UNIDADE 7 PROPRIEDADE INTELECTUAL

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1 UNIDADE 7 PROPRIEDADE INTELECTUAL Profª Roberta Siqueira/ Direito Empresarial I ATENÇÃO: Este material é meramente informativo e não exaure a matéria. Foi retirado da bibliografia do curso constante no seu Plano de Ensino. São necessários estudos complementares. Mera orientação e roteiro para estudos.

2 7.1 CONCEITO DE DIREITO INDUSTRIAL GÊNERO: Propriedade Intelectual ESPÉCIES: direito autoral (direito civil) e propriedade industrial (direito empresarial). Lei n /96, LPI: Regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial Constituição Federal de 1988: art. 5º, XXVII, XXVIII e XXIX 2

3 Art. 5º, CF. XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas; XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País; 3

4 Direito de propriedade Industrial compreende o conjunto de regras e princípios que conferem tutela jurídica específica aos elementos imateriais do estabelecimento empresarial, como a marca e os desenhos industriais registrados e as invenções e os modelos de utilidade patenteados. FINALIDADE: garantir a exclusividade de uso de sua produção intelectual. OBJETIVO: permitir a produção individual da criação ou licenciar o seu uso a terceiros interessados, em troca de recebimento de royalties. 4

5 7.2 NATUREZA JURÍDICA A propriedade intelectual é parcela do direito de propriedade e sua proteção tem status constitucional (art. 5º, XXIX, da CF). Art. 5º. omissis XIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País; 5

6 7.3 HISTÓRICO Hoje há maior preocupação com a proteção das criações do gênio humano na área industrial e econômica. Nem sempre foi assim. Direito do inventor somente passou a ser reconhecido quando o homem foi capaz de reproduzir em grande escala suas ideias. Após a Revolução Industrial, a humanidade atentou para a realidade de que a criação era o grande instrumento de poder e riqueza. 6

7 1º caso conhecido de proteção a invento data de 1236, quando em Bordeaux, na França, concedeuse a Bonafasus de Sancta e Companhia o direito de explorar com exclusividade por 15 anos, o método flamengo de tecer e tingir tecidos de lã. Leonardo da Vinci tinha o cuidado de proteger suas obras, usando artifícios, como a prática de escrever ao contrário ou deixar erros propositais em seus textos. Esses registros históricos consistiam apenas em meros privilégios, vinculados a critérios políticos de conveniência e oportunidade. 7

8 1474 em Veneza e 1623/1624 na Inglaterra (statute of monopolies) surgem as codificações das patentes introduziram ideais que até hoje são utilizados pelo direito de propriedade industrial, como os requisitos da novidade e da aplicação industrial para caracterização da invenção. Em 1883, ocorreu a Convenção de Paris, na tentativa de harmonizar e uniformizar o sistema internacional de proteção à propriedade industrial. Brasil participou, tendo sido um país pioneiro nesse tema. 8

9 No plano constitucional, quase todas as Constituições brasileiras cuidaram do direito de propriedade industrial: 1824, art. 179, XXVI 1891, art. 72, , art. 113, item , art. 141, , art. 150, , art. 5º, XXIX 9

10 Mais recentemente foi realizado o Acordo TRIPS, Tratado Internacional (1994) que encerraram a Rodada Uruguai, dando origem à Organização Mundial do Comércio (OMC). Também chamado de ADPIC (Aspectos do Direito de Propriedade Intelectual Relacionados com o Comércio). O Acordo TRIPS foi ratificado por meio do Decreto Legislativo 30/1994 e promulgado pelo Decreto Presidencial 1.355/

11 7.4 INSTRUMENTOS DE PROTEÇÃO Os bens de propriedade industrial, são classificados como bens móveis (art. 5º). São eles: Invenção Modelo de Utilidade Desenho Industrial Marca A lei ainda protege: Repressão à falsa indicação geográfica Repressão à concorrência desleal 11

12 Art. 5º Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, os direitos de propriedade industrial. O texto da LPI é obediente aos preceitos da Convenção Internacional de Paris, bem como ao Acordo TRIPS. Em função da adoção dos preceitos da Convenção da União de Paris, a LPI contemplou no art. 3º os Princípios da Prioridade e da Assimilação: 12

13 Art. 1º Esta Lei regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial. Art. 2º A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerado o seu interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País, efetuase mediante: I - concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade; II - concessão de registro de desenho industrial; III - concessão de registro de marca; IV - repressão às falsas indicações geográficas; e V - repressão à concorrência desleal. 13

14 Art. 3º Aplica-se também o disposto nesta Lei: I - ao pedido de patente ou de registro proveniente do exterior e depositado no País por quem tenha proteção assegurada por tratado ou convenção em vigor no Brasil; e II - aos nacionais ou pessoas domiciliadas em país que assegure aos brasileiros ou pessoas domiciliadas no Brasil a reciprocidade de direitos iguais ou equivalentes. 14

15 De invenção Concessão de Patente De modelo de utilidade Proteção à Propriedade Industrial Concessão de Registro Repressão às falsas indicações geográficas De marca De desenho industrial Repressão à concorrência desleal 15

16 PATENTE: tem a finalidade de proteção ao desenvolvimento tecnológico e garante exclusividade de uso. Só é utilizada para a invenção e modelo de utilidade. REGISTRO: utilizado para o desenho industrial e a marca. Garante exclusividade de uso. ÓRGÃO COMPETENTE: INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), autarquia federal, com sede no Rio de Janeiro. 16

17 17

18 Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI): Vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A autarquia federal é responsável pelo aperfeiçoamento, disseminação e gestão do sistema brasileiro de concessão e garantia de direitos de propriedade intelectual para a indústria. 18

19 Lei n /1970, art. 2º. O INPI tem por finalidade principal executar no âmbito nacional, a normas que regulam a propriedade industrial, tendo em vista a sua função social, econômica, jurídica e técnica, bem como pronunciar-se quanto à conveniência de assinatura, ratificação e denúncia de convenções, tratados, convênios e acordos sobre propriedade industrial. 19

20 TEMPO DE EXCLUSIVIDADE DE USO: a) INVENÇÃO = 20 anos (depósito do pedido; garantidos no mínimo 10 anos a partir da concessão). Improrrogáveis. Ex.: genéricos. b) MODELO DE UTILIDADE = 15 anos (depósito do pedido; garantidos no mínimo 7 anos a partir da concessão). Improrrogáveis. c) DESENHO INDUSTRIAL = 10 anos (data do depósito). Prorrogável por até três vezes (5 anos cada). d) MARCA = 10 anos (contados da concessão). Prorrogável indefinidamente (10 em 10 anos). 20

21 7.5 CARACTERÍSTICAS COMUNS : Temporariedade: o privilégio de utilização exclusiva sobre o objeto da patente ou registro é temporário. Natureza: são considerados bens móveis. Integram o patrimônio do titular: sendo transmissíveis por alienação, cessão de uso ou mesmo por sucessão causa mortis. 21

