PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA DO STOCK GRANÍTICO MONTE ALEGRE, FAIXA DE DOBRAMENTOS SERGIPANA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA DO STOCK GRANÍTICO MONTE ALEGRE, FAIXA DE DOBRAMENTOS SERGIPANA"

Transcrição

1 94 PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA DO STOCK GRANÍTICO MONTE ALEGRE, FAIXA DE DOBRAMENTOS SERGIPANA Ana Caroline Soares OLIVEIRA 1 Cleverton Correia SILVA 1 Joane Almeida da CONCEIÇÃO 1 Vinícius Anselmo Carvalho LISBOA 1 Maria de Lourdes da Silva ROSA 1,2 Herbet CONCEIÇÃO 1,2 1 Pós-Graduação em Geociências e Análise de Bacias, Universidade Federal de Sergipe (PGAB-UFS). s: caroline_soares05@yahoo.com.br, clevertomgeoufs@hotmail.com, joanealmeida@yahoo.com.br, viniciuslisboa1@hotmail.com 2 Núcleo de Geologia, Universidade Federal de Sergipe (UFS). s: lrosa@ufs.br, herbet@ufs.br. RESUMO O Stock Granítico Monte Alegre ocorre intrusivo na parte noroeste do Domínio Macururé, Faixa de Dobramentos Sergipana, e provoca em suas encaixantes metassedimentares a presença de hornfels com muscovita, biotita e granada. Ele é um corpo arredondado, com cerca de 10 km 2, sendo constituído por uma variedade de tipos petrográficos (muscovita granito, granito com biotita e muscovita, quartzomonzonito, biotita quartzo monzonito e enclaves com composição de monzodiorito). As rochas máficas desse stock ocorrem sob a forma de enclaves microgranulares e diques sin-plutônicos, tendo expressiva quantidade de enclaves máficos microgranulares. Várias evidências (petrográficas e geoquímicas) foram encontradas indicando que as rochas desse stock tem gênese associada a processos de mistura entre magmas máfico e félsico. As rochas máficas mostram-se alcalinas e exibem geoquímica compatível com aquelas da Série Shoshonítica enquanto que os muscovita granito exibem características compatíveis com magmas peraluminosos formados a partir de fusão de metassedimentos. A hipótese de mistura encontra suporte particularmente nos elementos-traço, quando um grupo mostra afinidade com magmas gerados em ambiência sin-colisional (granitos e alguns monzonitos mais evoluídos) e magmas de ambiente de arco vulcânico, correspondem aos os enclaves e monzonitos máficos. Palavras-chaves: Granito, Petrografia, Geoquímica. ABSTRACT Petrograhy and Geochemistry on the Monte Alegre Granitic Stock, Sergipano Belt. The Monte Alegre Stock granite is intrusive in the northwestern part of the Domain Macururé, Sergipano Belt, northeast the Brazil. Its emplacement causes in their metasedimentary country rocks the presence of hornfels with muscovite, biotite and garnet. This stock is a rounded body, with about 10 km 2, consisting of a variety of petrographic types (muscovite granite, granite with biotite and muscovite, quartz monzonite, biotite quartz monzonite and monzodiorite enclaves). The mafics rocks of this stock occur as mafic microgranular enclaves and syn-plutonic dykes. Several evidences (petrographic and geochemical) show that the genesis of the enclaves evolved mixing process between a felsic and mafic magmas. The mafic rocks have alkaline geochemical compatible with those of shoshonitic series while muscovite granite exhibit characteristics compatible with melts formed from the fusion of metasediments. The mixing hypothesis is supported particularly in trace elements when a group shows affinity with magmas of syn-collisional setting (granites and some more evolved monzonites) and monzonite and mafic enclaves points to a volcanic arc environment. Key-Words: Granite, Petrography, Geochemistry. INTRODUÇÃO A Faixa de Dobramento Sergipana (FDS) situa-se no extremo sudeste da Província Borborema, constituindo-se um orógeno estruturado durante o Neoproterozóico, quando da colisão entre o Cráton do São Francisco e o Maciço Pernambuco-Alagoas (ALMEIDA et al. 1977). Os trabalhos desenvolvidos até o momento na FDS tiveram foco na geologia regional e identificaram a presença de uma ampla granitogênese (p.ex. SANTOS et al., 1988, 1998), com intrusões posicionando-se cedo, sincrônica, tardia e posterior ao clímax desse orógeno, que foi posicionado em torno de 550 Ma (Santos et al. 2001). Dentre os diferentes domínios geológicos que formam a FDS tem-se o Domínio Macururé, que reúne, segundo Santos et al. (1998), uma importante granitogênese interpretada como do período tardio a pós-tectônico, a qual é conhecida na literatura como granitos do Tipo Glória. Em vários trabalhos sobre granitos do Tipo Glória, no Domínio Macururé (p.ex. GULIANI & SANTOS, 1989; SANTOS et al. 1988, 1998; CHAVEZ 1991; LISBOA et al. 2012, CONCEIÇÃO et al. 2012, SILVA 2011), encontram-se relatos da

2 95 presença, nesses corpos, de texturas ou estruturas indicativas de mistura entre magmas máfico e félsico. Neste trabalho são apresentados e discutidos novos dados de campo, petrográficos, e os primeiros dados geoquímicos do Stock Granítico Monte Alegre, que representa uma intrusão com faciologia petrográfica complexa, onde se tem grande número de enclaves máficos microgranulares, diques máficos sin-plutônicos e granitos e quartzo-monzonitos. Localização da área de estudo A área estudada situa-se a sul do município de Monte Alegre de Sergipe e está delimitada pelos paralelos e 16 98, meridianos e W (Figura 1). O acesso pode ser feito a partir de Aracaju, capital do estado, por 150 km, através das rodovias pavimentadas BR-235 e da SE-206 (Figura 1). Os afloramentos no stock tem acesso por caminhos e estradas carroçáveis. Figura 1. Contorno geográfico do Estado de Sergipe, contendo os principais acessos rodoviários para à área de estudo, a qual é delimitada por um quadrado. As sedes de alguns municípios importantes para área em estudo são indicadas com suas iniciais: Monte Alegre de Sergipe (MAS), Nossa Senhora da Glória (NSG) e Itabaiana (ITA). MATERIAIS E MÉTODOS Em amostras de rochas representativas obtidas durante os trabalhos de campo, do Stock Granítico Monte Alegre (SGMA), foram realizadas as análises petrográfica e geoquímica. As descrições petrográficas foram feitas com auxílio de microscópio petrográfico trioclular, de marca Opton, modelo TNP-09T, disponível no Laboratório de Microscopia e Lupas do Núcleo de Geologia, da Universidade Federal de Sergipe. Os dados modais obtidos foram utilizados para se estabelecer a nomenclatura das rochas, seguindo-se as recomendações da Internacional Union of Geology Sciences (IUGS, LE MAÎTRE et al. 1989). As análises geoquímicas foram feitas no Acme Laboratoires Ltda, no Canadá. Os elementos dosados foram obtidos por ICP-OES e ICP-MS. No tratamento dos dados geoquímicos utilizouse do software CGDKit (JANOUŠEK et al. 2006), que permitiu a criação de um banco de dados e a elaboração de diversos digramas de correlação, alguns dos quais são apresentados nesse trabalho. RESULTADOS E DISCUSSÃO Contexto geológico O SGMA constitui uma intrusão (±10 km 2 ) com contatos bem definidos com os metassedimentos do Domínio Macururé (Figura 2).

3 Figura 2. Contorno geográfico do Estado de Sergipe, com a localização em cinza do Domínio Macururé [A]. Esquema geológico simplificado do Domínio Macururé, após Santos et al. (1998), apresentando a distribuição dos corpos graníticos [B]. A área delimitada com o quadrado apresenta a localização do Stock Granítico Monte Alegre. 96 O Domínio Macururé é de natureza metapelítica, existindo de forma subordinada termos cálciosilicáticos e metavulcânicos. Segundo Santos et al. (1998), o metamorfismo que se impõe a esse domínio, cuja idade de deposição é atribuída ao Mesoproterozóico, atinge as condições da Fácies Anfibolito. As rochas presentes são ardósias, filitos e xistos, algumas delas com granada, muscovita e biotita, mas ocorrem igualmente níveis de cálcio-silicáticos marcados pela presença constante de tremolita. As intrusões graníticas normalmente truncam a foliação regional e nos contatos com os metassedimentos tem-se recristalizações importantes, evidenciando a influência térmica das colocações dos granitos, gerando hornfels. Em alguns afloramentos, nessa região de contato, tem-se diques de granada-muscovita-granito que foram interpretados como resultado da fusão parcial dos metassedimentos, quando da intrusão de granitos Tipo Glória. O SGMA aflora como lajedos descontínuos (Figura 3A) e em pequenos blocos arredondados. Em sua parte sudeste tem-se rochas claras e equigranulares (Figura 3B) e nas partes norte e central afloram rochas porfiríticas escuras (Figuras 3C, D). Nos afloramentos das rochas porfiríticas do SGMA tem-se um volume importante de diques máficos sin-plutônicos, enclaves máficos microgranulares que mostram estruturas indicativas da coexistência de magmas máfico e félsico. No interior dos diques sin-plutônicos (Figura 3D) encontra-se uma grande variedade de enclaves, chamando atenção a presença de enclaves verdes que correspondem a dominância de cristais de diopsídio. Eles mostram formas arredondadas e seus diâmetros variando de 2 cm até 8 cm. Petrografia O SGMA é essencialmente constituído por granitos e quartzo-monzonitos, tendo os enclaves composições de monzonito e monzodiorito (Figura 4). Os quartzo monzonitos (Figura 5A) apresentam granulação média e exibem texturas fanerítica e porfirítica (Figura 3C), sendo que os tipos porfiríticos são aqueles que hospedam o maior volume de enclaves máficos microgranulares. Os minerais usuais nessas rochas são plagioclásio (oligoclásio ou andesina), feldspatos alcalinos (ortoclásio e microclina), biotita, hornblenda, diopsídio, tendo como acessórios titanita, pistacita, allanita, apatita e zircão. Os fenocristais de oligoclásio e ortoclásio tendem a ocorrer poiquíliticos, incluindo cristais de hornblenda, biotita e diopsídio. Os máficos mais abundantes nessas rochas são a hornblenda e biotita, tendo-se de forma subordinada o diopsídio. Os restos de cristais de diopsídio ocorrem como inclusões em cristais de hornblenda verde, evidenciando a presença de textura de reação. Nos fenocristais de andesina e oligoclásio tem-se a presença de inclusões dos minerais máficos precoces (diopsídio, hornblenda, minerais opacos e apatita), que tendem a acompanhar a zonação composicional. Na matriz, além dos cristais hornblenda, biotita e diopsídio, têm-se quartzo, pistacita primária, zircão, apatita, allanita. Clorita, carbonato, titanita e sericita ocorrem como minerais de alteração.

