I Curso Introdução à Astronomia

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "I Curso Introdução à Astronomia"

Transcrição

1 I Curso Introdução à Astronomia As estrelas e o Sol Daniel R. C. Mello Observatório do Valongo - UFRJ

2 Nesta aula veremos: As dimensões e as distâncias das estrelas: tamanho, forma, distâncias; Aspectos físicos das estrelas: Temperatura, brilho, massa, composição e geração de energia; Nascimento e Morte O ciclo de vida das estrelas

3 As estrelas no universo: Quando olhamos o céu em noite clara, nada parece ser mais comum e numeroso que as estrelas; De fato, as estrelas são blocos fundamentais do universo em escala macroscópica, assim como os átomos são blocos fundamentais do universo em escala microscópica; A grande importância das estrelas reside no fato de que elas são as responsáveis pela mais importante tarefa no universo: gerar e reciclar os elementos químicos constituintes de toda matéria. O universo não consegue fazer isso sozinho.

4 As estrelas no universo: À olho nu conseguimos observar nas melhores condições cerca de 6 mil estrelas em toda céu durante o intervalo de 1 ano. Isto representa, todavia, uma fatia ínfima de todas as estrelas, mesmo na nossa galáxia, a Via Láctea. Nossos olhos só conseguem ver as estrelas vizinhas do Sol, que estão todas em nossa galáxia. Estrelas em outras galáxias só podem ser vistas com grandes telescópios.

5 As estrelas no universo: Existem estrelas de todo tipo, tamanhos, massas, temperaturas, densidades, gravidades, idades; Mas então, o que vem a ser uma estrela? Basicamente, uma estrela é uma esfera de gás a altíssima temperatura (plasma) que gera sua própria energia (brilho) por meio de reações nucleares; Duas forças estão em competição constante em uma estrela: a gravidade e a pressão do gás.

6 As estrelas no universo: p g p + g = 0

7 As estrelas no universo: Em situações normais (mais de 90% da vida das estrelas), o equilíbrio P+G = 0 é satisfeito. Neste caso, a estrela não aumenta ou diminui de tamanho. Existem, entretanto, estrelas em que P+G 0. Estas estrelas estão em ciclos avançados de suas vidas, onde algo violento pode estar prestes a ocorrer. Veremos casos em que P+G 0; Mas as estrelas são mesmo enormes?

8 As estrelas no universo: tamanhos Sol e os planetas do Sistema Solar

9 As estrelas no universo: tamanhos O Sol é apenas uma minúscula estrela quando comparadas com outras espalhadas pelo Universo.

10 As estrelas no universo: tamanhos Em geral dizemos que as estrelas são anãs, gigantes e supergigantes

11 As estrelas no universo: tamanhos

12 As estrelas no universo: formas As estrelas são todas exatamente esféricas? Quase todas são praticamente esféricas, mas existem estrelas com formatos diferentes; Mas por quê? Resp: A rotação e novamente a relação P+G são as causas do formato não-esférico; Estrelas mais quentes giram mais rápido ( km/s); Estrelas mais frias giram mais devagar (1-30 km/s).

13 As estrelas no universo: formas Agora, por favor, não vão dizer que as estrelas têm pontas!

14 As estrelas no universo: distâncias Já vimos que existem inúmeras estrelas maiores que nosso Sol. Então, por que o Sol parece tão mais brilhante que elas? Todas as estrelas do céu noturno estão muito, muito mais distantes de nós do que o Sol; Os astrônomos com o passar dos séculos aprenderam diversos métodos para estimar as distâncias até as estrelas. Isto auxiliou em muito a noção que temos hoje da escala de grandeza do universo inteiro.

15 As estrelas no universo: distâncias O primeiro método de cálculo da distâncias estelares foi a paralaxe (usando geometria):

16 As estrelas no universo: distâncias

17 Aspectos das estrelas: distâncias Mas o que é realmente o Ano-Luz (AL)? É a distância que a um raio de luz viaja no período de 1 ano. Ele vale: ,8 km (aproximadamente 9,5 trilhões de quilômetros) O AL é muito usado em Astronomia, mas existem outras unidades de distância.

18 Aspectos físicos das estrelas: Cores e temperaturas Já perceberam que as estrelas possuem cores Diferentes?

19 Aspectos físicos das estrelas: O que é um espectro?

20 Aspectos físicos das estrelas: O que é um espectro?

21 Aspectos físicos das estrelas: Cores e temperaturas No séc XIX algumas áreas da física (termodinâmica e eletromagnetismo) forneceram as bases para explicar a radiação emitida pelas estrelas e outros corpos celestes; Foi possível começar a coletar e entender os espectros; No século XX a física quântica permitiu aos astrônomos a compreensão de muitos aspectos da radiação das estrelas.

22 Aspectos físicos das estrelas: Cores e temperaturas A cor de uma estrela está relacionada com a quantidade máxima de radiação da estrela e com a temperatura. Se medimos a radiação e identificamos a cor, podemos estimar a temperatura; A astrônoma Annie J. Canon foi a primeira a classificar as estrelas a partir dos espectros em 1910; Ela classificou mais de 250 mil estrelas.

23 Aspectos físicos das estrelas: Cores e temperaturas Classe da Estrela Cor da Estrela Temperatura Superficial (K) Exemplo O azul Mintaka B branco-azulado Rigel A branco Sírius F branco-amarelado Prócion G amarelo Sol K alaranjado Aldebarã M vermelho Betelgeuse

24 Aspectos físicos das estrelas: Massas As estrelas contêm quantidade incrível de matéria. Nosso Sol, por exemplo, tem massa de ~ 2 x kg! A massa fornece outra classificação importante das estrelas: Estrelas de alta massa: M > 8M S* (*massa solar) ; Estrelas de massa intermediária: 2.5 < M < 8.0 M S ; Estrelas de baixa massa 0.08 < M < 2.5 M S.

25 Aspectos físicos das estrelas: Massas A massa de uma estrela é muito importante, porque, à grosso modo, ela é quem vai determinar o quanto uma estrela viverá: Muita massa: vida curta; Pouca massa: vida longa m m m m m

26 Aspectos físicos das estrelas: Massas

27 Aspectos físicos das estrelas: de quê as estrelas são formadas? As estrelas são formadas basicamente de Hidrogênio e Hélio, que são também os principais constituintes do universo. Mas como os outros elementos apareceram? Foram formados nas estrelas também, mas em quantidades muito menores. As reações nucleares ocorrentes em diversas fases estelares são quem determinam a formação dos elementos químicos:

28 Aspectos físicos das estrelas: de quê as estrelas são formadas? Mas com a grande maioria das estrelas, podemos resumir:

29 Aspectos físicos das estrelas: de quê as estrelas são formadas?

30 Aspectos físicos das estrelas: Como as estrelas geram sua energia? Alta temperatura e pressão no núcleo da estrela; Fusão entre Hidrogênio + Hélio = expansão do gás da estrela + energia (responsável pelo brilho) Este efeito é responsável pela estabilidade e energia do Sol por bilhões de anos!

31 Agrupando as estrelas Apesar de nosso Sol estar relativamente isolado de outras estrelas, estima-se que até 50% das estrelas do universo vivam aos pares ou em grupos; Dentro da hierarquia, as estrelas se agrupam em: a) Sistemas duplos (ou sistemas estelares); b) Aglomerados estelares; c) Galáxias.

