI), para realização do projeto de arborização que promete colaborar com a melhoria ambiental do município ao garantir a produção mensal de cerca de 10 mil mudas de árvores nativas, que serão plantadas nos próximos meses. Esta ação, além de melhorar o ambiente do município, tem como foco a conscientização da população para preservação dos recursos naturais. Outra ação de merecido destaque foi a realização da 2ª Conferência Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e a Secretaria do Desenvolvimento Rural do Piauí ocorrido no auditório do Campus da UFPI de Bom Jesus (PI). A conferência, que tem por objetivo a construção de forma participativa, do Plano Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, envolve representações das diversas instâncias de governo federal, distrital, estadual e municipal e da sociedade civil organizada, para uma nova visão de desenvolvimento rural sustentável para o Brasil. 20

26 Segundo informação das recentemente criadas Secretarias Municipais do Meio Ambiente e Agricultura as ações de educação ambiental em Bom Jesus (PI) tendem a se intensificar com a criação, pelo Governo do Estado, do Zoneamento Ecológico Econômico do Estado do Piauí, que já se encontra em andamento. As ações deverão ser continuadas nas comunidades do município, em especial naquelas onde o uso de fogo ainda é constante como ferramenta no manejo do solo, por meio de visitas in loco, haja vista que a maioria dos incêndios tem origem em ações negligenciais e com imperícia quanto ao uso do fogo. No quadro 5 são apresentadas algumas ações de campanhas educativas que possam vir a ser desenvolvidas no município de Bom Jesus (PI). Dentre essas ações pode se destacar, como por exemplo, o Programa Bolsa Verde do Governo Federal que poderia ser uma alternativa de renda para as comunidades presentes no município. Quadro 5 Propostas de campanhas educativas no município de Bom Jesus (PI). Responsável pela ação Local / público alvo Tipo de contato Tema Materiais necessários Parceiros Secretaria Municipal da Agricultura e Associação de Produtores Rurais Extrativistas/pequenos agricultores Palestra Extrativismo sustentável do buriti Material educativo EMATER e UFPI EMATER Pequenos produtores rurais e assentados Curso Acesso às fontes de financiamento e elaboração de projetos Material educativo SDR, Prefeitura e UFPI INTERPI Comunidades, assentados e pequenos produtores rurais Palestra & minicurso Propriedade rural e desapropriação Material educativo Tribunal de Justiça/Vara Agrária de Bom Jesus, INCRA Prevfogo Agropecuaristas e comunidade rural Curso/Capacitação Queima controlada, emissão de autorização, calendário de queima Panfleto e material didático SEMAR e ICMBio SDR Produtores rurais Treinamento Agricultura sustentável e extrativismo Manuais SEBRAE e UFPI ICMBio Proprietários rurais e comunidade Minicurso Metodologia e vantagens na criação de RPPN Material informativo IBAMA MMA Toda a comunidade Minicurso, visitas técnicas Programa Bolsa Verde Material informativo SEMAR, Prefeitura e ICMBio Brigada do Prevfogo Crianças das escolas Oficina de educação ambiental Fogo na vegetação e preservação Material didático Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Educação e UFPI Mídias de telecomunicação Bom Jesus e região Fonte: Elaborado por PFT (2013) Divulgação de conteúdo televisivo Impacto das queimadas, divulgação dos contatos das brigadas, procedimentos para queima controlada SEMAR, Prefeitura, IBAMA e ICMBio 2.3 Controle de queima e queima controlada Antes de 2012, na vigência da Lei Federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, o emprego do fogo era regulamentado por meio do Decreto nº 2.661, de 8 de julho de 1998, onde, em seu artigo 2º previa a utilização do fogo em práticas agropastoris e florestais, mediante queima controlada dependente de prévia autorização, a ser obtida pelo interessado junto ao órgão do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), com atuação na área onde se realizará a operação. Todavia, com o advento da Lei nº , de 25 de maio de 2012 (novo Código Florestal), o uso do fogo passou a ser proibido, exceto nas situações previstas nos incisos I a III do artigo 38, onde, dentre estas, encontra se a utilização em locais ou regiões cujas peculiaridades justifiquem o emprego do fogo em práticas agropastoris ou florestais, mediante prévia aprovação do órgão estadual ambiental 21

27 competente do SISNAMA, para cada imóvel rural ou de forma regionalizada, que estabelecerá os critérios de monitoramento e controle. No Estado do Piauí a emissão da autorização de queima controlada é realizada pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (SEMAR), que dispõe de uma unidade no município de Bom Jesus (PI) que, até o mês de julho deste ano não estava emitindo autorizações devido à dificuldade em realizar a vistoria e a fiscalização na área a ser queimada pela diminuta quantidade de funcionários na unidade deste órgão no município. Demais informações constam no quadro 6. Quadro 6 Informações gerais sobre queima controlada no Estado do Piauí. Informações Descrição Observações Órgão responsável pela emissão de autorização SEMAR Apesar das atividades estar suspensa as autorizações eram emitidas pela unidade da SEMAR de Bom Jesus (PI). Lei estadual específica Não há. Órgãos descentralizados de emissão Principais finalidades de autorização Nº de focos de calor na região (mês/ano) Informações locais Demais informações pertinentes Fonte: PFT (2013) Não há. Realizar o controle do fogo; formar banco de dados dos usuários de queima controlada e repassar informação quanto aos procedimentos. Geralmente os pequenos proprietários não possuem conhecimento dos procedimentos para obtenção da autorização e/ou conhecimento a fim de se saber o tipo de material combustível. Os grandes produtores obtém as autorizações diretamente na sede do órgão em Teresina, já que possuem escritórios representativos na capital do Estado. Vide item 1.3. Acompanhamento feito pelas brigadas quando a queima é comunicada pelos agricultores. As autorizações seguem os seguintes normativos legais: Código Florestal Brasileiro; Lei Federal n.º 6.938, de 31 de agosto de 1981; Lei Federal n.º 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; Decreto Federal nº 2.661, de 8 de julho de 1998 e; Portaria n.º 94 N, de 09 de julho de 1998 (IBAMA). Quando em combate não há como os brigadistas realizar o acompanhamento. Não foi possível identificar a existência de um calendário de queima controlada, apesar da realização de consultas junto à Defesa Civil do Estado do Piauí e na própria SEMAR. Desta forma, é aconselhável que os órgãos de proteção como a Defesa Civil, a SEMAR, o Corpo de Bombeiros em interação com os órgãos municipais criem um calendário especificando períodos para a realização da queima controlada, métodos e procedimentos. Assim, considerando o período de maior risco de incidência de queimadas e de incêndios florestais recomenda se que seja proibido esta prática nos meses de agosto a setembro. Em Bom Jesus (PI) são poucos os pequenos proprietários rurais que utilizam a queima controlada com a devida autorização, bem como os assentamentos e os demais produtores da agricultura familiar uma vez que não possuem condições de obter a autorização, aliado ao fato de também não terem condições técnicas e equipamentos para realizarem esta atividade de forma adequada. Neste caso, recomenda se que haja uma interação com a SEMAR para que disponibilize técnicos a fim de realizar as emissões ou, que faça a descentralização desta ação para outra instituição. Atualmente, alguns produtores rurais chegam a comunicar ou solicitam apoio à brigada para que esta poça acompanhar a queima. Quando não estão em combate, os brigadistas esporadicamente realizam esta atividade, bem como instruem os agricultores quanto às técnicas para a queima, porém, esta ação deve ser adotada como umas das atividades essenciais das brigadas e não apenas de forma secundária. No que se refere à emissão das autorizações deve se buscar alternativas para que sua solicitação e emissão sejam feitas de forma mais ágil e efetiva. Para tanto, é imprescindível que seja adotado um formulário padrão, constando minimamente as seguintes informações: 22