4 97 Figura 3. Fotografias de afloramentos representativos do Stock Granítico Monte Alegre. [A] Aspecto geral dos afloramentos. [B] Textura representativa do muscovita granito, onde as pontuações mais escuras correspondem a cristais de muscovita. [C] Rocha porfirítica que predomina a noroeste do SGMA. Essas rochas possuem matriz equigranular, granulação média, tendo como máficos biotita e hornblenda. Os fenocristais são de feldspato alcalino e hornblenda. [D] Enclaves máficos hospedados em monzonitos. Os enclaves monzodioríticos apresentam formas que lembram as estruturas pillows. É possível notar a existência de enclaves ainda mais escuros (clinopiroxenítos) hospedados nos enclaves monzodioríticos. Figura 4. Diagrama QAP aplicado as rochas do Stock Granítico Monte Alegre. Q = quartzo, A = feldspato alcalino e albita (An<5%) e P = plagioclásio (An>5%). Fácies petrográficas: Muscovita granito [círculo branco]; Granito com muscovita e biotita [círculo preto]; Quartzo monzonito [retângulo]; Biotita quartzo monzonito [retângulo preto] e enclaves [estrela]. A B Figura 5. Fotomicrografias com imagens das texturas das rochas quartzo monzonito [A] e do enclave com composição de diopsídio biotita monzonito [B]. Plagioclásio (Pl), quartzo (Qtz), biotita (Bt), diopsídio (Cpx). A fotomicrografia (A) foi obtida com o sistema em nicois cruzados e a segunda (B) com o sistema em luz plano polarizada. As escalas são apresentadas de forma gráfica nas imagens. A C D B

5 98 Os enclaves máficos microgranulares (Amostras [Am.] 73, 128B), com estrutura isotrópica apresentam granulação sistematicamente mais fina que aos monzonitos encaixantes. Os minerais máficos dominantes são biotita, hornblenda e diopsídio (Figura 5B). Neles os prismas de andesina mostram-se com disposição angular ou triangular, tendo seus interstícios ocupados por cristais de diopsídio ou hornblenda. Os cristais de andesina, com zonações composicionais múltiplas, são sempre ricos em inclusões aciculares de apatita. Magnetita, sulfetos, titanita, calcita e apatita são usualmente presentes. Os granitos ocorrem em dois tipos: granito com biotita e muscovita e muscovita granito. Ambos mostram feições petrográficas similares e posicionam-se nos campos dos sienogranitos e monzogranitos (Figura 4). Os granitos (Figura 3B) são rochas de coloração clara, textura fanerítica média, allotriomórfica e constituídas por oligoclásio/albita (Fig. 5A), ortoclásio e microclina pertítica, biotita, mais raramente hornblenda, muscovita, minerais opacos, apatita, zircão, allanita. Os muscovita granitos do extremo sul do stock tem os cristais de muscovita fortemente orientados segundo direção tectônica. Geoquímica Os resultados obtidos para as doze amostras do SGMA são apresentados na Tabela 1. As rochas analisadas foram lançadas no diagrama Na 2 O+K 2 O versus SiO 2 de Middlesmost (1985) e mostram boa concordância com a nomenclatura petrográfica (Figura 6). Os enclaves máficos microgranulares ocupam o campo do monzodiorito, os quartzo monzonitos ocupam os campo dos monzonito (Am. 16) e granito (Ams. 14, 15A), os biotita quartzo monzonitos (Ams. 74, 75) ocupam o campo dos quartzo monzonito e os diferentes granitos no campo do granito. Os monzodioritos, quartzo monzonitos e monzonitos mostram afinidade alcalina no diagrama TAS e os granitos posicionam-se tanto no campo alcalino quanto subalcalino (Figura 6). Tabela 1. Análises geoquímicas representativas de amostras do Stock Granítico Monte Alegre. Enclave (Enc), quartzo monzonito (QM), biotita quartzo monzonito (BQM), muscovita granito (MG), Granito com biotita, muscovita (GMB), e perda ao fogo (LOI). Amostras B ª Fácies Enc Enc QM BQM BQM QM QM MG MG GMB MBG MG SiO 2 50,56 52,99 56,22 66,18 68,06 70,15 70,73 71,1 71,31 71,44 71,81 72,58 TiO 2 1,37 1,07 1,12 0,50 0,41 0,31 0,18 0,17 0,17 0,20 0,16 0,15 Al 2 O 3 14,22 11,85 15,05 15,89 15,84 15,05 15,3 15,3 15,19 15,38 15,25 15,12 Fe 2 O 3 10,04 7,99 8,33 3,34 2,49 2,23 1,27 0,97 1,36 1,28 0,99 0,97 MnO 0,16 0,13 0,13 0,05 0,04 0,04 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,01 MgO 5,98 9,29 5,25 1,76 1,40 0,84 0,03 0,35 0,3 0,41 0,35 0,25 CaO 6,95 8,00 5,45 2,46 2,14 1,65 1,27 1,18 1,21 1,11 1,07 1,05 Na 2 O 2,65 2,43 2,98 4,11 4,11 4,18 4,37 4,47 4,34 4,42 4,33 4,18 K 2 O 5,15 3,85 3,34 4,32 4,24 4,41 4,84 4,71 4,76 5,10 4,59 4,67 P 2 O 5 1,02 0,47 0,47 0,24 0,21 0,13 0,07 0,08 0,05 0,13 0,05 0,05 LOI 1,30 1,40 1,20 0,70 0,80 0,80 1,40 1,50 1,00 0,50 1,20 0,80 TOTAL 99,40 99,47 99,54 99,55 98,74 99,79 99,48 99,85 99,71 99,99 98,82 99,83 Ba 2189,0 1129,0 1472,0 133,2 1141,0 832,0 1081,0 989,0 999,0 1071,0 903,0 862,0 Rb 175,4 179,1 116,8 150,0 152,6 222,8 186,9 183,1 198,3 192,4 128,8 183,2 Sr 1025,9 651,2 741,4 852,7 688,1 494,9 636,2 579,0 587,0 590, ,4 Zr 430,0 168,7 274,1 227,6 182,1 155,6 120,3 108,1 112,7 144,5 104,0 97,0 Nb 12,4 8,6 12,2 6,5 6,4 6,4 4,5 3,3 5,6 5,2 3,0 4,3 Y 32,5 19,0 27,0 9,5 7,8 7,6 2,9 2,5 3,4 5,8 3,3 2,8 La 51,2-49,9 46, ,7 Ce 132,7-110,3 89, ,9 Pr 18,51-13,21 10, ,85 Nd 81,2-52,8 39, ,7 Sm 17,56-10,1 7, ,97 Eu 3,93-2,26 1, ,77 Gd 3,33-10,34 4, ,75 Tb 1,61-1,08 0, ,18 Dy 7,38-5,41 2, ,69 Ho 1,20-0,95 0, ,10 Er 3,00-10,6 0, ,26 Tm 0,42-0,36 0, ,03 Yb 2,69-2,34 0, ,20 Lu 0,35-0,32 0, ,03 TOTAL 325,08-269,97 164, ,13 [La/Yb] N 13,18-14,22 39, ,67 Eu/Eu* 0,79-0,68 0, ,04

6 99 Figura 6. Amostras do SGMA alocadas no diagrama de classificação geoquímica de Middlesmost (1985). Fácies petrográficas: Muscovita granito [círculo branco], Granito com muscovita e biotita [círculo preto], Quartzo monzonito [retângulo branco], Biotita quartzo monzonito [retângulo preto] e enclaves [estrela]. Nesse mesmo diagrama percebe-se ainda que os enclaves (monzodioritos) mostram maior alcalinidade. A presença de rochas com geoquímica alcalina na FDS foi primeiramente reconhecida por Fujimori (1989) ao estudar os granitos dessa região. Os granitos e quartzo monzonitos mostram-se peraluminosos, enquanto que os enclaves são metaluminosos (Figura 7). Essa dualidade, peraluminoso e metaluminoso, sugere a presença de dois magmas com afinidades distintas na formação da rochas do SGMA. Observando-se os dados geoquímicos percebe-se que, nos enclaves máficos microgranulares, o conteúdo de K 2 O chega até 5,15% para rochas com SiO 2 de 50%. identificados com rochas pertencentes a da Série Shoshonítica. Em diagramas óxido-sio 2 (Figura 8) observase que existe uma boa correlação linear entre as amostras de enclaves, monzonitos e de granitos. A correlação é negativa com TiO 2, MgO, CaO, assim como MnO, FeOt, P 2 O 5 (não apresentados). Esse comportamento é sugestivo de que o processo de mistura entre magmas seja presente nesse stock, como foi evidenciado em campo pelas relações complexas entre enclaves e as encaixantes. Por outro lado, tem-se correlações positivas, menos evidentes, para os óxidos de Al 2 O 3 (Figura 8), assim como para Na 2 O e K 2 O (não apresentados), revelando que o comportamento destes elementos, que estão essencialmente associados aos feldspatos alcalinos, minerais que, nessas rochas, cristalizam tardiamente. Figura 8. Diagramas de Harker aplicado às rochas do SGMA. Fácies petrográficas: Muscovita granito [círculo branco]; Granito com muscovita e biotita [círculo preto]; Quartzo monzonito [retângulo]; Biotita quartzo monzonito [retângulo preto] e enclaves [estrela]. Figura 7. Diagrama molecular relacionando A/NK (Al 2 O 3 /[Na 2 O+K 2 O)] versus A/CMK (Al 2 O 3 /[CaO+Na 2 O+K 2 O]). Fácies petrográficas: Muscovita granito [círculo branco]; Granito com muscovita e biotita [círculo preto]; Quartzo monzonito [retângulo]; Biotita quartzo monzonito [retângulo preto] e enclaves [estrela]. Este fato é similar ao descrito por Lisboa et al. (2012), para os enclaves do Maciço Gloria Norte, intrusão situada no Domínio Macururé e a poucos quilômetros ao sul do SGMA, os quais são Os conteúdos dos elementos-traço (Tabela 1) evidenciam que os valores de Ba, Sr, Zr, Nb e Y tendem a decrescer com o aumento dos valores do SiO 2 nas amostras estudadas. Os enclaves que apresentam os mais altos valores de Ba (2189 até 1129 ppm), Sr (1025 até 651 ppm), Nb (12,4 até 8,6 ppm) e Y (32,5 até 19 ppm) são indicativos que os magmas máficos formadores destas rochas têm assinatura mantélica. Lisboa et al. (2012) encontrou a mesma assinatura geoquímica para os enclaves máficos microgranulares de natureza shoshonítica presentes no Maciço Glória Norte.

