PMEPC 2013 Município de Mogadouro Fevereiro de 2013 Versão Final

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1 PMEPC 2013 Município de Mogadouro Fevereiro de 2013 Versão Final Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil Promovido Por: Financiado por: Elaborado por:

2 Ficha Técnica Realização Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, Edifício Ciência II, Nº 11, 3º B, Taguspark Porto Salvo Portugal Largo do Convento de São Francisco, Mogadouro Promovido Por: Financiado por: Associação dos Municípios do Douro Superior Direção do Projeto Equipa Técnica Equipa Técnica Equipa Técnica Dr. Emídio Baptista Eng.ª Donírea Afecto Dra. Daniela Serra Dr. Nuno Trigo Câmara Municipal Presidente Vereador da Proteção Civil Equipa Técnica Equipa Técnica António Guilherme Sá Moraes Machado João Henriques Eng.º. Dário Mendes Eng.º. Duarte Soutinho 2

3 Municípia, E.M., S.A. Coordenação e Direção do Projeto Gestão do Projeto Equipa Técnica Equipa Técnica Coordenação da Equipa de Avaliação de Riscos Caracterização do território e Avaliação de riscos Nelson Mileu Frederico Antunes Hélder Murcha Ana Ribeiro José Luís Zêzere (Instituto de Geografia e Ordenamento do Território Universidade de Lisboa) Inês Fonseca (IGOT-UL) Eusébio Reis (IGOT-UL) Susana Pereira (IGOT-UL) Recolha e tratamento de informação Raquel Melo (IGOT-UL) Cristina Henriques (IGOT-UL) Aldina Piedade (IGOT-UL) Ana Costa (IGOT-UL) 3

4 Índice Parte I Enquadramento Geral do Plano Introdução Âmbito de aplicação Objetivos gerais Enquadramento Legal Antecedentes do Processo de Planeamento Articulação com instrumentos de Planeamento e Ordenamento do Território Ativação do Plano Competências para a ativação do Plano Critérios para a ativação do Plano Programa de Exercícios Parte II Organização da Resposta Conceito de Atuação Execução do Plano Fase de emergência Fase de reabilitação Articulação e atuação de agentes, organismos e entidades Missão dos agentes de Proteção Civil Fase de emergência Fase de reabilitação Missão dos organismos e entidades de apoio Fase de emergência Fase de reabilitação Missão das estruturas autárquicas Fase de emergência Fase de reabilitação Parte III Áreas de Intervenção Administração de meios e recursos Logística Apoio Logístico às Forças de Intervenção Apoio Logístico às populações Comunicações Rede Operacional de Bombeiros (ROB) Rede Estratégica de Proteção Civil (REPC) SIRESP Organização das comunicações Gestão da informação Gestão da Informação entre entidades e agentes envolvidos nas ações de socorro Gestão da Informação a entidades públicas e privadas que colaboram com as ações de socorro e reabilitação Gestão da Informação Pública Procedimentos de evacuação Manutenção da ordem pública

5 5 Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil 7. Serviços médicos e transporte de vítimas Socorro e salvamento Serviços mortuários Protocolos Parte IV Informação Complementar Secção I Organização geral da Proteção Civil em Portugal Estrutura de Proteção Civil Direção Política Coordenação Política Órgãos de Execução Estrutura das Operações Sistema de Gestão de Operações Funções na estrutura da organização Teatro de operações Comando Operacional Coordenação Institucional Mecanismos da estrutura de Proteção Civil Composição, convocação e competências da comissão de Proteção Civil Critérios e âmbito para a declaração das situações de alerta, contingência ou calamidade Sistema de monitorização, alerta e aviso Monitorização Alerta Aviso Secção II Caracterização Geral Caracterização Física Características Geomorfológicas Características Climáticas Características da Vegetação Caracterização Socioeconómica Principais Aspetos Demográficos Principais Aspetos Habitacionais Principais Aspetos Económicos Caracterização das Infraestruturas Caracterização do Risco Introdução Identificação do Risco Ondas de Calor Vagas de Frio Nevões Cheias e Inundações Secas Sismos Movimentos de Massa em Vertentes Acidentes Rodoviários Acidentes Fluviais

6 6 Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil Acidentes Aéreos Acidentes no Transporte Terrestre de Mercadorias Perigosas Colapso de Túneis, Pontes e outras Infraestruturas Cheias e Inundações por Rutura de Barragens Colapso de Galerias e Cavidades de Minas Acidentes em Instalações de Combustíveis, Óleos e Lubrificantes Incêndios e Colapsos em Centros Históricos e em Edifícios com Elevada Concentração Populacional Incêndios Florestais Análise do Risco Ondas de Calor Vagas de Frio Nevões Cheias e Inundações Secas Sismos Movimentos de Massa em Vertentes Acidentes Rodoviários Acidentes Fluviais Acidentes Aéreos Acidentes no Transporte Terrestre de Mercadorias Perigosas Colapso de Túneis, Pontes e outras Infraestruturas Cheias e Inundações por Rutura de Barragens Colapso de Galerias e Cavidades de Minas Acidentes em Instalações de Combustíveis, Óleos e Lubrificantes Incêndios e Colapsos em Centro Históricos e em Edifícios com Elevada Concentração Populacional Incêndios Florestais Estratégias de Prevenção e Mitigação do Risco Instrumentos que concorrem para a mitigação dos Riscos Legislação específica para a mitigação dos Riscos Projetos ou programas integrados destinados a mitigar os riscos Planos de Ordenamento do Território Cenários Cenário Hipotético de Incêndio Florestal Cenário Hipotético de movimentos de massa em vertente Cenário Hipotético Vagas de Frio / Calor Vagas de Frio Ondas de Calor Cartografia (em Anexo) Secção III Inventário de recursos e meios Lista de contactos Modelos de relatórios e requisições Modelos de Comunicados Lista de atualizações do Plano Lista de Exercícios do Plano Lista de distribuição do Plano Legislação Bibliografia

7 10. Glossário Índice de Esquemas ESQUEMA 1 ORGANOGRAMA OPERACIONAL ESQUEMA 2 AGENTES DE PROTEÇÃO CIVIL EXISTENTES NO MUNICÍPIO ESQUEMA 3 ENTIDADES COM ESPECIAL DEVER DE COOPERAÇÃO NO MUNICÍPIO ESQUEMA 4 ESQUEMA DOS PROCEDIMENTOS DE COORDENAÇÃO PARA APOIO SOCIAL ÀS POPULAÇÕES ESQUEMA 5 ESQUEMA DOS PROCEDIMENTOS DE COORDENAÇÃO PARA APOIO PSICOLÓGICO ÀS POPULAÇÕES ESQUEMA 6 ROB NO TEATRO DE OPERAÇÕES ESQUEMA 7 ORGANOGRAMA DAS COMUNICAÇÕES ESQUEMA 8 ORGANIZAÇÃO INTERNA DAS COMUNICAÇÕES DO MUNICÍPIO ESQUEMA 9 PROCEDIMENTOS E INSTRUÇÕES DE COORDENAÇÃO (GESTÃO DE INFORMAÇÃO ÀS ENTIDADES INTERVENIENTES) ESQUEMA 10 PROCEDIMENTOS E INSTRUÇÕES DE COORDENAÇÃO (GESTÃO DE INFORMAÇÃO PÚBLICA) ESQUEMA 11 PROCEDIMENTOS E INSTRUÇÕES DE COORDENAÇÃO (EVACUAÇÃO) ESQUEMA 12 PROCEDIMENTOS E INSTRUÇÕES DE COORDENAÇÃO (MANUTENÇÃO DA ORDEM PÚBLICA) ESQUEMA 13 PROCEDIMENTOS E INSTRUÇÕES DE COORDENAÇÃO (SERVIÇOS MÉDICOS E TRANSPORTE DE VÍTIMAS) ESQUEMA 14 PROCEDIMENTOS E INSTRUÇÕES DE COORDENAÇÃO (SOCORRO E SALVAMENTO) ESQUEMA 15 PROCEDIMENTOS E INSTRUÇÕES DE COORDENAÇÃO (SERVIÇOS MORTUÁRIOS) ESQUEMA 16 ORGANIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE ALERTA ESQUEMA 17 ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE AVISO ESQUEMA 18 MODELO CONCEPTUAL DO RISCO (ADAPTADO DE UNDRO, 1979) ESQUEMA 19 ESQUEMA FORMAL DA ANÁLISE, AVALIAÇÃO E GESTÃO DO RISCO (ADAPTADO DE CANUTI & CASAGLI, 1994) ESQUEMA 20 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS INCÊNDIO FLORESTAL ESQUEMA 21 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS MOVIMENTOS DE MASSA EM VERTENTE ESQUEMA 22 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS ONDAS DE CALOR / VAGAS DE FRIO Índice de Figuras FIGURA 1 ESTRUTURA NACIONAL DE PROTEÇÃO CIVIL FIGURA 2 ESTRUTURA DA OPERAÇÕES DE PROTEÇÃO CIVIL FIGURA 3 SISTEMA DE GESTÃO DE OPERAÇÕES FIGURA 4 ZONAS DE INTERVENÇÃO FIGURA 5 MATRIZ DE RISCO GRAU DE RISCO Índice de Gráficos GRÁFICO 1 GRÁFICO TERMO PLUVIOMÉTRICO DE FOLGARES (VILA FLOR) GRÁFICO 2 VARIAÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE ENTRE 1971 E 2001 NAS FREGUESIAS DO MUNICÍPIO DO MOGADOURO GRÁFICO 3 ESTRUTURA ETÁRIA NO MUNICÍPIO DO MOGADOURO EM 1991 E GRÁFICO 4 ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO DAS FREGUESIAS DO MOGADOURO EM GRÁFICO 5 DÉCADA DE CONSTRUÇÃO DOS EDIFÍCIOS DO MUNICÍPIO DO MOGADOURO GRÁFICO 6 DÉCADA DE CONSTRUÇÃO DOS EDIFÍCIOS NAS FREGUESIAS DO MOGADOURO GRÁFICO 7 DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO ATIVA GRÁFICO 8 NÚMERO DE DIAS DE ONDAS DE CALOR EM FOLGARES ( ) GRÁFICO 9 TEMPERATURA MÉDIA, MÁXIMA E MÍNIMA DAS ONDAS DE CALOR EM FOLGARES ( ) GRÁFICO 10 NÚMERO DE DIAS DE VAGAS DE FRIO EM FOLGARES ( ; ) GRÁFICO 11 TEMPERATURA MÉDIA, MÁXIMA E MÍNIMA DAS VAGAS DE FRIO EM FOLGARES ( ; ) GRÁFICO 12 RELAÇÃO ENTRE A ALTITUDE E O NÚMERO DE DIAS COM QUEDA DE NEVE NAS ESTAÇÕES CLIMATOLÓGICAS (NORMAL ) DO DOURO SUPERIOR E ÁREA ENVOLVENTE

8 GRÁFICO 13 RELAÇÃO ENTRE A ALTITUDE E O NÚMERO DE DIAS COM SOLO COBERTO DE NEVE NAS ESTAÇÕES CLIMATOLÓGICAS (NORMAL ) DO DOURO SUPERIOR E ÁREA ENVOLVENTE GRÁFICO 14 TAXA DE SUCESSO DO MODELO DE SUSCETIBILIDADE À OCORRÊNCIA DE MOVIMENTOS DE MASSA EM VERTENTES NO TERRITÓRIO DO DOURO SUPERIOR E DEFINIÇÃO DAS QUATRO CLASSES DE SUSCETIBILIDADE GRÁFICO 15 EVOLUÇÃO DOS ACIDENTES RODOVIÁRIOS COM VÍTIMAS E DO NÚMERO DE VÍTIMAS MORTAIS NO MUNICÍPIO DE MOGADOURO ENTRE 2004 E GRÁFICO 16 ACIDENTES COM MORTOS OU FERIDOS GRAVES POR MÊS DE OCORRÊNCIA NO MUNICÍPIO DE MOGADOURO, ENTRE 2004 E GRÁFICO 17 PONTES E VIADUTOS NO MUNICÍPIO DE MOGADOURO GRÁFICO 18 PERCENTAGEM DE INCÊNDIOS EM EDIFÍCIOS NO CONCELHO DE MOGADOURO ENTRE 2006 E GRÁFICO 19 PERCENTAGEM DE POPULAÇÃO COM IDADE SUPERIOR A 65 ANOS E PERCENTAGEM DE EDIFÍCIOS COM IDADE SUPERIOR A 25 ANOS, POR FREGUESIA, NO CONCELHO DE MOGADOURO Índice de Mapas MAPA 1 ENQUADRAMENTO TERRITORIAL MAPA 2 LOCALIZAÇÃO DA ZCR E ZRR MAPA 3 LOCALIZAÇÃO DAS ZCAP MAPA 4 ITINERÁRIOS PRINCIPAIS DE EVACUAÇÃO MAPA 5 CARTA MUNICIPAL DE ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO DO MOGADOURO MAPA 6 CARTA MUNICIPAL DE HIPSOMETRIA DO MOGADOURO MAPA 7 CARTA MUNICIPAL DE DECLIVES DO MOGADOURO MAPA 8 CARTA MUNICIPAL DE GEOLOGIA SIMPLIFICADA DO MOGADOURO MAPA 9 CARTA MUNICIPAL DA REDE HIDROGRÁFICA PRINCIPAL NO MOGADOURO MAPA 10 CARTA MUNICIPAL DE PONTOS DE ÁGUA DO MOGADOURO MAPA 11 CARTA MUNICIPAL DE USOS DE SOLOS DO MOGADOURO MAPA 12 CARTA MUNICIPAL DE POPULAÇÃO RESIDENTE EM 2001 DO MOGADOURO MAPA 13 CARTA MUNICIPAL DE DENSIDADE POPULACIONAL EM 2001 DO MOGADOURO MAPA 14 CARTA MUNICIPAL DE VARIAÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE ENTRE 1991 E 2001 DO MOGADOURO MAPA 15 CARTA MUNICIPAL DE SÍNTESE DA DINÂMICA DEMOGRÁFICA ENTRE 1971 E 2001 DO MOGADOURO MAPA 16 CARTA MUNICIPAL DE SÍNTESE DE CLASSES DE ESTRUTURA ETÁRIA EM 2001 DO MOGADOURO MAPA 17 CARTA MUNICIPAL DE NÚMERO DE EDIFÍCIOS CLÁSSICOS NO MOGADOURO MAPA 18 CARTA MUNICIPAL DOS SECTORES DE ATIVIDADE MAPA 19 EQUIPAMENTOS DE UTILIZAÇÃO COLETIVA, JUSTIÇA, SEGURANÇA E PROTEÇÃO CIVIL MAPA 20 CARTA MUNICIPAL DAS INFRAESTRUTURAS RODOVIÁRIAS E TRANSPORTE AÉREO NO MOGADOURO MAPA 21 CARTA MUNICIPAL DAS INFRAESTRUTURAS DE PRODUÇÃO, ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA NO MOGADOURO MAPA 22 LOCALIZAÇÃO DO TIPO DE CAPTAÇÕES DE ÁGUA INDEPENDENTES EXISTENTES NO MUNICÍPIO DE MOGADOURO152 MAPA 23 LOCALIZAÇÃO DE ETAR S, SISTEMA ADUTOR E EMISSÁRIOS NOS CONCELHOS DO DOURO SUPERIOR/TERRA QUENTE ( 153 MAPA 24 LOCALIZAÇÃO DE RESERVATÓRIOS DE ÁGUA, ETA S E ETAR S NO MUNICÍPIO DE MOGADOURO MAPA 25 CARTA MUNICIPAL DE ANTENAS DE EMISSÃO/RECEÇÃO DE OPERADORAS DE SERVIÇOS MÓVEIS NO MUNICÍPIO DE MOGADOURO MAPA 26 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO NÚMERO MÉDIO DE DIAS COM ONDAS DE CALOR ( ; ) NO MUNICÍPIO DE MOGADOURO MAPA 27 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO NÚMERO MÉDIO DE DIAS COM VAGAS DE FRIO ( ; ) NO MUNICÍPIO DE MOGADOURO MAPA 28 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO NÚMERO MÉDIO DE DIAS COM QUEDA DE NEVE ( ) NO MUNICÍPIO DE MOGADOURO MAPA 29 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO NÚMERO MÉDIO DE DIAS COM SOLO COBERTO DE NEVE ( ) NO MUNICÍPIO DE MOGADOURO MAPA 30 SUSCETIBILIDADE A INUNDAÇÕES POR CHEIAS NO MUNICÍPIO DE MOGADOURO MAPA 31 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO NÚMERO DE ANOS DE SECA MODERADA A EXTREMA (MÉDIA MENSAL DO SPI DE 12 MESES) NO CONCELHO DE MOGADOURO MAPA 32 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO NÚMERO DE ANOS DE SECA FRACA (MÉDIA MENSAL DO SPI DE 12 MESES) NO CONCELHO DE MOGADOURO

9 MAPA 33 SISMICIDADE HISTÓRICA NO CONCELHO DE MOGADOURO MAPA 34 SUSCETIBILIDADE SÍSMICA NO MUNICÍPIO DE MOGADOURO MAPA 35 SUSCETIBILIDADE AOS MOVIMENTOS DE MASSA EM VERTENTES NO MUNICÍPIO DE MOGADOURO MAPA 36 REDE VIÁRIA E DISTRIBUIÇÃO DOS ACIDENTES RODOVIÁRIOS GRAVES, ENTRE 2004 E MAPA 37 LOCAIS DE ACESSO AO FUNDO DO VALE EM CASO DE ACIDENTE FLUVIAL NO RIO DOURO MAPA 38 AERÓDROMO DE MOGADOURO E ZONA ENVOLVENTE MAPA 39 DISTRIBUIÇÃO DAS PONTES E VIADUTOS NO MUNICÍPIO DE MOGADOURO MAPA 40 POSTOS DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEIS NO MUNICÍPIO DE MOGADOURO MAPA 41 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO NÚMERO DE INCÊNDIOS EM EDIFÍCIOS NO CONCELHO DE MOGADOURO ENTRE 2006 E MAPA 42 CARTA DE VISIBILIDADE DOS POSTOS DE VIGIA NO MUNICÍPIO DO MOGADOURO MAPA 43 CARTA DE SUSCETIBILIDADE DE INCÊNDIO FLORESTAL EM MOGADOURO MAPA 44 VULNERABILIDADE HUMANA A ONDAS DE CALOR E VAGAS DE FRIO POR SUBSECÇÃO ESTATÍSTICA NO CONCELHO DE MOGADOURO MAPA 45 VULNERABILIDADE A SECAS POR FREGUESIA NO CONCELHO DE MOGADOURO MAPA 46 IDADE DO EDIFICADO NOS AGLOMERADOS POPULACIONAIS DO MUNICÍPIO DE MOGADOURO MAPA 47 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA VULNERABILIDADE A INCÊNDIOS EM EDIFÍCIOS À SUBSECÇÃO, NO CONCELHO DE MOGADOURO MAPA 48 PRIORIDADES DE DEFESA DA FLORESTA NO CONCELHO DE MOGADOURO MAPA 49 SITAC CENÁRIO DE INCÊNDIO FLORESTAL Índice de Tabelas TABELA 1 INTERLIGAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO TERRITORIAL COM O PMEPCM TABELA 2 PONTOS DE CONVERGÊNCIA ENTRE OS INSTRUMENTOS DE ORDENAMENTO E PLANEAMENTO DO TERRITÓRIO COM O PMEPCM TABELA 3 MEIOS DE PUBLICITAÇÃO DA ATIVAÇÃO DO PLANO TABELA 4 MATRIZ DE RISCO ATIVAÇÃO DO PLANO TABELA 5 CALENDARIZAÇÃO DE EXERCÍCIOS TABELA 6 ORGANIZAÇÃO DA PROTEÇÃO CIVIL NO MUNICÍPIO DE MOGADOURO TABELA 7 AÇÕES A DESENVOLVER FASE DE EMERGÊNCIA TABELA 8 ENTIDADES E AGENTES INTERVENIENTES NA FASE DE EMERGÊNCIA FACE À TIPOLOGIA DE RISCO NATURAL TABELA 9 ENTIDADES E AGENTES INTERVENIENTES NA FASE DE EMERGÊNCIA FACE À TIPOLOGIA DE RISCO TECNOLÓGICO TABELA 10 ENTIDADES E AGENTES INTERVENIENTES NA FASE DE EMERGÊNCIA FACE À TIPOLOGIA DE RISCO MISTO TABELA 11 AÇÕES A DESENVOLVER FASE DE REABILITAÇÃO TABELA 12 ENTIDADES E AGENTES INTERVENIENTES NA FASE DE REABILITAÇÃO FACE À TIPOLOGIA DE RISCO NATURAL TABELA 13 ENTIDADES E AGENTES INTERVENIENTES NA FASE DE REABILITAÇÃO FACE À TIPOLOGIA DE RISCO TECNOLÓGICO TABELA 14 ENTIDADES E AGENTES INTERVENIENTES NA FASE DE REABILITAÇÃO FACE À TIPOLOGIA DE RISCO MISTO TABELA 15 AGENTES DE PROTEÇÃO CIVIL TABELA 16 ORGANISMOS E ENTIDADES COM ESPECIAL DEVER DE COOPERAÇÃO TABELA 17 TAREFAS PARA CADA AGENTE DE PROTEÇÃO CIVIL NA FASE DE EMERGÊNCIA TABELA 18 TAREFAS PARA CADA AGENTE DE PROTEÇÃO CIVIL NA FASE DE REABILITAÇÃO TABELA 19 TAREFAS PARA CADA ORGANISMO OU ENTIDADE DE APOIO NA FASE DE EMERGÊNCIA TABELA 20 TAREFAS PARA CADA ORGANISMO OU ENTIDADE DE APOIO NA FASE DE REABILITAÇÃO TABELA 21 MISSÃO DAS ESTRUTURAS AUTÁRQUICAS NA FASE DE EMERGÊNCIA TABELA 22 MISSÃO DAS ESTRUTURAS AUTÁRQUICAS NA FASE DE REABILITAÇÃO TABELA 23 COORDENAÇÃO, COLABORAÇÃO E PRIORIDADES DE AÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO DE MEIOS E RECURSOS TABELA 24 RESPONSABILIDADES ADMINISTRATIVAS TABELA 25 TIPOLOGIA DE MATERIAL LOGÍSTICO TABELA 26 COORDENAÇÃO, COLABORAÇÃO E PRIORIDADES DE AÇÃO DA LOGÍSTICA DAS OPERAÇÕES TABELA 27 NECESSIDADES LOGÍSTICAS NO APOIO ÀS FORÇAS DE INTERVENÇÃO TABELA 28 PRIORIDADES DE AÇÃO NAS OPERAÇÕES DE LOGÍSTICA ÀS OPERAÇÕES TABELA 29 NECESSIDADES LOGÍSTICAS NO APOIO ÀS POPULAÇÕES TABELA 30 PRIORIDADES DE AÇÃO NAS OPERAÇÕES DE LOGÍSTICA TABELA 31 COORDENAÇÃO, COLABORAÇÃO E PRIORIDADES DE AÇÃO DAS COMUNICAÇÕES

10 TABELA 32 REDE OPERACIONAL DE BOMBEIROS TABELA 33 COORDENAÇÃO, COLABORAÇÃO E PRIORIDADES DE AÇÃO DA GESTÃO DA INFORMAÇÃO TABELA 34 RESPONSABILIDADES ESPECÍFICAS NO QUE CONCERNE A INFORMAÇÃO A SER DIFUNDIDA A ENTIDADES PÚBLICAS E PRIVADAS QUE COLABORAM COM AS AÇÕES DE SOCORRO E REABILITAÇÃO TABELA 35 COORDENAÇÃO, COLABORAÇÃO, PRIORIDADES DE AÇÃO E PROCEDIMENTOS E INSTRUÇÕES DE COORDENAÇÃO NA GESTÃO DA INFORMAÇÃO PÚBLICA TABELA 36 COORDENAÇÃO, COLABORAÇÃO E PRIORIDADES DE AÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE EVACUAÇÃO TABELA 37 COORDENAÇÃO, COLABORAÇÃO E PRIORIDADES DE AÇÃO DA MANUTENÇÃO DA ORDEM PÚBLICA TABELA 38 COORDENAÇÃO, COLABORAÇÃO E PRIORIDADES DE AÇÃO NOS SERVIÇOS MÉDICOS E TRANSPORTE DE VÍTIMAS. 83 TABELA 39 COORDENAÇÃO, COLABORAÇÃO E PRIORIDADES DE AÇÃO NO SOCORRO E SALVAMENTO TABELA 40 MARCHA GERAL DAS OPERAÇÕES TABELA 41 COORDENAÇÃO, COLABORAÇÃO E PRIORIDADES DE AÇÃO NOS SERVIÇOS MORTUÁRIOS TABELA 42 OBJETIVOS E DOMÍNIOS DE ATUAÇÃO DA PROTEÇÃO CIVIL TABELA 43 PRINCÍPIOS ESPECIAIS APLICÁVEIS ÀS ATIVIDADES DE PROTEÇÃO CIVIL TABELA 44 DIREÇÃO POLÍTICA TABELA 45 COMISSÃO NACIONAL DE PROTEÇÃO CIVIL TABELA 46 COMPETÊNCIAS DOS SERVIÇOS MUNICIPAIS DE PROTEÇÃO CIVIL TABELA 47 COMANDANTE DAS OPERAÇÕES DE SOCORRO TABELA 48 ADJUNTOS DO COS TABELA 49 CÉLULAS DO SISTEMA DE GESTÃO DAS OPERAÇÕES TABELA 50 RESPONSÁVEIS DAS ESTRUTURAS NA CÉLULA DE COMBATE TABELA 51 COMPETÊNCIAS DO COMANDO NACIONAL DE OPERAÇÕES DE SOCORRO TABELA 52 COMPETÊNCIAS DE COORDENAÇÃO INSTITUCIONAL DA CMPC TABELA 53 COMISSÃO MUNICIPAL DE PROTEÇÃO CIVIL TABELA 54 DEFINIÇÃO DE ACIDENTE GRAVE E CATÁSTROFE TABELA 55 COMPETÊNCIAS, PRESSUPOSTOS E PROCEDIMENTOS DA DECLARAÇÃO DA SITUAÇÃO DE ALERTA TABELA 56 AVISOS EMITIDOS PELO INSTITUTO PORTUGUÊS DO MAR E DA ATMOSFERA TABELA 57 CRITÉRIOS DE EMISSÃO DE AVISOS, PARA VENTOS, PRECIPITAÇÃO, NEVE, TROVOADA, NEVOEIRO, TEMPO QUENTE, TEMPO FRIO E AGITAÇÃO MARÍTIMA TABELA 58 CRITÉRIOS DE EMISSÃO DE AVISOS PARA AS TEMPERATURAS MÍNIMAS E MÁXIMAS TABELA 59 NÍVEIS DE ALERTA E RESPETIVO GRAU DE PRONTIDÃO E MOBILIZAÇÃO TABELA 60 LISTA DOS PRINCIPAIS AFLUENTES DOS RIOS DOURO E SABOR NO MOGADOURO TABELA 61 LISTA DE PONTOS DE ÁGUA NO MUNICÍPIO DO MOGADOURO TABELA 62 LISTA DE PONTOS DE ÁGUA SUBTERRÂNEOS (FUROS VERTICAIS) E NASCENTES NO MOGADOURO TABELA 63 TIPOS E ÁREA OCUPADA DE USOS DO SOLO NO MUNICÍPIO DO MOGADOURO TABELA 64 POPULAÇÃO DO DOURO SUPERIOR, POR MUNICÍPIO, DESDE O SÉCULO XIX TABELA 65 PERIGOS COM INCIDÊNCIA RELEVANTE NO TERRITÓRIO DO MUNICÍPIO DE MOGADOURO TABELA 66 ESTAÇÕES CLIMATOLÓGICAS UTILIZADAS NA ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA NEVE TABELA 67 NÚMERO DE ANOS COM SECA MODERADA A EXTREMA E SECA FRACA IDENTIFICADOS PELO SPI A 12 MESES ENTRE 1960 E 2005 EM ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS DO INTERIOR NORTE DE PORTUGAL CONTINENTAL TABELA 68 MOVIMENTOS DE MASSA EM VERTENTES IDENTIFICADOS NO MUNICÍPIO DE MOGADOURO TABELA 69 CLASSES DE SUSCETIBILIDADE AOS MOVIMENTOS DE MASSA EM VERTENTES NO MUNICÍPIO DE MOGADOURO 189 TABELA 70 SUSCETIBILIDADE AOS MOVIMENTOS DE MASSA EM VERTENTES NAS FREGUESIAS DO CONCELHO DE MOGADOURO, EXPRESSO POR PERCENTAGEM DO TERRITÓRIO DA FREGUESIA TABELA 71 VISIBILIDADE DO TERRITÓRIO POR POSTOS DE VIGIA TABELA 72 SUSCETIBILIDADE AO INCÊNDIO FLORESTAL NAS FREGUESIAS DO CONCELHO DE MOGADOURO, EXPRESSO POR PERCENTAGEM DO TERRITÓRIO DA FREGUESIA TABELA 73 GRAU DE PROBABILIDADE TABELA 74 GRAU DE GRAVIDADE TABELA 75 MATRIZ DE RISCO PARA O MUNICÍPIO DE MOGADOURO TABELA 76 POPULAÇÃO COM MAIS DE 65 ANOS EM 2001, POR FREGUESIA E NÚMERO MÉDIO DE DIAS DE ONDAS DE CALOR NO CONCELHO DE MOGADOURO TABELA 77 POPULAÇÃO COM MAIS DE 65 ANOS EM 2001, POR FREGUESIA E NÚMERO MÉDIO DE DIAS DE VAGAS DE FRIO NO CONCELHO DE MOGADOURO TABELA 78 ÁREAS INUNDÁVEIS POR FREGUESIA E POR TIPO DE INUNDAÇÃO (ÁREA E FRAÇÃO DA FREGUESIA) NO MUNICÍPIO DE MOGADOURO

11 TABELA 79 INFRAESTRUTURAS (EDIFICADO E REDE VIÁRIA) POTENCIALMENTE AFETADAS POR TIPO DE INUNDAÇÃO E POR FREGUESIA NO MUNICÍPIO DE MOGADOURO (APENAS SE ENCONTRAM REPRESENTADAS AS FREGUESIAS COM ÁREAS INUNDÁVEL NO QUADRO ANTERIOR) TABELA 80 POPULAÇÃO COM TIPO DE EDIFÍCIOS LOCALIZADOS EM ÁREAS AFETADAS POR INUNDAÇÃO FLUVIAL, INUNDAÇÃO FLUVIAL PROGRESSIVA/RUTURA DE BARRAGEM E INUNDAÇÕES VÁRIAS (DE MONTANTE E REGOLFO) TABELA 81 EDIFÍCIOS COM IDADE SUPERIOR A 25 ANOS EM AGLOMERADOS POPULACIONAIS, NAS FREGUESIAS DE MOGADOURO TABELA 82 DISTRIBUIÇÃO DE EDIFICADO E DA REDE VIÁRIA PELAS CLASSES DE SUSCETIBILIDADE À INSTABILIDADE DE VERTENTES NO MUNICÍPIO DE MOGADOURO TABELA 83 ÁREAS EDIFICADAS EM VERTENTES COM SUSCETIBILIDADE ELEVADA OU MODERADA NO MUNICÍPIO DE MOGADOURO TABELA 84 REDE VIÁRIA INSTALADA EM VERTENTES COM SUSCETIBILIDADE ELEVADA OU MODERADA NO MUNICÍPIO DE MOGADOURO TABELA 85 ÁREAS DE EDIFÍCIOS DE HABITAÇÃO E OUTRAS CONSTRUÇÕES EM ÁREAS DE SUSCETIBILIDADE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS ELEVADA OU MUITO ELEVADA NO MUNICÍPIO DE MOGADOURO TABELA 86 ESTRADAS MUNICIPAIS (E.M) E NACIONAIS (E.N) IMPLANTADAS EM ÁREAS DE SUSCETIBILIDADE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS ELEVADA OU MUITO ELEVADA NO MUNICÍPIO DE MOGADOURO TABELA 87 MEDIDAS GERAIS DE MITIGAÇÃO TABELA 88 MEDIDAS ESPECIFICAS POR TIPOLOGIA DE RISCO DE MITIGAÇÃO TABELA 89 APC`S E ENTIDADES INTERVENIENTES NO CASO DE INCÊNDIO FLORESTAL TABELA 90 FITA DO TEMPO TABELA 91 APC`S E ENTIDADES INTERVENIENTES NO CENÁRIO DE MOVIMENTOS DE MASSA EM VERTENTES TABELA 92 APC E ENTIDADES INTERVENIENTES NO CASO DE UMA ONDA DE CALOR TABELA 93 APC E ENTIDADES INTERVENIENTES NO CASO DE UMA ONDA DE CALOR

12 Parte I Enquadramento Geral do Plano 12

13 1. Introdução O Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Mogadouro (adiante designado abreviadamente por PMEPCM) é um documento formal que define o modo de atuação dos vários organismos, serviços e estruturas a empenhar em operações de Proteção Civil a nível municipal. Permite antecipar cenários suscetíveis e espectáveis de desencadear um acidente grave ou catástrofe, definindo a estrutura organizacional e os procedimentos para a preparação e aumento da capacidade de resposta à emergência. O PMEPCM é um plano de âmbito geral, elaborado para enfrentar a generalidade das situações de emergência que se admitem para o âmbito territorial e administrativo do município de Mogadouro. Este deverá ser revisto, segundo a Resolução 25/2008 de 18 de Julho, no mínimo uma vez em cada dois anos, ou no caso de existirem alterações pertinentes resultantes dos exercícios utilizados para verificar a operacionalidade dos meios envolvidos no âmbito do plano, ou de situações reais onde se verifique a necessidade de alterações no mesmo. O Município está sujeito a uma multiplicidade de riscos naturais, tecnológicos ou mistos que se podem manifestar a qualquer altura, no entanto aquele, que pelas características do município, ou até mesmo pela sua historicidade, é destacado é o risco de Incêndio Florestal. O diretor do PMEPCM é o Presidente da Câmara Municipal, Mogadouro, António Guilherme Sá Moraes Machado ou na sua ausência, o seu substituto legal, o Vice-Presidente da Câmara Municipal, João Henriques. 2. Âmbito de aplicação Sendo o PMEPCM um plano de âmbito municipal, este aplica-se à totalidade da área territorial do Município de Mogadouro, ou seja, uma área total de km 2, correspondendo às suas 28 freguesias (Azinhoso; Bemposta; Bruçó; Brunhoso; Brunhosinho; Castanheira; Castelo Branco; Castro Vicente; Meirinhos; Mogadouro; Paradela; Penas Roias; Peredo da Bemposta; Remondes; Saldanha; Sanhoane; São Martinho do Peso; Soutelo; Tó; Travanca; Urrós; Vale da Madre; Vale de Porco; Valverde; Ventozelo; Vila de Ala; Vilar de Rei; Vilarinho dos Galegos). Mogadouro é um dos concelhos do distrito de Bragança e um dos 15 municípios pertencentes à NUT III Alto Trás-os-Montes. 13

14 Mapa 1 Enquadramento Territorial O PMEPCM tem como objetivo, fazer face a todas as situações recorrentes da manifestação dos riscos naturais (Ondas de Calor; Vagas de Frio; Nevões; Cheias e Inundações; Secas; Sismos; Movimentos de Massa em Vertentes; Tecnológicos (Acidentes Rodoviários, Fluviais e Aéreos; Acidentes no Transporte Terrestre de Mercadorias Perigosas; Colapso de Túneis, Pontes e outras Infraestruturas; Cheias e Inundações por Rutura de Barragens; Colapso de Galerias e Cavidades de Minas; Acidentes em Instalações de Combustíveis, Óleos e Lubrificantes; Incêndios em Centros Históricos e em Edifícios com Elevada Concentração Populacional) ou Mistos (Incêndios Florestais). 14

15 3. Objetivos gerais Os objetivos gerais a que o PMEPCM se propõe, são: Providenciar, através de uma resposta concertada, as condições e os meios indispensáveis à minimização dos efeitos adversos de um acidente grave ou catástrofe; Definir as orientações relativamente ao modo de atuação dos vários organismos, serviços e estruturas a empenhar em operações de Proteção Civil; Definir a unidade de direção, coordenação e comando das ações a desenvolver; Coordenar e sistematizar as ações de apoio, promovendo maior eficácia e rapidez de intervenção das entidades intervenientes; Inventariar os meios e recursos disponíveis a recorrer em caso de acidente grave ou catástrofe; Minimizar a perda de vidas e bens, atenuar ou limitar os efeitos de acidentes graves ou catástrofes e restabelecer, o mais rapidamente possível, as condições mínimas de normalidade; Assegurar a criação das condições favoráveis ao empenho rápido, eficiente e coordenado de todos os meios e recursos disponíveis num determinado território, sempre que a gravidade e dimensão das ocorrências o justifique; Habilitar as entidades envolvidas no plano a manterem o grau de preparação e de prontidão necessário à gestão de acidentes graves ou catástrofes; Promover a informação das populações através de ações de sensibilização, tendo em vista a sua preparação, a assunção de uma cultura de autoproteção e o entrosamento na estrutura de resposta à emergência. 4. Enquadramento Legal Legislação Estruturante Lei nº 65/2007, de 12 de Novembro Enquadramento institucional e operacional da proteção civil no âmbito municipal, organização dos serviços municipais de proteção civil e competências do comandante operacional municipal; Decreto-Lei n.º 134/2006, de 25 de Julho Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS), com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei 114/2011; Lei nº 27/2006, de 3 de Julho Lei de Bases de Proteção Civil, com as alterações introduzidas pela Lei Orgânica 1/2011. Legislação Específica 15

16 Resolução da Comissão Nacional de Proteção Civil nº 25/2008, de 18 de Julho Critérios e normas técnicas para a elaboração e operacionalização de planos de emergência de proteção civil. 5. Antecedentes do Processo de Planeamento A historicidade de acontecimentos resultantes do processo de planeamento de emergência está resumida à existência de um Plano de Emergência de Proteção Civil, datado de Julho de O Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil anterior nunca esteve em consulta pública, consequentemente nunca teve nenhum parecer, favorável ou desfavorável. Os necessários testes ao plano nunca foram levados a cabo, ou seja, não existiu qualquer exercício no âmbito do Plano Municipal de Emergência, contudo existiu uma atualização dos conteúdos do plano, datada de 28 de Abril de O Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil anterior nunca foi ativado. A presente versão do PMEPC de Mogadouro esteve em Consulta Pública a partir do dia 19 de Maio de 2011 pelo período de 30 dias. A presente versão do PMEPC de Mogadouro obteve parecer da CMPC em reunião realizada no dia 3 de Novembro de Articulação com instrumentos de Planeamento e Ordenamento do Território O planeamento e ordenamento do território revestem-se de vital importância no que diz respeito à minimização dos efeitos nefastos que podem ocorrer devido à manifestação dos riscos existentes no município de Mogadouro. Um uso cuidado e correto do solo, aliado á diminuição da vulnerabilidade, ou seja minimização da exposição de pessoas e bens, poderá potenciar o sucesso das políticas de proteção civil. Assim prevê-se que o PDM contenha informação referente às áreas de relevância operacional consideradas no PMEPC, bem como integre as áreas de perigosidade na Reserva Ecológica Nacional. Neste contexto, na tabela seguinte encontra-se a interligação entre alguns dos instrumentos de planeamento e ordenamento do território que contribuem para a prossecução dos objetivos do PMEPCM. Nível Designação do Instrumento Contributo para o PMEPCM Âmbito Nacional PNPOT Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território ENDS Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável Planos Setoriais PNA Plano Nacional da Água 16

17 PNPOT ENDS PNA PNDFCI PNAAS PNPR ENF PROFD PBHD PROTN PDM PMDFCI PEDPC PMEPC Adjacentes Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil PNDFCI Plano Nacional da Defesa da Floresta Contra Incêndios PNAAS Plano Nacional de Ação Ambiente e Saúde PNPR Plano Nacional de Prevenção Rodoviária ENF Estratégia Nacional para a Floresta PROFD Plano Regional de Ordenamento Florestal do Douro PBHD Plano da Bacia Hidrográfica do Douro Âmbito Regional PROTN Plano Regional de Ordenamento do Território do Norte (Em elaboração) Âmbito Municipal Planos Setoriais PDM Plano Diretor Municipal Planta de Condicionantes PMDFCI PEDPC Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios Plano Distrital de Emergência de Proteção Civil Carta de Perigosidade de Incêndio (em execução) Instrumentos de planeamento de emergência PMEPC Adjacentes Planos Municipais de Emergência de Proteção Civil dos Municípios adjacentes (Freixo de Espada-à-Cinta, Torre de Moncorvo, Alfândega da Fé e Macedo de Cavaleiros) Planos Municipais de Emergência de Proteção Civil dos Municípios adjacentes (Miranda do Douro e Vimioso) Tabela 1 Interligação dos Instrumentos de Gestão Territorial com o PMEPCM (em execução) Aprovados A tabela seguinte descreve os pontos de convergência entre PMEPCM e os instrumentos de planeamento e ordenamento do território. Instrumentos de Planeamento e ordenamento do Território O PMEPCM visa estabelecer Tipificação dos riscos X X X X X X X X X X X Medidas de prevenção a adotar X X X X X X X X X X X X X X Identificação dos meios e recursos mobilizáveis, em situação de acidente grave ou catástrofe Definição das responsabilidades que incumbem aos organismos, serviços e estruturas, públicas ou privadas, com competências no domínio da proteção civil municipal Critérios de mobilização e mecanismos de coordenação dos meios e recursos, públicos ou X X X X X X X X X X X X X X X X X X 17