32 Agrupando as estrelas: sistemas duplos

33 Agrupando as estrelas: aglomerados estelares Os aglomerados estelares são cúmulos irregulares ou esféricos de centenas a milhares de estrelas; Aglomerado Caixinha de Jóias na constelação de Cruzeiro do Sul e Omega Centauri na constelação do Centauro

34 Nesta aula veremos: Nascimento e Morte O ciclo de vida das estrelas

35 O nascimento das estrelas: o que dizem as teorias. Os astrônomos começaram a lançar hipóteses do nascimento das estrelas no século XVIII e XIX através da observação de nuvens de gás e poeira que também continham estrelas: as conhecidas nebulosas;

36 As regiões mais densas e escuras dentro da nuvem começam a se juntar para formar estrelas O nascimento das estrelas: o que CO dizem as teorias. NH 3 CH 4 H 2

37 O nascimento das estrelas: o que dizem as teorias.

38 O nascimento das estrelas: o que dizem as teorias. O trabalho da gravidade: o Diagrama de bolinhas 1

39 O nascimento das estrelas: o que dizem as teorias. Diagrama de bolinhas 2

40 O nascimento das estrelas: o que dizem as teorias. Diagrama de bolinhas 3

41 O nascimento das estrelas: o que dizem as teorias. Diagrama de bolinhas 4

42 O nascimento das estrelas: o que dizem as teorias. Diagrama de bolinhas 5

43 O nascimento das estrelas: o que dizem as teorias. Diagrama de bolinhas 6

44 O nascimento das estrelas: o que dizem as teorias. Neste estágio, já avançado, a temperatura e principalmente a massa no centro da compactação já é alta suficiente para que as reações nucleares comecem a ocorrer nas estrelas

45 O nascimento das estrelas: o que mostram as observações As regiões escuras na imagem da esquerda foram o que restaram das formações estelares.

46 Aspectos da evolução estelar Quando uma estrela acaba de ser formada, de cara, ela entra em uma destas três classes: Estrelas de alta massa: M > 8M S ; Estrelas de massa intermediária: 2.5 < M < 8.0 M S ; Estrelas de baixa massa 0.08 < M < 2.5 M S. Mas o que acontece quando a massa é menor que 0.08 massas solares?

47 Aspectos da evolução estelar Neste caso, forma-se um objeto sub-estelar chamado anã marrom: é uma estrela fracassada que não conseguiu fazer a fusão nuclear do hidrogênio. Sol Júpiter Anã marrom Anãs Marroms M < 0.08 M SOL descobertas em 1995

48 Aspectos da evolução estelar: a evolução das estrelas Quando a estrela perde todo o hidrogênio do núcleo, ocorre o desequilíbrio entre P e G. A relação P+G = 0 falha e a estrela precisa encontrar um modo de retomar sua estabilidade e evitar o colapso. Os modelos astrofísicos e as observações têm mostrado que neste estágio as atmosferas das estrelas aumentam muito de tamanho, enquanto que o núcleo delas se contrai: é a fase de Gigante Vermelha

49 Aspectos da evolução estelar: As Gigantes Vermelhas Nesta fase a temperatura superficial diminui, mas a luminosidade e o tamanho são bem maiores que a do Sol.

50 Aspectos da evolução estelar: Além das Gigantes Quando a estrela chega na fase de Gigante, a sua trajetória de vida futura vai depender diretamente da sua massa: Baixa massa e massa intermediária: Planetária Anã branca; Alta massa: Supergigante Estrela de nêutrons Buraco negro Nebulosa Supernova

51 Aspectos da evolução estelar: As Nebulosas Planetárias A fase de Nebulosa Planetária compreende um dos estágios finais de vida das estrelas pouco massivas (tipo solar); Nesta fase a estrela expulsa todas as suas camadas superficiais para o exterior formando uma nuvem de gás e poeira. No centro resta apenas o núcleo estelar quente e muito denso. Neste momento, não há mais produção de energia nuclear, as estrelas brilham apenas pela energia gravitacional muito intensa.

52 Aspectos da evolução estelar: As Nebulosas Planetárias

53 Aspectos da evolução estelar: As Nebulosas Planetárias A fase de Nebulosa Planetária é muito rápida tendo duração máxima de 100 mil anos. O Sol deve passar por esta fase no final de sua vida.

54 Aspectos da evolução estelar: As anãs brancas Quando a nuvem que envolve a nebulosa planetária é dissipada, resta apenas o núcleo ou caroço estelar; Como nenhuma energia é mais produzida ele começa a esfriar lentamente, chegando à fase de anã branca. Estas anãs são muito fracas de brilho, mas são mais quentes e muito mais densas que o Sol.

55 Aspectos da evolução estelar: As anãs brancas

56 Aspectos da evolução estelar: As anãs brancas As anãs brancas possuem densidade ~ 10 5 vezes a densidade da água; São difíceis de serem observadas (brilho fraco).

57 Aspectos da evolução estelar: As Supergigantes Vamos ver agora aspectos da evolução das estrelas de alta massa: No estágio de Supergigante as reações nucleares mudam, a temperatura no núcleo é muito maior, a densidade é super alta e a luminosidade também; Nesta fase as estrelas podem passar por variações de brilho (estrelas variáveis); É nesta fase também que os elementos químicos pesados começam a ser formados.

58 Aspectos da evolução estelar: As Betelgeuse Supergigantes Outras supergigantes conhecidas: Canopus, Deneb e Capella

59 Aspectos da evolução estelar: As supergigantes massivas Vamos ver agora como evoluem as estrelas de alta massa no final da fase de Supergigantes: elas são as responsáveis pelos eventos mais energéticos das Galáxias: as supernovas. Quando uma estrela massiva chega nesta fase, devido a sua grande massa e enorme temperatura central, diversas reações nucleares conseguem produzir diversos elementos além do He: C, N, O, Mg, F, Si, etc...

60 Aspectos da evolução estelar: As supergigantes massivas

61 Aspectos da evolução estelar: As supergigantes massivas Estas estrelas são muito instáveis e começam a expulsar suas camadas externas e variar de brilho às vezes de forma irregular. Temos um caso clássico de P + G 0; Por outro lado, estas estrelas são raríssimas, tamanha a energia necessária para formá-las. Elas têm massa acima de 30 massas solares.

62 Aspectos da evolução estelar: As Quando o núcleo da estrela produz o Ferro (Fe), um evento catastrófico ocorre: o colapso gravitacional e a liberação de toda energia: uma Supernova; Isso ocorre porque o Ferro não pode ser utilizado como novo combustível nuclear. supernovas

63 Aspectos da evolução estelar: As supernovas Uma Supernova que ocorreu em 1987 na galáxia Pequena Nuvem de Magalhães

64 Aspectos da evolução estelar: As supernovas As supernovas são eventos super energéticos que emitem muita radiação. Algumas podem ser tão brilhantes quanto suas galáxias; São muito raras: estima-se que ocorra 1 supernova em cada galáxia a cada 300 anos. A última observada na nossa galáxia foi vista em 1604, registrada pelo astrônomo Kepler. Entretanto estudos mais recentes sugerem que outras supernovas podem ter ocorrido em séculos posteriores. Elas podem brilhar como 10 bilhões de sóis juntos!

65 Aspectos da evolução estelar: As supernovas Supernova na Galáxia NGC 4526 em 1994

66 Aspectos da evolução estelar: Além das supernovas

67 Aspectos da evolução estelar: Além das supernovas Mas não para por aí: o núcleo que restou da explosão da supernova é tão denso, tão pesado e tão pequeno que ele pode dar origem ainda a dois objetos: As estrelas de Nêutrons (M central entre 1.44 e 3 M sol ); Os Buracos Negros (M central > 3 M sol ).

68 Aspectos da evolução estelar: As Nestes objetos a densidade é tão alta que elétrons e prótons se fundem em nêutrons; Elas são as menores estrelas existentes. Possuem diâmetros da ordem de dezenas a centenas de quilômetros; estrelas de Nêutrons

69 Aspectos da evolução estelar: As estrelas de Nêutrons

70 Aspectos da evolução estelar: O Buraco Negro Para as estrelas mais massivas que se conhece, o estágio final e derradeiro de vida são os buracos negros. Neste caso o colapso é total e a gravidade tende ao infinito: toda luz e radiação é capturada; Fato: Não podemos observar um buraco negro pois ele não emite luz visível (são invisíveis). Entretanto eles nos deixam evidências por sua interações com a radiação e outras estrelas ao seu redor.

