ICFML INSTITUTO DE CERTIFICAÇÃO E FORMAÇÃO DE MEDIADORES LUSÓFONOS
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1 ICFML INSTITUTO DE CERTIFICAÇÃO E FORMAÇÃO DE MEDIADORES LUSÓFONOS REGULAMENTO DE MEDIAÇÃO DO CENTRO DE MEDIAÇÃO DO ICFML Artigo 1 Para efeitos do presente Regulamento: Entender-se-á por acordo de mediação o acordo celebrado entre as partes para submeter à mediação todos ou determinados litígios existentes ou que possam sobrevir entre elas; um acordo de mediação pode adotar a forma de uma cláusula de mediação em um contrato ou a de um contrato apartado; O termo mediador inclui um único mediador ou todos os mediadores quando se nomeiem mais de um; Entender-se-á por ICFML, o Instituto de Certificação e Formação de Mediadores Lusófonos; Entender-se-á por Centro, o Centro de Mediação do ICFML. As palavras utilizadas no singular incluirão o plural e vice-versa, em função do contexto. Âmbito de Aplicação do Regulamento Artigo 2 Quando o acordo de mediação prever a mediação conforme o Regulamento de Mediação do Centro de mediação do ICFML, o presente Regulamento se considerará parte desse acordo. Salvo disposição em contrário das partes, aplicar-se-á o presente Regulamento tal como vigente na data de início da mediação. Início da Mediação Artigo 3
2 (a) A parte interessada em iniciar um procedimento de mediação notificará o Centro, por escrito, através do requerimento de mediação. Ao mesmo tempo, a parte interessada enviará uma cópia do requerimento de mediação a outra parte. (b) o requerimento de mediação deverá incluir ou ser acompanhado de: (i) nomes, endereços e número de telefone, fax, correio eletrônico ou qualquer outra referência das partes em litígio e do representante da parte que apresentar o requerimento de mediação; (ii) a cópia do compromisso de mediação; e (iii) uma breve descrição da natureza do litígio. Artigo 4 A data de começo da mediação será aquela em que o Centro receber o requerimento de mediação. Artigo 5 O Centro informará às partes, por escrito e de imediato, acerca do requerimento de mediação e da data de início da mediação. Nomeação do Mediador Artigo 6 (a) Salvo disposição em contrário das partes sobre a pessoa que atuará como mediador ou outro método de nomeação, o Centro nomeará o mediador após consultar as partes. (b) Considerar-se-á que, ao aceitar sua nomeação, o futuro mediador se compromete a dedicar o tempo suficiente para permitir que a mediação seja conduzida de maneira expedita. Artigo 7 O mediador deve ser neutro, imparcial e independente. Representação das Partes e Participação nas Reuniões Artigo 8 (a) As partes podem ser representadas ou assistidas nas reuniões com o mediador. (b) Imediatamente após a nomeação do mediador, cada uma das partes comunicará a outra parte, ao mediador e ao Centro, os nomes e os dados de contato das pessoas autorizadas a representá-las, assim como os nomes e função das pessoas que as representarão nas reuniões com o mediador.