7 100 Os espectros de ETR das rochas estudadas (Figura 9) apresentam fracionamento dos ETRLeves (até 150 vezes o condrito) em relação aos ETRPesados (até 10 vezes o condrito). A amostra 73, que corresponde ao enclave máfico microgranular (SiO 2 =50,56%; ΣETR=325), apresenta menor valor de fracionamento dentre as rochas analisadas, com [La/Yb N ]=13 e anomalia negativa em Eu de 0,79. A amostra do quartzo monzonito (Am. 16, com SiO 2 =56,22% e ΣETR=269) exibe fracionamento de 14,22 e anomalia negativa de Eu = 0,68. O biotita quartzo monzonito (Am. 75) com SiO 2 =66,18% e ΣETR=164. O muscovita granito (Am. 174, com SiO 2 =72,58% e ΣETR=95), tem fracionamento de 75 e não apresenta anomalia negativa em Eu (1,04). Figura 9. Espectros ETR normalizados pelo valor do condrito de Nakamura (1974). Muscovita granito (círculo branco), granito com muscovita e biotita (círculo preto), quartzo monzonito (retângulo preto), biotita quartzo monzonito (retângulo branco) e enclave (estrela). que as amostras denotam claramente suas gêneses associadas a ambientes geodinâmicos associados com subducção, elas também indicam que resultam de magmas distintos, que apresentam conteúdos próximos de Rb e diferem essencialmente pela variação do somatório de Y+Nb (Figura 10). CONCLUSÕES Estes estudos realizados no Stock Granítico Monte Alegre permitiram identificar a existência de uma expressiva variedade de rochas, quando se leva em conta as dimensões reduzidas desse corpo. Nele são presentes muscovita granitos, granitos com muscovita e biotita, quartzomonzonitos, biotita quartzo-monzonitos, enclaves e diques máficos. A colocação deste stock é intrusiva em rochas do Domínio Macururé. Nas regiões dos contatos com os metassedimentos, nos afloramentos visitados, eles tendem a apresentar maior granulação e com frequência exibem cristais de muscovita, biotita e granada nos hornfels. Figura 10. Diagrama Rb versus Y+Nb de Pearce et al (1984) para discriminar o ambiente geodinâmico de geração de magmas aplicado as rochas do Stock Granítico Monte Alegre. Muscovita granito (círculo branco), granito com muscovita e biotita (círculo preto), quartzo monzonito (retângulo preto), biotita quartzo monzonito (retângulo branco) e enclave (estrela). As amostras mais máficas no SGMA mostram espectros de ETR sugestivos do fracionamento de plagioclásio, o que é compatível com a presença de andesina, indicando que o plagioclásio foi uma fase precoce nesses magmas. Por outro lado, o muscovita-granito não apresenta a anomalia em Eu, indicando que essa amostra não pode ter sido formada pelo mesmo magma. Todavia, nesse mesmo diagrama (Figura 9), chama a atenção o fato de existir uma evolução que pode ser interpretada como evidência de mistura entre magma máfico representado pelos enclaves, e magma félsico, representado pelo muscovita-granito. Os valores de Rb, Y e Nb das amostras do SGMA, ao serem colocados em diagramas de Pearce et al. (1984), alocam-se nos campos de granitos gerados em ambientes sincolisional (muscovita-granitos e biotita quartzo-monzonito) e de arco vulcânico (enclave, quartzo-monzonito e biotita quartzo-monzonito). Embora se perceba Os dados petrográficos revelaram que se tem dois conjuntos de rochas distintos (enclaves máficos e granitos) e um terceiro (quartzomonzonitos) que, aparentemente, apresenta texturas e mineralogia intermediária entre os outros dois. O diopsídio é o mineral máfico dominante nos enclaves, os quais se mostram associados a cristais de hornblenda verde e andesina que exibem forte zonação composicional. Esses cristais são poiquilíticos, incluindo sistematicamente grande volume de cristais de apatita acicular. Nos quartzo-monzonitos, os máficos

8 101 mais importantes são biotita e hornblenda e o volume de apatita acicular diminui sensívelmente. Essas feições (biotita, hornblenda e apatita acicular) ainda são presentes, de forma subordinada, nos granitos com biotita e muscovita, sendo ausentes nos muscovita granitos. A geoquímica das rochas do SGMA evidencia que os enclaves mostram-se alcalinos, metaluminosos e ricos em alguns elementos-traço incompatíveis em magmas básicos usuais (Y, Nb, Zr), enquanto que em alguns quartzo-monzonitos e em todos os granitos observa-se caráter subalcalino, peraluminoso e empobrecimento nesses mesmos elementos-traço. Todos os dados obtidos para as rochas do SGMA até o momento, revelam essa tendência de evolução das rochas mais máficas para as félsicas. Isso é visível igualmente para os ETR e, nesse caso em específico, indica que os enclaves são originados da cristalização de magma shoshonítico, marcado pelo fracionamento precoce de plagioclásio (exibem anomalia em Eu) e de um magma félsico (granitos) onde não se tem anomalia em Eu, revelando, provavelmente, cristalização sob condições oxidantes. Em relação aos elementos-traço diagnósticos para se classificar os ambientes geodinâmicos de geração de granitos, as rochas estudadas apresentam também composições com valores de Rb muito próximos e com valores do somatório de Nb+Y variados. Essa variação faz com que existam amostras que se posicionam no campo dos magmas gerados em ambientes sincolisionais (granitos e alguns quartzo-monzonitos) e de arco vulcânico (alguns quartzo-monzonitos e enclaves). Esse comportamento está sendo interpretado, tendo como suporte os dados observados na petrografia, assim como nos elementos maiores, que as rochas do Stock Granítico Monte Alegre representem o produto de mistura entre magmas máfico shoshonítico e félsico crustal, Esse último provavelmente resultante da fusão de metassedimentos do Domínio Macururé. Novos estudos devem ser desenvolvidos para que se possa melhor quantificar o processo de mistura, assim como investigar a natureza dos enclaves máfico-ultramáficos presentes associados ao Stock Granítico Monte Alegre. AGRADECIMENTOS Este artigo é parte do trabalho de conclusão de curso da primeira autora, a qual foi bolsista de Iniciação Científica do CNPq (Processo n o /2010-8). Os autores agradecem as críticas e sugestões dos revisores do trabalho. Expressam igualmente os seus agradecimentos aos apoios recebidos do MCT/CNPq e FAPITEC/CNPq/PRonex Geologia/UFS para realização deste estudo. No período de realização da pesquisa estavam em desenvolvimento os seguintes projetos sobre granitogênese na Faixa de Dobramentos Sergipana (Processos n os /2008-3; /2008-9; /2010-0; /2011-4). REFERÊNCIAS ALMEIDA, F. F. M; HASUÍ, Y.; BRITO NEVES, B. B.; FUCK, R. A. Províncias estruturais brasileiras. In: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DO NORDESTE, 1977, Campina Grande. Resumos expandidos. Paraíba: p BUENO, J. B. Geoquímica e cronologia de alojamento de granitos colisionais na Faixa Sergipana, Nordeste do Brasil f. Tese (Doutorado em Geociências) Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, CHAVEZ, J.M. Maciços Cel. João Sá e Glória: petrologia e geoquímica de granitóides do Domínio Macururé, Faixa Sergipana (NE do Brasil) Dissertação (Mestrado em Geociências) Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia, Salvador, CONCEIÇÂO, J. A., OLIVEIRA, A.C. S., SILVA, C. C., LISBOA, V. A. C., ROSA, M. L. S., CONCEIÇÂO, H. Caracterização Geológica, Petrográfica e Geoquímica do Maciço Granítico Glória Sul, Domínio Macururé, Faixa de Dobramentos Sergipana. Cadernos de Geociências, v. 9, n. 1, p , D EL-REY SILVA, L. J. H. Tectonic evolution of the Sergipano Belt, NE Brazil. Revista Brasileira de Geociências, v. 25, p , DAVISON, I.; SANTOS, R. A. Tectonic Evolution of the Sergipano Fold Belt, NE Brazil, during the Brasiliano Orogeny. Precambrian Research, v. 45, p , FUJIMORI, S. Contribuição ao estudo dos granitóides do Sistema de Dobramentos Sergipano. Revista Brasileira de Geociências, v. 19, n. 2, p , GIULIANI, G., SANTOS, R. A. dos. Geoquímica de alguns granitóides da Faixa de Dobramentos Sergipana. In CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, , Belém. Resumos expandidos. Pará: p JANOUSEK, V., FARROW, C.M., ERBAN, V. Interpretation of Whole-rock Geochemical Data in Igneous Geochemistry: Introducing Geochemical Data Toolkit (GCDKit). Journal of Petrology, v. 47, p , 2006.

9 102 LE MAÎTRE, R.W., BATEMAN, P., DUDEK, A., KELLER, J., LAMEYRE, J., LE BAS, M.J., SABINE, P.A., SHIMID, R. SORENSEN, H., STRECKEISEN, A. WOLLEY, R., ZANETTIN, B. A classification of igneous rocks and glossary of terms: recommendation of the International Union of Geological Sciences Subcommission on the Systematics of Igneous Rocks. Oxford, London: Backwell Sicientific Publications, p. LISBOA, V.A.C., OLIVEIRA, A.C.S., SILVA, C.C., CONCEIÇÃO, J.A., ROSA, M.L.S., CONCEIÇÃO, H. Maciço Glória Norte, Domínio Macururé, Faixa de Dobramentos Sergipana: geologia, petrografia e geoquímica. Cadernos de Geociências, v. 9, n. 1, p. 1-12, MANIAR, P.D., PICCOLI, P.M. Tectonic discrimination of granitoids. Geological Society of American Bulletin, v. 101, p , MIDDELMOST, E. A. K. Magmas and magmatic rocks: an introduction to igneous petrology. London and New York: Longmam, 1985, p NAKAMURA, N. Determination of REE, Ba, Fe, Mg, Na and K in carbonaceous and ordinary chondrites. Geochimica et Cosmochimica. v. 38, p , PEARCE, J. A., HARRIS, N. B. W., TINDLE, A. G. Trace elements discrimination diagrams for the tectonic interpretation of granitic rocks. Journal of Petrology, v. 25, p , SANTOS, R. A.; MARTINS, A. A. M.; NEVES, J. P.; LEAL, R. A. Geologia e recursos minerais do Estado de Sergipe: texto explicativo do mapa geológico do Estado de Sergipe. Brasília: CPRM/DIEDIG/DEPAT, CODISE, mapa. Escala: 1: SANTOS, R. A., FILHO, N. R. M., SOUZA, J. D. Programa levantamentos geológicos básicos do Brasil: carta geológica, carta metalogenética /previsional. Folha SC.24-Z-A-III Carira, Estados de Sergipe e Bahia. Brasília: DNPM/CPRM, 124 p, SILVA, C. C., Caracterização geológica, petrográfica e geoquímica do stock Lagoa do Roçado, Domínio Macururé, Faixa de Dobramentos Sergipana Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Geologia) Núcleo de Geologia, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2011.

