A IMPORTÂNCIA DO FENÔMENO (PHAINÓMENON) NO PIRRONISMO DE SEXTO EMPÍRICO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A IMPORTÂNCIA DO FENÔMENO (PHAINÓMENON) NO PIRRONISMO DE SEXTO EMPÍRICO"

Transcrição

1 Juliomar M. Silva A IMPORTÂNCIA DO FENÔMENO (PHAINÓMENON) NO PIRRONISMO DE SEXTO EMPÍRICO Those Who say that the Sceptics reject what is apparent have not, I think, listened to what we say. As we Said before, we do not overturn anything which lead us, without our willing it, to assent in accordance with a passive appearance, and these things are precisely what is apparent (HP I, 19) 1. Thus, attending to what is apparent, we live in accordance with everyday observances, without holding opinion, for we are not able to be utterly inactive. (HP I, 23). Estas duas passagens, logo no início das Hipotipóses Pirronianas de Sexto Empírico, demonstram dois ponto importantes do seu ceticismo. Primeiro, que existe algo que o cético não rejeita, há algo para o qual ele não suspende o juízo e que é levado a assentir. A segunda passagem aponta para um modo de vida cético, no qual o cético não é inativo e vive sua vida sem manter opiniões sobre as coisas. Ambos os pontos têm como suporte a noção de fenômeno ou de coisa aparente. O fenômeno (phainómenon) é o que aparece ou o que é aparente (what is apparent), aquilo o que o cético não rejeita o assentimento e o que o conduz nas ações ordinárias. O assentimento cético aos fenômenos é importante porque restringe o âmbito da suspensão de juízo (epokhé) e, ao mesmo, proporciona ao cético um critério para a ação. A suspensão de juízo se restringe apenas às coisas ditas dogmáticas, às afirmações que pretendem dizer o real. O cético não suspende o juízo sobre as coisas que não tenham essa pretensão, ele não suspende o juízo sobre isso que aparece. E, por isso, aquilo que aparece se torna um guia para as ações e a conduta da vida comum do cético, já que ele não tem opinião sobre as coisas. 1 A sigla HP é referente às Hipotipóses Pirronianas de Sexto Empírico. A numeração romana informa de qual livro e a numeração árabe informa de qual parágrafo a citação foi retirada. 1

2 1- A suspensão que leva à inação. A intenção de suspender o juízo sobre todas as coisas pode levar a uma conclusão drástica para o ceticismo. Se suspendermos o juízo sobre todas as coisas, não temos como decidir ou escolher entre uma coisa e outra, a mais simples decisão se torna impossível e isso afeta a nossa ação, já que a ações são as escolhas que fazemos entre as coisas que nos interessam e aquelas que não são interessantes para nós. Deste modo, se o cético suspende o juízo sobre tudo ele não pode fazer nenhuma escolha ou tomar qualquer decisão perante as coisas, logo, também não poderá praticar qualquer ação. Essa é a objeção mais antiga 2 e contundente contra o ceticismo, é a chamada crítica da apraxia. Porém, é uma objeção recorrente, como mostra as palavras de David Hume no final das suas Investigações sobre o entendimento humano. Um pirrônico não pode esperar que a sua filosofia possa ter alguma influência sobre a mente humana [...] Ao contrário, ele deverá reconhecer que toda a vida humana seria aniquilada se seus princípios fossem adotados. Todo o discurso e toda a ação cessariam de imediato, e as pessoas mergulhariam em completa letargia, até que as necessidades da natureza pusessem fim à sua miserável existência (Hume, pp 206). O ponto central dessa crítica é que a nossa ação depende de crenças, o que nos leva a fazer (escolher, decidir ou realizar) alguma coisa é a crença ou a opinião que temos a seu respeito. Se me levanto para tomar um copo de água é porque tenho a crença de que a água mata a sede, de que a água é boa para os humanos, de que ela é necessária para os animais e etc. Se não temos nenhuma crença (como quer o cético), então em última instância estamos impossibilitados de realizar qualquer ação. A suspensão cética do juízo (epokhé) impossibilita a ação humana. 2- O assentimento a isso que aparece (phainómenon). O assentimento ao fenômeno não compromete a postura cética, não é incompatível manter a suspensão de juízo sobre como as coisas são e assentir a como as coisas aparecem. Aceitar os fenômenos não é dogmático, além do mais, não podemos recusar 2 Por isso, logo no início das Hipotipóses, Sexto Empírico aponta para uma resposta a essa objeção. O assentimento aos fenômenos garante ao cético um critério não dogmático para ação, assim os céticos não permanecem inativos. 2

3 isso que nos afeta de modo involuntário. Por isso, o cético adota o fenômeno como um critério que guiará a sua ação. O fenômeno ou isso que aparece (essa aparências das coisas) não mostra a realidade ou a natureza essencial das coisas, ele não trata do Ser das coisas, mas apenas do Aparecer delas. Nesse sentido o fenômeno não é dogmático, não tem a pretensão de estabelecer como as coisas são no real, na sua natureza ou na sua essência. O fenômeno revela apenas o aparecer das coisas, ele mostra apenas o modo como essas coisas aparecem para nós, sem nos dizer como elas (as coisas) são na sua própria natureza. O âmbito do fenômeno não é dogmático, não trás implicações dogmáticas para com a natureza das coisas e, por isso, o cético não suspende o juízo sobre isso que aparece. Outra característica do fenômeno é ser objetivo e comum. O que aparece é objetivo e nos afeta de modo comum, não podemos recusar isso que assim nos aparece. O fenômeno que aparece afeta as pessoas de modo involuntário, neste exato lugar e momento temos os fenômenos que nos afetam (a temperatura, os objetos, as pessoas, os pensamentos, os conceitos e etc.) e isso é involuntário, não podemos deixar de sermos afetados por estes fenômenos. Desta forma, por ser objetivo, comum e não dogmático, o fenômeno ou aquilo que aparece é isento da suspensão juízo (epokhé). Não há como e nem porque o cético recusar o assentimento aos fenômenos. Sendo assim, não há impedimento em o cético adotar os fenômenos como ponto de referência para a ação (já que não pode ficar completamente inativo) e fazer do mundo fenomênico um guia para a sua conduta na vida comum. 3- Conclusão. A noção de fenômeno (phainómenon) é uma noção muito importante no ceticismo pirrônico, principalmente no que se refere à conduta e às ações do cético, mas também no que se refere ao âmbito e ao alcance da suspensão de juízo (epokhé). Pois, assentir ao que aparece restringe a suspensão de juízo apenas àquelas afirmações dogmáticas, além de proporcionar um critério cético para a ação. 3

