ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Prefeitura Municipal de Eldorado do Sul Secretaria Municipal da Administração

Transcrição

1 DECRETO Nº 4.761, DE 19 DE ABRIL DE REGULAMENTA A LEI MUNICIPAL Nº 1.985, DE 25 DE JANEIRO DE 2005, QUE DISPÕE SOBRE A CONCESSÃO DE INCENTIVOS FISCAIS E ECONÔMICOS PARA INSTALAÇÃO DE NOVAS EMPRESAS NO MUNICÍPIO, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. CONSIDERANDO o disposto na Lei Municipal nº 1.985, de 25 de janeiro de 2005, que prevê a Concessão de Incentivos Fiscais e Econômicos para instalação de novas empresas no Município. CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar os trâmites administrativos que envolvem as diversas etapas que devem ser seguidas, até a decisão final da administração no que se refere a viabilidade de concessão dos incentivos descritos na Lei Municipal n , de ERNANI DE FREITAS GONÇALVES, Prefeito Municipal de Eldorado do Sul, Estado do Rio Grande do Sul, no uso de suas atribuições legais que lhe confere a Lei Orgânica Municipal. DECRETA: Art. 1º As empresas postulantes a concessão de incentivos fiscais e econômicos, pelo Município de Eldorado do Sul, nos termos da Lei Municipal n , de 25 de janeiro de 2005, deverão providenciar os documentos descritos neste artigo, os quais deverão ser protocolizados, diretamente no Protocolo Geral da Prefeitura, mediante o pagamento da taxa de expediente prevista na na Tabela IX, letra h, da Lei Municipal n. 087, de 22 de dezembro de 1989, Código Tributário Municipal CTM: I Documentos de caráter econômico-financeiro: a) Síntese do projeto de viabilidade econômica; b) Incentivos solicitados; c) Histórico da empresa; d) Montante de capital a ser investido; e) Infra-estrutura em imobilizações, máquinas e equipamentos; f) Cronograma de implantação; g) Ramo de atividade a ser desenvolvida pela empresa no Município;

2 (principais clientes) e participação no mercado; h) Produto(s) e/ou serviço(s) a ser (em) comercializado(s), mercado consumidor i) Previsão de faturamento para os próximos cinco anos, especificando: faturamento total, faturamento base relativo ao Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS, faturamento base relativo ao Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN sobre prestação no Município, faturamento base ISSQN sobre prestação fora do Município; alíquota; j) Previsão de arrecadação de ISSQN, com sua respectiva alíquota; k) Previsão de incremento no valor adicionado no ICMS, com sua respectiva l) Expectativa de terceirização de parte da produção e/ou contratação de serviços de empresas do Município; Automotores IPVA recolhido; m) Frota de veículos e total de Imposto Sobre a Propriedade de Veículos n) Expectativa de geração de empregos, diretos e indiretos, mão-de-obra atual e faixa média salarial mensal; o) Balanço Patrimonial dos últimos três exercícios contábeis encerrados (registrados junto à Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Sul, no caso de Sociedades Anônimas- S.A.); p) Guia Informativa Modelo B, Guia B, fornecidas pela Secretaria Estadual da Fazenda e/ou Declaração Anual do Simples Nacional - DAS N fornecidas pela Receita Federal do Brasil, referente aos últimos dois exercícios encerrados. II Documentos relativos à regularidade formal da empresa: a) Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ; b) Contrato Social ou Estatuto Social e respectivas alterações; c) Atas e respectivos termos de alteração, atualização e consolidação contratual aprovada pela Junta Comercial do respectivo Estado; Pública Municipal; Pública Estadual; Pública Federal; d) Cadastro de Pessoas Físicas - CPF e Comprovante de Identidade dos sócios; e) Certidão Negativa ou Certidão Positiva com Efeitos de Negativa da Fazenda f) Certidão Negativa ou Certidão Positiva com Efeitos de Negativa da Fazenda g) Certidão Negativa ou Certidão Positiva com Efeitos de Negativa da Fazenda h) Certidão Negativa de Protestos Cambiais dos Tabelionatos existentes no

