PROPOSTA Nº2/2009 DA MOTIVAÇÃO

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1 PROPOSTA Nº2/2009 Assunto: Delegação de competências. I DA MOTIVAÇÃO 1- Considerando que a delegação de poderes constitui um verdadeiro instrumento de desconcentração administrativa, implicando modificações na dinâmica da própria estrutura administrativa, com vantagens evidentes para o funcionamento dos serviços administrativos. 2- Considerando a conveniência em incluir num único acto administrativo, o mais exaustivo possível, as diversas competências delegadas no Presidente da Câmara Municipal, por forma a permitir uma maior segurança jurídica e o mais fácil conhecimento das mesmas por parte dos munícipes no seu relacionamento com o Município e dos próprios serviços municipais 3 - Considerando que o artigo 65º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações introduzidas pela Lei nº5- A/2002, de 11 de Janeiro, prevê a possibilidade de delegação de competências da Câmara no seu Presidente, com as excepções naquela referidas; 1

2 II- DA PROPOSTA EM SENTIDO ESTRITO Nestes termos, proponho que a Câmara Municipal de Valpaços, delibere, ao abrigo do artigo 65º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, conjugado com os artigos 35º, 36º e 37º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei nº 442/91, de 15 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 6/96, de 31 de Janeiro, delegar no Presidente e autorizar a sua subdelegação nos Vereadores nos termos e limites do nº2 do artigo 69 da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro e ulteriores alterações, as competências atribuídas por Lei à Câmara Municipal e delegáveis no Presidente da Câmara: A) As previstas no artigo 64º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro e ulteriores alterações, a saber: 1- Executar e velar pelo cumprimento das deliberações da Assembleia Municipal; 2- Proceder à marcação e justificação de faltas dos seus membros; 3- Deliberar sobre a locação e aquisição de bens móveis e serviços, nos termos da lei; 4- Alienar os bens móveis que se tornem dispensáveis, nos termos da lei; 5- Adquirir e alienar ou onerar bens imóveis de valor até 1000 vezes o índice 100 das carreiras do regime geral do sistema remuneratório da função pública; 2

3 6- Alienar em hasta pública, independentemente de autorização do órgão deliberativo, bens imóveis de valor superior ao do número anterior, desde que a alienação decorra da execução das opções do plano e a respectiva deliberação seja aprovada por maioria de dois terços dos membros em efectividade de funções; 7- Apoiar e comparticipar no apoio à acção social escolar e ás actividades complementares no âmbito de projectos educativos, nos termos da lei; 8- Organizar e gerir transportes escolares; 9- Dar cumprimento, no que lhe diz respeito, ao Estatuto do Direito de Oposição; 10- Aprovar projectos, programas de concurso, caderno de encargos e a adjudicação relativamente a obras e aquisição de bens e serviços; 11- Deliberar sobre a administração de águas públicas sob a sua jurisdição; 12- Promover a publicação de documentos, anais ou boletins que interessem à história do município; 13- Deliberar sobre o estacionamento de veículos nas ruas e demais lugares públicos; 14- Estabelecer a denominação das ruas e praças das povoações e estabelecer as regras da numeração dos edifícios; 15- Proceder à captura, alojamento e abate de canídeos e gatídeos, nos termos da legislação aplicável; 16- Deliberar sobre a deambulação e extinção de animais nocivos; 17- Declarar prescritos a favor do município, nos termos e prazos fixados na lei geral e após publicação de avisos, os 3

4 jazigos, mausoléus ou outras obras, assim como sepulturas perpétuas instaladas nos cemitérios propriedade municipal, quando não sejam conhecidos os seus proprietários ou relativamente aos quais se mostre que após notificação judicial, se mantém desinteresse na sua conservação e manutenção, de forma inequívoca e duradoura. 18- Remeter ao Tribunal de Contas, nos termos da lei, as contas do município; 19- Executar as opções do plano e o orçamento aprovados, bem como as suas alterações; 20- Elaborar e aprovar o relatório de actividades e os documentos de prestação de contas a submeter à apreciação do órgão deliberativo; 21- Criar, construir e gerir instalações, equipamentos, serviços redes de circulação, de transportes, de energia, de distribuição de bens e recursos físicos integrados no património municipal ou colocados, por lei, sob a administração municipal; 22- Participar em órgãos de gestão de entidades da administração central, nos casos, nos termos e para os efeitos estabelecidos por lei; 23- Colaborar no apoio a programas e projectos de interesse municipal, em parceria com outras entidades da administração central; 24- Designar os representantes do município nos conselhos locais, nos termos da lei; 25- Promover e apoiar o desenvolvimento de actividades artesanais, de manifestações 4

5 etnográficas e a realização de eventos relacionados com a actividade económica de interesse municipal; 26- Assegurar, em parceria ou não com outras entidades públicas ou privadas, nos termos da lei, o levantamento, classificação, administração, manutenção, recuperação e divulgação do património natural, cultural, paisagístico e urbanístico do município, incluindo a construção de monumentos de interesse municipal; 27- Participar em órgãos consultivos de entidades da administração central, nos casos estabelecidos por lei; 28- Participar na prestação de serviços a estratos sociais desfavorecidos ou dependentes, em parceria com as entidades competentes da administração central, e prestar apoio aos referidos estratos sociais, pelos meios adequados e nas condições constantes de regulamento municipal; 29- Assegurar o apoio adequado ao exercício de competências por parte do Estado, nos termos definidos por lei; 30- Conceder licenças nos casos e nos termos da lei, designadamente para a construção, reedificação, utilização, conservação ou demolição de edifícios, assim como para os estabelecimentos insalubres, incómodos, perigosos ou tóxicos, incluindo as previstas nas seguintes situações: a) Concessão de licença administrativa (cfr. O nº1 do artigo 5º do Decreto-Lei nº 555/99, de 6 de Dezembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 177/2001, de 4 de Junho e a Lei nº 60/2007, de 4 de Setembro. b) Aprovação da informação prévia (cfr. O nº3 do artigo 5º do Decreto-lei nº 555/99, de 6 de Dezembro e ulteriores alterações.) 5