4 Aquilo que aparece está fora do escopo da suspensão de juízo, a suspensão se aplica apenas às coisas ditas dogmáticas, àquilo que quer dizer a natureza real das coisas, que pretende dizer o ser das coisas. O fenômeno apenas mostra o aparecer das coisas, sem dizer sobre como elas são no real, e por isso não é dogmático. Desta forma, assentir a algo assim não compromete a postura cética, de suspender o juízo sobre todas as coisas que afirmam o real, a natureza ou a essência das coisas. O assentimento aos fenômenos não é incompatível com a suspensão cética do juízo. Além do mais, o cético adota o fenômeno apenas como um critério de ação e de conduta na sua vida cotidiana, já que não poderia permanecer na inatividade. Assim, o assentimento à como as coisas aparecem ou aos fenômenos, garante um modo de vida cético, sem dogmatismo e sem comprometimento da suspensão cética de juízo (epokhé). BIBLIOGRAFIA PRIMÁRIA SEXTUS, Empiricus. Outlines of skepticism, tradução: Julia Annas and Jonathan Barnes. Cambridge: Cambridge University Press, 1994, edição revista em Against the logicians, translation: R. G. Bury. Harvard: The Loeb Classical Library, vol. II, edição reimpressa em Against the Phycisists and Against the Ethicists, translation: R. G. Bury. Harvard: The Loeb Classical Library, vol. III, edição reimpressa em Against the Professors, traslation: R. G. Bury. Harvard: The Loeb Classical Library, vol. IV, edição reimpressa em BIBLIOGRAFIA SECUNDÁRIA 4

5 ANNAS, Julia and BARNES, Jonathan (1985). The Modes of Scepticism. Cambridge : Cambridge University Press. BETT, Richard (2010). Scepticism and Ethics. In: BETT, R. (ed.). The Cambridge Companion to Ancient Scepticism. Cambridge : Cambridge Universi ty Press, pp BOLZANI FILHO, R. (1992) O Ceticismo Pirrônico na obra de Sexto Empírico. Dissertação de mestrado, USP, São Paulo, 76 pp. BOLZANI FILHO, R. Acadêmicos versus Pirrônicos. In: Revista Sképsis, ano IV, nº 7, 2011, Páginas BROCHARD, Victor. Os céticos Gregos, tradução Jaimir Conte (2008), São Paulo, editora Odysseus. BURNYEAT, Myles. F. Pode o cético viver seu ceticismo?, tradutor: Rodrigo Pinto de Brito. In: Revista Sképsis 2010, nº 5, páginas FREDE, Michael. As crenças do cético. In: Revista Sképsis 2008, nº 3, páginas GAZZINELLI, Gabriela. A vida cética de Pirro. Edições Loyola, São Paulo HUME, David. Investigação sobre o entendimento humano, tradutor: José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Editora Unesp, PERIN, Casey (2010). Scepticism and Belief. In: BETT, R. (ed.). The Cambridge Companion to Ancient Scepticism. Cambridge : Cambridge University Press, pp PERIN, Casey (2010). The Demand of Reason: An Essay on Pyrrhonian Scepticism. Oxford : Oxford University Press. PORCHAT PEREIRA, Oswaldo (1991). Sobre o que aparece. In: Rumo ao ceticismo. São Paulo: Editora Unesp, pp , VOGT, M. Katja (2010). Scepticism and action. In: BETT, R. (ed.). The Cambridge Companion to Ancient Scepticism. Cambridge: Cambridge University Press, pp

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA DA UFBA

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA DA UFBA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA DA UFBA JULIOMAR MARQUES SILVA SOBRE O FENÔMENO E A CONDUTA DO CÉTICO

Leia mais

DISCIPLINA: TÓPICOS DE CONHECIMENTOS E LINGUAGEM I

DISCIPLINA: TÓPICOS DE CONHECIMENTOS E LINGUAGEM I 1. IDENTIFICAÇÃO DISCIPLINA: TÓPICOS DE CONHECIMENTOS E LINGUAGEM I PROFESSOR(ES): Dr. Marcos Ribeiro Balieiro Dr. Rodrigo Pinto de Brito CARGA HORÁRIA: 90 Horas 6 Créditos INÍCIO: 26/08/2014 TÉRMINO:

Leia mais

Sexto Empírico e a metafísica do homem comum

Sexto Empírico e a metafísica do homem comum Sexto Empírico e a metafísica do homem comum Vítor Hirschbruch Schvartz, USP / FAPESP Resumo: Pretendo apresentar a controvérsia sobre o escopo da epokhé pirrônica, dando atenção ao papel do lógos como

Leia mais

DO LÓGOS ORDINÁRIO PARA SEXTO EMPÍRICO

DO LÓGOS ORDINÁRIO PARA SEXTO EMPÍRICO UMA HIPÓTESE HISTORIOGRÁFICA ACERCA DO ESTATUTO DO LÓGOS ORDINÁRIO PARA SEXTO EMPÍRICO Vítor Hirschbruch Schvartz Mestrado Universidade de São Paulo (USP) Bolsista FAPESP vschvartz@hotmail.com I. Introdução:

Leia mais

Bibliografia ALCALÁ ALVES ANNAS BARNES ANNAS BARNES BEVAN BOLZANI BRITO

Bibliografia ALCALÁ ALVES ANNAS BARNES ANNAS BARNES BEVAN BOLZANI BRITO 87 7 Bibliografia ALCALÁ, Ramón Román. The Skepticism of the New Academy: a Weak Form of Platonism?; em Philosophical Inquiry n 25. Tessália: Aristotelian University, 2003. ALVES Eva, Luiz Antonio. O Primeiro

Leia mais

Rodrigo Pinto de Brito

Rodrigo Pinto de Brito Rodrigo Pinto de Brito A defesa cética diante do argumento de que o ceticismo não pode ser vivido na prática: da dúbia vida de Pirro ao Pirronismo terapêutico de Sexto Empírico. Dissertação de Mestrado

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO ESCOLA DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS JEFFERSON DOS SANTOS MARCONDES LEITE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO ESCOLA DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS JEFFERSON DOS SANTOS MARCONDES LEITE UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO ESCOLA DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS JEFFERSON DOS SANTOS MARCONDES LEITE UM ESTUDO SOBRE A ÉTICA EM SEXTO EMPÍRICO Guarulhos 2012 1 JEFFERSON DOS SANTOS MARCONDES

