Regulamento. Venda de Imóveis propriedade da Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto. CAPÍTULO I Disposições gerais
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- Sérgio Jardim Brezinski
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1 Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto Rua da Reboleira, Porto Regulamento Venda de Imóveis propriedade da Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto CAPÍTULO I Disposições gerais Artigo 1. Objecto e âmbito de aplicação 1 - A alienação de imóveis cujo titular do direito de propriedade seja a extinta Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto ( FDZHP) deverá realizar-se por hasta pública, de acordo com as condições gerais definidas no presente Regulamento, assim como as condições especiais que, em concreto, forem aprovadas para cada imóvel. 2 - A alienação de imóveis que sejam objecto de estudo urbanístico previsto nos Planos Estratégicos aprovados pela Sociedade de Reabilitação Urbana da Baixa Portuense, SA ( Porto Vivo, SRU) com competências na área de circunscrição da FDZH, deve ainda obedecer às condições estabelecidas nesse plano e constar das respectivas condições especiais. Artigo 2. 1
2 Valor dos imóveis O valor dos imóveis é fixado pelo Conselho de Administração por proposta do Avaliador para o efeito contratado, tendo em conta, designadamente, as regras de uso, ocupação e transformação do solo prevista no instrumento de gestão territorial em vigor e, especialmente a avaliação segundo o IMI. Artigo 3. Concorrentes Podem ser admitidos a concurso: a) Pessoas singulares e pessoas colectivas ou os seus representantes devidamente identificados e habilitados. b) Os eventuais titulares de direito de preferência ou os seus representantes devidamente identificados. C) A venda das fracções ficam sempre subordinadas ao não exercício do direito de preferência pela Câmara Municipal do Porto e pelo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arquelógico (IGESPAR). Artigo 4.º Publicitação 1 - O anúncio de abertura do concurso de hasta pública deve ser publicitada com a antecedência mínima de 10 dias relativamente ao prazo limite para entrega das propostas, através de edital a publicar num jornal de circulação nacional, no Gabinete do Munícipe da CMP e na Loja da Reabilitação Urbana da SRU 2 Do edital devem constar os seguintes elementos: a) Identificação e localização do imóvel; b) Valor base de licitação; c) Local, data e hora limites para apresentação das propostas; d) Modalidade de pagamento; e) Local, data e hora do acto público de abertura das propostas; 2
3 f) Outros elementos considerados relevantes, nomeadamente quando existam: - Extracto do instrumento de gestão territorial em vigor e condicionantes - Ónus que imperem sobre os imóveis, tais como arrendamentos, comodatos contenciosos judiciais, etc. CAPÍTULO II Acto público e adjudicação Artigo 5.º Apresentação das propostas As propostas podem ser entregues directamente no local a indicar no anúncio de abertura do concurso, contra recibo,ou enviadas pelo correio, sob registo e com aviso de recpção, desde que sejam recebidas até ao final do prazo fixado, sendo o concorrente o único responsável pelos atrasos que porventura se verifiquem. Artigo 6.º Proposta 1 - A proposta deve mencionar obrigatóriamnte: a) A identificação do concorrente mediante a indicação do nome e domicilio ou, no caso de pessoa colectiva, a denominação social e sede; b) O preço oferecido em algarismos e preferencialmente por extenso, sendo que em caso de dúvida prevalece o valor indicado por extenso. c) A licitação deve ter como referência mínima, o valor base de licitação anunciada no edital de anúncio do concurso de venda. 2 - A proposta deve mencionar ainda: a) O número e data do Bilhete de identidade e o número fiscal de contribuinte ou número de pessoa colectiva do concorrente; b) Número de telefone ou telemóvel e, quando possível, ou fax, c) O interessado deverá declarar a qualidade em que concorre, nomeadamente, em nome próprio ou em representação de sociedade ou cooperativa, ou ainda como 3
4 mandatário, gestor de negócios ou representante de outrem, apresentando para o efeito documento comprovativo da mesma. 3 - A proposta tem que ser assinada pelo concorrente ou pelo seu representante. 4 - Cada concorrente apenas pode apresentar uma única proposta por imóvel. 5 - Não havendo licitação, considera-se a hasta pública deserta. Artigo 7.º Modo de Apresentação da Proposta As propostas devem ser apresentadas em subrescrito fechado, identificando-se no exterior do mesmo o concorrente e o imóvel a que respeita que por sua vez, é encerrado num segundo sobrescrito dirigido à Presidente do Conselho de Administração e endereçado ao local indicado no anúncio de abertura do concurso, devendo nele constar, ao lado do endereço, a menção Concurso de Venda. Artigo 8.º Acto Público 1 - As propostas são abertas em acto público a realizar no dia útil seguinte à data limite para a apresentação das propostas. 2 - O acto público referido no ponto anterior decorre perante uma Comissão composta por três membros designados pelo Conselho de Administração. Artigo 9.º Exclusão das Propostas São excluídas as propostas que não observem o disposto nos artigos 6.º e 7.º deste Regulamento. Artigo 10.º Classificação das Propostas 4