71 Aspectos da evolução estelar: O Buraco Negro Concepção artística de um buraco negro

72 Aspectos da evolução estelar: O Buraco Negro

73 Aspectos da evolução estelar: O Buraco Negro

74

75 Nesta aula veremos: A Dinâmica do Sol: Estrutura interna, tamanho e forma; Movimentos de rotação e translação; Aspectos físicos do Sol: Temperatura, brilho e geração de energia; Massa, densidade e campo magnético; A relação Terra-Sol Influência solar na vida terrestre

76 A Dinâmica do Sol: seus movimentos Basicamente o Sol possui 2 movimentos: o de rotação em torno de seu eixo e o de translação em torno do centro da Via-Láctea; Rotação: de oeste para leste (mesmo sentido da translação dos planetas) em: ~ 25 dias no equador; ~ 34 dias nos polos).

77 A Dinâmica do Sol: seus movimentos Basicamente o Sol possui 2 movimentos: o de rotação em torno de seu eixo e o de translação em torno do centro da Via-Láctea; Translação: m torno do centro galáctico com período estimado entre milhões de anos.

78 A estrutura do Sol: as camadas Não podemos observar o interior solar diretamente, mas modelamos e conhecemos certas propriedades do Sol com base nas leis da física, nas evidências observacionais e nos efeitos que o Sol gera no meio ao seu redor; A estrutura do Sol pode ser dividida em: Núcleo (reações nucleares); Zona radiativa; Zona convectiva; Fotosfera; Cromosfera;

79 A estrutura interna do Sol: Coroa

80 A estrutura interna do Sol: A zona radiativa: A Zona radiativa é a região mais extensa do Sol (25% a 70% do raio solar); Possui também a região com as maiores variações de densidade; O transporte de energia por radiação acontece devido aos átomos do gás solar que absorvem e re-emitem a radiação para o exterior.

81 A estrutura interna do Sol: A zona convectiva: A zona convectiva se prolonga de 70% do raio do Sol até a superfície; O transporte de calor por convecção é semelhante ao transporte de calor em uma panela com água em ebulição; A evidência da convecção solar é a observação de grânulos na superfície do Sol:

82 A estrutura do Sol: sua atmosfera A Fotosfera: A fotosfera á a superfície visível do Sol; Comparada com as outras camadas ela é muito fina, com apenas 500km de espessura (0.1% do tamanho do Sol); Nela estão presentes os grânulos e as manchas solares, que são manifestações do intenso campo magnético do Sol; Apesar de ser extremamente fina e rarefeita, a fotosfera tem importância ímpar para o estudo de todo o Sol pois é a camada que observamos diretamente à olho nu e com nossos telescópios e detectores.

83 A estrutura do Sol: sua atmosfera A Fotosfera:

84 A estrutura do Sol: as regiões exteriores A Cromosfera: As protuberâncias nascem na cromosfera e são as maiores estruturas variáveis do Sol. São geradas por fortes campos magnéticos

85 A estrutura do Sol: as regiões exteriores A Coroa:

86 A estrutura do Sol: as regiões exteriores A Coroa: As estruturas observadas na coroa, como arcos coronais são gigantescas e estão associadas ao ciclo de atividade magnética do Sol;

87 A física do Sol: a geração de energia O brilho Solar: O brilho do Sol tem se mantido estável por bilhões de anos como atestam dados geológicos. Apenas na década de 1940 foi possível explicar satisfatoriamente a fonte de energia solar: a energia nuclear. Em seu interior o sol produz energia suficiente para evitar seu colapso pela ação da gravidade. A potência emitida pela Sol é chamada de luminosidade solar. Ela vale 3.8 x Watts, o que equivale a potência de 6.3 x lâmpadas de 60 W; >> 50 milhões GW/s na Terra. Aqui da Terra, recebemos cerca de 1370 W/m 2 de energia do Sol.

88 A física do Sol: a geração de energia A composição solar: A composição do Sol é reflexo de dois fatores: a composição média do universo e a composição específica da nuvem de gás que formou o Sol. Muitos astrônomos acreditam que a nuvem onde o Sol e os planetas se formaram era resto da morte de uma estrela gigante; Mas como sabemos sobre a composição do Sol? Como vimos, ela pode ser investigada por meio da técnica da espectroscopia

89 A física do Sol: a geração de energia A composição solar:

90 A física do Sol: a atividade solar As manchas solares As manchas solares são as manifestações mais notáveis do campo magnético do Sol; Elas se formam na fotosfera e são regiões mais escuras, pois apresentam temperaturas menores que a média da temperatura da fotosfera; Alguns historiadores em ciência afirmam que os antigos astrônomos chineses já haviam registrado a observação de manchas enegrecidas na superfície do Sol a 1000 anos atrás, mas a caracterização delas começou a ser detalhada a partir das observações de Galileu Galilei em 1610.

91 A física do Sol: a atividade solar As manchas solares Registro de Galileu (1613) das manchas solares e aspecto observado de uma macha pelo telescópio solar (NASA) em 2010.

92 A física do Sol: a atividade solar As manchas solares Apesar de diminutas no disco solar, as manchas geralmente, têm dimensões superiores à da Terra; É possível observá-las com pequenos telescópios, utilizando o método de projeção do disco solar.

93 A física do Sol: a atividade solar As manchas solares O aspecto mais importante das manchas solares é que elas não são observadas com frequência constante no disco solar, ou seja, o número de machas solares observadas em um dado período (em períodos de anos) varia; Percebeu-se com o tempo que este período de variação não é aleatório e irregular, mas obedece a um ciclo de aproximadamente 11 anos; Dentro destes 11 anos o número de manchas solares passa por dois máximos ou dois mínimos de contagem.

94 A física do Sol: a atividade solar As manchas solares Este ciclo de 11.2 anos ficou conhecido como o ciclo de atividade solar;

95 A física do Sol: a atividade solar As manchas solares O advento da astrofísica estelar no séc. XX permitiu relacionar a observação das manchas solares com o campo magnético global do Sol; Observações a partir da década de 1970 mostraram que as estruturas intensas dos campos magnéticos (flares, protuberâncias ou arcos coronais) tinham relação direta ou indireta com a presença das machas, ou seja, as manchas solares refletem diretamente o índice de atividade magnética do Sol; A teoria mais aceita para explicar as manchas é aquela que diz que elas são regiões onde as linhas de campo magnético rompem a superfície solar.

96 A física do Sol: a atividade solar As manchas solares

97 A física do Sol: a atividade solar O vento solar Na coroa solar emana continuamente um fluxo de partículas (elétrons, prótons, átomos ionizados e campo magnético) conhecido como vento solar; O vento solar possui altíssima velocidade desde a coroa até para o meio interplanetário; Na vizinhança terrestre as velocidade do vento solar varia de km/s, mas ele é extremamente rarefeito. Entre tantos, o vento solar produz dois efeitos importantes: a perda de massa do Sol (1 milhão toneladas/s) e as tempestades magnéticas nos planetas.

98 A física do Sol: a atividade solar O vento solar

99 A relação Terra-Sol Afora sua importância crucial para a manutenção de toda vida na Terra devido a quantidade de radiação que o Sol direciona para a Terra, há diversos fenômenos importantes de interação Terra-Sol, direta ou indiretamente; O ciclo de atividade solar tem relação direta com nosso planeta, apesar de aparentemente, isto passar despercebido em escalas curtas de tempo; Nas últimas décadas, por exemplo, têm-se aumentado os estudos das reais influências do ciclo de atividade solar com as variações climáticas na Terra.

100 A relação Terra-Sol A primeira grande evidência da interação Terra-Sol é a observação de auroras polares (efeitos de ionização nos átomos de oxigênio).

101 A relação Terra-Sol A interação do vento solar com o campo magnético da Terra cria um cinturão de partículas elétricas em torno da Terra: Cinturão de Van Allen.

102 A relação Terra-Sol A magnetosfera terrestre aprisiona as partículas do vento solar e só permite que algumas delas cheguem à atmosfera da Terra através dos polos: O campo magnético terrestre nos serve de eficiente escudo contra as tempestades magnéticas do Sol.

103 ...e por hoje é só pessoal. Obrigado!