Leia mais

5 Insulamento. Em torno de 1139.

5 Insulamento. Em torno de 1139. 75 5 Insulamento Vimos que o objetivo do ceticismo de Sexto é, apesar de parecer ser a guerra, a quietude. O cético pretende curar pelo discurso, depurando-o da intenção de exprimir verdades. Ao final

Leia mais

Este artigo foi originalmente publicado em Review of Metaphysics, 61, 1988, p

Este artigo foi originalmente publicado em Review of Metaphysics, 61, 1988, p SKÉPSIS, ISSN 1981-4194, ANO VII, Nº 11, 2014, p. 71-109. CETICISMO SEM TEORIA MICHAEL WILLIAMS (John Hopkins University) E-mail: mwilliams@jhu.edu Tradução: Beatriz Viana de Araujo Zanfra (Unifesp) E-mail:

Leia mais

Luiz Henrique de Araújo Dutra

Luiz Henrique de Araújo Dutra REVISTA DE CIÊNCIAS HUMANAS 69 A POSSIBILIDADE DE VIVER O CETICISMO Luiz Henrique de Araújo Dutra 0 cético é apresentado muitas vezes como o indivíduo que, por não acreditar em nada e duvidar de tudo,

Leia mais

Plano de Ensino. EMENTA (parte permanente) PROGRAMA (parte variável)

Plano de Ensino. EMENTA (parte permanente) PROGRAMA (parte variável) Plano de Ensino DISCIPLINA: Ética IV PRÉ-REQUISITOS: HF376 PROFESSOR: Luiz Eva CÓDIGO: HF379 SEMESTRE: 1 / 2013 C.H. TOTAL: 60 C.H. SEMANAL: 04 EMENTA (parte permanente) Estudo de um ou mais autores clássicos

Leia mais

PROGRAMA DAS DISCIPLINAS DO SEMESTRE * *apenas alguns professores disponibilizaram seus programas de curso até o momento.

PROGRAMA DAS DISCIPLINAS DO SEMESTRE * *apenas alguns professores disponibilizaram seus programas de curso até o momento. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA PROGRAMA DAS DISCIPLINAS DO SEMESTRE 2019.1* *apenas alguns professores disponibilizaram

Leia mais

A noção de epokhé no ceticismo pirrônico

A noção de epokhé no ceticismo pirrônico Revista Urutágua - revista acadêmica multidisciplinar www.uem.br/urutagua/005/10fil_tonnetti.htm Quadrimestral Nº 05 Dez/Jan/Fev/Mar Maringá - Paraná - Brasil - ISSN 1519.6178 Centro de Estudos Sobre Intolerância

Leia mais

A questão do alcance e da radicalidade do ceticismo antigo

A questão do alcance e da radicalidade do ceticismo antigo A questão do alcance e da radicalidade do ceticismo antigo Luiz Bicca 1 Resumo Partindo da premissa de que o ceticismo antigo e o moderno são distintos, o artigo aborda a questão da amplitude ou do escopo

Leia mais

Sexto Empírico: ética, linguagem e epistemologia do século II d.c. em Alexandria

Sexto Empírico: ética, linguagem e epistemologia do século II d.c. em Alexandria Sexto Empírico: ética, linguagem e epistemologia do século II d.c. em Alexandria Rodrigo Pinto de Brito Resumo Este artigo trata dos seguintes tópicos da filosofia cética de modalidade pirrônica: ética,

Leia mais

Sexto Empírico e os Quatro Pilares da Vida Cética. Rodrigo Pinto de Brito é professor do Departamento de Filosofia da UFF.

Sexto Empírico e os Quatro Pilares da Vida Cética. Rodrigo Pinto de Brito é professor do Departamento de Filosofia da UFF. Sexto Empírico e os Quatro Pilares da Vida Cética Rodrigo Pinto de Brito é professor do Departamento de Filosofia da UFF. Resumo O problema talvez mais clássico e recorrente quanto ao ceticismo concerne

Leia mais

Hume e o ceticismo antigo

Hume e o ceticismo antigo sképsis issn 1981-4194 ano i nº 2 2007 annas, j. 131 Hume e o ceticismo antigo julia annas (Universidade de Austin, Arizona). E-mail: jannas@u.arizona.edu É difícil entender o ceticismo de Hume e não surpreende

Leia mais

OS CÉTICOS E SUAS CRENÇAS: A APARENTE DUPLICIDADE DE SEXTO EMPÍRICO.

OS CÉTICOS E SUAS CRENÇAS: A APARENTE DUPLICIDADE DE SEXTO EMPÍRICO. OS CÉTICOS E SUAS CRENÇAS: A APARENTE DUPLICIDADE DE SEXTO EMPÍRICO. Gustavo Leal-Toledo PPGFIL - PUCRJ Abstract: From its early origins, skepticism has been the target of much criticism and attempts of

Leia mais

Equipolência, suspensão de juízo e tranquilidade no ceticismo pirrônico

Equipolência, suspensão de juízo e tranquilidade no ceticismo pirrônico 251 Equipolência, suspensão de juízo e tranquilidade no ceticismo pirrônico Raquel Albieri Krempel raquelak@gmail.com Parece haver na filosofia cética, tal como apresentada por Sexto Empírico, três pressupostos

Leia mais

, Ética a Nicômaco. In: Os Pensadores vol.ii. Trad. Leonel Vallandro & Gerd Bornheim da versão inglesa de W.D. Ross. São Paulo. Abril Cutural, 1979.

, Ética a Nicômaco. In: Os Pensadores vol.ii. Trad. Leonel Vallandro & Gerd Bornheim da versão inglesa de W.D. Ross. São Paulo. Abril Cutural, 1979. 97 6. Referências Bibliográficas ARISTÓTELES, De Anima. Apresentação, tradução e notas de Maria Cecília Gomes Reis. São Paulo. Ed. 34, 2006., Aristotle De Anima, text and commentary, Ed. W.D. Ross. Oxford,

Leia mais

Algumas considerações sobre a retomada do ceticismo no período moderno e a acusação de apraxia

Algumas considerações sobre a retomada do ceticismo no período moderno e a acusação de apraxia Algumas considerações sobre a retomada do ceticismo no período moderno e a acusação de apraxia Rodrigo Pinto de Brito é professor do Departamento de Filosofia da UFF. Resumo Neste trabalho, far-se-á uma

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Programa de Pós-Graduação em Filosofia. DESCARTES E O CETICISMO: o estatuto da dúvida na filosofia cartesiana

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Programa de Pós-Graduação em Filosofia. DESCARTES E O CETICISMO: o estatuto da dúvida na filosofia cartesiana UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Programa de Pós-Graduação em Filosofia DESCARTES E O CETICISMO: o estatuto da dúvida na filosofia cartesiana Maíra de Souza Borba Belo Horizonte 2010 Maíra de Souza

Leia mais

Sképsis Eu não incluí citações neste resumo. Elas podem ser encontradas nas RP.

