INTRODUÇÃO À QUALIDADE DA ÁGUA

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1 SANEAMENTO Aula 24 - Sumário AULA 24 INTRODUÇÃO À QUALIDADE DA ÁGUA Poluição Hídrica e Saúde Pública. Substâncias poluentes. Causas e tipos de Poluição Hídrica. Massas de água e parâmetros relevantes. Saneamento [A24.1]

2 POLUIÇÃO: POLUIÇÃO HÍDRICA E SAÚDE PÚBLICA: presença na água de substâncias que interferem, de forma relevante, na sua utilização. ETA: Garantir água com qualidade para consumo humano. ETAR: Garantir efluentes compatíveis com a capacidade do meio receptor e os usos pretendidos. Meio Receptor Saneamento [A24.2]

3 POLUIÇÃO HÍDRICA OBJECTIVO: Determinar os parâmetros ambientais que podem ser controlados e as acções que é necessário desenvolver para obter um objectivo específico de qualidade da água que permita manter um desejado uso da água. PRINCIPAIS UTILIZAÇÕES DESEJÁVEIS DA ÁGUA: Abastecimento de água para consumo humano; Outros abastecimentos de água: industrial ou agrícola; Recreativo ou de lazer: Prática balnear (contacto directo ou indirecto); efeito estético; Pesca: Comercial ou desportiva Protecção dos Ecossistemas: Equilíbrio ecológico Saneamento [A24.3]

4 PERSPECTIVA GERAL DA INTERVENÇÃO NO CONTROLO DA QUALIDADE DA ÁGUA Saneamento [A24.4]

5 POLUIÇÃO HÍDRICA E SAÚDE PÚBLICA: CONSEQUÊNCIAS DA POLUIÇÃO NA SAÚDE PÚBLICA: - Doenças de origem hídrica; Causadas por determinadas substâncias químicas, orgânicas ou inorgânicas, presentes na água em concentrações inadequadas. - Doenças de transmissão hídrica; A água actua como veículo de agentes infecciosos. Os microrganismos patogénicos atingem a água através de excreta de pessoas ou animais, causando problemas principalmente no aparelho intestinal do homem. - Doenças transmitidas por vectores relacionados com a água; Causadas por vectores cujo ciclo evolutivo está relacionado com a água (ex: malária, dengue, febre amarela, filariose). Saneamento [A24.5]

6 CLASSES DE POLUENTES CLASSES DE POLUENTES: 1- Substâncias ou agentes infecciosos ou tóxicos. 2- Substâncias com carência de oxigénio. 3- Substâncias químicas orgânicas persistentes. 4- Nutrientes. 5- Substâncias químicas e minerais causadores de problemas específicos. 6- Matéria em suspensão. 7- Substâncias radioactivas. 8- Calor. Saneamento [A24.6]

7 CLASSES DE POLUENTES 1. Substâncias ou agentes infecciosos ou tóxicos Microrganismos patogénicos (bactérias, vírus, ) Origem: Águas Residuais Domésticas Efeitos: Saúde Pública Bacterianas: febre tifóide, cólera, disenteria bacilar, febre paratifóide, febre tifóide, leptospirose. Não Bacterianas: amebíase, ascaridíase, hepatite infecciosa, poliomielite, giardíase, diarreias por vírus. (Problema típico de Países em vias de desenvolvimento) 1.2- Substâncias tóxicas (Ex: arsénio, chumbo, zinco, mercúrio, cádmio, ) (problemas mais típicos de Países Industrializados) Origem: águas industriais Efeitos:. curto prazo (efeitos agudos) - eventualmente letais. longo prazo (efeitos crónicos) - bioacumulação Saneamento [A24.7]

8 CLASSES DE POLUENTES 2. Substâncias com carência de oxigénio. Alguns Conceitos: Oxigénio Dissolvido (OD) (mg/l de O 2 ) Os organismos vivos estão dependentes, em regra, do oxigénio para manter a actividade metabólica que produz energia para o crescimento e para a reprodução. A baixa solubilidade do oxigénio na água limita a capacidade de auto-depuração das águas naturais e torna necessário o tratamento das águas residuais antes da sua descarga nos meios receptores (linhas de água, lagos, naturais ou artificiais, e oceanos). Carência de Oxigénio (mg/l de O 2 ) Está relacionada com o metabolismo de utilização dos compostos orgânicos pelos organismos vivos (organismos heterotróficos). Resulta da transformação da matéria orgânica (compostos de carbono) em, entre outros compostos, CO 2 e H 2 O e é uma reacção catalisada por organismos heterotróficos que existem com abundância nas águas residuais. Substâncias orgânicas Organismos heterotróficos CO 2, H 2 O Saneamento [A24.8]