3 Município da sede da empresa; i) Certidão Negativa da Justiça Estadual; j) Certidão Negativa da Justiça Federal; k) Certidão de Regularidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); l) Certidão Negativa de Débito ou Certidão Positiva com Efeitos de Negativa de Débitos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); m) Declaração de Faturamento ICMS (Anexo I); n) Declaração de Faturamento ISSQN (Anexo II); o) Declaração anual contendo a relação dos funcionários residentes no Município de Eldorado do Sul, com seus respectivos endereços, quando for o caso. 1º É facultada a apresentação de outras informações que a empresa deseje fornecer para colaborar com a fundamentação da justificativa dos incentivos solicitados. 2º As certidões que não apresentarem data de validade, para efeitos de finalização processual, serão aceitas com data de emissão de, no máximo, quarenta e cinco dias. 3º Apresentados os documentos referidos neste artigo, pela empresa requerente, no Protocolo Geral da Prefeitura, será aberto um processo administrativo identificado como INCENTIVOS FISCAIS E ECONÔMICOS, devendo este ser encaminhado para a Secretaria da Fazenda do Município SEFAZ, de forma automática. 4º Poderá o Secretário da Fazenda do Município, no momento da análise e elaboração do Estudo de Viabilidade Econômico e Fiscal - EVEF, dispensar a apresentação dos documentos constantes no artigo 1, inciso I, alíneas i a n deste Decreto, devendo esta dispensa ser fundamentada. 5º A apresentação dos documentos constantes nas alíneas a até n, inciso I, do artigo 1º, deste Decreto, poderá ser apresentada, também, através do preenchimento do formulário de qualificação da empresa/empreendimento, nos termos do documento constante no Anexo III deste Decreto. Art. 2.º Os documentos referidos no artigo anterior deverão ser entregues em fotocópia devidamente autenticadas, quando não forem entregues de forma original. 1 As cópias dos documentos poderão ser autenticadas pela Administração Municipal mediante apresentação dos originais.

4 2 Serão aceitos documentos enviados para o oficial da Secretaria da Fazenda do Município no endereço eletrônico sefaz@eldorado.rs.gov.br, desde que o de origem seja o declarado no formulário de qualificação da empresa/empreendimento (Anexo III folha 2 campo: oficial da empresa ). 3 Os documentos encaminhados via eletrônica, nos termos do parágrafo anterior, quando da fase de finalização do processo, devem ser apresentados na foma original, devidamente validados com a assinatura do representante legal da empresa, ou procurador habilitado para tal. 4 Os formulários, guias, modelos de declarações ou outras espécies de documentos que forem criados e exigidos pelo Poder Público Municipal, para fins de análise e concessão de incentivos fiscais e econômicos, podem ser alterados ou atualizados, a qualquer tempo, devendo ser regulamentados por Decreto do Poder Executivo. Art. 3 Ficará a disposição das empresas interessadas, na Secretaria da Fazenda do Município, arquivos contendo a legislação municipal pertinente ao tema incentivos fiscais e econômicos, bem como formulários a serem preenchidos, o qual poderá ser disponibilizado através de mídia magnética, após requerimento da empresa interessada. Art. 4 Ficam instituídos os formulários e declarações constantes nos anexos I (Declaração de Faturamento Estimado ICMS), Anexo II (Declaração de Faturamento Estimado ISSQN) e Anexo III (Formulário de Qualificação da Empresa / Empreendimento). Art. 5º As etapas para solicitação de incentivos fiscais e econômicos são: I- A empresa requerente deve elaborar o Projeto de Viabilidade Econômica/Fiscal, nos termos do artigo 1, inciso I, alínea a, deste Decreto; II- Deve protocolizar, através de Processo Administrativo próprio, junto ao Protocolo Geral da, a documentação prevista no artigo 1, inciso I e inciso II, alíneas a, b, c, d, m, n, deste Decreto; III- O Protocolo Geral do Município, após a apresentação completa dos documentos previstos no artigo 1, inciso I e inciso II, alíneas a, b, c, d, m, n, deste Decreto, de forma original ou autenticada, dará início ao processo de incentivos fiscais e econômicos;