22 7.6 PATENTE DE INVENÇÃO É a criação de algo novo, até então desconhecido da sociedade, quando não compreendida no estado da técnica (arts. 6º ao 93) Estado da técnica é tudo aquilo tornado acessível ao público antes da data de depósito do pedido de patente no Brasil ou no exterior (palestras, teses, artigos, etc.). 22

23 Art. 6º Ao autor de invenção ou modelo de utilidade será assegurado o direito de obter a patente que lhe garanta a propriedade, nas condições estabelecidas nesta Lei. 1º Salvo prova em contrário, presume-se o requerente legitimado a obter a patente. 2º A patente poderá ser requerida em nome próprio, pelos herdeiros ou sucessores do autor, pelo cessionário ou por aquele a quem a lei ou o contrato de trabalho ou de prestação de serviços determinar que pertença a titularidade. 3º Quando se tratar de invenção ou de modelo de utilidade realizado conjuntamente por duas ou mais pessoas, a patente poderá ser requerida por todas ou qualquer delas, mediante nomeação e qualificação das demais, para ressalva dos respectivos direitos. 4º O inventor será nomeado e qualificado, podendo requerer a não divulgação de sua nomeação. 23

24 Art. 7º Se dois ou mais autores tiverem realizado a mesma invenção ou modelo de utilidade, de forma independente, o direito de obter patente será assegurado àquele que provar o depósito mais antigo, independentemente das datas de invenção ou criação. Parágrafo único. A retirada de depósito anterior sem produção de qualquer efeito dará prioridade ao depósito imediatamente posterior. Art. 8º É patenteável a invenção que atenda aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. 24

25 7.6.1 REQUISITOS Para obtenção de uma patente de invenção, são necessários certos requisitos. Nem toda criação humana pode ser patenteada. O art. 8º da Lei n /96 exige três requisitos: a novidade a atividade inventiva aplicação industrial 25

26 NOVIDADE Para algo ser objeto de uma patente é essencial que seja novo, porquanto se já for conhecido, não há motivo para a concessão do monopólio de exploração temporário. A novidade que se exige é a não compreensão no estado da técnica, que abrange os conhecimentos a que pode ter acesso uma pessoa e também aqueles registrados e não publicados. O que está no estado da técnica não tem a novidade necessária para a concessão de uma patente. 26

27 No Brasil exige-se a novidade absoluta, isto é, a invenção não pode estar incluída no estado da técnica no Brasil e no mundo. Exige-se o desconhecimento dos cientistas ou pesquisadores. A própria lei abre exceções, ou seja, ainda que tornada pública a invenção, em determinadas situações ela poderá ser objeto de patente. A PRIMEIRA EXCEÇÃO ao estado da técnica é o chamado período de graça (art. 12), que garante ao inventor um prazo de 12 meses para depositar seu pedido de patente a partir da primeira divulgação que fizer da sua criação. Não desconfigura a novidade da invenção a divulgação feita pelo próprio inventor nos 12 meses anteriores ao depósito do pedido de patente. 27

28 A SEGUNDA EXCEÇÃO está na divulgação feita pelo INPI nos 12 meses anteriores ao depósito, através de publicação oficial do pedido de patente depositado sem o consentimento do inventor, baseado em informações deste obtidas ou em decorrência de atos por ele realizados. A TERCEIRA EXCEÇÃO está na divulgação por terceiros da invenção nos 12 meses anteriores ao depósito, com base em informações obtidas direta ou indiretamente do inventor, ou em decorrência dos atos por ele realizados. 28

29 Outra EXCEÇÃO envolve pedidos de patente depositados em país que mantenha acordo com o Brasil, ou em organização internacional, que produza efeito de depósito nacional direito de prioridade (12 meses). Quem faz pedido de patente em qualquer país unionista tem uma prioridade de 12 meses para registrar patentes e modelos de utilidade em outro país da União, não sendo considerado estado da técnica o primeiro depósito da patente (art. 16). Nesse caso, o estado da técnica deve ser analisado em relação ao período anterior ao depósito original. 29

30 Outra EXCEÇÃO envolve o princípio das prioridades internas (art. 17). Quando alguém deposita um pedido de patente no Brasil, esse será considerado estado da técnica a partir da data de depósito, ou da prioridade reivindicada, desde que venha a ser publicado, mesmo que subsequentemente (art. 11, 2º). Todavia, quando não há sobre o mesmo pedido reivindicação de prioridade e nem publicação, ele não será considerado no estado da técnica e assegurará o direito de prioridade ao pedido posterior sobre a mesma matéria depositada no Brasil pelo mesmo requerente ou sucessores, dentro do prazo de 1 ano. 30

31 ATIVIDADE INVENTIVA Não é mera decorrência do estado da técnica, representa verdadeiro progresso em sua área do conhecimento (art. 13 e 14). Inventar significa ser o primeiro a constituir, ser o criador. Ex.: liquid paper. Deve ser verificado se a criação resulta alguma vantagem que não era possível obter até então. Alguns critérios podem ser elencados: i. Diminuição dos custos; ii. iii. iv. Simplificação da fabricação ou redução do tamanho; Prazo entre a publicação sobre a questão e o invento; Aumento da eficiência. 31

32 POSSIBILIDADE DE INDUSTRIALIZAÇÃO O objeto deve ser suscetível de produção ou aplicação industrial (art. 15). A invenção para ser patenteável deve ter efeitos práticos. As criações meramente artísticas ou estéticas não são patenteáveis, justamente pela falta de utilização industrial. Utilização industrial significa o que pode ser utilizado para o consumo da sociedade e possa ser aplicado em pelo menos um setor do sistema produtivo. 32

33 Art. 11. A invenção e o modelo de utilidade são considerados novos quando não compreendidos no estado da técnica. 1º O estado da técnica é constituído por tudo aquilo tornado acessível ao público antes da data de depósito do pedido de patente, por descrição escrita ou oral, por uso ou qualquer outro meio, no Brasil ou no exterior, ressalvado o disposto nos arts. 12, 16 e 17. 2º Para fins de aferição da novidade, o conteúdo completo de pedido depositado no Brasil, e ainda não publicado, será considerado estado da técnica a partir da data de depósito, ou da prioridade reivindicada, desde que venha a ser publicado, mesmo que subsequentemente. 3º O disposto no parágrafo anterior será aplicado ao pedido internacional de patente depositado segundo tratado ou convenção em vigor no Brasil, desde que haja processamento nacional. 33

34 Art. 12. Não será considerada como estado da técnica a divulgação de invenção ou modelo de utilidade, quando ocorrida durante os 12 (doze) meses que precederem a data de depósito ou a da prioridade do pedido de patente, se promovida: I - pelo inventor; II - pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI, através de publicação oficial do pedido de patente depositado sem o consentimento do inventor, baseado em informações deste obtidas ou em decorrência de atos por ele realizados; ou III - por terceiros, com base em informações obtidas direta ou indiretamente do inventor ou em decorrência de atos por este realizados. Parágrafo único. O INPI poderá exigir do inventor declaração relativa à divulgação, acompanhada ou não de provas, nas condições estabelecidas em regulamento. 34