5 Na classificação das propostas o critério utilizado é o preço mais elevado. Artigo 11.º Empate 1 - Caso se verifique empate relativamente ao preço mais elevado os concorrentes são notificados no próprio acto para apresentar nova proposta no prazo a fixar pela Comissão, nunca superior a 72 horas. 2 - Caso os concorrentes não se encontrem no acto público, a notificação é feita por telefone, telegrama ou fax, a qual será confirmada por via postal no dia seguinte, sem prejuízo de a notificação se considerar feita na data da primeira comunicação 3 - As novas propostas são abertas na data designada dando-se prosseguimento ao acto público Artigo 12.º Notificação e Adjudicação Provisória 1 - A Comissão elabora uma lista de classificação com menção dos concorrentes excluídos e com a ordenação das propostas e submete-a ao Conselho de Administração para homologação. 2 - A adjudicação é comunicada ao primeiro classificado através de ofício registado e em correio azul, acompanhado do respectivo contrato-promessa de compra e venda. 3 - O promitente adjudicatário deverá, no prazo máximo de 5 dias úteis após comunicação da FDZH, confirmar o seu interesse na compra e proceder ao pagamento de 10% do valor da adjudicação ( cheque emitido por um banco com garantia de provisão). 4 - Caso o concorrente não confirme o seu interesse no prazo referido, considera-se que desistiu da compra e a adjudicação é efectuada ao concorrente classificado no lugar imediatamente a seguir. 5 - A FDZH, reserva-se no direito de, se assim achar conveniente, não adjudicar a venda a nenhum dos concorrentes, independentemente do preço proposto. Artigo 13. 5
6 Exercício dos direitos de preferência 1 - Após a adjudicação provisória nos termos do artigo anterior, há lugar ao exercício de eventuais direitos de preferência. 2 - A Comissão, nos cinco dias após a adjudicação provisória notificará os concorrentes nesta situação para apresentarem proposta no prazo a fixar pela Comissão e nunca superior a 72 horas. 3 - Para efeitos do número anterior a base de licitação será o valor oferecido pelo licitante a quem foi adjudicado provisóriamente o imóvel. 4 - A venda da fracção fica sempre condicionada ao não exercício do direito de preferência. Artigo 14. Adjudicação definitiva 1 - A decisão de adjudicação definitiva compete ao Conselho de Administração, devendo dela ser notificado o adjudicatário, por carta registada com aviso de recepção, no prazo máximo de 30 dias úteis a contar da adjudicação provisória. 2 - No prazo máximo de dez dias, o adjudicatário deve remeter à FDZH os documentos necessários à celebração da escritura de compra e venda 3 - O Conselho de Administração pode não adjudicar definitivamente o imóvel, mediante fundamentação adequada. Artigo 15. Condições de pagamento O pagamento é efectuado do seguinte modo: a) Entrada inicial de 10% do valor da adjudicação, a título de sinal e princípio de pagamento, através de cheque visado ou bancário b) O remanescente do preço é liquidado na data da outorga da escritura de compra e venda, mediante cheque visado ou cheque bancário ( cheque emitido por um banco, com garantia de provisão) ao qual é descontada a quantia do cheque entregue com a proposta. 6
7 c)as despesas decorrentes da alienação, designadamente imposto de selo, IMT. e emolumentos notariais são da responsabilidade do adjudicatário. Artigo 16. Escritura de compra e venda 1 - A escritura de compra e venda deve ter lugar no prazo de 2 meses a partir da data da comunicação da adjudicação definitiva 2 - Se por razões imputáveis ao adquirente, a escritura não se realizar no prazo referido no número anterior, aquele pode pedir a porrogação do prazo por um período máximo de 2 meses. Neste caso o capital em dívida vence juros calculados à taxa Euribor a três meses, acrescidos de um spread de 2,5%. Artigo 17. Ajuste directo 1 - Podem ser alienados por ajuste directo os imóveis propriedade da FDZH de valor inferior ou igual a 1000 vezes a remuneração mínima mensal garantida ( RMMG), nas seguintes situações: a) Quando o imóvel se destine a ser integrado no Património dos Fundadores da extinta Fundação para prosseguimento de fins a que estavam destinados pela FDZHP; b) Quando a alienação do imóvel se destine directa e imediatamente à concretização de fins de interesse público, devidamente fundamentado, avalisado por entidade acreditada para o efeito, nomeadamente :SRU, ISS ou Município do Porto e o adquirente se mostre como o único contratante em condições de prosseguir ou satisfazer aqueles fins. 2 - Podem ainda ser alienados por ajuste directo os imóveis que tenham sido objecto de hasta pública, quando esta tenha ficado deserta. 3 - No ajuste directo, o valor da alienação não pode ser inferior a 90% do valor base de licitação, nas condições do ponto anterior. 7
8 CAPÍTULO III Disposições finais Artigo 18. Prazo Os prazos previstos neste título poderão ser prorrogados por motivos que a FDZHP o considere justificáveis. Artigo 18. Reversão 1 - Haverá lugar a direito de reversão sempre que o comprador, no casos referidos no ponto 1 do artigo 8º, não dê início ao procedimento de licenciamento de construção ou reabilitação urbana estipulada nos Planos Estratégicos ou nas condições especiais que fundamentaram o interesse público subjacente à referida venda. 2 - A reversãodo imóvel, será acompanhada de 50% do valor da venda. Artigo 19. Sanções A prestação de falsas declarações ou a falsificação dos documentos apresentados implica a exclusão da hasta pública, bem como a anulação da adjudicação, revertendo para a FDZH as quantias já entregues, sem prejuízo de participação à entidade competente para efeitos de procedimento penal. FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA ZONA HISTÓRICA DO PORTO ABRIL
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