Ciências do Ambiente

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Ciências do Ambiente"

Transcrição

1 Universidade Federal do Paraná Engenharia Civil Ciências do Ambiente Aula 28 O meio aquático V: Eutrofização 2º Semestre/

2 Mecanismos de circulação de lagos/reservatórios

3 Estratificação térmica de lagos e reservatórios Estratificação térmica: camadas de distintas temperaturas (e densidade) na coluna d água Decaimento exponencial da absorção da radiação solar ao penetrar na água CONDIÇÃO DE ESTABILIDADE: - camada superior mais quente e menos densa - camada inferior mais fria e mais densa

4 Estratificação térmica de lagos e reservatórios Epilímnio: Camada superior mais quente, menos densa e mais turbulenta. Produção de oxigênio (zona eufótica presença de luz) Metalímnio: Camada intermediária (dificulta a passagem de calor e gases) Termoclina: plano imaginário que passa pelo ponto de máximo gradiente no perfil vertical de temperatura Hipolímnio: Camada inferior mais fria, mais densa e menos turbulenta Consumo de oxigênio para a decomposição

5 Estratificação térmica de lagos e reservatórios Condição de estabilidade induzida pela estratificação térmica: Inibe os processos de transporte de calor e massa no reservatório Problemas relativos à qualidade da água

6 Estratificação térmica de lagos e reservatórios FATORES QUE INTERFEREM NO PROCESSO DE MISTURA: Transferência de calor pela interface ar-água Mistura advectiva gerada pela movimentação das vazões de entrada e saída Mistura provocada pela turbulência induzida pelo vento

7 Estratificação térmica de lagos e reservatórios VARIAÇÃO DO PERFIL DE ESTRATIFICAÇÃO DURANTE O ANO

8 VARIAÇÃO DO PERFIL DE ESTRATIFICAÇÃO DURANTE O ANO

9 Estratificação térmica de lagos e reservatórios CIRCULAÇÃO DE NUTRIENTES NAS CAMAS ESTRATIFICADAS

10 Estratificação térmica de lagos e reservatórios CIRCULAÇÃO OXIGÊNIO NAS CAMAS ESTRATIFICADAS

11 Estratificação térmica de lagos e reservatórios CIRCULAÇÃO OXIGÊNIO NAS CAMAS ESTRATIFICADAS Exemplo de perfil vertical de concentração de oxigênio ao longo do tempo

12 Estratificação térmica de lagos e reservatórios QUALIDADE DA ÁGUA INTERFERÊNCIAS NA CAPTAÇÃO PARA FINS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL Rios: Instalar a montante de descargas poluidoras Reservatórios: Nem tão superficiais, nem tão profundas (podem ocorrer problemas de natureza física, química e biológica)

13 Estratificação térmica de lagos e reservatórios QUALIDADE DA ÁGUA INTERFERÊNCIAS NA CAPTAÇÃO PARA FINS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL Natureza física: Superficialmente: ações físicas danosas (ventos, correntezas, impactos de corpos afluentes). Em profundidade: maior quantidade de sedimentos em suspensão (encarece ou dificulta a remoção da turbidez no processo de tratamento) 13

14 Estratificação térmica de lagos e reservatórios QUALIDADE DA ÁGUA INTERFERÊNCIAS NA CAPTAÇÃO PARA FINS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL Natureza química: Tendência na superfície de maior teor de dureza, de ferro e manganês Natureza biológica: Maior proliferação de algas nas camadas superiores da massa de água (odor desagradável e gosto ruim). A profundidade da lâmina dependerá da zona fótica (presença de luz) Fundo dos lagos: massa biológica de plânctons. 14

15 Fluxo de Matéria nos Ecossistemas Ciclos Biogeoquímicos

16 Reciclagem da matéria

17 Autodepuração de rios Nutrientes

18 Eutrofização É o aumento da concentração de nutrientes, especialmente fósforo e nitrogênio, nos ecossistemas aquáticos, que tem como consequência o aumento de suas produtividades (Esteves, 1998) Processo natural dentro da sucessão ecológica (sistema lacustre tende a transformar-se em um ecossistema terrestre) Aumento da produtividade biológica do lago

19 Eutrofização Proliferação de algas e macrófitas em corpos d água Resultado do aumento da concentração de nutrientes Comprometimento do uso da água para abastecimento doméstico e industrial

20 Graus de trofia Oligotrófico Lagos baixa produtividade e baixa concentração de nutrientes Mesotrófico Lagos com produtividade intermediária Eutrófico Lagos com elevada produtividade e alta concentração de nutrientes

21 Causas da eutrofização acelerada Em um sistema natural: crescimento é limitado pelas concentrações de oxigênio, carbono, nitrogênio e fósforo Em ambientes aquáticos: fósforo tem papel importante como elemento limitante ao crescimento Oxigênio, carbono e nitrogênio trocas com a fase gasosa do ciclo Fósforo aporte somente na fase sedimentar (fonte natural vem do intemperismo de rochas que contém fosfato)

22 Causas da eutrofização acelerada Excesso de fósforo: Esgotos domésticos Esgotos industriais Fertilizantes agrícolas Fatores meteorológicos: Radiação solar e temperatura (Lagos tropicais) Fatores morfológicos: Menor profundidade (incidência de luz), forma dendrítica (maio zona litorânea), maior tempo de residência (fluxo de água mais lento)

23 Eutrofização - evolução no processo Excesso de nutrientes Aumento da biomassa vegetal Diminuição do processo de aeração superficial Condições anaeróbias no hipolímnio Aumento da DBO Morte de organismos sensíveis à redução de OD Predomínio de bactérias anaeróbias e facultativas no fundo do lago

24 Eutrofização evolução no processo

25 Consequências da eutrofização Impactos sobre o ecossistema e a qualidade da água Impactos sobre a utilização dos recursos hídricos

26 Problemas da eutrofização 1. Problemas estéticos e de recreação: Diminuição do uso da água para recreação, balneabilidade e redução geral na atração turística devido a: frequentes florações das águas crescimento excessivo da vegetação vetores maus odores mortandade de peixes

27 Problemas da eutrofização 2. Condições anaeróbias no fundo do corpo de água No fundo do corpo de água predominam condições anaeróbias, devido à sedimentação da matéria orgânica, bem como à ausência de fotossíntese (ausência de luz). Com a anaerobiose, predominam condições redutoras, com compostos e elementos no estado reduzido: o ferro e o manganês encontram-se na forma solúvel, trazendo problemas ao abastecimento de água o fosfato encontra-se também na forma solúvel, representando uma fonte interna de fósforo para as algas o gás sulfídrico causa problemas de toxicidade e maus odores.