9 CLASSES DE POLUENTES 2. Substâncias com carência de oxigénio. As substâncias orgânicas usam o carbono como fonte de alimento e de energia. Oxidação: - condições aeróbias (O 2 ) - condições anóxicas e anaeróbias (NO 3, SO 4 2-, ) Águas Residuais Degradação da matéria orgânica (acção microbiológica) em CO 2, H 2 O AR OD (mg/l de O 2 ) CBO (mg/l de O 2 ) Saneamento [A24.9]

10 CLASSES DE POLUENTE 3. Compostos Orgânicos Persistentes. substâncias orgânicas sintéticas não biodegradáveis (certos detergentes, por exemplo). pesticidas. hidrocarbonetos (DDT). CONSEQUÊNCIAS DESTE TIPO DE POLUENTES: Tratam-se de produtos bioacumuláveis na cadeia alimentar; Consoante os seres vivos em causa podem-se encontrar concentrações nos tecidos muito superiores às que se observam no meio envolvente; Alguns são muito tóxicos para a fauna aquática e outros animais, mesmo em pequenas concentrações (ex: Dieldrin); Saneamento [A24.10]

11 CLASSES DE POLUENTES 4. Nutrientes. Acumulação gradual de organismos, matéria orgânica e nutrientes (N e P) na massa da água. EUTROFIZAÇÃO (clorofila a) A Eutrofização pode ser definida como o excessivo crescimento de espécies vegetais (produção primária) no meio aquático para concentrações em que se considera que afecta a utilização normal e desejável da água. por falta de controlo durante períodos longos, a entrada anormal de nutrientes acelera processos metabólicos e provoca o desequilíbrio; por crescimento descontrolado, especialmente de plantas verdes (autotróficos, clorofila a ). Saneamento [A24.11]

12 CLASSES DE POLUENTES 4. Nutrientes. Zonas de Controlo do N e do P Nutriente crítico Saneamento [A24.12]

13 EUTROFIZAÇÃO: Principais Consequências As principais consequências que podem interferir com o uso pretendido da água são as seguintes: grandes variações diárias do OD que podem resultar em níveis muito baixos nos períodos nocturnos (respiração) e elevados níveis nos períodos diurnos (fotossíntese) com o consequente desaparecimento de certas espécies de peixes (fauna aquática); o excesso de fitoplancton provoca o aumento da sedimentação de matéria orgânica no fundo de lagos e albufeiras com a consequente formação de sedimentos orgânicos que contribuem para a redução do OD para níveis muito baixos, no hipolimnio; diminuição da transparência da água; Saneamento [A24.13]

14 EUTROFIZAÇÃO: Principais Consequências dificuldades nos processos de tratamento das águas para abastecimento público: sabor e odor desagradáveis; produção de algas filamentosas que obrigam à redução dos períodos de lavagem dos filtros; proliferação das plantas aquáticas que constituem um obstáculo à pratica da navegação; degradação da qualidade da paisagem; Incómodo para a prática balnear; Algumas vezes, associados a processos de eutrofização, tem lugar a proliferação de algas tóxicas, que em zonas costeiras afectam bivalves. Sendo consumidos, dão origem a intoxicações graves que afectam o sistema nervoso central. Saneamento [A24.14]

15 CLASSES DE POLUENTES 5. Substâncias químicas e minerais causadoras de problemas específicos Sulfatos e cloretos ex: corrosão de metais Fenol (água e cloro clorofenol odores e sabor na água) 6. Matérias em Suspensão Efeitos turvação redução da penetração da luz (eq. ecológico) redução do rearejamento carência de oxigénio (após depósito) (demanda bentónica) Saneamento [A24.15]

16 CLASSES DE POLUENTES 7. Substâncias radioactivas - Risco de acumulação nas cadeias alimentares - Risco em rios ou outros corpos de água que alimentam circuitos de refrigeração de centrais nucleares 8. Calor - Redução de solubilidade do O 2 e aumento do consumo de oxigénio - Odores (intensificação) e aumento da taxa de mortalidade da fauna aquática Saneamento [A24.16]