28 Dados pessoais do interessado; Dados do imóvel rural; Localização, preferencialmente com as coordenadas geográficas; Objetivos e finalidade da queima; Área a ser queimada e; Data de realização da queima. Apesar de serem pouquíssimos os agropecuaristas que obtém a autorização para a queima controlada, é de extrema importância um acompanhamento destas queimas por parte do poder público. Neste sentido, os brigadistas podem exercer um papel importante realizando acompanhamento a fim de se evitar maiores prejuízos com a possibilidade que estas queimas se tornem um incêndio. A par desta realidade as atividades de controle das queimadas deverão ser programadas anualmente, a fim de tornar possíveis visitas e cadastramento de todos os usuários do fogo. No quadro 7 são apresentadas ações que podem ser desenvolvidas para o melhor controle das queimas controladas. Quadro 7 Sugestões de ações a serem desenvolvidas no município de Bom Jesus (PI) para o correto uso das queimas controladas e seu controle. Ações de controle de queima Criação do calendário de queima controlada Cadastramento/vistoria Localização Época Observações Órgãos envolvidos Bom Jesus (PI) Entorno da Serra do Quilombo; na região Corrente dos Matões; assentamentos e localidades com maior número de produtores Exceção aos meses de agosto e setembro Ano todo Descentralização Bom Jesus (PI) Realização de queima controlada Divulgação de alternativas ao uso do fogo e curso de queima controlada Localidades e propriedades rurais Localidades e propriedades rurais Conforme calendário Ano todo Fiscalização Bom Jesus (PI) Ano todo Fonte: PFT (2013) A ausência de um calendário específico dificulta a adoção de ações de planejamento, bem como a comunidade não sabe quando realizar esta atividade a fazendo em período mais crítico. Cadastramento de todas as propriedades rurais. Mediante Termo de Cooperação ou Portaria descentralizar a competência para emissão da autorização. Acompanhar quaisquer usuários do fogo no dia da queima informando os procedimentos. Realizar cursos, treinamentos e dispor de recursos materiais para o manejo do solo destinado aos pequenos produtores rurais. Elaborar estratégias para fiscalização e autuação daqueles que não cumprirem com as normas legais. Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, SEMAR e IBAMA (Entidades representativas do Comitê Estadual) Prefeitura, SEMAR e EMATER Prefeitura e SEMAR Brigadas do Prevfogo, Defesa Civil e SEMAR EMBRAPA; Governo do Estado; Prefeitura e EMATER IBAMA e SEMAR Problemática que também atinge o município de Bom Jesus (PI), a falta de regularização fundiária de boa parte das propriedades rurais do município faz com o que muitos proprietários não tenham condições de cumprir com exigências documentais para a emissão da autorização de queima controlada. Assim, devem se buscar alternativas legais para que essa situação não inviabilize o requerimento de solicitação desses proprietários. Quanto aos assentamentos poder se ia trabalhar em forma de mutirões uma vez que o deslocamento torna se oneroso para os pequenos produtores da forma com os residentes das localidades/comunidades. 2.4 Manejo de combustíveis Como Bom Jesus (PI) faz parte da região compreendida pela expansão da fronteira agrícola, a maioria das grandes propriedades rurais, destinadas basicamente para a produção de monoculturas como soja e milho, confecciona aceiros a fim de proteger a palhada acumulada ao longo dos anos, essencial para a prática do plantio direto. Os aceiros são realizados por meio de maquinário agrícola 23

29 com o gradeamento do solo nos limites das propriedades, geralmente com a largura de 3x a largura da grade e reforço com repetições na mesma faixa. Como, predominantemente, as comunidades e os pequenos produtores rurais são carentes em termos de equipamentos, a realização de aceiros por estes fica prejudicada o que provoca certa preocupação uma vez que é comum o uso do fogo na abertura das roças de toco e da renovação das pastagens nas áreas dos baixões e de várzeas. Nestas áreas, quando feitos, os aceiros são confeccionados com métodos rudimentares. No quadro 8 são exemplificadas algumas ações para o manejo de combustível. Quadro 8 Sugestões para as ações de manejo de combustível. Atividade Local Época Método Equipamentos Confecção de aceiro Manutenção dos aceiros Confecção de aceiros para proteção da palhada Fonte: PFT (2013) Entorno das Serras; das localidades e comunidades e dos assentamentos Nas pequenas propriedades rurais, comunidades e assentamento Em torno das áreas de cultivo e colheita Maio a julho Junho a agosto Maio a agosto Roçagem Aceiro negro Gradeamento do solo Trator traçado com implementos e equipamentos manuais Trator com implementos, pipa de l como jato bomba e equipe de brigadistas com material de combate Trator traçado com implementos e equipamentos manuais Largura e comprimento 50m de largura em torno dos limites das áreas mais críticas. Aceiro negro de 50m de largura com 6m em cada lado feito com roçagem e limpeza com enxadas e rastelos 50m de largura Pessoal envolvido Brigadistas; EMATER; SEMAR e Prefeitura Prefeitura e SEMAR Funcionários das grandes propriedades rurais e apoio de Brigadistas Imperioso mencionar ainda que, pelo levantamento de campo, foi evidenciado que alguns dos grandes proprietários rurais, a fim de protegerem a palhada das áreas dos plantios, realizam a queima de material combustível no entorno das áreas agrícola (dentro da reserva legal) uma vez que estas áreas, em sua maioria, ficam localizadas entre as propriedades e nas encostas das Serras e como o fogo muitas vezes se origina nos baixões este tende a subir pelas escarpas das Serras e acaba entrando na reserva legal e, consequentemente, devido à proximidade com as áreas de plantio saltam para estas áreas agrícolas, causado sério prejuízo econômico aos produtores. Como esta prática é realizada na maioria das vezes de forma clandestina, já que se trata de área de reserva legal, necessita de maior fiscalização por parte dos órgãos ambientais, bem como a realização de pesquisas e estudos técnicos a fim de se verificar a real necessidade da confecção de aceiros e redução de material combustível no interior das reservas legais. Todavia, é recomendável a realização de trabalhos de pesquisa para que se possa avaliar sua aplicação nestas áreas, bem como para se determinar o melhor calendário e técnicas para a confecção de aceiros. 2.5 Monitoramento meteorológico/risco de incêndios Os parâmetros meteorológicos como temperatura, precipitação, umidade relativa do ar, velocidade e direção do vento, bem como os dias sem chuva, são informações determinantes para a ocorrência de incêndios florestais. Os dados são obtidos pelas estações automáticas do INMET que podem ser consultadas pelo site: (Quadro 9). Aliado a estes fatores, o CGF deve acompanhar diariamente o site do INPE, que apresenta todos os dias um mapa de risco de incêndios para todo o Brasil disponível em: 24