104 Aula VI: Na próxima aula estudaremos os planetas descobertos em outras estrelas. Veremos como eles foram descobertos, como investigá-los e como este novo ramo da Astronomia têm mudado nossa visão do Sistema Solar e de nossa própria Terra.

105 O universo é tudo que já foi, tudo que é, e tudo que será Carl Sagan ( ), astrônomo estadunidense

106 Aspectos físicos das estrelas: de quê as estrelas são formadas? Todos os elementos que conhecemos estão estampados na tabela periódica:

FSC1057: Introdução à Astrofísica. Estrelas. Rogemar A. Riffel

FSC1057: Introdução à Astrofísica. Estrelas. Rogemar A. Riffel FSC1057: Introdução à Astrofísica Estrelas Rogemar A. Riffel Propriedades Estrelas são esferas autogravitantes de gás ionizado, cuja fonte de energia é a transformação de elementos através de reações nucleares,

Leia mais

Fundamentos de Astronomia e Astrofísica. Estrelas. Rogério Riffel.

Fundamentos de Astronomia e Astrofísica. Estrelas. Rogério Riffel. Fundamentos de Astronomia e Astrofísica Estrelas Rogério Riffel http://astro.if.ufrgs.br Propriedades Estrelas são esferas autogravitantes de gás ionizado, cuja fonte de energia é a transmutação de elementos

Leia mais

Nossa Estrela: O Sol. Adriana Válio Roque da Silva. Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie

Nossa Estrela: O Sol. Adriana Válio Roque da Silva. Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie Nossa Estrela: O Sol Adriana Válio Roque da Silva Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie O Sol Parâmetros físicos do sol Estrutura solar Evolução solar

Leia mais

Evolução Estelar. Introdução à Astronomia Prof. Alessandro Moisés Colegiado Acadêmico de Ciências da Natureza SBF

Evolução Estelar. Introdução à Astronomia Prof. Alessandro Moisés Colegiado Acadêmico de Ciências da Natureza SBF Evolução Estelar Introdução à Astronomia 2015.2 Prof. Alessandro Moisés Colegiado Acadêmico de Ciências da Natureza SBF http://www.univasf.edu.br/~ccinat.bonfim http://www.univasf.edu.br/~alessandro.moises

Leia mais

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal Fundamentos de Astronomia e Astrofísica Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal Rogério Riffel Veja mais em: http://astro.if.ufrgs.br/estrelas/node14.htm Evolução Final das Estrelas O destino final das

Leia mais

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal Fundamentos de Astronomia e Astrofísica Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal Tibério B. Vale Veja mais em: http://astro.if.ufrgs.br/estrelas/node14.htm Evolução Final das Estrelas O destino final

Leia mais

Prof. Eslley Scatena Blumenau, 31 de Outubro de

Prof. Eslley Scatena Blumenau, 31 de Outubro de Grupo de Astronomia e Laboratório de Investigações Ligadas ao Estudo do Universo Prof. Eslley Scatena Blumenau, 31 de Outubro de 2017. e.scatena@ufsc.br http://galileu.blumenau.ufsc.br O Sol Massa 1,989

Leia mais

Curso de Introdução à Astronomia e Astrofísica ESTRELAS AULA 1. Flavio D Amico estas aulas são de autoria de Hugo Vicente Capelato

Curso de Introdução à Astronomia e Astrofísica ESTRELAS AULA 1. Flavio D Amico estas aulas são de autoria de Hugo Vicente Capelato Curso de Introdução à Astronomia e Astrofísica ESTRELAS AULA 1 Flavio D Amico damico@das.inpe.br estas aulas são de autoria de Hugo Vicente Capelato A Constelação de Orion e as 3 Marias super Betelgeuse:

Leia mais

O que vamos estudar? O que é a Via Láctea? Sua estrutura Suas componentes

O que vamos estudar? O que é a Via Láctea? Sua estrutura Suas componentes A Via Láctea O que vamos estudar? O que é a Via Láctea? Sua estrutura Suas componentes A Via-Láctea Hoje sabemos que é a galáxia onde vivemos - Há 100 anos não sabíamos disso! - Difícil estudar estando

Leia mais

A espectroscopia e as estrelas

A espectroscopia e as estrelas Elementos de Astronomia A espectroscopia e as estrelas Rogemar A. Riffel Radiação de Corpo Negro Corpo negro: corpo que absorve toda a radiação que incide sobre ele, sem refletir nada; -Toda a radiação

Leia mais

Tópicos Especiais em Física. Vídeo-aula 5: astrofísica estelar 09/07/2011

Tópicos Especiais em Física. Vídeo-aula 5: astrofísica estelar 09/07/2011 Tópicos Especiais em Física Vídeo-aula 5: astrofísica estelar 09/07/2011 Propriedades fundamentais das estrelas Formação estelar Evolução estelar Estágios finais das estrelas Estrelas: o que são? Enormes

Leia mais

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul FIS2010 - FUNDAMENTOS DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA A 2.a PROVA 2012/1 - TURMA C - Profa. Maria de Fátima Saraiva

Leia mais

Evidências de formação estelar recente nebulosas de emissão excitadas pela radiação de estrelas jovens e quentes

Evidências de formação estelar recente nebulosas de emissão excitadas pela radiação de estrelas jovens e quentes Evidências de formação estelar recente nebulosas de emissão excitadas pela radiação de estrelas jovens e quentes Formação de estrelas na nossa Galáxia ainda continua existindo Sítios de formação estelar

Leia mais

Astronomia. O nosso Universo

Astronomia. O nosso Universo Astronomia O nosso Universo O sistema solar Distância entre a Lua e a Terra: 384.000 Km (aprox. 1 seg-luz Velocidade da luz (c) : 300.000 Km/s Distância média entre a Terra e o Sol: 146 milhões Km (aprox.

Leia mais

Evolução Estelar. Vimos anteriormente que a formação do sistema solar se dá no momento da formação da própria estrela do sistema:

Evolução Estelar. Vimos anteriormente que a formação do sistema solar se dá no momento da formação da própria estrela do sistema: Evolução Estelar Vimos anteriormente que a formação do sistema solar se dá no momento da formação da própria estrela do sistema: nebulosas gasosas (H e He) comprimidas por turbulências, como explosões

Leia mais

Evolução Estelar. Profa. Jane Gregorio-Hetem IAG/USP

Evolução Estelar. Profa. Jane Gregorio-Hetem IAG/USP Evolução Estelar Profa. Jane Gregorio-Hetem IAG/USP Ciclo de vida do Sol colapso colapso colapso nuvem glóbulo protoestrela Sol estável por 10 bilhões de anos anã negra esfriamento anã branca colapso gigante

Leia mais

Fundamentos de Astronomia e Astrofísica. O Sol. Rogério Riffel.

Fundamentos de Astronomia e Astrofísica. O Sol. Rogério Riffel. Fundamentos de Astronomia e Astrofísica O Sol Rogério Riffel http://astro.if.ufrgs.br/esol/esol.htm Dados gerais Maior objeto do sistema solar Diâmetro (da fotosfera): 1 391 980 km (100 X diâmetro da Terra)

Leia mais

Evolução Final das Estrelas

Evolução Final das Estrelas Introdução à Astrofísica Evolução Final das Estrelas Rogemar A. Riffel Destino das estrelas O destino final das estrelas, depois de consumir todo o seu combustível nuclear, depende de duas coisas: 1) Se

Leia mais

Estrelas J O NAT HAN T. QUARTUCCIO I N S T I T U T O D E P E S Q U I S A S C I E N T Í F I C A S A S T R O L A B

Estrelas J O NAT HAN T. QUARTUCCIO I N S T I T U T O D E P E S Q U I S A S C I E N T Í F I C A S A S T R O L A B Estrelas J O NAT HAN T. QUARTUCCIO I N S T I T U T O D E P E S Q U I S A S C I E N T Í F I C A S A S T R O L A B Em uma noite escura, em um lugar afastado da poluição luminosa, olhamos para o céu e vemos