17 Corpos de água e parâmetros relevantes de controlo Massas de água a) Cursos de água b) Lagos e albufeiras c) Sapais e águas de transição d) Águas costeiras Relatividade do conceito boa qualidade da água TIPO DE MEIO RECEPTOR Curso de Água Albufeira, Lago Águas de transição Águas costeiras Ex. de Parâmetros Relevantes SST, CBO 5, CQO SST, CBO 5, CQO, N e/ou P SST, CBO 5, CQO, N e/ou P SST, CF/CT SST- Sólidos Suspensos Totais; CBO 5 Carência Bioquímica de Oxigénio aos 5 dias; CQO Carência Química de Oxigénio; N Azoto total; P Fósforo total; CF/CT Coliformes Fecais/Coliformes Totais Saneamento [A24.17]

18 SANEAMENTO Aula 25 - Sumário AULA 25 INTRODUÇÃO À QUALIDADE DA ÁGUA E TRATAMENTO Exemplos de Legislação no âmbito da Qualidade da Água. Introdução ao Tratamento de Águas para Abastecimento. Introdução ao Tratamento de Águas Residuais. Saneamento [A25.1]

19 Exemplos de Legislação no âmbito da Qualidade da Água e Controlo da Poluição Saneamento [A25.2]

20 Legislação no âmbito da Protecção de Origens e Qualidade da Água para Consumo Humano Saneamento [A25.3]

21 Introdução ao Tratamento de Água de Abastecimento A ETA trata da água que é proveniente das captações e permite obter água de boa qualidade para consumo humano e o seu fornecimento contínuo. Principais etapas do tratamento convencional: coagulação/floculação; decantação; filtração; desinfecção Saneamento [A25.4]

22 Introdução ao Tratamento de Água de Abastecimento Coagulação/Floculação A coagulação tem por objectivo transformar as impurezas que se encontram em suspensão fina, em estado coloidal e algumas que se encontram dissolvidas, em partículas que possam ser removidas por decantação (sedimentação) e filtração. Floculação refere-se aos processos de tratamento de água que combinam ou coagulam partículas pequenas em partículas maiores, que se separam da água como um sedimento. Saneamento [A25.5]

23 Introdução ao Tratamento de Água de Abastecimento Decantação É um processo de separação de partículas em suspensão na água. Estas partículas, sendo mais pesadas que a água, tendem a depositarse no fundo do decantador, clarificando a água e reduzindo, em grande percentagem, os sólidos suspensos. É um processo gravítico que remove as partículas floculadas da água. Saneamento [A25.6]

24 Introdução ao Tratamento de Água de Abastecimento Filtração A filtração consiste a passagem da água através de um meio poroso que retém a matéria que se encontra em suspensão. Nas instalações de filtração das estações de tratamento de água, o meio poroso costuma ser, geralmente, de areia, areia e antracite ou carvão activado granulado. Normalmente, utiliza-se para a remoção de materiais em suspensão e substâncias coloidais e microorganismos presentes na água. A filtração resulta em clarificação da água e aumento da eficácia da desinfecção. Saneamento [A25.5]

25 Introdução ao Tratamento de Água de Abastecimento Desinfecção A água é frequentemente desinfectada antes de entrar no sistema de distribuição, para garantir que organismos patogénicos são destruídos ou inactivados. O cloro, as cloroaminas ou o dióxido de cloro são os desinfectantes mais usados, porque são muito eficazes, não só na estação de tratamento, mas também nas condutas que distribuem a água, uma vez que podem ser mantidas concentrações residuais para prevenir a contaminação biológica do sistema de distribuição. O ozono é um desinfectante poderoso, e a radiação ultravioleta é um desinfectante eficaz, para origens de água com reduzida concentração de SST, mas nenhum deles é eficaz no controlo de contaminação biológica nas condutas de distribuição. Saneamento [A25.5]