5 IV- A Secretaria da Fazenda do Município procederá análise preliminar dos documentos anexados pelo(a) interessado(a), passando à elaboração de Estudo de Viabilidade Econômico e Fiscal -EVEF, que demonstre a potencialidade econômica do(a) requerente; V- Elaborado o EVEF preliminar, este será remetido para o Gabinete do Sr. Prefeito, a fim de identificar o interesse do Poder Executivo em conceder os incentivos pleiteados, preponderando sempre o interesse público; VI- Havendo o interesse do Poder Executivo em conceder os incentivos pleiteados, deve ser agendado reunião envolvendo a empresa interessada e o Sr. Prefeito Municipal com o intuito de tratar quais incentivos poderão ser concedidos pelo Município e quais contrapartidas poderão ser fornecidas pela empresa, bem como outros temas relacionados que se fizerem necessários; VII- Havendo interesse do Município e da empresa que está requerendo incentivos, o processo deve retornar à Secretaria da Fazenda para prosseguimento da análise documental definitiva (sendo necessária a apresentação de todos os documentos constantes no item II do artigo 1º deste Decreto) e emissão do EVEF final; VIII- Envio do EVEF final para o Gabinete do Sr. Prefeito; IX- Realização de nova reunião da empresa com o Sr. Prefeito para as tratativas finais, após a emissão do EVEF final pela Secretaria da Fazenda; X- Havendo concordância das partes sobre todos os itens anteriormente tratados, o processo deve ser enviado para a Procuradoria Geral do Município - PGM, com fins de emissão de Parecer Jurídico, se necessário, e/ou finalização da análise documental; XI- Havendo parecer favorável por parte da PGM quanto às questões jurídicas envolvendo a concessão dos incentivos pleiteados, bem como deferimento do Sr. Prefeito, deve ser elaborado e encaminhado projeto de lei, pela PGM, para aprovação legislativa; XII- Havendo a edição de lei autorizativa, deve ser elaborado pela PGM Termo de Concessão de Incentivos Fiscais e Econômicos, e demais documentos que se fizerem necessários a formalização da concessão dos incentivos, com posterior assinatura pelos representantes da empresa e do Município; XIII- Concluído o processo, este deve ser enviado ao Protocolo Geral da Prefeitura para fins de arquivamento. Art. 6º Havendo o protocolo de processo administrativo requisitando incentivos

6 fiscais e econômicos, a Secretaria da Fazenda do Município deve adotar os seguintes procedimentos: I- No prazo de trinta dias, contados da protocolização junto ao Protocolo Geral da Prefeitura, deve proceder a análise preliminar documental exigida no artigo 5º, inciso II, deste Decreto; II- Após esta análise o processo deve retornar ao Protocolo Geral para ciência e providências necessárias por parte do requerente, quando forem apontadas pendências documentais, as quais deverão ser sanadas dentro do prazo de trinta dias corridos, contados da chegada do processo ao Protocolo, sob pena de arquivamento do processo; III- Caso ocorra o arquivamento do processo e o requerente tenha interesse em continuar pleiteando os incentivos previstos na Lei Municipal nº 1.985/05, deverá ingressar com novo pedido de processo no Protocolo Geral da Prefeitura; IV- Após os prazos estipulados nos incisos I e II deste artigo, serão realizados os estudos técnicos fazendários a fim de identificar a potencialidade de incremento que a empresa requerente possa trazer ao Município; V- Em se tratando de incentivos econômicos/estruturais, em especial os de cessão, doação, permuta de áreas e realização de obras de saneamento básico, o processo deve ser encaminhado ao Sr. Prefeito, para manifestação quanto a identificação da área, bem como quantidades de máquinas/horas a ser fornecidas pelo Município; VI- Com a definição da área, o processo deverá ser encaminhado à Secretaria do Planejamento SEPLAN, para manifestação da equipe técnica quanto a compatibilidade das atividades declaradas pela empresa requerente e a área indicada no processo, devendo estar em consonância com o que prevê a Lei Municipal nº 2.574/06, Lei que institui o Plano Diretor no Município, em seu anexo 3.1, a qual, se favorável, ensejará a emissão de avaliação da área, memorial descritivo e plantas baixa, que deverão ser apensadas ao processo de incentivos; VII- Atendido os incisos anteriores deste artigo, o processo será encaminhado ao Sr. Prefeito, para sua ciência quanto ao parecer preliminar exarado pela Secretaria da Fazenda identificando a potencialidade econômica da(o) requerente; VIII- Havendo o interesse do Município e da empresa requerente e definidos os incentivos possíveis de serem concedidos pelo Município, através de despacho do Sr. Prefeito, o processo deve ser encaminhado para a Secretaria da Fazenda a fim de ser emitido o EVEF final; IX- Havendo necessidade do processo de incentivos tramitar entre as Secretarias ou Órgãos da Prefeitura, deverá ser observado o prazo de até trinta dias para a realização das providências necessárias;