Sképsis Eu não incluí citações neste resumo. Elas podem ser encontradas nas RP. Sképsis: Revista de Filosofia ISSN 1981-4194 Vol. VIII, N. 16, 2017, p. 1-6. Resumo das Reflexões Pirrônicas sobre o Conhecimento e a Justificação Dartmouth College Tradução: Jefferson dos Santos Marcondes

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Filosofia Geral 2º Semestre de 2015 (Período Diurno) Disciplina Obrigatória Destinada: alunos de Filosofia Código: FLF0114 Sem pré-requisito Prof. Dr. Caetano Ernesto Plastino Prof. Dr. Homero Silveira

Leia mais

Apontamentos sobre o Ceticismo Pirrônico: Entre a crítica à Racionalidade e a Defesa da Vida Comum

Apontamentos sobre o Ceticismo Pirrônico: Entre a crítica à Racionalidade e a Defesa da Vida Comum Apontamentos sobre o Ceticismo Pirrônico: Entre a crítica à Racionalidade e a Defesa da Vida Comum Edgard Vinícius Cacho Zanette 1 Resumo: O presente artigo consiste em uma investigação sobre o ceticismo

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FILOSOFIA GERAL 2º Semestre de 2013 Disciplina Obrigatória Destinada: alunos de Filosofia Código: FLF0114 Sem pré-requisito Prof. Dr. Caetano Ernesto Plastino Prof. Dr. Luís Cesar Oliva Prof. Dr. Roberto

Leia mais

FOGO, ESCADA, PURGANTE: A LINGUAGEM CÉTICA

FOGO, ESCADA, PURGANTE: A LINGUAGEM CÉTICA FOGO, ESCADA, PURGANTE: A LINGUAGEM CÉTICA Ana Paula Grillo El-Jaick Doutora em Letras pela PUC-Rio Professora Adjunta do Dep. de Letras da UFJF RESUMO: Este trabalho nasce da hipótese de que, hoje, temos

Leia mais

Universidade Federal do Pará UFPA Instituto de Filosofia e Ciências Humanas IFCH Programa de Pós-Graduação em Filosofia PPGFIL

Universidade Federal do Pará UFPA Instituto de Filosofia e Ciências Humanas IFCH Programa de Pós-Graduação em Filosofia PPGFIL Universidade Federal do Pará UFPA Instituto de Filosofia e Ciências Humanas IFCH Programa de Pós-Graduação em Filosofia PPGFIL A crítica de David Hume ao ceticismo pirrônico na obra Investigação Sobre

Leia mais

Alexandre Arantes Pereira Skvirsky. Dogmatismo e Ceticismo na Filosofia Crítica de Kant. Dissertação de Mestrado

Alexandre Arantes Pereira Skvirsky. Dogmatismo e Ceticismo na Filosofia Crítica de Kant. Dissertação de Mestrado Alexandre Arantes Pereira Skvirsky Dogmatismo e Ceticismo na Filosofia Crítica de Kant Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Programa de Pósgraduação em Filosofia da PUC-Rio como requisito

Leia mais

PROJETO DE PESQUISA PARA REALIZAÇÃO DE ESTÁGIO DE PÓS- DOUTORADO

PROJETO DE PESQUISA PARA REALIZAÇÃO DE ESTÁGIO DE PÓS- DOUTORADO PROJETO DE PESQUISA PARA REALIZAÇÃO DE ESTÁGIO DE PÓS- DOUTORADO Proponente: Profa. Dra. Gisele Amaral dos Santos Instituição: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Supervisor: Prof. Dr. Roberto Bolzani Filho Duração:

Leia mais

O conhecimento e a incerteza do ponto de vista do ceticismo

O conhecimento e a incerteza do ponto de vista do ceticismo O conhecimento e a incerteza do ponto de vista do ceticismo IF UFRJ Mariano G. David Mônica F. Corrêa O conhecimento e a incerteza do ponto de vista do ceticismo Aula 1: O conhecimento é possível? O ceticismo

Leia mais

A narrativa neopirrônica: uma análise das obras de Porchat e Fogelin

A narrativa neopirrônica: uma análise das obras de Porchat e Fogelin BRUNO BATISTA PETTERSEN A narrativa neopirrônica: uma análise das obras de Porchat e Fogelin Belo Horizonte Julho - 2012 1 BRU O BATISTA PETTERSE A narrativa neopirrônica: uma análise das obras de Porchat

Leia mais

Reason and science after the skeptics challenges

Reason and science after the skeptics challenges DOI: 10.7213/aurora.26.039.DS07 ISSN 0104-4443 Licenciado sob uma Licença Creative Commons [T] Razão e ciência após os desafios céticos 1 Reason and science after the skeptics challenges Gustavo Leal Toledo

Leia mais

PARA ALÉM DO NATURALISMO: A RESPOSTA DE HUME AO CETICISMO RADICAL

PARA ALÉM DO NATURALISMO: A RESPOSTA DE HUME AO CETICISMO RADICAL PARA ALÉM DO NATURALISMO: A RESPOSTA DE HUME AO CETICISMO RADICAL BEYOND NATURALISM: HUME S ANSWER TO RADICAL SKEPTICISM Rafael Graebin Vogelmann 1 Resumo: Hume já foi amplamente lido como sustentando

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INTRODUÇÃO À FILOSOFIA 1º Semestre de 2006 Disciplina Obrigatória Destinada: Alunos de Filosofia Código: FLF0113 Sem pré-requisito Prof. Luis César Oliva Prof. Marco Aurélio Werle Profa. Marilena de Souza

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INTRODUÇÃO À FILOSOFIA 1º Semestre de 2004 Disciplina Obrigatória Destinada: Alunos de Filosofia Código: FLF0113 Sem pré-requisito Prof. Caetano Ernesto Plastino Prof. Marco Aurélio Werle Prof. Pablo Rubén

Leia mais

RELATIVISMO. DICIONÁRIO DE FILOSOFIA MORAL E POLÍTICA Instituto de Filosofia da Linguagem

RELATIVISMO. DICIONÁRIO DE FILOSOFIA MORAL E POLÍTICA Instituto de Filosofia da Linguagem RELATIVISMO Relativismo é a doutrina (ou, nalguns casos, simplesmente a atitude) filosófica que, valendo-se da contraposição entre o uno e o múltiplo, frisa esta última polaridade, enfatizando o carácter