30 Quadro 9 Estações meteorológicas localizadas no município de Bom Jesus (PI) e nas suas proximidades. Local Latitude Longitude Tipo de dados coletados Rotina de obtenção de informação Bom Jesus (PI) 9 04' 59,98'' S 44 19' 35,04'' O Automática Página do INMET* Bom Jesus (PI) 9 06' 00,00'' S 44 07' 12,00'' O Convencional Página do INMET* Gilbués (PI) 9 52' 28,99'' S 45 20' 47,04'' O Automática Página do INMET* Alvorada do Gurguéia (PI) 8 26' 35,16'' S 43 51' 52,92'' O Automática Página do INMET* * Definição de sistema de vigilância/detecção de incêndios A vigilância eficiente é ferramenta fundamental para a inibição de ações imprudentes, imperitas e criminosas. Considerando incêndios já em andamento, a vigilância é um dos fatores que permite que o combate seja iniciado nos estágios iniciais da ocorrência, quando ainda está em pequenas proporções. Vigilância Fixa: o município de Bom Jesus (PI) conta um relevo constituído por uma ampla superfície tabular reelaborada, plana ou levemente ondulada, limitada por escarpas abruptas, exibindo relevo com zonas rebaixadas e dissecadas. O mapa apresentado no primeiro tópico demonstra que o município de Bom Jesus (PI) apresenta um relevo ondulado e a presença de serras como a Serra do Quilombo (mais detalhes podem ser encontrados no item: 1.1 Caracterização da área) permite realizar uma observação da região do município. No município não existe torre de observação, entretanto existem alguns pontos que podem ser utilizados para a realização de observações. Estes pontos devem ser utilizados principalmente durante as rondas, o que possibilita uma maior eficiência desta atividade e uma resposta mais rápida na detecção dos incêndios. Durante o levantamento de campo foram identificados alguns pontos e regiões mais elevados na topografia do município que podem ser utilizados para observações (Quadro 10). Na proximidade da sede municipal, na estrada sentido aos platôs, Cerrados, da Serra do Quilombo e em localidades como a Corrente dos Matões é possível ter uma boa visibilidade do entorno do município. Quadro 10 Locais que podem ser utilizados como ponto de observação em Bom Jesus (PI). Local Latitude Coordenadas Longitude Corrente dos Matões Torre da Embratel 09 07' 54,41'' S 44 42' 11,07'' W Início da Transcerrado 09 16' 49,82'' S 44 52' 49,79'' W Assentamento Brejo dos Altos 08 56' 06,70'' S 44 16' 52,73'' W Povoado Piripiri 09 10' 46,10'' S 44 24' 23,30'' W Tucuns 09 07' 56,40'' S 44 42' 10,40'' W Povoado Gruta Bela 08 58' 29,10'' S 44 19' 21,90'' W Povoado Viana 09 31' 04,50'' S 43 55' 47,60'' W Morro da Cruz 10 53' 44,64'' S 47 23' 47,34'' W Fonte: PFT (2013) Pelas características do relevo de Bom Jesus (PI) no que se refere à construção de torre(s) de observação é necessário uma avaliação criteriosa para verificar sua real necessidade e prioridade, visto que existem pontos de observação com ampla visibilidade, bem como nos platôs nos altos das serras, devido se tratarem de áreas planas a visibilidade também é 25

31 facilitada. Outro aspecto importante é a realização de um mapeamento detalhado destes pontos de observação para a atualização do Plano Operativo (PO). Apesar das brigadas normalmente serem compostas de pessoas da localidade, que possuem bom conhecimento da região, essas informações são de extrema importância a serem inseridas no PO para situações de emergência em que são acionados apoio de outras brigadas. Neste sentido, é recomendável que durante as atividades das brigadas sejam feitos levantamento destes pontos, bem como a descrição de sua visibilidade. Móvel: A brigada de Bom Jesus (PI) realiza rondas diárias com saída da sede, geralmente, pela manhã e pela tarde. No preparo para a realização da ronda o esquadrão vai equipado com todos os materiais para um possível combate. Entretanto, a extensão territorial do município, aliado à presença de escarpas de serras e a dificuldade dos acessos em função, principalmente das condições das estradas, dificultam a eficiência da vigilância móvel para detecção das queimadas e incêndios, acarretando maior tempo entre a detecção e a chagada no local para o combate. Esta atividade deve ser realizada nos meses mais críticos. As operações de ronda são de extrema importância e devem ser conciliadas com outras atividades, tais como: orientação das comunidades no uso do fogo (queima controlada), educação ambiental, orientação na emissão de licenças de queima, levantamento de informações para atualização do PO, entre outras. Na primeira parte deste documento o mapa das áreas de risco bem como os locais de maior ocorrência de incêndios nos últimos cinco anos que poderá ser utilizado como referência na definição das rotas a serem realizadas. On line: A vigilância móvel é o método de vigilância mais empregado em Bom Jesus (PI). A vigilância online, quando realizada, é feita basicamente pelo Chefe da Brigada com as informações dos focos de calor gerados pelo INPE ( bem como por ele recebidas pela Gerência Estadual do Fogo em Teresina (PI). É de extrema relevância a realização de uma capacitação eficiente dos Chefes de Brigada e de Esquadrão para a utilização desta ferramenta, do uso do GPS e noções básicas de cartografia. Vigilância complementar: Durante o levantamento de campo foi constatado que boa parte das propriedades rurais localizadas nos platôs das serras não sabe ou não possuem os contatos da brigada. Alguns até sabem da existência, mas disseram que não possuem o telefone ou o endereço da brigada. Desta forma, imprescindível que se realize um amplo trabalho na divulgação dos meios de contato da brigada a fim de facilitar a comunicação de algum incêndio. Para as demais áreas mais próximas à sede do município, em especial nas comunidades e assentamentos, a brigada possui o hábito de informar os contatos dos chefes de brigada para os moradores. No entanto, este tipo de vigilância é pouco praticado, pois em boa parte destes locais não há sinal de telefonia celular, bem como nem todos possuem condições de comprar cartões telefônicos para o uso dos orelhões existentes. 26