3 Procedimento de Mediação Artigo 9 A mediação será conduzida na maneira estabelecida pelas partes. Se as partes não o fizerem e, na medida em que esse seja o caso, o mediador determinará, em conformidade com este Regulamento, a maneira de conduzir a mediação. Artigo 10 Cada parte cooperará de boa-fé com o mediador para que a mediação se realize de maneira expedita. Artigo 11 O mediador terá liberdade para se reunir e se comunicar separadamente com cada uma das partes, restando claro que as informações provenientes de tais reuniões não serão divulgadas a outra parte sem a autorização expressa da parte que as forneceu. Artigo 12 (a) Tão logo possível após sua nomeação, o mediador fixará, em consulta às partes, as datas em que cada parte deverá apresentar ao mediador e a outra parte manifestação na qual figure os antecedentes do litígio, o pedido da parte e respetivos argumentos relativos ao litígio, assim como o estado do litígio. Esse material pode ser acompanhado de qualquer outra informação que a parte considere relevante para os efeitos da mediação e, em particular, para permitir a identificação das questões controvertidas. (b) A qualquer momento da mediação, o mediador poderá solicitar que uma das partes providencie informações ou materiais adicionais considerados relevantes. (c) Qualquer das partes poderá submeter ao mediador, para seu exame e consideração, informação escrita ou material que considere confidencial. O mediador não divulgará tal informação ou material a outra parte sem a autorização por escrito da parte que a(o)s transmitiu. Funções do Mediador Artigo 13 (a) O mediador deverá promover o acordo em torno das questões controvertidas entre as partes do modo que considere apropriado, mas não poderá impor um acordo às partes. (b) Quando entender que quaisquer das questões controvertidas entre as partes não possa ser resolvida através da mediação, o mediador poderá sugerir às partes o uso de outros procedimentos ou meios que considere convenientes para resolver tais questões de maneira eficaz, menos onerosa e mais produtiva. Em particular, o mediador poderá sugerir: (i) laudo pericial de uma ou mais questões controvertidas; (ii) arbitragem voluntária.
4 Confidencialidade Artigo 14 É proibido gravar, por qualquer meio, as reuniões entre as partes e o mediador. Artigo 15 Qualquer pessoa que participe na mediação, incluídos, em particular, o mediador, as partes e seus representantes legais, qualquer perito independente e qualquer outra pessoa presente nas reuniões das partes com o mediador, deverá respeitar o caráter confidencial da mediação. Antes de participar da mediação, cada participante assinará um documento com o compromisso de confidencialidade apropriado ao caso. Salvo disposição em contrário entre as partes e o mediador, não se poderá utilizar, nem divulgar a terceiros estranhos à mediação, qualquer informação relativa à mediação ou obtida durante o curso do procedimento. Artigo 16 Ao final da mediação, salvo acordo em contrário entre as partes, qualquer pessoa que participe na mediação devolverá qualquer material escrito, documento ou outro material a outra parte que lhe forneceu, sem conservar nenhuma cópia dos mesmos. Ao término da mediação, os apontamentos que eventualmente tenham sido tomados por uma pessoa nas reuniões entre partes e o mediador serão inutilizados. Artigo 17 Salvo acordo em contrário entre as partes, o mediador e as partes não apresentarão como prova, nem as invocarão de outro modo, num procedimento judicial ou arbitral: (i) as opiniões verbalizadas ou as sugestões elaboradas por uma das partes a respeito de uma possível solução do litígio; (ii) qualquer declaração formulada por uma das partes durante a mediação; (iii) qualquer proposta formulada ou opinião emitida pelo mediador; (iv) o fato de que uma parte tenha indicado ou não sua vontade de aceitar uma proposta de solução formulada pelo mediador ou pela outra parte. Conclusão da Mediação Artigo 18 Encerrar-se-á a mediação: (i) quando as partes assinarem um acordo que se refira a todas ou algumas das questões controvertidas apresentadas; (ii) por decisão do mediador se, a seu juízo, considerar improvável que o prosseguimento da mediação resultará na resolução do litígio; ou