18 privados utilizáveis Estrutura operacional que vai garantir à unidade de direção e o controlo permanente da situação X X X X X Tabela 2 Pontos de convergência entre os instrumentos de ordenamento e planeamento do território com o PMEPCM 7. Ativação do Plano 7.1. Competências para a ativação do Plano Nos termos do n.º 2 do artigo 40, concatenado com o n.º 2 do artigo 38, da Lei de Bases da Proteção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho), e tal como disposto no nº3 do artigo 3º da Lei n.º 65/2007, de 12 de Novembro, compete exclusivamente à Comissão Municipal de Proteção Civil do Município de Mogadouro a ativação/desativação do PMEPCM. A ativação do PMEPCM pode ser, dependendo da complexidade da situação, deliberada com a presença do diretor do plano ou pelo seu substituto legal e contar com a presença de pelo menos mais 2 (dois) elementos, no entanto, deverá logo que possível, ser ratificada a posteriori pelo plenário da CMPC. A publicitação da ativação do PMEPCM será levada a cabo, atendendo à extensão territorial da emergência e da sua gravidade, devendo ser sempre alargada aos municípios vizinhos e CDOS respetivo. Nesse sentido os meios a utilizar serão: Meios de Publicitação da Ativação do Plano Exemplos: Rádio Onda Livre Órgãos de Comunicação Social Sítio da internet Editais Órgãos de Comunicação Social, de âmbito territorial considerado mais apropriado. Página de Internet da Câmara Municipal de Mogadouro. Editais afixados em locais próprios para o efeito. Rádio Torre de Moncorvo Rádio Brigantia Rádio Planalto Rádio Bragança Jornal do Nordeste Mensageiro de Bragança Outros de âmbito territorial mais alargado, considerados pertinentes para o efeito Tabela 3 Meios de Publicitação da ativação do Plano A desmobilização operacional dos agentes de Proteção Civil envolvidos nas operações dependerá essencialmente do entendimento do Comandante das Operações de Socorro; no entanto deverá partir de 18

19 um entendimento entre este, o Diretor do Plano, o Comandante Operacional Municipal e o Serviço Municipal de Proteção Civil de Mogadouro, bem como a desativação do PMEPCM. A publicitação da sua desativação será efetuada da mesma forma que a sua ativação Critérios para a ativação do Plano Os critérios para a ativação dos Planos de Emergência têm em conta a natureza das emergências, quer estas resultem em acidentes graves ou catástrofes, contudo a sua gravidade e a extensão dos seus efeitos previsíveis, bem como os resultados da sua mitigação resultante da sua ativação deverão ser tomados em conta. Os pressupostos utilizados para a ativação do PMEPCM, constituem uma base de critérios coerentes e perfeitamente adaptados à realidade do município, assistindo assim o processo de tomada de decisão da ativação / desativação do plano, contudo a ativação será sempre levada a cabo em função da decisão da Comissão Municipal de Proteção Civil. Os critérios a serem tomados em conta serão: Em primeira instância este deverá ser ativado sempre que se declare a situação de alerta ao nível da parcela territorial do município a que o plano diz respeito. Concorrendo para o cumprimento do estabelecido no ponto 1 do artigo 15º da Lei nº27/2006, de 3 de Julho. Será também ativado ou não, consoante o grau de risco existente, contemplado pela declaração da Comissão Nacional de Proteção Civil n.º 97/2007, de 16 de Maio. O resultado do grau de risco é obtido através da matriz de risco, onde são interpolados o respetivo grau de gravidade e o grau de probabilidade. O grau de gravidade é tipificado pela escala de intensidade das consequências negativas das ocorrências. O grau de probabilidade é tipificado na seguinte tabela de probabilidade / frequência de consequências negativas da ocorrência. A relação entre a gravidade das consequências negativas e a probabilidade de ocorrências reflete, na generalidade, o grau de risco, sendo o plano passível de ser ativado através dos seguintes pressupostos: 19

20 Matriz de Risco GRAVIDADE / INTENSIDADE MODERADA ACENTUADA CRITICA PROBABILIDADE / FREQUÊNCIA Tratamento médico necessário, mas sem vítimas mortais. Algumas hospitalizações. Retirada de pessoas por um período de 24 horas. Algum pessoal técnico necessário. Alguns danos. Alguma disrupção na comunidade (menos de 24 horas). Pequeno impacto no ambiente, sem efeitos duradoiros. Alguma perda financeira. Número elevado de feridos e de hospitalizações. Número elevado de retirada de pessoas por um período superior a 24 horas. Vítimas mortais. Recursos externos exigidos para suporte ao pessoal de apoio. Danos significativos que exigem recursos externos. Funcionamento parcial da comunidade com alguns serviços indisponíveis. Alguns impactos na comunidade com efeitos a longo prazo. Perda financeira significativa e assistência financeira necessária. Situação crítica. Grande número de feridos e de hospitalizações. Retirada em grande escala de pessoas por uma longa duração. Significativo número de vítimas mortais. Pessoal de apoio e reforço necessário. A comunidade deixa de conseguir funcionar sem suporte significativo. Impacto ambiental significativo e/ou danos permanentes. CONFIRMADA Ocorrência real verificada. ELEVADO Ativação EXTREMO Ativação EXTREMO Ativação ELEVADA É expectável que ocorra em quase todas as circunstâncias; e/ou nível elevado de incidentes registados; e/ou fortes evidências; e/ou forte probabilidade de ocorrência do evento; e/ou fortes razões para ocorrer; Pode ocorrer uma vez por ano ou mais. ELEVADO Ativação EXTREMO Ativação EXTREMO Ativação MÉDIA - ALTA Irá provavelmente ocorrer em quase todas as circunstâncias; e/ou registos regulares de incidentes e razões fortes para ocorrer; Pode ocorrer uma vez em cada 5 anos. MODERADO Declaração de Situação de Alerta ELEVADO Ativação ELEVADO Ativação MÉDIA Não é provável que ocorra; Não há registos ou razões que levem a estimar que ocorram; pode ocorrer uma vez em cada 100 anos. BAIXO Não ativação MODERADO Não ativação MODERADO Não ativação Tabela 4 Matriz de Risco Ativação do Plano 20

21 São também critérios para ativação do plano: a) Incêndio florestal cuja área exceda os 1000 ha e/ou decorra mais de 72h seguidas sem que tenha passado à fase de rescaldo; b) Iminência ou ocorrência de outros fenómenos, que não os mencionados anteriormente e que sejam suscetíveis de fomentar a ativação do plano; Assim que as condições de segurança estiverem garantidas para a população e restabelecidas as condições mínimas de normalidade, o PMEPCM poderá ser desativado por decisão da CMPC. Nesta sequência, deverão ser desenvolvidos os respetivos mecanismos de desativação de emergência por todas as entidades envolvidas aquando a ativação do Plano. A CMPC deverá estabelecer um contacto permanente com o CDOS de modo a comunicar a ativação/desativação do PMEPCM, a agilizar as estratégias de intervenção e a garantir o fluxo contínuo de informação atualizada da situação. A ativação/desativação do PMEPCM deverá também ser comunicada aos municípios adjacentes. A publicitação da sua desativação será efetuada da mesma forma que a sua ativação. 21

22 8. Programa de Exercícios O plano de emergência deve ser regularmente treinado através de exercícios em que se simulam situações de emergência a diferentes níveis. Com o planeamento e realização destes treinos poderá, por um lado, testar-se o plano em vigor, adaptando-o e atualizando-o se for caso disso, e, por outro lado, fazerem-se rotinas dos procedimentos a adotar em situação real de emergência. Tipologia de Risco Data Entidades a Envolver Tipo de exercício (CPX 1 ; LivEx 2 ) Incêndios Florestais 2ºsemestre de 2013 SMPC; Bombeiros Voluntários de Mogadouro; Autoridade de Saúde do Município; Centro de Saúde; Sapadores Florestais; INEM; GNR; EDP; REN; ICNF; Juntas de Freguesias; ICNF. LivEx SMPC; Bombeiros Voluntários de Mogadouro; Autoridade de Saúde Nevões; Ondas de Calor e Ondas de Frio 1ºsemestre de 2014 do Município; Centro de Saúde; INEM; GNR; EDP; REN; Estradas de Portugal; Juntas de Freguesias; Instituto da Segurança Social, CPX I.P. Incêndios em Centros Históricos e em Edifícios de Elevada Concentração Populacional 2ºsemestre de 2014 SMPC; Bombeiros Voluntários de Mogadouro; Autoridade de Saúde do Município; Centro de Saúde; INEM; GNR; Juntas de Freguesias; Instituto da Segurança Social, I.P. LivEx SMPC; Bombeiros Voluntários de Mogadouro; Autoridade de Saúde Sismos 1ºsemestre de 2015 do Município; Centro de Saúde; INEM; GNR; EDP; REN; Estradas de Portugal; Juntas de Freguesias; Instituto da Segurança Social, CPX I.P. Tabela 5 Calendarização de exercícios 1 Comand Post Exercise entende-se aquele que se realiza em contexto de sala de operações e tem como objetivos testar o estado de prontidão e a capacidade de resposta e de mobilização de meios das diversas entidades envolvidas nas operações de emergência. 2 Entende-se um exercício de ordem operacional, no qual se desenvolvem missões no terreno, com meios e equipamentos, permitindo avaliar as disponibilid ades operacionais de execução das entidades envolvidas. 22

23 Parte II Organização da Resposta 23

24 Estruturas de Direção Política Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil 1. Conceito de Atuação O conceito de atuação visa definir as missões, tarefas e responsabilidades dos diversos agentes, organismos e entidades intervenientes e identificar as respetivas regras de atuação. Em ordem a assegurar a criação de condições favoráveis ao empenhamento, rápido e eficiente, dos recursos disponíveis minimizando/mitigando os efeitos decorrentes de acidentes naturais, tecnológicos/antrópicos e mistos. Conforme o disposto na Diretiva Operacional Nacional n.º1 de 2010, as operações de proteção civil e socorro são uma atividade multidisciplinar, desenvolvida, pelos organismos, serviços e entidades, de nível nacional, distrital e municipal, devidamente organizados no Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro, através de um conjunto de estruturas, normas e procedimentos, de natureza permanente e conjuntural, que asseguram que todos os agentes de proteção civil atuam, no plano operacional, articuladamente sob um comando único, sem prejuízo da respetiva dependência hierárquica e funcional.. No entanto, mediante a tipologia de risco, cada agente possui competências próprias, que convergem num único objetivo comum, o de proteger pessoas, património e ambiente passíveis de ser atingidos pela manifestação de todos os tipos de riscos. O diretor do plano, o Presidente da Câmara Municipal de Mogadouro, terá de ser mormente, o impulsionador das políticas de proteção civil, necessárias ao bom funcionamento de todos os agentes e entidades participantes no planeamento estratégico de ações de proteção civil, concorrendo fundamentalmente para o bem-estar da população em geral. Na tabela seguinte são apresentadas as estruturas existentes a nível do município de Mogadouro no que toca à direção, coordenação e comando. Organização da Proteção Civil no Município de Mogadouro O presidente da câmara municipal é competente para declarar a situação de alerta de âmbito municipal e é ouvido pelo comandante operacional distrital de Operações de Socorro, para efeito da declaração da situação de alerta de âmbito distrital, Presidente da Câmara Municipal Atribuições quando estiver em causa a área do respetivo município; Convocação da Comissão Municipal de Proteção Civil, na sua condição de responsável máximo da política de proteção civil de âmbito municipal que preside à mesma, com vista a determinar o acionamento do plano, quando tal se justifique; Assegurar que são levadas a cabo as ações necessárias para as diferentes fases, Emergência e Reabilitação 24

25 Estruturas de Coordenação Institucional Estruturas de Coordenação Política Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil Presidente da Câmara Municipal; Comandante dos Bombeiros Voluntários de Mogadouro; Comandante do Posto Territorial de Mogadouro da Guarda Nacional Republicana; Autoridade de Saúde do Município; Composição Diretor do Centro de Saúde de Mogadouro; Diretor do Centro Hospitalar do Nordeste, EPE; Representante do Instituto da Segurança Social, I.P. Serviço Local de Mogadouro; Representante do Agrupamento de Escolas de Mogadouro; Representante da Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro. Acionar a elaboração do plano municipal de emergência, remetêlo para a aprovação da Comissão Nacional de Proteção Civil e Comissão Municipal de Proteção Civil Atribuições acompanhar a sua execução; Acompanhar as políticas diretamente ligadas ao sistema de proteção civil que sejam desenvolvidas por agentes públicos; Determinar o acionamento dos planos, quando tal se justifique; Garantir que as entidades e instituições que integram a CMPC acionam, ao nível municipal, no âmbito da sua estrutura orgânica e das suas atribuições, os meios necessários ao desenvolvimento das ações de proteção civil; Difundir comunicados e avisos às populações e às entidades e instituições, incluindo os órgãos de comunicação social. Local de Funcionamento Salão Nobre dos Paços do Concelho do Município de Mogadouro. Local alternativo de funcionamento Quartel dos Bombeiros Voluntários de Mogadouro. Presidente da Câmara Municipal; Comandante dos Bombeiros Voluntários de Mogadouro; Comandante do Posto Territorial de Mogadouro; Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC) Composição Delegado de Saúde Municipal; Diretor do Centro de Saúde de Mogadouro; Representante da Segurança Social e Solidariedade Local; Representante do Agrupamento de Escolas de Mogadouro; Representante da Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro; Representantes das entidades, cuja intervenção se justifica em função de cada ocorrência em concreto. 25

26 Comando Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil Atribuições Assegurar a coordenação dos recursos e do apoio logístico das operações de socorro, emergência e assistência realizadas por todas as organizações integrantes do SIOPS; Proceder à recolha de informação estratégica, relevante para as missões de proteção e socorro, detida pelas organizações integrantes dos CCO, bem como promover a sua gestão; Recolher e divulgar, por todos os agentes em razão da ocorrência e do estado de prontidão, informações de carácter estratégico essencial à componente de comando operacional tático; Informar permanentemente a autoridade política respetiva de todos os factos relevantes que possam gerar problemas ou estrangulamentos no âmbito da resposta operacional; Garantir a gestão e acompanhar todas as ocorrências, assegurando uma resposta adequada no âmbito do SIOPS. Local de Funcionamento Salão Nobre dos Paços do Concelho do Município de Mogadouro. Local alternativo de funcionamento Quartel dos Bombeiros Voluntários de Mogadouro. Acompanhar permanentemente as operações de proteção e socorro que ocorram na área do concelho; Promover a elaboração dos planos prévios de intervenção com vista à articulação de meios face a cenários previsíveis; Promover reuniões periódicas de trabalho sobre matérias de âmbito exclusivamente operacional, com os comandantes dos Comandante corpos de bombeiros; operacional municipal (COM) 3 Atribuições Dar parecer sobre o material mais adequado à intervenção operacional no respetivo município; Comparecer no local do sinistro sempre que as circunstâncias o aconselhem; Assumir a coordenação das operações de socorro de âmbito municipal, nas situações previstas no plano de emergência municipal, bem como quando a dimensão do sinistro requeira o emprego de meios de mais um corpo de bombeiros. Tabela 6 Organização da Proteção Civil no Município de Mogadouro 2. Execução do Plano 3 O Município não tem nenhum Comandante Operacional Municipal nomeado. Neste sentido as competências da figura do COM ficam a cargo do Presidente da autarquia, visto este ser a entidade máxima da Proteção Civil a Nível Municipal, ou na sua ausência o seu substituto legal enquanto diretor do plano. 26

27 Em conformidade com o ponto 1, do artigo 35º da Lei 27/2006, de 3 de Julho (Lei de Bases de Proteção Civil) compete ao presidente da Câmara Municipal, no exercício de funções de responsável municipal da política de proteção civil, desencadear, na iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe, as ações de proteção civil de prevenção, socorro, assistência e reabilitação adequadas em cada caso. Este é o diretor do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil e poderá delegar funções, existindo para o caso o seu substituto legal, no entanto, segundo o ponto 2 do artigo 35º da mesma Lei, é apoiado pelo serviço municipal de proteção civil e pelos restantes agentes de proteção civil de âmbito municipal (Esquema 1 Organograma Operacional). O substituto legal do Presidente da Câmara, enquanto diretor do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do município de Mogadouro é o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Mogadouro. CDOS CODIS Patamar Distrital SMPC Articulação Serviços Presidente da Câmara Municipal CMPC COM Articulação Operacional Áreas de Intervenção Administração de meios e recursos Logística Comunicações Gestão de Informação Procedimento s de evacuação Manutenção da ordem pública Serviços médicos e transporte de vítimas Socorro e salvamento Serviços mortuários Patamar Municipal Esquema 1 Organograma Operacional 2.1. Fase de emergência A fase de emergência representa as atividades e ações de resposta a situações de desastre e catástrofe, levadas a cabo imediatamente depois de ter ocorrido o evento. Fazendo uso das suas competências como responsável máximo da Proteção Civil no âmbito municipal, consequentemente como diretor do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Município de Mogadouro, este deve atuar em conformidade com a situação, de forma a empenhar todos os esforços dos agentes e entidades públicas e privadas presentes no município, assegurando o conjunto de ações a desenvolver (Tabela 7 Ações a desenvolver Fase de Emergência). Relativamente à mobilização de recursos do sector público e/ou privado no momento do desastre ou catástrofe, estes deverão ser 27

28 Ações a desenvolver Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil mobilizados mediante a sua disponibilidade, ou seja, deverão primeiramente ser mobilizados os recursos do sector público. Caso estes não estejam disponíveis ou sejam insuficientes deverão ser mobilizados recursos oriundos do sector privado, tendo em conta os custos dessa operação, mas de modo algum colocando em causa a execução dos trabalhos e segurança dos demais. Fase de Emergência Convocação imediata da Comissão Municipal de Emergência de Proteção Civil, através dos contactos existentes no PMEPCM, através de SMS, telefone, correio eletrónico, fax ou presencialmente; Acionar os mecanismos disponíveis para aviso às populações, como estabelecido no PMEPCM; Avaliar constantemente as vulnerabilidades e atuar em conformidade, permitindo a minimização do impacto da situação em pessoas, bens e ambiente; Ativar os meios necessários, com vista a garantir o controlo da situação no menor espaço de tempo possível; Difundir, pelos responsáveis dos diversos grupos operacionais a informação obtida, de forma reservada; Desencadear as atividades de socorro e salvamento, bem como providenciar desde logo, como estabelecido no plano, o lugar de alojamento temporário, agasalho e alimentação das populações evacuadas; Manter permanentemente atualizados relatórios sobre a evolução da situação, nomeadamente perante o Comando Distrital de Operações de Socorro; Difundir através da comunicação social, ou por outros meios, previamente estabelecidos no Plano, a divulgação de medidas de autoproteção que a população deve adotar, bem como outras medidas; Assegurar a manutenção da Lei e da Ordem e, ainda, a circulação nas vias de acesso necessárias para a movimentação dos meios de socorro e evacuação das zonas de risco às pessoas afetadas; Proceder à análise e quantificação dos danos pessoais e materiais, elaborando um relatório sobre as operações realizadas, de modo a estabelecer, o mais rapidamente possível, a situação de normalidade, logo após a fase de emergência Garantir e promover a evacuação primária e secundária de feridos e doentes e a prestação dos cuidados médicos essenciais às populações das áreas afetadas; Garantir assistência e bem-estar às populações; Acionar os pedidos de meios e reforços das diversas entidades, nos termos da lei; Proceder às ações de desobstrução, reparação e restabelecimento do fornecimento de água, energia e comunicações em geral; Assegurar o transporte de pessoas, bens, água potável e combustíveis; Promover a salvaguarda do património histórico e cultural; Promover as ações de mortuária adequadas à situação; Repor, tão breve quanto possível, os serviços públicos essenciais e as vias de comunicação. Tabela 7 Ações a desenvolver Fase de Emergência 28

29 Riscos Naturais Ondas de Vagas de Cheias e Movimentos de Massa Nevões Secas Sismos Entidades e Agentes Calor Frio Inundações em Vertentes SMPC X X X X X X X Bombeiros Voluntários de Mogadouro X X X X X X X Autoridade Marítima X X Autoridade de Saúde do Município X X X X X X Centro de Saúde de Mogadouro X X X X X X X Centro Hospitalar do Nordeste, EPE X X X X X X X Sapadores Florestais INEM X X X X X X X GNR X X X X X X ICNF X X X EDP X X X X REN X X X X Estradas de Portugal X X X X X Juntas de Freguesia X X X X X X X Instituto da Segurança Social, I.P. X X X X X X X Tabela 8 Entidades e agentes intervenientes na Fase de Emergência face à tipologia de risco natural 29

30 Riscos Tecnológicos Acidentes no Cheias e Colapso de Acidentes em Incêndios e Colapsos em Acidentes Colapso de Túneis, Transporte Terrestre Inundações por Galerias e Instalações de Centros Históricos e em Rodoviários, Pontes e outras de Mercadorias Rutura de Cavidades de Combustíveis, Óleos e Edifícios com Elevada Fluviais e Aéreos Infraestruturas Entidades e Agentes Perigosas Barragens Minas Lubrificantes Concentração Populacional SMPC X X X X X X X Bombeiros Voluntários de X X X X X X X Autoridade Marítima X X Autoridade de Saúde do Município X X X X X X X Centro de Saúde de Mogadouro X X X X X X X Centro Hospitalar do Nordeste, EPE X X X X X X X Sapadores Florestais INEM X X X X X X X GNR X X X X X X X ICNF X X EDP X X X X X REN X X X X X Estradas de Portugal X X X X X Juntas de Freguesia X X X X X X X Instituto da Segurança Social, I.P. X X X X X Tabela 9 Entidades e agentes intervenientes na Fase de Emergência face à tipologia de risco tecnológico 30

31 Riscos Mistos Incêndios Florestais Entidades e Agentes SMPC X Bombeiros Voluntários de Mogadouro X Autoridade Marítima Autoridade de Saúde do Município X Centro de Saúde de Mogadouro X Centro Hospitalar do Nordeste, EPE X Sapadores Florestais X INEM X GNR X ICNF X EDP REN Estradas de Portugal Juntas de Freguesia X Instituto da Segurança Social, I.P. X Tabela 10 Entidades e agentes intervenientes na Fase de Emergência face à tipologia de risco misto 31

32 Ações a desenvolver Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil 2.2. Fase de reabilitação A fase de reabilitação caracteriza-se pelas atividades e ações levadas a cabo num período posterior à ocorrência da situação de desastre ou catástrofe, correspondendo ao processo de recuperação da normalidade, nomeadamente a reposição das condições de vida das populações atingidas, restabelecimento das infraestruturas, serviços públicos e privados e situações que se prendem com o regresso das populações e bens deslocados. Nesse sentido irão participar na fase de reabilitação as entidades designadas pelo plano e todas as entidades consideradas necessárias consoante a tipologia de risco que foi manifestada. Fase de Reabilitação Promover as medidas adequadas ao desenvolvimento da reabilitação estrutural e infraestrutural de âmbito municipal, no todo ou em parte, nas áreas humana, social, económica, de serviços e outras, de modo a restabelecer as condições de vida normais das populações nas zonas afetadas; Promover o regresso das populações junto dos seus pertences, mas sempre assegurando a segurança das mesmas; Promover a demolição, desobstrução e remoção dos destroços ou obstáculos, a fim de restabelecer a segurança, a circulação e evitar perigo de desmoronamentos; Providenciar o alojamento provisório de populações afetadas cujas habitações foram destruídas ou ainda não garantam segurança; Garantir o apoio em alimentação e outros bens de primeira necessidade às populações afetadas; Promover o acompanhamento social e psicológico dos grupos mais vulneráveis; Determinar a elaboração de relatórios contendo os respetivos levantamentos e inventariação de todos os prejuízos sofridos e as respetivas estimativas; Elaborar um relatório circunstanciado relativo a todas as operações de Socorro e Assistência desenvolvidas, correspondendo este à forma de evitar futuras situações anómalas ocorridas durante as operações de socorro; Proceder à distribuição de subsídios previamente fixados e ressarcir as respetivas entidades privadas. Tabela 11 Ações a desenvolver Fase de Reabilitação 32

33 Riscos Naturais Ondas de Ondas de Cheias e Movimentos de Nevões Secas Sismos Entidades e Agentes Calor Frio Inundações Massa em Vertentes SMPC X X X X X X X Bombeiros Voluntários de Mogadouro X X X X X X X Autoridade Marítima X X Autoridade de Saúde do Município X X X X X X Centro de Saúde de Mogadouro X X X X X X X Centro Hospitalar do Nordeste, EPE INEM X X X X X X X GNR X X ICNF EDP X X X X REN X X X X Estradas de Portugal, S.A. X X X X X Juntas de Freguesia X X X X X X X Instituto da Segurança Social, I.P. X X X X X X X Tabela 12 Entidades e agentes intervenientes na Fase de Reabilitação face à tipologia de Risco Natural 33

34 Riscos Tecnológicos Colapso de Cheias e Colapso de Acidentes em Incêndios e Colapsos em Acidentes Acidentes no Transporte Túneis, Pontes e Inundações por Galerias e Instalações de Centros Históricos e em Rodoviários e Terrestre de Mercadorias Entidades e Agentes outras Rutura de Cavidades de Combustíveis, Óleos e Edifícios com Elevada Fluviais Perigosas Infraestruturas Barragens Minas Lubrificantes Concentração Populacional SMPC X X X X X X X Bombeiros Voluntários de Mogadouro X X X X X X X Autoridade Marítima X X Autoridade de Saúde do Município X X X X X X X Centro de Saúde de Mogadouro X X X X X X X Centro Hospitalar do Nordeste, EPE X X X X X X X INEM X X X X X X X GNR X X X X X X X ICNF X X X X EDP X X X X X REN X X X X X Estradas de Portugal, S.A. X X X X X Presidentes das Juntas de Freguesia X X X X X X X Instituto da Segurança Social, I.P. X X X X X Tabela 13 Entidades e agentes intervenientes na Fase de Reabilitação face à tipologia de Risco Tecnológico 34

35 Riscos Mistos Incêndios Entidades e Agentes Florestais SMPC X Bombeiros Voluntários de Mogadouro X Autoridade Marítima Autoridade de Saúde do Município X Centro de Saúde de Mogadouro X Centro Hospitalar do Nordeste, EPE X INEM X GNR X ICNF X EDP X REN X Estradas de Portugal, S.A. Juntas de Freguesia X Instituto da Segurança Social, I.P. X Tabela 14 Entidades e agentes intervenientes na Fase de Reabilitação face à tipologia de Risco Misto 35

36 3. Articulação e atuação de agentes, organismos e entidades São agentes de Proteção Civil nos termos da Lei de Bases de Proteção Civil: Agentes de Proteção Civil Corpos de Bombeiros; Forças de Segurança; Forças Armadas; Autoridades Marítima e Aeronáutica; INEM e demais serviços de saúde; Sapadores Florestais; Cruz Vermelha 4. Tabela 15 Agentes de Proteção Civil Segundo a mesma lei, são organismos e entidades com especial dever de cooperação: Organismos e Entidades 5 Associações humanitárias de bombeiros voluntários; Serviços de segurança; Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses; Instituições de Segurança Social; Instituições com fins de socorro e solidariedade; Organismos responsáveis pelas florestas, conservação da natureza, indústria e energia, transportem, comunicações, recursos hídricos e ambiente; Serviços de segurança e socorro privativos das empresas públicas e privadas, dos portos e aeroportos. Tabela 16 Organismos e entidades com especial dever de cooperação No esquema seguinte apresentam-se os agentes de proteção civil, organismos e entidades de apoio definidos no artigo 46º da Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho, e a respetiva correspondência com os existentes no município de Mogadouro: 4 A Cruz Vermelha Portuguesa exerce, em cooperação com os demais agentes e de harmonia com o seu estatuto próprio, funções na intervenção, socorro e assistência sanitária e social. 5 Todos os serviços e instituições, públicos ou privados, com dever de especial de cooperação com os agentes de proteção civil ou com competências específicas em domínios com interesse para a prevenção, a atenuação e o socorro às pessoas, aos bens e ao ambiente. 36

37 Corpos de bombeiros Bombeiros Voluntários de Mogadouro Forças de Segurança GNR Posto Territorial de Mogadouro Forças Armadas Autoridades Marítima e Aeronáutica Centro de Saúde de Mogadouro Centro Hospitalar do Nordeste, EPE INEM e demais serviços de saúde Sapadores florestais Cruz Vermelha Portuguesa Definidos na Lei Autoridade de Saúde do Município VMER Bragança Associação de Produtores Florestais do Nordeste Transmontano Existentes no município de Mogadouro Esquema 2 Agentes de Proteção Civil existentes no Município 37

38 Associações humanitárias de bombeiros voluntários Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mogadouro Serviços de segurança Instituto Nacional de Medicina Legal Gabinete Médico Legal de Bragança Instituições de segurança social Instituto da Segurança Social, IP Serviço Local de Mogadouro Instituições com fins de socorro e de solidariedade Organismos responsáveis pelas florestas, conservação da natureza, indústria e energia, transportes, comunicações, recursos hídricos e ambiente Serviços de segurança e socorro privativos das empresas públicas e privadas, dos portos e aeroportos Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro CATL Unidade de Cuidados Continuados de Mogadouro Creche João Lopes da Silva Mini Lar de Bruçó Jardim de Infância da Santa Casa da Misericórdia Serviço da Apoio Domiciliário de Mogadouro Lar São João de Deus da Santa Casa da Misericórdia Centro Social, Cultural e Recreativo de Travanca Associação Cultural de Solidariedade Social de Urrós Associação de Desenvolvimento Social e Cultural de Remondes Centro Social e Paroquial de Bemposta ICNF; APA; IPMA EDP; REN Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro Estradas de Portugal, S.A. PT; ANACOM; Op. Telecom; Radioamadores Orgãos de Comunicação Social Operadoras de transporte colectivo Outras entidades Definidos na Lei Agrupamento de Escolas do Concelho de Mogadouro Agrupamento de Escuteiros de Mogadouro Existentes no município Esquema 3 Entidades com especial dever de cooperação no Município 3.1. Missão dos agentes de Proteção Civil Mediante as respetivas Leis Orgânicas e Lei de Bases de Proteção Civil, são definidas as tarefas que cada agente de Proteção Civil quer no que respeita a medidas imediatas de resposta, quer no que toca a funções de suporte de emergência e de recuperação das condições de normalidade na vida das populações. 38

39 Fase de emergência Assim, para a fase de emergência, as tarefas para cada agente de Proteção Civil estão assim distribuídas: Fase de Emergência Bombeiros Voluntários de Mogadouro GNR Posto Territorial de Mogadouro Autoridade Marítima Prevenção e combate a incêndios; O socorro às populações, em caso de incêndios, inundações, desabamentos e, de um modo geral, em todos os acidentes; O socorro a náufragos e buscas subaquáticas; O socorro e transporte de acidentados e doentes, incluindo a urgência préhospitalar, no âmbito do sistema integrado de emergência médica; A participação em outras atividades de proteção civil, no âmbito do exercício das funções específicas que lhe forem cometidas; Participação em outras ações e o exercício de outras atividades, para as quais estejam tecnicamente preparados e se enquadrem nos seus fins específicos e nos fins das respetivas entidades detentoras. Garantir as condições de segurança que permitam o exercício dos direitos e liberdades e o respeito pelas garantias dos cidadãos, bem como o pleno funcionamento das instituições democráticas, no respeito pela legalidade e pelos princípios do Estado de Direito; Garantir a ordem e a tranquilidade públicas e a segurança e a proteção das pessoas e dos bens; Proteger, socorrer e auxiliar os cidadãos e defender e preservar os bens que se encontrem em situações de perigo, por causas provenientes da ação humana ou da natureza; Contribuir para a formação e informação em matéria de segurança dos cidadãos; Executar ações de prevenção e de intervenção de primeira linha, em todo o território nacional, em situação de emergência de proteção e socorro, designadamente nas ocorrências de incêndios florestais ou de matérias perigosas, catástrofes e acidentes graves; Isolamento de áreas propícias ao acontecimento de acidentes graves ou catástrofes ou áreas atingidas por estes; Controlo do tráfego rodoviário e restrições de circulação com o intuito de facilitar as ações de socorro; Abertura de corredores de emergência/evacuação. De acordo com a Diretiva Operacional Nacional n.º1, o Capitão do Porto, neste caso do Douro, no âmbito das competências que a lei lhe confere, assume as funções de Comandante das Operações de Socorro (COS) em estreita colaboração com as entidades competentes territorialmente, nos espaços de jurisdição da Autoridade Marítima (Douro), nomeadamente em situações de inundações; sinistros marítimos ou acidentes ambientais; Procede a ações de busca e salvamento na sua área de jurisdição; 39

40 Disponibiliza informação operacional permanente no âmbito da atividade de proteção e socorro à estrutura de comando, coordenação e controlo montada. Centro de Saúde de Mogadouro Reforçar a capacidade de prestação de serviços de saúde de urgência; Centro Hospitalar do Nordeste, EPE Ceder e/ou partilhar as instalações e os equipamentos. Autoridade de Saúde do Município INEM Assessoria nas ações de evacuação primária e secundária; Atuar, em conformidade com as indicações do INEM, no despacho de doentes urgentes; Colocar todos os meios e recursos disponíveis ao serviço das ações de socorro; Levantamento do número de registos de feridos e mortos; Presta os cuidados de saúde em centros de acolhimento provisório; Presta os necessários serviços médicos. Ao INEM incumbe a definição, organização, coordenação e avaliação das atividades do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), nomeadamente no que respeita a: o Sistema de socorro pré-hospitalar (SSPH), nas suas vertentes medicalizado e não medicalizado; o Articulação do SSPH com os serviços de urgência/emergência; o Referenciação e transporte de urgência/emergência; o Receção hospitalar e tratamento urgente/emergente. Incumbe ainda ao INEM: Assegurar a prestação de socorro pré-hospitalar e proceder ao transporte para as unidades de saúde adequadas; Efetuar a triagem e evacuação primária e secundária de vítimas atingidas por acidentes graves ou catástrofes; Promover a receção e o tratamento hospitalares adequados do doente urgente/emergente; Proceder à montagem de postos de médicos avançados; Promover a criação e correta utilização de corredores integrados de urgência/emergência («vias verdes»); Promover a integração coordenada dos serviços de urgência/emergência no SIEM; Promover a correta referenciação do doente urgente/emergente; Promover a adequação do transporte inter-hospitalar do doente urgente/emergente; Orientar a atuação coordenada dos agentes de saúde nas situações de catástrofe ou calamidade, integrando a organização definida em planos de emergência/catástrofe. Tabela 17 Tarefas para cada Agente de Proteção Civil na fase de Emergência 40

41 Fase de reabilitação Para a fase de reabilitação, as tarefas para cada agente de Proteção Civil estão assim distribuídas: Fase de Reabilitação Bombeiros Voluntários de Mogadouro GNR Posto Territorial de Mogadouro Autoridade Marítima Centro de Saúde de Mogadouro Centro Hospitalar do Nordeste, EPE Autoridade de Saúde do Município Desenvolvem ações de prevenção a novas ocorrências; Desobstrução e limpeza das vias de comunicação; Desenvolvem ações com vista à reposição da normalidade; Auxílio geral às populações em campos para os quais existe a disponibilidade material e humana. Garantir as condições de segurança que permitam o exercício dos direitos e liberdades e o respeito pelas garantias dos cidadãos, bem como o pleno funcionamento das instituições democráticas, no respeito pela legalidade e pelos princípios do Estado de Direito; Garantir a ordem e a tranquilidade públicas e a segurança e a proteção das pessoas e dos bens; Desenvolver as ações de investigação criminal e contraordenacional que lhe sejam atribuídas por lei, delegadas pelas autoridades judiciárias ou solicitadas pelas autoridades administrativas; Proteger, socorrer e auxiliar os cidadãos e defender e preservar os bens que se encontrem em situações de perigo, por causas provenientes da ação humana ou da natureza; Manter a vigilância e a proteção de pontos sensíveis, nomeadamente infraestruturas rodoviárias, ferroviárias, aeroportuárias e portuárias, edifícios públicos e outras instalações críticas; Desenvolvem ações com vista à reposição da normalidade. No uso das suas competências de COS, em locais de sua jurisdição, providencia todas as medidas com vista ao restabelecer da normalidade; Presta apoio, em todas as outras situações, às entidades competentes, com vista à reposição da normalidade; Disponibiliza informação operacional permanente no âmbito da atividade de proteção e socorro à estrutura de comando, coordenação e controlo montada. Colocar todos os meios e recursos disponíveis ao serviço das ações de reabilitação; Levantamento do número de registos de feridos e mortos; Presta os cuidados de saúde em centros de acolhimento provisório; Presta os necessários serviços médicos. Avaliar o estado de saúde da população; Avaliar e gerir os riscos para a saúde decorrentes de fatores ambientais; Inspecionar a área afetada; Realizar ações de vacinação; 41

42 Efetuar recomendações de carácter sanitário; Efetivar a vigilância epidemiológica. INEM Assegurar o atendimento, triagem, aconselhamento das chamadas que lhe sejam encaminhadas pelo número 112 e acionamento dos meios de socorro apropriados no âmbito da emergência médica; Assegurar a prestação de socorro pré-hospitalar e proceder ao transporte para as unidades de saúde adequadas; Promover a adequação do transporte inter-hospitalar do doente urgente/emergente; Promover a formação e qualificação do pessoal indispensável às ações de emergência médica; Desenvolver ações de sensibilização e informação dos cidadãos no que respeita ao SIEM; Prestação de apoio psicológico às vítimas da ocorrência, com vista à sua estabilização emocional e posterior referenciação para as entidades adequadas. Tabela 18 Tarefas para cada Agente de Proteção Civil na fase de Reabilitação 3.2. Missão dos organismos e entidades de apoio Fase de emergência Fase de Emergência Associações humanitárias de bombeiros voluntários Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mogadouro Disponibilizar meios, recursos e pessoal para apoio às ações de emergência; Apoiar logisticamente a sustentação das operações, na área de atuação própria do CB, com o apoio do SMPC. Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses Gabinete Médico- Legal de Bragança Coordenar as ações de mortuária; Mobilizar a Equipa Médico-Legal de Intervenção em Desastres; Assumir a investigação forense para a identificação dos corpos com vista à sua entrega aos familiares; Realizar autópsias cujo resultado rápido contribua para a saúde pública. 42

43 Instituições de Segurança Social Instituições com fins de socorro e de solidariedade Instituto da Segurança Social, IP Serviço Local de Mogadouro Santa da Casa da Misericórdia de Mogadouro CATL Unidade de Cuidados Continuados de Mogadouro Creche João Lopes da Silva Mini Lar de Bruçó Assegura e coordena as ações de apoio social às populações, no âmbito da ação social, numa intervenção concertada com as entidades competentes de proteção civil e articulação os vários setores intervenientes; Assegura o apoio psicológico de continuidade às vítimas; Colabora na definição de critérios de apoio à população; Assegura a constituição de equipas técnicas em articulação com os vários setores intervenientes, para receção, atendimento e encaminhamento da população; Participa nas ações da pesquisa e reunião de desaparecidos; Participa na instalação da Zona de Apoio (ZA) e da Zona de Concentração e Reserva (ZCR), assegurando o fornecimento de bens e serviços essenciais; Colabora nas ações de movimentação de populações. Presta poio às populações com bens de primeira necessidade; Presta assistência humanitária; Coloca os seus meios e recursos à disposição das ações de socorro e assistência; Colabora nas ações de logística, nomeadamente com alimentação e agasalhos. Presta apoio às populações com bens de primeira necessidade; Presta assistência humanitária; Coloca os seus meios e recursos à disposição das ações de socorro e assistência; Colabora nas ações de logística, nomeadamente com alimentação e agasalhos. Presta poio às populações com bens de primeira necessidade; Presta assistência humanitária; Coloca os seus meios e recursos à disposição das ações de socorro e assistência; Colabora nas ações de logística, nomeadamente com alimentação e agasalhos. Presta poio às populações com bens de primeira necessidade; Presta assistência humanitária; Coloca os seus meios e recursos à disposição das ações de socorro e assistência; Colabora nas ações de logística, nomeadamente com alimentação e agasalhos. Presta poio às populações com bens de primeira necessidade; Presta assistência humanitária; Coloca os seus meios e recursos à disposição das ações de socorro e assistência; Colabora nas ações de logística, nomeadamente com 43