32 3 AÇÕES DE PRÉ SUPRESSÃO 3.1 Recursos humanos Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais Bom Jesus (PI) O município de Bom Jesus (PI) não possui recursos humanos designados exclusivamente e/ou permanentemente para ações de prevenção e de combate aos incêndios florestais. Desta forma, não existe equipes de brigadas permanentes, as brigadas são contratadas anualmente sob a coordenação do IBAMA/Prevfogo, durante período de aproximadamente cinco meses. Estes atuam na prevenção e combate a incêndios florestais realizando atividades de orientação à comunidade, monitoramento, apoio às queimas controladas, entre outros. A capacitação dos brigadistas é realizada durante o processo de seleção. As brigadas são compostas, em sua maioria, por pessoas da própria região com escolaridade até o Ensino Médio. A contratação de pessoas da própria região facilita as ações das brigadas, pois possuem um bom conhecimento dos problemas locais relacionados com o fogo e das vias de acesso da região. Além dos benefícios logísticos e operacionais, a contratação dos brigadistas locais gera uma capacitação técnica local das técnicas de uso do fogo controlado e combate, bem como uma conscientização da problemática do fogo na região. Desta forma, é de extrema importância a continuidade da contratação preferencial das pessoas da comunidade. Em função da grande responsabilidade na execução das atividades de chefe de brigada e de chefe de esquadrão é recomendável que as seleções, dentro das possibilidades, selecionem pessoas com maior experiência, tanto no conhecimento da região e atuação como brigadista em ações anteriores como experiência no manuseio de equipamentos, como GPS e computador. Também é importante que seja realizado um acompanhamento mais intenso das atividades e ações de todas as brigadas contratadas no município a fim de se ter meios de planejar um possível redimensionamento de equipe, por exemplo. Em função da extensão territorial e das condições de acesso do município de Bom Jesus (PI) para o contingente técnico, tendo em vista que cada esquadrão é formado por sete brigadistas, exige grande demanda de recursos humanos para as atividades de prevenção e combate e apoio nas ações de queima controlada e educação ambiental. No quadro 12 são apontadas algumas demandas de recursos humanos para o município. Quadro 12 Demanda de recursos humanos para o Centro de Gerenciamento de Fogo de Bom Jesus (PI). Função Instituição Atividades Formação Resultados esperados Técnico Fiscal ambiental Educador SEMAR SEMAR / IBAMA Prefeitura Coletar, padronizar, ordenar e registrar as diferentes informações para auxiliar as ações de cadastramento dos usuários do fogo, bem como a atualização do Plano Operativo (PO). Coordenar atividade de prevenção, educação ambiental e de fiscalização. Coordenar atividade de educação ambiental Técnico agropecuário, florestal ou extensionista rural Engenheiro Florestal / Ambiental e/ou Biólogo Engenheiro Florestal / Ambiental e/ou Biólogo Base cartográfica atualizada da região / Banco de dados das atividades realizadas e dados ambientais do município / Atualização do PO Maior repressão às atividades ilegais contra o meio ambiente. Continuidades das ações de campanha de educação ambiental e seus resultados, bem como adequação destas ações a realidade local. 27

33 3.2 Contingente de brigadistas e de combatentes Como exposto acima, em Bom Jesus (PI) a publicação dos nomes e contatos dos brigadistas somente é realizado de forma direta pela brigada quando em atividades de ronda. Não há divulgação da existência da brigada e dos contatos nem mesmo nos murais da Prefeitura, onde a publicação destas informações com a fixação de cartazes em todos os órgãos e entidades no município auxiliaria na divulgação e conhecimento de todos de que há na cidade uma brigada. Geralmente os brigadistas são contratados um mês antes do período crítico que vai de julho a setembro permanecendo contratados até o mês subsequente. 3.3 Demandas e capacitação A formação dos brigadistas do Prevfogo/IBAMA é realizada quando da seleção onde o curso é focado basicamente para o combate, prevenção, uso do fogo e queima controlada. Todavia, outros temas e treinamentos são importantes para complementar a qualidade na prestação dos serviços, como por exemplo, a elaboração dos ROI que é de grande importância e seu correto preenchimento demanda a realização de uma capacitação visando a prática de perícias em incêndios florestais e queimadas. No quadro 13 são apresentas estas e outras sugestões de capacitação que poderiam contribuir nas ações das brigadas no município. Além do preenchimento dos ROI é importante que o Chefe de Brigada elabore relatórios das atividades da brigada. Neste aspecto, faz se necessário que todas as atividades das brigadas sejam registradas de forma ordenada para o planejamento de ações futuras e definição das reais demandas locais. É recomendável que o registro de todas as ações das brigadas sejam feitas em uma base de dados estrutura/padronizada. Quadro 13 Demandas de capacitação. Setor Demanda Atividade Centro de Gerenciamento do Fogo Instituição responsável pela contratação/disponibilização de profissionais Instituição responsável pela capacitação Capacitação Formação de liderança IBAMA SEMAR Brigadistas Treinamento Queima controlada SEMAR / Prevfogo / ICMBio Brigadistas EMATER Aulas teóricas e práticas Capacitação Direção defensiva e de alto risco Técnicas de uso alternativo ao fogo no manejo das pastagens e abertura de áreas para lavoura SEMAR / Prevfogo SDR IBAMA / Defesa Civil SETRANS Brigadistas Capacitação Temas de educação ambiental IBAMA / ICMBio UFPI / IBAMA Chefes de brigada e esquadrão Fonte: Elaborado por PFT (2013) Capacitação Curso de gestão de brigadas IBAMA IBAMA 3.4 Recursos materiais e serviços logísticos Infraestrutura Em Bom Jesus (PI), não existe instalação designada exclusivamente para ações de combate e prevenção as queimadas e incêndios florestais. No entanto, a prefeitura vem disponibilizando um imóvel durante a atuação da brigada do Prevfogo/IBAMA. Esta ação da prefeitura tem um caráter de continuidade, segundo o Secretário Municipal de Meio Ambiente. SDR 28

34 Na região denominada pelos moradores de Bom Jesus (PI) como Cerrado, correspondendo aos platôs nos alto das serras, existem grandes propriedades rurais com considerável infraestrutura para, não somente abrigar uma equipe do Prevfogo/IBAMA (na eventualidade de precisarem em alguma ação de combate), como, também, fornecer apoio com equipamentos. Além disso, segundo o Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Bom Jesus (PI), os proprietários rurais manifestaram interesse em ceder um funcionário cada um e montarem uma brigada voluntária, porém, apesar de terem requerido ao IBAMA a realização do curso de combate, ainda não tinham obtido resposta. Ainda, segundo o representante, esses pessoais treinados auxiliariam na prevenção e, no caso de combate próximo às propriedades rurais eles comporiam força tarefa em conjunto com os brigadistas do Prevfogo. Nas demais áreas, onde predominam as pequenas propriedades rurais, nos baixões, predominância da agricultura familiar e, nos assentamentos, como a área a ser monitorada é bastante extensa e o fato de que a proximidade das equipes de brigada com as principais áreas de ocorrência de incêndios é um fator de extrema importância, recomenda se que as brigadas sejam distribuídas nestas localidades levando se em consideração o mapa das áreas prioritárias para a proteção contra incêndios e queimadas. Todavia, deve se verificar os custos na construção de infraestrutura básica uma vez que nestas regiões não há instalações para locação ou cessão por parte de alguma entidade. Equipamentos Atualmente não existem equipamentos do poder público municipal destinado exclusivamente para as atividades de combate e prevenção. Os equipamentos utilizados nas atividades de combate são fornecidos aos brigadistas durante o período de sua atuação. A relação dos equipamentos existentes atualmente, 2013, é apresentada no quadro 14. Quadro 14 Equipamentos e materiais existentes do Prevfogo/IBAMA em Bom Jesus (PI). Instituto Equipamento Quantidade IBAMA Enxada 2 Enxadão 1 Foice 2 Machado 1 Bomba costais 7 Abafadores 12 Pinga fogo 1 Garrafa de água 1 Facão 14 Moto bomba 1 Lima 2 Rastelo 6 Cavador 1 Computador (CPU, monitor) 1 HT 2 GPS 1 Binóculo 1 EPI s: balaclava, capacete, boné, óculo, camiseta, gandola, cinto, suspensório, calça, meia, coturno, luva, cantil Salva a calça, camiseta e meias que são 2 por brigadistas os demais são 1 para cada Veículos Além dos equipamentos, durante o período de atuação da brigada do Prevfogo/IBAMA é destinado um veículo 4x4, locado pelo IBAMA, tanto para o transporte da equipe quanto dos equipamentos. Quanto a outros veículos que possam vir a auxiliar em alguma atividade, a Prefeitura possui alguns que, caso haja necessidade, poderão ser utilizados: 29