26 Introdução ao Tratamento de Água de Abastecimento Outros Processos Complementares OUTROS TRATAMENTOS A ADOPTAR, QUANDO NECESSÁRIOS: Pré-oxidação - no início do processo de tratamento; - Utiliza-se Cloro ou o dióxido de cloro, normalmente, para eliminar matéria orgânica e amónia. - O Ozono pode ser usado para a eliminação de algas e outra matéria orgânica. - O Permanganato de potássio é adicionado, normalmente, à água para eliminar ferro e manganês. Adsorção por carvão activado Remoção de cor, cheiro e sabor indesejáveis; Permuta iónica - Usada para remover impurezas inorgânicas que não possam ser removidas adequadamente por filtração ou sedimentação. A permuta de iões pode ser usada para tratar águas duras ou para remover arsénio, crómio, fluoretos, nitratos, rádio e urânio. Remineralização - com cal e dióxido de carbono - é efectuada para reduzir a agressividade da água e, assim, não danificar as condutas. Saneamento [A25.5]

27 Introdução ao Tratamento de Água de Abastecimento ETA de Castelo de Paiva (Qmáx = m 3 /dia) Saneamento [A25.5]

28 Introdução ao Tratamento de Água de Abastecimento ETA de Areias de Vilar (Barcelos) (Qmáx = m 3 /dia; pop. = hab.) Saneamento [A25.5]

29 Introdução ao Tratamento de Água de Abastecimento ETA da Asseiceira (Qmáx = m3/dia) Oficinas Edifício de exploração Mistura rápida Edifício dos reagentes Floculadores Saturadores de cal Filtros Espessadores Armazenamento de cloro e CO2 Desidratação de lamas Saneamento [A25.5]

30 Introdução ao Tratamento de Águas Residuais Decreto-lei nº 152/97, de 19 de Junho Tratamento preliminar: O tratamento das águas residuais tendo em vista a remoção de sólidos grosseiros (gradagem), e/ou areias (desarenação) e/ou óleos e gorduras (desengorduramento). Tratamento primário: O tratamento das águas residuais urbanas por qualquer processo físico e ou químico que envolva a decantação das partículas sólidas em suspensão, ou por outro processo em que a CBO 5 das águas recebidas seja reduzida de, pelo menos, 20% antes da descarga e o total das partículas sólidas em suspensão das águas recebidas seja reduzido de, pelo menos, 50%. Tratamento secundário: O tratamento das águas residuais urbanas que envolve geralmente um tratamento biológico com decantação secundária ou outro processo que permita respeitar os valores constantes do Quadro 1. Tratamento apropriado: O tratamento das águas residuais urbanas por qualquer processo e ou por qualquer sistema de eliminação que, após a descarga, permita que as águas receptoras satisfaçam os objectivos de qualidade que se lhes aplicam. Saneamento [A25.5]

31 Introdução ao Tratamento de Águas Residuais Decreto-lei nº 152/97, de 19 de Junho Para Pop 2000 em zonas interiores (ou Pop para zonas costeiras): Tratamento Apropriado. Pop >2000 ep (ou >10000): Tratamento secundário, como referência base. Quadro 1 Parâmetro CBO 5 CQO SST* Concentração (mg/l) e/ou % de redução *parâmetro facultativo ZONAS SENSÍVEIS (riscos de eutrofização ou contaminação bacteriológica) (Pop >10000 ep) tratamento adicional Parâmetro P N Concentração (mg/l) % redução 2 (< ) 1 ( ) (< ) 10 ( ) Saneamento [A25.5]

32 Introdução ao Tratamento de Águas Residuais Decreto-Lei nº 149/2004, de 22 de Junho Saneamento [A25.5]

33 Introdução ao Tratamento de Águas Residuais Exemplo de fraccionamento de Sólidos Totais em Águas Residuais: Sólidos totais 100% Sólidos em Suspensão 35% Sólidos não filtráveis 65% Sólidos Sólidos não Partículas Sólidos decantáveis decantáveis coloidais dissolvidos 60% 40% 10% 90% Fixos (não volatizam até 600ºC) Sólidos Voláteis (matéria orgânica, volatiliza a 600ºC) Saneamento [A25.5]

34 Introdução ao Tratamento de Águas Residuais CBO 5 Carência Bioquímica de Oxigénio aos 5 dias, e a 20ºC. Corresponde ao consumo de oxigénio que tem lugar, por actividade biológica, em 5 dias e a 20ºC. É um indicador da quantidade de oxigénio necessária para estabilizar a matéria orgânica biodegradável. CBO 5 (particulado + dissolvido) gama usual em águas residuais domésticas, entre 200 e 500 mgo2/l. CQO Carência Química de Oxigénio. Corresponde ao consumo de oxigénio por oxidação química por reagentes com alto poder oxidante (dicromato de potássio), em 2 horas. Em águas residuais domésticas brutas a relação CBO 5 /CQO varia, em regra, entre 0,3 e 0,8. No efluente final a relação varia, em regra, entre 0,1 e 0,3. Saneamento [A25.5]