Petrografia e Geoquímica do Maciço Glória Sul, Domínio Macururé, Faixa de Dobramentos Sergipana

Petrografia e Geoquímica do Maciço Glória Sul, Domínio Macururé, Faixa de Dobramentos Sergipana SCIENTIA PLENA VOL. 8, NUM. 3 2012 www.scientiaplena.org.br Petrografia e Geoquímica do Maciço Glória Sul, Domínio Macururé, Faixa de Dobramentos Sergipana Petrography and Geochemistry of the Massif Glória

Leia mais

ASPECTOS GEOLÓGICOS, PETROGRÁFICOS E GEOQUÍMICOS DO STOCK LAGOA DO ROÇADO, NORTE DA FAIXA DE DOBRAMENTOS SERGIPANA

ASPECTOS GEOLÓGICOS, PETROGRÁFICOS E GEOQUÍMICOS DO STOCK LAGOA DO ROÇADO, NORTE DA FAIXA DE DOBRAMENTOS SERGIPANA SILVA et al., p. 10-18 10 ASPECTOS GEOLÓGICOS, PETROGRÁFICOS E GEOQUÍMICOS DO STOCK LAGOA DO ROÇADO, NORTE DA FAIXA DE DOBRAMENTOS SERGIPANA Cleverton Correia Silva ¹ Joane Almeida da Conceição ¹ Vinícius

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA, PETROGRÁFICA E GEOQUÍMICA DO MACIÇO GRANÍTICO GLÓRIA SUL, DOMÍNIO MACURURÉ, FAIXA DE DOBRAMENTOS SERGIPANA

CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA, PETROGRÁFICA E GEOQUÍMICA DO MACIÇO GRANÍTICO GLÓRIA SUL, DOMÍNIO MACURURÉ, FAIXA DE DOBRAMENTOS SERGIPANA CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA, PETROGRÁFICA E GEOQUÍMICA DO MACIÇO GRANÍTICO GLÓRIA SUL, DOMÍNIO MACURURÉ, FAIXA DE DOBRAMENTOS SERGIPANA 13 Joane Almeida da CONCEIÇÃO 1 Ana Caroline Soares OLIVEIRA 1 Cleverton

Leia mais

MACIÇO GLÓRIA NORTE, DOMÍNIO MACURURÉ, FAIXA DE DOBRAMENTOS SERGIPANA: GEOLOGIA, PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA

MACIÇO GLÓRIA NORTE, DOMÍNIO MACURURÉ, FAIXA DE DOBRAMENTOS SERGIPANA: GEOLOGIA, PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA 1 MACIÇO GLÓRIA NORTE, DOMÍNIO MACURURÉ, FAIXA DE DOBRAMENTOS SERGIPANA: GEOLOGIA, PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA Vinícius Anselmo Carvalho LISBOA 1 Ana Caroline Soares OLIVEIRA 1 Cleverton Correia SILVA 1 Joane

Leia mais

Stock Diorítico Canindé Velho, Domínio Canindé, Faixa Sergipana: Geologia, Petrografia e Geoquímica

Stock Diorítico Canindé Velho, Domínio Canindé, Faixa Sergipana: Geologia, Petrografia e Geoquímica SCIENTIA PLENA VOL. 10, NUM. 07 2014 www.scientiaplena.org.br Stock Diorítico Canindé Velho, Domínio Canindé, Faixa Sergipana: Geologia, Petrografia e Geoquímica L. R. Santos 1,2 ; H. Conceição 1,2 ; M.

Leia mais

Caracterização Geológica, Petrográfica e Geoquímica dos Stocks Santa Maria e Monte Pedral, Domínio Canindé, Sistema Orogênico Sergipano

Caracterização Geológica, Petrográfica e Geoquímica dos Stocks Santa Maria e Monte Pedral, Domínio Canindé, Sistema Orogênico Sergipano www.scientiaplena.org.br VOL. 14, NUM. 1 2018 doi: 10.14808/sci.plena.2018.015301 Caracterização Geológica, Petrográfica e Geoquímica dos Stocks Santa Maria e Monte Pedral, Domínio Canindé, Sistema Orogênico

Leia mais

Magmatismo Carbónico nos terrenos de Alto-grau Metamórfico de Évora: exemplo do maciço dos Hospitais

Magmatismo Carbónico nos terrenos de Alto-grau Metamórfico de Évora: exemplo do maciço dos Hospitais Magmatismo Carbónico nos terrenos de Alto-grau Metamórfico de Évora: exemplo do maciço dos Hospitais Moita P. (1), Pereira, F (1) e Santos J. (2) 1 Centro de Geofísica de Évora, Depto Geociências, Universidade

Leia mais

ANÁLISE FACIOLÓGICA DO GABRO JOSÉ FERNANDES (ADRIANÓPOLIS, PR) E CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES DO SEU POTENCIAL ECONÔMICO

ANÁLISE FACIOLÓGICA DO GABRO JOSÉ FERNANDES (ADRIANÓPOLIS, PR) E CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES DO SEU POTENCIAL ECONÔMICO 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 ANÁLISE FACIOLÓGICA DO GABRO JOSÉ FERNANDES (ADRIANÓPOLIS, PR) E CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES DO SEU POTENCIAL ECONÔMICO Luanna Chmyz 1, José Carlos Ribeiro

Leia mais

Universidade Federal da Bahia - UFBA, Instituto de Geociências - IG, Salvador, BA, BR

Universidade Federal da Bahia - UFBA, Instituto de Geociências - IG, Salvador, BA, BR 9999 DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v19-141362 Revista do Instituto de Geociências - USP Magmatismos shoshonítico e cálcio-alcalino de alto potássio pós-orogênico (615 Ma) na porção leste do Domínio Macururé,

Leia mais

Stock Lagoa de Dentro, Domínio Macururé, Sistema Orogênico Sergipano: Geologia, Petrografia e Geoquímica

Stock Lagoa de Dentro, Domínio Macururé, Sistema Orogênico Sergipano: Geologia, Petrografia e Geoquímica www.scientiaplena.org.br VOL. 13, NUM. 02 2017 doi: 10.14808/sci.plena.2017.025302 Stock Lagoa de Dentro, Domínio Macururé, Sistema Orogênico Sergipano: Geologia, Petrografia e Geoquímica Lagoa de Dentro

Leia mais

GEOQUÍMICA. Capítulo V

GEOQUÍMICA. Capítulo V Capítulo V GEOQUÍMICA 1 - INTRODUÇÃO: Neste capítulo são investigadas as características geoquímicas dos principais grupos de rochas que ocorrem na faixa oeste da Seqüência vulcanossedimentar de Mara Rosa.

Leia mais

Sienogranitos leucocráticos do Domínio Macururé, Sistema Orogênico Sergipano, Nordeste do Brasil: Stock Glória Sul

Sienogranitos leucocráticos do Domínio Macururé, Sistema Orogênico Sergipano, Nordeste do Brasil: Stock Glória Sul DOI: 0590/237-48892062050044 ARTIGO Sienogranitos leucocráticos do Domínio Macururé, Sistema Orogênico Sergipano, Nordeste do Brasil: Stock Glória Sul Leucocratic syenogranites the Macururé Domain, Sergipano

Leia mais

Fernando Fernandes da Silva Davis Carvalho de Oliveira Paul Y.J Antonio Manoel S. D'Agrella Filho

Fernando Fernandes da Silva Davis Carvalho de Oliveira Paul Y.J Antonio Manoel S. D'Agrella Filho UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA E GEOQUÍMICA GRUPO DE PESQUISA PETROLOGIA DE GRANITÓIDES MAGMATISMO BIMODAL DA ÁREA DE TUCUMÃ (PA) - PROVÍNCIA

Leia mais

8.1. Rochas Vulcânicas e Vulcanoclásticas do Grupo Rio Doce

8.1. Rochas Vulcânicas e Vulcanoclásticas do Grupo Rio Doce CAPÍTULO 8. LITOQUÍMICA Este capítulo apresenta os estudos litoquímicos que foram realizados sobre amostras do metatufo da Formação Palmital do Sul, de rochas vulcanoclásticas da Formação Tumiritinga e

Leia mais

GEOLOGIA E PETROLOGIA DAS INTRUSÕES BÁSICAS ASSOCIADAS À PROVÍNCIA MAGMÁTICA DO PARANÁ NO CENTRO-LESTE DO RS

GEOLOGIA E PETROLOGIA DAS INTRUSÕES BÁSICAS ASSOCIADAS À PROVÍNCIA MAGMÁTICA DO PARANÁ NO CENTRO-LESTE DO RS GEOLOGIA E PETROLOGIA DAS INTRUSÕES BÁSICAS ASSOCIADAS À PROVÍNCIA MAGMÁTICA DO PARANÁ NO CENTRO-LESTE DO RS Carla C. Treib Sarmento; Carlos Augusto Sommer; Evandro Fernandes de Lima Programa de Pós-graduação

Leia mais

ROCHAS ÍGNEAS ENG1202-LABORATÓRIO DE GEOLOGIA. Prof. Patrício Pires 20/03/2012

ROCHAS ÍGNEAS ENG1202-LABORATÓRIO DE GEOLOGIA. Prof. Patrício Pires 20/03/2012 ROCHAS ÍGNEAS ENG1202-LABORATÓRIO DE GEOLOGIA 20/03/2012 Prof. Patrício Pires patricio.pires@gmail.com Rochas Magmáticas O que é uma Rocha Magmática? O que acontece durante o arrefecimento e cristalização

Leia mais

GEOLOGIA DAS ROCHAS GRANÍTICAS E METASSEDIMENTARES

GEOLOGIA DAS ROCHAS GRANÍTICAS E METASSEDIMENTARES Capítulo III GEOLOGIA DAS ROCHAS GRANÍTICAS E METASSEDIMENTARES 1 - INTRODUÇÃO: Este capítulo tem por objetivo investigar a natureza e interrelações entre as rochas graníticas e metassedimentares que ocorrem

Leia mais

Ortho-amphibolites from Novo Gosto Units, Canindé Domain: Record of the Neoptoterozóic Continental Rifting in the Sergipana Fold Belt, NE Brazil

Ortho-amphibolites from Novo Gosto Units, Canindé Domain: Record of the Neoptoterozóic Continental Rifting in the Sergipana Fold Belt, NE Brazil ORTOANFIBOLITOS DA UNIDADE NOVO GOSTO, DOMÍNIO CANINDÉ: REGISTRO DE RIFTEAMENTO CONTINENTAL NEOPROTEROZÓICO NA FAIXA DE DOBRAMENTOS SERGIPANA, NE-BRASIL Leidiane C. de C. de Liz 1 (M), Adriane Machado