35 1 caminhão Mercedes (terceirizado); 4 tratores (bom estado de conservação, sendo: 2 traçados e 2 pequenos); 1 retroescavadeira (bom estado de conservação); e 1 moto niveladora (bom estado de conservação). Quanto às peculiaridades da região é importante destacar que o acesso aos locais de combate necessita de veículos 4x4 uma vez que as estradas, em sua maioria, são precárias. Rede de atendimento hospitalar O sistema de saúde do município conta com várias clínicas particulares e com um Hospital Regional que atende demandas de média complexidade. Além destes, o município ainda conta com serviço do SAMU, bem como postos de saúde nos bairros do município e em algumas localidades rurais. Nos casos de maior gravidade, os pacientes são transportados para a capital, Teresina. No quadro 15 são apresentadas as informações referentes às unidades de saúde presente em Bom Jesus (PI). Quadro 15 Rede de atendimento hospitalar presente em Bom Jesus (PI). Estabelecimento Fone Endereço Gestão Tipo de unidade Hosp. Reg. de Bom Jesus (89) Avenida Dr. Raimundo Santos, s/n Estadual Média complexidade SAMU Bom Jesus (PI) 192 Rua Jose Parente, s/n St. José Mun./Estad. Unidade móvel de urgência PS Eugenópolis Povoado Eugenópolis Municipal Atenção básica/ambulatorial PS de Corrente dos Matões Povoado Corrente dos Matões Municipal Atenção básica/ambulatorial PS de Matão Povoado de Matão Municipal Atenção básica/ambulatorial PS de Mucambinho Povoado Mucambinho Municipal Atenção básica/ambulatorial PS de Piripiri Povoado de Piripiri Municipal Atenção básica/ambulatorial Combustível, alimentação e acomodações Por ser uma cidade de relevada importância econômica para a região, bem como aliado ao fato da expansão agrícola, o município de Bom Jesus (PI) possui pousadas e hotéis com as mais variadas opções de acomodações. Quanto a restaurantes, a cidade também dispõe de alguns estabelecimentos, porém, boa parte não tem a possibilidade de pagamento com o uso de cartões magnéticos. No quadro 16 são apresentados os principais locais para acomodação e alimentação no município e, no quadro 17 os principais postos de combustíveis e mecânicas. Quadro 16 Fornecedores de acomodações e alimentação em Bom Jesus (PI). Estabelecimento Fone Endereço Hotel e Restaurante Miramar (89) / BR 135, Miramar Hotel Familiar (89) Av. Ademar Diógenes, BR 135 (09 04' 29,57'' S / 44 21' 16,83'' O) Hotel Gurguéia (89) Rua Coronel Ferreira, S/N Centro Hotel e Churrascaria Brasão (89) BR 135, São Pedro Gurguéia Palace Hotel Hotel e Restaurante (89) Av. Ademar Diógenes, BR 135 (09 04' 29,05'' S / 44 21' 09,45'' O) Churrascaria Black Beer (89) Av. Getúlio Vargas, Centro Churrascaria Portal da Cidade (89) Rua Arsênio Santos, Centro Fonte: PFT (2013) 30

36 Quadro 17 Postos de combustíveis e mecânicas em Bom Jesus (PI). Estabelecimento Fone Endereço Alto Posto Noronha Ipiranga 09 04' 30,66'' S e 44 21' 15,86'' O Alto Posto BR & Pousada 09 04' 30,23'' S e 44 21' 09,57'' O Alto Elétrica e Mecânica Posto BR (89) ' 30,02'' S e 44 21' 08,95'' O Gurguéia Pneus (89) ' 38,27'' S e 44 21' 35,85'' O Center Car Fonte: PFT (2013) 09 04' 29,43'' S e 44 21' 15,79'' O O único Posto de combustíveis que oferece o serviço da Valecard/Goldcard, sistema utilizado para o abastecimento dos veículos utilizados pelas brigadas do Prevfogo/IBAMA é o Alto Posto Noronha (Quadro 17). 3.5 Facilidades para o combate Rede viária O município de Bom Jesus (PI) é cortado pela BR 135, sendo a principal estrada de acesso e a única pavimentada, as demais estradas do município não são pavimentadas encontrando se em precário estado de conservação. Os acessos quase que em sua totalidade são realizados por meio de estradas precárias demandando certos cuidados do motorista e com o veículo, além de um bom conhecimento da região para a realização das atividades de vigilância, prevenção e combate aos incêndios florestais. Os principais acessos e estradas estão delimitados no Mapa Operativo (em anexo). A atualização das estradas e acesso é uma informação de grande importância e também pode ser feita pelas brigadas durante suas atividades. Para que isto ocorra, é necessária uma capacitação dos brigadistas para a coleta destas informações para futuras atualizações. Essas informações são de grande importância não somente para o deslocamento, mas também para o planejamento de ações de combate, pois dependendo da localização dos incêndios as estradas podem ser utilizadas como pontos para o combate. Em especial, no município de Bom Jesus (PI) com a abertura de novas áreas agrícolas existe uma dinâmica bastante intensa na abertura de novas estradas, tal situação deve ser anualmente levantada e registrada para que as ações de ronda e combate não sejam prejudicadas. Captação de água e barreiras naturais Bom Jesus (PI) encontra se, em sua totalidade, na mesorregião do Alto Parnaíba e, inserido na microrregião do Alto Médio Gurguéia que lhe proporciona um sistema hidrográfico baseado em águas de superfície, rios, e subterrâneo. Como pontos de captação de água há o rio Gurguéia, que corta o município, bem como o rio Uruçuí Preto na divisa de Bom Jesus (PI) com Baixa Grande do Ribeiro (PI) e vários riachos como o Corrente dos Matões que forma uma pequena bacia hidrográfica delimitando se entre as latitudes 9 01' 52'' e 9 20' 00'' S e longitudes, 44 25' 34'' e 44 52' 16'' O. Além dos rios, em quase todas as propriedades rurais, comunidades e assentamentos há poços perfurados com bombeamento para caixas d água, desta forma, o município conta com vários pontos perenes de abastecimento para pipa e bombas costais (mapa em anexo). Quanto às barreiras naturais verifica se pelos mapas contidos na primeira parte deste documento que Bom Jesus (PI) dispõe de uma rede hídrica com a presença de riachos e rios, bem como de escarpas de serras que servem como barreiras naturais vindas a auxiliar em uma possível mudança de estratégia durante as ações de combate. 31