35 Art. 13. A invenção é dotada de atividade inventiva sempre que, para um técnico no assunto, não decorra de maneira evidente ou óbvia do estado da técnica. Art. 14. O modelo de utilidade é dotado de ato inventivo sempre que, para um técnico no assunto, não decorra de maneira comum ou vulgar do estado da técnica. Art. 15. A invenção e o modelo de utilidade são considerados suscetíveis de aplicação industrial quando possam ser utilizados ou produzidos em qualquer tipo de indústria. 35

36 Art. 16. Ao pedido de patente depositado em país que mantenha acordo com o Brasil, ou em organização internacional, que produza efeito de depósito nacional, será assegurado direito de prioridade, nos prazos estabelecidos no acordo, não sendo o depósito invalidado nem prejudicado por fatos ocorridos nesses prazos. 1º A reivindicação de prioridade será feita no ato de depósito, podendo ser suplementada dentro de 60 (sessenta) dias por outras prioridades anteriores à data do depósito no Brasil. 2º A reivindicação de prioridade será comprovada por documento hábil da origem, contendo número, data, título, relatório descritivo e, se for o caso, reivindicações e desenhos, acompanhado de tradução simples da certidão de depósito ou documento equivalente, contendo dados identificadores do pedido, cujo teor será de inteira responsabilidade do depositante. 3º Se não efetuada por ocasião do depósito, a comprovação deverá ocorrer em até 180 (cento e oitenta) dias contados do depósito. 4º Para os pedidos internacionais depositados em virtude de tratado em vigor no Brasil, a tradução prevista no 2º deverá ser apresentada no prazo de 60 (sessenta) dias contados da data da entrada no processamento nacional. 5º No caso de o pedido depositado no Brasil estar fielmente contido no documento da origem, será suficiente uma declaração do depositante a este respeito para substituir a tradução simples. 36

37 7º A falta de comprovação nos prazos estabelecidos neste artigo acarretará a perda da prioridade. 8º Em caso de pedido depositado com reivindicação de prioridade, o requerimento para antecipação de publicação deverá ser instruído com a comprovação da prioridade. Art. 17. O pedido de patente de invenção ou de modelo de utilidade depositado originalmente no Brasil, sem reivindicação de prioridade e não publicado, assegurará o direito de prioridade ao pedido posterior sobre a mesma matéria depositado no Brasil pelo mesmo requerente ou sucessores, dentro do prazo de 1 (um) ano. 1º A prioridade será admitida apenas para a matéria revelada no pedido anterior, não se estendendo a matéria nova introduzida. 2º O pedido anterior ainda pendente será considerado definitivamente arquivado. 3º O pedido de patente originário de divisão de pedido anterior não poderá servir de base a reivindicação de prioridade. 37

38 7.6.2 EXCLUSÕES O art. 10 exclui determinadas situações do conceito de invenção e de modelo de utilidade. Não é que não haja uma criação intelectual nessas hipóteses, o que não pode haver é a proteção de tais criações por regime de patentes. Envolve as descobertas (gene, por exemplo), teorias científicas (relatividade) e métodos matemáticos (teorema de Pitágoras). Nas descobertas não há que se falar em atividade inventiva. Nas teorias, métodos e concepções puramente abstratas não há aplicação industrial. 38

39 Art. 10. Não se considera invenção nem modelo de utilidade: I - descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos; (falta de aplicação industrial) II - concepções puramente abstratas; (falta de aplicação industrial) III - esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis, financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização; (falta de aplicação industrial) IV - as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação estética; (falta de aplicação industrial, protegidas pelo direito autoral); 39

40 V - programas de computador em si; (Lei n /98) VI - apresentação de informações; (segredos são protegidos por meio de contrato de confidencialidade) VII - regras de jogo; (falta de aplicação industrial) VIII - técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como métodos terapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no corpo humano ou animal; (opção filosófica) IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais. (descoberta) 40

41 7.6.3 PROIBIÇÕES Além do que não se enquadra no conceito, a lei n /96, no art. 18, proíbe determinadas criações de serem patenteadas. Art. 18. Não são patenteáveis: I - o que for contrário à moral, aos bons costumes e à segurança, à ordem e à saúde públicas; (verificada caso a caso) II - as substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos de qualquer espécie, bem como a modificação de suas propriedades físico-químicas e os respectivos processos de obtenção ou modificação, quando resultantes de transformação do núcleo atômico; (criações da natureza e não intelectuais, não podendo ser objeto de monopólio de exploração). 41

42 III - o todo ou parte dos seres vivos, exceto os microorganismos transgênicos que atendam aos três requisitos de patenteabilidade - novidade, atividade inventiva e aplicação industrial - previstos no art. 8º e que não sejam mera descoberta. (algo preexistente e não de uma criação intelectual). Parágrafo único. Para os fins desta Lei, microorganismos transgênicos são organismos, exceto o todo ou parte de plantas ou de animais, que expressem, mediante intervenção humana direta em sua composição genética, uma característica normalmente não alcançável pela espécie em condições naturais. (podem eventualmente configurar invenção mediante intervenção humana direta em sua composição genética). 42

43 7.6.4 DIREITOS SOBRE A PATENTE A patente assegura o direito de USO EXCLUSIVO da invenção (20 anos) ou do modelo de utilidade (15 anos) por um certo período de tempo (art. 40). Para obtenção da patente é essencial o depósito de pedido perante o INPI. Art. 40. A patente de invenção vigorará pelo prazo de 20 (vinte) anos e a de modelo de utilidade pelo prazo 15 (quinze) anos contados da data de depósito. Parágrafo único. O prazo de vigência não será inferior a 10 (dez) anos para a patente de invenção e a 7 (sete) anos para a patente de modelo de utilidade, a contar da data de concessão, ressalvada a hipótese de o INPI estar impedido de proceder ao exame de mérito do pedido, por pendência judicial comprovada ou por motivo de força maior. 43

44 A) TITULARIDADE Titular é aquele que efetua o depósito da patente no INPI. Não cabe ao INPI questionar a autoria da criação. O primeiro a depositar é o que tem direitos sobre a patente. O real autor pode pretender adjudicar a patente judicialmente, provando que o depositante usurpou a ideia. Em caso de concurso de colaboradores (empregados e/ou prestadores de serviços), devese distinguir as diferentes situações: 44

45 i. Se a invenção decorre de matéria ligada à ATIVIDADE DO EMPREGADO, ou do cumprimento de suas funções inventivas : a patente pertence ao empregador (art. 88). ii. Se a invenção não tem nada a ver com a atividade do empregado e ele NÃO USOU RECURSOS do empregador: a invenção será de titularidade exclusiva do empregado (art. 90). iii. Se a invenção não tem a ver com a atividade do empregado, mas decorre da UTILIZAÇÃO DE RECURSOS, meios, ou materiais, instalações ou equipamentos do empregador: a patente é dividida entre o empregado e o empregador em partes iguais (art. 91). 45