44 alimentação e agasalhos. Jardim de Infância Santa Casa da Misericórdia Serviço da Apoio Domiciliário de Mogadouro Lar São João de Deus, Santa Casa da Misericórdia Centro Social, Cultural e Recreativo de Travanca Associação Cultural de Solidariedade Social de Urrós Associação de Desenvolvimento Social e Cultural de Remondes Centro Social e Paroquial de Bemposta Presta poio às populações com bens de primeira necessidade; Presta assistência humanitária; Coloca os seus meios e recursos à disposição das ações de socorro e assistência; Colabora nas ações de logística, nomeadamente com alimentação e agasalhos. Presta poio às populações com bens de primeira necessidade; Presta assistência humanitária; Coloca os seus meios e recursos à disposição das ações de socorro e assistência; Colabora nas ações de logística, nomeadamente com alimentação e agasalhos. Presta poio às populações com bens de primeira necessidade; Presta assistência humanitária; Coloca os seus meios e recursos à disposição das ações de socorro e assistência; Colabora nas ações de logística, nomeadamente com alimentação e agasalhos. Presta poio às populações com bens de primeira necessidade; Presta assistência humanitária; Coloca os seus meios e recursos à disposição das ações de socorro e assistência; Colabora nas ações de logística, nomeadamente com alimentação e agasalhos. Presta poio às populações com bens de primeira necessidade; Presta assistência humanitária; Coloca os seus meios e recursos à disposição das ações de socorro e assistência; Colabora nas ações de logística, nomeadamente com alimentação e agasalhos. Presta poio às populações com bens de primeira necessidade; Presta assistência humanitária; Coloca os seus meios e recursos à disposição das ações de socorro e assistência; Colabora nas ações de logística, nomeadamente com alimentação e agasalhos. Presta poio às populações com bens de primeira necessidade; Presta assistência humanitária; Coloca os seus meios e recursos à disposição das ações de socorro e assistência; Colabora nas ações de logística, nomeadamente com alimentação e agasalhos. 44

45 Organismos responsáveis pelas florestas, conservação da natureza, indústria e energia, transportes, comunicações, recursos hídricos e ambiente. Órgãos de Comunicação Social Instituto de Conservação da Natureza e Florestas Agência Portuguesa do Ambiente, IP Instituto Português do Mar e da Atmosfera EDP REN Redes Energéticas Nacionais Águas de Trás-os- Montes e Alto Douro Estradas de Portugal, S.A. Rede Fixa: Portugal Telecom Rede Móvel: Vodafone, Optimus, TMN Presta assessoria técnica aos decisores, auxiliando no processo de tomada de decisão; Apoiar com pessoal e meios próprios as operações no âmbito das suas competências. Presta assessoria técnica aos decisores, auxiliando no processo de tomada de decisão; Apoiar com pessoal e meios próprios as operações no âmbito das suas competências. Presta assessoria técnica aos decisores, auxiliando no processo de tomada de decisão; Apoiar com pessoal e meios próprios as operações no âmbito das suas competências. Participam nas atividades de socorro, nomeadamente em processos de gestão de rede; Ativa de imediato as equipas de intervenção; Assegura o fornecimento de energia em infraestruturas críticas como Hospitais; serviços de estado; estruturas de proteção civil e forças de segurança, entre outros. Participam nas atividades de socorro, nomeadamente em processos de gestão de rede; Ativa de imediato as equipas de intervenção; Assegura o fornecimento de energia em infraestruturas críticas como Hospitais; serviços de estado; estruturas de proteção civil e forças de segurança, entre outros. Assegurar a capacidade operacional dos serviços; Disponibilizar meios humanos e materiais para proceder ao corte ou reparação dos serviços; Disponibilizar equipamentos para apoio em situações de emergência; Garantir prioridades de acesso, em situação de emergência, aos locais correspondentes aos serviços essenciais e entidades consideradas essenciais à conduta das operações. Presta assessoria técnica aos decisores, auxiliando no processo de tomada de decisão. Ativam as suas equipas de manutenção e reparação; Assegura o estabelecimento das comunicações necessárias às operações. 45

46 ANACOM Rádio Onda Livre Rádio Torre de Moncorvo Rádio Planalto Rádio Bragança Rádio Brigantia Jornal do Nordeste Mensageiro de Bragança Outros de âmbito territorial mais alargado, considerados pertinentes para o efeito Prestar apoio às entidades encarregues do planeamento das ações integradas nas áreas ligadas à proteção civil; Assegurar o funcionamento das redes e dos serviços de telecomunicações em situações de emergência; Apoiar com pessoal e meios próprios as operações no âmbito das suas competências. Procedem à difusão da informação sobre a ativação do plano; Procedem à difusão de informação sobre a evolução das operações de socorro, perante a população em geral; Difundem informações sobre medidas de autoproteção; Difundem outras informações consideradas pertinentes; Radioamadores Os radioamadores dispõem de equipamentos de comunicações diversificados e recentes (HF, VHF, UHF, Satélite, TV, Dados, etc.). Executam exercícios com a Proteção Civil e são um complemento desejável aos sistemas de comunicações de emergência instalados. Operadoras de Disponibilizam os seus meios e recursos, materiais e humanos; transportes: Rodonorte Asseguram o transporte de meios e recursos necessários às operações; Asseguram o necessário transporte das populações desalojadas. Outras entidades Agrupamento de Escolas de Coloca à disposição do Comandante das operações de Proteção Civil as suas instalações e equipamentos; Colabora em ações logísticas, através da disponibilização de Mogadouro recursos humanos, nomeadamente no que respeita à elaboração de refeições para apoio aos agentes de Proteção Civil. Tabela 19 Tarefas para cada Organismo ou Entidade de Apoio na fase de Emergência 46

47 Fase de reabilitação Fase de Reabilitação Associações humanitárias de bombeiros voluntários Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mogadouro Disponibilizar meios, recursos e pessoal para apoio às ações emergência; Apoiar logisticamente a sustentação das operações, na área de atuação própria do CB, com o apoio do SMPC Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses Gabinete Médico- Legal de Bragança Assumir a investigação forense para identificação dos corpos com vista à sua entrega aos familiares Instituições de Segurança Social Serviço Local Segurança Social de Mogadouro Assegura e coordena as ações de apoio social às populações, no âmbito da ação social, em articulação com os vários setores intervenientes; Assegura o apoio psicológico de continuidade às vítimas. Apoio às populações com bens de primeira necessidade, como Santa da Casa da Misericórdia de Mogadouro agasalhos, alimentação, etc.; Presta assistência humanitária; Coloca os seus meios e recursos à disposição das ações de reposição da normalidade; Prestam apoio social. Apoio às populações com bens de primeira necessidade, como agasalhos, alimentação, etc.; Instituições com fins de socorro e CATL Presta assistência humanitária; Coloca os seus meios e recursos à disposição das ações de reposição da normalidade; Prestam apoio social. de solidariedade Unidade de Cuidados Apoio às populações com bens de primeira necessidade, como agasalhos, alimentação, etc.; Presta assistência humanitária; Continuados de Mogadouro Coloca os seus meios e recursos à disposição das ações de reposição da normalidade; Prestam apoio social. Apoio às populações com bens de primeira necessidade, como Creche João Lopes da Silva agasalhos, alimentação, etc.; Presta assistência humanitária; Coloca os seus meios e recursos à disposição das ações de reposição da normalidade; 47

48 Prestam apoio social. Mini Lar de Bruçó Jardim de Infância Santa Casa da Misericórdia Serviço da Apoio Domiciliário de Mogadouro Lar São João de Deus, Santa Casa da Misericórdia Centro Social, Cultural e Recreativo de Travanca Associação Cultural de Solidariedade Social de Urrós Associação de Desenvolvimento Apoio às populações com bens de primeira necessidade, como agasalhos, alimentação, etc.; Presta assistência humanitária; Coloca os seus meios e recursos à disposição das ações de reposição da normalidade; Prestam apoio social. Apoio às populações com bens de primeira necessidade, como agasalhos, alimentação, etc.; Presta assistência humanitária; Coloca os seus meios e recursos à disposição das ações de reposição da normalidade; Prestam apoio social. Apoio às populações com bens de primeira necessidade, como agasalhos, alimentação, etc.; Presta assistência humanitária; Coloca os seus meios e recursos à disposição das ações de reposição da normalidade; Prestam apoio social. Apoio às populações com bens de primeira necessidade, como agasalhos, alimentação, etc.; Presta assistência humanitária; Coloca os seus meios e recursos à disposição das ações de reposição da normalidade; Prestam apoio social. Apoio às populações com bens de primeira necessidade, como agasalhos, alimentação, etc.; Presta assistência humanitária; Coloca os seus meios e recursos à disposição das ações de reposição da normalidade; Prestam apoio social. Apoio às populações com bens de primeira necessidade, como agasalhos, alimentação, etc.; Presta assistência humanitária; Coloca os seus meios e recursos à disposição das ações de reposição da normalidade; Prestam apoio social. Apoio às populações com bens de primeira necessidade, como agasalhos, alimentação, etc.; Presta assistência humanitária; 48

49 Social e Cultural de Remondes Coloca os seus meios e recursos à disposição das ações de reposição da normalidade; Prestam apoio social. Apoio às populações com bens de primeira necessidade, como Centro Social e Paroquial de Bemposta agasalhos, alimentação, etc.; Presta assistência humanitária; Coloca os seus meios e recursos à disposição das ações de reposição da normalidade; Prestam apoio social. Instituto de Conservação da Natureza e Quantifica os danos causados; Procede a ações de requalificação florestal e ambiental; Coopera em ações de restabelecimento da normalidade. Florestas Organismos responsáveis pelas florestas, conservação da Agência Portuguesa do Ambiente, IP Instituto Português do Mar e da Atmosfera Fornecer informação de carácter técnico e científico; Apoiar com pessoal e meios próprios as operações no âmbito das suas competências. Fornecer informação de carácter técnico e científico; Apoiar com pessoal e meios próprios as operações no âmbito das suas competências. natureza, indústria e energia, transportes, EDP Procede ao restabelecimento na distribuição da energia; Assegura o fornecimento de energia em infraestruturas críticas como Hospitais; serviços de estado; estruturas de proteção civil e forças de segurança, entre outros. comunicações, recursos hídricos e ambiente REN Redes Energéticas Nacionais Presta assessoria técnica aos decisores; Coloca os seus meios à disposição no restabelecimento da situação de normalidade. Órgãos de Comunicação Social Águas de Trás-os- Montes e Alto Douro Disponibilizar meios humanos e materiais para restabelecer o normal funcionamento dos serviços; Manter disponíveis os equipamentos para apoio em situações de falha dos serviços. Estradas de Portugal, SA Disponibilizar meios humanos e materiais para restabelecer o normal funcionamento da circulação; Manter disponíveis os equipamentos para apoio em situações de interrupção do serviço. Rede Fixa: Portugal Telecom Rede Móvel: Ativam as suas equipas de manutenção e reparação; Procede ao restabelecimento das comunicações; Assegura o estabelecimento das comunicações necessárias às operações. 49

50 Vodafone, Optimus, TMN Ativam as suas equipas de manutenção e reparação; ANACOM Procede ao restabelecimento das comunicações; Assegura o estabelecimento das comunicações necessárias às operações. Rádio Onda Livre Procedem à difusão de informação sobre a evolução das Rádio Torre de Moncorvo Rádio Planalto operações de socorro, perante a população em geral; Difundem informações sobre medidas de autoproteção; Difundem outras informações consideradas pertinentes. Rádio Bragança Rádio Brigantia Jornal do Nordeste Mensageiro de Bragança Outros de âmbito territorial mais alargado, considerados pertinentes para o efeito Radioamadores Apoio ao restabelecimento das comunicações na fase da reabilitação. Operadoras de Disponibilizam os seus meios e recursos, materiais e humanos; transportes: Rodonorte Asseguram o transporte de meios e recursos necessários ao restabelecimento da normalidade; Asseguram a necessária movimentação das populações. Coloca à disposição do Comandante das operações de Agrupamento de Proteção Civil, as suas instalações e equipamentos; Outras entidades Escolas de Mogadouro Colabora em ações logísticas, através da disponibilização de recursos humanos, nomeadamente no que respeita à elaboração de refeições para apoio aos agentes de Proteção Civil. Agrupamento de Colabora com o Comandante das operações de socorro, na Escuteiros de Mogadouro reposição da normalidade; Colabora na ajuda e assistência ao bem-estar das populações evacuadas para os centros de acolhimento provisório; 50

51 Apoio ao fornecimento, confeção e distribuição de bens alimentares materiais de alojamento provisório e higiene pessoal das populações evacuadas; Exerce as funções para as quais estão destinados, no âmbito das ações de Proteção Civil. Tabela 20 Tarefas para cada Organismo ou Entidade de Apoio na fase de Reabilitação 3.3. Missão das estruturas autárquicas Fase de emergência Fase de Emergência Serviço Municipal de Proteção Civil Câmara Municipal de Mogadouro Diferentes Serviços e Divisões da Câmara Municipal de Mogadouro Juntas de Freguesia Compete ao SMPC assegurar o funcionamento de todos os organismos municipais de proteção civil, bem como centralizar, tratar e divulgar toda a informação recebida relativa à proteção civil municipal; Assegurar a funcionalidade e a eficácia da estrutura do SMPC; Inventariar e atualizar permanentemente os registos dos meios e dos recursos existentes no concelho, com interesse para o SMPC; Manter informação atualizada sobre acidentes graves e catástrofes ocorridas no município, bem como sobre elementos relativos às condições de ocorrência, às medidas adotadas para fazer face às respetivas consequências e às conclusões sobre o êxito ou insucesso das ações empreendidas em cada caso; Prestar apoio logístico às vítimas e às forças de socorro; Levantar, organizar e gerir os centros de alojamento; Estudar as questões de que vier a ser incumbido, propondo as soluções que considere mais adequadas; Difusão de avisos, alertas e outros considerados essenciais. Coloca ao serviço da Proteção Civil, todos os recursos disponíveis para fazer face à situação de desastre ou catástrofe; Coloca meios humanos sob a coordenação do comandante das operações de socorro, com o intuito de suprir situações para as quais não seja necessária especialização técnica e meios específicos; Apoio humano e material às outras entidades com especial dever de cooperação; Apoia nas ações logísticas necessárias. Concede todo o apoio necessário às ações a desenvolver; Coloca todos os seus meios humanos e materiais ao serviço das ações a desenvolver no âmbito da Proteção Civil; 51

52 Auxilia na inventariação de recursos existentes na sua freguesia; Auxilia na análise e avaliação dos efeitos causados, quer nos bens, quer no ambiente, quer essencialmente na população; Tabela 21 Missão das estruturas autárquicas na fase de emergência Fase de reabilitação Serviço Municipal de Proteção Civil Câmara Municipal de Mogadouro Diferentes Serviços e Divisões da Câmara Municipal de Mogadouro Juntas de Freguesia Fase de Reabilitação Compete ao SMPC assegurar o funcionamento de todos os organismos municipais de proteção civil, bem como centralizar, tratar e divulgar toda a informação recebida relativa à proteção civil municipal. Assegurar a funcionalidade e a eficácia da estrutura do SMPC; Inventariar e atualizar permanentemente os registos dos meios e dos recursos existentes no concelho, com interesse para o SMPC; Manter informação atualizada sobre acidentes graves e catástrofes ocorridas no município, bem como sobre elementos relativos às condições de ocorrência, às medidas adotadas para fazer face às respetivas consequências e às conclusões sobre o êxito ou insucesso das ações empreendidas em cada caso; Prestar o apoio logístico às vítimas e às forças de socorro; Organizar e gerir os centros de alojamento; Estudar as questões de que vier a ser incumbido, propondo as soluções que considere mais adequadas. Coloca ao serviço da Proteção Civil, todos os recursos disponíveis com o objetivo de repor o mais rapidamente a situação de normalidade; Procede à reabilitação de infraestruturas necessárias, comunicações, transporte, energia, água, saneamento, etc.; Apoio humano e material às outras entidades com especial dever de cooperação; Apoia nas ações logísticas necessárias; Procede à análise e quantificação dos danos. Concede todo o apoio necessário às ações a desenvolver; Coloca todos os seus meios humanos e materiais ao serviço das ações a desenvolver no rápido restabelecer da normalidade; Auxilia na análise e avaliação dos efeitos causados, quer nos bens, quer no ambiente, quer essencialmente na população. Tabela 22 Missão das estruturas autárquicas na fase de reabilitação 52

53 Parte III Áreas de Intervenção 53

54 A Parte III destina-se a apresentar as áreas básicas da organização geral das operações, nomeadamente identificando as prioridades de ação, a estrutura de coordenação e a constituição e missão dos serviços e agentes de proteção civil, bem como dos organismos e entidades de apoio intervenientes. 1. Administração de meios e recursos Em ações de Proteção Civil, nomeadamente no caso de acidentes graves ou catástrofes, a necessidade logística é, na maior parte das vezes, um processo pesado, podendo mesmo comprometer o sucesso destas ações. Neste sentido, surge a necessidade de manter uma lista de níveis orgânicos (LNO) 6 capaz de responder às necessidades primárias do socorro. Com o decorrer das operações e o evoluir da situação, as necessidades irão exceder a capacidade de resposta logística que o Serviço Municipal de Proteção Civil, através dos seus intervenientes, será capaz dar. Com o intuito de fazer face a estas necessidades, serão postos ao dispor das ações desenvolvidas, materiais e recursos provenientes de entidades públicas e privadas com uma capacidade logística mais elevada, face aos agentes de proteção civil existentes no município. No entanto segundo o disposto no n.º 3 do artigo 10º da Lei n.º27/2006, de 3 de Julho, deverá ser dada a preferência à utilização de meios e recursos públicos sobre a utilização de meios e recursos privados. Aquando da utilização de meios e recursos privados, estes deverão ser ressarcidos dos respetivos pagamentos da utilização destes mesmos meios e recursos. Quanto às entidades e organismos públicos, deverão colocar ao serviço das ações de Proteção Civil todos os seus recursos e meios, quer humanos, quer materiais, assumindo desde logo os custos resultantes destas ações, no entanto poderão vir a ser comparticipados caso esteja pré-estabelecido no plano. A responsabilidade de coordenação, a colaboração e as prioridades da ação estão assim distribuídas: Estrutura de Coordenação Coordenação Entidades intervenientes Diretor do Plano Serviço Municipal de Proteção Civil Prioridades de Ação Utilização racional de recursos e meios; Supervisionar e levar a cabo a gestão administrativa e financeira inerente à mobilização, requisição e utilização dos meios e recursos necessários à intervenção; Supervisão das negociações contratuais; Gestão dos tempos de utilização de recursos e equipamentos; Gestão dos Processos de seguros. Tabela 23 Coordenação, colaboração e prioridades de ação na administração de meios e recursos 6 Relação dos abastecimentos essenciais ao socorro, em mão, cuja posse por uma unidade de APC é autorizada a fim de garantir a sua continua operacionalidade. 54

55 A gestão destes meios e recursos estará ao dispor do comandante das operações de socorro, sendo este apoiado pela célula de logística existente no teatro de operações, isto ao nível operacional, ao nível administrativo estão atribuídas responsabilidades ao nível de várias temáticas, nomeadamente: Administração de Meios e Recursos Responsabilidade da Gestão Financeira e de Custos Diretor do Plano Presidente da Câmara de Mogadouro Telefone: Fax presidente@mogadouro.pt Supervisão das Negociações Contratais Diretor do Plano Presidente da Câmara de Mogadouro Telefone: Fax presidente@mogadouro.pt Gestão dos tempos de utilização dos Recursos e Equipamentos Diretor do Plano Presidente da Câmara de Mogadouro Telefone: Fax presidente@mogadouro.pt Gestão dos Processos de Seguros Diretor do Plano Presidente da Câmara de Mogadouro Telefone: Fax presidente@mogadouro.pt Tabela 24 Responsabilidades Administrativas A administração de meios e recursos, quer estes sejam humanos quer materiais, tem por base estabelecer os procedimentos e agilizar o processo de coordenação nas tarefas de gestão administrativa e financeira, no que diz respeito à mobilização e utilização dos meios e recursos necessários às operações de proteção civil aquando da ativação do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil. Todo o pessoal interveniente nas ações decorrentes da ativação do PMEPC é nomeado e remunerado pelas instituições a que pertencem, podendo ser comparticipados com subsídios, se estiver previamente acordado, ou perante decisão do Diretor do Plano. O fornecimento de materiais é efetuado mediante a entrega de requisições (modelo previamente estabelecido) junto do responsável administrativo do processo em causa. Os materiais a adquirir estão classificados mediante as seguintes tipologias: Apoio Logístico às Forças de Intervenção Medicamentos; Material sanitário e produtos de higiene e limpeza; Equipamentos de energia e iluminação; 55

56 Géneros alimentícios e alimentos confecionados; Material de alojamento precário; Agasalhos e vestuário; Equipamento de transporte de passageiros e carga; Combustíveis e lubrificantes; Construção e obras públicas; Máquinas e equipamento de engenharia; Material de mortuária. Tabela 25 Tipologia de material logístico Os contactos com fornecedores privados ou públicos de equipamento estão estabelecidos previamente no âmbito da participação de agentes de proteção civil e organismos com especial dever de cooperação no desenvolver das suas normais atividades, durante os períodos considerados de normalidade. Visto não existirem protocolos firmados com os mais diversos fornecedores privados de serviços e bens, a relação de proximidade existente no município entre entidades deverá ser mantida, no entanto o contacto com estes será estabelecido através do diretor do plano, das pessoas com competência administrativa específica ou diretamente entre os agentes de proteção civil e os seus habituais fornecedores, sob a supervisão administrativa do diretor do plano. 2. Logística A componente logística terá que estar forçosamente relacionada com a administração de meios e recursos reveste-se de particular importância. É de salientar que a escassez de recursos a utilizar ao abrigo de todo o processo de socorro, obriga não só a um controlo rigoroso na aplicação dos meios e recursos disponíveis em mão, nos agentes de proteção civil e entidades com especial dever de cooperação, mas também à utilização racional de todos os meios e recursos pertencentes a privados, mas cruciais no sucesso da operação. A responsabilidade de coordenação, a colaboração e as prioridades da ação estão assim distribuídas: Estrutura de Coordenação Coordenação Serviço Municipal de Proteção Civil Instituto da Segurança Social, IP Serviço Local de Mogadouro Entidades intervenientes Diferentes Serviços e Divisões da Câmara Municipal de Mogadouro Juntas de Freguesia (Identificadas na Parte IV Seção III) Instituições de Segurança Social 56

57 Prioridades de Ação (Identificadas na Parte IV Seção III) Desenvolver e manter o máximo potencial de combate através do apoio aos sistemas de combate; Colocar o pessoal e material adequado em local próprio, em tempo oportuno, nas melhores condições de eficiência; Assegurar o eficiente apoio material às forças de intervenção; Providenciar combustíveis e apoio mecânico; Assegurar os abastecimentos e equipamentos: Transportes (relativos a equipamento, alimentação, rendição de equipas e evacuação das populações); Instalações; Abastecimentos em todas as vertentes; Alimentação; Manutenção de equipamentos; Combustíveis; Comunicações; Apoio sanitário; Assegurar o apoio logístico às populações no que diz respeito a: Alimentação; Alojamento temporário; Agasalhos; etc. Tabela 26 Coordenação, colaboração e prioridades de ação da Logística das operações As atividades logísticas necessárias a levar a cabo desenvolvem-se em duas esferas distintas: Apoio Logístico às forças de intervenção; Apoio logístico às populações Apoio Logístico às Forças de Intervenção As necessidades logísticas iniciais dos agentes de proteção civil, entidades e organismos de apoio, envolvidos nas operações de emergência estão a cargo das próprias entidades, sendo que, a alimentação e o reabastecimento em água e combustível numa fase inicial é da responsabilidade dos Bombeiros Voluntários de Mogadouro. Com a ativação da área de intervenção de logística as necessidades logísticas primárias, ou seja, ao nível da primeira intervenção, são suprimidas pelas próprias forças de intervenção. Com o desenrolar das operações existirá um reforço da capacidade de resposta inversamente proporcional à capacidade logística das próprias forças de intervenção, com vista a suplantar essas necessidades. Neste sentido, e atendendo ao necessário apoio nas mais diversas áreas, são seguidamente enumeradas as responsabilidades e entidades/organismos que cooperam no processo logístico. Apoio Logístico às Forças de Intervenção Necessidades logísticas Coordenação Entidades Principais Intervenientes Funções 57

58 Restauração Colocação de recursos Agrupamento de humanos e materiais ao Alimentação Serviço Municipal de Proteção Civil AHBVM; CMM Escolas de Mogadouro Bombeiros serviço das forças de intervenção Fornecimento de Voluntários de alimentação às forças Mogadouro intervenientes Combustíveis Manutenção e reparação de equipamentos Transportes Material sanitário Material de mortuária Serviço Municipal Postos de AHBVTM; CMM de Proteção Civil combustíveis locais Serviços da Câmara Municipal Bombeiros Serviço Municipal CMM Voluntários de de Proteção Civil Mogadouro Empresas públicas e privadas Câmara Municipal Serviço Municipal CMM Empresas públicas e de Proteção Civil privadas Autoridade de Centro de Saúde; Saúde do Autoridade de Município Saúde do Município Autoridade de Autoridade de Saúde do Saúde do Município; Gabinete Município Médico-Legal de Bragança Centro de Saúde Empresas públicas e privadas Centro de Saúde INEM Agências Funerárias Tabela 27 Necessidades Logísticas no apoio às forças de intervenção Colocação de recursos humanos e materiais ao serviço das forças de intervenção Colocação de recursos humanos e materiais ao serviço das forças de intervenção Colocação de recursos humanos e materiais ao serviço das forças de intervenção Colocação de recursos humanos e materiais ao serviço das forças de intervenção Colocação de recursos humanos e materiais ao serviço das forças de intervenção Deverão ser criadas duas áreas principais, para apoio às operações de logística. Uma Zona de Concentração e Reserva (ZCR) e uma Zona de Receção de Reforços (ZRR) que deverão estar dotadas de infraestruturas de área suficientemente ampla, de boas acessibilidades e segura, para conter meios e equipamentos que deverão ficar de reserva e que poderão ser acionados aquando da emergência. Assim, e no âmbito deste PMEPC estas zonas podem vir a localizar-se nos seguintes espaços (): A Zona de Concentração e Reserva (ZCR) Municipal será localizada no Estádio Municipal de Mogadouro ou outras a definir. 58

59 A Zona de Receção de Reforços (ZRR) Municipal serão localizadas no Pavilhão Gimnodesportivo de Mogadouro e no Pavilhão Gimnodesportivo da Escola Básica e Secundária de Mogadouro ou outras a definir. Mapa 2 Localização da ZCR e ZRR 59

60 Prioridades de Ação Assegurar as necessidades logísticas das forças de intervenção, nomeadamente quanto à alimentação, distribuição de água, combustíveis, transportes, material sanitário, material de mortuária e outros artigos essenciais à prossecução das missões de socorro, salvamento e assistência; Garantir a gestão de armazéns de emergência e a entrega de bens e mercadorias necessários; Prever a confeção e distribuição de alimentação ao pessoal envolvido em ações de socorro; Organizar a instalação e montagem de cozinhas e refeitórios de campanha para a assistência à emergência; Assegurar a disponibilização de meios e recursos para a desobstrução expedita de vias de comunicação e itinerários de socorro, para as operações de demolição e escoramento de edifícios e para a drenagem e escoamento de águas; Promover a manutenção, reparação e abastecimento de viaturas essenciais à conduta das operações de emergência, bem como de outro equipamento; Apoiar as entidades respetivas na reabilitação das redes e serviços essenciais: energia elétrica, gás, água, telefones e saneamento básico; Definir prioridades em termos de abastecimento de água e energia. Procedimentos e instruções de Coordenação A satisfação das necessidades logísticas iniciais (primeiras 24 horas) do pessoal envolvido estará a cargo dos próprios agentes de proteção civil, organismos e entidades de apoio; Após as primeiras 24 horas, as necessidades logísticas são suprimidas pela Câmara Municipal de Mogadouro que, para os devidos efeitos, contactarão com os fornecedores ou entidades detentoras previstos no plano; Os Bombeiros apoiam logisticamente a sustentação das operações na área de atuação própria; Para a distribuição de alimentação ao pessoal envolvido em operações de socorro poderão ser montados, pelas Forças Armadas, cozinhas e refeitórios de campanha; A aquisição de combustíveis e lubrificantes será efetuada, na primeira intervenção pelas entidades intervenientes. Posteriormente, em caso de necessidade de reabastecimento, pela CMM no seu Parque de Máquinas e Viaturas ou em local a definir; A manutenção e reparação de material estarão a cargo das respetivas entidades utilizadoras; O montante das requisições é, posteriormente, liquidado pela Câmara Municipal junto das entidades fornecedoras através de conta especial de emergência ou através de verbas destinadas para o efeito; A desobstrução expedita de vias de comunicação e itinerários de socorro, as operações de demolição e escoramento de edifícios e a drenagem e escoamento de água serão realizadas preferencialmente com recurso a meios dos Bombeiros ou das Forças Armadas, podendo ser mobilizada maquinaria pesada de empresas de obras públicas; O material sanitário, de mortuária e demais artigos necessários às operações será acionado pela Autoridade de Saúde do Município, podendo o Diretor do PMEPC requisitar outro tipo de meios e materiais; As entidades exploradoras das redes de transportes, abastecimento de água, distribuição de energia e comunicações assegurarão o rápido restabelecimento do respetivo serviço e garantirão a operacionalidade de piquetes de emergência para necessidades extraordinárias decorrentes da reposição do serviço; As Forças Armadas colaboram no apoio logístico, designadamente material diverso (material de aquartelamento, tendas de campanha, geradores, depósitos de água, etc.); Se necessário, poderão ser criados armazéns de emergência que serão geridos pela CM; As normas de mobilização de meios e recursos estarão a cargo da Área de Intervenção da Logística, em cooperação com a Área de Intervenção da Administração de Meios e Recursos. Tabela 28 Prioridades de ação nas operações de logística às operações 60

61 Apoio Social Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil 2.2. Apoio Logístico às populações O desenvolvimento do apoio logístico às populações este desenvolve-se na vertente institucional, embora em sintonia com a vertente operacional, por forma a garantir as condições básicas às populações afetadas, organizando-se da seguinte forma: Apoio Logístico às Populações Necessidades logísticas Coordenação Entidades Principais Intervenientes de suporte Funções Diferentes Serviços e Divisões da Colocação de Alimentação Instituto da Segurança Social, IP Serviço Local de Mogadouro e Serviço Municipal de Proteção Civil ISS, IP e CMM Câmara Municipal de Mogadouro (Cantina Municipal) Juntas de Freguesia Instituições de Solidariedade e recursos humanos e materiais ao serviço da população afetada Fornecimento de alimentação à Segurança Social população afetada IPSS s Diferentes Serviços e Divisões da Câmara Municipal de Mogadouro Colocação de Alojamento temporário Instituto da Segurança Social, IP Serviço Local de Mogadouro ISS, IP e CMM Juntas de Freguesia Instituições de Solidariedade e recursos humanos e materiais ao serviço da população Segurança Social afetada Alojamentos Existentes no Município Diferentes Serviços e Divisões da Câmara Municipal Colocação de Agasalhos Instituto da Segurança Social, IP Serviço Local de Mogadouro ISS, IP e CMM de Mogadouro Juntas de Freguesia Instituições de recursos humanos e materiais ao serviço da população Solidariedade e afetada Segurança Social Empresas públicas 61

62 Apoio psicológico Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil e privadas Diferentes Serviços e Divisões da Fundos e subsídios Serviço Municipal de Proteção Civil CMM Câmara Municipal de Mogadouro Juntas de Freguesia Instituições de Solidariedade e Segurança Social Colocação de recursos humanos e materiais ao serviço da população afetada Empresas públicas e privadas Donativos Instituto da Segurança Social, IP Serviço Local de Mogadouro ISS, IP e CMM Juntas de Freguesia Instituições de Solidariedade e Segurança Social Empresas públicas e privadas Colocação de recursos humanos e materiais ao serviço da população afetada Controlo e emprego de pessoal voluntário não especializado Serviço Municipal de Proteção Civil CMM Juntas de Freguesia Empresas públicas e privadas Colocação de recursos humanos e materiais ao serviço da população afetada Colocação de Instituto da Segurança Social, IP Serviço Local de Mogadouro ISS, IP e INEM ISS, IP INEM recursos humanos e materiais ao serviço da população afetada Tabela 29 Necessidades Logísticas no apoio às populações Conforme estabelecido na tabela anterior, o apoio logístico a prestar às populações compreende o apoio social e o apoio psicológico, conforme os seguintes esquemas de coordenação: 62

63 CMTM Aciona ZCAP Coordena Segurança Social OUTRAS ENTIDADES Estruturas móveis CÂMARA MUNICIPAL Estruturas físicas Montagem Valências de Gestão Valências de Apoio Centro de dádivas Centro de registo, pesquisa e localização Centro de apoio psicossocial Centro de cuidados básicos de saúde Segurança Logística Funcionamento Esquema 4 Esquema dos procedimentos de coordenação para apoio social às populações TO PCO Vitimas primárias Vitimas secundárias Vitimas terciárias Evacuação com apoio psicológico Apoio Imediato ZCAP Apoio Continuado Esquema 5 Esquema dos procedimentos de coordenação para apoio psicológico às populações Para efeitos deste PMEPC definiram-se Zonas de Concentração e Irradiação de Pessoas (ZCI) que funcionam como zonas de concentração e passagem da população para as ZCAP. Assim, quer as ZCI 63

64 quer as ZCAP estão definidas nos locais indicados no mapa seguinte, podendo no entanto serem definidos, outros locais, face à localização e tipo de acidente: Zona de Concentração e Apoio à População (ZCAP) Quartel dos BV de Mogadouro, Centro de Atividades Tempos Livres, Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro, JI da Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro, Creche João Lopes da Silva, Mini Lar e Centro de Dia de Bruçó, Centro Social, Cultural e Recreativo de Travanca, Associação Cultural de Solidariedade de Urrós, Associação de Desenvolvimento Social e Cultural de Remondes, Centro Social e Paroquial de Bemposta ou outras a definir. Zona de Concentração e Irradiação (ZCI) Juntas de Freguesia definidas para o efeito (Azinhoso, Bemposta, Bruçó, Brunhosinho, Brunhoso, Castanheira, Castelo Branco, Castro Vicente, Paradela, Penas Róias, Peredo de Bemposta, Remondes, Saldanha, Sanhoane, São Martinho do Peso, Soutelo, Tó, Travanca, Urrós, Vale da Madre, Vale de Porco, Valverde, Ventozelo, Vila de Ala, Vilar do Rei e Vilarinho dos Galegos), sede da Câmara Municipal, ou outras a definir. 64

65 Mapa 3 Localização das ZCAP 65 Prioridades de Ação Assegurar o fornecimento de bens e géneros essenciais às populações atingidas; Garantir às forças de intervenção o suporte logístico necessário à prossecução das ações de proteção civil. Procedimentos e instruções de Coordenação As autorizações para aquisição de bens e serviços de apoio às operações e populações deverão ser dadas pelo diretor do plano, que, na sua ausência, fica a cargo do seu substituto;

66 A distribuição destes bens é da responsabilidade dos vários agentes de PC, entidades e organismos de apoio, que articulam esta missão com o SMPC; A CM deverá numa primeira fase, avaliar a disponibilidade de distribuir agasalhos por parte das IPSS que atuam no Concelho. A distribuição de medicamentos pela população será coordenada pela autoridade de saúde concelhia; O SMPC garante, mediante os recursos disponíveis, o alojamento provisório de pessoas ou famílias desalojadas. No caso de evacuação a grande escala, os vários agentes, entidades e organismos articulam com o SMPC, o estabelecimento de ZCAP; Deverá ponderar-se recorrer a instalações pertencentes à administração pública ou a unidades hoteleiras; É da responsabilidade do SMPC a montagem das ZCAP, das ZCI e de toda a logística para o funcionamento das mesmas, quando aplicável; A alimentação e o fornecimento de bens essenciais à população evacuada estão a cargo das entidades responsáveis pela gestão da ZCAP, sendo que o SMPC contribui com o fornecimento de bens e géneros essenciais adquiridos pela Autarquia, quando solicitados; A distribuição de água potável pela população deverá ser efetuada recorrendo a camiões cisterna dos bombeiros e aos depósitos de água existentes. No que respeita a bens alimentares, deverão ser consideradas como principais infraestruturas, as existentes nas ZCAP ou em alternativa as cantinas de instalações públicas. Em caso de necessidade deverá recorrer-se a empresas de catering e a restaurantes do Concelho; O apoio psicológico imediato às vítimas primárias e secundárias no TO será realizado em Zonas de Apoio Psicológico (ZAP) constituídas para o efeito; As ações a desenvolver nas ZAP são respeitantes a receção e estabilização de vítimas, levantamento de necessidades psicossociais, identificação e recolha de informação das mesmas; As ZAP são da responsabilidade do INEM a quem cabe gerir as prioridades de evacuação e os momentos de evacuação. Os restantes agentes de proteção civil e organismos e entidades de apoio que disponham de psicólogos apoiam o INEM na medida das suas disponibilidades; As ZAP devem articular-se com as ZCAP quanto à comunicação de dados e com o COS quanto à recolha de informação com relevância operacional; O apoio psicológico às vítimas terciárias é responsabilidade primária das respetivas entidades. No caso de insuficiência ou ausência de meios de apoio, este será garantido pelas entidades disponíveis para o efeito. As vítimas terciárias são acompanhadas em locais reservados e exclusivos para esse efeito; O apoio psicológico de continuidade, a realizar predominantemente nas ZCAP, é coordenado pela Segurança Social. Este apoio poderá prolongar-se durante a fase de reabilitação, devendo os serviços intervenientes garantir essa continuidade de tratamento/acompanhamento; Tabela 30 Prioridades de ação nas operações de logística 3. Comunicações As comunicações são o suporte que sustenta as operações de socorro em Proteção Civil. Os Sistemas de Comunicação deverão ser testados e mantidos operacionais, na fase que antecede as emergências, de forma a serem eficazes e eficientes durante as operações de socorro. O sistema de comunicações desenvolve-se em conformidade com a estrutura das operações, (Sistema de gestão das operações) descrita no Decreto-Lei 134/2006, de 25 de Julho (Sistema Integrado de 66

67 Proteção e Socorro) respeitando as normas e conceitos regulados pela Norma de Execução Permanente (NEP) n.º 8/NT/2010 de 10 de Dezembro, da Autoridade Nacional de Proteção Civil. Este sistema deve ser dinâmico de forma a facilitar e simplificar todo o processo em benefício do sucesso das operações de socorro. Neste sentido serão tidos em conta os diferentes meios e recursos de comunicações públicas e privadas, concretamente as redes de telecomunicações fixas e móveis, as redes de comunicações próprias dos vários agentes intervenientes (Bombeiros e GNR) e a Rede Estratégica de Proteção Civil rede vital que assegura o comando, controlo e coordenação de todas as atividades de socorro). A responsabilidade de coordenação, a colaboração e as prioridades da ação estão assim distribuídas: Estrutura de Coordenação Coordenação COS Prioridades de Ação Entidades intervenientes Comissão Municipal de Proteção Civil Serviço Municipal de Proteção Civil Estabelecer canais de comunicação entre os vários intervenientes em ações de socorro; Manter a operacionalidade dos equipamentos rádio; Estabelecer prioridades nas comunicações rádio; Tabela 31 Coordenação, colaboração e prioridades de ação das Comunicações 3.1. Rede Operacional de Bombeiros (ROB) A Rede Operacional de Bombeiros é a rede, por excelência, utilizada dentro dos teatros de operações (TO); esta subdivide-se nos seguintes conjuntos de canais: ROB Rede Operacional de Bombeiros Canais Função Sistema Coordenação Distrital Comando Tática Manobra Assegura a ligação entre veículos operacionais, os quartéis e o respetivo Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS). Assegura a ligação entre o Posto de Comando Operacional (PCO), os sectores, as divisões e as zonas de concentração e reserva. Assegura, no teatro de operações (TO), a ligação entre as divisões e os grupos de combate e/ou veículos operacionais isolados. Assegura, no teatro de operações (TO), a ligação entre os grupos de combate, os veículos operacionais e as respetivas equipas. Tabela 32 Rede Operacional de Bombeiros Semi-duplex Simplex Simplex Simplex 67

68 Para além dos Corpos de Bombeiros, têm acesso à ROB em canal de Manobra outras entidades, especificamente autorizadas pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, que possuam meios de combate a incêndios e em operações conjuntas com os Corpos de Bombeiros. Fora dos Teatros de Operações (TO), os veículos operacionais autorizados comunicam através do canal de coordenação. Nos Teatros de Operações (TO), organizados (Esquema 6 ROB no Teatro de Operações), o plano de comunicações a cargo da célula de logística ou, na sua falta do COS, deve determinar que as comunicações se estabeleçam segundo o estabelecido na Tabela 32 Rede Operacional de Bombeiros, esquematizado da seguinte forma: Esquema 6 ROB no Teatro de Operações 3.2. Rede Estratégica de Proteção Civil (REPC) 68

69 A Rede Estratégica de Proteção Civil cobre a totalidade do Continente, por conseguinte cobre a área territorial correspondente ao município de Mogadouro, distribui-se por 43 canais que correspondem a outros tantos repetidores. O acesso a esta rede está limitado aos Serviços Municipais de Proteção Civil, os Corpos de Bombeiros, e os restantes agentes de Proteção Civil, bem como outras entidades devidamente autorizadas pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (Tabela de frequências em Anexo). A Rede Estratégica de Proteção Civil tem como principal função assegurar as comunicações entre os diversos agentes, entidades e outros com participação ativa nas ações decorrentes do processo de emergência; no entanto, sem prejuízo do atrás disposto, as diferentes entidades e agentes poderão utilizar internamente as suas redes próprias, como no caso da GNR, por exemplo SIRESP O SIRESP é um sistema único de comunicações, baseado numa só infraestrutura de telecomunicações nacional, partilhado, que deve assegurar a satisfação das necessidades de comunicações das forças de segurança e emergência, satisfazendo a intercomunicação e a interoperabilidade entre as diversas forças e serviços e, em caso de emergência, permitir a centralização do comando e da coordenação. Pese embora, a existência deste sistema já seja uma realidade, a sua utilização restringe-se apenas às estruturas de comando e coordenação a nível distrital, CDOS de Bragança, comandos centrais da PSP e GNR, entre outros. A nível municipal, ainda não existe qualquer entidade que utilize este sistema Organização das comunicações As comunicações a nível municipal organizam-se em conformidade com o seguinte organograma. 69