Leia mais

FORMAÇÃO DE ELEMENTOS QUÍMICOS NO UNIVERSO

FORMAÇÃO DE ELEMENTOS QUÍMICOS NO UNIVERSO FORMAÇÃO DE ELEMENTOS QUÍMICOS NO UNIVERSO Eder Cassola Molina Universidade de São Paulo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas Departamento de Geofísica Elementos Químicos número atômico

Leia mais

A Via LácteaMassa da Galáxia

A Via LácteaMassa da Galáxia Fundamentos de Astronomia e Astrofísica A Via LácteaMassa da Galáxia Tibério B. Vale http://astro.if.ufrgs.br Meio Interestelar O meio entre as estrelas não é completamente vazio. Tem gás: principalmente

Leia mais

Evolução estelar. Roberto Ortiz EACH USP

Evolução estelar. Roberto Ortiz EACH USP Evolução estelar Roberto Ortiz EAC USP O que é uma estrela? Um corpo celeste dentro do qual processam se reações termonucleares de fusão O Sol é uma estrela! Fusão nuclear em estrelas São reações nas quais

Leia mais

EVOLUÇÃO ESTELAR I. Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M. Estrelas de massa intermediária 2,5 M < M 12 M

EVOLUÇÃO ESTELAR I. Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M. Estrelas de massa intermediária 2,5 M < M 12 M EVOLUÇÃO ESTELAR I Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M Estrelas de massa intermediária 2,5 M < M 12 M Maior parte da vida das estrelas sequência principal (SP) Característica da fase de sequência principal

Leia mais

O Surgimento e Desenvolvimento De Uma Anã Branca

O Surgimento e Desenvolvimento De Uma Anã Branca UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE FÍSICA Mestrado Profissional em Ensino de Física Vitor Cossich O Surgimento e Desenvolvimento De Uma Anã Branca IMAGEM: Concepção artística do sistema

Leia mais

CIAA Divisão de Astrofísica (DAS INPE) José Roberto Cecatto.

CIAA Divisão de Astrofísica (DAS INPE) José Roberto Cecatto. CIAA - 2011 Divisão de Astrofísica (DAS INPE) José Roberto Cecatto Email: jrc@das.inpe.br Nascimento Visão humana Estrutura: Interior e fonte de energia, Atmosfera (Camadas) Campos magnéticos do Sol Regiões

Leia mais

A Via LácteaMassa da Galáxia

A Via LácteaMassa da Galáxia Fundamentos de Astronomia e Astrofísica A Via LácteaMassa da Galáxia Rogério Riffel http://astro.if.ufrgs.br Meio Interestelar O meio entre as estrelas não é completamente vazio. - Tem gás: principalmente

Leia mais

O Lado Escuro do Universo

O Lado Escuro do Universo O Lado Escuro do Universo Thaisa Storchi Bergmann Departamento de Astronomia, Instituto de Física, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil Em 400 anos Telescópio Espacial Hubble (2.4m) Telescópio de Galileu (lente

Leia mais

Modelo geocêntrico: Terra no centro do Universo. Corpos celestes giravam ao seu redor. Defensores: Aristóteles e Cláudio Ptolomeu.

Modelo geocêntrico: Terra no centro do Universo. Corpos celestes giravam ao seu redor. Defensores: Aristóteles e Cláudio Ptolomeu. SISTEMA SOLAR Modelo geocêntrico: Terra no centro do Universo. Corpos celestes giravam ao seu redor. Defensores: Aristóteles e Cláudio Ptolomeu. Permaneceu até o século XV. Modelo heliocêntrico: Sol no

Leia mais

EVOLUÇÃO ESTELAR I. Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M

EVOLUÇÃO ESTELAR I. Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M EVOLUÇÃO ESTELAR I Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M Maior parte da vida das estrelas sequência principal (SP) Característica da fase de sequência principal : 1) Fusão do H transformando-se em He

Leia mais

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul FIS2001 - FUNDAMENTOS DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA 2.a PROVA 2008/1 TURMA:A Prof.a Maria de Fátima O. Saraiva NOME:

Leia mais

Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 4 03/11/2016

Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 4 03/11/2016 Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 4 03/11/2016 Nome: Identificação USP: I- Meio Interestelar (MIS) 1- O tipo mais complexo de molécula encontrado no MIS e o mais comum, são: (0,5) a) Aminoácido, H

Leia mais

TESTE TIPO Nº1 UNIVERSO GRUPO I

TESTE TIPO Nº1 UNIVERSO GRUPO I TESTE TIPO Nº1 UNIVERSO GRUPO I 1. Exemplos de astros com luz própria são: A. o Sol e a Lua. B. as estrelas e a Lua. C. as estrelas. 2. As galáxias são formadas por: A. apenas estrelas. B. estrelas e planetas.

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 12: A morte das estrelas

Astrofísica Geral. Tema 12: A morte das estrelas ma 12: A morte das estrelas Outline 1 Evolução e morte estelar 2 Cadáveres estelares 3 Supernovas 4 Bibliografia 2 / 22 Outline 1 Evolução e morte estelar 2 Cadáveres estelares 3 Supernovas 4 Bibliografia

Leia mais

Galáxias

Galáxias Galáxias http://astro.if.ufrgs.br/galax/index.htm Maria de Fátima Oliveira Saraiva Departamento de Astronomia - IF-UFRGS Via Láctea A Via Láctea não é mais do que um conjunto de inúmeras estrelas distribuídas

Leia mais

Manual Espaço (62-63) Manual Terra no Espaço (56-57)

Manual Espaço (62-63) Manual Terra no Espaço (56-57) Manual Espaço (62-63) Manual Terra no Espaço (56-57) Astros do Sistema Solar: a sua origem e os seus astros (Pp. 64 a 70) Objetos celestes do Sistema Solar Teoria da Nebulosa Solar Sistema Solar Sol Planetas

Leia mais

CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA VIDA E MORTE DAS ESTRELAS MÓDULO: CA VME. Rui Jorge Agostinho.

CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA VIDA E MORTE DAS ESTRELAS MÓDULO: CA VME. Rui Jorge Agostinho. CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA NO OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA VIDA E MORTE DAS ESTRELAS MÓDULO: CA VME Rui Jorge Agostinho Outubro de 2017 Conteúdo Este curso destina-se a qualquer pessoa interessada

Leia mais

A VIA-LÁCTEA PARTE I. a nossa Galáxia

A VIA-LÁCTEA PARTE I. a nossa Galáxia A VIA-LÁCTEA PARTE I a nossa Galáxia Definição: Uma galáxia é um conjunto de matéria estelar e interestelar - estrelas, gás, poeira, estrelas de nêutrons, buracos negros isolado no espaço e mantido junto

Leia mais

AGA 210 Introdução à Astronomia Lista de Exercícios 06 Estrelas

AGA 210 Introdução à Astronomia Lista de Exercícios 06 Estrelas AGA 210 Introdução à Astronomia Lista de Exercícios 06 Estrelas Questão 01: Qual(is) informação(ões) podemos extrair das observações astrométricas? Qual a relevância em se estimar a posição das estrelas

Leia mais

Universidade da Madeira. Estrelas. Grupo de Astronomia. Laurindo Sobrinho. 05 janeiro 2015 NASA

Universidade da Madeira. Estrelas. Grupo de Astronomia. Laurindo Sobrinho. 05 janeiro 2015 NASA Estrelas Laurindo Sobrinho 05 janeiro 2015 NASA 1 Luminosidade e brilho aparente Luminosidade (L) - energia emitida por uma estrela por unidade de tempo. Brilho aparente (b) fluxo de energia por unidade

Leia mais

Nascimento, vida e morte das estrelas. Alan Alves Brito Professor Adjunto

Nascimento, vida e morte das estrelas. Alan Alves Brito Professor Adjunto Nascimento, vida e morte das estrelas Alan Alves Brito Professor Adjunto O que é uma estrela? Berçários Estelares Manchas brancas na nuvem escura: regiões de formação estelar recente A nuvem é escura