46 Art. 88. A invenção e o modelo de utilidade pertencem exclusivamente ao empregador quando decorrerem de contrato de trabalho cuja execução ocorra no Brasil e que tenha por objeto a pesquisa ou a atividade inventiva, ou resulte esta da natureza dos serviços para os quais foi o empregado contratado. 1º Salvo expressa disposição contratual em contrário, a retribuição pelo trabalho a que se refere este artigo limita-se ao salário ajustado. 2º Salvo prova em contrário, consideram-se desenvolvidos na vigência do contrato a invenção ou o modelo de utilidade, cuja patente seja requerida pelo empregado até 1 (um) ano após a extinção do vínculo empregatício. 46

47 Art. 89. O empregador, titular da patente, poderá conceder ao empregado, autor de invento ou aperfeiçoamento, participação nos ganhos econômicos resultantes da exploração da patente, mediante negociação com o interessado ou conforme disposto em norma da empresa. Parágrafo único. A participação referida neste artigo não se incorpora, a qualquer título, ao salário do empregado. Art. 90. Pertencerá exclusivamente ao empregado a invenção ou o modelo de utilidade por ele desenvolvido, desde que desvinculado do contrato de trabalho e não decorrente da utilização de recursos, meios, dados, materiais, instalações ou equipamentos do empregador. 47

48 Art. 91. A propriedade de invenção ou de modelo de utilidade será comum, em partes iguais, quando resultar da contribuição pessoal do empregado e de recursos, dados, meios, materiais, instalações ou equipamentos do empregador, ressalvada expressa disposição contratual em contrário. (Regulamento) 1º Sendo mais de um empregado, a parte que lhes couber será dividida igualmente entre todos, salvo ajuste em contrário. 2º É garantido ao empregador o direito exclusivo de licença de exploração e assegurada ao empregado a justa remuneração. 3º A exploração do objeto da patente, na falta de acordo, deverá ser iniciada pelo empregador dentro do prazo de 1 (um) ano, contado da data de sua concessão, sob pena de passar à exclusiva propriedade do empregado a titularidade da patente, ressalvadas as hipóteses de falta de exploração por razões legítimas. 4º No caso de cessão, qualquer dos co-titulares, em igualdade de condições, poderá exercer o direito de preferência. 48

49 B) PRIORIDADE REGRA: primeiro a depositar é o titular da patente. Presume-se o requerente legitimado a obter a patente (art. 6º c/c art. 49). ATENÇÃO: primeiro a depositar e não a inventar. EXCEÇÃO: direito de prioridade (arts. 16 e 17) - Quem faz pedido de patente, em país que mantenha acordo com o Brasil, ou em organização internacional, que produza efeito de depósito nacional, tem prioridade para registrar patentes e modelos de utilidade no país. Nos casos de prioridade, a mesma deve ser expressamente mencionada no ato do depósito. 49

50 Art. 6º Ao autor de invenção ou modelo de utilidade será assegurado o direito de obter a patente que lhe garanta a propriedade, nas condições estabelecidas nesta Lei. 1º Salvo prova em contrário, presume-se o requerente legitimado a obter a patente. 2º A patente poderá ser requerida em nome próprio, pelos herdeiros ou sucessores do autor, pelo cessionário ou por aquele a quem a lei ou o contrato de trabalho ou de prestação de serviços determinar que pertença a titularidade. 3º Quando se tratar de invenção ou de modelo de utilidade realizado conjuntamente por duas ou mais pessoas, a patente poderá ser requerida por todas ou qualquer delas, mediante nomeação e qualificação das demais, para ressalva dos respectivos direitos. 4º O inventor será nomeado e qualificado, podendo requerer a não divulgação de sua nomeação. 50

51 Art. 49. No caso de inobservância do disposto no art. 6º, o inventor poderá, alternativamente, reivindicar, em ação judicial, a adjudicação da patente. Art. 16. Ao pedido de patente depositado em país que mantenha acordo com o Brasil, ou em organização internacional, que produza efeito de depósito nacional, será assegurado direito de prioridade, nos prazos estabelecidos no acordo, não sendo o depósito invalidado nem prejudicado por fatos ocorridos nesses prazos. [...] Art. 17. O pedido de patente de invenção ou de modelo de utilidade depositado originalmente no Brasil, sem reivindicação de prioridade e não publicado, assegurará o direito de prioridade ao pedido posterior sobre a mesma matéria depositado no Brasil pelo mesmo requerente ou sucessores, dentro do prazo de 1 (um) ano. 51

52 C) VIGÊNCIA A PROTEÇÃO da patente só se inicia com a concessão do registro, mas os seus EFEITOS retroagem à data do depósito. Uma vez concedida a patente, inicia-se o PRAZO dos direitos sobre a patente, que é de 20 anos do depósito, ou dez anos da concessão, o que acontecer por último (art. 40). O monopólio de exploração é temporário. 52

53 Art. 40. A patente de invenção vigorará pelo prazo de 20 (vinte) anos e a de modelo de utilidade pelo prazo 15 (quinze) anos contados da data de depósito. Parágrafo único. O prazo de vigência não será inferior a 10 (dez) anos para a patente de invenção e a 7 (sete) anos para a patente de modelo de utilidade, a contar da data de concessão, ressalvada a hipótese de o INPI estar impedido de proceder ao exame de mérito do pedido, por pendência judicial comprovada ou por motivo de força maior. 53

54 D) PROTEÇÃO Arts. 41 a 43. Concedida a patente, seu titular passa a ter direitos de propriedade sobre a invenção, NÃO SE ADMITINDO, sem o seu consentimento que se produza, venda, use, coloque à venda ou se importe o produto objeto da patente (art. 42). Proíbe-se a chamada IMPORTAÇÃO PARALELA (colocação do produto no mercado externo sem o consentimento do titular e importação do produto para o país). A exclusividade NÃO pode ser exercida de modo abusivo. Há casos onde a lei permite o uso da patente por terceiros. São os casos dos art. 43 e

55 Art. 41. A extensão da proteção conferida pela patente será determinada pelo teor das reivindicações, interpretado com base no relatório descritivo e nos desenhos. Art. 42. A patente confere ao seu titular o direito de impedir terceiro, sem o seu consentimento, de produzir, usar, colocar à venda, vender ou importar com estes propósitos: I - produto objeto de patente; II - processo ou produto obtido diretamente por processo patenteado. 1º Ao titular da patente é assegurado ainda o direito de impedir que terceiros contribuam para que outros pratiquem os atos referidos neste artigo. 2º Ocorrerá violação de direito da patente de processo, a que se refere o inciso II, quando o possuidor ou proprietário não comprovar, mediante determinação judicial específica, que o seu produto foi obtido por processo de fabricação diverso daquele protegido pela patente. 55

56 Art. 43. O disposto no artigo anterior não se aplica: I - aos atos praticados por terceiros não autorizados, em caráter privado e sem finalidade comercial, desde que não acarretem prejuízo ao interesse econômico do titular da patente; II - aos atos praticados por terceiros não autorizados, com finalidade experimental, relacionados a estudos ou pesquisas científicas ou tecnológicas; III - à preparação de medicamento de acordo com prescrição médica para casos individuais, executada por profissional habilitado, bem como ao medicamento assim preparado; IV - a produto fabricado de acordo com patente de processo ou de produto que tiver sido colocado no mercado interno diretamente pelo titular da patente ou com seu consentimento; 56