70 Diretor do Plano APCs e Outras Entidades CMPC COM SISTEMA DE COMUNICAÇÕES TO COS PCO Célula de Planeamento Célula de Combate Célula de Logística Zona de Apoio Zona de Concentração e Reserva Esquema 7 Organograma das comunicações O sistema de comunicações baseia-se nos meios dos diferentes agentes e entidades, cabendo a cada um deles assegurar as comunicações entre elementos. Os agentes e entidades da CMPC estabelecerão contato com as respetivas organizações por canais próprios ou meios disponíveis nas instalações definidas no PMEPC para reunião da CMPC. Para além dos meios próprios dos agentes e entidades, as comunicações poderão ser efetuadas através do serviço telefónico (fixo ou móvel), fax, internet ou videoconferência. Nas situações de emergência, com elevados danos nas infraestruturas de comunicações, poder-se-á recorrer ao auxílio de radioamadores. O sistema de comunicações previstas no PMEPC utiliza infraestruturas públicas e privadas. As comunicações públicas englobam a rede telefónica fixa (PT) e móvel (Vodafone, Optimus e TMN), rede do serviço telefax e internet e as telecomunicações privadas pelas Redes de radiocomunicações da Proteção Civil, Rede rádios privados dos agentes e a rede de radioamadores. 70

71 SISTEMA DE COMUNICAÇÕES COMUNICAÇÕES PÚBLICAS COMUNICAÇÕES PRIVADAS Telefone Fixo Internet Rede rádios Sistema Nacional Proteção civil Rede rádios Privadas UHF e VHF Rede rádios Amadores Telefone Móvel Fax Rede Operacional Bombeiros Telefone Satélite Videoconferência Serviço estafetas Esquema 8 Organização interna das comunicações do município 4. Gestão da informação A correta Gestão da Informação deverá ser mantida em prol do sucesso das ações de socorro, não só na informação que é transmitida ao público em geral, mas também às entidades intervenientes ativamente nas ações de socorro. A informação deverá ser cedida, no entanto deverá ser dada no momento certo, da forma correta, concentrando o seu objetivo primário na defesa de pessoas, bens e ambiente, e nunca funcionar como impulsionadora de situações passíveis de agravar os danos já existentes, nem de provocar novas consequências nefastas. A Gestão da Informação estabelece-se assim em 3 grandes componentes: Gestão da Informação entre entidades e agentes envolvidos nas ações de socorro; Gestão da Informação a entidades públicas e privadas que colaboram com as ações de socorro e reabilitação; Gestão da Informação Publica; 4.1. Gestão da Informação entre entidades e agentes envolvidos nas ações de socorro 71

72 A informação prestada entre entidades e agentes envolvidos nas ações de socorro permite adequar recursos e gerir, de forma mais equilibrada, a utilização das equipas de resposta, potencializando a sua ação. A gestão da informação entre as entidades no TO será coordenada pelo COS, o qual se articulará com os vários agentes de proteção civil em atuação no TO, superiormente com o CDOS e a nível municipal com o Presidente da Câmara Municipal (diretor do PMEPC), ou Vereador com o pelouro da Proteção Civil em sua substituição legal. Estrutura de Coordenação Coordenação COS Prioridades de Ação Entidades intervenientes Agentes de Proteção Civil; Serviço Municipal de Proteção Civil. Recolher a informação necessária para os processos de tomada de decisão, pontos de situação e perspetiva de evolução futura; Analisar possíveis cenários e resultados de modelos de previsão; Analisar dados ambientais e sociais relevantes para o apoio à decisão nas operações de emergência; Assegurar a notificação e passagem de informação diferenciada às autoridades políticas, CDOS, agentes de proteção civil e organismos e entidades de apoio; Informações relevantes, de modo a adequar recursos e gerir de forma mais equilibrada a utilização das equipas de resposta. Instruções Específicas O COS é o responsável pela gestão da informação no teatro de operações. Caber-lhe-á transmitir ao Posto de Comando Municipal os pontos de situação necessários e solicitar meios de reforço, caso tal se justifique; Em cada Posto de Comando competirá à Célula de Planeamento e Operações articular e avaliar a informação externa e interna (por ex. n.º de vítimas, área afetada, infraestruturas em risco de colapso, estradas intransitáveis e alternativas, locais de evacuação médica primária, estimativa de número de pessoas afetadas e de desalojados, etc..). Para tal deverá comunicar quer com os agentes de proteção civil e organismos e entidades de apoio presentes no terreno; Os pontos de situação serão transmitidos pelo COS ao respetivo Posto de Comando via oral; Os relatórios gerais de situação serão da responsabilidade do COS, sendo que a sua periodicidade não deverá ser superior a 12 horas, salvo indicação expressa em contrário; Os COS poderão solicitar a qualquer entidade interveniente relatórios de situação especial, destinados a esclarecer aspetos específicos associados às operações de emergência; Os relatórios deverão, no mínimo, conter informação sobre o ponto de situação das operações em curso, forças empenhadas, vítimas humanas, danos em edifícios, vias de comunicação, redes e infraestruturas, avaliação de necessidade e perspetivas de evolução da situação de emergência, de acordo com o modelo em anexo; O COS promove a difusão da informação, de uma maneira clara e concisa, sem ambiguidades nem redundâncias. A Célula de Logística do Sistema de Gestão de Operações presta apoio, na difusão da informação, nomeadamente mantendo operacionais os sistemas de comunicações existentes. Tabela 33 Coordenação, colaboração e prioridades de ação da Gestão da Informação 72

73 Apenas de salientar que, embora a informação atrás referenciada se destine aos diversos agentes e entidades intervenientes nas ações de socorro, esta deverá ser disponibilizada também junto da Comissão Municipal de Proteção Civil e nomeadamente ao diretor do plano Gestão da Informação a entidades públicas e privadas que colaboram com as ações de socorro e reabilitação Neste ponto, define-se os procedimentos e clarifica-se a necessidade de assegurar a informação a entidades públicas e privadas passíveis de colaborarem em ações de socorro e reabilitação, em sintonia com as diretivas presentes neste plano, de modo a que todas estas entidades, autoridades, agentes de proteção civil, organismos e entidades de apoio assegurem níveis de prontidão e envolvimento. Estrutura de Coordenação Coordenação Entidades intervenientes Serviço Municipal de Proteção Civil Gabinete de Apoio à Presidência\Vereação Diretor do Plano Presidente da Câmara Municipal, ou CDOS Vereador com o pelouro da Proteção Civil em sua substituição Agentes de Proteção Civil legal Juntas de Freguesia Organismos e entidades de apoio Prioridades de Ação Manter devidamente informadas as entidades que poderão vir a intervir no plano. Instruções Específicas O fluxo de informação entre o SMPC e entidades intervenientes destina-se a assegurar que todas elas mantêm elevados níveis de prontidão, envolvimento e articulação; O SMPC informa via telefone ou rádio, todas as entidades com intervenção no plano, relativamente ao ponto de situação das operações que estão a desenvolver no terreno, bem como outras informações que se considerem importantes; A atualização da informação a prestar deve ser efetuada imediatamente após os briefings realizados entre as entidades atuantes no Plano ou sempre que se considere necessário; As entidades de apoio disponibilizam informação de carácter técnico considerada útil pelo Diretor do Plano e COS no apoio à decisão, assim como, na gestão das operações de socorro; O SMPC ficará responsável por solicitar ao Gabinete de Apoio à Presidência a divulgação da informação relativa a estradas intransitáveis e alternativas, locais com infraestruturas em risco de colapso, locais contendo vítimas e locais onde se ativarão centros de acolhimento temporário e outras informações relevantes; Os agentes de proteção civil e os organismos e entidades de apoio deverão enviar à CMPC, sempre que solicitado, pontos de situação escritos. Apenas em situações excecionais deverão ser enviados à CMPC pontos de situação por via oral, ficando o Gabinete de Apoio à Presidência (Assessoria Comunicação) da Câmara Municipal, responsável por passar a escrito as informações enviadas; A periodicidade mínima dos pontos de situação a enviar pelos vários agentes de proteção civil e entidades e organismos de 73

74 apoio à CMPC deverá ter a periodicidade de 12 horas; O Gabinete de Apoio à Presidência (Assessoria Comunicação) é responsável pela recolha de informação necessária para os processos de tomada de decisão por parte da CMPC; A CMPC deverá atualizar a informação útil das entidades que embora ainda não se encontrem a participar nas ações de emergência, se encontrem em estado de prontidão. Tabela 34 Responsabilidades específicas no que concerne a Informação a ser difundida a entidades públicas e privadas que colaboram com as ações de socorro e reabilitação TO Gabinete de Apoio à Presidência\Vereador Agentes de Proteção Civil Organismos e entidades de apoio Diretor do Plano PCO CMPC SMPC CDOS - Bragança Outras entidades Esquema 9 Procedimentos e instruções de coordenação (Gestão de informação às entidades intervenientes) 4.3. Gestão da Informação Pública A população deve estar informada e deve ter conhecimento de um conjunto de informações pertinentes, capazes de minimizar e mitigar as consequências dos impactos decorrentes da manifestação das diversas tipologias de risco. Só mantendo a população corretamente informada, podemos efetivar a premissa de que cada um de nós possa ser o primeiro agente de proteção civil a atuar nas ações de socorro. Em caso de ativação do PEMPC a estrutura responsável pela informação pública é a seguinte: Estrutura de Coordenação Coordenação Entidades intervenientes Serviço Municipal de Proteção Civil Gabinete de Apoio à Presidência\Vereação Diretor do Plano Presidente da Câmara Municipal, ou GNR Vereador com o pelouro da Proteção Civil em sua substituição Bombeiros Voluntários de Mogadouro legal CDOS Órgãos de Comunicação Social Prioridades de Ação Assegurar que a população é mantida informada de forma contínua, de modo a que possa adotar as instruções das autoridades 74

75 e as medidas de autoproteção mais convenientes; Assegurar a divulgação à população da informação disponível, incluindo números de telefone de contacto, indicação das ZCI e ZCAP, listas de desaparecidos, mortos e feridos, locais de acesso interdito ou restrito e outras instruções consideradas necessárias; Divulgar informação à população sobre locais de receção de donativos e locais de inscrição para serviço voluntário; Garantir a ligação com os órgãos de comunicação social e preparar, com periodicidade determinada pelo Diretor do Plano, comunicados a distribuir; Organizar e preparar conferências de imprensa, por determinação do Diretor do Plano; Organizar visitas dos órgãos de comunicação social ao teatro de operações garantindo a sua receção e acompanhamento; Assegurar a atualização da informação a ser disponibilizada à população através do sítio de internet da Câmara Municipal Instruções Específicas 1. O Diretor do PMEPC é o responsável pela definição dos conteúdos dos comunicados à comunicação social; 2. O Diretor do PMEPC apoia-se no Gabinete de Apoio à Presidência\Vereação (Assessoria Comunicação) da Câmara, na preparação de conferências de imprensa, comunicados à comunicação social e na divulgação de informação à população através de meios próprios, nomeadamente no sítio da internet 3. Os comunicados a distribuir pelos órgãos de informação deverão ter por base os modelos em anexo (I. PONTO DE SITUAÇÃO E RECOMENDAÇÕES; II. PONTO DESITUAÇÃO E EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO); 4. As conferências de imprensa deverão ser efetuadas pelo Diretor do Plano; 5. As conferências de imprensa deverão ser realizadas no local da reunião da CMPC; 6. Os comunicados a distribuir pelos órgãos de comunicação social deverão ir sempre assinados pelo Diretor do Plano ou seu substituto legal; 7. A periodicidade dos comunicados será definida pelo Diretor do PMEPC, devendo ser igual ou superior a 4 horas e inferior a 24 (mesmo que não se tenha verificado alterações relativamente ao evoluir da situação); 8. A informação à população poderá ainda ser provida através de: sistemas sonoros, fixos e móveis (sinos de igrejas ou sirenes de bombeiros); Sistemas de altifalantes instalados em viaturas para o efeito; Pessoalmente, através dos presidentes de juntas de freguesia ou através dos serviços do pessoal voluntário; 9. Sempre que possível, a informação pública à população e aos órgãos de comunicação social deve ser efetuada através dos últimos, que conforme estabelecido no n.º2 do artigo 15º da Lei de Bases da PC, A declaração da situação de alerta determina uma obrigação especial de colaboração dos meios de comunicação social ; 10. A informação a prestar pelos órgãos de comunicação social deve passar designadamente por: ponto de situação; ações em curso; medidas de autoproteção; áreas de acesso restrito; números de telefone e locais de contacto e informação; locais de reunião, ZCI e ZCAP; locais de receção de donativos; instruções para o regresso de população; hora do próximo comunicado. Tabela 35 Coordenação, colaboração, prioridades de ação e procedimentos e instruções de coordenação na Gestão da Informação Pública 75

76 TO PCO CMPC Diretor do Plano Gabinete de Apoio à Presidência\Vereador Difusão do aviso Órgãos de Com. Social População Esquema 10 Procedimentos e instruções de coordenação (Gestão de informação pública) 5. Procedimentos de evacuação Neste ponto serão estabelecidos os procedimentos e instruções de coordenação, bem como a identificação dos meios e das responsabilidades dos serviços, agentes de proteção civil, organismos e entidades de apoio, associados às operações de evacuação e movimentação das populações, designadamente abertura de corredores de emergência, controlo de acesso às áreas afetadas e controlo de tráfego. A responsabilidade de coordenação, a colaboração e as prioridades da ação estão assim distribuídas: Estrutura de Coordenação Coordenação COS Guarda Nacional Republicana Autoridade Marítima Prioridades de Ação Entidades intervenientes Serviço Municipal de Proteção Civil Bombeiros Voluntários de Mogadouro INEM Juntas de Freguesia Proceder à avaliação da necessidade ou não da evacuação das populações; Proceder à evacuação das populações; Orientar as populações para centros de alojamento e garantir as condições indispensáveis; Orientar todo o fluxo de movimentação da população em caso de evacuação. 76 Instruções Específicas A evacuação deverá ser proposta pelo COS e validada pelo Diretor do Plano; A orientação da evacuação e a coordenação da movimentação das populações é da responsabilidade das Forças de Segurança;

77 A Segurança Social garante, mediante recursos disponíveis e de acordo com a tipologia de cada caso, o alojamento provisório de pessoas desalojadas; A população a evacuar deverá dirigir-se a Zonas de Concentração e Irradiação (ZCI). As ZCI são geridas pela Câmara Municipal com o apoio das Juntas de Freguesia; Caso se verifique a necessidade de se proceder ao transporte de um grande número de pessoas para outros locais, o SMPC deverá desencadear os contactos para mobilizar os meios de empresas públicas e privadas a operar no Concelho; No decurso das operações de evacuação a população a deslocar deverá ser alertada para a importância de trazerem consigo a sua documentação e medicamentos; O transporte entre a ZCI e a ZCAP será, em regra, acompanhado por pessoal do Serviço Local de Segurança Social e pessoal da CMM. Se necessários, as Forças de Segurança poderão solicitar no local a existência de acompanhamento médico ou psicossocial; O suporte logístico à evacuação em termos de água, alimentação e agasalhos será assegurado pelo SMPC; Deve-se fazer chegar à zona a evacuar equipas de busca, socorro e salvamento, e emergência médica, para prestar apoio a feridos resultantes da ocorrência ou da movimentação da população; Os deslocados deverão ser identificados, através do preenchimento de uma ficha com a listagem de apoios que cada pessoa recebeu na entrada das ZCAP; O regresso das populações às áreas anteriormente evacuadas deve ser controlado pelas Forças de Segurança, tendo em vista a manutenção das condições de tráfego; As Forças de Segurança ficarão responsáveis pela segurança das áreas evacuadas. Tabela 36 Coordenação, colaboração e prioridades de ação dos Procedimentos de Evacuação A decisão de evacuação das populações é da responsabilidade do Comandante das Operações de Socorro, no entanto esta decisão deverá ser validada pela autoridade política do município, neste caso o diretor do plano, o Presidente da Câmara Municipal de Mogadouro. Neste caso concreto, a tarefa de orientar a evacuação e a movimentação das populações é da responsabilidade da Guarda Nacional Republicana de Mogadouro, quando a tipologia de acidente interferir no espaço do domínio marítimo do Rio Douro, a responsabilidade é da Autoridade Marítima. 77

78 COS H H H Contatos com entidades privadas GNR H H H Controlo de acesso às áreas afetadas COS propõe a evacuação da população Diretor do plano valida a decisão GNR; Corpo de Bombeiros; Escuteiros; Câmara Municipal; Operadoras de transportes coletivos m m m vfh Evacuação da população GNR Abertura de corredores de emergência Zona de Concentração Local Zona de Concentração e Irradiação Zona de Concentração e Apoio à População GNR H H H Controlar o regresso da população Esquema 11 Procedimentos e instruções de coordenação (Evacuação) Para efeitos deste PMEPC definiram-se Zonas de Concentração Local (ZCL), que correspondem a locais de reunião primária de zonas sinistradas, podendo no entanto serem definidos, outros locais, face à localização e tipo de acidente: Complexo Desportivo de Mogadouro Pavilhão Gimnodesportivo de Mogadouro Pavilhão Gimnodesportivo da Escola Secundária de Mogadouro Pavilhão Gimnodesportivo da Bemposta Polidesportivo de Peredo da Bemposta Polidesportivo de Urrós Campo de Futebol de Castelo Branco Polidesportivo de Travanca Polidesportivo do Variz Polidesportivo de Remondes 78

79 Polidesportivo de São Martinho do Peso Polidesportivo de Valverde Espaço Desportivo de Meirinhos Campo de Futebol de Tó Campo de Futebol de Ventozelo Campo de Futebol de Vilarinho dos Galegos Campo de Futebol de Brunhoso Campo de Futebol de Sanhoane No mapa seguinte pode observar-se o trajeto de evacuação principal e a localização das ZCL: 79

80 Mapa 4 Itinerários principais de evacuação 6. Manutenção da ordem pública A Manutenção da Ordem Pública reveste-se de capital importância, com a persecução das atividades de socorro. Esta é muita vez renegada para segundo plano. Nesse sentido serão estabelecidos os procedimentos e instruções de coordenação (Tabela 37 Coordenação, colaboração e prioridades de ação da Manutenção da Ordem Pública), destinados a assegurar a manutenção da ordem pública, a 80

81 limitação do acesso às zonas de sinistro e de apoio e a segurança das infraestruturas consideradas sensíveis ou indispensáveis às operações de proteção civil (tais como instalações de proteção civil, hospitais, escolas, etc.). Estrutura de Coordenação Coordenação Guarda Nacional Republicana Prioridades de Ação Entidades intervenientes Autoridade Marítima (Polícia Marítima) Garantir a segurança e a proteção das pessoas e dos bens; Desenvolver as ações de investigação criminal no que respeita às causas das ocorrências; Manter a vigilância e a proteção de pontos sensíveis, nomeadamente infraestruturas rodoviárias, ferroviárias, aeroportuárias e portuárias, edifícios públicos e outras instalações críticas; Assegura a segurança na área do sinistro e promove corredores de circulação de emergência; Procede ao isolamento de áreas afetadas; Colabora na delimitação de áreas das operações conforme o sistema de gestão das operações; Instruções Específicas A manutenção da ordem pública é competência primária das forças de segurança; As forças de segurança, para além de garantir a segurança no(s) teatro(s) de operações, na deslocação das populações afetadas e nos locais de acolhimento temporário, deverão ter previstas ações de patrulhamento no Concelho, de modo a garantir a segurança da população (evitar alterações da ordem pública); As forças de segurança deverão proteger as áreas e propriedades abandonadas e/ou que sofreram colapso, as quais podem estar sujeitas a saque ou outras atividades criminosas; As forças de segurança deverão apoiar as ações de outros agentes de proteção civil quando solicitado e sempre que tenham disponibilidade para tal; As forças de segurança deverão proceder à desobstrução das vias de emergência que se encontrem condicionadas por viaturas mal parqueadas; Após a identificação das zonas de sinistro e de apoio, o tráfego rodoviário é reencaminhado e direcionado pelas forças de segurança para outros locais; O acesso às zonas de sinistro e de apoio é limitado às forças de intervenção e organismos e entidades de apoio, através de criação de barreiras e outros meios de controlo; F As forças de segurança deverão colaborar em ações de identificação de cadáveres, em articulação com o INMLCF Gabinete Médico Legal de Bragança; As forças de segurança destacam pessoal para garantir a segurança no Posto de Comando Operacional, no(s) teatro(s) de operações, na(s) ZCAP, nas Zonas de intervenção, nas Zonas de Sinistro, bem como nos edifícios públicos e património histórico; As forças de segurança acompanham e controlam o acesso ao TO por parte dos órgãos de comunicação social. Tabela 37 Coordenação, colaboração e prioridades de ação da Manutenção da Ordem Pública A Manutenção da Ordem Pública é da competência das forças de segurança, o estabelecimento de procedimentos e instruções de coordenação, bem como a identificação dos meios e das 81

82 responsabilidades dos serviços, agentes de proteção civil, organismos e entidades de apoio, quanto à segurança de pessoas e bens e ao controlo do tráfego, é essencial para a prossecução dos objetivos desta atividade. Nesse sentido estabelece-se assim as respetivas responsabilidades específicas: TO PCO CMPC GNR Segurança Zona Sinistro Segurança envolvente Zona Sinistro Segurança infra-estruturas sensíveis e de apoio às operações Controle de tráfefo Esquema 12 Procedimentos e instruções de coordenação (Manutenção da ordem pública) 7. Serviços médicos e transporte de vítimas Nos Serviços Médicos e Transporte de Vítimas identificam-se os procedimentos e instruções de coordenação, bem como os meios e as responsabilidades dos serviços, agentes de proteção civil, organismos e entidades de apoio, quanto às atividades de saúde e evacuação secundária, face a um elevado número de vítimas. Quanto a este ponto, estabelecem-se as seguintes estruturas de coordenação e prioridades de ação: Estrutura de Coordenação Coordenação Diretor do Plano COS INEM Prioridades de Ação Entidades intervenientes Centro Hospitalar do Nordeste, EPE Centro de Saúde de Mogadouro Autoridade de Saúde do Município Bombeiros Voluntários de Mogadouro Evacuação primária e secundária de vítimas no teatro de operações; Assegurar a prestação de cuidados médicos no âmbito da emergência pré-hospitalar; Assegurar a montagem de postos de triagem, de assistência pré-hospitalar e de evacuação secundária; Levantamento do número de vítimas; Providenciar e assegurar a saúde pública; 82

83 Transferência das vítimas para os centros hospitalares com as especialidades requeridas para cada caso; Prestação de informação sobre as vítimas aos seus familiares. Instruções Específicas O COS procede ao reconhecimento do número de vítimas e estabelece os procedimentos de evacuação primária, em estreita cooperação com o INEM. O Diretor do plano identifica os meios a solicitar e, em coordenação com o INEM, estabelece a ligação aos hospitais de evacuação, prestando as informações pertinentes sobre o tipo de ocorrência e o número potencial de vítimas. O INEM coordena e coopera nas atividades de evacuação primária e secundária, presta os socorros no âmbito da emergência pré-hospitalar e monta e gere os postos de triagem, de assistência pré-hospitalar e de evacuação secundária, em estreita articulação com o Diretor do Plano. A CMPC coopera com o Diretor do Plano, na identificação dos meios a solicitar e no estabelecimento da ligação aos hospitais de evacuação, prestando as informações necessárias pertinentes sobre o tipo de ocorrência e o número potencial de vítimas. A Autoridade de Saúde do Município leva a cabo procedimentos no âmbito de garantir o controlo ambiental, de doenças e da qualidade dos bens essenciais. A área de Intervenção da Evacuação assegura a evacuação primária e secundária e o INEM procede à montagem de postos médicos avançados. O Centro de Saúde de Mogadouro recebe as vítimas da evacuação primária quando não existirem postos médicos avançados e faz a triagem, dá os primeiros cuidados médicos e procede ao reencaminhamento para os hospitais centrais com as especialidades requeridas para cada caso. O Centro Hospitalar do Nordeste, EPE recebe as vítimas provenientes da evacuação secundária e procedem aos cuidados requeridos pela situação. Os Bombeiros Voluntários de Mogadouro auxiliam nas atividades de evacuação primária e secundária, socorro no âmbito da emergência pré-hospitalar e montagem dos postos de triagem. Tabela 38 Coordenação, colaboração e prioridades de ação nos serviços médicos e transporte de vítimas 83

84 Chegada ao TO Reconhecimento COS Informa CMPC Diretor do Plano Busca e Salvamento 1ª Triagem Contagem EVACUAÇÃO PRIMÁRIA INEM Mortos Feridos TRANSPORTE Locais de reunião de vítimas mortais TRANSPORTE 2ª Triagem Contagem Feridos ligeiros Feridos graves INEM BOMBEIROS EVACUAÇÃO SECUNDÁRIA INEM Centro de Saúde de Mogadouro Unidade Hospitalar de Referência (Centro Hospitalar do Nordeste) Esquema 13 Procedimentos e instruções de coordenação (Serviços médicos e transporte de vítimas) A capacidade do município, quer em termos humanos, quer em equipamentos, quanto ao atendimento de doentes urgentes em situação de elevado número de vítimas, é limitada. Nesse sentido a direção do plano, em estreita colaboração com o INEM, planeia a implementação de postos de triagem e, consequentemente, a transferência das vítimas para hospitais centrais com as especialidades necessárias para cada caso (a localização dos postos de triagem e dos postos médicos avançados deverá coincidir preferencialmente com as ZCL definidas no ponto anterior, não invalidando outras opções em função da localização e tipo de ocorrência). No caso do Centro de Saúde ser incapaz de responder à receção das vítimas e consequente drenagem, o INEM, através dos seus próprios meios, monta e gere os postos de triagem, de assistência préhospitalar e de evacuação secundária, em constante articulação com o Diretor do Plano. 84

85 De salientar aqui o papel da Autoridade de Saúde do Município, como autoridade máxima em termos de saúde presente no município, deverá a todo o momento monitorizar os fatores ambientais, a qualidade dos bens essenciais, a propagação de doenças, etc. Este deverá contar com o apoio de todos as autoridades, agentes e entidades políticas, de forma a facilitar a rápida reposição da normalidade, que será tanto ou mais demorada, quanto maior for a capacidade de manter os aspetos atrás descritos com registos considerados normais. 8. Socorro e salvamento Enumera-se neste ponto, o estabelecimento de procedimentos e instruções de coordenação, bem como a identificação dos meios e das responsabilidades dos serviços, agentes de proteção civil, organismos e entidades de apoio, quanto às atividades de socorro, busca e salvamento de vítimas, que podem incluir a extinção de incêndios, o escoramento de estruturas, o resgate ou desencarceramento de pessoas, a contenção de fugas e derrames de produtos perigosos, etc. Visando a prossecução dos objetivos atrás descritos, estabelecem-se as seguintes estruturas de coordenação e prioridades de ação: Estrutura de Coordenação Coordenação Diretor do Plano COS Prioridades de Ação Entidades intervenientes Bombeiros Voluntários de Mogadouro Guarda Nacional Republicana Autoridade Marítima INEM Serviço Municipal de Proteção Civil Coordenar operacionalmente as atividades no âmbito do socorro e salvamento; Suprir as situações de socorro que impedem a busca e salvamento; Combate às situações, resultantes da manifestação dos riscos existentes no município; Coordenar os meios e recursos necessários no que toca às ações de emergência e reabilitação. Instruções Específicas O COS comanda todas as ações de socorro, em completa articulação com a Comissão Municipal de Proteção Civil Municipal, nomeadamente o Diretor do Plano; O COS providencia, junto de todas as estruturas existentes, os necessários equipamentos, meios, recursos e ações a desenvolver; A CMPC analisa a situação, avalia e responde em conformidade com as necessidades; A CMPC coloca ao serviço do COS todos os pressupostos necessários para suprir a situação; A CB desenvolve as ações de socorro e salvamento da sua competência; A Autoridade Marítima desenvolve as ações de socorro e salvamento da sua competência. Tabela 39 Coordenação, colaboração e prioridades de ação no Socorro e Salvamento 85

86 Autoridade Marítima Tal como disposto no Decreto-Lei n.º134/2006, de 25 de Julho, capítulo VI, artigos 32º e 33º, as ações de socorro e salvamento de qualquer acidente grave ou catástrofe iminente ou ocorrido no Rio Douro, área da responsabilidade da Autoridade Marítima, devem ser coordenadas pelo Centro de Coordenação Operacional Nacional CCON, em articulação com o Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo MRCC de Lisboa, da mesma forma que qualquer acidente grave ou catástrofe com aeronaves deve também ser coordenada pelo Centro de Coordenação Operacional Nacional CCON articuladamente com o Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Aéreo RCC de Lisboa. No primeiro caso, sem prejuízo da coordenação do CCON e MRCC de Lisboa, a DGAM, no cumprimento das missões de intervenção, no âmbito do DIOPS, a nível nacional, articula-se com o CNOS, a nível distrital, com o CDOS e no local da ocorrência, fora da sua área de jurisdição própria com o COS (DON n.º 1 alínea d). Primeira Intervenção Tal como disposto no ponto 2 do artigo 12º do Decreto-Lei n.º134/2006, de 25 de Julho, sempre que uma força de socorro de uma qualquer das organizações integrantes do SIOPS seja acionada para uma ocorrência, o chefe da primeira força a chegar ao local assume de imediato o comando da operação e garante a construção de um sistema evolutivo de comando e controlo da operação. Este terá a responsabilidade de desenvolver o Sistema de Comando Operacional até ao patamar considerado suficiente para suprir qualquer ação resultante de um acidente grave ou catástrofe. No entanto no imediato, deve proceder às seguintes tarefas, por ordem cronológica: Marcha Geral das Operações Reconhecimento / Avaliação Busca e Salvamento Estabelecimento dos Meios de Ataque Circunscrição Ataque Domínio Avaliar o tipo de ocorrência; O local da ocorrência e a sua extensão; O número de vítimas existentes e passíveis de serem atingidas; Avaliar as necessidades de ativação de meios; Proceder à busca, em favor da avaliação da existência ou não de vítimas; Proceder ao salvamento das vítimas existentes, caso estas existam; Estabelecimento de um plano tático / operacional, mediante toda a avaliação efetuada a montante e proceder à disposição dos meios e distribuição de tarefas; Proceder ao ataque, até a situação estar delimitada a uma área geográfica; Proceder ao ataque até o acidente grave ou catástrofe ceder ao combate levado a cabo; 86

87 Extinção Rescaldo das Operações Vigilância Ativa Resolução da situação, sendo apenas necessário ações de restabelecimento da normalidade e vigilância necessária para evitar novas situações; Restabelecimento da normalidade, evitando o surgimento de fatores propiciadores de novas ocorrências; Vigilância de todo o processo levado a cabo com o intuito do não aparecimento de qualquer nova situação. Tabela 40 Marcha Geral das Operações Todo o processo atrás descrito será desenvolvido em todas as ocorrências, evidentemente deverá sofrer as adaptações necessárias, no entanto serve como modelo. A responsabilidade do seu desenvolvimento é, como já foi dito, do Comandante das Operações de Socorro, no entanto esta figura, embora seja obrigatória a sua existência, deve estar sempre em constante mutação, ou seja, aquando da chegada de alguém superior na hierarquia da organização, este deve assumir a posição de COS, mediante briefings e o auxílio das restantes entidades de coordenação e comando. Os Intervenientes no processo de socorro e salvamento no município de Mogadouro são, conforme já referenciado, os agentes de proteção civil por excelência. No entanto existem outras entidades e agentes com responsabilidade nesta matéria como pode ser observado no esquema seguinte: 87

88 Danos em edifícios ou infraestruturas? Responsável: BVM Verificação da Zona do Sinistro Responsável: COS Desenvolver ações de proteção e socorro das populações Responsável: Corpos de Bombeiros; Autoridade. Marítima; GNR Sim Área de Intervenção Mortuária Existem mortos? Não Existem Feridos? Não Existem pessoas isoladas? Remover materiais dos escombros e libertar as vítimas Responsável: BVM Sim Existem Soterrados? Prestar os serviços médicos necessários e transporte de vítimas Responsável: Agentes de Proteção Civil Proceder ao Socorro e Salvamento das Vitimas Responsável: BVM Não Existe risco de um novo incidente? Não Existem derrames, fugas ou é necessário combate a incêndios? Não Existem danos graves nas estruturas? Não Sim Deslocar equipas para remover os derrames, fugas ou combater o incêndio Responsável: Agentes de Proteção Civil Sim Os técnicos avaliam os danos e o nível de segurança da estrutura Responsável: CMM Escorar as estruturas e remover material Responsável: CMM Fase de Reabilitação Esquema 14 Procedimentos e instruções de coordenação (Socorro e salvamento) 9. Serviços mortuários No ponto Serviços Mortuários, são estabelecidos os procedimentos e as instruções de coordenação, bem como identificados os meios, os serviços, agentes de proteção civil, organismos e entidades de apoio, 88

89 quanto às atividades de recolha e reunião de vítimas mortais, instalação de morgues provisórias para a identificação e reconhecimento de vítimas mortais e sepultamento de emergência. Deste modo as estruturas de coordenação e as prioridades de ação são: Estrutura de Coordenação Coordenação Autoridade de Saúde do Município COM 7 Prioridades de Ação Entidades intervenientes Guarda Nacional Republicana Autoridade Marítima (Polícia Marítima do Douro) Bombeiros Voluntários de Mogadouro Centro de Saúde de Mogadouro Juntas de Freguesia Equipas do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses Polícia Judiciária Organizar o registo de vítimas mortais; Estabelecer a ligação ao Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses; Dirigir as ações de mortuária; Atualizar os procedimentos referentes aos serviços de mortuária, em estreita colaboração com o Comissão Municipal de Proteção Civil Municipal e com o Diretor do Plano; Assegurar através dos procedimentos das ações mortuárias, a segurança da saúde pública. Instruções Específicas A Autoridade de Saúde do Município coordena as atividades que dizem respeito a Serviços Mortuários e procede ao reconhecimento das vítimas mortais. A Autoridade de Saúde Municipal atua em conformidade com as atividades desenvolvidas na defesa da saúde pública. O COM tem a responsabilidade da elaboração de um relatório permanente com o número de vítimas mortais. A GNR garante a segurança, respeito e integridade das vítimas mortais. A Polícia Marítima garante a segurança, respeito e integridade das vítimas mortais. Os Bombeiros Voluntários de Mogadouro auxiliam as autoridades na remoção dos corpos para morgues provisórias. O Centro de Saúde auxilia a Autoridade de Saúde Municipal nas suas tarefas. As Juntas de Freguesia auxiliam a Autoridade de Saúde Municipal, nomeadamente quanto ao reconhecimento das vítimas mortais. As equipas do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses avaliam as causas da morte; As equipas do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses procedem em conformidade com atividades relacionadas com a investigação forense. Tabela 41 Coordenação, colaboração e prioridades de ação nos Serviços Mortuários 7 O Município não tem nenhum Comandante Operacional Municipal nomeado. Neste sentido as competências da figura do COM ficam a cargo do Presidente da autarquia, visto este ser a entidade máxima da Proteção Civil a Nível Municipal, ou na sua ausência o seu substituto enquanto diretor do plano. 89

90 Em ações com elevado número de vítimas, a recolha e o depósito de cadáveres são tarefas muito sensíveis que devem ser levadas a cabo através de procedimentos rigorosos, devido a aspetos que se prendem com a investigação forense, quando, face ao tipo de ocorrência, haja necessidade de a realizar. Estas tarefas devem ser controladas pela Guarda Nacional Republicana de Mogadouro e pela Polícia Marítima do Douro, nas respetivas áreas de jurisdição, em colaboração com a Autoridades de Saúde do Município. Conforme o disposto no ponto 2 do artigo 5º do Decreto-Lei n.º411/98, de 30 de Dezembro, a remoção de cadáveres compete às autoridades policiais, podendo estes solicitar a colaboração dos bombeiros ou qualquer entidade pública. Visto que a capacidade mortuária do município estar aquém do esperado, neste tipo de situações, são escolhidos locais para reunião de vítimas mortais, onde possam funcionar morgues provisórias (estruturas fixas temporárias como o Pavilhão Gimnodesportivo de Mogadouro), estabelecidas pelo delegado concelhio de saúde, que apresentem as seguintes características: Ser planas e fáceis de limpar; Ter boa drenagem; Possuir boa ventilação natural; Estar providas de água corrente e energia elétrica; Acessibilidades, comunicações, privacidade, disponibilidade e facilidades de segurança. No caso em que haja impossibilidade de efetuar o transporte para as morgues pode-se considerar a hipótese de recorrer a câmaras frigoríficas de grandes superfícies comerciais ou de indústrias agroalimentares. As tarefas ligadas às morgues provisórias relacionam-se com o trabalho desenvolvido pelas equipas do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses, que culmina na identificação e entrega dos corpos para serem sepultados. Os procedimentos relacionados com as ações de avaliação, remoção e transporte de cadáveres ou pedaços de cadáveres constam do esquema seguinte: 90

91 ATIVAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO DE SERVIÇOS MORTUÁRIOS Número elevado de vítimas mortais Recolha e reunião de cadáveres GNR Autoridade de Saúde Concelhia SOLICITA COLABORAÇÃO Bombeiros Outras entidades TRANSPORTE Morgues regulares Morgues provisórias Estabelecidas pelo Delegado Concelhio de Saúde Identificação e entrega dos corpos para sepultamento Gabinete Médico Legal de Bragança Cemitérios Locais Locais de sepultamento de emergência Estabelecidos pelo Delegado Concelhio de Saúde em coordenação com o Diretor do Plano Esquema 15 Procedimentos e instruções de coordenação (Serviços mortuários) Caso exista um número elevado de cadáveres e os cemitérios locais não apresentem capacidade para sepultamento das vítimas, o delegado concelhio de saúde em coordenação com o diretor do plano estabelecem locais para sepultamento de emergência. 10. Protocolos No âmbito do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Município de Mogadouro, não existem protocolos firmados com qualquer entidade ou instituição. 91

92 Parte IV Informação Complementar 92

93 Secção I 1. Organização geral da Proteção Civil em Portugal Em Portugal a Proteção Civil aborda, essencialmente, os aspetos no domínio do safety 8, no entanto pode, muitas vezes, enfrentar ações que, embora sejam do domínio do security 9, requeiram o necessário socorro, que só as estruturas de Proteção Civil têm capacidade de fornecer. Assim, segundo o artigo 1º da Lei n.º27/2006, de 3 de Julho (Lei de Bases de Proteção Civil), A Proteção Civil é a atividade desenvolvida pelo Estado, Regiões Autónomas e autarquias locais, pelos cidadãos e por todas as entidades públicas e privadas com a finalidade de prevenir riscos coletivos inerentes a situações de acidente grave ou catástrofe, de atenuar os seus efeitos e proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo quando aquelas situações ocorram. Esta atividade tem um carácter permanente, multidisciplinar e plurissectorial, cabendo a todos os órgãos e departamentos da Administração Pública promover as condições indispensáveis à sua execução, de forma descentralizada, sem prejuízo do apoio mútuo entre organismos e entidades do mesmo nível ou proveniente de níveis superiores. Segundo o Artigo 4º da mesma lei, são objetivos e domínios de atuação da Proteção Civil: Objetivos e domínios de atuação Objetivos Domínios Prevenir os riscos coletivos e a ocorrência de acidente grave ou de catástrofe deles resultante; Atenuar os riscos coletivos e limitar os seus efeitos no caso das ocorrências descritas na alínea anterior; Socorrer e assistir as pessoas e outros seres vivos em perigo, proteger bens e valores culturais, ambientais e de elevado interesse público; Apoiar a reposição da normalidade da vida das pessoas em áreas afetadas por acidente grave ou catástrofe. Levantamento, previsão, avaliação e prevenção dos riscos coletivos; Análise permanente das vulnerabilidades perante situações de risco; Informação e formação das populações, visando a sua sensibilização em matéria de autoproteção e de colaboração com as autoridades; Planeamento de soluções de emergência, visando a busca, o salvamento, a prestação de socorro e de assistência, bem como a evacuação, alojamento e abastecimento das populações; Inventariação dos recursos e meios disponíveis e dos mais facilmente mobilizáveis, ao nível local, regional e nacional; Estudo e divulgação de formas adequadas de proteção dos edifícios em geral, de monumentos e de outros bens culturais, de infraestruturas, do património arquivístico, de instalações de serviços essenciais, bem como do ambiente e dos recursos naturais; Previsão e planeamento de ações atinentes à eventualidade de isolamento de áreas afetadas por riscos. Tabela 42 Objetivos e domínios de atuação da Proteção Civil 8 Ações que se prendem fundamentalmente com a prevenção contra acidentes, quer estes sejam naturais, tecnológicos ou mistos. 9 Prendem-se com ações hostis provocadas propositadamente pelo homem a fim de atingir determinados objetivos. 93