35 Introdução ao Tratamento de Águas Residuais Tipos de tratamento Tratamento físico ou físico-químico: Essencialmente, tratamento por decantação e filtração, com ou sem ajuda de reajentes. Tratamento biológico: A CBO solúvel é transformada em CBO particulada, ou seja, a matéria orgânica solúvel é sintetizada pelos microrganismos e transformada em biomassa, que posteriormente pode sedimentar e ser removida da solução. Saneamento [A25.5]

36 Introdução ao Tratamento de Águas Residuais Exemplos de sistemas de tratamento Eficiência (%) Níveis de Tratamento Preliminar Operações/Processos/Sistemas SST CBO Gradagem (m) Desarenação ( 0,2 m) Tamisação (até 5 mm) Primário e Primário Avançado Decantação simples Ex: c/ precipitação Química (poliectrólitos, sulf. Alumínio) 60-70% 85% 30% 50% Saneamento [A25.5]

37 Introdução ao Tratamento de Águas Residuais Exemplos de sistemas de tratamento Eficiência (%) Níveis de Tratamento Operações/Processos/Sistemas SST CBO Secundário Leitos percoladores (biomassa fixa) Lamas activadas (biomassa suspensa) Lagunagem/leitos de macrófitas Biofiltração/biodiscos 75-90% 80-95% Saneamento [A25.5]

38 Introdução ao Tratamento de Águas Residuais Níveis de Tratamento Terciário Operações/Processos/Sistemas Cloragem/radiação ultra-violeta Precipitação química Nitrificação - desnitrificação. Permuta iónica Microtamisação Carvão activado Objectivos principais Desinfecção Remoção de P e SST Remoção de N Remoção de N Remoção adicional de SS e de CBO 5, e CF Remoção de CQO e cor Saneamento [A25.5]

39 Introdução ao Tratamento de Águas Residuais ESTABILIZAÇÃO E DESIDRATAÇÃO DE LAMAS DE ETAR ESTABILIZAÇÃO A estabilização tem em vista, fundamentalmente, o controlo dos microrganismos patogénicos e de riscos de odores ofensivos. Digestão aeróbia (estabilização biológica) Digestão anaeróbia (estabilização biológica) Estabilização química (Ex: com cal) DESIDRATAÇÃO A desidratação tem em vista a redução do conteúdo em água. Leitos de secagem (em ETAR de pequena dimensão) Espessamento gravítico Desidratação mecânica (filtros banda, filtros prensa, ) Saneamento [A25.5]

40 Introdução ao Tratamento de Águas Residuais EXEMPLOS DE ETAR ETAR do Portinho da Costa, Almada (tratamento preliminar, primário avançado (físico-químico) e biofiltração) Saneamento [A25.5]

41 Introdução ao Tratamento de Águas Residuais EXEMPLOS DE ETAR ETAR Quinta da Bomba, Almada (tratamento preliminar, primário/decantação e filtração biológica) (em beneficiação) Saneamento [A25.5]

42 Introdução ao Tratamento de Águas Residuais EXEMPLOS DE ETAR ETAR de Machico, Madeira (tratamento preliminar, primário avançado (físico-químico) e biofiltração) Saneamento [A25.5]

43 Introdução ao Tratamento de Águas Residuais EXEMPLOS DE ETAR ETAR Meia Serra, Lixiviados, Madeira Lagoa arejada, físico-químico e osmose inversa Saneamento [A25.5]

44 Introdução ao Tratamento de Águas Residuais EXEMPLOS DE ETAR ETAR da Ericeira (tratamento preliminar, lamas activadas, desinfecção com UV e digestão anaeróbia de lamas) Saneamento [A25.5]

45 Introdução ao Tratamento de Águas Residuais EXEMPLOS DE ETAR ETAR de S. João da Talha (tratamento preliminar, tanque de homogeneização, tratamento físico-químico, tratamento biológico por lamas activadas; digestão anaeróbia de lamas) entrada da ETAR jusante do tratamento primário tanque de arejamento efluente final

46 Introdução ao Tratamento de Águas Residuais EXEMPLOS DE ETAR ETAR de Fataca, Odemira (fossa séptica e leito de macrófitas) Saneamento [A25.5]