57 V - a terceiros que, no caso de patentes relacionadas com matéria viva, utilizem, sem finalidade econômica, o produto patenteado como fonte inicial de variação ou propagação para obter outros produtos; e VI - a terceiros que, no caso de patentes relacionadas com matéria viva, utilizem, ponham em circulação ou comercializem um produto patenteado que haja sido introduzido licitamente no comércio pelo detentor da patente ou por detentor de licença, desde que o produto patenteado não seja utilizado para multiplicação ou propagação comercial da matéria viva em causa. VII - aos atos praticados por terceiros não autorizados, relacionados à invenção protegida por patente, destinados exclusivamente à produção de informações, dados e resultados de testes, visando à obtenção do registro de comercialização, no Brasil ou em outro país, para a exploração e comercialização do produto objeto da patente, após a expiração dos prazos estipulados no art

58 Art. 45. À pessoa de boa fé que, antes da data de depósito ou de prioridade de pedido de patente, explorava seu objeto no País, será assegurado o direito de continuar a exploração, sem ônus, na forma e condição anteriores. 1º O direito conferido na forma deste artigo só poderá ser cedido juntamente com o negócio ou empresa, ou parte desta que tenha direta relação com a exploração do objeto da patente, por alienação ou arrendamento. 2º O direito de que trata este artigo não será assegurado a pessoa que tenha tido conhecimento do objeto da patente através de divulgação na forma do art. 12, desde que o pedido tenha sido depositado no prazo de 1 (um) ano, contado da divulgação. 58

59 Art. 12. Não será considerada como estado da técnica a divulgação de invenção ou modelo de utilidade, quando ocorrida durante os 12 (doze) meses que precederem a data de depósito ou a da prioridade do pedido de patente, se promovida: I - pelo inventor; II - pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI, através de publicação oficial do pedido de patente depositado sem o consentimento do inventor, baseado em informações deste obtidas ou em decorrência de atos por ele realizados; ou III - por terceiros, com base em informações obtidas direta ou indiretamente do inventor ou em decorrência de atos por este realizados. Parágrafo único. O INPI poderá exigir do inventor declaração relativa à divulgação, acompanhada ou não de provas, nas condições estabelecidas em regulamento. 59

60 Permite-se atos para fins de PESQUISA e atos praticados por terceiros, sem finalidade comercial, que não gerem prejuízo econômico ao titular da patente. Também se permite a preparação de MEDICAMENTOS para fins individuais, por profissionais habilitados. Admite-se qualquer negociação do produto, após sua colocação no mercado pelo titular da patente, ou por quem dele obteve autorização. 60

61 Se o objeto da patente for MATÉRIA VIVA, terceiros podem utilizá-la, sem finalidade econômica, como fonte inicial de variação ou propagação para obter outros produtos. São admitidos atos praticados por terceiros NÃO AUTORIZADOS destinados à produção de informações, dados e resultados de testes, visando à obtenção do registro de comercialização, após a expiração dos prazos estipulados no art

62 A desobediência às proibições pode configurar CRIME e sujeitar o infrator a indenização, nos termos do art. 44. Quem já usava a invenção anteriormente, pode continuar, sem o pagamento de royalties. ANACRONISMO, tendo em vista o princípio da novidade. 62

63 Art. 44. Ao titular da patente é assegurado o direito de obter indenização pela exploração indevida de seu objeto, inclusive em relação à exploração ocorrida entre a data da publicação do pedido e a da concessão da patente. 1º Se o infrator obteve, por qualquer meio, conhecimento do conteúdo do pedido depositado, anteriormente à publicação, contar-se-á o período da exploração indevida para efeito da indenização a partir da data de início da exploração. 2º Quando o objeto do pedido de patente se referir a material biológico, depositado na forma do parágrafo único do art. 24, o direito à indenização será somente conferido quando o material biológico se tiver tornado acessível ao público. 3º O direito de obter indenização por exploração indevida, inclusive com relação ao período anterior à concessão da patente, está limitado ao conteúdo do seu objeto, na forma do art

64 7.6.5 PROCEDIMENTO Arts. 19 ao 37. Depósito do pedido de patente (art. 19): requerimento, relatório descritivo, reivindicações, desenhos se for o caso, resumo e comprovante de pagamento. Publicação. Exame do pedido: 36 meses, a partir da data do depósito, sob pena de arquivamento. Concessão da patente. 64

65 7.6.6 CESSÃO E LICENÇA VOLUNTÁRIA O titular da patente pode explorá-la diretamente ou conceder LICENÇA DE USO (art. 5º c/c art. 58). Bem móvel imaterial: patente pode ser cedida por seu titular, transferindo-se a propriedade. Licença voluntária está disciplinada nos arts. 61 a 67 da LPI. Pode explorar o bem, mediante o pagamento de uma remuneração chamada royalties. As normas aplicadas são as mesmas que incidem sobre a locação de coisas móveis. O contrato só produzirá efeitos em relação a terceiros quando for averbado no INPI. 65

66 Art. 61. O titular de patente ou o depositante poderá celebrar contrato de licença para exploração. Parágrafo único. O licenciado poderá ser investido pelo titular de todos os poderes para agir em defesa da patente. Art. 62. O contrato de licença deverá ser averbado no INPI para que produza efeitos em relação a terceiros. 1º A averbação produzirá efeitos em relação a terceiros a partir da data de sua publicação. 2º Para efeito de validade de prova de uso, o contrato de licença não precisará estar averbado no INPI. 66

67 7.6.7 LICENÇA COMPULSÓRIA Arts. 68 a 74 da LPI. Em caso de exercício abusivo é possível obter uma LICENÇA COMPULSÓRIA da patente: o titular é obrigado a permitir o uso da invenção por outrem. Também cabível em caso de abuso de poder econômico (domínio de mercado) reconhecido pelo órgão competente, seja judicial ou administrativamente (art. 68). 67

68 São motivos para a LICENÇA COMPULSÓRIA: A falta de exploração integral do invento no país, se é viável sua exploração econômica. A falta de fabricação ou fabricação incompleta do produto, ou ainda a falta de uso do processo patenteado. A comercialização mediante importação (3 anos após a concessão da patente). Comercialização for insatisfatória para atender às necessidades do mercado. Causar dificuldade a exploração de outra patente (art. 70) superioridade da patente dependente. Emergência nacional ou interesse público declarado pelo Poder Executivo Federal art

69 Art. 68. O titular ficará sujeito a ter a patente licenciada compulsoriamente se exercer os direitos dela decorrentes de forma abusiva, ou por meio dela praticar abuso de poder econômico, comprovado nos termos da lei, por decisão administrativa ou judicial. 1º Ensejam, igualmente, licença compulsória: I - a não exploração do objeto da patente no território brasileiro por falta de fabricação ou fabricação incompleta do produto, ou, ainda, a falta de uso integral do processo patenteado, ressalvados os casos de inviabilidade econômica, quando será admitida a importação; ou II - a comercialização que não satisfizer às necessidades do mercado. 2º A licença só poderá ser requerida por pessoa com legítimo interesse e que tenha capacidade técnica e econômica para realizar a exploração eficiente do objeto da patente, que deverá destinar-se, predominantemente, ao mercado interno, extinguindo-se nesse caso a excepcionalidade prevista no inciso I do parágrafo anterior. 69