94 Para além dos princípios gerais consagrados na Constituição e na Lei, constituem princípios especiais aplicáveis às atividades de proteção civil: Princípios Prioridade Prevenção Precaução Subsidiariedade Cooperação Nos termos do qual deve ser dada prevalência à prossecução do interesse publico relativo à proteção civil, sem prejuízo da defesa nacional, da segurança interna e da saúde publica, sempre que estejam em causa ponderações de interesses, entre si conflituantes. Por força do qual os riscos de acidente grave ou de catástrofe devem ser considerados de forma antecipada, de modo a eliminar as próprias causas, ou reduzir as suas consequências, quando tal não seja possível. De acordo com o qual devem ser adotadas as medidas de diminuição do risco de acidente grave ou catástrofe inerente a cada atividade, associando a presunção de imputação de eventuais danos à mera violação daquele dever de cuidado. Determina que o subsistema de proteção civil de nível superior só deve intervir se e na medida em que os objetivos da proteção civil não possam ser alcançados pelo subsistema de proteção civil imediatamente inferior, atentando à dimensão e à gravidade dos efeitos das ocorrências. Assenta no reconhecimento de que a proteção civil constitui atribuições do Estado, das Regiões Autónomas e das autarquias locais e dever dos cidadãos e de todas as entidades públicas e privadas. Coordenação Unidade de Comando Exprime a necessidade de assegurar, sob orientação do Governo, a articulação entre a definição e a execução das políticas nacionais, regionais, distritais e municipais de proteção civil. Determina que todos os agentes atuam, no plano operacional, articuladamente sob um comando único, sem prejuízo da respetiva dependência hierárquica e funcional. Informação Traduz o dever de assegurar a divulgação das informações relevantes em matéria de proteção civil, com vista à prossecução dos objetivos da política de proteção civil. Tabela 43 Princípios Especiais aplicáveis às atividades de Proteção Civil 1.1. Estrutura de Proteção Civil Com vista ao cumprimento das políticas de proteção civil, nos seus diferentes níveis Nacional, Distrital e Municipal a estrutura Nacional de Proteção Civil desenvolve-se, segundo a lei de Bases de Proteção Civil (Lei n.º27/2006) da seguinte forma: 94

95 Figura 1 Estrutura Nacional de Proteção Civil Direção Política A direção política (Tabela 44 Direção Política) é assegurada a nível nacional pela Assembleia da República, Governo, Primeiro-Ministro e Ministro da Administração Interna, ao nível Distrital, pelo Governador Civil e, ao nível Municipal, pelo Presidente da Câmara. Direção Politica Nível Municipal Presidente da Câmara Municipal Desencadear, na iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe, as ações de proteção civil de prevenção, socorro, assistência e reabilitação adequadas em cada caso. Tabela 44 Direção Política Coordenação Política As Comissões de Proteção Civil a nível Nacional, Distrital ou Municipal são órgãos de coordenação política, ou seja, organismos que asseguram que todas as entidades e instituições, no seu respetivo âmbito, imprescindíveis às operações de proteção e socorro, emergência e assistência previsíveis ou decorrentes de acidente grave ou catástrofe, se articulem entre si, garantindo os meios considerados adequados à gestão da ocorrência em cada caso concreto, sendo assim considerados órgãos de 95

96 coordenação em matéria de proteção civil e compostas por elementos que auxiliam na definição e execução da política de proteção civil. Neste sentido as diferentes comissões organizam-se da seguinte forma: Comissão Municipal de Proteção Civil (Órgão de Coordenação) Composição Competências Presidente da Câmara Municipal; Comandante Operacional Municipal; Um elemento de cada corpo de bombeiros; A autoridade de saúde do município; O dirigente máximo da unidade de saúde local ou o diretor do centro de saúde e o diretor do hospital da área de influência do município, designados pelo diretor-geral de saúde; Um representante dos serviços de segurança social; Os representantes de outras entidades e serviços implantados no município, cujas atividades e áreas funcionais possam de acordo com os riscos existentes e as características da região contribuir para as ações de proteção civil. Acionar a elaboração do plano municipal de emergência, remetê-lo para a aprovação da Comissão Nacional de Proteção Civil e acompanhar a sua execução; Acompanhar as políticas diretamente ligadas ao sistema de proteção civil que sejam desenvolvidas por agentes públicos; Determinar o acionamento dos planos, quando tal se justifique; Garantir que as entidades e instituições que integram a CMPC acionam, ao nível municipal, no âmbito da sua estrutura orgânica e das suas atribuições, os meios necessários ao desenvolvimento das ações de proteção civil; Difundir comunicados e avisos às populações e às entidades e instituições, incluindo os órgãos de comunicação social. Tabela 45 Comissão Nacional de Proteção Civil Órgãos de Execução A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) é um órgão de execução, sendo um serviço central de natureza operacional, da administração direta do estado, dotado de autonomia administrativa e financeira e património, na dependência do membro do Governo responsável pela Administração Interna. Os serviços Municipais de Proteção Civil são os adequados ao exercício da função de proteção e socorro, variáveis de acordo com as características da população e dos riscos existentes no município e que, quando a dimensão e características do município o justificarem, podem incluir os gabinetes técnicos que forem julgados adequados. É dirigido pelo Presidente da Câmara Municipal do município em causa, com a faculdade de delegação no vereador por si designado. 96

97 Serviço Municipal de Proteção Civil (Órgão de execução) Competências Assegurar o funcionamento de todos os organismos municipais de proteção civil, bem como centralizar, tratar e divulgar toda a informação recebida relativa à proteção civil municipal; Acompanhar a elaboração e atualizar o plano municipal de emergência e os planos especiais, quando estes existam; Assegurar a funcionalidade e a eficácia da estrutura do SMPC; Inventariar e atualizar permanentemente os registos dos meios e dos recursos existentes no concelho, com interesse para o SMPC; Realizar estudos técnicos com vista à identificação, análise e consequências dos riscos naturais, tecnológicos e sociais que possam afetar o município, em função da magnitude estimada e do local previsível da sua ocorrência, promovendo a sua cartografia, de modo a prevenir, quando possível, a sua manifestação e a avaliar e minimizar os efeitos das suas consequências previsíveis; Manter informação atualizada sobre acidentes graves e catástrofes ocorridas no município, bem como sobre elementos relativos às condições de ocorrência, às medidas adotadas para fazer face às respetivas consequências e às conclusões sobre o êxito ou insucesso das ações empreendidas em cada caso; Planear o apoio logístico a prestar às vítimas e às forças de socorro em situação de emergência; Levantar, organizar e gerir os centros de alojamento a acionar em situação de emergência; Elaborar planos prévios de intervenção e preparar e propor a execução de exercícios e simulacros que contribuam para uma atuação eficaz de todas as entidades intervenientes nas ações de proteção civil; Estudar as questões de que vier a ser incumbido, propondo as soluções que considere mais adequadas; Propor medidas de segurança face aos riscos inventariados; Colaborar na elaboração e execução de treinos e simulacros; Elaborar projetos de regulamentação de prevenção e segurança; Realizar ações de sensibilização para questões de segurança, preparando e organizando as populações face aos riscos e cenários previsíveis; Promover campanhas de informação sobre medidas preventivas, dirigidas a segmentos específicos da população alvo ou sobre riscos específicos em cenários prováveis previamente definidos; Fomentar o voluntariado em proteção civil; Estudar as questões de que vier a ser incumbido, propondo as soluções que entenda mais adequadas; Assegurar a pesquisa, análise, seleção e difusão da documentação com importância para a proteção civil; Divulgar a missão e estrutura do SMPC; Recolher a informação pública emanada das comissões e gabinetes que integram o SMPC destinada à divulgação pública relativa a medidas preventivas ou situações de catástrofe; Promover e incentivar ações de divulgação sobre proteção civil junto dos munícipes com vista à adoção de medidas de autoproteção; Indicar, na iminência de acidentes graves ou catástrofes, as orientações, medidas preventivas e procedimentos a ter pela população para fazer face à situação; Dar seguimento a outros procedimentos, por determinação do presidente da câmara municipal ou vereador com competências delegadas. Tabela 46 Competências dos Serviços Municipais de Proteção Civil 1.2. Estrutura das Operações Em ações de proteção civil são intervenientes os mais diversos agentes e serviços provenientes do Estado, das Regiões Autónomas, autarquias locais, organizações não-governamentais, e entidades 97

98 privadas. Nesse sentido existiu a necessidade da criação de um conjunto de estruturas, normas e procedimentos de natureza permanente e conjuntural que assegurem que todos os agentes de proteção civil atuem, no plano operacional, articuladamente sob um comando único, sem prejuízo da respetiva dependência hierárquica e funcional. Desta necessidade surgiu o Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS). Este não é mais que um instrumento global e centralizado de coordenação e comando de operações de socorro, cuja execução compete a diversas entidades. Estabelece um sistema de gestão de operações, definindo a organização dos teatros de operações e dos postos de comando, clarificando competências e consolidando a doutrina operacional. Figura 2 Estrutura da Operações de Proteção Civil Sistema de Gestão de Operações O Sistema de Gestão de Operações (Figura 3), adiante designado por SGO, utilizado no município tem como base, a doutrina e terminologia padronizada no Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro, previsto no Decreto-Lei n.º134/2006, de 25 de Julho, que na sua génese assenta num conjunto de estruturas, normas e procedimentos que asseguram que todos os agentes de proteção civil atuam, no plano operacional, articuladamente sob um comando único, sem prejuízo da respetiva dependência hierárquica e funcional, respondendo assim a situações de iminência de ocorrência de acidente grave ou catástrofe. O princípio de comando único assenta nas duas dimensões do sistema, a da coordenação institucional (CCO) e a do comando operacional. O SGO, segundo o disposto no artigo 12º do Decreto-Lei n.º134/2006, de 25 de Julho, organiza-se da seguinte forma: 1- É uma forma de organização operacional que se desenvolve de uma forma modular de acordo com a importância e o tipo de ocorrência; 2- Sempre que uma força de socorro de qualquer das organizações integrantes do SIOPS seja acionada para uma ocorrência, o chefe da primeira força a chegar ao local assume de imediato o comando da operação e garante a construção de um sistema evolutivo de comando e controlo da operação; 98

99 3- A decisão do desenvolvimento da organização é da responsabilidade do comandante das operações de socorro, adiante designado por COS, que deve ser tomada sempre que os meios disponíveis no ataque inicial e respetivos reforços se mostrem insuficientes; 4- O comando das operações deve ter em conta a adequação técnica dos agentes presentes no teatro das operações e a sua competência legal. O SGO convenciona três princípios fundamentais: Unidade de Comando em cada momento existe apenas um elemento a comandar, este está dotado da necessária autoridade e competência, ocupando o lugar de topo na hierarquia da organização daquele teatro de operações. Obrigatoriedade da Função No SGO existe, apenas, uma função de carácter obrigatório, a de comandante das operações de socorro, (ora designado por COS), função de responsável a todo o momento pela operação de socorro. Todas as outras funções apenas existirão se as necessidades da operação assim o exigirem. Manutenção da capacidade de controlo O número de Homens que cada graduado deve dirigir diretamente varia de quatro a seis, em função da complexidade e risco da operação e da segurança do pessoal, no entanto o número chave será cinco. Este número é válido para qualquer nível da estrutura da organização, quer se trate de Sectores, Divisões, Grupos, Equipas ou Unidades Elementos ou reforços. O SGO, embora condicionado à dimensão da operação de socorro em causa, socorre-se do esquema a seguir representado. Este representa a operação no seu patamar mais elevado, podendo ser mais ou menos complexo, assim a operação o exija. 99

100 Figura 3 Sistema de Gestão de Operações A configuração do SGO baseia-se em 3 níveis diferentes, nomeadamente: 1- Estratégico Detém todo o comando da operação. Determina a estratégia apropriada; Estabelece os objetivos gerais da operação; Define prioridades; Elabora e atualiza o plano estratégico da ação; Procede à receção e colocação de meios de reforço; Prevê e planeia os resultados; Fixa os objetivos específicos a nível tático. 2- Táticos Dirigem-se as atividades operacionais tendo em consideração os objetivos a alcançar de acordo com a estratégia definida. Determina a localização dos meios; Estabelece os objetivos táticos; 100

101 Dirige as atividades operacionais tendo em conta objetivos específicos, determinados pelo nível superior; Procura alcançar os objetivos correspondentes à estratégia definida no plano estratégico de ação; É da responsabilidade de comandantes de Sector, Chefes de Grupo de Combate, ou seja aqueles que chefiam o agrupamento de meios postos à sua disposição. 3- Manobra Determinam-se tarefas específicas, normalmente realizadas e desenvolvidas com meios humanos e com o apoio de meios técnicos, de acordo com os objetivos táticos definidos. Executam-se as manobras e as tarefas que são normalmente atribuídas às equipas dos veículos ou as equipas específicas de pessoal; Procura-se alcançar os resultados correspondentes aos objetivos definidos pelo nível superior (tático) Funções na estrutura da organização COS Comandante das Operações de Socorro O COS é, em qualquer tipologia de operação, o chefe do primeiro veículo a chegar ao local, pertencendo este a qualquer agente de proteção civil interveniente na operação, devendo logo após a chegada de um superior hierárquico, proceder à passagem do comando das operações, disponibilizando todas as informações que este detém sobre as operações em curso e aquelas que estariam previstas realizar. Respondendo à necessidade do cumprimento do princípio da obrigatoriedade da função, são apresentados na tabela seguinte, os objetivos, responsabilidades e funções do Comandante das Operações de Socorro (Tabela 47 Comandante das Operações de Socorro). COS Comandante das Operações de Socorro 101 Objetivos Normalizar a forma de atribuição da responsabilidade do exercício da função a um único graduado tendo em conta a sequência de chegada ao TO dos diversos chefes de veículos e elementos de comando; Assegurar que a função de COS é exercida desde a chegada do primeiro veículo ao TO; Estabelecer, de acordo com a SGO, eficaz organização do TO que determine concretamente as responsabilidades atribuídas a todos os graduados designados para as várias funções, incluindo as do COS; Providenciar para que a gestão das operações, o planeamento das ações e a tomada das decisões, no âmbito do plano estratégico de ação, sejam apoiados num sistema organizado de troca e análise de informações;

102 Certificar que a transferência da função para os elementos de maior categoria hierárquica que, subsequentemente se apresentem no TO e disponham de autoridade para tal, seja levada a cabo de forma ordenada. Responsabilidades Funções Evacuação das pessoas em perigo para fora das áreas de riscos; Assistência às vítimas; Supressão do acidente; Preservação da propriedade, evitando danos acrescidos que possam ser causados pelas operações de supressão; Segurança, controlo e bem-estar dos seus homens durante toda a operação. Assumir a qualidade de COS, dar a conhecer essa assunção e determinar a localização do Posto de Comando; Proceder ao reconhecimento sumário da situação; Iniciar, manter e controlar as comunicações rádio; Determinar a estratégia a empregar; Estabelecer o plano estratégico de ação e distribuir os meios de acordo com esse plano; Implementar a organização dos meios no TO; Determinar os objetivos táticos; Avaliar, rever e ajustar (se necessário) o plano estratégico de ação. Tabela 47 Comandante das Operações de Socorro Adjunto do comandante das operações de socorro Elemento de comando que colabora diretamente com o COS, como responsável por uma das seguintes tarefas: Adjuntos do COS Relações Publicas Segurança Ligação Desenvolve um sistema preciso e completo de recolha de informações sobre causas da ocorrência, proporções, situação corrente, meios empenhados e mais de interesse geral; Contacta a Comunicação Social e as entidades oficiais que desejem informações em direto do TO; Mesmo que o Posto de Comando Operacional esteja a funcionar com o apoio das estruturas de Proteção Civil local, apenas deverá existir um responsável pelas relações públicas. Avalia os perigos e as situações de risco, tomando as medidas necessárias à segurança individual dos intervenientes no TO; Detém autoridade para, em caso de emergência, ordenar a paragem dos trabalhos, de modo a prevenir atos inseguros; Avalia as necessidades em apoio sanitário e recuperação física do pessoal, em conjunto com os técnicos especialistas de saúde. Desenvolve os contactos com os representantes das diversas entidades intervenientes, incluindo, os técnicos destacados para apoio ao TO. Tabela 48 Adjuntos do COS 102

103 Células do Sistema de Gestão de Operações: Células do SGO Combate Planeamento Logística Consiste na gestão direta de todas as atividades e prioridades táticas, bem como a segurança e o bem-estar do pessoal ligado ao combate. Competências: Gerir todas as atividades táticas; Implementar o plano de ação, distribuindo os objetivos táticos aos sectores, divisões etc., e colocar os meios necessários à sua disposição, com base nos objetivos e prioridades definidos; Identificar as necessidades respeitantes a meios adicionais; Controlar a Zona de Concentração e Reserva Está sob a responsabilidade de um elemento de comando comandante do planeamento responsável pela recolha, avaliação, processamento e difusão das informações necessárias à tomada de decisões. Competências: Filtrar e preparar as informações; Manter o COS informado sobre a situação dos meios e pessoal envolvido; Planear as operações em sintonia com o COS; Reavaliar e propor alterações ao plano estratégico da ação, recebendo informação da célula de combate; Avaliar permanentemente a estratégia em curso, as prioridades táticas, os fatores críticos específicos, a organização da capacidade de controlo, a manutenção da capacidade de controlo e os problemas relativos à segurança individual; Prever a necessidade de meios, bem como técnicos especializados; Planear a desmobilização dos meios; Manter todos os registos e documentos operacionais. Assume os abastecimentos e equipamentos: Transportes (relativos a equipamento, alimentação, rendição de equipas e evacuação das populações); Instalações; Abastecimentos em todas as vertentes; Alimentação; Manutenção de equipamentos; Combustíveis; Comunicações; Apoio sanitário. Competências: Providencia e gere todas as necessidades em abastecimentos e equipamentos; Providencia a alimentação e abastecimentos similares; Providenciar combustíveis e apoio mecânico; Providência o apoio sanitário ao pessoal, incluindo, o necessário à sua 103

104 recuperação física; Obtém equipamento especializado e especialistas para o PCO. Tabela 49 Células do Sistema de Gestão das Operações A célula de combate será constituída, mediante a necessidade da operação, por sectores, divisões, grupos, equipas e unidades, elementos ou reforços, de uma forma vertical. De uma maneira genérica, um Sector corresponde a cinco divisões, cada divisão a cinco grupos de combate, cada grupo de combate a cinco equipas. Cinco será o número médio, podendo variar entre quatro e seis, permitindo assim ao COS assegurar a manutenção da capacidade de controlo. As funções gerais do responsável por cada estrutura da organização ao nível da célula de combate estão representadas na seguinte tabela. Responsáveis Sector Divisão Responsável por um sector que reporta diretamente ao comandante de combate. Responsável por uma área geográfica do teatro de operações (divisão), função que se situa entre o comandante de combate (ou comandante de sector, se existir) e o chefe de grupo de combate. Grupo Responsável por um grupo de veículos, com funções comuns. Equipa Responsável por um veículo e respetiva equipa. Tabela 50 Responsáveis das estruturas na célula de combate Teatro de operações O TO organiza-se em zonas de intervenção (Figura 4) a que correspondem zonas geográficas ou funcionais conforme o tipo de acidente e as opções estratégicas consideradas. As zonas de intervenção configuram-se como áreas circulares. De amplitude variável e adaptadas às circunstâncias e à configuração do terreno, podendo compreender zonas de sinistro, apoio, concentração e reserva e de receção de reforços. 104

105 Figura 4 Zonas de Intervenção Zona de Sinistro (ZS) É a superfície na qual se desenvolve a ocorrência, de acesso restrito, onde se encontram exclusivamente os meios necessários à intervenção direta, sob a responsabilidade exclusiva do posto de comando operacional. Zona de apoio (ZA) Zona adjacente à ZS, de acesso condicionado, onde se concentram os meios de apoio e logísticos estritamente necessários ao suporte dos meios de intervenção ou onde estacionam meios de intervenção para resposta imediata. Zona de Concentração e Reserva (ZCR) Zona do teatro de operações onde se localizam temporariamente meios e recursos disponíveis sem missão imediata, onde se mantém um sistema de apoio logístico e assistência pré-hospitalar e onde têm lugar as concentrações e trocas de recursos pedidos pelo posto de comando operacional. Zona de Receção e Reforços (ZRR) Zona de controlo e apoio logístico, sob a responsabilidade do centro de coordenação de operações da área onde se desenvolve o sinistro, para onde se dirigem os meios de reforço atribuídos pelo CCON, antes de atingirem a ZCR no teatro de operações Comando Operacional A coordenação institucional é assegurada, a nível nacional e a nível de cada distrito, pelos centros de coordenação operacional, que integram representantes das várias entidades cuja intervenção se justifica em função de cada ocorrência em concreto. O comando operacional é assegurado através do Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) a nível Nacional, e pelo Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) a nível distrital, estruturas integrantes da Autoridade Nacional de Proteção Civil. Ao nível Municipal a figura do COM detém toda a coordenação das operações no que diz respeito à área territorial da sua competência. 105

106 O Comandante Operacional Municipal detém as seguintes competências: Competências Comandante Operacional Municipal (COM) 10 Acompanhar permanentemente as operações de proteção e socorro que ocorram na área do concelho; Promover a elaboração dos planos prévios de intervenção com vista à articulação de meios face a cenários previsíveis; Promover reuniões periódicas de trabalho sobre matérias de âmbito exclusivamente operacional, com os comandantes dos corpos de bombeiros; Dar parecer sobre o material mais adequado à intervenção operacional no respetivo município; Comparecer no local do sinistro sempre que as circunstâncias o aconselhem; Assumir a coordenação das operações de socorro de âmbito municipal, nas situações previstas no plano de emergência municipal, bem como quando a dimensão do sinistro requeira o emprego de meios de mais de um corpo de bombeiros. Tabela 51 Competências do Comando Nacional de Operações de Socorro Coordenação Institucional Os Centros de Coordenação Operacional são o garante do funcionamento de uma estrutura de comando destinada a funcionar sem ambiguidades sob o conceito de comando único. São o órgão de coordenação institucional, que integra representantes das entidades cuja intervenção se justifique em função de cada ocorrência em concreto. A nível nacional, a coordenação institucional cabe ao Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON), que mantém uma relação operacional com o Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS), através da integração de um adjunto de operações do CNOS. A nível Distrital, a coordenação institucional cabe ao Centro de Coordenação Operacional Distrital (CCOD), que mantém uma relação operacional com o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS), através da integração de um dos respetivos comandantes do CDOS. Estas estruturas são consideradas apenas ao nível Nacional e distrital, segundo a Diretiva Operacional Nacional n.º1 de Janeiro de 2010, ao nível Municipal as atribuições do CCO serão levadas a cabo pela Comissão Municipal de Proteção Civil que, para lá de proceder à coordenação política das atividades inerentes a ações de proteção civil, está responsável pela coordenação institucional. 10 O Município não tem nenhum Comandante Operacional Municipal nomeado. Neste sentido as competências, da figura do COM ficam a cargo do Presidente da autarquia, visto este ser a entidade máxima da Proteção Civil a Nível Municipal, ou na sua ausência o seu substituto enquanto diretor do plano. 106

107 Comissão Municipal de Proteção Civil Coordenação Institucional Competências Avaliar a situação tendo em vista o acionamento do plano municipal de emergência; Determinar o acionamento do plano municipal de emergência quando tal o justificar; Acompanhar a execução do plano municipal de emergência; Garantir que as atividades e instituições que integram a CMPC acionam, ao nível municipal, no âmbito da sua estrutura orgânica e das suas atribuições, os meios necessários ao desenvolvimento das ações de proteção civil; Gerir a participação operacional de cada força ou serviço nas operações de socorro a desencadear; Difundir comunicados e avisos às populações e às entidades e instituições, incluindo os órgãos de comunicação social. Tabela 52 Competências de coordenação institucional da CMPC 2. Mecanismos da estrutura de Proteção Civil 2.1. Composição, convocação e competências da comissão de Proteção Civil Comissão Municipal de Proteção Civil (Órgão de Coordenação) Composição Competências 107 Presidente da Câmara Municipal; Comandante dos Bombeiros Voluntários de Mogadouro; Comandante do Posto Territorial de Mogadouro da Guarda Nacional Republicana; Autoridade de Saúde do Município; Diretor do Centro de Saúde de Mogadouro; Diretor do Centro Hospitalar do Nordeste, EPE; Representante do Instituto da Segurança Social, I.P. Serviço Local de Mogadouro; Representante do Agrupamento de Escolas de Mogadouro; Representante da Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro. Acionar a elaboração do plano municipal de emergência, remetê-lo para a aprovação pela Comissão Nacional de Proteção Civil e acompanhar a sua execução; Acompanhar as políticas diretamente ligadas ao sistema de proteção civil que sejam desenvolvidas por agentes públicos; Determinar o acionamento dos planos, quando tal se justifique; Garantir que as entidades e instituições que integram a CMPC acionam, ao nível municipal, no âmbito da sua estrutura orgânica e das suas atribuições, os meios necessários ao desenvolvimento das ações de proteção civil; Difundir comunicados e avisos às populações e às entidades e instituições, incluindo os órgãos de comunicação social.

108 Convocação A Comissão Municipal de Proteção Civil é convocada pelo Presidente da Câmara Municipal de Mogadouro, ou pelo Vereador a quem estiver delegado o pelouro da Proteção Civil; O modo de convocação na iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe é telefonicamente, formalizada a posteriori de forma escrita através de ofício ou correio eletrónico. Tabela 53 Comissão Municipal de Proteção Civil 2.2. Critérios e âmbito para a declaração das situações de alerta, contingência ou calamidade Consagrado na Lei n.º27/2006, de 3 de Julho, é colocado à disposição dos órgãos competentes instrumentos (situação de alerta, situação de contingência e situação de calamidade), que, consoante a natureza das situações, podem assumir um papel nevrálgico no planeamento de ações de proteção civil, quer ao nível da prevenção, quer ao nível da reação, fazendo face a acidentes graves ou catástrofes, atuais ou potenciais. Importa ainda clarificar a definição destes dois conceitos: Definições Acidente Grave Catástrofe Acontecimento inusitado com efeitos relativamente limitados no tempo e no espaço, suscetível de atingir as pessoas e outros seres vivos, os bens e o ambiente. Acidente grave ou série de acidentes graves suscetíveis de provocarem elevados prejuízos materiais e, eventualmente, vitimas, afetando intensamente as condições de vida e o tecido socioeconómico em áreas ou na totalidade do território nacional. Tabela 54 Definição de acidente grave e catástrofe Poderá eventualmente ser declarada a situação de alerta, se, face à ocorrência ou iminência de um acidente grave ou catástrofe, for reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou medidas especiais de reação. Situação de Alerta Âmbito Municipal Presidente da Câmara Competência Pressupostos Comandante Operacional Distrital de Operações de Socorro, Âmbito Distrital precedida da audição, sempre que possível, dos presidentes das câmaras municipais dos municípios abrangidos A natureza do acontecimento que originou a situação de alerta; Âmbito temporal e territorial; A estrutura de coordenação e controlo dos meios e recursos a disponibilizar. 108

109 Procedimentos Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil A obrigatoriedade de convocação, consoante o âmbito, das comissões municipais, distritais ou nacional de proteção civil; O estabelecimento dos procedimentos adequados à coordenação técnica e operacional dos serviços e agentes de proteção civil, bem como dos recursos a utilizar; O estabelecimento das orientações relativas aos procedimentos de coordenação da intervenção das forças e serviços de segurança; A adoção de medidas preventivas adequadas à ocorrência; A obrigação especial de colaboração dos meios de comunicação social, em particular das rádios e das televisões, com a estrutura de coordenação e controlo dos meios e recursos a disponibilizar, visando a divulgação das informações relevantes relativas à situação. Tabela 55 Competências, Pressupostos e Procedimentos da Declaração da Situação de Alerta Saliente-se, que a declaração de alerta de âmbito municipal não implica necessariamente a ativação do PMEPC. Por outro lado, a ativação do PMEPC não conduz obrigatoriamente à obrigatoriedade de se proceder à declaração da situação de alerta de âmbito municipal por parte do Presidente da Câmara ou substituto legal. Os critérios que poderão justificar a declaração de situação de alerta de âmbito municipal ou a ativação do PMEPC encontram-se descritos no ponto 7 da Parte I do PMEPC Sistema de monitorização, alerta e aviso Neste Ponto são descritos os sistemas que, na área territorial do plano estão em prática para garantir uma monitorização, alerta e aviso dos principais riscos existentes. Tais sistemas deverão proporcionar uma eficaz vigilância, um rápido alerta aos agentes de proteção civil e um adequado aviso à população, de modo a garantir que, na iminência ou ocorrência de um acidente grave ou catástrofe, tanto as entidades intervenientes no plano, como as populações vulneráveis tenham a capacidade de agir de modo a salvaguardar vidas e a proteger bens Monitorização Os sistemas de monitorização para o município de Mogadouro são essencialmente sistemas de monitorização externos, tais como: 1. Sistema de avisos meteorológicos e Índice meteorológico de risco de incêndio (FWI) do IPMA; 2. Sistema de Vigilância e Alerta de Recursos Hídricos e Sistema de Vigilância de Emergências Radiológicas da APA; 3. Índice Ícaro do INSA; 4. Rede Nacional de Postos de Vigia do ICNF. 109

110 O acesso aos dados da monitorização dos sistemas externos é efetuado pelo SMPC através dos canais públicos de acesso. Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) Ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera compete assegurar a Vigilância Meteorológica e emitir Avisos Meteorológicos sempre que se prevê ou se observam fenómenos meteorológicos adversos. Tem por objetivo avisar as Autoridades de Proteção Civil e a população em geral para a ocorrência de situações meteorológicas de risco, que nas próximas 24 horas possam causar danos ou prejuízos a diferentes níveis, e, dependendo da sua intensidade, proceder à monitorização, informação e vigilância das situações meteorológicas (vento, precipitação, queda de neve, trovoada, frio, calor, nevoeiro e agitação marítima), sismológicas e que se prendem com a composição da atmosfera, dispondo para o efeito de estações meteorológicas e postos udométricos, destinados à monitorização meteorológica. Neste sentido a Autoridade Nacional de Proteção Civil difunde os alertas pelos agentes de Proteção Civil, para que estes ajam em conformidade, através de um reajustar dos seus graus de prontidão e mobilização e, por outro lado, emite avisos à população, para que esta possa tomar medidas de autoproteção necessárias, consoante a situação. Nas situações de Frio ou Calor, os avisos à população são emitidos pela Direção Geral de Saúde (DGS). Cinzento Verde Amarelo Laranja Vermelho Considerações consoante a cor Informação em atualização Não se prevê nenhuma situação meteorológica de risco Situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica. Acompanhar a evolução das condições meteorológicas. Situação meteorológica de risco moderado a elevado. Manter-se ao corrente da evolução das condições meteorológicas e seguir as orientações da ANPC. Situação meteorológica de risco extremo. Manter-se regularmente ao corrente da evolução das condições meteorológicas e seguir as orientações da ANPC. Tabela 56 Avisos emitidos pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera Tendo em conta as diferentes características dos fenómenos meteorológicos, incidência e efeitos causados, foram estabelecidos Critérios de Emissão para cada situação: 110

111 Para o Continente Aviso Parâmetro Amarelo Laranja Vermelho Unidade Notas Vento Precipitação Neve Velocidade Média do Vento Rajada Máxima do Vento Chuva/Aguaceiros Queda de Neve 50 a a 90 > 90 km/h 70 a a 130 > 130 km/h 10 a a 40 > 40 mm/1h Milímetros numa hora 30 a a 60 > 60 mm/6h Milímetros em 6 horas 5 a a 100 > 100 cm Cota (altitude > 1000 m) 1 a 5 6 a 30 > 30 cm Cota (altitude < 1000 m) a) Frequentes e Dispersas. Trovoada Descargas Elétricas a) b) c) b) Frequentes e Concentradas. c) Muito Frequentes e excessivamente concentradas. Nevoeiro Visibilidade * 48h * 72h * 96h * - duração Tempo Quente Tempo Frio Temperatura Máxima 11 Temperatura Mínima 12 # a # * # a # * > # * C * - duração 48 horas # a # * # a # * < # * C * - duração 48 horas Agitação Marítima Altura Significativa das Ondas 4 a 5 5 a 7 > 7 m 2 a 3 3 a 5 > 5 m Com ondulação de Sueste na costa Sul do Algarve Tabela 57 Critérios de emissão de avisos, para Ventos, Precipitação, Neve, Trovoada, Nevoeiro, Tempo Quente, Tempo Frio e Agitação Marítima Temperatura Mínima Temperatura Máxima Distrito Amarelo Laranja Vermelho Amarelo Laranja Vermelho Bragança -4 a -7-8 a -10 < a a 38 > 38 Tabela 58 Critérios de emissão de avisos para as Temperaturas Mínimas e Máximas O IPMA disponibiliza também o Índice meteorológico de risco de incêndio (FWI), desenvolvido pelo Serviço Canadiano de Florestas e é utilizado por vários países do mundo, em particular na Europa. Através da utilização deste índice é possível estimar um risco de incêndio a partir do estado dos diversos combustíveis presentes no solo florestal, estando esse determinado indiretamente através das observações de elementos meteorológicos. Para o cálculo do índice de risco de incêndio do sistema canadiano FWI, entra-se em consideração com os valores observados da temperatura do ar, da humidade relativa, da velocidade do vento e da 11 Os Valores das Temperaturas Máximas e Mínimas variam de Distrito para Distrito. 12 Idem. 111

112 quantidade de precipitação ocorrida nas últimas 24 horas. Sendo o FWI um índice cumulativo significa que o valor do índice no dia reflete, tanto as condições observadas nesse mesmo dia, como a sua evolução ao longo do tempo, desde a data de início do cálculo do índice. É composto por 6 sub-índices que são calculados com base nos valores dos elementos meteorológicos que avaliam diferentes estados possíveis do solo. O índice final FWI é então distribuído segundo a escala distrital de risco de incêndio por um conjunto de cinco classes de risco: Reduzido, Moderado, Elevado, Muito Elevado e Máximo, que correspondem à escala utilizada durante a época de Verão dos incêndios florestais, entre 15 de Maio e 14 de Outubro. Desde 2002 que o índice FWI é calculado diariamente pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera sem interrupções ao longo do ano, com utilização operacional nas ações de prevenção e combate dos incêndios florestais, inclusive na época de Inverno, onde passou a utilizar-se uma nova escala, também à escala distrital, com redução a três níveis: Baixo, Médio e Alto. Agência Portuguesa do Ambiente, IP (APA) No que respeita às situações previsíveis ou efetivadas de cheias, a APA dispões do Sistema de Vigilância e Alerta de Recursos Hídricos (SVARH), com a particularidade de aceder, em tempo real a toda esta informação. A gestão de cheias é também apoiada pela informação hidrometeorológica em tempo real e com capacidade de previsão hidrológica e hidráulica. Integrado no SVARH, o Sistema de Vigilância e Alerta de Cheias é constituído por sensores de teletransmissão, modelos hidrológicos e sistemas informáticos de armazenamento e disseminação de dados, que permitem efetuar previsões e estabelecer procedimentos em conformidade com as situações suscetíveis de suceder. A APA dispõe de informação permanente através do seu sítio na internet Sistema Nacional de informação sobre recursos hídricos, de parâmetros como precipitação, escoamento, aguas subterrâneas, armazenamento em albufeiras e a qualidade da água superficial. Agência Portuguesa do Ambiente, IP (APA) A rede de monitorização de emergência (RADNET) é a rede nacional de alerta de radioatividade no ar, medindo em contínuo a radiação gama no ar. Dispõe de 11 estações instaladas no território continental, uma na Madeira, uma nos Açores, uma unidade Auto transportada, uma unidade portátil e uma unidade móvel. Diariamente, às 11 horas, são disponibilizados valores diários com o valor médio da taxa de dose nas estações da rede fixa. Em caso de acidente radiológico com contaminação do território nacional, serão divulgados os valores medidos com maior frequência. Instituto Nacional de Saúde (INSA) O INSA possui um instrumento (Índice ICARO) de vigilância e monitorização de ondas de calor com potenciais efeitos na saúde humana, sazonalmente, implementa-se o Sistema da Vigilância ÍCARO. 112

113 O sistema é acionado de Maio a Setembro, todos os anos, e é constituído por 3 componentes: A previsão dos valores da temperatura máxima a três dias realizada pelo CAPT do IPMA e comunicada ao ONSA, todas as manhãs; A previsão do excesso de óbitos eventualmente associados às temperaturas previstas, se elevadas, realizada pelo DEP, através de modelos matemáticos desenvolvidos para esse fim; O cálculo dos índices ÍCARO, que resumem a situação para os três dias seguintes, calculado com base na previsão dos óbitos Genericamente um Índice ÍCARO é um valor que reflete a mortalidade prevista pelo modelo de previsão subjacente ao sistema de vigilância ÍCARO. O objetivo deste índice é refletir a mortalidade estimada possivelmente associada aos fatores climáticos previstos. O índice toma valores superiores ou iguais a zero. O índice ÍCARO, para cada dia, é calculado através da razão (n.º de óbitos previstos 13 / n.º de óbitos esperados 14 ) Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) No período de 15 de Maio a 15 de Outubro, o território nacional dispõe da Rede Nacional de Postos de Vigia (RNPV) em funcionamento 24 horas por dia nos períodos mais críticos. Contribuindo para a rápida e eficaz deteção de incêndios nascentes e como forma de persuasão de comportamentos impróprios. A RNPV é da responsabilidade da Guarda Nacional Republicana Alerta Num processo de estreita cooperação, as entidades que processam a monitorização dos diferentes aspetos que possam proporcionar a manifestação de riscos causadores de danos em pessoas, bens e ambiente, analisam os dados, quer através da clarividência das situações, quer através de valores históricos, permitindo a estas entidades efetivar os alertas junto das entidades competentes. Neste sentido a situação de alerta compreende os níveis verdes, azul, amarelo, laranja e vermelho (conforme estabelecido na Diretiva Operacional Nacional n.º1/2009), correspondente a diferentes graus de prontidão e mobilização conforme se pode verificar no quadro seguinte: 13 Por aplicação do modelo, citado atrás, à previsão da temperatura máxima. 14 Corresponde ao número médio de óbitos que se verificam por dia, no período de Junho a Setembro. 113

114 Níveis de Alerta e respetivo Grau de Prontidão e de Mobilização Nível Grau de Risco Grau de Prontidão Grau de Mobilização Verde Normal Situação Normal Situação Normal Azul Moderado Até 12 Horas 10% Amarelo Moderado, gravidade moderada e probabilidade média-alta Até 6 Horas 25% Laranja Elevado Até 2 Horas 50% Vermelho Extremo Imediato 100% Tabela 59 Níveis de Alerta e respetivo Grau de Prontidão e Mobilização O esquema seguinte sintetiza a organização do sistema de alerta do seguinte modo: Alertas da Proteção Civil Avisos do IPMA Outros sistemas externos Juntas de Freguesia Brigadas municipais SMPC TELEFONE; SMS; FAX; . APCs, organismos e entidades de apoio: - Bombeiros - GNR Esquema 16 Organização dos sistemas de alerta Aviso As entidades, instituições e outros, responsáveis pela monitorização dos fatores referenciados no ponto anterior, emitem muitas vezes avisos às população no sentido desta se precaver, fazendo face a situações eminentes. No entanto, na fase da pré-emergência, é comum a Autoridade Nacional de Proteção Civil e o Serviço Municipal de Proteção Civil difundirem avisos à população em geral com as respetivas medidas de autoproteção e conselhos úteis, quer na fase da pré-emergência, quer na fase subsequente. 114

115 Por forma a garantir difusão da informação, na fase de emergência e para divulgação do aviso à população, prevê-se a seguinte organização: Bombeiros, GNR, SMPC Juntas de Freguesia e Igrejas Órgãos de Comunicação social Operadoras de telecomunicações Sirene Contacto pessoal Rádio e Televisão SMS Megafone Sino Internet População Esquema 17 Organização do sistema de aviso Esta organização assenta na transmissão da informação às populações mais afetadas, através sirene dos bombeiros, megafones instalados nas viaturas dos bombeiros e\ou autoridade de segurança, internet (página do SMPC e redes sociais), contacto pessoal e sinos das igrejas, difusão do aviso através das estações de rádio e televisão e envio de mensagens escritas através dos serviços de envios de mensagens das operadoras de telecomunicações móveis. No caso do sistema utilizado ser a sirene das corporações de bombeiros 15, o aviso à população deverá ser feito através de toques, segundo a seguinte sequência: Toque Silêncio Silêncio 5s» 1 minuto» 5s x 5 60s» 1 minuto» 15 Esta sequência será disponibilizada na página de internet do município e folhetos de divulgação da proteção civil para conhecimento da população e utilizada sempre que possível nos exercícios a realizar. 115