28 Problemas da eutrofização 3. Eventuais condições anaeróbias no corpo de água como um todo. Dependendo do grau de crescimento bacteriano, pode ocorrer, em períodos de mistura total da massa líquida (inversão térmica) ou de ausência de fotossíntese (período noturno), mortandade de peixes e reintrodução dos compostos reduzidos em toda a massa líquida, com grande deterioração da qualidade da água.

29 Problemas da eutrofização 4. Eventuais mortandades de peixes A mortandade de peixes pode ocorrer em função de: Anaerobiose (ausência de oxigênio) Toxicidade por amônia. Em condições de ph elevado (frequentes durante os períodos de elevada fotossíntese), a amônia apresenta-se em grande parte na forma livre (NH 3 ), tóxica aos peixes, ao invés de na forma ionizada (NH 4+ ), não tóxica.

30 Problemas da eutrofização 5. Maior dificuldade e elevação nos custos de tratamento da água A presença excessiva de algas afeta substancialmente o tratamento da água captada no lago ou represa, devido à necessidade de: remoção da própria alga remoção de cor remoção de sabor e odor maior consumo de produtos químicos lavagens mais frequentes dos filtros

31 Problemas da eutrofização 6. Problemas com o abastecimento de águas industriais Elevação dos custos para o abastecimento de água industrial devido a razões similares às anteriores, e também aos depósitos de algas nas águas de resfriamento. 7. Toxicidade das algas. Rejeição da água para abastecimento humano e animal em razão da presença de secreções tóxicas de certas algas. 8.Modificações na qualidade e quantidade de peixes de valor comercial 9. Redução na navegação e capacidade de transporte. O crescimento excessivo de macrófitas enraizadas interfere com a navegação, aeração e capacidade de transporte do corpo de água.

32 Problemas da eutrofização 10. Desaparecimento gradual de lagos. Eutrofização + assoreamento: aumenta a acumulação de matérias e de vegetação, e o lago se torna cada vez mais raso. Esta tendência de desaparecimento de lagos (conversão a brejos ou áreas pantanosas) é irreversível, porém usualmente extremamente lenta. Interferência humana: aceleração do processo

33 Eutrofização formas de controle Medidas preventivas (atuação na bacia hidrográfica) Redução das fontes externas Medidas corretivas (atuação no lago ou represa) Processos mecânicos Processos químicos Processos biológicos

34 Eutrofização formas de controle MEDIDAS PREVENTIVAS Atuação na Bacia Hidrográfica REDUÇÃO DO APORTE DE FÓSFORO ATUAÇÃO NAS FONTES EXTERNAS Estratégias relacionadas aos esgotos ou à drenagem pluvial

35 Eutrofização formas de controle MEDIDAS PREVENTIVAS CONTROLE DE ESGOTOS Tratamento dos esgotos a nível terciário com remoção de nutrientes Tratamento convencional dos esgotos e lançamento a jusante da represa Exportação dos esgotos para outra bacia hidrográfica que não possua lagos ou represas Infiltração dos esgotos no terreno (destino do efluente) CONTROLE DA DRENAGEM PLUVIAL Controle do uso e ocupação do solo na bacia Cinturão sanitário ao longo da represa e dos tributários Construção de barragens de contenção

36 Eutrofização formas de controle MEDIDAS CORRETIVAS PROCESSOS MECÂNICOS Aeração, desestratificação, aeração no hipolímnio, remoção dos sedimentos, remoção de algas, remoção de macróficas PROCESSOS QUÍMICOS Precipitação de nutrientes, uso de algicidas, oxidação do sedimento com nitratos, neutralização PROCESSOS BIOLÓGICOS Biomanipulação, uso de cianófagos, uso de peixes herbívoros

Ciências do Ambiente

Ciências do Ambiente Universidade Federal do Paraná Engenharia Civil Ciências do Ambiente Aula 24 O meio aquático III: Parâmetros hidrológicos, estratificação térmica, eutrofização e índices de qualidade de água Prof.ª Heloise

Leia mais

Ciências do Ambiente

Ciências do Ambiente Universidade Federal do Paraná Engenharia Civil Ciências do Ambiente Aula 29 O meio aquático V: Eutrofização e Índices de Qualidade de Água 2º Semestre/ 2015 1 Mecanismos de circulação de lagos/reservatórios

Leia mais

ASPECTOS DA HIDROLOGIA CONTINENTAL

ASPECTOS DA HIDROLOGIA CONTINENTAL ASPECTOS DA HIDROLOGIA CONTINENTAL Quinta 8 às 12h IC2 Sala 5 Turma: 2016/01 Profª. Larissa Bertoldi larabertoldi@gmail.com Estudos Limnológicos Lagos Lagoas Lagunas LIMNOLOGIA Ciência que estuda as águas

Leia mais

4.2 - Poluição por Nutrientes Eutrofização Aumento de nutrientes, tipicamente compostos contendo N e P, no ecossistema.

4.2 - Poluição por Nutrientes Eutrofização Aumento de nutrientes, tipicamente compostos contendo N e P, no ecossistema. 4.2 - Poluição por Nutrientes Eutrofização Aumento de nutrientes, tipicamente compostos contendo N e P, no ecossistema. O termo vem do grego: "eu bom, verdadeiro "trophein nutrir Assim, eutrófico significa

Leia mais

Poluição Ambiental Nitrogênio e Fósforo. Prof. Dr. Antonio Donizetti G. de Souza UNIFAL-MG Campus Poços de Caldas

Poluição Ambiental Nitrogênio e Fósforo. Prof. Dr. Antonio Donizetti G. de Souza UNIFAL-MG Campus Poços de Caldas Poluição Ambiental Nitrogênio e Fósforo Prof. Dr. Antonio Donizetti G. de Souza UNIFAL-MG Campus Poços de Caldas Nitrogênio Importância Componente básico da biomassa (proteínas) Fator limitante p/ Produção

Leia mais

Poluição Ambiental Nitrogênio e Fósforo. Prof. Dr. Antonio Donizetti G. de Souza UNIFAL-MG Campus Poços de Caldas

Poluição Ambiental Nitrogênio e Fósforo. Prof. Dr. Antonio Donizetti G. de Souza UNIFAL-MG Campus Poços de Caldas Poluição Ambiental Nitrogênio e Fósforo Prof. Dr. Antonio Donizetti G. de Souza UNIFAL-MG Campus Poços de Caldas Nitrogênio Importância Componente básico da biomassa (proteínas) Fator limitante p/ Produção