7 X- O processo deve ter seu efeito conclusivo em até cento e oitenta dias, contados de sua entrada no Protocolo Geral da Prefeitura; XI - Após a emissão do EVEF, o processo de incentivos deve ser encaminhado ao Gabinete do Sr. Prefeito Municipal para análise e deferimento, através de despacho; XII- Após deferidos os incentivos pleiteados pelo Sr. Prefeito, o processo deve ser encaminhado à Procuradoria Geral do Município para a realização dos trâmites finais do processo junto a esfera executiva e legislativa. Parágrafo único: Havendo necessidade de prorrogação dos prazos constantes neste artigo, este deve ocorrer de forma justificada, através de expressa manifestação por parte da Secretaria que estiver com o processo em análise. Art. 7º Para efeitos de contagem do prazo inicial das atividades comerciais da empresa no Município, será reconhecido a data de emissão do alvará de localização e funcionamento, expedido pela. Art. 8º Fica revogado o Decreto municipal n de 30 de março de 2010 e o Decreto Municipal n , de 27 de julho de Art. 9º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Eldorado do Sul, 19 de abril de ERNANI DE FREITAS GONÇALVES Prefeito Municipal REGISTRE-SE E PUBLIQUE-SE Fabiana da Silva Kraschefski Secretária da Administração em Substituição PUBLICADO EM / /

8 ANEXO I. DECLARAÇÃO DE FATURAMENTO ESTIMADO ICMS. Para fins de usufruir dos incentivos/isenções pleiteados no processo administrativo nº junto a, a (o) (nome/razão social da empresa/instituição) inscrita no CNPJ/CGC n.º ( ), sito à (endereço) representada legalmente por (nome do representante da empresa perante a Junta Comercial), identidade n.º ( ), expedida pelo(a) (órgão expedidor), nos termos da legislação em vigor, DECLARA que o seu faturamento estimado para efeitos de apuração de ICMS para o período dos próximos 05 (cinco) anos será de: 1º ANO: R$ anuais 2º ANO: R$ anuais 3º ANO: R$ anuais 4º ANO: R$ anuais 5º ANO: R$ anuais ( ) A empresa não está sujeita a este tipo de tributação (ICMS). DECLARA, ainda, o seu representante legal, sob as penas da Lei, que as informações acima prestadas são a expressão da verdade, assumindo total responsabilidade pela sua exatidão, se comprometendo a confirmar ou corrigir, eventuais diferenças, após o período de um ano de funcionamento. Assinatura/data: / /

9 ANEXO II. DECLARAÇÃO DE FATURAMENTO ESTIMADO ISSQN. Para fins de usufruir dos incentivos/isenções pleiteados no processo administrativo nº junto a, a (o) (nome/razão social da empresa/instituição) inscrita no CNPJ/CGC n.º ( ), sito à (endereço) representada legalmente por (nome do representante da empresa perante a Junta Comercial), identidade n.º ( ), expedida pelo(a) (órgão expedidor), nos termos da legislação em vigor, DECLARA que o seu faturamento estimado para efeitos de apuração de ISSQN para o período dos próximos 05 (cinco) anos será de: 1º ANO: R$ anuais 2º ANO: R$ anuais 3º ANO: R$ anuais 4º ANO: R$ anuais 5º ANO: R$ anuais ( ) A empresa não está sujeita a este tipo de tributação (ISSQN). DECLARA, ainda, o seu representante legal, sob as penas da Lei, que as informações acima prestadas são a expressão da verdade, assumindo total responsabilidade pela sua exatidão, se comprometendo a confirmar ou corrigir, eventuais diferenças, após o período de um ano de funcionamento. Assinatura/data: / /

10 ANEXO III. FORMULÁRIO DE QUALIFICAÇÃO DA EMPRESA.