116 Secção II 1. Caracterização Geral Em 1272, MOGADOURO obteve foral com D. Afonso III, ano da fundação do concelho. Nesta região, além do português, fala-se a língua mirandesa. O município do Mogadouro, no distrito de Bragança, pertence à sub-região do Douro Superior no Interior Norte do país, sendo o único município daquela sub-região que pertence à NUT III de Alto Trás-os- Montes (os outros três municípios Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta e Vila Nova de Foz Côa pertencem à NUT III do Douro). O município do Mogadouro tem 28 freguesias (Mapa 5 Carta municipal de enquadramento geográfico do Mogadouro) e é o município da sub-região do Douro Superior com, simultaneamente maior número de freguesias e maior área (758,7 km 2 ), fazendo fronteira a sul e sudoeste com outros dois municípios da mesma sub-região (Freixo de Espada à Cinta e Torre de Moncorvo, respetivamente), a oeste com Alfandega da Fé, a noroeste com Macedo de Cavaleiros, a norte com Vimioso, a nordeste com Miranda do Douro, e a leste com o rio Douro, junto à fronteira com Espanha. Lista de Freguesias do Mogadouro (28): Azinhoso, Bemposta, Bruçó, Brunhoso, Brunhozinho, Castanheira, Castelo Branco, Castro Vicente, Meirinhos, Mogadouro, Paradela, Penas Roias, Peredo de Bemposta, Remondes, Saldanha, Sanhoane, São Martinho do Peso, Soutelo, Travanca, Tó, Urrós, Vale da Madre, Vale de Porco, Valverde, Ventoselo, Vila de Ala, Vilar de Rei e Vilarinho dos Galegos. 2. Caracterização Física 2.1. Características Geomorfológicas A paisagem da região do Mogadouro, localizada na zona Centro-Ibérica, é bastante diversificada com uma variedade de serras, planaltos e os vales encaixados dos rios Sabor e Douro (Mapa 6 Carta municipal de hipsometria do Mogadouro e Mapa 7 Carta municipal de declives do Mogadouro), o que se explica pela variedade litológica (Mapa 8 Carta municipal de geologia simplificada do Mogadouro), i.e. erosão diferencial, tectónica rígida e a sua posição no contexto peninsular (Ferreira da Silva e Ribeiro, 1991, 1994; Pereira, 2006). 116

117 Mapa 5 Carta municipal de enquadramento geográfico do Mogadouro 117

118 Mapa 6 Carta municipal de hipsometria do Mogadouro 118

119 Mapa 7 Carta municipal de declives do Mogadouro 119

120 Mapa 8 Carta municipal de geologia simplificada do Mogadouro Assim, aparecem cristas de quartzitos ordovícios e silúricos que surgem acima da superfície fundamental de aplanamento da Meseta Norte, talhada numa alternância de bancadas de filitos, metagrauvaques e outras litologias, com longas vertentes suaves cortadas por encaixes fluviais acentuados condicionados por alinhamentos estruturais. Portanto, contrastam as zonas de amplo desenvolvimento da superfície 120

121 fundamental bem conservada, que no sector Este deste município faz parte do prolongamento do planalto Mirandês (650 a 750 metros de altitude), apresentando declives relativamente baixos (inferiores a 5 ) e é entrecortado por relevos residuais, com zonas dissecadas pelo forte encaixe da rede fluvial dos rios Sabor e Douro (Pereira et al., 2008), com declives frequentemente superiores a 25. Todo o percurso do Douro Internacional dentro da região do Douro Superior, e no município do Mogadouro em particular, se caracteriza, por um vale muito encaixado (declives geralmente superiores a 45 ), do tipo canhão fluvial (Alves et al., 2004), com cotas a variar entre 400 e 600m neste município, enquanto o vale do rio Sabor apresenta cotas inferiores, a variar entre 200 e 400m. Exemplos de relevos residuais podem ser encontrados na Serra do Mogadouro, entre os 900 e os 1000 metros de altitude, talhados em quartzitos do Ordovício superior, com uma orientação NE-SW, onde se destacam a Castanheira (995m), Variz (994m), Figueira (918m), Mogadouro-Vilar de Rei (922m) e Gajope (948m). Resumidamente, esta região do Douro Superior é essencialmente definida por um conjunto de plataformas (superfície fundamental) com altitudes médias entre os 650 e os 750 metros que pendem suavemente para o Rio Douro, onde se encaixa a rede hidrográfica principal (rios Sabor e Douro). Acima daquela superfície surgem plataformas residuais com relevo ondulado ou aplanado, das quais se destacam cristas quartzíticas. Destacam-se ainda as linhas de vales com orientação semelhante à da falha da Vilariça, em correspondência com o graben da Vilariça-Longroiva. Dominam os metassedimentos do Grupo do Douro (considerados de idade câmbrica), i.e. os xistos metamorfisados do Complexo Xisto- Grauváquico e os metassedimentos ordovícivos, i.e. os xistos e quartzitos do Ordovício. Aparecem também rochas granitóides em pequenas manchas entre os rios Douro e Sabor. As principais bacias hidrográficas da região do Douro Superior são as dos rios Douro e Sabor, ambas também muito importantes no município do Mogadouro. A rede hidrográfica é densa, bem hierarquizada e com clara influência da tectónica no seu traçado (Mapa 9 Carta Municipal da Rede Hidrográfica Principal no Mogadouro). Na Tabela 60 Lista dos principais afluentes dos rios Douro e Sabor no Mogadouro são listados os principais afluentes dos rios Douro e Sabor neste município. Rio Douro Moinhos Bemposta Ventoselo Cima Bruçó Rio Sabor Medal S. Pedro Vale de Porco Pontão Souto Lagariça Juncaínhos 121

122 Parisal Interno Hoslas Macedo Ponte de Pau Tabela 60 Lista dos principais afluentes dos rios Douro e Sabor no Mogadouro Existem também 48 pontos de água georreferenciados, de acordo com a base de dados disponibilizada online pelo SCRIF (Sistema de Cartografia de Risco de Incêndio Florestal), com levantamento realizado pelo CNIG (Centro Nacional de Informação Geográfica) entre 1997 e 1999, com acesso tanto aéreo como terrestre a diferentes tipos de viaturas de bombeiros e pela Câmara Municipal do Mogadouro (Tabela 61 Lista de pontos de água no município do Mogadouro). No entanto, de acordo com informação fornecida pela Câmara Municipal do Mogadouro, existem outros pontos de água ainda não georreferenciados nas freguesias de Saldanha e Brunhosinho. Adicionalmente, existem também 13 furos verticais (pontos de água subterrâneos) e 5 nascentes (Tabela 62 Lista de pontos de água subterrâneos (furos verticais) e nascentes no Mogadouro), de acordo com os dados disponibilizados online pelo Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (Mapa 10 Carta municipal de pontos de água do Mogadouro). 122

123 Mapa 9 Carta Municipal da Rede Hidrográfica Principal no Mogadouro Identificação Nome Freguesia 3045 Areias Paradela 3020 Barragem de Bastelos Penas Roias 3005 Cabeço do Netinho Mogadouro 3034 Campo Redondo Vale de Porco 3010 Castanheira-sala de ordenha Castanheira 3024 Cruzamento de Paçô Vila de Ala 3018 Cruzamento estrada nacional Travanca 3038 Eiras Soutelo 3027 Escusa Ventozelo 3044 Espadanas Paradela 123

124 3016 Estrada de Lamoso Bemposta 3036 Jagonça Soutelo 3037 Jagonça Soutelo 3015 Laganhosa Tó 3028 Lagoa dos Olmos Peredo da Bemposta 3011 Lagoas Castanheira 3029 Lameiros Redondo Peredo da Bemposta 3017 Lastras Urrós 3019 Penamusqueira Brunhosinho 3012 Pinhais da Sanhoeira Sanhoane 3033 Ponte de Meirinhos Meirinhos 3041 Pontes de Remondes (rio Sabor) Castro Vicente 3004 Porto da Frágua Mogadouro 3021 Pradinho cimo do povo São Martinho do Peso 3039 Prado Castro Vicente 3025 Predo Bemposta Peredo da Bemposta 3008 Quinta da Nogueira (Cabeço do Seixo) Mogadouro 3047 Quinta da Ribeirinha Mogadouro 3046 Quinta de Ribeirinha Mogadouro 3006 Quinta do Nogueira Mogadouro 3007 Quinta do Nogueira (Forno da Telha) Mogadouro 3040 Quinta do Planalto Castro Vicente 5131 Quinta do Planalto Castro Vicente 3022 Ribeirinha São Martinho do Peso 5297 Rio Angueira (ponte romana Algoso) São Martinho do Peso 3043 Rodelos Paradela 3042 Roucinho Brunhoso 3013 Santo Amaro Sanhoane 3009 Serrinha (Quinta da Nogueira) Mogadouro 3014 Tó (Cruzamento estrada nacional) Tó 3026 Vale de Eplairo Peredo da Bemposta 3035 Vale Porco Vale de Porco 3023 Variz Penas Roias 3030 Ventozelo Ventozelo 3031 Vila dos Sinos Vilarinho dos Galegos s/n S. Martinho do Peso S. Martinho do Peso s/n Urrós Urrós s/n Castelo Branco Castelo Branco Fonte: scrif.igeo.pt e Câmara Municipal de Mogadouro Tabela 61 Lista de pontos de água no município do Mogadouro Identificação Nome Freguesia Tipo /1 Azinhoso Azinhoso Furo Vertical 93/N1 Macedo do Peso São Martinho do Peso Nascente 94/N1 Travanca Travanca Nascente

125 107/1 Campo de Gil Mogadouro Furo Vertical 107/N1 Mogadouro Mogadouro Nascente 107/2 Mogadouro Furo Vertical 107/N2 Variz Penas Roias Furo Vertical 107/3 Porto da Fraga Mogadouro Furo Vertical 107/4 Zava Mogadouro Furo Vertical 107/5 Zava Mogadouro Furo Vertical 107/6 Zava Mogadouro Furo Vertical 107/7 Vale de Frades Mogadouro Furo Vertical 107/8 Cruz da Pedra Vale da Madre Furo Vertical 107/9 Cruz da Pedra Vale da Madre Furo Vertical 107/10 Vale da Madre Vale da Madre Furo Vertical 107/11 Vale da Madre Vale da Madre Furo Vertical 108/N1 Tó Tó Nascente 108/N2 Brunhozinho Brunhozinho Nascente Fonte: snirh.pt Tabela 62 Lista de pontos de água subterrâneos (furos verticais) e nascentes no Mogadouro 125

126 Mapa 10 Carta municipal de pontos de água do Mogadouro 2.2. Características Climáticas A região do Douro Superior caracteriza-se, na generalidade, por apresentar invernos frios e verões quentes e secos, apresentando um regime mesomediterrâneo atenuado em toda a região, exceto nos vales do Douro e Sabor, em que o regime é mesomediterrâneo acentuado (à semelhança de grande parte do sul de Portugal) de acordo com o índice xerotérmico de Gaussen (Alcoforado et al., 2009). A área mais a norte do município do Mogadouro classifica-se como Terra Fria de Planalto, com temperaturas médias que oscilam entre os 10 C e os 12,5 C e precipitação a variar em média entre cerca de 800mm na zona da Serra do Mogadouro e 600mm no rebordo oriental do planalto mirandês 126

127 (Moreira et al., 1997). É um clima continental, com grandes amplitudes térmicas, i.e. de acordo com Daveau et al. (1985) o Verão é moderado (temperatura máxima média do mês mais quente < 29 C e número de dias com temperatura > 25 C inferior a 100) e o Inverno é muito frio (temperatura mínima média do mês mais frio < 1 C e pelo menos 40 dias com temperatura mínima inferior a 0 C). A zona mais a Sul apresenta temperaturas mais elevadas e pertence à Terra de Transição. Tal como o nome indica, inclui áreas com características intermédias ou de transição entre a Terra Fria de Planalto e a Terra Quente, surgindo a altitudes entre os m e os m, com temperaturas médias que oscilam entre os 12,5 C e os 14 C, enquanto os valores de precipitação variam entre cerca de 600mm e 800mm. Esta parte do território caracteriza-se por um Verão quente e um Inverno muito frio. No Mogadouro a Terra Quente inclui apenas as zonas de fundos de vale (Douro e Sabor) cujos Invernos tendem a ser frescos mas o Verão muito quente (Daveau et al., 1985), i.e. temperatura mínima média do mês mais frio entre 2 C e 4 C, 15 a 30 dias com temperaturas mínimas negativas; e temperatura máxima do mês mais quente superior a 32 C e mais de 120 dias com registo de temperatura máxima superior a 25 C. No município do Mogadouro não existe nenhuma estação meteorológica, apenas postos udográficos e udométricos, à semelhança do que acontece em toda a região do Douro Superior, com exceção de Torre de Moncorvo que, perto do seu limite ocidental com Vila Flor, tem uma estação meteorológica (Junqueira), a qual apresenta um número muito reduzido com registo de dados de temperatura (apenas 6 ou 7 anos na maioria dos meses). Assim, a título exemplificativo, realizou-se um gráfico termo pluviométrico recorrendo à estação meteorológica mais próxima (Folgares, em Vila Flor), com registo contínuo de dados desde Os dados apresentados (Gráfico 1 Gráfico termo pluviométrico de Folgares (Vila Flor)) correspondem às médias de temperatura e precipitação de uma série com cerca de 60 anos de registos. 127

128 T ( C) Folgares P (mm) OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET Precipitação Temp. Mín. Temp. Média Temp. Máx. Gráfico 1 Gráfico termo pluviométrico de Folgares (Vila Flor) 0 A estação de Folgares é exemplificativa das Terras Frias de Planalto, com Verão moderado mas Inverno muito frio, com um total de precipitação anual pouco acima dos 600mm. A precipitação mensal varia substancialmente ao longo do ano (entre cerca de 10mm em Julho e 80mm em Dezembro), sendo marcadamente baixa nos meses de Verão. A temperatura média mensal varia entre cerca de 4 C e 22 C, com valores mínimos de Dezembro a Fevereiro, e valores máximos a ocorrerem de Junho a Setembro. As temperaturas médias mínima e máxima registam aproximadamente o mesmo tipo de variação anual que a temperatura média mensal, com a primeira a registar valores mínimos de -1 C em Dezembro e Fevereiro, e a segunda máximos de cerca de 29 C em Julho Características da Vegetação O município do Mogadouro insere-se biogeograficamente na Província Carpetano-Ibérico-Leonesa onde aparecem duas (das três) zonas biogeográficas homogéneas do Sector Lusitano-Duriense (Costa et al. 1997): os Superdistritos Mirandês e o Ribaduriense. O Sector Lusitano-Duriense é uma entidade muito complexa que se deve à variedade geomorfológica: extensos planaltos supramediterrânicos, vales mesomediterrânicos encaixados, alguns dos quais com um andar termomediterrânico topográfico no leito de cheia. O Superdistrito Mirandês surge sobretudo na parte norte da região do Douro Superior em concomitância com as áreas de planalto onde os bosques de carvalhos foram sendo substituídos por culturas cerealíferas e por matos de urzes e giestas, mas ainda com manchas de sobreirais. As espécies vegetais 128

129 dominantes são assim o carvalho negral, ulmeiro, freixo e o castanheiro, e a ocupação do solo é por excelência cerealífera e agro-pastoril. O Superdistrito Ribaduriense na região do Douro Superior aparece somente no município do Mogadouro, a oriente, junto do Douro Internacional, e caracteriza-se pela presença de bosques de azinheira e zimbrobravo, por vezes substituídos por vegetação rasteira de giestas e estevas. São também comuns as culturas de oliveira, amendoeira, vinha, laranjeira, figueira, azinheira, medronheiro, pistacia e sobreiro. Uma avaliação dos diferentes usos do solo efetuada a partir do mapa Corine Land Cover de 2006 (Mapa 11 Carta municipal de usos de solos do Mogadouro) mostra claramente que o município do Mogadouro é um município rural, com 65% da sua área utilizada para as práticas agrícolas. Existe um predomínio das culturas temporárias de sequeiro, sobretudo na zona de planalto, que corresponde ao uso do solo de ¼ da área do município do Mogadouro (Tabela 63 Tipos e área ocupada de usos do solo no município do Mogadouro). Os restantes 40% de área total com uso agrícola são maioritariamente ocupados por agricultura com espaços naturais e seminaturais (cerca de 15%), sistemas culturais e parcelares complexos (cerca de 10%), culturas temporárias e/ou pastagens (cerca de 6%), olivais (cerca de 5%) e vinha (cerca de 4%). A floresta é uma das formas de utilização do solo que ocupa também cerca de ¼ do território do município do Mogadouro. Embora predominem as florestas abertas (cerca de 15%), existem em proporções semelhantes florestas de resinosas, mistas e de folhosas (entre 3% e 4% cada uma delas). Juntamente com os matos e a vegetação herbácea natural perfazem os 35% de área de ocupação do solo que não é utilizada pela agricultura. Uso do Solo % área Culturas temporárias de sequeiro 25,9 Florestas abertas, cortes e novas plantações 14,7 Agricultura com espaços naturais e seminaturais 14,1 Sistemas culturais e parcelares complexos 10,4 Culturas temporárias e/ou pastagens associadas a culturas permanentes 6,3 Matos 5,5 Olivais 4,5 Vinhas 3,4 Florestas de resinosas 3,9 Florestas mistas 3,8 Florestas de folhosas 3,6 Vegetação herbácea natural 3,0 Outros 0,9 Tabela 63 Tipos e área ocupada de usos do solo no município do Mogadouro 129

130 Mapa 11 Carta municipal de usos de solos do Mogadouro 3. Caracterização Socioeconómica 3.1. Principais Aspetos Demográficos 130

131 A evolução da população do Douro Superior desde o século XIX até ao início do século XXI tem mostrado duas tendências opostas (Tabela 64 População do Douro Superior, por município, desde o século XIX): aumento até meados do século XX, seguido de uma diminuição, inicialmente muito acentuada até aos anos noventa, devida a fluxos migratórios para o exterior, e mais recentemente, menos acentuada, mas continuando a reforçar as assimetrias regionais e a esvaziar as zonas predominantemente rurais, como o Douro Superior. Assim, apesar de os níveis de população atuais no Douro Superior serem semelhantes aos existentes em meados do século XIX, a dinâmica populacional e a estrutura etária atuais ditam o despovoamento desta zona num futuro próximo se as tendências atuais não se alterarem. O município do Mogadouro, tal como os restantes municípios do Douro Superior, apresenta uma variação muito baixa da proporção da sua população em relação à da sub-região, que ronda os 33% durante o período analisado, exceto em meados do século XIX, quando a população Mogadouro representava cerca de 38% da população total do Douro Superior DOURO SUPERIOR MOGADOURO TORRE DE MONCORVO FREIXO DE ESPADA À CINTA VILA NOVA DE FOZ CÔA Fonte: Censos, INE. Tabela 64 População do Douro Superior, por município, desde o século XIX Espacialmente, as variações de população residente e da densidade populacional ao nível das freguesias também não é uniforme (Mapa 12 Carta Municipal de População Residente em 2001 do Mogadouro, Mapa 13 Carta Municipal de Densidade Populacional em 2001 do Mogadouro e Mapa 14 Carta Municipal de Variação da População Residente entre 1991 e 2001 do Mogadouro), com algumas freguesias a registarem quebras muito acentuadas, outras freguesias a registarem quebras menos significativas e a sede de município a concentrar a população (Gráfico 2 Variação da população residente entre 1971 e 2001 nas freguesias do município do Mogadouro). 131

132 Mapa 12 Carta Municipal de População Residente em 2001 do Mogadouro 132

133 Mapa 13 Carta Municipal de Densidade Populacional em 2001 do Mogadouro 133

134 Mapa 14 Carta Municipal de Variação da População Residente entre 1991 e 2001 do Mogadouro 134

135 Vilarinho dos Galegos Vilar do Rei Vila de Ala Ventoselo Valverde Vale de Porco Vale da Madre Urrós Travanca Tó Soutelo São Martinho do Peso Sanhoane Saldanha Remondes Peredo de Bemposta Penas Roias Paradela Mogadouro Meirinhos Castro Vicente Castelo Branco Castanheira Brunhosinho Brunhoso Bruçó Bemposta Azinhoso População Gráfico 2 Variação da população residente entre 1971 e 2001 nas freguesias do município do Mogadouro A análise dos resultados de uma classificação que maximiza a diferença entre as classes e simultaneamente minimiza as diferenças dentro das classes (k-means clustering), utilizando distâncias euclidianas em dados estandardizados da população residente entre 1970 e 2001, da percentagem da variação da população de 1970 para 2001 e de 1991 para 2001 e a densidade populacional de 2001, mostra claramente a existência de 4 grupos de freguesias com comportamentos distintos (Mapa 15 Carta Municipal de Síntese da Dinâmica Demográfica entre 1971 e 2001 do Mogadouro): A a sede de município (Mogadouro) polariza claramente a população, vinda das outras freguesias do município, e portanto, apresenta um crescimento da população de mais do dobro no período analisado (de 1710 em 1971 para 3659 em 2001); 135

136 Mapa 15 Carta Municipal de Síntese da Dinâmica Demográfica entre 1971 e 2001 do Mogadouro Apresenta igualmente a densidade populacional mais elevada (cerca de 75 hab/km 2 ), que em 2001 era mais de sete vezes superior à média das restantes freguesias. Enquanto recentemente, todas as freguesias do município viram o número de habitantes ser fortemente reduzido, a sede de município teve a capacidade de atrair essa população. Este fenómeno explica-se pelo facto de o aglomerado do Mogadouro ser claramente um centro de apoio rural, sendo o principal centro de serviços do município, tais como serviços de saúde, educação e comércio em geral. B Azinhoso, Bemposta, Castelo Branco, Castro Vicente, Penas Roias e São Martinho do Peso que, em média, apresentam simultaneamente os níveis de população mais elevados (logo abaixo da freguesia do 136

137 Mogadouro) e registam grandes quebras de população residente sobretudo entre os anos 70 e 90. A densidade populacional deste grupo é, em média, ligeiramente superior à das freguesias dos grupos C e D (13 hab/km 2 ). C Bruçó, Brunhoso, Brunhosinho, Castanheira, Paradela, Peredo da Bemposta, Saldanha, Sanhoane, Soutelo, Tó, Travanca, Vale da Madre, Vale de Porco, Valverde, Ventoselo, Vila de Ala, Vilar do Rei e Vilarinho dos Galegos constituem o grupo mais abrangente (18 freguesias). Caracterizam-se por apresentar, em média, os valores populacionais mais baixos do município do Mogadouro e menor densidade populacional média (10 hab/km2). Adicionalmente, estas freguesias registaram as maiores quebras de população residente, a qual foi muito acentuada entre 1970 e Apesar de apresentarem uma diminuição da população residente bastante mais baixa na década de 90, continuam a ser as freguesias que registam as maiores perdas de população no município do Mogadouro. São portanto as freguesias com menos habitantes que, mantendo-se a mesma tendência, correm um elevado risco de completo despovoamento em poucas décadas. D Meirinhos, Remondes e Urrós fazem parte do grupo de freguesias com uma dinâmica populacional com características intermédias entre os grupos B e C. Caracterizam-se por apresentar, em média, valores de população relativamente baixos, à semelhança do grupo C, mas terem registado uma diminuição da população na década de 90 menos acentuada que as freguesias do grupo C e semelhante às do grupo B, apresentando uma densidade populacional em 2001 de cerca de 12 hab/km 2 (semelhante à média da densidade das freguesias do grupo B). A análise dos mesmos dados relativos à população residente, a sua percentagem de variação, e a densidade populacional em 2001, agregada ao nível do município obscurece as tendências observadas ao nível das freguesias. No todo, o município do Mogadouro apresentou uma dinâmica populacional semelhante às freguesias do grupo D, i.e. a população residente a ter um forte decréscimo nas décadas de setenta e oitenta (perda de quase 25% da população), mas uma diminuição menos acentuada nos anos noventa (-7%), registando em 2001 uma densidade populacional média de cerca de 15 hab/km 2. A análise da variação da estrutura etária da população no município do Mogadouro de 1991 para 2001 (Gráfico 3 Estrutura etária no município do Mogadouro em 1991 e 2001) mostra claramente duas tendências: por um lado, a diminuição do número de crianças (-6%) e por outro, o aumento do número de idosos (+6%), passando estes últimos a representar uma proporção ainda mais significativa da população do município (de 1/5 em 1991 para ¼ em 2001), o que tem fortes implicações nas estratégias a implementar no plano de emergência. Note-se contudo que ao ligeiro aumento da percentagem da população ativa (de 48% para 49%) não corresponde um aumento em número absoluto, i.e. aquela alteração é devida somente às alterações que se dão nos outros grupos etários, nomeadamente a redução acentuada do número de crianças. 137

138 26% 12% 13% % 18% 14% % >65 48% >65 Gráfico 3 Estrutura etária no município do Mogadouro em 1991 e 2001 Uma análise mais detalhada dos dados dos Censos de 2001 ao nível da freguesia (Mapa 16 Carta Municipal de Síntese de Classes de Estrutura Etária em 2001 do Mogadouro) revela a existência de fortes disparidades entre as freguesias do Mogadouro. Novamente destaca-se a sede de município que tem uma proporção de população ativa superior a qualquer outra freguesia do município e, consequentemente, sendo esta a população em idade de procriar, também é a sede de município que apresenta a maior percentagem de crianças até aos 14 anos. À semelhança da análise efetuada para a população residente entre 1970 e 1981, também foi efetuada uma classificação das freguesias de acordo com as semelhanças que apresentam em termos de grupos etários em Assim, destacam-se quatro grupos de freguesias com diferentes tipos de estruturas etárias: Grupo A inclui 5 freguesias que são as que apresentam as maiores percentagens de população idosa (Bruçó, Saldanha, Valverde, Ventoselo e Vilar de Rei), na generalidade superior a 40%, com exceção de Saldanha (com cerca de 38% de população de idade superior a 65 anos). Apresentam também o menor número de crianças com idade inferior a 14 anos (7%) e de jovens entre os 15 e os 19 anos (9%). São portanto freguesias muito envelhecidas, com população residente muito diminuta (variando entre cerca de 100 e 265 indivíduos), pelo que a tendência será para um contínuo envelhecimento e eventual anexação dessas freguesias a outras freguesias vizinhas de maior dimensão populacional. Grupo B este grupo é, a seguir ao grupo A, aquele que apresenta, em média, maior percentagem de população idosa (33%) e menor percentagem de crianças e jovens (8% e 10%, respetivamente). Tem, contudo, das percentagens médias mais elevadas de população ativa no município do Mogadouro (cerca de 50% dos seus habitantes). Inclui as freguesias de Azinhoso, Brunhosinho, Castelo Branco, Paradela, Sanhoane, São Martinho do Peso, Soutelo, Tó, Travanca, Urrós e Vilarinha dos Galegos. 138

139 Grupo C inclui as freguesias de Castanheira, Penas Roias, Peredo de Bemposta e Vale da Madre. Diferenciam-se das do grupo B por, de entre as freguesias do Mogadouro, apresentarem, em média, uma percentagem bastante superior de jovens em idades entre os 15 e os 24 anos (17% contra cerca de 10% nas freguesias do grupo B) e em média, -3% de idosos. Mapa 16 Carta Municipal de Síntese de Classes de Estrutura Etária em 2001 do Mogadouro Grupo D o grupo D, que inclui a sede de município, é claramente o grupo demograficamente mais equilibrado, apresentando mais crianças (13%) e menos idosos (25%) que qualquer um dos outros grupos. Além da freguesia do Mogadouro, inclui as da Bemposta, Brunhoso, Castro Vicente, Meirinhos, 139

140 Remondes, Vale de Porco e Vila de Ala. São facilmente identificadas no Gráfico 4 por apresentarem, pelo menos, ¼ da população com idade inferior a 24 anos. Vilarinho dos Galegos Vilar do Rei Vila de Ala Ventoselo Valverde Vale de Porco Vale da Madre Urrós Travanca Tó Soutelo São Martinho do Peso Sanhoane Saldanha Remondes Peredo de Bemposta Penas Roias Paradela Mogadouro Meirinhos Castro Vicente Castelo Branco Castanheira Brunhosinho Brunhoso Bruçó Bemposta Azinhoso 0% 20% 40% 60% 80% 100% >65 Gráfico 4 Estrutura etária da população das freguesias do Mogadouro em Principais Aspetos Habitacionais Em 2001 existiam 7249 edifícios clássicos no município do Mogadouro que correspondiam a 7657 alojamentos (7633 edifícios correspondentes a 8127 alojamentos em 2009, de acordo com dados disponíveis em o que significa um aumento de pouco mais que 5% de edifícios e 6% de alojamentos em apenas 8 anos), que, em 2001, embora desigualmente repartidos pelas suas freguesias (Mapa 17 Carta Municipal de Número de Edifícios Clássicos no Mogadouro), são claramente proporcionais ao número de residentes em cada freguesia (o coeficiente de determinação da regressão linear simples entre residentes e número de edifícios é muito elevado R2=0,94). 140

141 Assim, a freguesia do Mogadouro destaca-se por deter cerca de 20% do número total de edifícios clássicos do município, que acomodam 30% da sua população. Portanto, o número médio de moradores em cada edifício é superior na freguesia sede de município, o que tem importância significativa em caso de incêndios urbanos. Destacam-se de seguida as freguesias da Bemposta e de Castelo Branco com cerca de 9% e 6%, respetivamente, do número total de edifícios clássicos no município do Mogadouro. Contudo, ao contrário da sede de município e tal como a maioria das outras freguesias do Mogadouro, a percentagem total de edifícios é superior à da percentagem da população residente, o que em termos absolutos de traduz num rácio de número de edifícios/habitantes pouco acima da unidade. Este fenómeno tem duas razões: 1) despovoamento, o que implica a existência de edifícios sem moradores; e/ou 2) simplesmente um menor número de residentes em cada edifício do que na sede de município. Enquanto cerca de 40% dos edifícios foram construídos até 1970 (Gráfico 5 Década de construção dos edifícios do município do Mogadouro), 20% apareceram na década de setenta, quando a maioria das freguesias já tinha começado a perder população residente. Esta disparidade reflete obviamente a desigual distribuição da população entre as freguesias do próprio município e o início da concentração da população nas principais cidades e vilas. Uma análise mais detalhada da idade dos edifícios por freguesia (Gráfico 6 Década de construção dos edifícios nas freguesias do Mogadouro) mostra uma enorme desigualdade entre as 28 freguesias do Mogadouro. Paradela é a que tem o parque habitacional mais recente quase 90% dos seus edifícios são posteriores a 1986, seguida de Meirinhos, onde aquela percentagem se aproxima dos 60%, e Peredo da Bemposta com pouco mais de 40% dos edifícios construídos a partir da segunda metade da década de oitenta. 141

142 Mapa 17 Carta Municipal de Número de Edifícios Clássicos no Mogadouro 142

143 Entre 1991 e % Entre 1996 e % Antes de % Entre 1919 e % Entre 1986 e % Entre 1946 e % Entre 1981 e % Entre 1971 e % Entre 1961 e % Gráfico 5 Década de construção dos edifícios do município do Mogadouro Note-se, contudo, que pouco mais do que metade das freguesias (17 das 28) apresenta pelo menos 1/5 do seu parque habitacional com construção posterior a 1986, e número semelhante de freguesias apresenta ainda, de acordo com os dados dos Censos de 2001, pelo menos cerca de 40% de edifícios construídos até à década de 70, logo, com mais de 40 anos. Para o planeamento de emergência é importante identificar aqueles edifícios mais antigos, pois as normas de segurança à altura da sua construção eram menos exigentes, o que pode dificultar a intervenção dos bombeiros, aumentar o risco de colapso de edifícios e de propagação de incêndios em meios urbanos. 143

144 Vilarinho dos Galegos Vilar do Rei Vila de Ala Ventoselo Valverde Vale de Porco Vale da Madre Urrós Travanca Tó Soutelo São Martinho do Peso Sanhoane Saldanha Remondes Peredo de Bemposta Penas Roias Paradela Mogadouro Meirinhos Castro Vicente Castelo Branco Castanheira Brunhosinho Brunhoso Bruçó Bemposta Azinhoso 0% 20% 40% 60% 80% 100% Antes de 1919 Entre 1919 e 1945 Entre 1946 e 1960 Entre 1961 e 1970 Entre 1971 e 1980 Entre 1981 e 1985 Entre 1986 e 1990 Entre 1991 e 1995 Entre 1996 e 2001 Gráfico 6 Década de construção dos edifícios nas freguesias do Mogadouro No geral o parque habitacional no município de Mogadouro apresenta-se em bom estado de conservação. No entanto, a zona envolvente ao Castelo de Mogadouro apresenta ruas mais estreitas que podem dificultar o acesso a viaturas de emergência e socorro Principais Aspetos Económicos A população do Mogadouro está empregue sobretudo nos sectores primário (agropecuária) e terciário (serviços). De acordo com os dados do INE, entre 1991 e 2001 assistiu-se a um decréscimo do número 144

145 de pessoas empregues no sector terciário de 46% para 40%, e um aumento nos outros dois sectores (Gráfico 7 Distribuição da população ativa), passando em 2001 o sector primário a empregar um número semelhante de pessoas ao do sector terciário (1703 e 1715 pessoas, respetivamente). Assim, não só o sector primário tem um peso muito elevado comparado tanto com o território nacional (5%) como com os restantes municípios do Douro Superior (em média, 27%), como a área que ocupa leva a que, segundo a Tipologia de Áreas Urbanas, todas as freguesias do Mogadouro, exceto a freguesia sede de município (classificada como área medianamente urbana), sejam consideradas áreas predominantemente rurais. As principais atividades do sector primário desempenhadas pelos residentes do Mogadouro eram, em 2001, a agricultura (54,8%), a produção animal (32,8%) e as duas atividades associadas (7,1%). Cerca de metade da população empregue no sector terciário trabalhava em serviços de natureza social e, a outra metade, em serviços relacionados com atividade económica. De entre estas atividades, as que apresentam um maior risco potencial para o município serão as ligadas à atividade pecuária e a indústria transformadora ligada à produção de azeite, pelo seu impacto no ambiente Sector III 40% Sector I 40% Sector III 46% Sector I 38% Sector II 20% Sector II 16% Gráfico 7 Distribuição da população ativa À semelhança de outros aspetos demográficos e habitacionais, também nos sectores de atividade existe uma enorme disparidade espacial dos principais sectores em que a população estava empregue, por freguesia, em 2001 (Mapa 18 Carta Municipal dos Sectores de Atividade). Assim, distinguem-se essencialmente três grupos: um cuja população exerce maioritariamente atividades agropecuárias (em média 76%), outro em que a maioria da população está empregue no sector de serviços e indústria (em média 42% e 32%, respetivamente), e outro grupo com características intermédias que, apesar de a população ainda trabalhar predominantemente no sector primário (em média cerca de 60%), já tem sectores secundário e terciário a empregarem cerca de 40% da população (20% em cada um dos sectores). 145

146 Mapa 18 Carta Municipal dos Sectores de Atividade No primeiro grupo incluem-se as freguesias mais rurais, tais como Castanheira, Paradela, Saldanha, Sanhoane, São Martinho de Peso, Soutelo, Vale de Porco, Ventoselo, Vilar de Rei e Vilarinho dos Galegos. O segundo grupo, o das freguesias mais urbanas, inclui a Bemposta, Castelo Branco, Meirinhos, Mogadouro, Remondes e Vale da Madre. O grupo intermédio inclui as restantes freguesias: Azinhoso, Bruçó, Brunhoso, Brunhosinho, Castro Vicente, Penas Roias, Peredo da Bemposta, Travanca, Tó, Urros, Valverde e Vila de Ala. A esta distribuição da população ativa por sectores de atividade está subjacente uma enorme taxa de analfabetismo, embora esta tenha baixado de 21,3% em 1991 para 17,8% em Cerca de 20% da 146

147 população não teve acesso a nenhum tipo de ensino e uma maioria da população apenas frequentou o ensino primário (62%). Dos restantes 18%, apenas 7% têm estudos superiores. Assim, é natural que a agricultura vá continuar a ser a principal atividade de uma grande parte da população, que a indústria seja pouco especializada por falta de mão-de-obra qualificada, e predomine o pequeno comércio. De facto, além da agricultura e pecuária, comércio e serviços, ubíquos em todas as freguesias, também se destacam outras atividades, entre elas a olivicultura, particularmente importante nas freguesias limítrofes, tanto a Oeste (incluindo Castelo Branco, Castro Vicente, Meirinhos, Paradela, Remondes, Soutelo e Valverde) como a Este (Bemposta, Brunhosinho, Saldanha e Urrós); a apicultura, sobretudo em Meirinhos, Mogadouro, Peredo de Bemposta, São Martinho do Peso e Travanca; a indústria da panificação em Bemposta, Castelo Branco, Mogadouro e Urrós; a indústria de transformação da madeira ou de mobiliário (Castelo Branco, Castro Vicente, Mogadouro, Paradela, Peredo de Bemposta, Travanca e Vila de Ala); a indústria de extração de granito e derivados (Castro Vicente, Peredo de Bemposta, Tó e Vila de Ala); e a construção e serralharia civis, importante em quase todas as freguesias exceto em Brunhoso, Castanheira, Meirinhos, Mogadouro, Peredo de Bemposta, São Martinho do Peso, Vale da Madre, Valverde, Ventoselo, Vilar de Rei e Vilarinho dos Galegos. 4. Caracterização das Infraestruturas As infraestruturas que são identificadas para efeitos de avaliação de riscos a serem considerados no planeamento de emergência são os elementos expostos estratégicos, vitais e/ou sensíveis. Assim, incluem-se equipamentos de utilização coletiva, equipamentos de segurança pública, equipamentos de proteção civil, as infraestruturas rodoviárias e de transporte aéreo, equipamentos de produção, armazenamento e distribuição de energia e combustíveis. Estas infraestruturas são espacialmente identificadas nas respetivas cartas. Algumas são também listadas no texto em baixo. Equipamentos de utilização coletiva O município do Mogadouro dispõe de um Centro de Saúde no Mogadouro e quatro extensões (Bemposta, Castro Vicente, Meirinhos e Urrós), número que é menos de metade das existentes em 2005 (9). O agrupamento de escolas do Mogadouro em 2009/2010 contava com 5 jardim-de-infância (em Bemposta, Brunhoso, Castro Vicente, Meirinhos e Mogadouro) e três escolas básicas (Bemposta, Castro Vicente e Mogadouro). Equipamentos de justiça Existe um Tribunal Judicial no município do Mogadouro. 147

148 Equipamentos de segurança pública O município do Mogadouro dispõe de um posto da Guarda Nacional Republicana (GNR). Equipamentos de Proteção Civil Existe um quartel de bombeiros no município do Mogadouro, que em 2008 dispunha de 71 bombeiros. Infraestruturas rodoviárias e de transporte aéreo O município do Mogadouro é servido por 4 estradas nacionais (EN): 216, 219, 221 e 315, com uma extensão de 103km, 25 estradas municipais (EM): 592, 593, 593.1, 593.2, 593.3, 594, 594.1, 594.2, 595, 595.1, 595.2, 596, 596.1, 596.2, 596.3, 596.4, 597, 598, 599, 600, 600.1, 600.2, 600.3, 601 e 617, com uma extensão de 140km; e 20 caminhos municipais (CM): 1158, 1159, , , 1160, 1161, 1162, , 1163, , 1164, 1165, 1166, 1167, 1182, 1183, , 1189 e 1203, com uma extensão de 67km. Existe um aeródromo na freguesia do Azinhoso, 6km a Norte do Mogadouro. Produção, armazenamento e distribuição de energia Existem quatro postos de abastecimento de combustível, três na freguesia do Mogadouro e um em Urrós. A Barragem da Bemposta na aldeia de Cardal do Douro, tem uma subestação transformadora (220 kv/60 kv/30 kv) em permanente ligação à barragem junto à freguesia de Tó. Existe um parque de aerogeradores para produção de energia eólica com potência instalada de 4 MW na Serra da Castanheira, na freguesia da Castanheira. 148

149 Mapa 19 Equipamentos de utilização coletiva, justiça, segurança e proteção civil 149

150 Mapa 20 Carta Municipal das infraestruturas rodoviárias e transporte aéreo no Mogadouro 150

151 Mapa 21 Carta Municipal das infraestruturas de produção, armazenamento e distribuição de energia no Mogadouro Sistema de abastecimento de água e saneamento No Mapa 22 localizam-se as captações independentes do sistema de abastecimento de água para consumo humano que se encontram em funcionamento no município de Mogadouro. Existem 6 captações superficiais localizadas nas freguesias de Tó, Sanhoane, Castelo Branco, Mogadouro, Urrós e Saldanha. As duas captações subterrâneas localizam-se nas freguesias de Tó e Mogadouro. Estas captações têm capacidade para fornecimento de água em anos de seca. No município de Mogadouro estão identificados 64 reservatórios de água. 151

152 No entanto, o município de Mogadouro possui 21 captações pertencentes ao sistema de adução, designadas por independentes ETA`s, responsáveis pela adução a várias freguesias, que são monitorizadas em relação à da qualidade da água ao nível dos parâmetros físicos, químicos e biológicos. Caso não seja possível manter ou repor o caudal necessário para garantir o fornecimento de água, ou em caso de interrupção de emergência, o abastecimento é assegurado pelos Bombeiros Voluntários através de camiões cisterna. Mapa 22 Localização do tipo de captações de água independentes existentes no município de Mogadouro 152

153 Existem 3 Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) no município de MOGADOURO, de acordo com a informação da empresa Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro. No Mapa 23 está representada a rede do sistema adutor e dos emissários existentes no município. No município de Mogadouro estão identificados 64 reservatórios de água para serem utilizados em situação de emergência. O sistema de saneamento do município de Mogadouro é constituído por 13 fossas compactas e 43 fossas sépticas, 22 Estações de Tratamento de Águas Residuais compactas e uma ETAR localizada em Vilarinho dos Galegos. No município de Mogadouro existem ainda 2 Estações de Tratamento de Águas, uma localizada na freguesia da Bemposta e outra na freguesia de Penas Róias (Mapa 24). Mapa 23 Localização de ETAR s, sistema adutor e emissários nos concelhos do Douro Superior/Terra Quente ( 153