Leia mais

SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ

SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ Recursos Hídricos Eutrofizados: Descrição de métodos preventivos e corretivos para sua recuperação Vinicius Roveri Docente - Curso

Leia mais

QUALIDADE DA ÁGUA EM LAGOS. Comportamento e Impactos

QUALIDADE DA ÁGUA EM LAGOS. Comportamento e Impactos QUALIDADE DA ÁGUA EM LAGOS Comportamento e Impactos CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES 1. Profundidade Média parâmetro morfométrico de grande importância, principalmente em lagos grandes interfere na produtividade

Leia mais

O Meio Aquático II. Comportamento de lagos, Abastecimento, Tratamento, conservação e Reuso de água. Aula 4. PHD 2218 Introdução a Engenharia Ambiental

O Meio Aquático II. Comportamento de lagos, Abastecimento, Tratamento, conservação e Reuso de água. Aula 4. PHD 2218 Introdução a Engenharia Ambiental PHD 2218 Introdução a Engenharia Ambiental Universidade de São Paulo Escola Politécnica da Universidade de São Paulo O Meio Aquático II Comportamento de lagos, Abastecimento, Tratamento, conservação e

Leia mais

PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL HIDROLOGIA APLICADA

PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL HIDROLOGIA APLICADA PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL HIDROLOGIA APLICADA QUALIDADE DA ÁGUA E FONTES DE ABASTECIMENTO Prof. Felipe Corrêa QUALIDADE DA ÁGUA:

Leia mais

RECUPERAÇÃO DE ECOSSISTEMAS LACUSTRES

RECUPERAÇÃO DE ECOSSISTEMAS LACUSTRES RECUPERAÇÃO DE ECOSSISTEMAS LACUSTRES CONSIDERAÇÕES GERAIS # Somente a eliminação de todas as fontes externas de nutrientes não é o suficiente para que ecossistemas lacustres, em adiantado estágio de eutrofização

Leia mais

Aula 4 O Meio Aquático II

Aula 4 O Meio Aquático II Aula 4 O Meio Aquático II Comportamento de lagos, Abastecimento, Tratamento, conservação e Reúso de água Comportamento dos Lagos Os lagos são sistemas aquáticos bastante distintos, pois: Regime de escoamento

Leia mais

Saneamento I. João Karlos Locastro contato:

Saneamento I. João Karlos Locastro contato: 1 ÁGUA 2 3 Saneamento I João Karlos Locastro contato: prof.joaokarlos@feitep.edu.br 4 Objetivos Projeto; Legislação; Atuação Profissional - Prestação de serviços - Concursos públicos 5 Ementa Saneamento

Leia mais

Ecossistemas Biomas Ciclos Biogeoquímicos Alteração da qualidade das águas. Prof. Ms. Alonso Goes Guimarães

Ecossistemas Biomas Ciclos Biogeoquímicos Alteração da qualidade das águas. Prof. Ms. Alonso Goes Guimarães Ecossistemas Biomas Ciclos Biogeoquímicos Alteração da qualidade das águas Poluição Ambiental Águas Prof. Ms. Alonso Goes Guimarães Ecossistemas Segundo Braga et al (2005): Sistema estável; Equilibrado;

Leia mais

QUANTIDADE

QUANTIDADE ÁGUAS CONTINENTAIS QUANTIDADE Países com renda baixa Países com renda média inferior % Agricultura Países com renda média superior Países com renda alta % Uso Doméstico % Indústria Retirada anual de

Leia mais

Características Ecológicas dos Açudes (Reservatórios) do Semi-Árido

Características Ecológicas dos Açudes (Reservatórios) do Semi-Árido Características Ecológicas dos Açudes (Reservatórios) do Semi-Árido Reservatórios ocupam hoje cerca de 600.000 km 2 de águas represadas em todo o planeta. A construção de reservatórios tem origem muito

Leia mais

OXIGÊNIO DISSOLVIDO 1- CONSIDERAÇÕES GERAIS:

OXIGÊNIO DISSOLVIDO 1- CONSIDERAÇÕES GERAIS: OXIGÊNIO DISSOLVIDO 1- CONSIDERAÇÕES GERAIS: Fontes: Atmosfera e fotossíntese Perdas: Decomposição da M.O., para a atmosfera, respiração e oxidação de íons metálicos Solubilidade Temperatura e pressão

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO QUALITATIVA DO ESGOTO

CARACTERIZAÇÃO QUALITATIVA DO ESGOTO Sistema de Esgotamento Sanitário e Pluvial CARACTERIZAÇÃO QUALITATIVA DO ESGOTO Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental Universidade Federal de Minas Gerais Caracterização do esgoto doméstico

Leia mais

Ambientes de água doce. Esses se dividem em ambientes: -Lóticos: água corrente -Lênticos: água parada

Ambientes de água doce. Esses se dividem em ambientes: -Lóticos: água corrente -Lênticos: água parada Bruno de Ávila Sbampato Ambientes de água doce Esses se dividem em ambientes: -Lóticos: água corrente -Lênticos: água parada Eutrofização O processo se inicia devido ao excesso de nutrientes no corpo

Leia mais

Ciclos Biogeoquímicos

Ciclos Biogeoquímicos Ciclos Biogeoquímicos Matéria orgânica: são os restos dos seres vivos. É composta essencialmente de compostos de carbono. Decompositores: são responsáveis pela degradação da matéria orgânica e favorecem

Leia mais

NÃO USE ESTA PÁGINA COMO RASCUNHO!

NÃO USE ESTA PÁGINA COMO RASCUNHO! PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AMBIENTAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE TECNOLOGIA PROVA DE SELEÇÃO DE MESTRADO E DOUTORADO 2019b, CURI- TIBA 0 NOME: GABARITO Assinatura: ATENÇÃO: É PROIBIDO

Leia mais

AVALIAÇÃO DO ESTADO TRÓFICO DO RIO DAS GARÇAS EM MATO GROSSO, BRASIL.

AVALIAÇÃO DO ESTADO TRÓFICO DO RIO DAS GARÇAS EM MATO GROSSO, BRASIL. Goiânia/GO 19 a 22/11/2012 AVALIAÇÃO DO ESTADO TRÓFICO DO RIO DAS GARÇAS EM MATO GROSSO, BRASIL. Kelly Dayana Benedet Maas Instituição, Universidade ou Empresa, Qualificação e Resumo Curricular (Somente

Leia mais

O meio aquático I. Bacia Hidrográfica 23/03/2017. Aula 3. Prof. Dr. Joaquin Bonnecarrère Garcia. Zona de erosão. Zona de deposição.