47 Introdução ao Tratamento de Águas Residuais EXEMPLOS DE ETAR ETAR Sado, Beja (Lagunagem, leitos de macrófitas (2 ha) e desinfecção) Saneamento [A25.5]

48 SANEAMENTO Aula 26 - Sumário AULA 26 AULA DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS Saneamento [A26.1]

49 PROBLEMA I (4,0 valores): distribuição de água Considere o sistema de distribuição de água representado na figura, onde o troço R-1 não apresenta consumo de percurso e os troços 1-2 e 2-4 apresentam consumo unitário de percurso de 0,02 l/(s.m). O troço 1-3 não apresenta consumo de percurso, existindo apenas um consumo localizado de 3,0 l/s no nó 3. Todos os nós encontram-se à cota 10 m. A rede poderá ser usada para combate a incêndio, sendo a zona de grau de risco Calcule os diâmetros de cada troço atendendo apenas ao critério de velocidade máxima; (1,5 val.) 2. Admita que, após a construção da rede projectada, foi necessário construir uma fábrica junto do nó 4, com um consumo localizado de 5 l/s, que não tinha sido previsto anteriormente. Nestas condições, determine o nível de água no reservatório por forma a garantir a pressão mínima no nó 4, considerando que existem edifícios de 2 pisos. Não é necessário proceder à verificação do critério de velocidades. Se não resolveu a alínea anterior admita todos os diâmetros iguais a 125 mm (1,5 val.) 3. O nível estabelecido na alínea anterior permite respeitar o critério das pressões máximas em cada nó? Justifique. Se não resolveu a alínea anterior admita que o reservatório se encontra à cota 60 m. (1,0 val.) Notas: Considere condutas de PEAD, com K S =110 m 1/3 s -1 e a seguinte gama de diâmetros nominais (DN): 63, 80, 90, 110, 125, 140, 160, 200, 250, 315, 400 e 500 mm. Admita que estes diâmetros correspondem aos diâmetros interiores.

50 EXTRACTO DO DECRETO REGULAMENTAR Nº 23/95, DE 23 DE AGOSTO

51 PROBLEMA II (4,0 valores): drenagem de águas residuais O colector de águas residuais domésticas representado na figura, em PVC (K s =80 m 1/3 s -1 ), corresponde a um troço de rede que serve, a montante, habitantes, aos quais corresponde um caudal de dimensionamento de 18,6 L/s. A este troço aflui, na caixa 2, um segundo trecho com a cota de coroa indicada no perfil longitudinal e que serve 250 habitantes. Admita que: a população e a capitação se mantêm constantes ao longo do horizonte de projecto; a capitação assume o valor de 200 L/(hab.dia); o factor de ponta é fp = 1, Pop o caudal de infiltração é igual ao caudal médio de águas residuais; o factor de afluência à rede é de 0,80; a profundidade mínima de assentamento, ao extradorso dos colectores, é de 1,0 m; a gama de diâmetros nominais é a seguinte: 110, 140, 160, 180, 200, 250, 315, 400 e 500 mm (considerando que estes diâmetros correspondem a diâmetros interiores). Nestas condições: a)calcule o caudal de dimensionamento do troço Cx.2-Cx.3. b)dimensione os troços Cx.1-Cx.2 e Cx.2-Cx.3 em termos de diâmetro, inclinação e profundidades de assentamento, por forma a respeitar as disposições regulamentares e a minimizar movimentos de terras. c) Complete o perfil longitudinal do colector.

52 FORMULÁRIO E ELEMENTOS DE APOIO À RESOLUÇÃO DOS PROBLEMAS Q = K s S R 2 3 i 1 2 0,6 Q 1,6 0,4 n+ 1 = senθn + 6,063 D θn θ K i

53 Método analítico Trecho População [hab eq] Q m 40 f p 40 Q inf 40 Q pt 40 D i mín h/d imín V real40 Q sc V sc Ano 0 Ano 40 p/ i mín p/ i mín [ - ] afl acu afl acu [l/s] [ - ] [l/s] [l/s] [mm] [m/m] [ - ] [m/s] [l/s] [m/s] Método gráfico Grandeza Unidade Valor D m 0.25 Qsc m3/s Q/Qsc h/d <0.5 ok V/Vsc Vsc m/s 0.80 >0.6 V m/s 0.78 <3 e >0.6 ok

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