Leia mais

Introdução à Astrofísica. Lição 25 A Morte das Estrelas

Introdução à Astrofísica. Lição 25 A Morte das Estrelas Introdução à Astrofísica Lição 25 A Morte das Estrelas Nós já falamos a respeito da evolução das estrelas com massas próximas a do Sol. Vimos que no fim de suas vidas, essas estrelas formarão as nebulosas

Leia mais

Evolução de Estrelas em Sistemas Binários

Evolução de Estrelas em Sistemas Binários Evolução de Estrelas em Sistemas Binários Binárias: novas, novas recorrentes Supernova tipo Ia Nucleossíntese Sandra dos Anjos IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga210/ Agradecimentos: Prof. Gastão B. Lima

Leia mais

Estrelas (IV) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

Estrelas (IV)  Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP Regiões HII Regiões de formação estelar Função de massa inicial Evolução pré-seq. principal Equilíbrio na seq. principal Evolução estrelas de baixa massa Nebulosas planetárias anã branca Estrelas (IV)

Leia mais

Evolução Estelar I. Prof. Jorge Meléndez Departamento de Astronomia, IAG/USP. AGA 0205 Elementos de Astronomia 2013-B

Evolução Estelar I. Prof. Jorge Meléndez Departamento de Astronomia, IAG/USP. AGA 0205 Elementos de Astronomia 2013-B Evolução Estelar I Prof. Jorge Meléndez Departamento de Astronomia, IAG/USP AGA 0205 Elementos de Astronomia 2013-B O que é uma estrela? É um corpo gasoso no interior do qual ocorrem reações de fusão nuclear

Leia mais

Massa: fator determinante para o Fim

Massa: fator determinante para o Fim Massa: fator determinante para o Fim Vimos que estrelas na SP: L * M * 3,3 L * / L = (M * / M ) 3,3 Tempo de vida da estrela (t * ): depende da E que tem armazenada (massa. c 2 ) e da taxa com que despende

Leia mais

AULA 1. ESCALAS DE DISTÂNCIA e de tamanho NO UNIVERSO

AULA 1. ESCALAS DE DISTÂNCIA e de tamanho NO UNIVERSO AULA 1 ESCALAS DE DISTÂNCIA e de tamanho NO UNIVERSO CONSTELAÇÃO DE Orion Estrelas são os componentes mais básicos do universo. 100 trilhões de km (10 12 km) Betelgeuse gigante vermelha (velha e massiva)

Leia mais

Galáxias. Maria de Fátima Oliveira Saraiva. Departamento de Astronomia - IF-UFRGS

Galáxias. Maria de Fátima Oliveira Saraiva.  Departamento de Astronomia - IF-UFRGS Galáxias www.if.ufrgs.br/~fatima/fis2009/galaxias.htm Maria de Fátima Oliveira Saraiva Departamento de Astronomia - IF-UFRGS Via Láctea A Via Láctea não é mais do que um conjunto de inúmeras estrelas distribuídas

Leia mais

AULA 1. ESCALAS DE DISTÂNCIA e de tamanho NO UNIVERSO

AULA 1. ESCALAS DE DISTÂNCIA e de tamanho NO UNIVERSO AULA 1 ESCALAS DE DISTÂNCIA e de tamanho NO UNIVERSO CONSTELAÇÃO DE Orion Estrelas são os componentes mais básicos do universo. O universo observável contém tantas estrelas quanto grãos de areia somando

Leia mais

Galáxias

Galáxias Galáxias http://astro.if.ufgrs.br/galax/index.htm Maria de Fátima Oliveira Saraiva Departamento de Astronomia - IF-UFRGS Galáxias visíveis a olho nu Nuvens de Magalhães Via Láctea Andrômeda O que é uma

Leia mais

Apresentado por Joice Maciel. Universidade Federal do ABC Agosto de 2013

Apresentado por Joice Maciel. Universidade Federal do ABC Agosto de 2013 Apresentado por Joice Maciel Universidade Federal do ABC Agosto de 2013 Formação das Galáxias Evolução Distribuição das Galáxias Galáxias ativas Formação das Galáxias A maioria das galáxias se formaram

Leia mais

Sol. Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP.

Sol. Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP. Composição Fonte de energia Estrutura e Helio-sismologia Atividade: manchas e flares Ciclo solar Sol Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga210 Baseado nas notas de aula

Leia mais

Fundamentos de Astronomia & Astrofísica. Via-Láctea. Rogério Riffel

Fundamentos de Astronomia & Astrofísica. Via-Láctea. Rogério Riffel Fundamentos de Astronomia & Astrofísica Via-Láctea Rogério Riffel Breve histórico Via Láctea: Caminho esbranquiçado como Leite; Galileo (Sec. XVII): multitude de estrelas; Herschel (XVIII): Sistema achatado

Leia mais

Luminosidade (L) perda de energia não são estáticas evoluem à medida que perdem energia para o espaço

Luminosidade (L) perda de energia não são estáticas evoluem à medida que perdem energia para o espaço Estrelas A estrutura das estrelas e a geração de energia Propriedades das estrelas. A evolução das estrelas Morte estelar estrelas anãs, estrelas de neutrões e buracos negros 1_1 Fontes de energia das

Leia mais

Origem, evolução e morte das estrelas

Origem, evolução e morte das estrelas Origem, evolução e morte das estrelas As estrelas formam-se a partir de nuvens de gás e poeiras, Instabilidades de diversa ordem podem levar ao colapso gravitacional de zonas mais densas... http://www.physics.unc.edu/

Leia mais

CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA VIDA E MORTE DAS ESTRELAS MÓDULO: CA VME. Rui Jorge Agostinho.

CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA VIDA E MORTE DAS ESTRELAS MÓDULO: CA VME. Rui Jorge Agostinho. CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA NO OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA VIDA E MORTE DAS ESTRELAS MÓDULO: CA VME Rui Jorge Agostinho Outubro de 2016 Conteúdo Objectivos e Estrutura do Curso..............................

Leia mais

A nossa e outras galáxias

A nossa e outras galáxias A nossa e outras galáxias Em 1609: Galileu vê que a Via-Láctea é formada por estrelas. 13 bilhões de anos Centenas de bilhões de estrelas Sol no Braço de òrion a meia distância do centro Centro galático

Leia mais

Universo Competências a atingir no final da unidade

Universo Competências a atingir no final da unidade Universo Competências a atingir no final da unidade Constituição e origem do Universo. Como é constituído globalmente o Universo. Saber mencionar e distinguir objectos celestes como galáxia, supernova,

Leia mais

Thaisa Storchi Bergmann

Thaisa Storchi Bergmann Thaisa Storchi Bergmann Membro da Academia Brasileira de Ciências Prêmio L Oreal/UNESCO For Women in Science 2015 3/11/16 Thaisa Storchi Bergmann, Breve história do Universo, Parte II 1 Resum0 da primeira

Leia mais

Correção do TPC. Astronomia É a Ciência que estuda o Universo, numa tentativa de perceber a sua estrutura e evolução.