O meio aquático I. Bacia Hidrográfica 23/03/2017. Aula 3. Prof. Dr. Joaquin Bonnecarrère Garcia. Zona de erosão. Zona de deposição. O meio aquático I Aula 3 Prof. Dr. Joaquin Bonnecarrère Garcia Bacia Hidrográfica Área de drenagem Zona de erosão Zona de armazenamento e transporte Lago ou Oceano Zona de deposição Zona de erosão Maior

Leia mais

Gerenciamento e Tratamento de Águas Residuárias - GTAR

Gerenciamento e Tratamento de Águas Residuárias - GTAR Gerenciamento e Tratamento de Águas Residuárias - GTAR Segunda 15 às 17h IC III sala 16 Turma: 2015/1 Profª. Larissa Bertoldi larabertoldi@gmail.com Disciplina Cronograma Avaliação Bibliografia Introdução

Leia mais

Água doce disponível: pequena parcela da água mundial:

Água doce disponível: pequena parcela da água mundial: Poluição das Águas Água doce disponível: pequena parcela da água mundial: Apenas 2,5% do volume total de água existente na Terra são de água doce; 99% estão sob a forma de gelo ou neve nas regiões polares

Leia mais

Ecologia II: Ecossistemas fluviais. Manuela Abelho 2012

Ecologia II: Ecossistemas fluviais. Manuela Abelho 2012 Ecologia II: Ecossistemas fluviais Manuela Abelho 2012 7.1 Poluição 7. POLUIÇÃO, EUTROFIZAÇÃO E MODIFICAÇÃO DAS ÁGUAS CORRENTES 2 Poluição da água Qualquer fonte de alteração da qualidade da água Substâncias

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA UDESC CENTRO DE ECAÇÃO SUPERIOR DO ALTO VALE DO ITAJAÍ CEAVI PLANO DE ENSINO

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA UDESC CENTRO DE ECAÇÃO SUPERIOR DO ALTO VALE DO ITAJAÍ CEAVI PLANO DE ENSINO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA UDESC CENTRO DE ECAÇÃO SUPERIOR DO ALTO VALE DO ITAJAÍ CEAVI PLANO DE ENSINO DEPARTAMENTO: Engenharia Sanitária DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DE ECOLOGIA E LIMNOLOGIA

Leia mais

O meio aquático I. Aula 3 Prof. Dr. Arisvaldo Méllo Prof. Dr. Joaquin B. Garcia

O meio aquático I. Aula 3 Prof. Dr. Arisvaldo Méllo Prof. Dr. Joaquin B. Garcia O meio aquático I Aula 3 Prof. Dr. Arisvaldo Méllo Prof. Dr. Joaquin B. Garcia 2 Bacia Hidrográfica Área de drenagem Zona de erosão Zona de armazenamento e transporte Lago ou Oceano Zona de deposição Zona

Leia mais

Ciclos Biogeoquímicos. A trajetória dos nutrientes nos ecossistemas

Ciclos Biogeoquímicos. A trajetória dos nutrientes nos ecossistemas A trajetória dos nutrientes nos ecossistemas Nutrientes Recursos Essenciais Energia Nutrientes Condições Organismo (indivíduo) Desempenho biológico: Sobrevivência Crescimento corpóreo Atividade Reprodução

Leia mais

EUTROFIZAÇÃO. Esgoto doméstico Efluente de ETEs Efluentes industriais Fertilizantes orgânicos Detergentes biodegradáveis

EUTROFIZAÇÃO. Esgoto doméstico Efluente de ETEs Efluentes industriais Fertilizantes orgânicos Detergentes biodegradáveis EUTROFIZAÇÃO Esgoto doméstico Efluente de ETEs Efluentes industriais Fertilizantes orgânicos Detergentes biodegradáveis Efluente de ETEs Fertilizantes inorgânicos decomposição da matéria orgânica morte

Leia mais

QUALIDADE DAS ÁGUAS EM PARQUES AQUÍCOLAS. Dra. Rachel Magalhães Santeiro INCISA Instituto Superior de Ciências da Saúde

QUALIDADE DAS ÁGUAS EM PARQUES AQUÍCOLAS. Dra. Rachel Magalhães Santeiro INCISA Instituto Superior de Ciências da Saúde QUALIDADE DAS ÁGUAS EM PARQUES AQUÍCOLAS Dra. Rachel Magalhães Santeiro INCISA Instituto Superior de Ciências da Saúde Desenvolvimento da aqüicultura estudos limnológicos manejo para manutenção de alta

Leia mais

Qualidade da Água em Rios e Lagos Urbanos

Qualidade da Água em Rios e Lagos Urbanos Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária PHD 2537 Água em Ambientes Urbanos Qualidade da Água em Rios e Lagos Urbanos Novembro 2008 Felipe Carvalho

Leia mais

PROCESSO DE TRATAMENTO

PROCESSO DE TRATAMENTO PROCESSO DE TRATAMENTO Consiste em separar a parte líquida da parte sólida do esgoto, e tratar cada uma delas separadamente, reduzindo ao máximo a carga poluidora, de forma que elas possam ser dispostas

Leia mais

Ciências do Ambiente

Ciências do Ambiente Universidade Federal do Paraná Engenharia Civil Ciências do Ambiente Aula 25 O meio aquático IV: Autodepuração Prof.ª Heloise Knapi Balanço de massa Vazão de diluição Sentido do escoamento Montante Jusante

Leia mais

AULA 4 -Limnologia. Patricia M. P. Trindade Waterloo Pereira Filho

AULA 4 -Limnologia. Patricia M. P. Trindade Waterloo Pereira Filho AULA 4 -Limnologia Patricia M. P. Trindade Waterloo Pereira Filho O que é Limnologia É o estudo ecológico de todas as massas d água continentais. Portanto, são inúmeros corpos d água objeto de estudo da

Leia mais

BEV LIMNOLOGIA. Prof. Roberth Fagundes om

BEV LIMNOLOGIA. Prof. Roberth Fagundes om BEV 180 - LIMNOLOGIA Prof. Roberth Fagundes roberthfagundes@gmail.c om O AMBIENTE AQUÁTICO BIODIVERSIDADE AQUÁTICA I pássaros homens tartarugas peixes Algas e bactérias Nutrientes Biodiversidade aquática