154 Mapa 24 Localização de reservatórios de água, ETA s e ETAR s no município de Mogadouro Rede de telecomunicações A rede operacional dos Bombeiros (ROB) é uma rede VHF/FM em semi-duplex, constituída por repetidores e links com cobertura local (distrital), situadas nas Serras de Bornes Macedo de Cavaleiros, Serra da Nogueira Bragança e Serra da Castanheira Mogadouro. O controlo é efetuado a partir do Comando Distrital de Operações e Socorro respetivo. O ROB divide-se em 4 conjuntos de canais: i. De comando distrital, para assegurar a ligação entre os veículos operacionais, os quartéis e o respetivo CDOS; 154

155 ii. De comando, que no teatro de operações assegura a ligação entre o Posto de Comando Operacional, as frentes, os sectores e as zonas de concentração e reserva; iii. Táticos, que no teatro de operações assegura a ligação entre os sectores e os grupos de combate e/ou veículos operacionais isolados; iv. De manobra, que no teatro de operações assegura a ligação entre os grupos de combate, os veículos operacionais e respetivas equipas. Os primeiros operam no modo semi-duplex e os restantes em simplex, com 3,5, e 7 canais cada, respetivamente. Para além dos Corpos de Bombeiros, têm acesso à rede ROB em canal de manobra, outras entidades, especificamente autorizadas pela ANPC, que possuam meios de combate a incêndios e estejam empenhadas em operações conjuntas com os Corpos de Bombeiros. A Rede Operacional dos Bombeiros (ROB), com chamada seletiva é uma rede VHF/FM em simplex e semi-simplex, interligada por links com chamada seletiva, com cobertura nos distritos da Guarda e de Santarém. Este sistema permite automatizar a gestão das comunicações nomeadamente na identificação dos meios e no estabelecimento de comunicações direcionadas. Este sistema permite ainda a identificação dos meios através de um código de 6 dígitos (Distrito, Corpos de Bombeiros, Veículo). Para além deste código é enviado um status ao CDOS, que corresponde à situação operacional do veículo. A Rede Estratégica da Proteção Civil (REPEC) é uma rede VHF/FM, interligada por repetidores e links de cobertura nacional, com interligação entre o Comando Nacional de Operações e Socorro (CNOS) localizado na sede da ANPC e os 18 Comandos Distritais de Operações e Socorro (CDOS) do continente, os Serviços Municipais de Proteção Civil (SMPC) e ainda os diferentes Agentes de Proteção Civil (APC). A REPEC possui 43 canais em semi-duplex, correspondentes a outros tantos repetidores e é complementada por 18 canais em simplex (1 por distrito) para utilização local dos SMPC e APC bem como outras entidades especificamente autorizadas para o efeito pela ANPC, têm acesso á REPEC, no respeito pelos procedimentos estabelecidos na sua utilização. No município existem 13 antenas de emissão/receção de telecomunicações, localizadas na Serra da Castanheira, freguesia da Bemposta e freguesia de Mogadouro (Mapa 25). 155

156 Mapa 25 Carta municipal de antenas de emissão/receção de operadoras de serviços móveis no município de Mogadouro Infraestruturas de resíduos sólidos Cabe à Associação de Municípios do Douro Superior e à sua participada RESÍDUOS DO NORDESTE, EIM todo o processo de Recolha e Tratamento dos Resíduos Sólidos Urbanos - RSU dos Municípios do Douro Superior. Depois de recolhidos no município, os resíduos sólidos urbanos indiferenciados são pesados na Estação de Transferência de Torre de Moncorvo e enviados para o aterro sanitário de Urjais Mirandela, onde são tratados. Os resíduos recicláveis são recolhidos nos ecopontos e ecocentros e encaminhados diretamente para o mesmo aterro sanitário de Urjais Mirandela. 156

157 5. Caracterização do Risco 5.1. Introdução O risco é entendido como a probabilidade de ocorrência de um efeito específico causador de danos graves à Humanidade e/ou ao Ambiente, num determinado período e em circunstâncias determinadas (Zêzere, 2007). O modelo conceptual do risco adotado pela Organização das Nações Unidas (e.g. UNDRO, 1979; ISDR. 2003) integra os seguintes elementos fundamentais (Esquema 18 Modelo conceptual do Risco (adaptado de UNDRO, 1979)): a) A Perigosidade (Hazard), entendida como a probabilidade de ocorrência de um fenómeno perigoso com uma determinada severidade (a que está associado um potencial de destruição), num determinado período de tempo e numa dada área; b) Os Elementos Expostos, ou Elementos em Risco, representados pela população, bens e atividades que se encontram expostos no território e que são portadores de um determinado Valor; c) A Vulnerabilidade, correspondente ao grau de perda do elemento ou conjunto de elementos expostos, resultante da ocorrência de um fenómeno perigoso (natural ou induzido pelo Homem) com uma severidade específica; d) O Risco, entendido como a possibilidade de ocorrência de consequências gravosas, e a respetiva quantificação em termos de custos, em resultado do desencadeamento de um fenómeno perigoso, natural ou induzido pela atividade humana. Processos e Acções Perigosos Elementos Expostos Perigosidade (Hazard) (P) f (Susceptibilidade, Probabilidade) Vulnerabilidade (V) Valor (E) RISCO f (P,V,E) Esquema 18 Modelo conceptual do Risco (adaptado de UNDRO, 1979) O risco existe sempre que as pessoas, bens ou atividades possam ser prejudicados, destruídos ou interrompidos pela ocorrência de processos ou ações com potencial destruidor. Neste contexto, e de 157

158 acordo com a ANPC (2009b), o processo de Caracterização do Risco tem como objetivo aumentar o conhecimento dos fatores de risco que afetam o território, identificando a sua localização, gravidade dos danos potenciais e probabilidade de ocorrência. Deste modo, o processo contempla a definição da situação de referência e a identificação e análise dos riscos com potencial para causar danos em pessoas, bens ou ambiente. A Caracterização do Risco no âmbito do Planeamento do Socorro e da Emergência inicia-se com a fase de Definição de Âmbito, em que se identificam os processos e ações perigosos suscetíveis de gerar consequências gravosas num território. No território do Concelho de Mogadouro foram identificados perigos que se integram nos seguintes grupos de riscos: a) Riscos Naturais, resultantes do funcionamento dos sistemas naturais (e.g., sismos, movimentos de massa em vertentes, cheias e inundações); b) Riscos Tecnológicos, resultantes de acidentes, frequentemente súbitos e não planeados, decorrentes da atividade humana (e.g., cheias e inundações por rutura de barragens, acidentes no transporte de mercadorias perigosas); c) Riscos Mistos, resultantes da combinação de ações continuadas da atividade humana com o funcionamento dos sistemas naturais (e.g., incêndios florestais). Na fase de Identificação dos Perigos procura-se responder, para cada um dos fenómenos perigosos identificados na fase anterior, ao seguinte conjunto de questões: Qual é a severidade do que pode acontecer? Quando e onde vai ocorrer? Como e porquê? No contexto da Gestão de Riscos num Plano Municipal de Emergência assume especial relevância a avaliação de Perigosidade, que, por definição, inclui duas dimensões que se complementam (Zêzere et al., 2004, 2008): uma espacial (onde vão ocorrer os futuros fenómenos perigosos?) e outra temporal (quando vão ocorrer esses fenómenos?). Os procedimentos metodológicos para a resolução destas questões são marcadamente distintos. A avaliação da componente espacial da perigosidade, ou suscetibilidade, é efetuada a partir da identificação dos fatores de predisposição que favorecem a ocorrência do fenómeno perigoso e do estudo das respetivas correlações espaciais. Deste modo, a avaliação da suscetibilidade permite identificar, com suporte científico, os locais mais propícios à ocorrência de um fenómeno perigoso, independentemente da sua recorrência temporal. A avaliação da componente temporal da perigosidade, ou probabilidade, é geralmente efetuada através da determinação do período de retorno do mecanismo responsável pelo desencadeamento do fenómeno perigoso (e.g. sismo, chuvada intensa). Frequentemente, o registo histórico de ocorrências passadas é muito incompleto, impedindo o estabelecimento de relações magnitude-frequência robustas e a determinação de períodos de retorno consistentes. Nestes casos, a avaliação da suscetibilidade constitui um bom compromisso, face à limitação dos dados de base. A focalização da análise na suscetibilidade é 158

159 defendida no Guia Metodológico para a Produção de Cartografia Municipal de Risco e para a Criação de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) de Base Municipal (Julião et al., 2009), sendo que as metodologias utilizadas no presente Plano seguem de perto as descritas neste guia metodológico. Adicionalmente são também adotados os procedimentos sugeridos no Guia para a Caracterização de Risco no Âmbito da Elaboração de Planos de Emergência de Proteção Civil (ANPC, 2009b). A fase da Análise do Risco pressupõe a inventariação e a cartografia dos elementos expostos, ou elementos em risco, suscetíveis de serem afetados, direta ou indiretamente, pelos processos e ações perigosos considerados. Num procedimento de Análise Quantitativa do Risco, deveriam ser determinados para cada elemento exposto o Valor (que pode ser económico ou estratégico) e a Vulnerabilidade (i.e., o grau de perda expectável no elemento quando este sofrer o impacto do fenómeno perigoso). A estimativa do nível provável dos danos deveria contemplar quer os custos diretos quer os indiretos, com a desagregação da informação em: danos estruturais para os bens naturais e materiais, prejuízos corporais para as pessoas, e perturbações funcionais para as diversas atividades e funções desenvolvidas no território. Neste quadro, a expressão quantitativa do Risco consiste no produto da perigosidade pela vulnerabilidade e pelo valor do elemento exposto (R = P * V * E). O Guia Metodológico para a Produção de Cartografia Municipal de Risco e para a Criação de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) de Base Municipal (Julião et al., 2009) reconhece as dificuldades em levar a cabo uma Análise Quantitativa de Risco e propõe, em alternativa, a realização de uma cartografia de Localização do Risco, com aplicação nos procedimentos de revisão dos PDM e dos PME. A Localização do Risco resulta da sobreposição de cada carta de suscetibilidade com a carta dos elementos expostos, permitindo reconhecer os territórios que, tendo sido identificados como suscetíveis a determinado perigo, também apresentam elementos expostos vulneráveis a esse perigo. Adicionalmente, o Guia para a Caracterização de Risco no Âmbito da Elaboração de Planos de Emergência de Proteção Civil (ANPC, 2009b) propõe que a análise de risco se complete com a aplicação de uma matriz de risco com base na estimativa do grau de gravidade dos danos potenciais e na probabilidade de ocorrência do risco, bem como com a definição de cenários de acidentes associados aos principais riscos identificados. O procedimento de Caracterização do Risco constitui uma etapa crucial para a Gestão do Risco, em termos do Planeamento do Socorro e da Emergência (Esquema 19 Esquema formal da análise, avaliação e gestão do risco (adaptado de Canuti & Casagli, 1994)). Neste quadro, a Avaliação do Risco é uma fase do processo de gestão que implica a classificação da importância do risco estimado para os elementos expostos e a identificação de opções e alternativas para a sua diminuição, a considerar nos processos de decisão. Os riscos estimados devem ser confrontados com padrões estandardizados de risco aceitável de modo a facilitar a decisão. Por último, o Tratamento do Risco corresponde à fase de decisão e seleção de políticas de prevenção e técnicas de mitigação, incluindo a monitorização da sua eficácia ao longo do tempo (controlo do risco). Tendo em consideração a equação do risco (R = P * V * 159

160 E), verifica-se que a mitigação pode ser realizada a partir da intervenção em qualquer um dos componentes envolvidos (perigosidade, vulnerabilidade e valor dos elementos expostos), sendo o risco nulo se um deles for eliminado. Fenómeno perigoso Frequência temporal Susceptibilidade Causas Efeitos Elementos expostos Tipologia Valor Perigosidade Intensidade Vulnerabilidade Risco Específico Perda potencial RISCO TOTAL GESTÃO DO RISCO Avaliação da Perigosidade Avaliação da Vulnerabilidade Análise do Risco Avaliação e Gestão do Risco Risco aceitável Esquema 19 Esquema formal da análise, avaliação e gestão do risco (adaptado de Canuti & Casagli, 1994) 5.2. Identificação do Risco Como já foi referido, os processos e ações perigosos identificados como suscetíveis de gerar consequências gravosas no território de Mogadouro resultam do funcionamento dos sistemas naturais (Riscos Naturais), de acidentes decorrentes da atividade humana (Riscos Tecnológicos) e da combinação da ação antrópica com o funcionamento de alguns sistemas naturais (Riscos Mistos). A Tabela 65 sistematiza os perigos suscetíveis de afetarem o Município de Mogadouro. 160

161 GRUPO / CATEGORIA DESIGNAÇÃO Riscos Naturais Ondas de Calor Vagas de Frio Condições Meteorológicas Adversas Nevões Secas Hidrologia Cheias e inundações Geodinâmica Interna Sismos Geodinâmica Externa Movimentos de Massa em Vertentes Riscos Tecnológicos Acidentes Rodoviários Transportes Acidentes Fluviais Acidentes no Transporte Terrestre de Mercadorias Perigosas Colapso de Túneis, Pontes e outras Infraestruturas Vias de Comunicação e Infraestruturas Cheias e Inundações por Rutura de Barragens Colapso de Galerias e Cavidades de Minas Acidentes em instalações de Combustíveis, Óleos e Lubrificantes Atividade Industrial e Comercial Incêndios e Colapsos em Centros Históricos e em Edifícios com Elevada Concentração Populacional Riscos Mistos Relacionados com a Atmosfera Incêndios Florestais Tabela 65 Perigos com incidência relevante no território do Município de Mogadouro Ondas de Calor Segundo a Organização Meteorológica Mundial ocorre uma Onda de Calor quando, num intervalo de pelo menos seis dias consecutivos, a temperatura máxima diária é superior em 5 o C ao valor médio diário no período de referência. As ondas de calor ocorrem em Portugal Continental principalmente no Verão e estão particularmente relacionadas com situações sinópticas prolongadas, em que se estabelece uma corrente atmosférica do quadrante Leste transportando ar quente e seco sobre o território, proveniente do Norte de África (Garcia Herrera et al., 2004). Devido à sua intensidade, duração e extensão espacial, e também pelos impactos socioeconómicos, merecem destaque as Ondas de Calor de Junho de 1981, Julho de 1991, Julho/Agosto de 1997, Julho/Agosto de 2003 e Maio/Junho de As temperaturas elevadas acarretam vários impactos negativos com consequências severas a nível da saúde humana e custos económicos nos transportes, na agricultura e na produção de energia. 161

162 Os efeitos na saúde estão associados à exposição do corpo humano a temperaturas elevadas prolongadas, acima das que a população está habituada. As temperaturas extremas podem agravar subitamente as patologias preexistentes, levando a um aumento da mortalidade. Adicionalmente, as temperaturas muito elevadas produzem outros impactos, como o maior consumo de energia (para o arrefecimento), o maior consumo de água, prejuízos na produção agrícola, incêndios florestais, maior concentração de poluentes no ar, nomeadamente nas áreas urbanas e intensificação das condições de ilha de calor nos centros urbanos. Os cenários climáticos futuros indicam claramente que as ondas de calor tornar-se-ão mais frequentes no futuro, com consequências graves em vários sectores socioeconómicos e sistemas biofísicos (Projecto SIAM, 2001). Segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil, uma onda de calor corresponde a um período de alguns dias da época estival, com temperaturas máximas superiores à média usual para a época. Tendo em conta esta definição, calcularam-se os dados de Temperatura Máxima Diária nos Meses de Verão (Junho, Julho, Agosto e Setembro) para a Estação meteorológica de Folgares. Esta estação meteorológica localizada no Concelho de Vila Flor a 710 m de altitude, havendo informação sobre temperatura máxima diária e horária disponível gratuitamente no site do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos. Nas proximidades dos concelhos do Douro Superior, a estação meteorológica de Folgares disponibiliza a maior série de temperaturas máximas diárias desde 1982 a 1997 (rede convencional) e de 2004 a 2010 (rede automática). Deste modo, não há disponibilidade dos dados de temperatura para a estação de referência para as Ondas de Calor de Junho de 1981 e Julho/Agosto de 2003, que foram sentidas um pouco por todo Portugal Continental. A partir do cálculo das temperaturas máximas diárias para os meses de Verão para toda a série de dados disponível, obteve-se a temperatura média máxima (27,6 o C). A este valor foram acrescentados 5 o C para se obter o valor mínimo (32,6 o C) para o registo de uma Onda de Calor em Folgares, numa sucessão de pelo menos 6 dias consecutivos. No período em análise foram identificadas 18 Ondas de Calor, com uma duração que varia entre os 6 e os 20 dias consecutivos. Em média, registaram-se 10,6 dias com Ondas de Calor (Gráfico 8 Número de Dias de Ondas de Calor em Folgares ( ).) para o período de 1982 a 1997). 162

163 Média Gráfico 8 Número de Dias de Ondas de Calor em Folgares ( ). As Ondas de Calor com maior duração ocorreram em Agosto/Setembro de 1985 (20 dias) e em Julho de 1990 (18 dias). Para o mesmo período de análise, as temperaturas máximas (39 C) atingidas numa Onda de Calor registaram-se em Julho de 1989, Agosto de 1991 e Julho de 1995 (Gráfico 9 Temperatura média, máxima e mínima das ondas de calor em Folgares ( )). As Ondas de Calor com temperatura média mais elevada (36,1 C) foram registadas em Julho e Agosto de Gráfico 9 Temperatura média, máxima e mínima das ondas de calor em Folgares ( ) A nível cartográfico realizaram-se experiências de interpolação espacial com o número médio de dias com Ondas de Calor. O trabalho realizou-se a partir de dados do número médio de dias com Ondas de Calor na Região Norte, apresentados no Relatório de Riscos Extensivos do PROT - Norte. As fontes dos dados proveem de estações da Direção Regional de Agricultura Entre Douro e Minho, do Instituto 163

164 Superior Agrário, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera e do site espanhol Tutiempo.net. Os dados dizem respeito ao período de para Portugal e para Espanha. Nas Ondas de Calor foram interpolados 18 pontos com o número médio de dias de ondas de calor na Região Norte com o objetivo de perceber a variabilidade espacial do número de dias de duração de ondas de calor (Heat Wave Duration Índex). A cartografia foi elaborada, em software SIG ArcGis, com a extensão Geostatistical Analyst. Utilizou-se o método de interpolação de co-krigagem universal com a inclusão da co-viariável altitude (através do Modelo Digital de Terreno da Região Norte com um pixel de 100 metros) e utilizou-se o variograma semivariograma esférico. O semivariograma avalia o grau de semelhança entre os pontos vizinhos, esperando-se que, quanto mais próximas espacialmente forem as amostras, maior será a semelhança entre elas e, portanto, menor será a variância. É de realçar que este método estima o valor desconhecido a partir de um conjunto de dados disponíveis, como tal, está sempre associado um grau de incerteza relacionado com a densidade de estações de medição. O mapa do número médio de dias com Onda de Calor tem um pixel de 100 metros. A nível espacial, no concelho de Mogadouro as áreas com o maior número de dias de Onda de Calor, entre 9 e 10 dias, localizam-se sobretudo nas áreas mais encaixadas e deprimidas do vale do Douro, nas freguesias a oeste. Na secção dos planaltos (freguesias a este) a duração média das Ondas de Calor varia entre 8 e 9 dias (Mapa 26 Distribuição espacial do número médio de dias com Ondas de Calor ( ; ) no município de Mogadouro.). 164

165 Mapa 26 Distribuição espacial do número médio de dias com Ondas de Calor ( ; ) no município de Mogadouro Vagas de Frio Segundo a Organização Meteorológica Mundial uma Vaga de Frio ocorre quando, num intervalo de pelo menos seis dias consecutivos, a temperatura mínima diária é inferior em 5 o C ao valor médio diário no período de referência. Em Portugal, as Vagas de Frio, estão geralmente associadas ao posicionamento do anticiclone dos Açores próximo da Península Ibérica ou de um anticiclone junto à Europa do Norte. São produzidas por 165

166 uma massa de ar frio e geralmente seco que se desenvolve sobre uma área continental. Durante as Vagas de Frio ocorrem reduções significativas das temperaturas diárias, descendo a valores mínimos abaixo dos 0 C no Inverno. Estes fenómenos estão geralmente associados a ventos moderados ou fortes, que aumentam os efeitos do frio. Devido à sua intensidade, duração, extensão espacial e também pelos impactos socioeconómicos merecem destaque as Vagas de Frio de Fevereiro de 1983, Janeiro de 1985, Dezembro de 2001 e Fevereiro de 2005, que afetaram grande parte de Portugal Continental. As temperaturas mínimas extremas acarretam consequências negativas para a população e para o território. Os efeitos na saúde estão associados à exposição do corpo humano a temperaturas muito baixas e prolongadas, abaixo das que a população está habituada. As vagas de frio conduzem ao encerramento de escolas, à paralisação de diversas atividades, a prejuízos na agricultura e ao aumento do consumo de energia para aquecimento das habitações. Durante uma vaga de frio a formação de gelo nas estradas é comum, originando acidentes de viação. Os cenários climáticos do projeto SIAM indicam que as vagas de frio, com dias de geada consecutivos, tendem a diminuir no futuro. (Projeto SIAM, 2004). Partindo do princípio de base de que as Vagas de Frio ocorrem predominantemente nos meses de Inverno (Dezembro, Janeiro, Fevereiro e Março), calcularam-se os dados de Temperatura Mínima Diária nesse período para a Estação meteorológica de Folgares. Esta estação meteorológica, localizada no Concelho de Vila Flor a 710 m de altitude, tem informação sobre temperatura mínima diária e horária disponível gratuitamente no site do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos. Nas proximidades dos concelhos do Douro Superior, a estação meteorológica de Folgares disponibiliza a maior série de temperaturas mínimas diárias desde 1982 a 1997 (rede convencional) e de 2004 a 2010 (rede automática). A partir do cálculo das temperaturas mínimas diárias para os meses de Inverno para toda a série de dados disponível, obteve-se a temperatura média mínima (3 o C). A este valor foram subtraídos 5 o C para se obter o valor mínimo para o registo de uma Vaga de Frio (-2 o C), numa sucessão de pelo menos 6 dias consecutivos. No período em análise foram identificadas 10 Vagas de Frio, com uma duração que varia entre os 6 e os 14 dias consecutivos. Em média, registaram-se 8,4 dias com Vagas de Frio (Gráfico 10) para o período de 1982 a 1997 e 2004 a 2009). 166

167 Gráfico 10 Número de Dias de Vagas de Frio em Folgares ( ; ) A Vaga de Frio com maior duração registou-se em Janeiro de 1985 com 14 dias, seguido por Fevereiro de 1983 com 11 dias de duração. Em Folgares a temperatura mínima para se registar uma Vaga de Frio é de -2 o C. No período em análise a temperatura mínima mais baixa registada numa Vaga de Frio foi de -9,5 o C, em Janeiro de As Vagas de Frio com a temperatura média mais baixa (-7 o C) registaram-se em Janeiro de 1985, seguindose Fevereiro de 1983 com -3,8 o C (Gráfico 11 Temperatura média, máxima e mínima das Vagas de Frio em Folgares ( ; )). Gráfico 11 Temperatura média, máxima e mínima das Vagas de Frio em Folgares ( ; ) A nível cartográfico realizaram-se experiências de interpolação espacial com o número médio de dias com Vagas de Frio. O trabalho realizou-se a partir de dados do número médio de dias com Vagas de Frio 167

168 na Região Norte, apresentados no Relatório de Riscos Extensivos do PROT Norte. As fontes dos dados provêm de estações da Direção Regional de Agricultura Entre Douro e Minho, do Instituto Superior Agrário, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera e do site espanhol Tutiempo.net. Os dados dizem respeito ao período de para Portugal e para Espanha. No caso das Vagas de Frio foram interpolados 14 pontos com o número médio de dias para a observação da sua variabilidade espacial. A cartografia foi elaborada, em software SIG ArcGis, com a extensão Spatial Analyst. Utilizou-se o método de interpolação de krigagem ordinária e empregou-se o variograma semivariograma esférico. O mapa final tem um pixel de 100 metros. No Mapa 27 observa-se que o número médio de dias de Vagas de Frio no concelho de Mogadouro diminui progressivamente dos 6 para os 5 dias das freguesias localizadas a oeste para este do concelho. Verifica-se que as áreas com um maior número de dias com Vagas de Frio coincidem, grosso modo, com as áreas com um maior número de dias de Ondas de Calor, reduzindo progressivamente para o sector dos planaltos. 168

169 Mapa 27 Distribuição espacial do número médio de dias com Vagas de Frio ( ; ) no município de Mogadouro Nevões A queda de neve e a sua permanência na bacia do Douro dependem, essencialmente, da altitude e da exposição das vertentes, tanto em relação à incidência da radiação solar, como em relação aos fluxos, marítimos ou continentais, dominantes em cada local. De forma a diminuir a influência do fator exposição, assim como a reduzir fortemente o efeito da variação da continentalidade, consideraram-se apenas as estações climatológicas que enquadram a área de estudo, eliminando as que se localizam mais próximas 169

170 do litoral e nas áreas montanhosas com altitudes que excedem as existentes na área dos quatro municípios do Douro Superior. Assim, utilizou-se a informação relativa à normal climatológica para as seguintes 8 estações, com os critérios de enquadramento que se referem (Tabela 66 Estações climatológicas utilizadas na análise da distribuição espacial da neve): A nordeste, Miranda do Douro, a altitude intermédia; A norte, Mirandela, a altitude baixa; A oeste, Régua, a altitude muito baixa, e Vila Real, a altitude intermédia; A sudoeste, Moimenta da Beira, a altitude intermédia; A sul, Guarda, a altitude elevada, e Figueira de Castelo Rodrigo, a altitude intermédia e muito próxima da área de estudo; Na área de estudo, Pinhão/Santa Bárbara, representativa das áreas mais deprimidas. Estações climatológicas Nº de dias com Nome Altitude (m) Queda de neve Solo com neve Figueira de Castelo Rodrigo 635 2,7 0,3 Guarda ,5 5,4 Miranda do Douro 639 3,5 0,7 Mirandela 250 2,2 0,0 Moimenta da Beira 670 5,4 1,4 Pinhão/Santa Bárbara 130 0,9 0,0 Régua 65 0,8 0,0 Vila Real 481 3,6 0,3 Fonte: Normal climatológica (Fonte: IM) Tabela 66 Estações climatológicas utilizadas na análise da distribuição espacial da neve A queda de neve e a sua permanência no solo apresentam correlações lineares consideradas satisfatórias com os valores de altitude (respetivamente, r = 0,86 e r = 0,79), pelo que poderiam ser calculadas com base na definição da respetiva equação da reta de regressão. No entanto, verificou-se que a relação entre estas duas variáveis e a altitude seria melhor traduzida através de funções do tipo exponencial ( y ae bx ) e potencial ( y ax b ) com base nas quais se consegue um melhor ajustamento da função aos valores observados (coeficientes de determinação, respetivamente, r 2 = 0,91 e r 2 = 0,85). Assim, a distribuição espacial do número de dias com queda de neve (Gráfico 12 Relação entre a altitude e o número de dias com queda de neve nas estações climatológicas (normal ) do Douro Superior e área envolvente.) e do número de dias com solo coberto de neve (Gráfico 13 Relação entre a altitude e o número de dias com solo coberto de neve nas estações climatológicas (normal ) do Douro Superior e área envolvente.) para a área dos concelhos do Douro Superior foram calculadas, 170

171 respetivamente, com base nas seguintes funções: y 0,002x 0,746e e y 17 5, x, sendo x a altitude em metros. A distribuição do número de dias com queda de neve põe em evidência que, no município de Mogadouro, o fenómeno não assume uma importância significativa. Embora, em termos médios, ocorra pelo menos em um dia ao longo do ano (Mapa 28 Distribuição espacial do número médio de dias com queda de neve ( ) no município de Mogadouro.), apenas em cerca de 37% da área se constata a existência de mais que 2 dias com ocorrência de queda de neve e muito raramente (0,7% da área) se ultrapassam os 3 dias. Estas áreas, com mais de 2 dias de ocorrências, seguem de forma aproximada as características do relevo, coincidindo com as áreas montanhosas de maior altitude, em geral acima dos 600 m. Gráfico 12 Relação entre a altitude e o número de dias com queda de neve nas estações climatológicas (normal ) do Douro Superior e área envolvente. 171

172 Gráfico 13 Relação entre a altitude e o número de dias com solo coberto de neve nas estações climatológicas (normal ) do Douro Superior e área envolvente. 172

173 Mapa 28 Distribuição espacial do número médio de dias com queda de neve ( ) no município de Mogadouro. Tal como acontece com a queda de neve, também a permanência da neve no solo apresenta uma estreita relação com as características do relevo, nomeadamente com a altitude. A sua distribuição relativa no município de Mogadouro assemelha-se bastante à da queda de neve, embora se conste que, por um lado, o volume de neve precipitada deve ser diminuto e que, por outro, as temperaturas baixas não têm expressão suficiente para manter a cobertura de neve no solo. Deste modo, a neve acumulada é rapidamente eliminada, apresentando-se o solo com um reduzido número de dias de cobertura de neve (Mapa 29 Distribuição espacial do número médio de dias com solo coberto de neve ( ) no município de Mogadouro.), nunca superior a 2 dias. De facto, em cerca de 65% da área não se chega sequer a 1 dia de cobertura anual de neve. 173

174 Mapa 29 Distribuição espacial do número médio de dias com solo coberto de neve ( ) no município de Mogadouro Cheias e Inundações O concelho de Mogadouro é dominado por dois sistemas de drenagem: por um lado o rio Douro, que define todo seu limite (e do País) na parte sudeste, com sentido de escoamento ENE-WSW; por outro, na margem direita daquele rio, um dos seus principais afluentes, o rio Sabor, o qual delimita o concelho a norte, onde escoa com direção sensivelmente E-W e ENE-WSW, infletindo, no contacto com o rio Azibo, para NE-SW, em que delimita o concelho em todo o seu sector SW. 174

175 O facto das maiores altitudes se encontrarem no sector central do concelho, faz com que toda a rede de drenagem se organize em torno destes dois rios: ao longo da parte SW, os pequenos cursos de água drenam para sul, em direção ao rio Douro; no resto da área do município (cerca de 2/3) a drenagem fazse para norte (na parte norte) e para oeste (na parte oeste), sempre em direção ao rio Sabor. A identificação das áreas inundáveis seguiu dois critérios distintos, adaptados aos dois tipos de inundações que potencialmente podem ocorrer no concelho: As inundações fluviais, resultantes da subida do nível da água nos cursos de água, por ação direta do escoamento da precipitação acumulada na bacia hidrográfica; As inundações por rutura de barragens, as quais serão também tratadas, com mais detalhe, no ponto Neste último caso, foram apenas identificados os troços dos rios para jusante das maiores barragens, seguindo a cartografia do Instituto Nacional da Água (INAG), tal como se encontra representado no Atlas da Água (ver Por esse motivo, a análise que aqui se efetua, relativa aos troços para jusante das barragens, não decorre da situação expectável (visto que esta não se encontra definida) a partir da rutura destas infraestruturas, mas sim de uma pequena subida do nível de água atual, o qual se encontra condicionado pela presença das várias barragens. No caso das inundações fluviais, a identificação dos troços inundáveis baseou-se em critérios morfológicos (forma dos fundos de vale), sedimentológicos e pedológicos (presença de aluviões modernas e de aluviossolos modernos), e fitogeográficos (presença ou ausência de vegetação nas áreas adjacentes ao leito ordinário). A sua delimitação foi efetuada tendo por base a informação altimétrica, na escala 1/10000, e os ortofotomapas, com resolução de 0,5m. A distribuição das altitudes, as características morfológicas e a disposição da rede de drenagem levam a que a suscetibilidade à ocorrência de inundações de origem fluvial seja extremamente baixa na maior parte do concelho. De facto, as áreas coincidentes com leitos de cheia correspondem, na sua maioria, aos leitos dos rios Sabor e Douro, os quais servem de limite ao concelho e são, por isso, parcialmente repartidos com os municípios espanhóis (a SE) e com os 6 municípios portugueses fronteiriços, em particular com Alfândega da Fé (a W), Macedo de Cavaleiros (a NW) e Vimioso (a N). Em todo o caso, há que referir algumas situações específicas que, pela sua posição topográfica e dinâmica potencial do escoamento (natural ou induzida por rutura de infraestruturas), devem ser tidas em conta: 175

176 Mapa 30 Suscetibilidade a inundações por cheias no município de Mogadouro Todo o troço do rio Douro, que delimita o concelho a SE, o qual se encontra sob a influência da barragem de Bemposta; embora as cheias naturais estejam, em grande parte, controladas pelas várias barragens ao longo deste sector do rio, deve ser sempre considerada a possibilidade de inundação gerada pela rutura da barragem de Bemposta, assim como de outras barragens para montante desta (esta questão será abordada ponto ); O troço final do rio Azibo, próximo da confluência com o rio Sabor, em que faz a delimitação do concelho de Mogadouro, e que se encontra sob a influência da barragem do Azibo, localizada apenas a pouco mais de 20 km a NW deste município; 176

177 O rio Sabor, ao longo que quase toda a sua extensão, e que delimita o concelho de Mogadouro em quase todo o sector norte, noroeste e oeste; Os troços finais de alguns tributários principais do rio Douro e, principalmente, do rio Sabor, em que se destacam: na margem esquerda do rio Douro, o sector jusante da ribeira do Juncal; na margem esquerda do rio Sabor, os sectores jusante das ribeiras de Macedo, na parte norte, e do Medal, na parte sudoeste. É importante realçar que, para todos os casos referidos, assim como para outros de menor importância, a morfologia encaixada dos vales não proporciona a existência de planícies de inundação extensas, pelo que um aumento dos caudais tem essencialmente correspondência na subida vertical das águas, mais do que na sua expansão horizontal. O Serviço Municipal de Proteção Civil de Mogadouro prevê como mecanismo de acompanhamento e vigilância hidrológica dos rios Douro e Sabor, o estabelecimento de protocolo com a EDP para acesso aos dados de monitorização de caudais Secas O conceito de seca não possui uma definição rigorosa e universal. De uma forma geral uma seca definese por uma condição física transitória caracterizada pela escassez de água, associada a períodos extremos de reduzida precipitação, que causa consequências negativas nos ecossistemas e nas atividades socioeconómicas. A definição de seca depende do ponto de vista do utilizador. Em geral distingue-se entre seca meteorológica, seca agrícola, seca hidrológica e seca socioeconómica (Whilhite e Glantz, 1987). Seca Meteorológica é uma medida do desvio da precipitação em relação ao valor normal; caracterizase pela falta de água induzida pelo desequilíbrio entre a precipitação e a evaporação, a qual depende da velocidade do vento, temperatura, humidade do ar e insolação. A seca meteorológica é definida em função da região, uma vez que, as condições atmosféricas que resultam em deficiências de precipitação podem ser muito diferentes a nível geográfico ( Seca Agrícola está associada à falta de água causada pelo desequilíbrio entre a água disponível no solo, a necessidade das culturas e a transpiração das plantas. Relaciona-se com as características das culturas e da vegetação natural, ou seja, dos sistemas agrícolas em geral ( Seca Hidrológica está relacionada com a redução dos níveis médios de água nos reservatórios e com a depleção de água no solo. Este tipo de seca está normalmente desfasado da seca meteorológica e agrícola, dado que é necessário um período maior para que as deficiências na precipitação se manifestem nos diversos componentes do sistema hidrológico ( 177

178 178 Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil Seca Socioeconómica está associada ao efeito conjunto dos impactos naturais e sociais que resultam da falta de água, devido ao desequilíbrio entre o fornecimento e a procura dos recursos de água e que vai afetar diretamente as populações ( Na perspetiva da Proteção Civil, a seca caracteriza-se pelo défice entre as disponibilidades hídricas do País e as necessidades de água para assegurar o normal abastecimento público ( As causas das secas enquadram-se nas anomalias da circulação geral da atmosfera, a que correspondem flutuações do clima numa escala local ou regional, gerando condições meteorológicas desfavoráveis, com situações de nula ou fraca pluviosidade, durante períodos mais ou menos prolongados ( As condições para que uma seca se instale estão também relacionadas com outros fatores como, por exemplo, o incorreto ordenamento do território, insuficientes infraestruturas de armazenamento de água, uma sobre utilização das reservas hídricas subterrâneas, uma gestão incorreta do consumo de água, e até a desflorestação descontrolada do território. Em Portugal Continental, estudos recentes (Pires, 2004) apontam para um aumento da seca, em particular nos últimos 20/30 anos (nomeadamente nos meses de Fevereiro a Abril). Adicionalmente, os cenários climáticos projetam o aumento destas situações extremas no futuro (Miranda et al., 2002). As secas podem ser caracterizadas através de índices que permitem detetar a situação de seca e classificá-la em termos de intensidade (Rodrigues, 2006). Neste trabalho utilizou-se o Standardized Precipitation Index (SPI) (McKee et al., 1993; 1995). O SPI utiliza apenas valores mensais de precipitação e quantifica o défice ou excesso de precipitação para diferentes escalas de tempo, podendo ser utilizado para comparar regiões com diferentes características climáticas. O procedimento de cálculo do SPI baseia-se na estandardização da precipitação, correspondendo ao desvio da precipitação em relação à média para um período de tempo específico, dividido pelo desvio padrão do período a que diz respeito (Mckee et al 1993), ou seja, representa o número de desvios padrão que o valor observado se desvia em relação à média, para uma variável aleatória normalmente distribuída (Rodrigues, 2006). Neste trabalho utilizou-se o SPI a 12 meses, pois está diretamente associado à falta de água em reservas de água, caudais e níveis de água subterrânea, os quais correspondem a escalas de tempo longas. Valores negativos deste índice podem estar associados a valores positivos em períodos inferiores a 12 meses, o que pode mascarar os efeitos acumulados de um período longo com tendência para quantidades de precipitação reduzidas ( Deste modo, o SPI a 12 meses permite identificar os impactos que a seca poderá ter ao nível agrícola e hidrológico (Domingos, 2006). De acordo com Domingos (2006) o SPI da média mensal a 12 meses identificou para Portugal Continental os seguintes períodos de seca, entre 1960 e 2005: Agravamento da seca de 1974 para 1975 e Começou por afetar mais as regiões do Sul e acabou por se estender a todo o território, em 1976 com maior intensidade nas regiões do Norte.