6 31- Realizar vistorias e executar, de forma exclusiva ou participada, a actividade fiscalizadora atribuída por lei, nos termos por esta definidos; 32- Ordenar, precedendo vistoria, a demolição total ou parcial ou a beneficiação de construções que ameacem ruína ou constituam perigo para a saúde ou segurança das pessoas; 33- Emitir licenças, matrículas, livretes e transferências de propriedade e respectivos averbamentos e proceder a exames, registos e fixação de contingentes relativamente a veículos, nos casos legalmente previstos; 34- Administrar o domínio público municipal, nos termos da lei. 35- Exercer as demais competências legalmente conferidas, tendo em vista o prosseguimento normal das atribuições do Município, designadamente: a) Autorizar a realização de despesas até ao limite de euros, relativamente à locação, aquisição de bens móveis e serviços e empreitadas de obras públicas, nos termos da alínea b) do nº1 do artigo 18, conjugada com a alínea b) do nº1do artigo 4º e nº2 do artigo 29º do Decreto-Lei nº 197/99, de 8 de Junho; b) Quanto aos Empreendimentos Turísticos, as previstas no nº1 do artigo 8º e alínea b) do artigo 64º do Decreto-Lei nº 167/97, de 4 de Julho, com a redacção constante do anexo ao Decreto-Lei nº 55/2002, de 11 de Março; c) Quanto aos Estabelecimentos de Restauração e Bebidas, as previstas nos artigos 3º,5º, 32º, nº1 do artigo 35º, nº1 do 6

7 artigo 41º do Decreto-Lei nº 168/97, com a redacção constante do anexo ao Decreto-Lei nº57/2002, de 11 de Março; d) Quanto aos depósitos de Sucata, as previstas nos artigos 6º,7º,9º,12º,15º,16º,18º a 21º e 23º do Decreto-Lei nº268/98, de 28 de Agosto; e) Quanto à reconversão Urbanística das Áreas de Génese Ilegal, as previstas nos artigos 1º,3º,19º a 26, 28º,29º,31º,35º, da Lei nº 91/95, de 2 de Setembro, de acordo com a redacção constante do anexo à Lei nº64/2003, de 23 de Agosto; f) Quanto aos recintos de espectáculos e divertimentos públicos, as previstas no artigo 19º do Decreto-Lei nº 315/95, de 28 de Novembro, e nos artigos 11º, nº2, alíneas a),b) e c), 18º, 19º, 23º do Decreto-Lei nº 309/2002, de 16 de Dezembro; g) Quanto à prevenção do ruído e controlo de poluição sonora, as previstas nos artigos 2º, 4º a 9º, 19º e nºs 1e2 do artigo 24º do anexo do Decreto-Lei nº 292/2000, de 14 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 259/2002, de 23 de Novembro; h) Quanto ao licenciamento do exercício e à fiscalização das Actividades Diversas, as previstas no artigo 4º do Decreto-Lei nº 264/2002, de 25 de Novembro; i) Quanto aos empreendimentos de turismo no espaço rural, as previstas no nº1 do artigo 12º do Decreto-Lei nº 54/2002, de 11 de Março; j) Praticar os actos administrativos previstos no Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação aprovado pelo Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de Dezembro, e ulteriores alterações, a seguir elencados: 7

8 1- Certificar, para efeitos de Registo Predial, nos termos previstos no artigo 6º, nº9; 2- Emitir parecer prévio, não vinculativo, sobre as operações urbanísticas, nos termos previstos no artigo 7º, nºs2 e 4; 3- Aprovar a informação prévia, nos termos e limites fixados nos artigos 14º e 16º; 4- Proceder às notificações, nos termos e para os efeitos previstos no artigo 65º,nº3; 5- Emitir certidões, nos termos previstos no artigo 49º,nºs 2 e 3; 6- Alterar as condições da licença ou da autorização de obras de urbanização, nos termos previstos no artigo 53º, nº7; 7- Proceder à recepção provisória e definitiva das obras de urbanização nos termos previstos no artigo 87º; 8- Determinar a execução de obras de conservação nos termos previstos no artigo 89º,nº 2 e artigo 90º; 9- Ordenar a demolição total e parcial de construções, nos termos previstos no artigo 89º,nº3 e artigo 90º; 10- Nomear técnicos para efeitos de vistoria prévia, nos termos previstos no artigo 90ºnº1; 11- Tomar posse administrativa de imóveis para efeitos de obras coercivas, nos termos previstos no artigo 91º; 12- Ordenar o despejo administrativo de prédios ou parte de prédios, nos termos previstos nos artigos 92º e 109º,nºs 2,3 e 4; 13- Promover a realização de trabalhos de correcção ou alteração por conta do titular da licença ou autorização, nos termos previstos no artigo 105º,nº3; 8

9 14- Prestar a informação, nos termos e para os efeitos previstos no artigo 110º; 15- Prestar informações sobre processos relativos a operações urbanísticas, nos termos previstos no artigo 120º. II Caso a presente proposta venha a merecer a aprovação pelo Executivo Camarário, deverá a mesma ser objecto de divulgação através de edital a afixar nos lugares de estilo. Paços do Concelho de Valpaços, aos 26 de Outubro de APROVADA POR MAIORIA, EM REUNIÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VALPAÇOS REALIZADA NO DIA 30 DE OUTUBRO DE