Leia mais

Poluentes aquáticos. Poluição da água

Poluentes aquáticos. Poluição da água Água doce disponível para consumo humano e animal As águas dos lagos, rios, represas e as águas subterrâneas são considerados "água disponível para consumo humano. Estas correspondem a 22,4% do total da

Leia mais

II ESTRATIFICAÇÃO TÉRMICA EM LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO: INFLUÊNCIA DA SAZONALIDADE NO FENÔMENO

II ESTRATIFICAÇÃO TÉRMICA EM LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO: INFLUÊNCIA DA SAZONALIDADE NO FENÔMENO II 017 - ESTRATIFICAÇÃO TÉRMICA EM LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO: INFLUÊNCIA DA SAZONALIDADE NO FENÔMENO Liliana Pena Naval (1) Doutorada pela Universidad Complutense de Madrid em Engenharia Química, professora

Leia mais

Tarefa 2 - Monitorização de nutrientes e atividade trófica na albufeira do Enxoé

Tarefa 2 - Monitorização de nutrientes e atividade trófica na albufeira do Enxoé PTDC/AGR-AAM/098100/2008 Gestão integrada de fósforo para controlo da eutrofização de bacias hidrográficas EUTROPHOS Tarefa 2 - Monitorização de nutrientes e atividade trófica na albufeira do Enxoé Âmbito

Leia mais

Sedimentos Límnicos 15/06/2015. Disciplina: Limnologia Docente: Elisabete L. Nascimento. Integrantes: Gabriel Jussara Natalia Nilza Solange

Sedimentos Límnicos 15/06/2015. Disciplina: Limnologia Docente: Elisabete L. Nascimento. Integrantes: Gabriel Jussara Natalia Nilza Solange Sedimentos Límnicos 1 Autores: Francisco de Assis Esteves e Antônio Fernando Monteiro Camargo. Capítulo 19 Universidade Federal de Rondônia UNIR. 2 Disciplina: Limnologia Docente: Elisabete L. Nascimento

Leia mais

A Radiação solar e efeitos no ecossistema (capítulo 9)

A Radiação solar e efeitos no ecossistema (capítulo 9) Universidade Federal de Rondônia-UNIR Departamento de Engenharia Ambiental-DEA A Radiação solar e efeitos no ecossistema (capítulo 9) Disciplina: Limnologia Carga horária: 80hs Responsável: Prof a. Elisabete

Leia mais

NITROGÊNIO. Princípios da Modelagem e Controle da Qualidade da Água Superficial Regina Kishi, 7/24/2015, Página 1

NITROGÊNIO. Princípios da Modelagem e Controle da Qualidade da Água Superficial Regina Kishi, 7/24/2015, Página 1 NITROGÊNIO Princípios da Modelagem e Controle da Qualidade da Água Superficial Regina Kishi, 7/24/2015, Página 1 Entradas de Nitrogênio Esgoto Compostos de nitrogênio orgânico (ex.: proteínas, uréia) e

Leia mais

Microbiologia do Ambiente. Sistemas aquáticos

Microbiologia do Ambiente. Sistemas aquáticos Microbiologia do Ambiente Sistemas aquáticos Ciclo da Água Precipitaçã o Evaporaçã o Infiltração Escorrênci a Classificação das águas Águas atmosféricas Águas superficiais doces Águas subterrâneas Águas

Leia mais

GEOGRAFIA. Prof. Daniel San.

GEOGRAFIA. Prof. Daniel San. GEOGRAFIA Prof. Daniel San daniel.san@lasalle.org.br SOLOS Solo é o substrato onde os seres humanos constroem suas vidas, por sobre a astenosfera (Crosta), abaixo da atmosfera. O solo é produto da intemperização

Leia mais

Ecologia y ecofisiologia de las cianobactérias. Profa.Sandra M. F. O.Azevedo IBCCF - UFRJ

Ecologia y ecofisiologia de las cianobactérias. Profa.Sandra M. F. O.Azevedo IBCCF - UFRJ Ecologia y ecofisiologia de las cianobactérias Profa.Sandra M. F. O.Azevedo IBCCF - UFRJ CIANOBACTÉRIAS Organismos procariontes fotossintéticos Organização celular e bioquímica semelhante às bactérias

Leia mais

Pressão antropogénica sobre o ciclo da água

Pressão antropogénica sobre o ciclo da água O CICLO DA ÁGUA Pressão antropogénica sobre o ciclo da água 2. Poluição difusa 3. Poluição urbana 1. Rega 8. Barragens 7. Erosão do solo 4. Poluição industrial 5. Redução das zonas húmidas Adaptado de:

Leia mais

DETERMINAÇÃO DO ESTADO DE EUTROFIZAÇÃO DE RESERVATÓRIOS:

DETERMINAÇÃO DO ESTADO DE EUTROFIZAÇÃO DE RESERVATÓRIOS: GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO S A N E A M E N T O DETERMINAÇÃO DO ESTADO DE EUTROFIZAÇÃO DE RESERVATÓRIOS: ESTUDO DE CASO DO LAGO BARIGUI Msc. Carla Cristina Bem Curitiba, 2009 Dessedentação animal Abastecimento

Leia mais

Troca de materiais entre os componentes bióticos e abióticos dos ecossistemas.

Troca de materiais entre os componentes bióticos e abióticos dos ecossistemas. Troca de materiais entre os componentes bióticos e abióticos dos ecossistemas. CICLO do FÓSFORO CICLO SEDIMENTAR APATITA Ca 3 (PO 4 ) 2 erosão de rochas fosfatadas CICLO RÁPIDO CICLO LENTO PICO DO FÓSFORO

Leia mais

Saneamento I Tratamento de Esgotos

Saneamento I Tratamento de Esgotos Saneamento I Tratamento de Esgotos Prof Eduardo Cohim edcohim@gmail.br 1 QUALIDADE DAS ÁGUAS E USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NA BACIA HIDROGRÁFICA OBJETIVOS DO TRATAMENTO DOS ESGOTOS Remoção de matéria orgânica

Leia mais

ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE BRAGANÇA. TRABALHO PRÁTICO Nº 6 MEIO ABIÓTICO - I Sistemas Lênticos Parâmetros físico-químicos

ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE BRAGANÇA. TRABALHO PRÁTICO Nº 6 MEIO ABIÓTICO - I Sistemas Lênticos Parâmetros físico-químicos ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE BRAGANÇA CURSOS DE ENGENHARIA DO AMBIENTE E TERRITÓRIO/FLORESTAL ECOLOGIA DE SISTEMAS AQUÁTICOS/ORDENAMENTO DAS ÁGUAS INTERIORES TRABALHO PRÁTICO Nº 6 MEIO ABIÓTICO - I Sistemas

Leia mais

PHA 3203 ENGENHARIA CIVIL E O MEIO AMBIENTE

PHA 3203 ENGENHARIA CIVIL E O MEIO AMBIENTE PHA 3203 ENGENHARIA CIVIL E O MEIO AMBIENTE Sequência de processos que descreve o fluxo da água na natureza (nos três estados, líquido, gasoso e sólido) Água de Superfície (0,29%) 2,53% Água Subterrânea

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS UFG - PPGA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS UFG - PPGA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS UFG - PPGA CURSO: Pós Graduação Agronomia DISCIPLINA: Classificação e Mapeamento de Solos PROF. RENATA S. MOMOLI Eng. Agrônoma Dra. em Solos e Nutrição de Plantas O QUE É

Leia mais

Ciclos biogeoquímicos. A energia flui. A matéria é cíclica. Esses elementos são fundamentais para os seres vivos e embora em abundancia são finitos.

Ciclos biogeoquímicos. A energia flui. A matéria é cíclica. Esses elementos são fundamentais para os seres vivos e embora em abundancia são finitos. Ciclos biogeoquímicos A energia flui. A matéria é cíclica. Esses elementos são fundamentais para os seres vivos e embora em abundancia são finitos. Ciclo da Água - O mais simples. A água não sofre transformação

Leia mais

PHA 3001 ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE. Prof. Dr. Theo Syrto Octavio de Souza

PHA 3001 ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE. Prof. Dr. Theo Syrto Octavio de Souza PHA 3001 ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE Prof. Dr. Theo Syrto Octavio de Souza (theos@usp.br) Poluentes orgânicos: Microrganismos aeróbios: consumo de O 2, produção de CO 2 Biodegradáveis Competição pelo O

Leia mais

SAAE Serviço autônomo de Água e Esgoto. Sistemas de Tratamento de Esgoto

SAAE Serviço autônomo de Água e Esgoto. Sistemas de Tratamento de Esgoto SAAE Serviço autônomo de Água e Esgoto Sistemas de Tratamento de Esgoto Aracruz, junho de 2006 1 1. Tecnologias de tratamento O tratamento biológico é a forma mais eficiente de remoção da matéria orgânica

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS - UFPEL CENTRO DE ENGENHARIAS - CENG DISCIPLINA: SISTEMAS URBANOS DE ÁGUA E ESGOTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS - UFPEL CENTRO DE ENGENHARIAS - CENG DISCIPLINA: SISTEMAS URBANOS DE ÁGUA E ESGOTO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS - UFPEL CENTRO DE ENGENHARIAS - CENG DISCIPLINA: SISTEMAS URBANOS DE ÁGUA E ESGOTO CAPTAÇÃO DE ÁGUA Prof. Hugo Alexandre Soares Guedes E-mail: hugo.guedes@ufpel.edu.br Website:

Leia mais

Saneamento Ambiental I. Aula 25 Tratamento de Esgotos parte II

Saneamento Ambiental I. Aula 25 Tratamento de Esgotos parte II Universidade Federal do Paraná Engenharia Ambiental Saneamento Ambiental I Aula 25 Tratamento de Esgotos parte II Profª Heloise G. Knapik 1 TRATAMENTO PRELIMINAR 2 Tipos de Tratamento Tratamento preliminar

Leia mais

Ciências do Ambiente

Ciências do Ambiente Universidade Federal do Paraná Engenharia Civil Ciências do Ambiente Aula 23 O meio aquático II: Monitoramento e parâmetros de qualidade de água Prof.ª Heloise Knapik 1 Bacia do Alto Iguaçu Ocupação Urbana

Leia mais

Mananciais de Abastecimento. João Karlos Locastro contato:

Mananciais de Abastecimento. João Karlos Locastro contato: 1 Mananciais de Abastecimento João Karlos Locastro contato: prof.joaokarlos@feitep.edu.br 2 Vazão 3 Escolha do Manancial - Qualidade Análise físico-química e bacteriológica; Características de ocupação

Leia mais

Análise do desempenho de sistema integrado, enfatizando lagoa de polimento, tratando efluentes domésticos em condições de variações de temperatura

Análise do desempenho de sistema integrado, enfatizando lagoa de polimento, tratando efluentes domésticos em condições de variações de temperatura 8th IWA Specialist Group Conference on Waste Stabilization Ponds 2 nd Conferência Latino Americana sobre Lagoas de Estabilização Belo Horizonte, Brazil, 26-30 Abril 2009 Análise do desempenho de sistema

Leia mais

Esgoto Doméstico: Sistemas de Tratamento

Esgoto Doméstico: Sistemas de Tratamento Esgoto Doméstico: Sistemas de Tratamento TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL Saneamento Ambiental Prof: Thiago Edwiges 2 INTRODUÇÃO Qual o objetivo do tratamento? Qual o nível de tratamento almejado? Qual o

Leia mais

IMPACTOS AMBIENTAIS URBANOS O Caos Ambiental das Cidades Brasileiras

IMPACTOS AMBIENTAIS URBANOS O Caos Ambiental das Cidades Brasileiras IMPACTOS AMBIENTAIS URBANOS O Caos Ambiental das Cidades Brasileiras PROF.: ROBERT OLIVEIRA robertgeografia@gmail.com POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA: INVERSÃO TÉRMICA E SMOG PROF.: ROBERT OLIVEIRA robertgeografia@gmail.com

Leia mais

Avaliação do Índice de Estado Trófico do Açude Banabuiú

Avaliação do Índice de Estado Trófico do Açude Banabuiú Avaliação do Índice de Estado Trófico do Açude Banabuiú Débora Lima Mendes 1, Francisco Jonatham de S. Cunha Nascimento 2, Hosineide de Oliveira Rolim 3, Leticia Lima Ferreira 4, Yanna Julia Dantas de

Leia mais

INTRODUÇÃO À QUALIDADE DAS ÁGUAS E AO TRATAMENTO DE ESGOTOS

INTRODUÇÃO À QUALIDADE DAS ÁGUAS E AO TRATAMENTO DE ESGOTOS INTRODUÇÃO À QUALIDADE DAS ÁGUAS E AO TRATAMENTO DE ESGOTOS Nádia Maria Moreira e Silva nadiaponto@gmail.com Prof. Dr. Nivaldo dos Santos nivaldodossantos@bol.com.br RESUMO: A água é um dos compostos inorgânicos

Leia mais

SUMÁRIO 1 CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS SOBRE A CIÊNCIA LIMNOLOGIA...