Correção do TPC. Astronomia É a Ciência que estuda o Universo, numa tentativa de perceber a sua estrutura e evolução. Sumário 1. Constituição do Universo Correção do TPC. A organização do Universo - O sistema planetário, as galáxias, os quasares, os enxames e os superenxames. - A nossa galáxia - A Via Láctea, a sua forma

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 12: A morte das estrelas

Astrofísica Geral. Tema 12: A morte das estrelas orte das estrelas Índice 1 Evolução final 2 Morte estelar 3 Cadáveres estelares 4 Supernovas 5 Bibliografia 2 / 29 Índice 1 Evolução final 2 Morte estelar 3 Cadáveres estelares 4 Supernovas 5 Bibliografia

Leia mais

Universidade da Madeira. A escala do Universo. Grupo de Astronomia. Laurindo Sobrinho. 26 de abril de 2017

Universidade da Madeira. A escala do Universo. Grupo de Astronomia. Laurindo Sobrinho. 26 de abril de 2017 A escala do Universo Laurindo Sobrinho 26 de abril de 2017 1 1 O Sistema Solar Universidade da Madeira 2 Sol Terra http://umbra.nascom.nasa.gov/sdac.html http://www.msss.com/earth/earth.html 700 000 Km

Leia mais

A TERRA, UM PLANETA MUITO ESPECIAL

A TERRA, UM PLANETA MUITO ESPECIAL A TERRA, UM PLANETA MUITO ESPECIAL Sol Planetas principais (giram diretamente à volta do Sol) Planetas secundários ou satélites (giram à volta de outros planetas) Planetas anões (Plutão, Ceres, Xena)

Leia mais

Escola Básica Vale de Milhaços Teste de avaliação de Físico Química Versão

Escola Básica Vale de Milhaços Teste de avaliação de Físico Química Versão Escola Básica Vale de Milhaços Teste de avaliação de Físico Química Versão Nome Classificação: Enc. de Educação: 7ºano Nº: P Professor: Turma A Outubro 2018/2019 1. A partir das observações feitas com

Leia mais

Escola Básica Vale de Milhaços Teste de avaliação de Físico Química Versão

Escola Básica Vale de Milhaços Teste de avaliação de Físico Química Versão Escola Básica Vale de Milhaços Teste de avaliação de Físico Química Versão Nome Classificação: Enc. de Educação: 7ºano Nº: P Professor: Turma B Outubro 2018/2019 1. A teoria científica hoje mais aceite

Leia mais

Escola Básica Vale de Milhaços Teste de avaliação de Físico Química Versão

Escola Básica Vale de Milhaços Teste de avaliação de Físico Química Versão Escola Básica Vale de Milhaços Teste de avaliação de Físico Química Versão Nome Classificação: Enc. de Educação: 7ºano Nº: P Professor: Turma A Outubro 2018/2019 1. As estrelas não brilham eternamente.

Leia mais

Escola Básica Vale de Milhaços Teste de avaliação de Físico Química Versão

Escola Básica Vale de Milhaços Teste de avaliação de Físico Química Versão Escola Básica Vale de Milhaços Teste de avaliação de Físico Química Versão Nome Classificação: Enc. de Educação: 7ºano Nº: P Professor: Turma B Outubro 2018/2019 1. Apesar de, em geral, as galáxias do

Leia mais

Estrelas. Carlos Alberto Bielert Neto Felipe Matheus da S. Silva

Estrelas. Carlos Alberto Bielert Neto Felipe Matheus da S. Silva Estrelas Carlos Alberto Bielert Neto Felipe Matheus da S. Silva Nesta apresentação há slides em branco que contem dicas sobre a aula sobre estrelas. Estas dicas são resultados das perguntas realizadas

Leia mais

Sistema Solar e nossa Galáxia

Sistema Solar e nossa Galáxia Sistema Solar e nossa Galáxia Galáxia Uma galáxia é um enorme aglomerado de estrelas, planetas, gás e poeiras ligados pela força da gravidade, assim como pela ainda pela pouco conhecida matéria escura.

Leia mais

6 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

6 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 6 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova Teórica Final 27 de Maio de 2011 15:00 Duração máxima 120 minutos Nota: Ler atentamente todas as questões. Existe uma tabela com dados no final da prova. Secção

Leia mais

PROPRIEDADES FÍSICAS

PROPRIEDADES FÍSICAS O SOL PROPRIEDADES FÍSICAS Definição: uma bola brilhante de gás mantida por sua própria gravidade e cuja energia é produzida por fusão nuclear no seu centro. O Sol é uma estrela típica, cai dentro do intervalo

Leia mais

ÁTOMOS E NÚCLEOS. núcleo carga elétrica positiva (+) eléctron carga elétrica negativa (-) mantido coeso por forças elétricas

ÁTOMOS E NÚCLEOS. núcleo carga elétrica positiva (+) eléctron carga elétrica negativa (-) mantido coeso por forças elétricas ÁTOMOS E NÚCLEOS Átomo = o núcleo envolto numa nuvem de eléctrons núcleo carga elétrica positiva (+) eléctron carga elétrica negativa (-) mantido coeso por forças elétricas Núcleo = sistema coeso de núcleons

Leia mais

ASTRONOMIA EXTRAGALÁCTICA

ASTRONOMIA EXTRAGALÁCTICA ASTRONOMIA EXTRAGALÁCTICA Sérgio Mittmann dos Santos Astronomia Licenciatura em Ciências da Natureza IFRS Câmpus Porto Alegre 2013/2 Astronomia extragaláctica Até a década de 1920 Conheciam-se corpos extensos

Leia mais

As propriedades físicas das estrelas: Distâncias Luminosidades Tamanhos Massas. Classificação de estrelas segundo sua:

As propriedades físicas das estrelas: Distâncias Luminosidades Tamanhos Massas. Classificação de estrelas segundo sua: As propriedades físicas das estrelas: Distâncias Luminosidades Tamanhos Massas Classificação de estrelas segundo sua: Cor Temperatura Características espectrais ESTIMATIVAS DE DISTÂNCIA Método simples

Leia mais

1.3. As estrelas e a sua evolução

1.3. As estrelas e a sua evolução 1.3. As estrelas e a sua evolução Nuvens interestelares Entre as estrelas existem gases e poeiras. Muitas vezes esses gases e poeiras formam grandes nuvens denominadas nuvens interestelares. Estrelas em

Leia mais

ESTRUTURA E EVOLUÇÃO ESTELAR NEBULOSAS

ESTRUTURA E EVOLUÇÃO ESTELAR NEBULOSAS ESTRUTURA E EVOLUÇÃO ESTELAR NEBULOSAS Numa galáxia podem existir várias regiões de formação, consideradas berçários de estrelas, que são as nuvens de gás e poeira. protoestrela Em alguns pontos da nuvemmãe

Leia mais

Movimento próprio de estrelas Formação e evolução Estágios finais na evolução de estrelas Enxames

Movimento próprio de estrelas Formação e evolução Estágios finais na evolução de estrelas Enxames Movimento próprio de estrelas Formação e evolução Estágios finais na evolução de estrelas Enxames João Lima jlima@astro.up.pt Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço Centro de Astrofísica Departamento

Leia mais

O Ciclo de Vida das Estrelas

O Ciclo de Vida das Estrelas 1 de 5 27/11/2009 04:14 Página Inicial Voltar para Ciências e-mail O Ciclo de Vida das Estrelas J. R. Araújo Ao olharmos o céu durante a noite, vemos belas e pequeninas luminárias ao que chamamos de estrelas.

Leia mais

Nascimento, vida e morte das estrelas. Alan Alves Brito Professor Adjunto

Nascimento, vida e morte das estrelas. Alan Alves Brito Professor Adjunto Nascimento, vida e morte das estrelas Alan Alves Brito Professor Adjunto Referências Andery, M. et al. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. 16a edição. Rio de Janeiro: Garamond, 2012.

Leia mais

Espaço. 1. Universo. Ciências Físico-Químicas 7º Ano Nelson Alves Correia Escola Básica Manuel Figueiredo Agrupamento de Escolas Gil Paes

Espaço. 1. Universo. Ciências Físico-Químicas 7º Ano Nelson Alves Correia Escola Básica Manuel Figueiredo Agrupamento de Escolas Gil Paes Espaço 1. Universo Ciências Físico-Químicas 7º Ano Nelson Alves Correia Escola Básica Manuel Figueiredo Agrupamento de Escolas Gil Paes Corpos celestes 1.1 Distinguir vários corpos celestes. Estrela Astro

Leia mais

O Universo no meu bolso. O Universo nebular. Grażyna Stasińska. No. 1. Observatório de Paris ES 001

O Universo no meu bolso. O Universo nebular. Grażyna Stasińska. No. 1. Observatório de Paris ES 001 O Universo no meu bolso O Universo nebular No. 1 ES 001 Grażyna Stasińska Observatório de Paris A nebulosa de Órion. Esta é a nebulosa mais brilhante do céu, e pode ser vista a olho nu. 2 Todos nós já

Leia mais

O Universo no meu bolso. O Universo nebular. Grażyna Stasińska. No. 1. Observatório de Paris ES 001