70 3º No caso de a licença compulsória ser concedida em razão de abuso de poder econômico, ao licenciado, que propõe fabricação local, será garantido um prazo, limitado ao estabelecido no art. 74, para proceder à importação do objeto da licença, desde que tenha sido colocado no mercado diretamente pelo titular ou com o seu consentimento. 4º No caso de importação para exploração de patente e no caso da importação prevista no parágrafo anterior, será igualmente admitida a importação por terceiros de produto fabricado de acordo com patente de processo ou de produto, desde que tenha sido colocado no mercado diretamente pelo titular ou com o seu consentimento. 5º A licença compulsória de que trata o 1º somente será requerida após decorridos 3 (três) anos da concessão da patente. 70

71 Art. 70. A licença compulsória será ainda concedida quando, cumulativamente, se verificarem as seguintes hipóteses: I - ficar caracterizada situação de dependência de uma patente em relação a outra; II - o objeto da patente dependente constituir substancial progresso técnico em relação à patente anterior; e III - o titular não realizar acordo com o titular da patente dependente para exploração da patente anterior. 1º Para os fins deste artigo considera-se patente dependente aquela cuja exploração depende obrigatoriamente da utilização do objeto de patente anterior. 2º Para efeito deste artigo, uma patente de processo poderá ser considerada dependente de patente do produto respectivo, bem como uma patente de produto poderá ser dependente de patente de processo. 3º O titular da patente licenciada na forma deste artigo terá direito a licença compulsória cruzada da patente dependente. 71

72 Art. 71. Nos casos de emergência nacional ou interesse público, declarados em ato do Poder Executivo Federal, desde que o titular da patente ou seu licenciado não atenda a essa necessidade, poderá ser concedida, de ofício, licença compulsória, temporária e não exclusiva, para a exploração da patente, sem prejuízo dos direitos do respectivo titular. Parágrafo único. O ato de concessão da licença estabelecerá seu prazo de vigência e a possibilidade de prorrogação. 72

73 Decreto n , de 04/05/07 (prorrogado prazo pelo Decreto n /2012): Art. 1 o Fica concedido, de ofício, licenciamento compulsório por interesse público das Patentes n os e o O licenciamento compulsório previsto no caput é concedido sem exclusividade e para fins de uso público nãocomercial, no âmbito do Programa Nacional de DST/Aids, nos termos da Lei n o 9.313, de 13 de novembro de 1996, tendo como prazo de vigência cinco anos, podendo ser prorrogado por até igual período. (Prorrogação de prazo) 2 o O licenciamento compulsório previsto no caput extinguir-se-á mediante ato do Ministro de Estado da Saúde, se cessarem as circunstâncias de interesse público que o determinaram. Art. 2 o A remuneração do titular das patentes de que trata o art. 1 o é fixada em um inteiro e cinco décimos por cento sobre o custo do medicamento produzido e acabado pelo Ministério da Saúde ou o preço do medicamento que lhe for entregue. 73

74 A LICENÇA OBRIGATÓRIA deve ser requerida ao INPI por pessoa com legítimo interesse e que seja capaz de explorar de modo eficiente o objeto da patente, indicando as condições oferecidas ao titular da patente. O INPI processará e julgará o pedido, sendo ouvido o interessado no prazo de 60 dias, importando seu silêncio em aceitação da proposta. ÔNUS DA PROVA é do requerente da licença nos casos de abuso dos direitos da patente ou do poder econômico e em caso de falta de exploração do titular da patente. 74

75 Deferida, o licenciado terá 1 ano para iniciar sua exploração, admitindo-se a interrupção da exploração por igual período (art. 74). Não obedecido esse prazo, o titular da patente pode requerer a CASSAÇÃO DA LICENÇA. Essa licença será sempre remunerada e nunca extinguirá o núcleo do direito do titular. Há ainda a chamada PATENTE DE INTERESSE DA DEFESA NACIONAL art

76 Art. 74. Salvo razões legítimas, o licenciado deverá iniciar a exploração do objeto da patente no prazo de 1 (um) ano da concessão da licença, admitida a interrupção por igual prazo. 1º O titular poderá requerer a cassação da licença quando não cumprido o disposto neste artigo. 2º O licenciado ficará investido de todos os poderes para agir em defesa da patente. 3º Após a concessão da licença compulsória, somente será admitida a sua cessão quando realizada conjuntamente com a cessão, alienação ou arrendamento da parte do empreendimento que a explore. 76

77 Art. 75. O pedido de patente originário do Brasil cujo objeto interesse à defesa nacional será processado em caráter sigiloso e não estará sujeito às publicações previstas nesta Lei. 1º O INPI encaminhará o pedido, de imediato, ao órgão competente do Poder Executivo para, no prazo de 60 (sessenta) dias, manifestar-se sobre o caráter sigiloso. Decorrido o prazo sem a manifestação do órgão competente, o pedido será processado normalmente. 2º É vedado o depósito no exterior de pedido de patente cujo objeto tenha sido considerado de interesse da defesa nacional, bem como qualquer divulgação do mesmo, salvo expressa autorização do órgão competente. 3º A exploração e a cessão do pedido ou da patente de interesse da defesa nacional estão condicionadas à prévia autorização do órgão competente, assegurada indenização sempre que houver restrição dos direitos do depositante ou do titular. 77

78 7.6.8 EXTINÇÃO A concessão da patente assegura um MONOPÓLIO TEMPORÁRIO para sua exploração. Existem outros hipóteses de extinção dos direitos de uso da patente (art. 78): TÉRMINO do prazo de duração 20 anos do depósito ou 10 da concessão, o que acontecer por último (art. 79). CADUCIDADE (art. 80)- falta de início da exploração (2 anos). É uma penalidade pelo abuso ou desuso no exercício dos direitos. 78

79 RENÚNCIA não pode gerar prejuízos para os licenciados ou franqueados. Falta de PAGAMENTO da retribuição anual, que deve ser feita a partir do terceiro ano da data do depósito. Desobediência ao disposto no artigo 217, que impõe aos titulares de patentes, domiciliados no exterior, um REPRESENTANTE no Brasil. 79

80 Art. 80. Caducará a patente, de ofício ou a requerimento de qualquer pessoa com legítimo interesse, se, decorridos 2 (dois) anos da concessão da primeira licença compulsória, esse prazo não tiver sido suficiente para prevenir ou sanar o abuso ou desuso, salvo motivos justificáveis. 1º A patente caducará quando, na data do requerimento da caducidade ou da instauração de ofício do respectivo processo, não tiver sido iniciada a exploração. 2º No processo de caducidade instaurado a requerimento, o INPI poderá prosseguir se houver desistência do requerente. 80