37 Pistas de pouso Durante os levantamentos de campo foi identificada em Bom Jesus (PI) apenas uma pista de pouso, aeródromo público. Nas proximidades com o município existem outros aeródromos, bem como pistas de pouso em algumas propriedades rurais apresentando o revestimento da superfície com cascalho, com um comprimento variando de 900 a m e largura de 18 a 30 m. No quadro 18 estão listadas as pistas de pouso no município e nas suas proximidades, com base nos dados da ANAC e nas informações coletadas em campo. Quadro 18 Pistas de pouso no município de Bom Jesus (PI) e nas suas proximidades. Município Latitude Coordenada Longitude Comprimento (m) Largura (m) Superfície Situação Bom Jesus (PI) 09 03' 34,00'' S 44 22' 09,00'' O Asfalto Publica Bom Jesus (PI) 09 11' 19,00" S 45 02' 47,00" O Cascalho Homologada Bom Jesus (PI) Los Grobo 09 19' 22,14'' S 44 48' 55,90'' O Cascalho Não homologada / Privada Bom Jesus (PI) Fazenda 09 18' 03,43'' S 44 45' 23,25'' O Cascalho Não homologada / Privada Bom Jesus (PI) Fazenda Jacuí 09 17' 07,27'' S 44 44' 40,21'' O Cascalho Não homologada / Privada Bom Jesus (PI) Fazenda Colorado 09 16' 52,71'' S 44 47' 19,10'' O Cascalho Não homologado / Privada Baixa Grande do Ribeiro (PI) Faz. Galiléia 09 06' 16,00" S 45 25' 00,00" O Cascalho Homologada / Privada Corrente (PI) 10 27' 07,00'' S 45 08' 11,00'' O Terra Homologada / Pública Fonte: PFT (2013) e ANAC (2013). Sistemas de comunicação A concessionária de telefonia fixa no município é a operadora Oi. Quanto ao sinal de telefonia móvel o serviço é fornecido pelas principais empresas como Vivo, Tim, Oi e Claro. O principal meio de contato com os brigadistas é via telefone celular dos membros da equipe, uma vez que na sede, temporária, não há telefone fixo. No quadro 19 são apresentados os endereços e números dos telefones públicos existentes na sede municipal e no quadro 20 os contatos de algumas instituições e órgãos públicos de Bom Jesus (PI). Nas demais áreas do município, rural, são poucos os locais com cobertura de telefonia celular, desta forma, é de extrema importância a implementação de um sistema de comunicação a rádio entre os brigadistas. Segundo informações obtidas durante os levantamentos de campo vêm se buscando viabilizar a instalação de sistema de comunicação via rádio. Atualmente, os novos veículos disponibilizados para o combate estão equipados com Autotrac tanto para comunicação entre as brigadas como para rastreamento porém, ainda não foi possível averiguar a eficiência deste meio de comunicação. Quadro 19 Número dos telefones públicos existentes em Bom Jesus (PI). Endereço / Localidade Funcionamento Número do telefone público Comunidade Corrente dos Matões Tucunzi 24 horas (89) Assentamento Conceição 24 horas (89) Povoado Barra Verde 24 horas (89) Povoado Eugenópolis 24 horas (89) Povoado Piripiri 24 horas (89) Povoado Marcos Júlio 24 horas (89) Fonte: PFT (2013) e ANATEL (2013). 32

38 Quadro 20 Telefones de instituições e órgãos públicos presentes em Bom Jesus (PI). Instituição Representante Legal / Responsável Telefone Latitude Coordenada Prefeitura Marcos Antônio P. E. Pereira (89) Secretaria Municipal de Meio Ambiente Ariderson Alves de Moura (89) / Secretaria Municipal de Agricultura Rafael Maschio (89) Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Piauí (EMATER) Prevfogo/IBAMA Universidade Federal do Piauí (UFPI) Campos de Bom Jesus Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (SEMAR) Unidade de Bom Jesus (PI) Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bom Jesus (PI) Sindicato dos Produtores Rurais de Bom Jesus do Gurguéia (PI) Portal de notícias 180 Graus (180 graus.com.br) Associação dos Produtores do Assentamento Brejo dos Altos Sidney de Sousa e Silva Extensionista Rural Marcelo Ribeiro Santiago / Chefe da Brigada Prof.º João Batista Lopes da Silva Prof.ª Sandra Lestinge Prof.ª Séfora Gil Prof.º Leandro Pinto Xavier Prof.º Robson José de Oliveira Prof.ª Bruna Souto Dias (89) / Longitude (89) ' 44,35'' S 44 21' 36,41'' O (89) (89) (89) (89) (89) (89) ' 00,49'' S 44 19' 47,85'' O Doze Batista de Oliveira (89) ' 56,18'' S 44 21' 39,23'' O Maria de Fátima (89) ' 06,52'' S 44 21' 31,05'' O Cezar Marafon (89) Rua São Miguel nº 223, Centro, Bom Jesus (PI) Elizabete Borges Zanon (89) ' 06,85'' S 44 19' 13,19'' O Erisvaldo Ribeiro dos Santos (89) ' 33,50'' S 47 32' 13,60'' O Associação dos Produtores do Assentamento Conceição Dona Neusa (89) ' 25,30'' S 44 26' 04,50'' O Fonte: Levantamento de Campo; PFT (2013) 3.6 Ações interagências e estabelecimento de parcerias O município de Bom Jesus (PI) não possui instrumentos formais e/ou oficiais quanto ao estabelecimento de parcerias voltadas para a prevenção e o combate aos incêndios florestais. Atualmente, a parceria firmada com caráter de continuidade é a cessão e manutenção, por parte da Prefeitura, do imóvel onde fica instalado o Centro de Gerenciamento do Fogo do Prevfogo/IBAMA. Além dessa parceria, a brigada do Prevfogo/IBAMA conta com apoios em ações de combate, como por exemplo, na permissão de abastecimento com água e, eventualmente, com funcionários e alimentação, por parte de alguns proprietários rurais. Ainda, pelos trabalhos realizados em campo, pode se verificar que os proprietários de terras, empresas agrícolas, e aqueles que possuem meios de auxiliar de alguma forma para com as atividades de prevenção e combate integram, apesar de não oficialmente, a relação de parceiros. A maioria relatou a vontade de participarem de cursos de queima controlada e de combate, especialmente por contarem com significativos contingentes de funcionários. Os que possuem condições são as propriedades que tem investido na agricultura, em especial o plantio de soja, milho, arroz, algodão, etc, como consta no quadro 21. Quadro 21 Possíveis parceiros em Bom Jesus (PI). Propriedade Responsável Telefone Equipamentos CEAGRO Weltan Pereira Ferreira (89) Fazenda Barcella Jandir Barcella (89) Tratores traçados; 1 Tanque Pipa de L 2 Trator traçado c/ grade; 1 Retroescavadeira; 1 Caminhão Coordenada Latitude Longitude 09 16' 53,77'' S 44 51' 24,52'' O 09 17' 27,60'' S 44 50' 30,95'' O (continua ) 33