Leia mais

IDENTIFICAÇÃO SUMÁRIO INTRODUÇÃO

IDENTIFICAÇÃO SUMÁRIO INTRODUÇÃO IDENTIFICAÇÃO Nome do Orientador: Ignez de Pinho Guimarães Nome do Aluno: Vinicius Vieira dos Santos Título do Projeto: Geoquímica do Magmatismo granítico leucocratico associado a Zona de cisalhamento

Leia mais

Universidade Federal da Bahia UFBA, Programa de Pós-graduação em Geologia PPGEO, Salvador, BA, Brasil

Universidade Federal da Bahia UFBA, Programa de Pós-graduação em Geologia PPGEO, Salvador, BA, Brasil 1919 DOI: 10.11606/issn.2316-909.v16i3p143-11 Revista do Instituto de Geociências - USP Potencial ornamental do Maciço Glória Norte, Domínio Macururé, Sistema Orogênico Sergipano Ornamental potential of

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E ENGENHARIAS DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO VEGETAL. DPV 053 Geologia e Pedologia

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E ENGENHARIAS DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO VEGETAL. DPV 053 Geologia e Pedologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E ENGENHARIAS DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO VEGETAL DPV 053 Geologia e Pedologia Rochas Ígneas Alegre - ES 2017 ROCHAS ÍGNEAS Etnologia termo

Leia mais

contendo sulfetos, óxidos e gases Constituíntes do MAGMA O TiO 2 O 3 O Na 2 SiO 2 Al 2 FeO MgO CaO K 2 HCl HF N 2 O CO 2 CO SO 2 SO 3 S 2 H 2

contendo sulfetos, óxidos e gases Constituíntes do MAGMA O TiO 2 O 3 O Na 2 SiO 2 Al 2 FeO MgO CaO K 2 HCl HF N 2 O CO 2 CO SO 2 SO 3 S 2 H 2 ROCHAS ÍGNEAS Aula de hoje: Conceito, gênese, ocorrências, propriedades macroscópicas e identificação das Rochas Ígneas de interesse no estudo de solos MAGMA material em estado de fusão, viscoso, pastoso,

Leia mais

ROCHAS ALCALINAS DE JAGUAQUARA: UM AMBIENTE TIPO IOCG?

ROCHAS ALCALINAS DE JAGUAQUARA: UM AMBIENTE TIPO IOCG? ROCHAS ALCALINAS DE JAGUAQUARA: UM AMBIENTE TIPO IOCG? Antônio Marcos Vitória de Moraes Ernesto F. Alves da Silva Ives Antônio de Almeida Garrido Michele Cássia Pinto Santos 47 CONGRESSO BRASILEIRO DE

Leia mais

CAPÍTULO 5. GRANITOGÊNESE NA REGIÃO DO GRUPO RIO DOCE

CAPÍTULO 5. GRANITOGÊNESE NA REGIÃO DO GRUPO RIO DOCE CAPÍTULO 5. GRANITOGÊNESE NA REGIÃO DO GRUPO RIO DOCE Este capítulo apresenta uma revisão do conhecimento sobre o magmatismo granítico na região de ocorrência do Grupo Rio Doce, incluindo trabalhos do

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E MINERALÓGICA DOS GRANULITOS DA ÁREA DE CRUZEIRO DO SUL, DOMÍNIO BACAJÁ, PROVÍNCIA TRANSAMAZONAS

CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E MINERALÓGICA DOS GRANULITOS DA ÁREA DE CRUZEIRO DO SUL, DOMÍNIO BACAJÁ, PROVÍNCIA TRANSAMAZONAS CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E MINERALÓGICA DOS GRANULITOS DA ÁREA DE CRUZEIRO DO SUL, DOMÍNIO BACAJÁ, PROVÍNCIA TRANSAMAZONAS Mariane de Jesus Pereira da Silva 1 Gilmara Regina Lima Feio 2 1. INTRODUÇÃO

Leia mais

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte - IFRN, Natal, RN, BR 3

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte - IFRN, Natal, RN, BR 3 6161 DOI: 10.5327/Z1519-874X201400040004 Revista do Instituto de Geociências - USP Geol. USP, Sér. cient., São Paulo, v. 14, n. 4, p. 6-80, Dezembro 2014 Definição de suítes magmáticas em corpos ediacaranos

Leia mais

QUÍMICA MINERAL DO STOCK LAGOA DE DENTRO, SISTEMA OROGÊNICO SERGIPANO

QUÍMICA MINERAL DO STOCK LAGOA DE DENTRO, SISTEMA OROGÊNICO SERGIPANO QUÍMICA MINERAL DO STOCK LAGOA DE DENTRO, SISTEMA OROGÊNICO SERGIPANO Fábio S. Pereira 1 (M), Joane A. Conceição 2 (D), Maria Lourdes S. Rosa 1 e Herbet Conceição 1 1 Programa de Pós-Graduação em Geociências

Leia mais

PETROGÊNESE DO STOCK GRANÍTICO MONTE ALEGRE, NOROESTE DO DOMÍNIO MACURURÉ, FAIXA SERGIPANA

PETROGÊNESE DO STOCK GRANÍTICO MONTE ALEGRE, NOROESTE DO DOMÍNIO MACURURÉ, FAIXA SERGIPANA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA PETROGÊNESE DO STOCK GRANÍTICO MONTE ALEGRE, NOROESTE DO DOMÍNIO MACURURÉ, FAIXA SERGIPANA ANA CAROLINE SOARES OLIVEIRA Orientadora:

Leia mais

quartzo ( 25%), biotita ( 18%), cordierita (18 %), K-feldspato ( 10%), granada (7 %), plagioclásio ( 3%) Minerais Acessórios: zircão, apatita, opacos

quartzo ( 25%), biotita ( 18%), cordierita (18 %), K-feldspato ( 10%), granada (7 %), plagioclásio ( 3%) Minerais Acessórios: zircão, apatita, opacos Número da Lâmina: MP 29 Ponto: MP 29 Unidade Estratigráfica: Complexo Nova Venécia Cerca de 15% de minerais máficos, apresenta estrutura bandada e foliada. Minerais Essenciais: quartzo ( 25%), biotita

Leia mais

PETROGRAFIA DE INTRUSÕES BÁSICAS MESOZÓICAS E DE HORNFELS NAS FORMAÇÕES IRATI E PONTA GROSSA DA BACIA DO PARANÁ, PR

PETROGRAFIA DE INTRUSÕES BÁSICAS MESOZÓICAS E DE HORNFELS NAS FORMAÇÕES IRATI E PONTA GROSSA DA BACIA DO PARANÁ, PR ISBN 978-85-61091-05-7 Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 27 a 30 de outubro de 2009 PETROGRAFIA DE INTRUSÕES BÁSICAS MESOZÓICAS E DE HORNFELS NAS FORMAÇÕES IRATI E PONTA GROSSA DA BACIA

Leia mais

GEOLOGIA GERAL GEOGRAFIA

GEOLOGIA GERAL GEOGRAFIA GEOLOGIA GERAL GEOGRAFIA Segunda 18 às 20h Quarta 20 às 22h museu IC II Aula 5 Rochas Ígneas Turma: 2016/01 Profª. Larissa Bertoldi larabertoldi@gmail.com Minerais Rochas Rochas são agregados naturais

Leia mais

(linha simples 1, XVSGCO-199

(linha simples 1, XVSGCO-199 (linha simples 1, XVSGCO-199 GEOLOGIA E PETROGRAFIA DAS ROCHAS DO GRUPO CUIABÁ AFLORANTES NA REGIÃO DE BOM JARDIM DE GOIÁS-GO. Verônica Jorge 1 Danielli Miranda Marino 1, Estefânia Fernandes Lopes 1,2,

Leia mais

Universidade Federal do Paraná Departamento de Construção Civil. Universidade Federal do Paraná Departamento de Construção Civil

Universidade Federal do Paraná Departamento de Construção Civil. Universidade Federal do Paraná Departamento de Construção Civil Rochas Magmáticas 1 Rochas É um agregado natural de um ou mais minerais, ou vidro vulcânico, ou ainda matéria orgânica, e que faz parte importante da crosta sólida da Terra 2 1 Classificação das rochas

Leia mais

A cristalização desses minerais ocorre a temperaturas diferentes dados serem diferentes os seus pontos de SOLIDIFICAÇÃO

A cristalização desses minerais ocorre a temperaturas diferentes dados serem diferentes os seus pontos de SOLIDIFICAÇÃO O magma é uma mistura complexa de vários tipos de substâncias minerais A cristalização desses minerais ocorre a temperaturas diferentes dados serem diferentes os seus pontos de SOLIDIFICAÇÃO Com o arrefecimento,

Leia mais

INTRODUÇÃO À GEOTECNIA (TEC00249)

INTRODUÇÃO À GEOTECNIA (TEC00249) INTRODUÇÃO À GEOTECNIA (TEC00249) Ciclo das Rochas e Tipos de Rochas Prof. Manoel Isidro de Miranda Neto Eng. Civil, DSc Estrutura da terra: a crosta e as rochas Ciclo das Rochas: Subducção de crosta oceânica

Leia mais

GEOLOGIA E GEOQUÍMICA DO GRANITO MENDANHA E DO GRANITÓIDE MARINS E IDADE 207 Pb/ 206 Pb DO GRANITO MENDANHA, FAIXA RIBEIRA, SÃO PAULO

GEOLOGIA E GEOQUÍMICA DO GRANITO MENDANHA E DO GRANITÓIDE MARINS E IDADE 207 Pb/ 206 Pb DO GRANITO MENDANHA, FAIXA RIBEIRA, SÃO PAULO GEOLOGIA E GEOQUÍMICA DO GRANITO MENDANHA E DO GRANITÓIDE MARINS E IDADE 207 Pb/ 206 Pb DO GRANITO MENDANHA, FAIXA RIBEIRA, SÃO PAULO Ronaldo Mello PEREIRA 1, Ciro Alexandre ÁVILA 2, Cândido Augusto Veloso

Leia mais

Capítulo 4 Resultados e Discussão. Resultados e Discussão. Este capítulo apresenta os resultados geoquímicos, incluindo elementos

Capítulo 4 Resultados e Discussão. Resultados e Discussão. Este capítulo apresenta os resultados geoquímicos, incluindo elementos 56 Capítulo 4 Resultados e Discussão Este capítulo apresenta os resultados geoquímicos, incluindo elementos maiores, menores e traços, de 51 amostras selecionadas, incluindo derrames e soleiras, além de

Leia mais

EVIDÊNCIAS DE TECTONISMO RÚPTIL NA SERRA DA MIABA, MACAMBIRA, ESTADO DE SERGIPE.