81 Extinta a patente, seu objeto cai em DOMÍNIO PÚBLICO. Pode haver restauração da patente, se houver requerimento do interessado em 3 meses contados da extinção da patente, mediante pagamento da retribuição específica (art. 87). 81

82 Art. 87. O pedido de patente e a patente poderão ser restaurados, se o depositante ou o titular assim o requerer, dentro de 3 (três) meses, contados da notificação do arquivamento do pedido ou da extinção da patente, mediante pagamento de retribuição específica. Uma vez não requerida, o arquivamento ou a extinção será DEFINITIVA e a matéria reivindicada passará a integrar definitivamente o domínio público. Esse procedimento foi recentemente regulamentado pela Resolução 113/2013 (questionada quanto à sua legalidade por prever a restauração apenas para processos que tenham somente uma anuidade em atraso). 82

83 A nova Resolução impõe, em seu art. 13, que os pedidos de patente ou as patentes que estiverem inadimplentes em mais de uma retribuição anual serão arquivados ou extintos DEFINITIVAMENTE (sem abrir oportunidade para a restauração), não se aplicando a esses casos a hipótese de restauração prevista no artigo 87 da LPI. O INPI passou a aplicar efetivamente o art. 13, arquivando os processos nessa condição. A Associação Brasileira dos Agentes da Propriedade Industrial (ABAPI) propôs, em , ação judicial requerendo a revogação do art. 13 e a suspensão de seus efeitos. 83

84 7.6.9 NULIDADE Se a patente foi conferida em desatenção aos ditames legais, pode ser anulada judicial ou administrativamente (art. 46). A nulidade pode ser total, quando incidir sobre todas as reivindicações, ou parcial, quando incidir apenas sobre uma ou algumas, nos termos do art. 47. A reconhecimento da nulidade da patente produz efeitos ex tunc, ou seja seus efeitos retroagem até a data do depósito do pedido art

85 Art. 47. A nulidade poderá não incidir sobre todas as reivindicações, sendo condição para a nulidade parcial o fato de as reivindicações subsistentes constituírem matéria patenteável por si mesmas. Art. 48. A nulidade da patente produzirá efeitos a partir da data do depósito do pedido. 85

86 ADMINISTRATIVAMENTE A declaração de nulidade pode ser requerida por qualquer interessado ou de ofício pelo INPI, no prazo de 6 meses contados da concessão. Motivos (art. 50): desatenção aos requisitos legais; patente não for caracterizada nos termos da legislação; objeto concedido é maior que o requerido; omitidas formalidades essenciais. Em qualquer caso, haverá ampla defesa, cabendo a decisão ao presidente do INPI. 86

87 Art. 50. A nulidade da patente será declarada administrativamente quando: I - não tiver sido atendido qualquer dos requisitos legais; II - o relatório e as reivindicações não atenderem ao disposto nos arts. 24 e 25, respectivamente; III - o objeto da patente se estenda além do conteúdo do pedido originalmente depositado; ou IV - no seu processamento, tiver sido omitida qualquer das formalidades essenciais, indispensáveis à concessão. 87

88 JUDICIALMENTE Ajuizamento de uma ação de nulidade (art. 56), tendo como autores qualquer interessado, ou o INPI (quando não for autor intervirá como interessado). Correrá perante a Justiça Federal, terá um procedimento especial (art. 57), com prazo de contestação de 60 dias. Prescreve em 5 anos contados da data da sua concessão (art. 174). 88

89 Art. 56. A ação de nulidade poderá ser proposta a qualquer tempo da vigência da patente, pelo INPI ou por qualquer pessoa com legítimo interesse. Art. 57. A ação de nulidade de patente será ajuizada no foro da Justiça Federal e o INPI, quando não for autor, intervirá no feito. Art Prescreve em 5 (cinco) anos a ação para declarar a nulidade do registro, contados da data da sua concessão. 89

90 CERTIFICADO DE ADIÇÃO DE INVENÇÃO Quando existe aperfeiçoamento na invenção, após o depósito da patente, poderá haver um NOVO PEDIDO de patente, se obedecidos os requisitos legais. Quando NÃO HÁ o requisito da atividade inventiva, surge o certificado de adição de invenção. Pede-se um ADITAMENTO DO PEDIDO, com a finalidade de proteger o aperfeiçoamento (art. 76). Deferido o registro do certificado de adição de invenção, ele é acessório em relação à patente principal e segue a sorte desta (art. 77). 90

91 Art. 76. O depositante do pedido ou titular de patente de invenção poderá requerer, mediante pagamento de retribuição específica, certificado de adição para proteger aperfeiçoamento ou desenvolvimento introduzido no objeto da invenção, mesmo que destituído de atividade inventiva, desde que a matéria se inclua no mesmo conceito inventivo. Art. 77. O certificado de adição é acessório da patente, tem a data final de vigência desta e acompanha-a para todos os efeitos legais. 91

92 PATENTES PIPELINE Também conhecidas como PATENTES DE REVALIDAÇÃO, mecanismo que visa conceder patente a produtos que não eram patenteáveis antes da lei de 1996 e que já estavam no domínio público brasileiro. Previstas nos arts. 230 e 231. A legislação anterior (Lei 5.772/1971) não permitia patente de produtos farmacêuticos e alimentícios. Tema polêmico. ADIn n discute o assunto no STF. A inconstitucionalidade das patentes pipeline está na sua NATUREZA JURÍDICA, pois se pretende tornar patenteável, em detrimento do princípio da novidade, aquilo que já se encontra em domínio público. 92

93 Por ser uma revalidação, no Brasil, de uma patente já registrada no exterior, não depende da comprovação do ato inventivo. Basta que tenha depósito anterior no exterior; não haja comercialização geral do objeto da patente, nem preparativos para a comercialização do objeto da patente no exterior; que a solicitação tenha sido feita dentro do prazo de um ano após a publicação da LPI; tenha havido a concessão do registro, no Brasil, tal como concedido no país de origem, valendo assim o exame de mérito já feito. 93

94 O artigo 230, parágrafo 4º, da LPI assegura à patente pipeline o prazo de proteção remanescente no país estrangeiro onde foi feito o primeiro depósito, contado da data em que feito o depósito no Brasil, sempre limitado ao prazo máximo de 20 anos. 94

95 Art Poderá ser depositado pedido de patente relativo às substâncias, matérias ou produtos obtidos por meios ou processos químicos e as substâncias, matérias, misturas ou produtos alimentícios, químico-farmacêuticos e medicamentos de qualquer espécie, bem como os respectivos processos de obtenção ou modificação, por quem tenha proteção garantida em tratado ou convenção em vigor no Brasil, ficando assegurada a data do primeiro depósito no exterior, desde que seu objeto não tenha sido colocado em qualquer mercado, por iniciativa direta do titular ou por terceiro com seu consentimento, nem tenham sido realizados, por terceiros, no País, sérios e efetivos preparativos para a exploração do objeto do pedido ou da patente. 95

