Estado de Mato Grosso do Sul A Pequena Cativante LEI N.º 1.265/2003 CAPÍTULO I
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- Marisa Clementino Chaves
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1 LEI N.º 1.265/2003 Dispõe sobre a instalação de estações transmissoras de rádio, televisão, telefonia celular, telecomunicações em geral e outras antenas transmissoras de radiação eletromagnética no Município de Rio Brilhante e dá outras providências. A Câmara Municipal de Rio Brilhante aprovou e eu, Prefeito Municipal sanciona a seguinte lei: CAPÍTULO I Art. 1. A instalação de estações transmissoras de rádio, televisão, telefonia celular, telecomunicações em geral e outras antenas transmissoras de radiações eletromagnéticas, no Município de Rio Brilhante, fica sujeita às condições estabelecidas na presente Lei. Parágrafo único. As mini Estações de Rádio Base mini - ERB, serão objeto de regulamentação por Decreto do Chefe do Poder Executivo Municipal. Art. 2. Estão compreendidas nas disposições desta lei as antenas transmissoras que operam na faixa de freqüência de 100 khz (cem quilohertz) a 300 GHz (trezentos gigahertz). Parágrafo único. Excetuam-se do estabelecido no caput deste artigo as antenas transmissoras associadas a : I - radares militares e civis, com propósito de defesa e/ou controle de tráfego aéreo; II - rádio amador, faixa do cidadão.e similares; III - rádios comunicadores de uso exclusivo das polícias militar, civil e municipal, corpo de bombeiros, defesa civil, controle de tráfego, ambulância e outros de serviços e utilidade pública; IV - rádios comunicadores instalados em veículos terrestres, aquáticos e aéreos; V - produtos comercializados como bens de consumo, tais como fornos de microondas, telefones celulares, antenas parabólicas, modelos e miniaturas de brinquedos de controle remoto e outros. Art. 3. Toda instalação de estações e antenas transmissoras de radiofreqüência deverá obedecer aos limites recomendados pela Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL, propostos pela Comissão Internacional de Proteção Contra Radiações Não Ionizantes ICNIRP), intitulada
2 "Diretrizes para Limitação da Exposição a Campos Elétricos, Magnéticos e Eletromagnéticos, Variáveis no Tempo (até 300GHz)". 1. Quando da regulamentação técnica específica sobre o assunto pela Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL -, todas as estações deverão adequar-se a mesma. 2. Quando não cumprida a exigência do caput deste artigo, o responsável pela estação ou antena estará sujeito as penalidades impostas pela ANATEL. CAPÍTULO II Art. 4. O eixo geométrico da base de qualquer torre de sustentação de antena transmissora deverá estar, no mínimo a 20 (vinte) metros de afastamento das laterais e fundos das divisas dos lotes em que estiver instalada e 06 (seis) metros do seu perímetro de recuo frontal. Art. 5. Todas as estações radiobases (ERB) contendo container de transmissão e comutação deverão obedecer afastamento, a partir do perímetro da base da antena, de 15(quinze) metros com a divisa do terreno onde a mesma estiver instalada. Art. 6. A instalação de antenas de que trata a presente Lei, deverá ser precedida de estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV), conforme preceituam os artigos 36 e 37, Seção XII, da Lei n.o /2001 que regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal de Art. 7. Fica vedada a instalação de antenas transmissoras de rádio, televisão, telefonia celular, telecomunicações em geral e de outras radiações eletromagnéticas, num raio de 200 (duzentos) metros de clínicas médicas, hospitais, centros de saúde e assemelhados; e de um raio de 150 (cento e cinqüenta) metros de bens públicos, de uso comum do povo e de uso especial, parques urbanos, praças, creches, estabelecimentos de ensino formal e centros comunitários de uso constante, contados do eixo da torre ou suporte da antena transmissora. CAPÍTULO III Art. 8. As estações transmissoras instaladas no Município de Rio Brilhante antes da publicação desta Lei, serão cadastradas, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, pelos seus responsáveis, devendo apresentar a seguinte documentação: I - planta de situação e localização, com locação dos elementos físicos instalados; II - guia de recolhimento do IPTU; III memorial descritivo do equipamento instalado; IV - laudo técnico, assinado por profissional habilitado acompanhado de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), com descrição nominal dos valores máximos emitidos pela referida estação e dos níveis de referência conforme o artigo 3. desta Lei.