5 (iii) por declaração escrita de uma das partes, a qualquer momento após ter havido a primeira reunião das partes com o mediador e antes de realizada a assinatura de qualquer acordo. Artigo 19 (a) Finda a mediação, o mediador notificará ao Centro, por escrito e de imediato, que a mediação foi concluída e indicará a data de conclusão; também informará se a mediação teve como resultado a resolução do litígio e, em tal caso, se a resolução foi total ou parcial. O mediador transmitirá às partes uma cópia da notificação endereçada ao Centro. (b) O Centro manterá a confidencialidade da notificação do mediador e não divulgará, sem a autorização escrita das partes, a existência nem o resultado da mediação. (c) O Centro, não obstante, poderá incluir informação relativa à mediação nas estatísticas globais que publica acerca de suas atividades, com a condição de que tal informação não permita que se revele a identidade das partes, nem as circunstâncias particulares do litígio. Artigo 20 A menos que um tribunal judicial o exija ou que as partes o autorizem por escrito, o mediador atuará exclusivamente na qualidade de mediador em procedimentos existentes ou futuros relativos ao objeto do litígio, tanto judiciais, arbitrais, ou de outra natureza. Taxa Administrativa Artigo 21 (a) O requerimento de mediação estará sujeito ao pagamento de uma taxa administrativa. O valor da taxa se fixará em conformidade com a tabela de taxas prevista no artigo 28 deste Regulamento. (b) A taxa administrativa não será reembolsável. (c) O Centro não tomará nenhuma providência a respeito de um requerimento de mediação enquanto não for realizado o pagamento da taxa administrativa. (d) Se a parte que apresentou um requerimento de mediação não efetuar o pagamento da taxa administrativa dentro dos 15 (quinze) dias seguintes ao segundo aviso por escrito transmitido pelo Centro, considerar-se-á que a parte desistiu do requerimento de mediação. Honorários do Mediador Artigo 22 (a) O Centro estabelecerá o valor dos honorários do mediador, assim como as modalidades e calendário de pagamento após consulta com o mediador e as partes. (b) Salvo acordo em contrário das partes com o mediador, calcular-se-á o valor dos honorários com base nas taxas indicativas por hora previstas no artigo 28 deste Regulamento, tendo em
6 conta o montante em disputa, a complexidade do objeto do litígio e qualquer outra circunstância pertinente ao caso. Depósitos Artigo 23 (a) O Centro poderá, no momento de nomeação do mediador, solicitar às partes que procedam ao depósito em igual proporção como forma de antecipação de custas da mediação, incluindo, em particular, o valor estimado dos honorários do mediador e outras despesas da mediação. O montante do depósito será determinado pelo Centro. (b) O Centro poderá solicitar às partes que procedam a depósitos complementares. (c) Se transcorridos 15 dias desde o segundo aviso por escrito do Centro, uma das partes não efetuar o depósito solicitado, considerar-se-á encerrada a mediação. Ato contínuo, o Centro notificará este fato, por escrito, às partes e ao mediador e indicará a data de encerramento. (d) Após o encerramento da mediação, o Centro deverá transmitir às partes o extrato contábil relativo aos depósitos efetuados e reembolsar valores depositados pelas partes mas não despendidos, ou solicitar às partes valores pendentes relativos à mediação. Custas Artigo 24 Salvo disposição em contrário entre as partes, a taxa administrativa, os honorários do mediador e todos os demais gastos da mediação, incluídos os gastos de viagem do mediador e todos os gastos necessários para obter laudo pericial, competem às partes em igual proporção. Isenção de Responsabilidade Artigo 25 Salvo em caso de infração intencional, o mediador, o ICFML e o Centro não serão responsáveis ante nenhuma parte por nenhum acto ou omissão em relação a qualquer mediação realizada em conformidade com o presente Regulamento. Renúncia à Ação por Difamação Artigo 26 As partes e, ao aceitar a nomeação, o mediador, acordam que nenhuma declaração ou comentários, oral ou escrito, formulados ou utilizados por eles ou por seus representantes na fase preparatória ou durante a mediação, serão invocados para interpor ou fundamentar ações
7 por difamação oral ou escrita ou qualquer outra querela de natureza similar. O presente artigo poderá ser invocado nos tribunais para impugnar tais ações. Suspensão do prazo de caducidade e prescrição Artigo 27 As partes acordam que, no limite da lei aplicável, em conformidade com a regra de suspensão do prazo de caducidade e prescrição, suspender-se-á o prazo de caducidade e prescrição relativo ao litígio submetido à mediação, a contar da data do início da mediação até o seu encerramento. Tabela de Taxas e Honorários Artigo 28 TABELA DE TAXAS E HONORÁRIOS taxa administrativa 300,00 Valor em Litígio Honorários do Mediador por Hora e para cada Parte Inferior a ,00 Entre e ,00 Superior a ,00
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