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FILOSOFIA GERAL 2º Semestre de 2017 Disciplina Obrigatória Destinada: alunos do curso de Filosofia Código: FLF0114 Sem pré-requisito Prof. Alex de Campos Moura Prof. Caetano Ernesto Plastino Prof. Evan

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Filosofia Geral 2º Semestre de 2015 (Período Noturno) Disciplina Obrigatória Destinada: alunos de Filosofia Código: FLF0114 Sem pré-requisito Prof. Dr. Alex de Campos Moura Prof. Dr. Caetano Ernesto Plastino

Leia mais

O lógos cético de Sexto Empírico

O lógos cético de Sexto Empírico UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA VÍTOR HIRSCHBRUCH SCHVARTZ O lógos cético de Sexto Empírico

Leia mais

PLANO DE ENSINO. EMENTA (parte permanente)

PLANO DE ENSINO. EMENTA (parte permanente) PLANO DE ENSINO DISCIPLINA: Teoria do Conhecimento I CÓDIGO: HF734 PRÉ-REQUISITO: NÃO HÁ SEMESTRE: 1º/SEM/2019 CRÉDITOS: 05 C. H. SEMANAL: 12 C. H. TOTAL: 75 PROFESSOR: Vivianne de Castilho Moreira TITULAÇÃO:

Leia mais

4 Ceticismo. 4.1 Variedades de Ceticismo

4 Ceticismo. 4.1 Variedades de Ceticismo 78 4 Ceticismo Enquanto não concentrarmos as nossas observações mais no ser humano, toda a nossa sabedoria é tolice. 1 No prefácio da primeira edição da Crítica da Razão Pura (1781), Kant descreve os céticos

Leia mais

A Epokhé cética e seus pressupostos *

A Epokhé cética e seus pressupostos * sképsis, ano ii, nº 3-4, 2008 bolzani, r. 7 A Epokhé cética e seus pressupostos * roberto bolzani filho (USP). E-mail: robertof@usp.br O que segue é uma tentativa de vislumbrar e clarificar algum espaço

Leia mais

Bibliografia. Obras de David Hume:

Bibliografia. Obras de David Hume: 92 Bibliografia Obras de David Hume: HUME, David. A Treatise of Human Nature. Ed. Selby-Bigge. Oxford, 1888. Reimp. Londres: Penguin Books, 1985;.. (Edição Eletrônica, e-text). Project Gutenberg Literary

Leia mais

Plano de Ensino. EMENTA (parte permanente) PROGRAMA (parte variável) PROGRAMA (parte variável) Ceticismo e Ilustração: o caso de Voltaire

Plano de Ensino. EMENTA (parte permanente) PROGRAMA (parte variável) PROGRAMA (parte variável) Ceticismo e Ilustração: o caso de Voltaire Plano de Ensino DISCIPLINA: Tópicos Especiais em História da Filosofia Moderna I PRÉ-REQUISITOS: HF300 ou HF305 ou HF362 ou HF397 PROFESSOR: Rodrigo Brandão C.H. SEMANAL: 04 CÓDIGO: HF334 SEMESTRE: 2 /

Leia mais

A RECEPÇÃO DO CETICISMO NA MODERNIDADE E O PROBLEMA DO INSULAMENTO

A RECEPÇÃO DO CETICISMO NA MODERNIDADE E O PROBLEMA DO INSULAMENTO A RECEPÇÃO DO CETICISMO NA MODERNIDADE E O PROBLEMA DO INSULAMENTO Rodrigo Pinto de Brito 1 RESUMO: Neste trabalho, far-se-á uma introdução ao ceticismo pirrônico e seu desenvolvimento, bem como ao acalorado

Leia mais

Ementa: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Departamento de Filosofia Disciplina: História da Filosofia Moderna Professora: Priscila Rufinoni

Ementa: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Departamento de Filosofia Disciplina: História da Filosofia Moderna Professora: Priscila Rufinoni UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Departamento de Filosofia Disciplina: História da Filosofia Moderna Professora: Priscila Rufinoni Ementa: Este curso trata da passagem do pensamento do medievo para a investigação

Leia mais

CEPTICISMO DICIONÁRIO DE FILOSOFIA MORAL E POLÍTICA 2.ª SÉRIE INSTITUTO DE FILOSOFIA DA NOVA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA

CEPTICISMO DICIONÁRIO DE FILOSOFIA MORAL E POLÍTICA 2.ª SÉRIE INSTITUTO DE FILOSOFIA DA NOVA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA CEPTICISMO Abordamos aqui dois aspectos da vasta temática do cepticismo no concernente aos campos da filosofia moral e da filosofia política. Em primeiro lugar, tratamos do específico contributo da orientação

Leia mais

PANORAMA HISTÓRICO-CONCEITUAL DO CETICISMO ANTIGO

PANORAMA HISTÓRICO-CONCEITUAL DO CETICISMO ANTIGO PANORAMA HISTÓRICO-CONCEITUAL DO CETICISMO ANTIGO Rogério Soares da Costa Doutor em Filosofia pela PUC-Rio DFL PUC/RJ RESUMO: O presente artigo pretende fornecer um panorama histórico-conceitual do ceticismo

Leia mais

CONHECIMENTO, CETICISMO E CIÊNCIA. Organizadores: Artur Bezzi Günther, Eduardo Antonielo de Avila e Maria Eugênia Zanchet Bordignon.

CONHECIMENTO, CETICISMO E CIÊNCIA. Organizadores: Artur Bezzi Günther, Eduardo Antonielo de Avila e Maria Eugênia Zanchet Bordignon. CONHECIMENTO, CETICISMO E CIÊNCIA Artur Bezzi Gunther Organizadores: Artur Bezzi Günther, Eduardo Antonielo de Avila e Maria Eugênia Zanchet Bordignon. 1. Duração: 02 horas e 15 minutos. 2. Recursos didáticos:

Leia mais

Radicalização do exame filosófico

Radicalização do exame filosófico Página 1 de 5 criticanarede.com ISSN 1749-8457 18 de Fevereiro de 2010 História da filosofia Radicalização do exame filosófico Jaimir Conte Os Céticos Gregos, de Victor Brochard Tradução de Jaimir Conte

Leia mais

A Relatividade Essencial - Número / [02-11]

A Relatividade Essencial - Número / [02-11] A Relatividade Essencial - Número 159-01/2018 - [02-11] A noção do relativo é essencial a céticos e relativistas. No que concerne à sképsis pirrônica, Sexto Empírico o demonstra nas Hipotiposes Pirrônicas