96 Art Poderá ser depositado pedido de patente relativo às matérias de que trata o artigo anterior, por nacional ou pessoa domiciliada no País, ficando assegurada a data de divulgação do invento, desde que seu objeto não tenha sido colocado em qualquer mercado, por iniciativa direta do titular ou por terceiro com seu consentimento, nem tenham sido realizados, por terceiros, no País, sérios e efetivos preparativos para a exploração do objeto do pedido. 96

97 7.7 MODELO DE UTILIDADE Toda forma nova conferida a um objeto de uso prático ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, desde que com isto se proporcione um aumento de sua capacidade de utilização. Proporciona mais eficiência ou comodidade na utilização. Ex.: discos de telefone e teclados. Art. 9º. É patenteável como modelo de utilidade o objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação. 97

98 É uma pequena invenção, que só foi criada para trazer uma UTILIDADE MAIOR para um invento já existente. É uma espécie de aperfeiçoamento da invenção, uma nova configuração de forma pela qual a capacidade de utilização do objeto é aumentada. Ex.: churrasqueira sem fumaça, post it, mecanismo para levantar a tampa do vaso sanitário. 98

99 A propriedade do modelo de utilidade decorre do registro da patente e perdura por 15 anos contados do depósito, ou 7 anos contados da concessão, o que ocorrer por último. São REQUISITOS para obtenção de uma patente de modelo de utilidade a novidade, a aplicação industrial e o ato inventivo. 99

100 7.8 DESENHO INDUSTRIAL OU DESIGN Definição contida no art. 95 da Lei n /96. É tudo que provoca um resultado visual novo ou mudança na configuração externa, mudando a estética, o design, o visual. Há de ter um efeito visual novo e uma aplicação industrial. Criação meramente de forma, sem efeitos funcionais, podendo ser bidimensional ou tridimensional. A lei define o que NÃO é desenho industrial no art Conteúdo do pedido de registro, art Elemento FÚTIL pois não traz melhoria de utilidade. Ex.: garrafa térmica com visual novo, desenhos de veículos, de móveis de eletrodomésticos. 100

101 Art Não é registrável como desenho industrial: I - o que for contrário à moral e aos bons costumes ou que ofenda a honra ou imagem de pessoas, ou atente contra liberdade de consciência, crença, culto religioso ou ideia e sentimentos dignos de respeito e veneração; II - a forma necessária comum ou vulgar do objeto ou, ainda, aquela determinada essencialmente por considerações técnicas ou funcionais. 101

102 Art O pedido de registro, nas condições estabelecidas pelo INPI, conterá: I - requerimento; II - relatório descritivo, se for o caso; III - reivindicações, se for o caso; IV - desenhos ou fotografias; V - campo de aplicação do objeto; e VI - comprovante do pagamento da retribuição relativa ao depósito. Parágrafo único. Os documentos que integram o pedido de registro deverão ser apresentados em língua portuguesa. 102

103 A) REQUISITOS NOVIDADE: só pode ser registrado o que não está compreendido no estado da técnica, que abrange tudo o que foi divulgado ao público, antes da data do depósito. Exceção: período de graça que é de 180 dias. ORIGINALIDADE: configuração visual distinta em relação a outros objetos anteriores, excluídas as obras de caráter artístico. INDUSTRIABILIDADE: deve servir de tipo de fabricação industrial (art. 95). Aqui está a diferença das criações artísticas (art. 98) que são protegidas pelo regime do direito autoral. LEGALIDADE: não incorrer nos impedimentos legais (art. 100). 103

104 Art. 95. Considera-se desenho industrial a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial. Art. 98. Não se considera desenho industrial qualquer obra de caráter puramente artístico. 104

105 B) DIREITOS SOBRE O DESENHO INDUSTRIAL O registro garante ao seu titular a exploração exclusiva pelo prazo de 10 anos contados do depósito, admitindo 3 prorrogações sucessivas de 5 anos cada. Garante-se o direito de prioridade pelo prazo de 6 meses (países que mantenham acordo com o Brasil). Não requerida a prorrogação ou transcorrido o prazo máximo, são EXTINTOS os direitos sobre o desenho industrial. Pode haver renúncia dos direitos, desde que não gere prejuízo para o licenciado ou franqueado. 105

106 Extingue-se pela falta de pagamento da retribuição quinquenal, devida a partir do segundo quinquênio de vigência do desenho industrial. Motivo de extinção dos direitos a desobediência ao disposto no artigo 217. Art A pessoa domiciliada no exterior deverá constituir e manter procurador devidamente qualificado e domiciliado no País, com poderes para representá-la administrativa e judicialmente, inclusive para receber citações. 106

107 7.9 MARCAS Arts. 122 a 175 da lei n /96 É o SINAL aposto a um produto, uma mercadoria, ou o indicativo de um serviço destinado a diferenciá-lo dos demais. NÃO se podem registrar, no direito brasileiro, marcas olfativas, gustativas e sonoras, sendo exigido o caráter visual art OBJETIVO: diferenciar visualmente um produto ou serviço de outros. FINALIDADE: resguardar os direitos do titular e proteger os interesses do consumidor. 107

108 Art São suscetíveis de registro como marca os sinais distintivos visualmente perceptíveis, não compreendidos nas proibições legais. Art Para os efeitos desta Lei, considera-se: I - marca de produto ou serviço: aquela usada para distinguir produto ou serviço de outro idêntico, semelhante ou afim, de origem diversa; II - marca de certificação: aquela usada para atestar a conformidade de um produto ou serviço com determinadas normas ou especificações técnicas, notadamente quanto à qualidade, natureza, material utilizado e metodologia empregada; e III - marca coletiva: aquela usada para identificar produtos ou serviços provindos de membros de uma determinada entidade. 108

109 7.9.1 CLASSIFICAÇÕES ART. 123 Conforme o uso, a marca pode ser: MARCA DE PRODUTO OU SERVIÇO aquela que distingue produto ou serviço de outro idêntico, semelhante ou afim de origem diversa. Ex.: refrigerante de laranja (Fanta, Sukita etc.) MARCA DE CERTIFICAÇÃO usada para atestar a conformidade de um produto ou serviço com determinadas especificações técnicas. Ex.: ISO, INMETRO etc. MARCA COLETIVA usada para identificar produtos ou serviços provindos de membros de uma determinada entidade. Ex.: Café Pilão, Café Pelé (Associação Brasileira dos Produtores de Café). 109

110 Conforme a forma de composição, a marca pode ser: a) NOMINATIVA: formada a partir de sinais linguísticos, isto é, apenas de palavras, letras, algarismos ou combinações destes sinais, ainda que desprovida de sentido no vernáculo. Exemplos: Coca-cola, Editora 51, Brastemp. 110

111 b) FIGURATIVA: formada por desenhos, imagens, figuras ou qualquer formas estilizada de letras ou algarismos. 111

112 c) MISTA: formada por sinais linguísticos revestidos de uma forma peculiar, que não possam se enquadrar isoladamente nem como marca nominativa, nem como marca figurativa. 112

113 d) TRIDIMENSIONAIS: constituídas pela forma plástica de produto ou de embalagem, cuja forma tenha capacidade distintiva e esteja dissociada de qualquer efeito técnico. Ex: garrafa ou copo de coca-cola. 113

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