3 1, O Município exigirá dos responsáveis das estações de transmissão instaladas, a apresentação de um laudo técnico; no prazo de 90(noventa) dias, contados a partir do pedido, elaborado por um profissional habilitado, no qual conste os valores e medidas nominais dos níveis de referência de conformidade com o artigo 3 desta Lei, medidos nos limites dos imóveis em que estiver instalada a estação transmissora e nas edificações vizinhas, situadas dentro de um raio de 250 (duzentos e cinqüenta) metros da base da torre da antena. 2. As estações transmissoras, previstas no caput deste artigo que estejam em desacordo com o disposto no artigo 3. desta Lei deverão adaptar-se no prazo previsto pela ANA TEL, contados da notificação da Gerência de Vigilância Sanitária do Município de Rio Brilhante. 3, As medições deverão ser feitas com equipamentos comprovadamente calibrados dentro das especificações do fabricante e aprovados pelo INMETRO, devendo abranger os níveis de referências de conformidade com o artigo 3 desta Lei, emitidos por integração das diversas faixas de freqüência,em operação no Município de Rio Brilhante. 4. A realização das medições para elaboração do laudo de que trata o parágrafo primeiro deste artigo, deverá ser previamente comunicada ao Município, na Gerência de Vigilância Sanitária, com indicação dos locais, pontos, dias, hora prevista para a sua realização e identificação da empresa executante da medição, reservando-se a Gerência de Vigilância Sanitária a prerrogativa de indicar eventuais outros pontos que devam receber as medições. 5. O não acompanhamento das medições pelo Município, desde que devidamente comunicado na forma do parágrafo quarto deste artigo, não retirará o valor do laudo que trata o parágrafo primeiro deste artigo. CAPÍTULO IV Art. 9, A instalação de estações transmissoras de que trata esta Lei, será autorizada pelo Município, no prazo estipulado pela legislação municipal, contra a apresentação pelo interessado, à Secretaria de Infra-estrutura, de requerimento acompanhado dos seguintes documentos: I - comprovante de propriedade e/ou título para utilização do espaço destinado a instalação da estação transmissora ou para a reprodução do sinal ou equipamento afins; II - Guia de recolhimento do IPTU; III - Anotação de Responsabilidade Técnica (ART); IV - Planta da situação, localização e elevações, atendendo a legislação pertinente; V - Memorial descritivo; VI - Laudo técnico, assinado por profissional habilitado acompanhado de Anotação de
4 Responsabilidade Técnica (ART), especificando: Estado de Mato Grosso do Sul a)os valores nominais existentes comparados com os limites de referência, conforme o artigo 3. desta Lei, previsto para a referida estação de transmissão; b) a altura, a inclinação em relação à vertical e o ganho de irradiação das antenas; c) indicação de medidas de segurança a serem adotadas de forma a evitar o acesso do público em zonas que excedam o limite estabelecido no Art.,3., e à antena transmissora; VII - projeto técnico que deverá conter: a) fechamento da área de instalação da antena, no limite de suas divisas; b) isolamento acústico nas dependências anexas à antena que possibilite o perfeito isolamento de ruídos nas áreas vizinhas; c) aterramento contra descargas elétricas; d) sinalização de segurança; e) área de desabamento; f) manutenção preventiva. 1. Para início da operação da estação de transmissão de que trata esta Lei, o Município exigirá do interessado, a apresentação de um laudo pericial elaborado por um profissional habilitado, no qual conste os valores e medidas nominais dos níveis de referência de conformidade com o artigo 3. desta Lei, medidos nos limites dos imóveis em que estiver instalada a estação transmissora e nas edificações vizinhas, situadas dentro de um raio de 250 (duzentos e cinqüenta) metros da base da torre da antena. 2. O laudo pericial deverá ser apresentado pelo responsável da estação e equipamento ao Departamento de Vigilância Sanitária, antes do início da operação da estação transmissora, para verificação de conformidade da referida estação com os critérios estabelecidos no artigo 3. desta Lei, sendo que os custos para realização da vistoria e elaboração do laudo pericial inicial ou periódico, correrão por conta do responsável pela estação transmissora. 3. As medições deverão ser feitas com equipamentos comprovadamente calibrados dentro das especificações do fabricante e aprovados pelo INMETRO, devendo abranger todos os níveis de referência conforme o artigo 3. desta Lei por integração das diversas faixas de freqüência em operação no Município de Rio Brilhante. 4. A realização das medições para elaboração do laudo de que trata o parágrafo primeiro deste artigo, deverá ser previamente comunicada ao Município, no Departamento de Vigilância Sanitária, com indicação dos locais, pontos, dias e hora prevista para sua, realização e identificação da empresa