EVIDÊNCIAS DE TECTONISMO RÚPTIL NA SERRA DA MIABA, MACAMBIRA, ESTADO DE SERGIPE. EVIDÊNCIAS DE TECTONISMO RÚPTIL NA SERRA DA MIABA, MACAMBIRA, ESTADO DE SERGIPE. Adenilson da Silva Peixoto Junior ; Luan Oliveira Lima ; Walter Sydney Dutra Folly ; Aracy Sousa Senra NEGAA/DGEO/UFS Na

Leia mais

Capítulo 6 CONCLUSÕES

Capítulo 6 CONCLUSÕES Capítulo 6 CONCLUSÕES O Orógeno Araçuaí Congo Ocidental caracteriza-se como uma região orogênica confinada à reentrância limitada pelos crátons do São Francisco e Congo (e.g. Pedrosa-Soares et al. 2007).

Leia mais

LITOGEOQUÍMICA DO PLÚTON SAUBINHA, DISTRITO MINEIRO DE SÃO LOURENÇO-MACISA (RO). PROVÍNCIA ESTANÍFERA DE RONDÔNIA: CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES.

LITOGEOQUÍMICA DO PLÚTON SAUBINHA, DISTRITO MINEIRO DE SÃO LOURENÇO-MACISA (RO). PROVÍNCIA ESTANÍFERA DE RONDÔNIA: CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES. LITOGEOQUÍMICA DO PLÚTON SAUBINHA, DISTRITO MINEIRO DE SÃO LOURENÇO-MACISA (RO). PROVÍNCIA ESTANÍFERA DE RONDÔNIA: CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES. Vanderlei de Farias¹ (IC), Washington Barbosa Leite Júnior

Leia mais

VI CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOQUÍMICA

VI CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOQUÍMICA INIS-BR--3788 Wl BR01B0815 VI CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOQUÍMICA SOCIEDADE BRASILEIRA DE GEOQUIMICA 1. GEOQUÍMICA ISOTÓPICA 2. GEOQUÍMICA ORGÂNICA E DO PETRÓLEO 3. GEOQUÍMICA DOS PROCESSOS EXÓGENOS 4.

Leia mais

15/10/2012. Assinatura Geoquímica de Ambientes Geotectônicos. 1- Comparação com ambientes recentes. Geoquímica de Rochas

15/10/2012. Assinatura Geoquímica de Ambientes Geotectônicos. 1- Comparação com ambientes recentes. Geoquímica de Rochas Assinatura Geoquímica de Ambientes Geotectônicos 1- Comparação com ambientes recentes Obtenção das composições químicas de elementos maiores, menores e principalmente traços de rochas de ambientes geotectônicos

Leia mais

Granito Encantada: registro de uma intrusão peraluminosa na Província Rondoniana - San Ignácio, no SW do Cráton Amazônico - MT

Granito Encantada: registro de uma intrusão peraluminosa na Província Rondoniana - San Ignácio, no SW do Cráton Amazônico - MT 6161 DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v15i2p 6-78 Revista do Instituto de Geociências - USP Granito Encantada: registro de uma intrusão peraluminosa na Província Rondoniana - San Ignácio, no SW do Cráton Amazônico

Leia mais

1. INTRODUÇÃO 2. MÉTODOS

1. INTRODUÇÃO 2. MÉTODOS 1 ESCUDO SUL-RIO-GRANDENSE, O REGISTRO DE COLISÃO ENTRE O CRÁTON RIO DE LA PLATA E O CRÁTON KALAHARY DURANTE O NEOPROTEROZÓICO: UMA DISCUSSÃO SOBRE O POSICIONAMENTO ESTRATIGRÁFICO E PETROLOGIA DO MAGMATISMO

Leia mais

Caracterização Litofaciológica do Vulcanismo da Formação Bomba, Espinhaço Setentrional, Estado da Bahia

Caracterização Litofaciológica do Vulcanismo da Formação Bomba, Espinhaço Setentrional, Estado da Bahia Caracterização Litofaciológica do Vulcanismo da Formação Bomba, Espinhaço Setentrional, Estado da Bahia Autores: Cláudia dos Santos André Danderfer Filho Localização Contexto Geológico ZTMA Legenda Corredor

Leia mais

ROCHAS ORNAMENTAIS FELDSPATO E QUARTZO

ROCHAS ORNAMENTAIS FELDSPATO E QUARTZO ROCHAS ORNAMENTAIS FELDSPATO E QUARTZO Ricardo Dutra (SENAI PR) ricardo.dutra@pr.senai.br Resumo O Brasil possui uma das maiores reservas mundiais de granitos, e a lavra extensiva dos mesmos gera um volume

Leia mais

AMBIENTES MAGMÁTICOS

AMBIENTES MAGMÁTICOS AMBIENTES MAGMÁTICOS DEFINIÇÃO DE MAGMA É uma mistura de compostos sólidos, líquidos e gasosos. Com o arrefecimento, os elementos químicos associam-se em cristais. A temperatura do magma ronda valores

Leia mais

Geoquímica de Gnaisses do Arco Magmático de Goiás na Região Sul do Estado de Goiás

Geoquímica de Gnaisses do Arco Magmático de Goiás na Região Sul do Estado de Goiás Geologia Série Científica USP Revista do Instituto de Geociências - USP Geol. USP Sér. Cient., São Paulo, v. 7, n. 1, p. 19-28, abril 2007 Geoquímica de Gnaisses do Arco Magmático de Goiás na Região Sul

Leia mais

GEOLOGIA E LITOGEOQUÍMICA DAS ROCHAS GRANÍTICAS DO MACIÇO CAPÃO BONITO E O CONTEXTO GEOLÓGICO DA SEQUÊNCIA VULCANO-SEDIMENTAR AÇUNGUI

GEOLOGIA E LITOGEOQUÍMICA DAS ROCHAS GRANÍTICAS DO MACIÇO CAPÃO BONITO E O CONTEXTO GEOLÓGICO DA SEQUÊNCIA VULCANO-SEDIMENTAR AÇUNGUI GEOLOGIA E LITOGEOQUÍMICA DAS ROCHAS GRANÍTICAS DO MACIÇO CAPÃO BONITO E O CONTEXTO GEOLÓGICO DA SEQUÊNCIA VULCANO-SEDIMENTAR AÇUNGUI Thiago Motta BOLONINI 1, Antonio Misson GODOY 2, Lara Cínthia Arndt

Leia mais

Metamorfismo. Pressão e temperatura. Rocha original (protólito)

Metamorfismo. Pressão e temperatura. Rocha original (protólito) Rochas metamórficas Conteúdo Metamorfismo Fatores de influência Tipos de metamorfismo Características das rochas metamórficas Principais rochas Zonas de metamorfismo no planeta Metamorfismo Pressão e temperatura

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO UNIVASF CAMPUS SERRA DA CAPIVARA COLEGIADO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA CCINAT.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO UNIVASF CAMPUS SERRA DA CAPIVARA COLEGIADO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA CCINAT. UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO UNIVASF CAMPUS SERRA DA CAPIVARA COLEGIADO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA CCINAT Rochas Ígneas Referências Cap. 16 - Decifrando a Terra Cap. 4 Para entender a Terra

Leia mais

Geologia, problemas e materiais do quotidiano

Geologia, problemas e materiais do quotidiano Biologia e Geologia 11º ano Tema 4 Geologia, problemas e materiais do quotidiano 4.2. Processos e materiais importantes em ambientes terrestres 2016 Magmatismo - Rochas Magmáticas Magmatismo - Rochas Magmáticas

Leia mais

PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA DAS ROCHAS VULCÂNICAS ÁCIDAS DO TIPO PALMAS AFLORANTES NAS PROXIMIDADES DOS MUNICÍPIOS DE PALMAS E GENERAL CARNEIRO (PR)

PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA DAS ROCHAS VULCÂNICAS ÁCIDAS DO TIPO PALMAS AFLORANTES NAS PROXIMIDADES DOS MUNICÍPIOS DE PALMAS E GENERAL CARNEIRO (PR) 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA DAS ROCHAS VULCÂNICAS ÁCIDAS DO TIPO PALMAS AFLORANTES NAS PROXIMIDADES DOS MUNICÍPIOS DE PALMAS E GENERAL CARNEIRO (PR) Luanna

Leia mais

CAPÍTULO VIII- CONCLUSÕES

CAPÍTULO VIII- CONCLUSÕES CAPÍTULO VIII- CONCLUSÕES Com base nos dados e resultados obtidos no presente trabalho, as seguintes conclusões podem ser enumeradas: 1) A seção sedimentar do ofiolito de Ribeirão da Folha é composta,

Leia mais

Redalyc. Silva Gonçalves, Leonardo E. da; Flecha de Alkmim, Fernando; Pedrosa-Soares, Antônio Carlos

Redalyc. Silva Gonçalves, Leonardo E. da; Flecha de Alkmim, Fernando; Pedrosa-Soares, Antônio Carlos Redalyc Sistema de Información Científica Red de Revistas Científicas de América Latina, el Caribe, España y Portugal Silva Gonçalves, Leonardo E. da; Flecha de Alkmim, Fernando; Pedrosa-Soares, Antônio

Leia mais

ESTUDO PETROGRÁFICO E GEOQUÍMICO DAS METAVULCÂNICAS ÁCIDAS DO SUPERGRUPO ESPINHAÇO (DOMÍNIO CHAPADA DIAMANTINA), SUDOESTE DA BAHIA

ESTUDO PETROGRÁFICO E GEOQUÍMICO DAS METAVULCÂNICAS ÁCIDAS DO SUPERGRUPO ESPINHAÇO (DOMÍNIO CHAPADA DIAMANTINA), SUDOESTE DA BAHIA ESTUDO PETROGRÁFICO E GEOQUÍMICO DAS METAVULCÂNICAS ÁCIDAS DO SUPERGRUPO ESPINHAÇO (DOMÍNIO CHAPADA DIAMANTINA), SUDOESTE DA BAHIA Josiene M. de Almeida 1 (M), Adriane Machado 1, Cristine Lenz 1 e Leidiane

Leia mais

Geologia, Petrografia e Geoquímica do Batólito Seringa, Província Carajás, SSE do Pará

Geologia, Petrografia e Geoquímica do Batólito Seringa, Província Carajás, SSE do Pará Revista Brasileira de Geociências 41(2): 185-202, junho de 2011 Geologia, Petrografia e Geoquímica do Batólito Seringa, Província Carajás, SSE do Pará Antonio Lima de Paiva Júnior 1,2, Claudio Nery Lamarão

Leia mais

Palavras-chave: Província Aurífera de Alta Floresta, granitos tipo I e A, petrografia, geoquímica.