179 O ano de 1981 registou a maior intensidade de seca, de seca moderada a extrema em quase todas as regiões. Em 1980 afetou pontualmente algumas regiões e em 1982 atenuou bastante desaparecendo em muitas regiões Afetou todo o território, sendo com maior intensidade nas regiões do Norte Afetou essencialmente as regiões do Sul e algumas do Interior Norte e com intensidade que variaram de seca moderada a extrema Afetou todo o território continental com intensidade entre a seca moderada a extrema, verificando-se que a maior parte das regiões apresentou valores de SPI superiores a 1.5 (seca severa). De acordo com os dados de Domingos (2006) relativos à média mensal do SPI de 12 meses em Portugal Continental, contabilizou-se o número de anos com seca moderada a extrema e seca fraca nas estações meteorológicas de Bragança, Mirandela, Miranda do Douro, Vila Real, Régua e Pinhão (Tabela 67 Número de anos com seca moderada a extrema e seca fraca identificados pelo SPI a 12 meses entre 1960 e 2005 em estações meteorológicas do Interior Norte de Portugal Continental.). Apesar de nenhuma estação meteorológica estar localizada no concelho de Mogadouro, a estação de Miranda do Douro está bastante próxima, a aproximadamente 40 km da sede de concelho de Mogadouro. Numa primeira observação verifica-se que, no período entre 1960 e 2005, o número de anos de seca é bastante variável no Interior Norte, destacando-se os valores mais elevados das secas moderadas a extremas na Régua, Pinhão e Bragança. De qualquer forma, as secas fracas são mais frequentes. Na estação de Miranda do Douro registaram-se 7 secas fracas entre 1960 e 2005, o que corresponde a 20% dos anos da série analisada. Estações meteorológicas (rede IPMA) Nº de anos com Seca moderada a extrema Seca fraca Bragança 3 11 Mirandela 0 7 Miranda do Douro 1 7 Vila Real 1 11 Régua 5 7 Pinhão 3 11 Fonte: Domingos (2006); IM. Tabela 67 Número de anos com seca moderada a extrema e seca fraca identificados pelo SPI a 12 meses entre 1960 e 2005 em estações meteorológicas do Interior Norte de Portugal Continental. Para a realização de cartografia em SIG da distribuição espacial do número de anos de seca moderada a extrema entre 1960 e 2005 foram georreferenciadas as estações meteorológicas do Interior Norte e 179

180 aplicada uma interpolação espacial com base no método do IDW. O mapa final tem um pixel de 100 metros. Como se pode verificar no Mapa 31, não existe variabilidade espacial do número de anos com seca moderada a extrema identificados no interior do concelho de Mogadouro, a partir da média mensal do SPI de 12 meses, uma vez que a seca é um fenómeno com pouca variação espacial na escala municipal. Mapa 31 Distribuição espacial do número de anos de seca moderada a extrema (média mensal do SPI de 12 meses) no concelho de Mogadouro No caso do número de anos com secas fracas aplicou-se a mesma metodologia das secas moderadas a extremas. A cartografia obtida apresenta uma ligeira variação espacial do número de anos de seca fraca identificados a partir da média mensal do SPI de 12 meses entre 1960 e 2005 (Mapa 32 Distribuição 180

181 espacial do número de anos de seca fraca (média mensal do SPI de 12 meses) no concelho de Mogadouro). Com efeito, a ocorrências de seca fraca varia entre os 8 anos na maior parte do sector Oeste do concelho e os 7 anos no extremo Este de Mogadouro (freguesias de Saldanha, Travanca, Brunhozinho, Urrós e Bemposta). Mapa 32 Distribuição espacial do número de anos de seca fraca (média mensal do SPI de 12 meses) no concelho de Mogadouro Desta análise constata-se que a seca fraca tem uma maior frequência de ocorrência do que a seca moderada a extrema para a média mensal de 12 meses entre 1960 e 2005, o que não invalida a existência de períodos de seca moderada a extrema para períodos temporais mais curtos. 181

182 Sismos Os sismos consistem na propagação de ondas elásticas através dos materiais terrestres, geradas por perturbações transitórias do equilíbrio elástico, geralmente associadas a movimentações repentinas de falhas. A situação de referência da suscetibilidade sísmica no concelho de Mogadouro foi definida a partir do cruzamento da carta de isossistas de intensidades sísmicas máximas (Fonte: Instituto de Meteorologia) com a carta da distribuição das acelerações máximas (PGA Peak Ground Acceleration) para um período de retorno de 475 anos, produzida por Montilla e Casado (2002). Como seria de esperar, atendendo à pequena escala que caracteriza os dois documentos atrás referidos e à dimensão do concelho, o território do Mogadouro não apresenta grandes contrastes no que respeita à suscetibilidade sísmica: A classe da PGA de 0,4 0,8 m/s 2 abrange a totalidade do concelho, enquanto a carta de isossistas de intensidades máximas marca a presença da classe 6 (Mapa 33). Na Escala de Mercalli Modificada, o grau 6 representa um abalo sísmico suscetível de provocar o início de pânico nas populações. Simultaneamente produzem-se danos leves nas habitações e caiem algumas chaminés. Os efeitos de sítio suscetíveis de provocar a amplificação da suscetibilidade sísmica foram integrados tendo em consideração a existência de solos brandos, incluindo aluviões e outras formações geológicas quaternárias não consolidadas, capazes de alterar as características do movimento sísmico. As zonas potenciais de instabilidade de vertentes não foram aqui consideradas, uma vez que são alvo de um tratamento autónomo. Por sua vez, foram tidas em consideração as falhas ativas com potencial para a ocorrência de deformações permanentes, de entre as quais se destaca a falha de Manteigas-Vilariça-Bragança. Este acidente é uma das grandes estruturas tectónicas do NE português, correspondendo a um desligamento esquerdo, com uma extensão de cerca de 220 km e uma direção NNE-SSW. No segmento central de Vilariça observa-se o rejogo máximo do deslizamento, cerca de 9 km, dos quais 1 km é atribuído aos últimos 2 milhões de anos (Cabral, 1995, Perea et al., 2010), o que equivale a uma taxa de deslocação média de 0,5 mm/ano. A falha da Vilariça terá sido a fonte dos sismos de 19 de Dezembro de 1751 (magnitude estimada de 4) e de 19 de Março de 1858 (magnitude 4.3), cujas consequências se fizeram sentir principalmente em Torre de Moncorvo. Embora a atividade sismogénica da falha da Vilariça seja determinante para a definição do quadro macrosísmico no concelho de Mogadouro, considera-se que os eventuais efeitos de rutura superficial cossísmica não terão repercussão no território municipal. O Mapa 33 mostra que a suscetibilidade sísmica é baixa em 97,4% do concelho de Mogadouro, em conformidade com as PGA e Intensidade sísmica máxima observadas. A suscetibilidade foi considerada moderada apenas nas áreas onde se regista o afloramento superficial de aluviões, depósitos de terraço e depósitos e cascalheiras de vertentes. O carácter não consolidado destas formações geológicas faz admitir a ocorrência de consequências mais gravosas, na sequência de um sismo de maior magnitude. 182

183 Mapa 33 Sismicidade histórica no concelho de Mogadouro 183

184 Mapa 34 Suscetibilidade sísmica no município de Mogadouro Movimentos de Massa em Vertentes Os movimentos de massa em vertentes são movimentos de descida, numa vertente, de uma massa de rocha ou solo, em que centro de gravidade do material afetado progride para jusante e para o exterior. No município de Mogadouro são relevantes as ocorrências de deslizamentos (escorregamentos), fluxos (escoadas) e desabamentos (quedas). A avaliação da suscetibilidade à ocorrência de movimentos de massa em vertentes foi efetuada através de uma metodologia indireta de base estatística, que se sustenta no pressuposto de que os futuros 184

185 movimentos de massa em vertentes vão ocorrer sob condições geológicas e geomorfológicas similares às que determinaram a instabilidade passada e presente (Varnes, 1984). Deste modo, a predição da ocorrência de movimentos de massa em vertentes baseia-se na correlação espacial entre os movimentos já ocorridos e cuja localização é conhecida, e um conjunto de variáveis independentes que representam fatores de predisposição (condicionantes) para a instabilidade geomorfológica (Guzzetti, 2005). Neste contexto, a robustez do inventário de movimentos de massa já ocorridos no território revela-se absolutamente decisiva para a qualidade dos resultados finais. De modo a garantir a máxima consistência do modelo preditivo para a instabilidade das vertentes optouse por desenvolver o trabalho para a totalidade do território dos concelhos do Douro Superior. Deste modo, os resultados do concelho de Mogadouro foram extraídos de um modelo mais extenso e robusto, que integra também os territórios de Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta e Foz Côa. A inventariação dos movimentos de massa foi suportada pela exploração das fotografias aéreas digitais com pixel de 0,5 m, sobrepostas pela altimetria do terreno. A fotointerpretação foi efetuada com recurso a critérios geomorfológicos (e.g., presença de sinais de instabilidade através das características da topografia, vegetação e rede de drenagem) e permitiu a identificação de 1289 deslizamentos e 47 fluxos, no conjunto do território dos municípios do Douro Superior. As quedas de blocos isolados não foram consideradas na inventariação. No município de Mogadouro foram identificados 199 deslizamentos (0,26 por km 2 ) e 7 fluxos (0,01 por km 2 ) (Tabela 68 Movimentos de massa em vertentes identificados no município de Mogadouro). Aos deslizamentos correspondem 7,77 ha de área instabilizada (0,010 % do território concelhio), enquanto os fluxos abrangem uma superfície total inferior a 1 ha (0,001% do território concelhio). Tipo de Área instabilizada Densidade de % de área Nº movimentos movimento (ha) movimentos (por km2) instabilizada Deslizamentos 199 7,77 0,26 0,010 Fluxos 7 0,90 0,01 0,001 Total 206 8,67 0,27 0,011 Tabela 68 Movimentos de massa em vertentes identificados no município de Mogadouro Os fatores condicionantes utilizados para a construção do modelo preditivo dos movimentos de massa em vertentes foram o declive (10 classes), a exposição (9 classes) e a curvatura das vertentes (3 classes), a litologia (53 classes) e o uso do solo (situação correspondente a 23 classes). O modelo de avaliação da suscetibilidade à ocorrência de movimentos de massa utilizado consistiu no Valor Informativo (Yin & Yan, 1988; Zêzere, 2002), aplicado numa base digital matricial com pixel de 10 metros. O Valor Informativo é um método estatístico bivariado particularmente apto para estudar relações 185

186 entre variáveis independentes (fatores condicionantes) e uma variável dependente dicotómica (movimentos de massa). O método do Valor Informativo tem uma base Bayesiana, sustentando-se na transformação logarítmica (log natural) da razão entre probabilidade condicionada e probabilidade a priori. Com este método é possível ponderar cada classe de cada fator de predisposição da instabilidade de vertentes de forma objetiva e quantificada O Valor Informativo (Ii) para qualquer variável independente Xi foi determinado pela seguinte equação: Onde: Si = n.º de pixéis com movimentos de massa em vertentes na variável Xi, no território do Douro Superior; Ni = n.º de pixéis com a variável Xi no território do Douro Superior; S = n.º total de pixéis com movimentos de massa em vertentes no território do Douro Superior; N = n.º total de pixéis no território do Douro Superior. Devido à normalização logarítmica, Ii não é determinável quando Si = 0. Nestes casos, o valor de Ii foi assumido como igual ao Ii mais baixo determinado para as diferentes classes da variável considerada. O valor de suscetibilidade para cada pixel j foi calculado pelo Valor Informativo total dado pela seguinte equação: Onde: m = n.º de variáveis; Xij é igual a 1 ou 0, consoante a variável Xi está ou não presente no pixel j, respetivamente. A validação dos resultados foi efetuada através da determinação da taxa de sucesso do modelo, obtida a partir do cruzamento dos resultados da avaliação da suscetibilidade com os movimentos de massa em vertente, inventariados. Tecnicamente, a taxa de sucesso permite a determinação do ajuste do modelo preditivo da suscetibilidade aos dados que lhe deram origem. A expressão gráfica da Taxa de Sucesso obtém-se através da representação da percentagem da área de estudo, hierarquizada por ordem decrescente de instabilidade (em abcissas) e a correspondente distribuição acumulada da área instabilizada corretamente classificada (em ordenadas). 186

187 O Mapa 35 apresenta a avaliação da suscetibilidade aos movimentos de massa em vertentes, sustentada pelo método do Valor Informativo. É evidente a repartição desigual das áreas mais perigosas, sendo que é no sector SW do concelho que se concentram os territórios mais suscetíveis à instabilidade das vertentes, nomeadamente nas vertentes do vale da Ribeira do Medal e seus afluentes. O Mapa 36 Rede viária e distribuição dos acidentes rodoviários graves, entre 2004 e assinala ainda dois troços rodoviários críticos na Estrada Nacional 216, com uma extensão total de 6,7 km, onde a instabilização dos taludes provoca frequentemente a obstrução da via. Mapa 35 Suscetibilidade aos Movimentos de Massa em Vertentes no Município de Mogadouro. 187

188 Área instabilizada validada pelo modelo preditivo Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil A curva de sucesso do modelo de suscetibilidade está representada no Gráfico 14, sendo utilizada para a interpretação preditiva das 4 classes de suscetibilidade presentes no mapa de suscetibilidade. Como se observa na Tabela 70, as diferentes classes de suscetibilidade não apresentam uma expressão territorial equivalente. A Tabela 69 sistematiza a leitura da capacidade preditiva das classes de suscetibilidade aos movimentos de massa em vertentes no município de Mogadouro. Deste modo, num horizonte temporal sem limites definidos, podemos concluir que cerca de 38% dos futuros movimentos de massa que vão ocorrer no território do Mogadouro deverão concentrar-se na área geográfica correspondente à classe de suscetibilidade elevada (que ocupa apenas 6,2% da área total do concelho). No mesmo sentido, cerca de 42% dos futuros movimentos deverão registar-se na classe de suscetibilidade moderada (que ocupa 16,4% do território concelhio). A Tabela 70 sintetiza os resultados da distribuição das classes de suscetibilidade pela superfície das 28 freguesias do concelho. As freguesias de Meirinhos e Castelo Branco, na parte SW do concelho destacam-se claramente das restantes, com uma fração da área total abrangida pelas classes de suscetibilidade elevada ou moderada compreendida entre 56,5% e 67,7%. Em contrapartida, o problema da instabilidade das vertentes quase não tem expressão nas freguesias de Saldanha, Vilar de Rei, Vila de Ala, Brunhoso, Brunhozinho, Vale de Madre, Sanhoane, Penas Roias, Soutelo e Azinhoso E M B MB Área do Douro Superior classificada por ordem decrescente de susceptibilidade Gráfico 14 Taxa de Sucesso do modelo de suscetibilidade à ocorrência de movimentos de massa em vertentes no território do Douro Superior e definição das quatro classes de suscetibilidade. 188

189 Classe de suscetibilidade Valor Informativo Área abrangida (% do Movimentos de massa total) preditos (% do total) Muito baixa < ,3 6,7 Baixa ,1 13,7 Moderada ,4 41,9 Elevada > 1.0 6,2 37,7 Tabela 69 Classes de suscetibilidade aos movimentos de massa em vertentes no município de Mogadouro Suscetibilidade Freguesia Muito baixa Baixa Moderada Elevada Saldanha Valverde Vilar de Rei Bruçó Meirinhos Castelo Branco Vilarinho dos Galegos Vale de Porco Peredo da Bemposta Ventozelo Paradela Bemposta Tó Vila de Ala Mogadouro Brunhoso Brunhozinho Urrós Vale da Madre Sanhoane Penas Roias Remondes Travanca Castanheira Castro Vicente Soutelo Azinhoso São Martinho do Peso Concelho Tabela 70 Suscetibilidade aos movimentos de massa em vertentes nas freguesias do Concelho de Mogadouro, expresso por percentagem do território da freguesia. 189

190 Acidentes comvítimas Vítimas mortais Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil Acidentes Rodoviários O estudo dos acidentes graves de tráfego rodoviário baseia-se nos dados da sinistralidade para o período entre 2004 e 2009, disponibilizados no Observatório de Segurança Rodoviária, Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária. Entre 2004 e 2009 ocorreram no município de Mogadouro 213 acidentes com vítimas, dos quais resultaram 9 mortos e 23 feridos graves. A evolução anual do número de acidentes com vítimas apresenta uma ligeira tendência para o decréscimo (Gráfico 15 Evolução dos acidentes rodoviários com vítimas e do número de vítimas mortais no município de Mogadouro entre 2004 e 2009.), com o valor mais elevado verificado em 2005 (45 acidentes) e o mais baixo em 2009 (28 acidentes). A evolução do número de vítimas mortais tem um comportamento diferente: depois de dois anos sem ocorrência de vítimas fatais (2004 e 2005), ocorreram 4 mortes em 2006, o que constitui o máximo anual no período em análise. Posteriormente assistiu-se ao decréscimo no número de mortes, tendo o respetivo valor estabilizado em 2008 e 2009 (1 morte anual). Como se observa no Gráfico 15, a grande maioria dos acidentes com mortos ou feridos graves ocorre nos meses do Verão, em particular em Agosto (este mês destaca-se dos restantes com cerca de 30% do total das ocorrências). Este facto não será alheio ao aumento do tráfego rodoviário no período das férias, em particular com a chegada dos imigrantes Acidentes com vítimas Vítimas mortais Gráfico 15 Evolução dos acidentes rodoviários com vítimas e do número de vítimas mortais no município de Mogadouro entre 2004 e

191 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Gráfico 16 Acidentes com mortos ou feridos graves por mês de ocorrência no município de Mogadouro, entre 2004 e A maior parte dos acidentes rodoviários que provocam mortos ou feridos graves no município de Mogadouro ocorre nas Estradas Nacionais. O Mapa 36 representa a distribuição espacial deste tipo de acidentes (pontos negros rodoviários assinalados com um ponto verde) no período entre 2004 e 2009 e permite concluir que a Estrada Nacional 221 é a via mais perigosa no município de Mogadouro, ou seja, a via onde ocorrem zonas de acumulação de acidentes ou de perigosidade elevada. Ao longo desta via destacam-se dois sectores onde a recorrência dos acidentes graves no período em análise foi assinalável: Troço compreendido entre o km 38 e 44, sensivelmente entre Mogadouro e Santiago. Neste troço com 6 km de extensão ocorreram 8 acidentes com mortos ou feridos graves nos seis anos em análise. Junto ao Km 59,5 a SE de Castelo Branco registaram-se 3 acidentes graves numa mesma curva, o que determina que esta área seja o principal ponto negro rodoviário no concelho. 191

192 Mapa 36 Rede viária e distribuição dos acidentes rodoviários graves, entre 2004 e Acidentes Fluviais O rio Douro constitui o limite oriental do concelho de Mogadouro. Este rio apresenta dois troços navegáveis por embarcações de recreio de porte variado: um a montante da barragem de Aldeia de Ávila, com cerca de 29 km de extensão; e outro a montante da barragem de Bemposta, com 8,7 km de extensão no município de Mogadouro. Não existe um historial de acidentes fluviais no vale do rio Douro, na área correspondente ao município de Mogadouro. No entanto, o assunto deve merecer a atenção dos agentes de proteção civil, muito pelas 192

193 limitações de acesso ao fundo do vale que dificultam eventuais ações de emergência e de socorro. Na área em questão, o vale do Rio Douro apresenta-se profundamente encaixado, sendo dominado por vertentes íngremes cuja altura chega a ultrapassar 300 m. O Mapa 37 assinala os dois cais (um a montante da barragem de Aldeia de Ávila e outro a montante da barragem de Bemposta) e os locais com acesso ao fundo do vale, em caso de intervenção de socorro ou emergência (10 a montante da barragem de Aldeia de Ávila e 4 a montante da barragem de Bemposta). Mapa 37 Locais de acesso ao fundo do vale em caso de acidente fluvial no Rio Douro. 193

194 Acidentes Aéreos Não existe um historial de acidentes graves de tráfego aéreo na área correspondente ao município de Mogadouro. No entanto, 6 km a norte de Mogadouro, em Eira (Freguesia de Azinhoso) situa-se o aeródromo municipal, com uma pista com 800 m de extensão, vocacionada para aeronaves ligeiras e certificada pelo INAC em É conhecido que uma parte muito significativa dos acidentes com aeronaves ligeiras ocorre junto aos aeródromos. Por esta razão, considera-se que o aeródromo de Mogadouro é a área do município onde a probabilidade de ocorrência de um acidente grave com uma aeronave é mais elevada (Mapa 38 Aeródromo de Mogadouro e zona envolvente.). Em torno do aeródromo foi definida uma zona envolvente onde a probabilidade de ocorrência de acidente é ainda significativa, nomeadamente no decurso de manobras para aterrar e levantar. 194

195 Mapa 38 Aeródromo de Mogadouro e zona envolvente Acidentes no Transporte Terrestre de Mercadorias Perigosas De acordo com estatísticas publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística, o trânsito rodoviário de mercadorias perigosas em Portugal constitui cerca de 10 % da totalidade de mercadorias transportadas. O transporte de mercadorias perigosas abrange uma gama de cerca de 60 grupos de matérias, com predominância para os combustíveis líquidos (gasolinas, gasóleo e fuelóleo) e gasosos (propano e butano), os quais contribuem com cerca de 70 % da totalidade do transporte de substâncias perigosas ( acedido em 2/11/2010). 195

196 Sempre que ocorra um acidente que afete ou crie perigo para as pessoas, os bens ou o ambiente, devem ser realizados relatórios de acidente. Para efeitos de elaboração destes relatórios consideram-se acidentes os acontecimentos ocorridos com veículos em trânsito, estacionados ou nas operações de carga ou descarga, acondicionamento ou estiva, em que se registe perda de vidas humanas ou em que se verifique explosão, incêndio, perda de contenção das matérias relativamente aos reservatórios ou necessidade de trasfega das matérias para outros reservatórios ( acedido em 2/11/2010). Segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária não há historial de acidentes no transporte de mercadorias perigosas no Município de Mogadouro entre 2002 e 2011, dos quais tenham resultado feridos ligeiros, feridos graves ou mortos. O CDOS de Bragança também não tem registos sobre este tipo de acidentes no município de Mogadouro. No entanto, quando existe um transporte de mercadorias envolvendo matérias perigosas ou altamente inflamáveis que atravesse o Distrito de Bragança, o CNOS informa o CDOS de Bragança desse percurso e/ou rota. Atendendo à inexistência de estabelecimentos industriais a operar com produtos perigosos, considera-se que a principal fonte de risco corresponde aos camiões cisterna que abastecem periodicamente os postos de abastecimento de combustíveis situados no concelho (3 em Mogadouro e 1 em Urrós). Estes postos de abastecimento situam-se junto das estradas nacionais que são, como já foi referido, as vias onde ocorrem mais acidentes rodoviários graves Colapso de Túneis, Pontes e outras Infraestruturas O colapso de túneis, pontes e outras infraestruturas é suscetível de colocar diretamente em risco pessoas e bens, gerando ainda perturbações funcionais relevantes, que se estendem às operações de emergência e socorro. Não existe um historial de acidentes graves associados ao colapso de infraestruturas. Embora não existam túneis rodoviários, foram identificados cerca de 6 dezenas de pontes com dimensão variada e 1 viaduto (Gráfico 17 Pontes e viadutos no município de Mogadouro e Mapa 39 Distribuição das pontes e viadutos no município de Mogadouro). É nas freguesias de Mogadouro e Castelo Branco que se observa a maior concentração de pontes (8 em cada freguesia). O estado de conservação destas infraestruturas é desconhecido. A probabilidade de colapso de pontes é maior em períodos marcados por precipitação mais abundantes e/ou mais intensas, alturas em que o perigo de cheia e de ocorrência de movimentos de massa nas vertentes é também maior. Deste modo, o colapso de pontes pode fazer acentuar a gravidade de outras ocorrências (e.g. inundações, movimentos de massa) ao dificultar a resposta das intervenções de emergência e socorro. 196

197 Ponte < 25m Ponte 25-50m Ponte 50-75m Ponte m Ponte > 100m Viaduto 25-50m Gráfico 17 Pontes e viadutos no município de Mogadouro 197

198 Mapa 39 Distribuição das pontes e viadutos no município de Mogadouro Cheias e Inundações por Rutura de Barragens Apesar de todos os dispositivos e medidas de segurança adotados, a construção de barragens acarreta riscos que, em caso de acidente grave, têm que ser acautelados. Com efeito, a rutura de uma barragem, seja por colapso estrutural ou por cedência das fundações, induz uma onda de inundação a jusante que pode provocar vítimas humanas e causar elevados prejuízos materiais. Ao longo do limite leste do concelho de Mogadouro encontram-se duas barragens de grande dimensão, suscetíveis de gerar um acidente grave (Mapa 30 Suscetibilidade a inundações por cheias no município 198

199 de Mogadouro e Mapa 37 Locais de acesso ao fundo do vale em caso de acidente fluvial no Rio Douro.): (i) A barragem de Bemposta, que atinge 87 m de altura máxima acima das fundações e tem (ii) uma capacidade de armazenamento de 12,910 7 m 3; A barragem de Aldea d Ávila, espanhola, que tem uma altura de 139 m acima das fundações e uma capacidade de armazenamento de11,510 7 m 3. Para além das anteriores, há que considerar ainda as barragens seguintes, situadas fora mas com influência potencial no concelho: (i) A barragem do Azibo, situada no concelho de Macedo de Cavaleiros (a NW do concelho de Mogadouro), no rio Azibo, com apenas 56 m de altura acima das fundações e capacidade de armazenamento de 5, m 3, a qual, em caso de rutura, afetaria o troço jusante daquele rio, no contacto com o rio Sabor (Mapa 30 Suscetibilidade a inundações por cheias no município de Mogadouro): (ii) As barragens portuguesas do Picote e de Miranda, situadas ao longo do rio Douro, a montante da barragem de Bemposta, respetivamente com capacidades de armazenamento de 6,310 7 m 3 e de 2, m 3 ; (iii) A barragem espanhola de Almendra, implantada no troço jusante do rio Tormes, afluente da margem esquerda do rio Douro, a apenas cerca de 15 km da fronteira portuguesa, a qual atinge 202 m de altura máxima acima das fundações e tem capacidade de armazenamento de 258,610 7 m 3. No interior do concelho, na freguesia de Penas Roias, localiza-se a barragem de Bastelo, com uma capacidade útil de 1,2x10 6 m 3. A eventual rutura desta barragem não é suscetível de originar danos significativos, uma vez que não se observam edifícios ao longo do fundo do vale da Ribeira do Moinho Albeiro, a jusante da barragem e até à confluência com o Rio Sabor. No entanto, a Estrada Nacional 219 será certamente afetada, 1 km a NE da povoação de Peso. O Regulamento de Segurança de Barragens (RSB) (Decreto-Lei n.º344/2007, de 15 de Outubro) é o documento legal que, na atual legislação portuguesa, define quais os meios e processos a implementar tendo em vista o controlo e a segurança das barragens. O RSB obriga à elaboração de planeamento de emergência para as barragens de Classe I (aquelas que, em caso de rutura, podem afetar pelo menos 25 residentes) e a implementação de sistemas de alerta e aviso. De acordo com o artigo 46º do RSB, o planeamento de emergência de uma barragem é constituído pelo plano de emergência interno (PEI) e plano de emergência externo (PEE). O RSB determina ainda que o PEI é um documento da responsabilidade do Dono de Obra relativo à segurança da albufeira e do vale a jusante na Zona de Autossalvamento (ZAS). O PEI deve conter estudos de acidentes na barragem e de 199

200 propagação da onda de inundação, a identificação das ZAS e a implementação de sistemas de alerta e de aviso (artigo 50º) (ANPC, 2009a). O PEE, sendo da responsabilidade do Sistema de Proteção Civil, pressupõe a pré-existência do PEI, devendo incorporar elementos fundamentais da caracterização da onda de inundação, nomeadamente: (i) o instante da chegada da frente da onda; (ii) o nível máximo de cheia atingido (altura e cota); (iii) a duração da cheia; (iv) a velocidade máxima da onda de inundação; e (v) o caudal máximo Colapso de Galerias e Cavidades de Minas O colapso de galerias e cavidades de minas, com movimentos de abatimento e de assentamento, é suscetível de colocar em risco pessoas e bens. No concelho de Mogadouro existem algumas antigas minas desativadas, que no passado exploraram minérios de Volfrâmio e Estanho. Destaca-se o campo mineiro de Fonte Santa situado junto à aldeia das Quintas das Quebradas, na freguesia de Castelo Branco. Embora não haja um historial de colapsos de galerias e cavidades de minas em Mogadouro, há o registo de ocorrência de uma derrocada de uma barreira de escombros da mina de Fonte Santa, em 2006, na sequência de chuvadas intensas. As descrições da ocorrência fazem crer num movimento rápido do tipo fluxo, que arrastou hortas, pomares, vinhas e caminhos num percurso com mais de cinco quilómetros. Adicionalmente, a topografia na zona da mina encontra-se muito irregular, com depressões fundas, o que constitui um perigo para pessoas e animais domésticos Acidentes em Instalações de Combustíveis, Óleos e Lubrificantes Atendendo à perigosidade dos produtos envolvidos, os postos de abastecimento de combustíveis são suscetíveis à ocorrência de acidentes graves, com explosão e/ou incêndio. Não há historial de acidentes em instalações de combustíveis no Município de Mogadouro. A possibilidade de ocorrência de um acidente admite-se como idêntica em qualquer dos 4 postos de abastecimento de combustíveis existentes no concelho (Mapa 40 Postos de abastecimento de combustíveis no município de Mogadouro.): 2 no centro de Mogadouro; 1 em Mogadouro, na saída para a EN 216; e 1 em Urrós na EN

201 Mapa 40 Postos de abastecimento de combustíveis no município de Mogadouro Incêndios e Colapsos em Centros Históricos e em Edifícios com Elevada Concentração Populacional Os incêndios em edifícios normalmente são analisados à escala do edificado, contudo é necessário identificar e compreender os fatores espaciais que condicionam o seu desencadeamento e propagação. A degradação do edificado e a evolução dos espaços urbanos aumentam os fatores de risco das construções, não só pelas condições das habitações, mas também pelas condições sociais e demográficas da população que neles habita. 201

202 No tratamento dos incêndios em edifícios foram recolhidos os registos de ocorrências de Incêndios urbanos ( ) a partir das bases de dados do CDOS de Bragança. Estas ocorrências foram georreferenciadas (Mapa 41 Distribuição espacial do número de incêndios em edifícios no concelho de Mogadouro entre 2006 e 2010) e contabilizou-se o número de incêndios em edifícios por freguesia. Mapa 41 Distribuição espacial do número de incêndios em edifícios no concelho de Mogadouro entre 2006 e 2010 No concelho de Mogadouro foram registados 72 incêndios em edifícios entre Janeiro de 2006 e Agosto de A freguesia de Mogadouro tem o maior número de registos de incêndios em edifícios (39), seguindo-se as freguesias de Vale da Madre, Castro Vicente e Meirinhos com 6 registos para o mesmo período. 202

203 A maioria dos registos está relacionada com incêndios em chaminés muito utilizadas em lareiras para o aquecimento das habitações, incêndios em palheiros e casas antigas. O ano com maior percentagem de incêndios em edifícios foi 2009 e deve referir-se que os dados do ano de 2010 só se referem aos meses de Janeiro até Agosto (Gráfico 18 Percentagem de incêndios em edifícios no concelho de Mogadouro entre 2006 e 2010) % anos Gráfico 18 Percentagem de incêndios em edifícios no concelho de Mogadouro entre 2006 e Incêndios Florestais Todos os anos centenas de incêndios consomem povoamentos florestais e matos, traduzindo-se em enormes perdas, quer do ponto de vista económico, como social e ambiental. A acumulação de combustíveis na floresta e nas zonas de pastagem aliada à topografia do terreno, fracas acessibilidades e às características culturais da população residente, aumenta a probabilidade de ocorrência de fogos, tornando o concelho do Mogadouro vulnerável à sua ocorrência e propagação. De acordo com os registos de áreas ardidas e de número de incêndios, as freguesias mais atingidas no início deste século têm sido Travanca, Bemposta, Meirinhos, Urrós, Brunhozinho e Bruçó, sendo os incêndios marcadamente sazonais (maior número de ocorrências de Julho a Setembro). A cartografia de suscetibilidade de incêndio florestal é uma ferramenta de apoio à prevenção de incêndios ao identificar as zonas mais suscetíveis e, portanto, com uma maior probabilidade de incêndio, e possibilitar a análise da localização dos equipamentos e das medidas necessárias à vigilância, permitindo assim a otimização dos recursos e infraestruturas disponíveis para o combate aos fogos florestais. A carta de suscetibilidade de incêndio florestal foi elaborada de acordo com a metodologia SCRIF ( no âmbito da realização do Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios (PMDFCI). No município do MOGADOURO existe um único posto de vigia, o posto da Serra da Figueira em Vale de Porco, instalado a 918m de altitude e com 6m de altura (Mapa 42 Carta de Visibilidade dos Postos de Vigia no município do Mogadouro). Este posto apresenta acessos razoáveis e a partir dele é possível 203

204 observar os perímetros florestais da Serra de Bornes, do Monte de Morais, da Serra do Reboredo e do Palão (todos eles já fora dos limites do município) e grandes áreas pertencentes ao Parque Natural do Douro Internacional. Existe um outro posto de vigia em Torre de Moncorvo, na Serra do Reboredo na freguesia de Moncorvo, a 909m de altitude, mas a sua visibilidade do município do Mogadouro é relativamente baixa. Assim, da combinação dos dois postos de vigia resulta que quase 70% do território do município não é avistado por nenhum posto (Tabela 71 Visibilidade do território por postos de vigia). Nº Postos Área ha Área % Nenhum 52202,17 68, ,96 30, ,8 0,9 Tabela 71 Visibilidade do território por postos de vigia 204

205 Mapa 42 Carta de Visibilidade dos Postos de Vigia no município do Mogadouro Os resultados da cartografia de suscetibilidade são agrupados em 5 classes de suscetibilidade: Baixa, Moderada, Moderada-Elevada, Elevada e Muito Elevada (Mapa 43 Carta de Suscetibilidade de Incêndio Florestal em Mogadouro). O concelho de Mogadouro apresenta cerca de 40% do território com suscetibilidade de incêndio elevada ou muito elevada (Tabela 72 Suscetibilidade ao incêndio florestal nas freguesias do Concelho de Mogadouro, expresso por percentagem do território da freguesia). Contudo, as áreas de maior suscetibilidade variam bastante de freguesia para freguesia, sendo mínima em Vale da Madre e máxima em Meirinhos, com 12% e 65% da área total, respetivamente, apresentando suscetibilidade elevada e muito elevada. Destacam-se ainda as freguesias de Bruçó e Castelo Branco com mais do que 60% da 205

206 sua área com suscetibilidade elevada a muito elevada. Com valores de suscetibilidade elevada a muito elevada acima da média da obtida para o município (38%) encontram-se também as freguesias de Bemposta (49%), Vale de Porco (46%), Sanhoane (45%), Peredo da Bemposta (41%), Saldanha (41%) e Paradela (41%). Por outro lado, as freguesias com maiores áreas integradas na classe de suscetibilidade de incêndio florestal baixa são Vale da Madre (35%), Sanhoane (34%), Vilar de Rei (31%) e Travanca (30%). Este mesmo conjunto de freguesias apresenta uma suscetibilidade de incêndio florestal baixa a moderada de entre 2 / 3 e ¾ do seu território. De acordo com o diagnóstico efetuado no PMDFCI, os elevados valores de suscetibilidade em algumas das freguesias devem-se essencialmente a: 1. Abandono das propriedades agroflorestais, a extinção das práticas ancestrais da roça do mato e recolha para atividades agrícolas, a recolha de lenhas para aquecimento doméstico, são o reflexo do esvaziamento rural e do absentismo dos proprietários, gerando uma elevada acumulação de combustíveis vegetais no interior das matas, logo, um aumento contínuo do perigo de incêndio; 2. Perda de manchas de descontinuidade de combustível florestal, devido ao abandono das atividades agrícolas exercidas em alguns prédios rústicos existentes no interior das grandes manchas florestais; 206

207 Mapa 43 Carta de Suscetibilidade de Incêndio Florestal em Mogadouro Suscetibilidade Freguesia Moderada- Muito Baixa Moderada Elevada Elevada Elevada Azinhoso 15,8 46,0 6,1 18,9 13,3 Bemposta 9,2 32,7 9,4 20,1 28,6 Bruçó 8,2 18,6 10,1 39,0 24,0 Brunhoso 8,6 51,2 12,0 21,8 6,5 Brunhosinho 23,1 27,7 21,2 19,7 8,2 Castanheira 24,0 41,2 9,0 16,1 9,6 Castelo Branco 6,3 29,2 4,5 30,8 29,1 Castro Vicente 10,2 46,8 8,7 21,0 13,2 Meirinhos 3,4 25,8 5,1 18,7 46,9 207

208 Mogadouro 11,1 46,9 7,9 22,4 11,7 Paradela 6,1 42,1 11,1 22,0 18,8 Penas Roias 16,5 47,9 9,4 18,1 8,1 Peredo de Bemposta 16,0 29,8 13,3 17,6 23,4 Remondes 17,8 44,5 12,2 15,9 9,5 Saldanha 11,5 37,2 10,4 25,0 15,9 Sanhoane 14,4 30,8 10,0 20,4 24,5 São Martinho do Peso 34,4 38,1 3,7 19,3 4,4 Soutelo 25,7 39,6 12,2 14,4 8,1 Tó 20,5 40,6 21,6 10,9 6,5 Travanca 30,4 36,0 9,3 16,4 7,9 Urrós 21,9 33,5 8,3 23,5 12,8 Vale da Madre 35,3 46,1 6,6 11,8 0,3 Vale de Porco 6,2 42,1 5,8 31,8 14,1 Valverde 6,6 46,9 11,8 11,8 22,8 Ventoselo 18,4 46,2 8,9 10,6 16,0 Vila de Ala 24,3 45,4 14,5 10,7 5,1 Vilar do Rei 30,9 44,2 4,6 17,5 2,9 Vilarinho dos Galegos 18,1 43,1 10,4 16,2 12,1 Concelho 14,5 38,3 9,5 20,5 17,2 Tabela 72 Suscetibilidade ao incêndio florestal nas freguesias do Concelho de Mogadouro, expresso por percentagem do território da freguesia 3. Os núcleos populacionais que, devido à sua atividade constante, nomeadamente no que respeita à agricultura praticada (onde se inserem as queimadas e queima de sobrantes e a colheita mecânica do cereal, com ausência de tapa-chamas nos tubos de escape e de dispositivos de retenção de faíscas ou faúlhas e de extintores), proporcionam um perigo permanente de ignição; 4. As festas anuais das povoações são um fator de risco, nomeadamente as que ocorrem no período estival e na proximidade de áreas florestais; 5. Grandes manchas contínuas de resinosas (por exemplo, na Serra do Gajope) e de eucaliptal (Quinta das Quebradas, Estevais e Meirinhos), propiciam a ignição, aumentam a velocidade de propagação dos incêndios e consequentemente, incrementam a probabilidade de ocorrência de grandes incêndios; 6. Cortes rasos de resinosas na Serra do Gajope e acumulação de sobrantes no interior das manchas florestais; 7. A Serra do Gajope, a Serra da Castanheira, a Serra do Variz, a Serra de Figueira e a Serra do Mogadouro-Vilar de Rei são zonas alvo da circulação diária de pessoas, portanto, propícias à eclosão de incêndios, devendo ser alvo de cuidados de vigilância móvel e fixa e brigadas de primeira intervenção; 8. Extensas áreas contínuas de incultos situados sobretudo na freguesia de Meirinhos e Valverde; 9. Início do abandono dos eucaliptais, nomeadamente na freguesia de Meirinhos; 208

209 10. Os vales encaixados do Douro e Sabor, com declives acentuados, com uma baixa ou nula densidade de rede viária, dificultam a vigilância e deteção, previsão de propagação, a primeira intervenção e, consequentemente, o combate aos grandes incêndios; 11. O não cumprimento por parte dos proprietários dos Planos de Gestão, relativamente aos projetos florestais da última década, nomeadamente, PDF, 2080 e RURIS; 12. A existência de apenas uma Brigada de Sapadores Florestais no concelho de Mogadouro Análise do Risco A matriz de análise do risco foi realizada de acordo com os procedimentos metodológicos vertidos no Guia para a Caracterização de Risco no Âmbito da Elaboração de Planos de Emergência de Proteção Civil (ANPC, 2009b). Neste contexto, o risco é classificado pela intersecção entre a probabilidade de ocorrência do evento perigoso e o grau de gravidade dos danos potenciais que o mesmo pode produzir. A Tabela 73 e a Tabela 74 representam, respetivamente, os descritores das classes de probabilidade e de gravidade utilizadas neste Plano. A classificação do Risco, a partir do cruzamento entre a probabilidade e a gravidade, foi efetuada de acordo com a matriz proposta pela ANPC (2009) representada na Figura 5. A Tabela 75 representa a matriz de Risco para o território de Mogadouro. Refira-se que, na construção da matriz, se considerou, para cada categoria de risco, a possibilidade de ocorrência de eventos com a máxima severidade plausível. Adicionalmente, na caracterização global da gravidade de cada risco foi atribuída uma ponderação duas vezes superior aos impactos na população, por comparação com os admitidos para o ambiente e para a socioeconomia. Probabilidade Elevada Média-Alta Média Média-Baixa Baixa Descrição É expectável que ocorra em quase todas as circunstâncias; E/ou nível elevado de incidentes registados; E/ou fortes evidências; E/ou forte probabilidade de ocorrência do evento; E/ou fortes razões para ocorrer; Pode ocorrer uma vez por ano ou mais. Irá provavelmente ocorrer em quase todas as circunstâncias; E/ou registos regulares de incidentes e razões fortes para ocorrer; Pode ocorrer uma vez em cada cinco anos. Pode ocorrer uma vez em períodos de 5-10 anos. Poderá ocorrer em algum momento; E/ou com uma periodicidade incerta, aleatória e com fracas razões para ocorrer; Pode ocorrer uma vez em cada 20 anos. Pode ocorrer uma vez em períodos de anos. Não é provável que ocorra; Não há registos ou razões que levem a estimar que ocorram; Pode ocorrer uma vez em cada 100 anos. Poderá ocorrer apenas em circunstâncias excecionais. Pode ocorrer uma vez em cada 500 anos ou mais. Tabela 73 Grau de Probabilidade 209

210 Classificação Impacto Descrição Residual População Não há feridos nem vítimas mortais. Não há mudança/retirada de pessoas ou apenas de um número restrito, por um período curto (até 12 horas). Pouco ou nenhum pessoal de apoio necessário (não há suporte ao nível monetário nem material). Danos sem significado. Ambiente Não há impacte no ambiente. Socioeconomia Não há ou há um nível reduzido de constrangimentos na comunidade Não há perda financeira. Reduzida População Pequeno número de feridos mas sem vítimas mortais. Algumas hospitalizações e retirada de pessoas por um período inferior a 24 horas. Algum pessoal de apoio e reforço necessário. Alguns danos. Ambiente Pequeno impacte no ambiente sem efeitos duradoiros. Socioeconomia Disrupção (inferior a 24 horas). Alguma perda financeira. População Tratamento médico necessário, mas sem vítimas mortais. Algumas hospitalizações. Retirada de pessoas por um período de 24 horas. Algum Moderada pessoal técnico necessário. Alguns danos. Ambiente Pequeno impacte no ambiente sem efeitos duradoiros. Socioeconomia Alguma disrupção na comunidade (menos de 24 horas). Alguma perda financeira. Número elevado de feridos e de hospitalizações. Número elevado de População retirada de pessoas por um período superior a 24 horas. Vítimas mortais. Recursos externos exigidos para suporte ao pessoal de apoio. Danos Acentuada significativos que exigem recursos externos. Ambiente Alguns impactes com efeitos a longo prazo. Socioeconomia Funcionamento parcial da comunidade com alguns serviços indisponíveis. Perda significativa e assistência financeira necessária. Grande número de feridos e de hospitalizações. Retirada em grande População escala de pessoas por uma duração longa. Significativo número de vítimas Crítica mortais. Pessoal de apoio e reforço necessário. Ambiente Impacte ambiental significativo e ou danos permanentes. Socioeconomia A comunidade deixa de conseguir funcionar sem suporte significativo. Tabela 74 Grau de Gravidade Figura 5 Matriz de Risco Grau de Risco 210

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