5 executante da medição. 5. É condição básica, para a manutenção da autorização de que trata o caput deste artigo que a Gerência de Vigilância Sanitária, seja comunicada, na forma do parágrafo anterior, para acompanhar ou não as medições, podendo indicar outros pontos que devam receber medições, que deverão ser realizadas com a potência máxima dos equipamentos em operação. 6. O não acompanhamento das medições pelo Município, desde que devidamente comunicado na forma do parágrafo quarto deste artigo, não retirará a validade da autorização de que trata o caput deste artigo, nem do laudo de que trata o parágrafo primeiro deste mesmo artigo. CAPÍTULO V Art. 10. Os proprietários de antenas instaladas deverão apresentar laudo pericial periódico a ser realizado pelo menos uma vez por ano, nos moldes do 1. do art. 8. desta Lei e sempre que se verificar necessário a pedido da Vigilância Sanitária de Rio Brilhante. Art. 11. As antenas transmissoras somente poderão entrar em operação após a concessão de Alvará de Construção, com a aprovação dos projetos construtivos, expedido pela Secretaria de Infraestrutura, e Alvará Sanitário, expedido pela Gerência de Vigilância Sanitária do Município de Rio Brilhante, observados os critérios estabelecidos nesta Lei e outros determinados por leis e regulamentos aplicáveis à matéria. Art. 12. O Chefe do Poder Executivo Municipal poderá constituir uma comissão paritária, composta de representantes da Secretaria de Saúde, Secretaria de Infra-estrutura, técnicos da área de radiação e sociedade civil organizada, para promover a regulamentação da presente Lei, que deverá ocorrer num prazo de 90 (noventa) dias. Art. 13. O licenciamento poderá ser cancelado a qualquer tempo se comprovado o desvio da estação dos limites estabelecidos nesta Lei, não tendo a proprietária da mesma procedido à sua adequação nos termos do artigo 8. desta Lei. Art. 14. As penalidades aplicáveis em decorrência de procedimentos que estiverem em desacordo com as recomendações ambientais e sanitárias são as contidas na Legislação Ambiental Brasileira Vigente; e quanto aos aspectos civis da instalação de estações transmissoras são as contidas no Artigo 184 da Lei n.o 995/95 de 26 de dezembro de 1995, sendo a classificação por analogia. Parágrafo único. As sanções previstas no caput deste artigo não exime da regularização imposta por esta lei. Art. 15. A recuperação dos danos ambientais e sanitários que porventura sejam provocados pela instalação do objeto da presente Lei, serão de responsabilidade dos proprietários dos equipamentos, devendo estes responsabilizar-se pela reposição causada, inclusive pela assistência e acompanhamento integral dos afetados.
6 Parágrafo único. Os danos comprovadamente provocados por interferência das antenas e demais equipamentos que compõem a radiobase, em equipamentos eletroeletrônicos, ao meio ambiente, à saúde, bem como toda e qualquer forma de poluição, ruídos, imagem, som, serão objeto de imediata indenização pela empresa na forma da lei. Art. 16. Os parâmetros e exigências estabelecidos nesta Lei para a instalação de antenas transmissoras, não prejudicam a validade de outros eventualmente estabelecidos na legislação de uso e ocupação do solo e em outras leis e normas que possam aplicar-se a esse tipo de instalações. Art. 17. As situações peculiares para as instalações que não se enquadram na presente Lei, serão analisadas e encaminhadas caso a caso. Art. 18. Para fazer face às despesas decorrentes da aplicação desta Lei serão utilizados recursos orçamentários próprios. Art. 19. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. Rio Brilhante-MS, 25 de abril de Paulo Ézio Cuel Prefeito Municipal
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