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA POLÍTICA

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA POLÍTICA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA POLÍTICA CONFIGURAÇÃO POLÍTICA EM MICHEL DE MONTAIGNE Dalton Franco Dissertação apresentada

Leia mais

A Dúvida Cética no Quod Nihil Scitur de Francisco Sanches

A Dúvida Cética no Quod Nihil Scitur de Francisco Sanches Mohandas Karamchand Oliveira de Souza A Dúvida Cética no Quod Nihil Scitur de Francisco Sanches Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre pelo

Leia mais

O CETICISMO NA TRADIÇÃO E UMA (DIS)SOLUÇÃO WITTGENSTEINIANA Matheus de Lima Rui Universidade Federal de Pelotas. 1 Introdução

O CETICISMO NA TRADIÇÃO E UMA (DIS)SOLUÇÃO WITTGENSTEINIANA Matheus de Lima Rui Universidade Federal de Pelotas. 1 Introdução O CETICISMO NA TRADIÇÃO E UMA (DIS)SOLUÇÃO WITTGENSTEINIANA Matheus de Lima Rui Universidade Federal de Pelotas 1 Introdução Desde os gregos até as mais modernas teorias científicas, a questão sobre o

Leia mais

SUMÁRIO PORMENORIZADO DA LIÇÃO

SUMÁRIO PORMENORIZADO DA LIÇÃO MARIA GABRIELA COUTO TEVES DE AZEVEDO E CASTRO SUMÁRIO PORMENORIZADO DA LIÇÃO A arte como imitação da natureza, em Aristóteles, Kant e Ricoeur Apresentado à Universidade dos Açores, para Provas de Agregação

Leia mais

A TEORIA DAS AÇÕES DE DONALD DAVIDSON

A TEORIA DAS AÇÕES DE DONALD DAVIDSON PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA - UFMG A TEORIA DAS AÇÕES DE DONALD DAVIDSON Dissertação de Mestrado Fevereiro 2010 Daniel Grandinetti Rodrigues de Sousa RESUMO Davidson adota a premissa de que

Leia mais

SOBRE A POSSIBILIDADE DE SE INSTAURAR UMA FILOSOFIA MORAL COMPATÍVEL COM O CETICISMO PIRRÔNICO

SOBRE A POSSIBILIDADE DE SE INSTAURAR UMA FILOSOFIA MORAL COMPATÍVEL COM O CETICISMO PIRRÔNICO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA MESTRADO ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: HISTÓRIA DA FILOSOFIA MODERNA E CONTEMPORÂNEA DISSERTAÇÃO DE

Leia mais

por tornar-se, embora de forma imprecisa, sinônimo de "cético", uma vez que Platão certamente não foi um filóso- PIRRONISMO E NOVA ACADEMIA

por tornar-se, embora de forma imprecisa, sinônimo de cético, uma vez que Platão certamente não foi um filóso- PIRRONISMO E NOVA ACADEMIA REVISTA DE CIÊNCIAS HUMANAS 85 0 CETICISMO ANTIGO: PIRRONISMO E NOVA ACADEMIA Danilo Marcondes de Souza Filho frequentemente dito que depois de uma fase "pitagorizante" logo após a morte de Platão, desenvolvendo

Leia mais

UNESP 2013 (Questão 12)

UNESP 2013 (Questão 12) UNESP 2013 (Questão 12) Do lado oposto da caverna, Platão situa uma fogueira fonte da luz de onde se projetam as sombras e alguns homens que carregam objetos por cima de um muro, como num teatro de fantoches,

Leia mais

Sobre o que Não Aparece (ao Neopirrônico)

Sobre o que Não Aparece (ao Neopirrônico) discurso (23), 1994: 53-70 Sobre o que Não Aparece (ao Neopirrônico) Hilan Bensusan Paulo A.G. de Sousa* Resumo: O artigo critica a posição filosófica neopirrônica defendida por Oswaldo Porchat Pereira

Leia mais

A Introdução Da Dúvida No Ceticismo No Renascimento

A Introdução Da Dúvida No Ceticismo No Renascimento Alexandre Arantes Pereira Skvirsky A Introdução Da Dúvida No Ceticismo No Renascimento Tese de Doutorado Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Filosofia da PUC-Rio como requesito parcial para

Leia mais

TÍTULO E SUBTÍTULO DO TRABALHO

TÍTULO E SUBTÍTULO DO TRABALHO UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE LETRAS Departamento de Filosofia TÍTULO E SUBTÍTULO DO TRABALHO Nome do aluno: Número: Disciplina: - Professor: Data: ÍNDICE: Noções de metodologia As citações e as

Leia mais

TEORIA DO CONHECIMENTO. Aulas 2, 3, 4,5 - Avaliação 1 Joyce Shimura

TEORIA DO CONHECIMENTO. Aulas 2, 3, 4,5 - Avaliação 1 Joyce Shimura TEORIA DO CONHECIMENTO Aulas 2, 3, 4,5 - Avaliação 1 Joyce Shimura - O que é conhecer? - Como o indivíduo da imagem se relaciona com o mundo ou com o conhecimento? Janusz Kapusta, Homem do conhecimento

Leia mais

Doutrina Transcendental do Método, muito díspares em extensão. 2 ADORNO, T. W. Metaphysics. Stanford: Stanford University Press, 2001, p. 25.

Doutrina Transcendental do Método, muito díspares em extensão. 2 ADORNO, T. W. Metaphysics. Stanford: Stanford University Press, 2001, p. 25. 10 1 Introdução Esta dissertação se concentra no marco do pensamento de Kant, a obra Crítica da Razão Pura, embora recorra a trabalhos pré-críticos, à correspondência de Kant, bem como a textos de História

Leia mais

Ceticismo Moderno. Richard Popkin *

Ceticismo Moderno. Richard Popkin * Ceticismo Moderno Richard Popkin * O ceticismo moderno surgiu no século XVI com o renascimento do conhecimento e do interesse pelo antigo ceticismo pirrônico grego, como apresentado nos escritos de Sexto

Leia mais

"A verdade jamais é pura e raramente é simples." (Oscar Wilde)

A verdade jamais é pura e raramente é simples. (Oscar Wilde) "A verdade jamais é pura e raramente é simples." (Oscar Wilde) Qual é a verdade? São possíveis várias realidades? É possível que haja mais verdades na realidade do que podemos perceber? As sensações podem

Leia mais

4 Sexto Empírico. 4.1 Recapitulando

4 Sexto Empírico. 4.1 Recapitulando 47 4 Sexto Empírico 4.1 Recapitulando Pela ordem da metodologia Pirrônica (skeptikh\ a)gwge), começa-se pelos argumentos. Skepsis significa investigação e o ceticismo Pirrônico é, antes de tudo, uma prática