SUMÁRIO 1 CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS SOBRE A CIÊNCIA LIMNOLOGIA... SUMÁRIO 1 CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS SOBRE A CIÊNCIA LIMNOLOGIA... 1 1.1 Pesquisas em Ambientes Aquáticos Continentais Anteriores a Limnologia.... 1 1.2 Gênese e Definição de Limnologia... 5 1.3 Consolidação

Leia mais

IMPACTOS AMBIENTAIS AOS -CANALIZAÇÕES E RETIFICAÇÕES-

IMPACTOS AMBIENTAIS AOS -CANALIZAÇÕES E RETIFICAÇÕES- IMPACTOS AMBIENTAIS AOS CANAIS DE DRENAGEM -CANALIZAÇÕES E RETIFICAÇÕES- Profª. Drª. Karla Maria Silva de Faria Evolução das variáveis do canal I- LARGURA DO CANAL II- PROFUNDIDADE III- VELOCIDADE IV-

Leia mais

SUMÁRIO. PARTE A CONCEITOS BÁSICOS E ESTUDOS DE CARACfERIZAÇÃO. CAPÍTULO 1 Introdução. Marcos von Sperling 1.1. PRELIMINARES 21

SUMÁRIO. PARTE A CONCEITOS BÁSICOS E ESTUDOS DE CARACfERIZAÇÃO. CAPÍTULO 1 Introdução. Marcos von Sperling 1.1. PRELIMINARES 21 SUMÁRIO PARTE A CONCEITOS BÁSICOS E ESTUDOS DE CARACfERIZAÇÃO CAPÍTULO 1 Introdução í 1.1. PRELIMINARES 21 1.2. SISTEMA DE UNIDADES 21 1.3. INTRODUÇÃO À QUALIDADE DA ÁGUA 23 1.3.1. Preliminares 23 1.3.2.

Leia mais

03 - EFLUENTES LÍQUIDOS

03 - EFLUENTES LÍQUIDOS 03 - EFLUENTES LÍQUIDOS EFLUENTES LÍQUIDO INDUSTRIAL Despejo líquido proveniente do estabelecimento industrial, compreendendo efluentes de processo industrial, águas de refrigeração poluídas, águas pluviais

Leia mais

Ciências do Ambiente

Ciências do Ambiente Universidade Federal do Paraná Engenharia Civil Ciências do Ambiente Aula 23 O meio aquático II: Monitoramento e parâmetros de qualidade de água Prof.ª Heloise Knapik 1 Frequência de Amostragem Função

Leia mais

CIV 227 SANEAMENTO. Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas Departamento de Engenharia Civil

CIV 227 SANEAMENTO. Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas Departamento de Engenharia Civil Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas Departamento de Engenharia Civil CIV 227 SANEAMENTO Prof. Carlos Eduardo F Mello Contato: cefmello@gmail.com Sala 07 DECIV/EM Universidade Federal de

Leia mais

UNIDADE 1 ASPECTOS CONCEITUAIS DA DINÂMICA DOS RESERVATÓRIOS

UNIDADE 1 ASPECTOS CONCEITUAIS DA DINÂMICA DOS RESERVATÓRIOS UNIDADE 1 ASPECTOS CONCEITUAIS DA DINÂMICA DOS RESERVATÓRIOS O conteúdo deste material pode ser reproduzido desde que citada a fonte. 1 CURRÍCULO RESUMIDO Maria Fernanda Mendes Fiedler, Oceanógrafa, trabalha

Leia mais

Ciclos Biogeoquímicos

Ciclos Biogeoquímicos Ciclos Biogeoquímicos CICLOS BIOGEOQUÍMICOS Ciclos: troca e circulação de matéria entre os fatores bióticos e abióticos. Bio: síntese orgânica e decomposição dos elementos. Geo: o meio terrestre (solo)

Leia mais

Conteúdo Prefácio 2 Hidrologia e hidrometria Apresentação Manifesto FAT Apoio ao livro 1 A água e o ambiente

Conteúdo Prefácio 2 Hidrologia e hidrometria Apresentação Manifesto FAT Apoio ao livro 1 A água e o ambiente Conteúdo 9 Prefácio... 17 Apresentação... 19 Manifesto FAT Apoio ao livro... 25 1 A água e o ambiente... 27 1.1 Introdução... 28 1.2 A água no meio ambiente... 29 1.3 Ecossistemas aquáticos... 30 1.4 Características

Leia mais

Biologia 12º Ano Preservar e Recuperar o Ambiente

Biologia 12º Ano Preservar e Recuperar o Ambiente Escola Secundária com 2º e 3º Ciclos Prof. Reynaldo dos Santos Biologia 12º Ano Preservar e Recuperar o Ambiente 1. Há alguns dias atrás um geólogo austríaco alertava para um potencial impacto da erupção

Leia mais

11º ENTEC Encontro de Tecnologia: 16 de outubro a 30 de novembro de 2017

11º ENTEC Encontro de Tecnologia: 16 de outubro a 30 de novembro de 2017 PROPOSTA DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE ESGOTO PARA A CIDADE DE CAMPO FLORIDO MG Kamila de Fátima do Nascimento 1 ; Vinícius Arcanjo Silva 2 1,2 Universidade de Uberaba kamilafn@hotmail.com; vinicius.silva@uniube.br

Leia mais

PECULIARIDADES DO PROCESSO DE EUTROFIZAÇÃO DOS AÇUDES DA REGIÃO SEMI-ÁRIDA

PECULIARIDADES DO PROCESSO DE EUTROFIZAÇÃO DOS AÇUDES DA REGIÃO SEMI-ÁRIDA PECULIARIDADES DO PROCESSO DE EUTROFIZAÇÃO DOS AÇUDES DA REGIÃO SEMI-ÁRIDA Iouri Sergeevitch Datsenko (1) Pesquisador-visitante, PhD. em Hidrologia e Recursos Hídricos - Depto. de Engenharia Hidráulica

Leia mais

TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS (LOB1225) G Aula 6 Níveis, operações e processos de tratamento de esgotos

TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS (LOB1225) G Aula 6 Níveis, operações e processos de tratamento de esgotos TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS (LOB1225) G Aula 6 Níveis, operações e processos de tratamento de esgotos Níveis do tratamento dos esgotos Estudos de concepção: Impacto ambiental do lançamento no corpo