Palavras-chave: Província Aurífera de Alta Floresta, granitos tipo I e A, petrografia, geoquímica. Revista Brasileira de Geociências 42(1): 130-161, março de 2012 Contexto geológico e litogeoquímica das unidades plutônicas-vulcânicas da região de União do Norte, setor leste da Província Aurífera de

Leia mais

GEOLOGIA, PETROGRAFIA E LITOGEOQUÍMICA DO COMPLEXO GRANÍTICO TRÊS CÓRREGOS NA REGIÃO DE BARRA DO CHAPÉU E RIBEIRÃO BRANCO, SP

GEOLOGIA, PETROGRAFIA E LITOGEOQUÍMICA DO COMPLEXO GRANÍTICO TRÊS CÓRREGOS NA REGIÃO DE BARRA DO CHAPÉU E RIBEIRÃO BRANCO, SP Revista Brasileira de Geociências 25(2):92-106, junho de 1995 GEOLOGIA, PETROGRAFIA E LITOGEOQUÍMICA DO COMPLEXO GRANÍTICO TRÊS CÓRREGOS NA REGIÃO DE BARRA DO CHAPÉU E RIBEIRÃO BRANCO, SP ANTONIO GIMENEZ

Leia mais

Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Cienc. Nat., Belém, v. 8, n. 3, p , set.-dez Universidade Federal do Pará. Belém, Pará, Brasil

Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Cienc. Nat., Belém, v. 8, n. 3, p , set.-dez Universidade Federal do Pará. Belém, Pará, Brasil Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Cienc. Nat., Belém, v. 8, n. 3, p. 291-323, set.-dez. 2013 Geologia, petrografia e geoquímica do Leucogranodiorito Pantanal e dos leucogranitos arqueanos da área a norte

Leia mais

Geoquímica e geocronologia U-Pb (SHRIMP) de granitos da região de Peixoto de Azevedo: Província Aurífera Alta Floresta, Mato Grosso

Geoquímica e geocronologia U-Pb (SHRIMP) de granitos da região de Peixoto de Azevedo: Província Aurífera Alta Floresta, Mato Grosso DOI: 0.5327/Z237-488920400030007 ARTIGO Geoquímica e geocronologia U-Pb (SHRIMP) de granitos da região de Peixoto de Azevedo: Província Aurífera Alta Floresta, Mato Grosso Geochemistry and Geochronology

Leia mais

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO INVESTIGAÇÃO DE MISTURAS MIXING/MINGLING E ASSIMILAÇÃO NA SUÍTE INTRUSIVA

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE AGRONOMIA DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS CURSO DE GEOLOGIA

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE AGRONOMIA DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS CURSO DE GEOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE AGRONOMIA DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS CURSO DE GEOLOGIA Geoquímica do Granito Pós-Colisional de Mangaratiba (Granito Mangaratiba), RJ, Brasil FERNADA

Leia mais

Sistemas de classificação e nomenclatura das rochas ígneas. Antonio Liccardo

Sistemas de classificação e nomenclatura das rochas ígneas. Antonio Liccardo Sistemas de classificação e nomenclatura das rochas ígneas Antonio Liccardo Magma Lava - Havaí Paricutín - México Magma É uma rocha fundida (altas T: 700 até 1.200 C. Tem consistência pastosa e mobilidade

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS Silvana de Carvalho Melo PETROLOGIA E GEOQUÍMICA DOS GRANITÓIDES DO COMPLEXO PRATA A NORDESTE

Leia mais

Anuário do Instituto de Geociências - UFRJ

Anuário do Instituto de Geociências - UFRJ www.anuario.igeo.ufrj.br Petrography and Litogeochemistry Analyses of Massangana, São Carlos and Caritianas Massifs belonging to Youngest Granites of the Rondonia Tin Province Beatriz Pereira Debowski

Leia mais

Petrografia do Stock Nefelina Sienítico Serra da Gruta, Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia

Petrografia do Stock Nefelina Sienítico Serra da Gruta, Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia SCIENTIA PLENA VOL. 8, NUM. 11 2012 www.scientiaplena.org.br Petrografia do Stock Nefelina Sienítico Serra da Gruta, Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia Petrography of Serra da Gruta Nepheline

Leia mais

Introdução. Importância - 70 % das rochas da crosta terrestre são formadas a partir de magma

Introdução. Importância - 70 % das rochas da crosta terrestre são formadas a partir de magma MAGMATISMO Introdução Importância - 70 % das rochas da crosta terrestre são formadas a partir de magma Definições Rochas ígneas = rochas formadas através da cristalização de magma Magma rocha fundida termo

Leia mais

GRANITO CINZA DE GUIMARÃES

GRANITO CINZA DE GUIMARÃES GRUPAMENTO DE ESCOLAS FICHA RELATÓRIO GRANITO CINZA DE GUIMARÃES TRABALHO REALIZADO PELAS TURMAS: _ 5º F _ 5º G TRABALHO REALIZADO PELO PROFESSOR: _Raúl Freitas São Torcato, Fevereiro de 2010 Escola Básica

Leia mais

Sm 62 > Nd 60 + Q

Sm 62 > Nd 60 + Q Método Sm-Nd Sistemática Sm-Nd Deve-se tomar os mesmos cuidados mencionados para a construção dos diagramas isocrônicos Rb-Sr; As amostras devem ser homogêneas e representativas da unidade a ser datada;

Leia mais

O método Rb-Sr. Os cuidados na coleta de amostras para a sistemática Rb-Sr, no geral são os mesmos dos para a coleta para Ar-Ar e Sm-Nd.

O método Rb-Sr. Os cuidados na coleta de amostras para a sistemática Rb-Sr, no geral são os mesmos dos para a coleta para Ar-Ar e Sm-Nd. O método Rb- Sistemática Rb- Os cuidados na coleta de amostras para a sistemática Rb-, no geral são os mesmos dos para a coleta para Ar-Ar e Sm-Nd. O tamanho da amostra deve ser aproximadamente 10 (dez)

Leia mais

Geologia e Geoquímica do Batólito Rapakivi Rio Branco, SW do Craton Amazônico - MT

Geologia e Geoquímica do Batólito Rapakivi Rio Branco, SW do Craton Amazônico - MT Geologia Série Científica USP Revista do Instituto de Geociências - USP Geol. USP Sér. Cient., São Paulo, v. 7, n. 1, p. 57-72, abril 2007 Geologia e Geoquímica do Batólito Rapakivi Rio Branco, SW do Craton

Leia mais

Quais os principais agentes de metamorfismo? Qual a relação entre o metamorfismo e a tectónica de placas?

Quais os principais agentes de metamorfismo? Qual a relação entre o metamorfismo e a tectónica de placas? Quais os principais agentes de metamorfismo? Qual a relação entre o metamorfismo e a tectónica de placas? Tensão Temperatura Fluidos Tempo LITOSTÁTICA NÃO LITOSTÁTICA QUE TIPO DE ESTADO DE TENSÃO PODE

Leia mais

ASPECTOS GEOQUÍMICOS DAS ROCHAS GRANITÓIDES DA SUÍTE INTRUSIVA PEDRA PINTADA, NORTE DO ESTADO DE RORAIMA

ASPECTOS GEOQUÍMICOS DAS ROCHAS GRANITÓIDES DA SUÍTE INTRUSIVA PEDRA PINTADA, NORTE DO ESTADO DE RORAIMA Revista Brasileira de Geociências 27(1):3-12, março de 1997 ASPECTOS GEOQUÍMICOS DAS ROCHAS GRANITÓIDES DA SUÍTE INTRUSIVA PEDRA PINTADA, NORTE DO ESTADO DE RORAIMA LEDA M. B. FRAGA 1 ; REGINA C. HADDAD

Leia mais

PETROLOGIA E GEOCRONOLOGIA DO MACIÇO GLÓRIA NORTE, FAIXA DE DOBRAMENTOS SERGIPANA, NE DO BRASIL

PETROLOGIA E GEOCRONOLOGIA DO MACIÇO GLÓRIA NORTE, FAIXA DE DOBRAMENTOS SERGIPANA, NE DO BRASIL UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA Programa de Pós-Graduação em Geociências e Análise de Bacias DISSERTAÇÃO DE MESTRADO PETROLOGIA E GEOCRONOLOGIA DO MACIÇO GLÓRIA

Leia mais

Projeto Cobre. Bahia Brasil Agosto

Projeto Cobre. Bahia Brasil Agosto Projeto Cobre Bahia Brasil Agosto - 2016 Introdução Este projeto teve início a partir de investigações regionais com indícios de mineralização de minério de cobre; Após aferirmos elementos indicativos,

Leia mais

2 Área de Estudo Meio Físico Localização e características gerais

2 Área de Estudo Meio Físico Localização e características gerais 2 Área de Estudo 2.1. Meio Físico 2.1.1. Localização e características gerais O local de estudo desta dissertação está situado no município de Nova Friburgo, sendo os locais escolhidos para a retirada

Leia mais

GRANITÓIDES SANTA LUZIA: REGISTRO DO MAGMATISMO GRANÍTICO BRASILIANO DO CINTURÃO ARAGUAIA NA REGIÃO DE PARAÍSO DO TOCANTINS (TO)

GRANITÓIDES SANTA LUZIA: REGISTRO DO MAGMATISMO GRANÍTICO BRASILIANO DO CINTURÃO ARAGUAIA NA REGIÃO DE PARAÍSO DO TOCANTINS (TO) Revista Brasileira de Geociências 26(4):277-288, dezembro de 1996 GRANITÓIDES SANTA LUZIA: REGISTRO DO MAGMATISMO GRANÍTICO BRASILIANO DO CINTURÃO ARAGUAIA NA REGIÃO DE PARAÍSO DO TOCANTINS (TO) CLÁUDIO

Leia mais

O ENXAME DE DIQUES FLORIANÓPOLIS NA PRAIA DA PINHEIRA, PALHOÇA (SC)

O ENXAME DE DIQUES FLORIANÓPOLIS NA PRAIA DA PINHEIRA, PALHOÇA (SC) O ENXAME DE DIQUES FLORIANÓPOLIS NA PRAIA DA PINHEIRA, PALHOÇA (SC) Edison Ramos Tomazzoli 1, Joel Marcel Pellerin 1 (in memoriam), Carolina Martins 2, Emmanuelle Rodrigues de Nazareth 2, Kleber Isaac

Leia mais

Recebido em 10 de maio de 2016; aceito em 10 de maio de 2017

Recebido em 10 de maio de 2016; aceito em 10 de maio de 2017 2929 DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v17-426 Revista do Instituto de Geociências - USP Geol. USP, Sér. cient., São Paulo, v. 17, n. 3, p. 2-48, Setembro 2017 Geologia e petrologia do Granito São Vicente na

Leia mais

Faculdade de Geociências Universidade Federal de Mato Grosso FAGEO/UFMT 2. Instituto de Engenharia Universidade Federal de Mato Grosso IENG/UFMT 3

Faculdade de Geociências Universidade Federal de Mato Grosso FAGEO/UFMT 2. Instituto de Engenharia Universidade Federal de Mato Grosso IENG/UFMT 3 (linha simples 1, XVSGCO - 145 GEOLOGIA E PETROGRAFIA DO COMPLEXO RINCÓN DEL TIGRE, FAIXA SUNSÁS - ORIENTE BOLIVIANO Fabiele Dalmaso Spode 1, Gabrielle Aparecida de Lima 2, Amarildo Salina Ruiz 1, Maria

Leia mais

Composição química: 74,2% de SiO 2 (rocha ácida) e mais de de Al 2 O 3, K 2 O e Na 2 O.