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA DISCIPLINA: Filosofia I CARGA HORÁRIA: 60 H CRÉDITOS: 04 FCF110 EMENTA Introdução à filosofia desde um ponto de vista temático. PROGRAMA A história da filosofia deve ser compreendida como o desfile cronológico

Leia mais

Kant e o Pirronismo. Ceticismo Moderno

Kant e o Pirronismo. Ceticismo Moderno Alexandre Skvirsky* Kant e o Pirronismo Resumo A influência do ceticismo pirrônico no pensamento de Kant tem consequências diretas para o desenvolvimento da filosofia crítica. Desde os registros mais antigos

Leia mais

2 O problema como se nos apresenta

2 O problema como se nos apresenta 22 2 O problema como se nos apresenta 2.1 Ceticismo Moderno X Antigo Conforme interpretam os principais estudiosos do ceticismo, sua versão Moderna trata eminentemente de questões epistemológicas, principalmente

Leia mais

A Imaginação na Teoria da Mente segundo Hume

A Imaginação na Teoria da Mente segundo Hume Roberta Bouchardet A Imaginação na Teoria da Mente segundo Hume Uma análise a partir do Livro I do Tratado Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Departamento de Filosofia da PUC-Rio, como

Leia mais

RESENHA. CETICISMO EM CHAVE DIALÉTICA BICCA, Luiz. Ceticismo antigo e dialética. Rio de Janeiro: Ed. 7 Letras/Puc-RJ, 2016.

RESENHA. CETICISMO EM CHAVE DIALÉTICA BICCA, Luiz. Ceticismo antigo e dialética. Rio de Janeiro: Ed. 7 Letras/Puc-RJ, 2016. RESENHA CETICISMO EM CHAVE DIALÉTICA BICCA, Luiz. Ceticismo antigo e dialética. Rio de Janeiro: Ed. 7 Letras/Puc-RJ, 2016. Por Francisco Moraes (UFRRJ) O último livro de Luiz Bicca, Ceticismo antigo e

Leia mais

3 Auto-refutabilidade

3 Auto-refutabilidade 32 3 Auto-refutabilidade 3.1 No debate Academia X Stoa, no âmbito da apraxía de aspecto estritamente prático (as origens da crítica) O primeiro aspecto da auto-refutabilidade que consideraremos gira em

Leia mais

A REVOLUÇÃO CARTESIANA. Apresentação baseada principalmente em Friedrick Copleston: History of Philosophy, vol. IV.

A REVOLUÇÃO CARTESIANA. Apresentação baseada principalmente em Friedrick Copleston: History of Philosophy, vol. IV. A REVOLUÇÃO CARTESIANA Apresentação baseada principalmente em Friedrick Copleston: History of Philosophy, vol. IV. Descartes (1596-1650) foi educado por jesuítas. Ele iniciou a filosofia moderna com um

Leia mais

Meu Ceticismo 1. Oswaldo Porchat Pereira Universidade de São Paulo

Meu Ceticismo 1. Oswaldo Porchat Pereira Universidade de São Paulo Meu Ceticismo 1 Oswaldo Porchat Pereira Universidade de São Paulo 1. Minhas estudantes e meus estudantes Vocês me deram uma grande alegria com este convite e eu lhes sou muito agradecido por ele. E quero

Leia mais

Sobre o que não Aparece (ao Neopirrônico)

Sobre o que não Aparece (ao Neopirrônico) Sobre o que não Aparece (ao Neopirrônico) Hilan Bensusan Paulo Sousa * Resumo: O artigo critica a postura filosófica neopirrônica defendida em PORCHAT PEREIRA 5. Argumentamos que uma de suas noções básicas,

Leia mais

IMAGEM SOCIAL DE ESCOLA

IMAGEM SOCIAL DE ESCOLA IMAGEM SOCIAL DE ESCOLA Imagem Externa e Imagem Interna, na perspetiva dos alunos Marina Lizardo Rodrigues Provas destinadas à obtenção do grau de Mestre em Administração Educacional Janeiro de 2014 INSTITUTO

Leia mais

Universidade Federal de São Carlos

Universidade Federal de São Carlos Código e nome da disciplina: 180440 A HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA 1 Professor responsável: ELIANE CHRISTINA DE SOUZA Objetivos gerais: Estudo sistemático e aquisição de conhecimentos acerca das filosofias

Leia mais

PIRRONISMO E MORAL 1. ROBERTO BOLZANI FILHO (USP).

PIRRONISMO E MORAL 1. ROBERTO BOLZANI FILHO (USP). 1 SKÉPSIS, ANO VII, Nº 10, 2014. PIRRONISMO E MORAL 1 ROBERTO BOLZANI FILHO (USP). E-mail: robertof@usp.br 1. Aqueles que conhecem os textos referentes ao ceticismo pirrônico grego, sobretudo os de Sexto

Leia mais

CETICISMO, MORAL E SUBJETIVIDADE: MONTAIGNE ENTRE O PIRRONISMO E A FILOSOFIA ACADÊMICA

CETICISMO, MORAL E SUBJETIVIDADE: MONTAIGNE ENTRE O PIRRONISMO E A FILOSOFIA ACADÊMICA CETICISMO, MORAL E SUBJETIVIDADE: MONTAIGNE ENTRE O PIRRONISMO E A FILOSOFIA ACADÊMICA Luiz Antonio Alves Eva Projeto de pesquisa em nível de pós-doutoramento. Resumo: Esta pesquisa pretende, com a colaboraçao

Leia mais

Gabriela Fagundes Dunhofer. A Origem da Obra de Arte. Heidegger e a crítica da representação. Dissertação de Mestrado

Gabriela Fagundes Dunhofer. A Origem da Obra de Arte. Heidegger e a crítica da representação. Dissertação de Mestrado Gabriela Fagundes Dunhofer A Origem da Obra de Arte Heidegger e a crítica da representação Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Filosofia da PUC-Rio como requisito

Leia mais

Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Centro de Filosofia e Ciências Humanas - CFH Departamento de Filosofia.

Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Centro de Filosofia e Ciências Humanas - CFH Departamento de Filosofia. Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Centro de Filosofia e Ciências Humanas - CFH Departamento de Filosofia Plano de ensino Disciplina: 5603 História da Filosofia III Curso: Filosofia. Semestre:

Leia mais

Heidegger e a relação homem-técnica-natureza na crise ambiental contemporânea

Heidegger e a relação homem-técnica-natureza na crise ambiental contemporânea Maria Clara Azevedo de Carvalho Heidegger e a relação homem-técnica-natureza na crise ambiental contemporânea Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Filosofia como

Leia mais

7 Referências bibliográficas:

7 Referências bibliográficas: 7 Referências bibliográficas: ABELA, P. Kant s Transcendental Realism. Oxford: Oxford University, 2002. AGOSTINHO, S. Confissões. São Paulo: Editora Nova Cultural Ltda, 1999. ALLISON, H. E. Kant s Transcendental

Leia mais

A RELATIVIDADE DO CETICISMO

A RELATIVIDADE DO CETICISMO SKÉPSIS, ISSN 1981-4194, ANO VIII, Nº 16, 2017, p. 118-124. A RELATIVIDADE DO CETICISMO Paul K. Moser (Loyola University of Chicago) E-mail: pmoser@luc.edu Tradução: Jefferson dos Santos Marcondes Leite

Leia mais

O CONHECIMENTO PRÉVIO MORAL NECESSÁRIO À INVESTIGAÇÃO POLÍTICA EM ARISTÓTELES

O CONHECIMENTO PRÉVIO MORAL NECESSÁRIO À INVESTIGAÇÃO POLÍTICA EM ARISTÓTELES O CONHECIMENTO PRÉVIO MORAL NECESSÁRIO À INVESTIGAÇÃO POLÍTICA EM ARISTÓTELES THE MORAL KNOWLEDGE NECESSARY FOR POLITICAL INQUIRY IN ARISTOTLE Priscilla Tesch Spinelli * RESUMO: Este artigo pretende chamar

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA TEORIA E EXPLICAÇÃO NA FILOSOFIA DE DAVID HUME: UMA ABORDAGEM FALIBILISTA? Erickson Cristiano dos Santos

Leia mais

O ATAQUE DE SEXTO EMPÍRICO ÀS TECHNAI (IN: M I- VI) E SEU CARÁTER POLÍTICO-PEDAGÓGICO

O ATAQUE DE SEXTO EMPÍRICO ÀS TECHNAI (IN: M I- VI) E SEU CARÁTER POLÍTICO-PEDAGÓGICO O ATAQUE DE SEXTO EMPÍRICO ÀS TECHNAI (IN: M I- VI) E SEU CARÁTER POLÍTICO-PEDAGÓGICO SEXTUS EMPIRICUS ATTACK ON TECHNAI (IN: M I-VI) AND ITS POLITICAL/PEDAGOGIC CHARACTER Rodrigo Pinto de Brito 1 RESUMO:

Leia mais

Realismo como Fundamento Empírico ou Ideias

Realismo como Fundamento Empírico ou Ideias Realismo como Fundamento Empírico ou Ideias Angela Gonçalves PUC-RS Resumo: O presente artigo tem a finalidade de mostrar a influência do ceticismo na estratégia cartesiana para chegar à primeira verdade.

Leia mais

A TRADIÇÃO TEÓRICA DO CETICISMO. Beny Ribeiro dos Santos

A TRADIÇÃO TEÓRICA DO CETICISMO. Beny Ribeiro dos Santos 23 A TRADIÇÃO TEÓRICA DO CETICISMO Beny Ribeiro dos Santos Universidade Federal do Rio de Janeiro Resumo: Neste artigo reconstituo a tradição teórica do ceticismo, comparando suas hipóteses mais relevantes

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FILOSOFIA GERAL 2º Semestre de 2009 Disciplina Obrigatória Destinada: alunos de Filosofia Código: FLF0114 Sem pré-requisito Docentes: Prof. Dr. Ricardo Nascimento Fabbrini Prof. Dr. Roberto Bolzani Filho

Leia mais

Pressupostos epistemológicos Hume: Cético ou naturalista? Pirrônico ou acadêmico?

Pressupostos epistemológicos Hume: Cético ou naturalista? Pirrônico ou acadêmico? Pressupostos epistemológicos Hume: Cético ou naturalista? Pirrônico ou acadêmico? Alexandro Fernandes * RESUMO Este artigo tem por objetivo apresentar ao leitor a característica real do pensamento empregado

Leia mais

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso 2401N - Relações Públicas. Ênfase. Disciplina RP00007A - Filosofia e Comunicação.

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso 2401N - Relações Públicas. Ênfase. Disciplina RP00007A - Filosofia e Comunicação. Curso 2401N - Relações Públicas Ênfase Identificação Disciplina RP00007A - Filosofia e Comunicação Docente(s) Unidade Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação Departamento Departamento de Ciências

Leia mais

FILOSOFIA HELENÍSTICA

FILOSOFIA HELENÍSTICA FILOSOFIA HELENÍSTICA Império de Alexandre Início do Reinado de Alexandre Conquista do Egito pelo Império Romano 336 a. C. 323 a. C. Morte de Alexandre 30 a. C. Características gerais: Sincretismo Cultural

Leia mais

Quine e Davidson. Tradução radical, indeterminação, caridade, esquemas conceituais e os dogmas do empirismo

Quine e Davidson. Tradução radical, indeterminação, caridade, esquemas conceituais e os dogmas do empirismo Quine e Davidson Tradução radical, indeterminação, caridade, esquemas conceituais e os dogmas do empirismo Historiografia e Filosofia das Ciências e Matemática ENS003 Prof. Valter A. Bezerra PEHFCM UFABC

Leia mais

Ética e política nos céticos antigos

Ética e política nos céticos antigos Ética e política nos céticos antigos Prof. Dr. Marcelo da Costa Maciel (UFRRJ- Rio de Janeiro - RJ - Brasil) marcelocmaciel@bol.com.br Resumo: O artigo pretende demonstrar a dimensão ética e política do

Leia mais

O DUALISMO ESQUEMA-CONTEÚDO EM QUINE 1

O DUALISMO ESQUEMA-CONTEÚDO EM QUINE 1 O DUALISMO ESQUEMA-CONTEÚDO EM QUINE 1 NAIDON, Karen Giovana Videla da Cunha 2 ; ROMANINI, Mateus 3 1 Trabalho de Pesquisa _UFSM 2 Curso de Pós-graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Maria

Leia mais

O Pensamento de Oswaldo Porchat. The Thought of Oswaldo Porchat

O Pensamento de Oswaldo Porchat. The Thought of Oswaldo Porchat Artigos ANNALES - ISSN 2526-0782 V.2 N.3 (2017): 29-45 O Pensamento de Oswaldo Porchat The Thought of Oswaldo Porchat Bruno Pettersen * RESUMO: O objetivo do artigo é o de apresentar o pensamento de Oswaldo

Leia mais