39 Quadro 21 Possíveis parceiros em Bom Jesus (PI) (continuação). Propriedade Responsável Telefone Equipamentos Los Grobu CEAGRO do Brasil Weltan Pereira da Silva (99) Fazenda Cezar Marafon (89) Fazenda Jucuí Família Dezordi Fazenda Kremer Janir Antônio Dezordi (89) Eva Doroti Fernandes Kremer (89) Fazenda Desgarrada Nelson Luiz Meyer (86) Trator traçado 1 Pipa de L com bomba; 2 Pulverizadores; 1 Caixa d água de L 3 Tratores traçados; 1 Pipa de L com bomba; 1 Grade; 1 Caixa d água de L 1 Pipa de L como motobomba e 30 m de mangueira; 1 Carreta pipa de L; 4 Extintores de incêndio; 1 pequeno posto de abastecimento; 5 Tratores traçados; 3 Grades; 2 Aradores; 1 Caixa d água de L 2 Tratores traçados com implementos agrícolas; 2 Caminhões; 1 Galpão; 1 Alojamento 1 Reservatório de combustível de 5.000L de diesel; 2 Tratores com implementos; 1 Oficina mecânica Latitude Coordenada Longitude 09 19' 22,14'' S 44 48' 55,90'' O 09 18' 35,74'' S 44 46' 04,55'' O 09 17' 07,27'' S 44 44' 40,21'' O E (UTM, fuso 23L) E (UTM, fuso 23L) N (UTM, fuso 23L) N (UTM, fuso 23L) Fonte: Levantamento de Campo; PFT (2013) O estabelecimento de parcerias é de fundamental importância, principalmente em ações de combate, onde, a brigada deve manter uma lista de contatos para acionamento em caso de ações que envolvam maiores proporções. Neste aspecto, a exemplo dos municípios do Estado do Tocantins, recomenda se que sejam firmados acordos por meio do Protocolo do Fogo com o objetivo de reduzir a incidência de focos de incêndios no município por meio de compromissos e ações a serem coordenados e executados pelos diferentes setores que demonstraram interesse em participar do desenvolvimento do projeto. Os Protocolos Municipais de Prevenção e Controle do Uso do Fogo (Protocolo do Fogo) tem por finalidade firmar acordos com as prefeituras, órgãos governamentais e não governamentais, escolas, produtores rurais e representantes da sociedade, que se comprometem voluntariamente a contribuir com a redução de queimadas em seus municípios. Em Bom Jesus (PI), esse acordo poderia ser coordenado pela unidade da SEMAR, ou, pela própria brigada do Prevfogo por meio da gerência estadual. Dentre os participantes poderiam estar: SEMAR; EMATER; INTERPI; ADAPI; Prefeitura e Secretarias Municipais; Escolas Municipais/Estaduais; UFPI; Empresas de telejornalismo/portais de notícias da região; Entidades Religiosas; ONG s; Comunidades Tradicionais; Associações; Brigada Prevfogo/IBAMA; Ministério Público do Estado do Piauí; Tribunal de Justiça e outros. A Prefeitura de Bom Jesus (PI) deve ser a instância de interação governamental municipal mais importante para a consolidação das atividades de prevenção e combate aos incêndios florestais, com apoio do Prevfogo/IBAMA e SEMAR. Dentre as diversas ações de parceria potencialmente factíveis entre essas partes, pode se destacar a formação de brigadistas municipais de combate a incêndios, capacitação de agentes ambientais voluntários nos moldes do disposto na Resolução CONAMA 03/88, capacitação de extensionistas rurais para atuarem junto aos pequenos e médios produtores e assentados, bem como na elaboração e implantação da Agenda 21 municipal, em interação com o MMA. 34

40 4 COMBATE A INCÊNDIO 4.1 Sistema de acionamento Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais Bom Jesus (PI) Um sistema de acionamento bem definido, organizado, integrado e de conhecimento de todos os envolvidos é fundamental para a otimização dos recursos humanos e materiais, além de evitar ações sobrepostas e desarticuladas. Para o acionamento das brigadas, atualmente vem sendo feito por telefonia celular, quando a brigada tem como base a sede do município. Neste sentido é importante que o número telefônico do chefe da brigada seja repassado aos diferentes órgãos públicos do município, bem como divulgado na comunidade. O Prevfogo adota os formulários de acionamentos, o que é uma ferramenta para padronizar a oficialização dos pedidos de apoio. Um sistema formal e padronizado de solicitar auxílio do Prevfogo facilita a administração dos atendimentos e avaliação da real situação do quadro de incêndios. Tal sistematização não é apenas um meio padronizado de comunicar a emergência e requerer apoio, mas também de informar os meios disponíveis e recursos financeiros que são de responsabilidade do requerente. As brigadas localizadas nas áreas críticas devem ser as responsáveis pela realização dos primeiros combates na sua região; em caso de necessidade de apoio, a coordenação deverá ser acionada. Caso seja necessário, deverão ser acionados os diferentes níveis de combate. Em situações em que o incêndio não pode ser debelado apenas com as brigadas municipais e seus parceiros o chefe de brigada deverá contatar o Coordenador Estadual do Prevfogo (Superintendência). E nos caso que os recursos da Coordenação Estadual não sejam suficientes ainda para controlar o incêndio deverá fazer a comunicação ao Núcleo de Prevenção e Combate (Prevfogo Sede), conforme figura 10. STATUS DO INCÊNDIO CARACTERÍSTICAS QUEM MOBILIZA OS RECURSOS? ATIVIDADES BÁSICAS INCIDENTE NÍVEL 1 É local rotineiro e de pequenas proporções. Pode ser combatido inicialmente com os recursos da(s) brigada(s) e parceiros no município. Chefe de Brigada Acionar brigada; Informar ao Coordenador Estadual do Prevfogo que, apoiado pelo Gerente do Fogo Estadual passa a acompanhar o incidente; Confeccionar e enviar o ROI. INCIDENTE NÍVEL 2 O incêndio não pôde ser debelado apenas com os recursos dos parceiros municipais. Requer articulação de recursos estaduais do IBAMA e demais entidades envolvidas. Coordenador Estadual do Prevfogo Mobilizar recursos do IBAMA no estado; Acionar instituições parceiras no estado; Informa ao Prevfogo Sede, que passa a acompanhar o incidente; Montar sala de situação simplificada. Confeccionar e enviar o ROI. INCIDENTE NÍVEL 3 O incêndio não pode ser controlado com os recursos disponíveis até então. A complexidade da operação requer a mobilização de recursos de entidades de alcance nacional, seja do IBAMA ou demais parceiros. Núcleo de Operações e Combate (Sede) Informar a Diretoria de Proteção Ambiental; Acionar o NOA; Acionar Defesa Civil quando couber; Mobilizar equipe de reforço a partir do Prevfogo Sede; Mobilizar recursos a partir das unidades do IBAMA; Montar sala de situação; Confeccionar e enviar o ROI. Figura 14 Fluxograma para o acionamento em diferentes níveis de combate. 35

41 4.2 Organização para o combate Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais Bom Jesus (PI) A(s) equipe(s) e a(s) brigada(s) do município serão responsáveis pela realização dos primeiros combates dos incêndios florestais e queimadas, em que deverão seguir as instruções repassadas durante a capacitação ministrada pelo Prevfogo. Em caso de necessidade de apoio, a equipe deverá solicitá la aos parceiros. A organização de infraestrutura de apoio ao combate é uma função da Coordenação Estadual do Prevfogo/PI. Neste sentido, a Coordenação deverá ser responsável pelas seguintes ações: Quantificar e qualificar as pessoas disponíveis para as ações de combate aos incêndios florestais; Organizar e dar condições para que acionamento das brigadas ocorra da maneira mais rápida possível; Proporcionar condições de transporte e logística necessária para o deslocamento e manutenção das brigadas durante as ações de combate; Providenciar alojamento e alimentação para os combatentes, principalmente quando for necessária a realização de combates distantes da sede municipal; Manter e disponibilizar uma lista atualizada de brigadistas no município e nas localidades próximas a região; Manter e disponibilizar lista atualizada dos recursos existentes na região, bem como uma lista dos possíveis parceiros e os recursos que estes poderão disponibilizar; Definir as funções e pessoas responsáveis pelas brigadas; Definir os responsáveis para solucionar as demandas existentes durante as ações de combate, tais como: manutenção e compra de ferramentas e equipamentos; transporte de combatentes e distribuição de alimentação; fornecimento de água; informações para a imprensa; distribuição de equipamentos e ferramentas; Coletar e gerar informações para subsidiar a atualização do Plano Operativo de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais; Realizar relatório das atividades executadas pela(s) brigada(s) e verificar se os ROI vem sendo preenchidas no SisFogo pelos Chefe de Esquadrão. 4.3 Desmobilização Ao término da operação de combate, deverá ser feita a desmobilização, que consiste em: Recolhimento e manutenção dos materiais e equipamentos envolvidos no combate; Quando utilizados ferramentas ou equipamentos de terceiros ou parceiros, realizar a devolução aos proprietários; Registrar, com o uso do GPS, as coordenada do local da ocorrência e quando possível delimitar a área queimada; Preenchimento e envio do Registro de Ocorrência de Incêndios (ROI) na página do Prevfogo na Internet: ( Avaliar e registrar a eficiência do Plano Operativo, sugerindo as complementações ou alterações necessárias; Avaliar a adoção de medidas que diminuam os impactos negativos do incêndio, por exemplo, plantio de espécies nativas. 36