Composição química: 74,2% de SiO 2 (rocha ácida) e mais de de Al 2 O 3, K 2 O e Na 2 O. 1. Identificação da Equipa Escola: Equipa: Localização [Vila/cidade/distrito e país] Escola Secundária de Maximinos Gregorianos (alunos do 11º 2 e prof. Adelaide Sousa) Braga/ Braga/ Portugal 2. Caracterização

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Ciências Exatas e da Terra Programa de Pós-Graduação em Geodinâmica e Geofísica

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Ciências Exatas e da Terra Programa de Pós-Graduação em Geodinâmica e Geofísica Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Ciências Exatas e da Terra Programa de Pós-Graduação em Geodinâmica e Geofísica Dissertação de Mestrado Autora: VIVIANE OLIVEIRA DE SOUZA Orientador:

Leia mais

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO JULLY MYLLI LOPES AFONSO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO JULLY MYLLI LOPES AFONSO Faculdade de Geologia Universidade Federal do Pará Instituto de Geociências TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO JULLY MYLLI LOPES AFONSO GEOLOGIA, PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA DE DOIS PLÚTONS GRANÍTICOS ISOTRÓPICOS

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DIRETORIA DE PESQUISA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DIRETORIA DE PESQUISA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DIRETORIA DE PESQUISA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PIBIC: CNPq, CNPq/AF, UFPA, UFPA/AF, PIBIC/INTERIOR,

Leia mais

EVOLUÇÃO PETROLÓGICA E ESTRUTURAL DAS ROCHAS GRANITÓIDES E METABÁSICAS DA SERRA LESTE, PROVÍNCIA MINERAL DE CARAJÁS

EVOLUÇÃO PETROLÓGICA E ESTRUTURAL DAS ROCHAS GRANITÓIDES E METABÁSICAS DA SERRA LESTE, PROVÍNCIA MINERAL DE CARAJÁS UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA E GEOQUÍMICA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EVOLUÇÃO PETROLÓGICA E ESTRUTURAL DAS ROCHAS GRANITÓIDES E METABÁSICAS DA

Leia mais

FICHA DE DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA CONTRATO CPRM/UFMG/059/2005

FICHA DE DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA CONTRATO CPRM/UFMG/059/2005 N o da Estação de Campo: EB36 Coord. UTM: 309452 /7954764 N o da Lâmina:EB36a Local: Município de Barra de São Francisco Minerais Essenciais: Granada 1-3%, Biotita 5-10%, Quartzo 30%, Plagioclásio 10%,

Leia mais

Ortognaisse Serra da Cangalha: interface entre mapeamento geológico, Petrografia e Geoquímica

Ortognaisse Serra da Cangalha: interface entre mapeamento geológico, Petrografia e Geoquímica Ortognaisse Serra da Cangalha: interface entre mapeamento geológico, Petrografia e Geoquímica Autor(es): Publicado por: URL persistente: DOI: Silva, Pedro Douglas da; Mendes, Júlio Cézar Imprensa da Universidade

Leia mais

Silva, M.R.; de Lena, J.C.; Nalini, H.A.; Enzweiler, J. Fonte: VALE (2014)

Silva, M.R.; de Lena, J.C.; Nalini, H.A.; Enzweiler, J. Fonte: VALE (2014) Quanti'icação de elementos- traço e terras raras em amostras de formações ferríferas do Quadrilátero Ferrífero visando à confecção de materiais de referência Silva, M.R.; de Lena, J.C.; Nalini, H.A.; Enzweiler,

Leia mais

ANÁLISE DE PROVENIÊNCIA DOS SEDIMENTOS DE FUNDO DO RIO ARAGUARI-AP COM BASE NAS ASSEMBLÉIAS MINERALÓGICAS

ANÁLISE DE PROVENIÊNCIA DOS SEDIMENTOS DE FUNDO DO RIO ARAGUARI-AP COM BASE NAS ASSEMBLÉIAS MINERALÓGICAS ANÁLISE DE PROVENIÊNCIA DOS SEDIMENTOS DE FUNDO DO RIO ARAGUARI-AP COM BASE NAS ASSEMBLÉIAS MINERALÓGICAS THIAGO PEREIRA DE SOUZA (UFPA) PATRÍCIA SILVA RODRIGUES (UFPA) JOSÉ FRANCISCO BERREDO REIS DA SILVA

Leia mais

Anexo III- Resultados de análise química mineral

Anexo III- Resultados de análise química mineral Resultados de análise química mineral em cristais de ilmenita presentes em amostras de quartzo-mica xisto (DL-54) e xisto peraluminoso (Q-14). Amostra Q-14 Q-14 Q-14 Q-14 Q-14 Q-14 Q-14 DL-54 DL-54 DL-54

Leia mais

CARACTERÍSTICAS GEOQUÍMICAS DOS GRANITÓIDES TRANSAMAZÔNICOS NO BLOCO GAVIÃO, CRATON SÃO FRANCISCO, BAHIA, BRASIL

CARACTERÍSTICAS GEOQUÍMICAS DOS GRANITÓIDES TRANSAMAZÔNICOS NO BLOCO GAVIÃO, CRATON SÃO FRANCISCO, BAHIA, BRASIL CARACTERÍSTICAS GEOQUÍMICAS DOS GRANITÓIDES TRANSAMAZÔNICOS NO BLOCO GAVIÃO, CRATON SÃO FRANCISCO, BAHIA, BRASIL A.B. Menezes Leal ; L.R. Bastos Leal ; J.C. Cunha 2 ; W. Teixeira 3 - angelab@ufba.br; lrogerio@ufba.br

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA, PETROGRÁFICA E GEOQUÍMICA DO MACIÇO SARARÉ NA PARTE SUDOESTE DO CRÁTON AMAZÔNICO

CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA, PETROGRÁFICA E GEOQUÍMICA DO MACIÇO SARARÉ NA PARTE SUDOESTE DO CRÁTON AMAZÔNICO CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA, PETROGRÁFICA E GEOQUÍMICA DO MACIÇO SARARÉ NA PARTE SUDOESTE DO CRÁTON AMAZÔNICO Larissa Marques Barbosa de ARAÚJO-RUIZ 1, Antonio Misson GODOY 2, Amarildo Salina RUIZ 3, Maria

Leia mais

Estudo preliminar da rocha granítica do plúton Caxexa, Província Borborema, para aproveitamento como mineral industrial

Estudo preliminar da rocha granítica do plúton Caxexa, Província Borborema, para aproveitamento como mineral industrial Estudo preliminar da rocha granítica do plúton Caxexa, Província Borborema, para aproveitamento como mineral industrial Ana Cláudia Mousinho Ferreira 1, Laís Bento de Andrade 2, Matheus dos Santos Melo

Leia mais

ROCHAS ÍGNEAS. Identificação Macroscópica

ROCHAS ÍGNEAS. Identificação Macroscópica ROCHAS ÍGNEAS Identificação Macroscópica RECONHECER DESCREVER CLASSIFICAR ROCHAS ÍGNEAS RELATÓRIO DE PETROGRAFIA Quais os parâmetros a considerar na descrição/classificação de uma rocha ígnea? A. Estrutura

Leia mais

PETROLOGIA DO PLÚTON GRANÍTICO SERRA VERDE, PORÇÃO LESTE DO DOMÍNIO SERIDÓ

PETROLOGIA DO PLÚTON GRANÍTICO SERRA VERDE, PORÇÃO LESTE DO DOMÍNIO SERIDÓ Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Ciências Exatas e da Terra Programa de Pós-Graduação em Geodinâmica e Geofísica DISSERTAÇÃO DE MESTRADO PETROLOGIA DO PLÚTON GRANÍTICO SERRA VERDE,

Leia mais

PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA DAS ROCHAS METAVULCÂNICAS MÁFICAS E ULTRAMÁFICAS DO COMPLEXO METAMÓRFICO BRUSQUE, REGIÃO DA SERRA DA MISÉRIA, ITAPEMA, SC.

PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA DAS ROCHAS METAVULCÂNICAS MÁFICAS E ULTRAMÁFICAS DO COMPLEXO METAMÓRFICO BRUSQUE, REGIÃO DA SERRA DA MISÉRIA, ITAPEMA, SC. PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA DAS ROCHAS METAVULCÂNICAS MÁFICAS E ULTRAMÁFICAS DO COMPLEXO METAMÓRFICO BRUSQUE, REGIÃO DA SERRA DA MISÉRIA, ITAPEMA, SC. Roberto Sacks de Campos 1 & Ruy Paulo Philipp 2 1 Curso

Leia mais

18 de Maio de A redefinição de ambientes geotectônicos pode levar à descoberta de novos depósitos minerais: Projeto Troia - CE

18 de Maio de A redefinição de ambientes geotectônicos pode levar à descoberta de novos depósitos minerais: Projeto Troia - CE A redefinição de ambientes geotectônicos pode levar à descoberta de novos depósitos minerais: Projeto Troia - CE Serviço Geológico do Brasil - CPRM Residência de Fortaleza - REFO 18 de Maio de 2016 Maciço

Leia mais

PETROLOGIA E GEOCRONOLOGIA U-Pb (SHRIMP) E Sm- Nd DO GRANITO BETEL: MAGMATISMO DE ARCO CONTINENTAL DA OROGENIA SAN IGNÁCIO - SW DO CRÁTON AMAZÔNICO.

PETROLOGIA E GEOCRONOLOGIA U-Pb (SHRIMP) E Sm- Nd DO GRANITO BETEL: MAGMATISMO DE ARCO CONTINENTAL DA OROGENIA SAN IGNÁCIO - SW DO CRÁTON AMAZÔNICO. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS Meice Mendes PETROLOGIA E GEOCRONOLOGIA U-Pb (SHRIMP) E Sm- Nd DO GRANITO BETEL:

Leia mais