O Universo no meu bolso. O Universo nebular. Grażyna Stasińska. No. 1. Observatório de Paris ES 001 O Universo no meu bolso O Universo nebular No. 1 ES 001 Grażyna Stasińska Observatório de Paris Todos nós já vimos as estrelas à noite. Elas parecem tão isoladas na escuridão do céu! Mas isso é apenas

Leia mais

Introdução à Astrofísica. Espectroscopia. Rogemar A. Riffel

Introdução à Astrofísica. Espectroscopia. Rogemar A. Riffel Introdução à Astrofísica Espectroscopia Rogemar A. Riffel Radiação de Corpo Negro Corpo negro: corpo que absorve toda a radiação que incide sobre ele, sem refletir nada; - Toda a radiação emitida pelo

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO ESTELAR:

CLASSIFICAÇÃO ESTELAR: CLASSIFICAÇÃO ESTELAR: TÓPICO 2 AS ESTRELAS NÃO SÃO IGUAIS Jane C. Gregório Hetem 2.1 Espectros Estelares 2.2 A ordem dos tipos espectrais 2.3 Comparando as diversas categorias de estrelas 2.4 O tamanho

Leia mais

Apresentado por Joice Maciel. Universidade Federal do ABC Julho de 2013

Apresentado por Joice Maciel. Universidade Federal do ABC Julho de 2013 Apresentado por Joice Maciel Universidade Federal do ABC Julho de 2013 O que é? Composição Gás interestelar Poeira interestelar Nuvens moleculares Formação de estrelas O que é? Mais conhecida como meio

Leia mais

Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M. Estrelas de massa intermediária 2,5 M < M 12 M

Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M. Estrelas de massa intermediária 2,5 M < M 12 M EVOLUÇÃO ESTELAR Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M Estrelas de massa intermediária 2,5 M < M 12 M Maior parte da vida das estrelas sequência principal (SP) Característica da fase de sequência principal

Leia mais

Sistemas Binários e Buracos Negros

Sistemas Binários e Buracos Negros Sistemas Binários e Buracos Negros Seminário 3 Joseana Souza da Silva Paula Adriana Ramos da Silva Viviane Aparecida Cunha William Douglas dos Reis Porto Alegre Novembro, 2013 Sumário I. Introdução II.

Leia mais

Medindo a Distância da Supernova 1987A

Medindo a Distância da Supernova 1987A Medindo a Distância da Supernova 1987A Gabriel Armando Pellegatti Franco Universidade Federal de Minas Gerais Departamento de Física franco@fisica.ufmg.br Página 1 de 26 Nascimento de uma Supernova Página

Leia mais

O que existe no Universo

O que existe no Universo Ciências Físico-Químicas - 7º ano O que existe no Universo M. Neli G. C. Cavaleiro M. Domingas Beleza O que existe no Universo? Universo Planetas Sol Via láctea Galáxias Estrelas Como sabemos o que existe?

Leia mais

Energia Solar Térmica. Prof. Ramón Eduardo Pereira Silva Engenharia de Energia Universidade Federal da Grande Dourados Dourados MS 2014

Energia Solar Térmica. Prof. Ramón Eduardo Pereira Silva Engenharia de Energia Universidade Federal da Grande Dourados Dourados MS 2014 Energia Solar Térmica Prof. Ramón Eduardo Pereira Silva Engenharia de Energia Universidade Federal da Grande Dourados Dourados MS 2014 O Sol Energia Solar Térmica - 2014 Prof. Ramón Eduardo Pereira Silva

Leia mais

Estrelas Parte I. Victoria Rodrigues 10/05/14

Estrelas Parte I. Victoria Rodrigues 10/05/14 Estrelas Parte I Victoria Rodrigues victoria_souzarodrigues@hotmail.com 10/05/14 Sumário Parte I O que são? Nascimento estelar; Evolução Parte II Evolução: Estrelas maiores que o Sol; Aglomerados estelares;

Leia mais

- Planetas e sistemas planetários; - Estrelas, enxame de estrelas - Galáxias e enxames de galáxias - O lugar da Terra no Universo

- Planetas e sistemas planetários; - Estrelas, enxame de estrelas - Galáxias e enxames de galáxias - O lugar da Terra no Universo Físico-química - 7º ano de escolaridade Unidade 1 O UNIVERSO Olá, o Calvin, da banda desenhada Calvin and Hobbes. Ao longo desta apresentação, apareço algumas vezes para te chamar a atenção para alguns

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. FIS FUNDAMENTOS DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA 3.a PROVA /1

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. FIS FUNDAMENTOS DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA 3.a PROVA /1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul FIS2001 - FUNDAMENTOS DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA 3.a PROVA - 2007/1 NOME: 1. A figura abaixo é uma representação artística da Via Láctea, como apareceria vista

Leia mais

ESTRELAS ANÃS SUAS ORIGENS

ESTRELAS ANÃS SUAS ORIGENS ESTRELAS ANÃS SUAS ORIGENS 1 PALAVRAS CHAVES ANÃS CASTANHAS ANÃS VERMELHAS ANÃS BRANCAS ANÃS PRETAS 2 ESTRELAS ORIGEM As estrelas formam-se no interior de nuvens de gás g s e poeiras por ação a gravitacional

Leia mais

O PROCESSO DE FORMAÇÃO E DESTRUIÇÃO DAS ESTRELAS Instituto de Pesquisas Científicas Jonathan Tejeda Quartuccio

O PROCESSO DE FORMAÇÃO E DESTRUIÇÃO DAS ESTRELAS Instituto de Pesquisas Científicas Jonathan Tejeda Quartuccio O PROCESSO DE FORMAÇÃO E DESTRUIÇÃO DAS ESTRELAS Instituto de Pesquisas Científicas Jonathan Tejeda Quartuccio Introdução Quando olhamos para um céu limpo, sem lua e sem poluição luminosa, podemos contar

Leia mais

SUPERNOVAS E NUCLEOSSÍNTESE

SUPERNOVAS E NUCLEOSSÍNTESE SUPERNOVAS E NUCLEOSSÍNTESE UMA SUPERNOVA ATINGE UM BRILHO DE CERCA DE CERCA DE 10 9-10 10 L POR ALGUMAS HORAS DEPOIS DA EXPLOSÃO Existem dois tipos básicos de supernova : 1. Tipo II 2. Tipo Ia TIPO II

Leia mais

Curso de Iniciação à. Astronomia e Astrofísica. Observatório Astronómico de Lisboa. Rui Jorge Agostinho José Manuel Afonso. Janeiro e Junho de 2013

Curso de Iniciação à. Astronomia e Astrofísica. Observatório Astronómico de Lisboa. Rui Jorge Agostinho José Manuel Afonso. Janeiro e Junho de 2013 Curso de Iniciação à Astronomia e Astrofísica do Observatório Astronómico de Lisboa Rui Jorge Agostinho José Manuel Afonso Janeiro e Junho de 2013 Conteúdo Objectivos e Estrutura do Curso.............................

Leia mais

Estrelas (V) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

Estrelas (V)  Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP Evolução de estrelas de alta massa Supernova tipo II Estrela de nêutron Pulsar Buraco negro Estrelas (V) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga210/ AGA 210 1 semestre/2016

Leia mais

Apresentado por Joice Maciel Universidade Federal do ABC Abril de 2013

Apresentado por Joice Maciel   Universidade Federal do ABC Abril de 2013 Apresentado por Joice Maciel Email: joice.maciel@live.com Universidade Federal do ABC Abril de 2013 O Sol é uma estrela comum, uma das mais de cerca de 100 bilhões de estrelas que constituem a nossa galáxia,

Leia mais

COSMOLOGIA II. Daniele Benício

COSMOLOGIA II. Daniele Benício COSMOLOGIA II Daniele Benício Relembrando da aula passada... COSMOLOGIA: É o ramo da Ciência que se dispõe a estudar e propor teorias sobre a origem, estrutura e evolução do Universo Evidências do Big

Leia mais