42 5 SISFOGO Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais Bom Jesus (PI) O SisFogo, Sistema Nacional de Informações sobre Fogo, é um sistema do Prevfogo/IBAMA onde é permitido consultar Bancos de Dados Geográficos com informações do ICMBio e do IBAMA. Está disponível na Internet no seguinte endereço: Ele permite cruzar informações e gerar relatórios sobre controle de material, registro de ocorrência de incêndio, relatório das atividades desenvolvidas pelas brigadas nas Unidades de Conservação Federais. O SisFogo integra informações e permite a utilização dos dados com segurança e autonomia pelos usuários. O mesmo é dividido em subsistemas e, dentre eles está o subsistema Registro de Ocorrência de Incêndios em Unidades de Conservação (já disponível), além de outros necessários à implantação do Sistema. O subsistema Registro de Ocorrência de Incêndios permite que os funcionários das Unidades de Conservação, Coordenadores Estaduais do Prevfogo, Gerentes do Fogo de Unidades, Estaduais e de Brigadas Municipais, Corpos de Bombeiros e Defesa Civil preencham relatórios com os dados referentes aos incêndios combatidos em Unidades de Conservação (Federais e Estaduais). O relatório contém os dados referentes ao incêndio, mapa de área queimada, coordenadas do centroide do incêndio, imagem da área queimada e fotos da área quando houver. O ROI busca principalmente uma melhora qualitativa das informações obtidas (Fonte: manual SisFogo/Prevfogo/IBAMA Janeiro de 2009). Desta forma, ao final das atividades de combate e de suma importância a inserção do Registro de Ocorrência de Incêndios (ROI) no SisFogo. Deverão ser impressos formulários, do ROI, para preenchimento no campo, que se encontra disponível na página do Prevfogo, para posterior inserção das informações na base de dados online. Estas informações são de extrema importância para que se possam acompanhar as atividades dos brigadistas e, principalmente, nortear as ações futuras. No município Bom Jesus (PI) de 2010 a 2012 totalizaram um total de somente 87 registros. Este valor aparentemente está bem abaixo das ações realizadas pelas brigadas que vem trabalhando no município. Assim é necessário criar mecanismos para todas as ocorrências sejam inseridas nesta base de dados. Nos dados existentes no SisFogo do município de Bom Jesus (PI), quase que a totalidade dos ROI não apresenta o registro da coordenada geográfica do incêndio, apesar das brigadas possuírem GPS. A informação espacial das ocorrências é de grande importância nas avaliações da dinâmica da problemática do fogo na região, bem como na avaliação das ações das brigadas atuantes no município. As demais informações são também de grande importância, assim, é recomendável que os brigadistas sejam instruídos e capacitados para melhorar a qualidade das informações a serem inseridas nesta importante base de dados. Por fim, é recomendável que não somente as atividades de combate sejam registradas que as demais ações exercidas pelas brigadas tais como: ronda, educação ambiental, apoio em queima controlada, manutenções, e outras. Neste sentido, é importante criar relatórios padronizados para o registro destas informações seja feito de forma padronizada, permitindo a utilização destas informações em ações futuras. Essas informações são também de suma importância para o planejamento e direcionamento dos recursos paras as reais demanda existentes no município de Bom Jesus (PI). 37

43 6 PESQUISAS Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais Bom Jesus (PI) Neste documento, Plano Operativo de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, não tem a pretensão de estabelecer linhas e métodos de pesquisa a serem desenvolvidas sobre o tema fogo. No entanto, são apresentadas algumas referências às demandas locais, buscando respostas a uma série de questões que podem auxiliar na gestão das atividades de uso do fogo, prevenção e combate. Assim, como base no histórico das ocorrências de incêndios na região e as informações obtidas durante o levantamento de campo pode se apontar algumas demandas em pesquisa para o município, sendo: Avaliação potencial de índices de risco de incêndios, bem como, o ajuste do índice para as condições locais; Estudo do comportamento do fogo para as condições locais, nas diferentes estruturas vegetacionais presente; Avaliação e desenvolvimento de técnicas de queima controlada; Desenvolvimento de métodos práticos para a quantificação da carga de material combustível nas diferentes fisionomias vegetacionais; Impactos do fogo na flora e na fauna, bem como a definição de áreas com presença de espécies raras ou ameaçadas de extinção e vegetações mais susceptível aos efeitos do fogo; Alternativas locais ao uso do fogo, principalmente para a renovação de pastagem natural; Estudo de tecnologias de combate aplicáveis para as condições locais; Estudo da dinâmica do uso do solo no município. 38

44 Vista do município de Bom Jesus (PI)

45 PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS - BOM JESUS (PI) Localização AC AM RO RR MT MS PA RS AP PR TO GODF SC SP MA CE RN PB PI PE SE AL BA MG RJ ES Baixa Grande do Ribeiro Gilbués Monte Alegre do Piauí Currais BOM JESUS Riacho Frio Redenção do Gurguéia Curimatá Cristiano Castro Santa Luz Morro Cabeça no Tempo Estação Ecológica de Uruçui-Una Riachão B Rio do Salto rejo do Sucuriú Rio Buritizinho S e r r a d o Q u i l o m b o ÆM T.P. (089) !¾ Faz. Bonita Faz. Comparin Fazenda!¾!¾ Faz. Barcella!¾!¾!¾!¾ Faz. Colorado!¾!Ä!¾ ÆM![ CEAGRO Faz. Los Grobu Faz. Marafon Faz. Jacuí Riacho dos Matões Serra dos Macacos![ TO 110 Grota Bela!( ÆM Rio Gurguéia Assentamento Brejo dos Altos!( Legenda!( Localidades!²![!Ä!. Bom Jesus - PI!0 ñufpi ÆM!d![ BOM JESUS Limites municipais Entrada para Correntes dos Matões Serra da Tapera!( Cajazeiros # Morro da Canastra Parque Nacional Serra das Confusões!. Sedes municipais Limites das UC Lagos / Represas Rios intermitentes Rios perenes Estradas!Ä!²!0 I !¾ Fazenda!d ñ # Posto de Saúde Universidade Morros Ponto de observação Telefone Aeródromo/Pista de Pouso Ponto de captação de água Infraestrutura Outro Entrada para Serra do Quilombo km Sistema de Referência Geodésico SIRGAS 2000 UTM (Universal Transversa de Mercator) (fuso 23) Contato!( APA do Rangel MAPA PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS - BOM JESUS (PI) DATA MUNICÍPIO 28/10/2013 BOM JESUS - PI ELABORAÇÃO: MARCOS GIONGO

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