Leia mais

Qualidade da Água para a Aquicultura

Qualidade da Água para a Aquicultura Qualidade da Água para a Aquicultura Perila Maciel Rebouças Mestranda em Engenharia Agrícola UFC Engenharia de Sistemas Agrícolas - Ambiência Agrícola (Piscicultura) 11/01/2013 Definições Aqui = água e

Leia mais

Poluição Orgânica. Oxigênio Dissolvido e DBO. Modelagem e Controle da Qualidade da Água Superficial Regina Kishi, 11/11/2014, Página 1

Poluição Orgânica. Oxigênio Dissolvido e DBO. Modelagem e Controle da Qualidade da Água Superficial Regina Kishi, 11/11/2014, Página 1 Poluição Orgânica Oxigênio Dissolvido e DBO Modelagem e Controle da Qualidade da Água Superficial Regina Kishi, 11/11/2014, Página 1 Matéria Orgânica: Fontes, Impactos, Parâmetros Fontes: Impactos: Redução

Leia mais

CARGAS DIFUSAS URBANAS DE POLUIÇÃO

CARGAS DIFUSAS URBANAS DE POLUIÇÃO CARGAS DIFUSAS URBANAS DE POLUIÇÃO Urbanização População aumenta Edificação aumenta Rejeitos aumentam Demanda aumenta Área impermeável Drenagem é aumenta modificada Problemas de Recursos Hídricos Clima

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Engenharia Civil. Professora: Mayara Moraes

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Engenharia Civil. Professora: Mayara Moraes Pontifícia Universidade Católica de Goiás Engenharia Civil Professora: Mayara Moraes Tradicionalmente, a Hidrologia se ocupava basicamente da quantidade da água, e não da sua qualidade. Esta ótica está

Leia mais

Ciclos Biogeoquímicos

Ciclos Biogeoquímicos Ciclos Biogeoquímicos DEFINIÇÃO Trata-se de movimentos cíclicos que envolvem elementos químicos presentes no meio biológico e o ambiente geológico; Elementos que são necessários ao desenvolvimento dos

Leia mais

Legislação. Princípios da Modelagem e Controle da Qualidade da Água Superficial Regina Kishi, Página 1

Legislação. Princípios da Modelagem e Controle da Qualidade da Água Superficial Regina Kishi, Página 1 Legislação Princípios da Modelagem e Controle da Qualidade da Água Superficial Regina Kishi, Página 1 SITUAÇÃO Indústria Agricultura ETA ETE ETA ETE Cidade Outros usos Princípios da Modelagem e Controle

Leia mais

estas atividades deparam com a presença de amônia nos efluentes industriais e, em conseqüência, nos recursos hídricos. Desta forma, são desenvolvidos

estas atividades deparam com a presença de amônia nos efluentes industriais e, em conseqüência, nos recursos hídricos. Desta forma, são desenvolvidos 1. Introdução. No Brasil como em muitos outros países, as atividades de preparação e extração de matérias primas demandam atividades potencialmente poluidoras. As do ar e da água são consideradas as mais

Leia mais

Aula 5: Química das Águas Parte 3b

Aula 5: Química das Águas Parte 3b QUÍMICA AMBIENTAL 2S 2015 Aula 5: Química das Águas Parte 3b Purificação de águas: tratamento de esgotos Thalles Pedrosa Lisboa Departamento de Química UFJF Recapitulando... Dados relativos ao estado de

Leia mais

Universidade Federal do Paraná Engenharia Civil. Ciências do Ambiente. Aula 22 O meio aquático I: Considerações gerais sobre a água na natureza

Universidade Federal do Paraná Engenharia Civil. Ciências do Ambiente. Aula 22 O meio aquático I: Considerações gerais sobre a água na natureza Universidade Federal do Paraná Engenharia Civil Ciências do Ambiente Aula 22 O meio aquático I: Considerações gerais sobre a água na natureza 2º Semestre/ 2015 1 Recursos Hídricos Qualidade da água Usos

Leia mais

Ecossistemas DEBIO/UFOP Curso: Engenharia Ambiental

Ecossistemas DEBIO/UFOP Curso: Engenharia Ambiental Ecossistemas DEBIO/UFOP Curso: Engenharia Ambiental Tema 18 Fluxo de Matéria e Energia Aula 1: Produção primária Aula 2: Níveis tróficos Prof. Dr. Roberth Fagundes roberthfagundes@gmail.com www.professor.ufop.br/roberthfagundes

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO DOS ECOSSISTEMAS BIOMAS AQUÁTICOS E TERRESTRES

DISTRIBUIÇÃO DOS ECOSSISTEMAS BIOMAS AQUÁTICOS E TERRESTRES DISTRIBUIÇÃO DOS ECOSSISTEMAS BIOMAS AQUÁTICOS E TERRESTRES BIOMAS Ecossistemas contendo combinações distintas de plantas e animais que formam comunidades clímax. Biomas Terrestres - ~30% da ecosfera,

Leia mais

IFRN CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

IFRN CICLOS BIOGEOQUÍMICOS IFRN CICLOS BIOGEOQUÍMICOS Prof. Hanniel Freitas Ciclos biogeoquímicos Elementos químicos tendem a circular na biosfera. Ciclagem de nutrientes - movimento desses elementos e compostos inorgânicos essenciais

Leia mais

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS DO RIO PARAGUAÇU E AFLUENTES, BAHIA, BRASIL

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS DO RIO PARAGUAÇU E AFLUENTES, BAHIA, BRASIL I Congresso Baiano de Engenharia Sanitária e Ambiental - COBESA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS DO RIO PARAGUAÇU E AFLUENTES, BAHIA, BRASIL Márcia de Andrade Macêdo, Esp. (SENAI/CETIND) Charlene

Leia mais

PHD-5004 Qualidade da Água

PHD-5004 Qualidade da Água PHD-5004 Qualidade da Água Introdução A água na natureza Usos da água Requisitos de qualidade da água Impactos provocados por cargas pontuais e difusas Estrutura do curso Características de qualidade da

Leia mais

Programa Analítico de Disciplina CIV442 Qualidade da Água

Programa Analítico de Disciplina CIV442 Qualidade da Água 0 Programa Analítico de Disciplina Departamento de Engenharia Civil - Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Número de créditos: 6 Teóricas Práticas Total Duração em semanas: 15 Carga horária semanal

Leia mais