PERSPECTIVAS E DESAFIOS PARA APLICAÇÃO DA SOLDAGEM SUBAQUÁTICA MOLHADA NA PETROBRAS. Trabalho a ser apresentado durante a Rio Welding 2014

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PERSPECTIVAS E DESAFIOS PARA APLICAÇÃO DA SOLDAGEM SUBAQUÁTICA MOLHADA NA PETROBRAS. Trabalho a ser apresentado durante a Rio Welding 2014"

Transcrição

1 PERSPECTIVAS E DESAFIOS PARA APLICAÇÃO DA SOLDAGEM SUBAQUÁTICA MOLHADA NA PETROBRAS Autores: Ricardo Reppold Marinho 1, Marcelo Torres Piza Paes 1, Ezequiel Caires Pereira Pessoa 2, Alexandre Queiroz Bracarense 3, Valter Rocha dos Santos 4, Fernando Cosme Rizzo Assunção 4, Maurício de Jesus Monteiro 5, José Roberto Domingues 6, 1 PETROBRAS/CENPES, Rio de Janeiro, RJ, Brasil 2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Betim, MG, Brasil, 3 Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil, 4 PUC-Rio, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 5 Instituto Nacional de Tecnologia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 6 ESAB Ind. e Com Ltda., Belo Horizonte, MG, Brasil Trabalho a ser apresentado durante a Rio Welding 2014 As informações e opiniões contidas neste trabalho são de exclusiva responsabilidade dos autores. RESUMO Historicamente, os procedimentos de soldagem molhada são certificados (qualificados) como classe B de acordo com a norma internacional de soldagem subaquática AWS D3.6M. Por esse motivo, a soldagem molhada pelo processo de eletrodos revestidos é utilizada apenas em reparos não estruturais ou em situações emergenciais. Um dos impedimentos para a obtenção de soldas classe A está relacionado com as características do tipo de eletrodo revestido utilizado. Os eletrodos do tipo rutílico são largamente utilizados em soldagem molhada devido à boa estabilidade do arco e a facilidade de operação e manuseio. Entretanto, apresentam defeitos como porosidade e microtrincas que afetam o alongamento e a ductilidade do metal de solda resultando em reprovação nos ensaios de tração e dobramento. Já os eletrodos do tipo oxidante são menos utilizados devido à baixa estabilidade do arco e dificuldades de operação e manuseio. Estes eletrodos também não alcançam os requisitos exigidos para classe A devido a baixos valores de limite de resistência e defeitos como trincas na raiz. Outro obstáculo que dificulta a obtenção de classe A e não está diretamente relacionado com o tipo de eletrodo é a elevada dureza na zona afetada pelo calor (ZAC). Este artigo discute cada

2 um desses desafios acima mencionados e descreve os resultados obtidos com o desenvolvimento de um novo eletrodo tipo oxi-rutílico que tem conseguido em testes de laboratório e campo alguns importantes resultados no sentido de alcançar a classe A. Visando a uma maior aceitação futura da soldagem molhada como solda de reparo permanente, exclusivamente para unidades flutuantes de produção, são oferecidas sugestões às partes envolvidas quanto à filosofia de qualificação de procedimentos de soldagem e quanto a modificações em alguns critérios de aceitação. INTRODUÇÃO Considerando as restrições de ordem econômica para a docagem das estruturas de produção flutuantes na costa brasileira (navios e plataformas semi-submersíveis), há necessidade da disponibilidade de técnicas e de consumíveis para manutenção e reparos in situ evitando assim paradas de produção. A soldagem subaquática molhada pelo processo eletrodos revestidos é um dos métodos de reparo estrutural in situ já aplicado em diversas situações tanto pela PETROBRAS como por companhias estrangeiras e cujas principais vantagens são a simplicidade, a versatilidade e o baixo custo. No Brasil, intervenções como as de reparo de trincas na monobóia de Marimbá e na estrutura da plataforma P-27 são exemplos de aplicação onde a soldagem molhada foi a opção considerada mais recomendada sob critérios técnicos e econômicos [1]. No exterior, numerosas intervenções para reparos estruturais por soldagem subaquática molhada em plataformas foram relatadas, sendo notáveis aqueles realizados em plataformas fixas do Golfo do México, danificadas por furacões. Conforme recente publicação [2], de 34 plataformas reparadas por esta técnica, 29 permanecem em operação. São vislumbradas como situações futuras de aplicação da soldagem molhada dentre outras: reparos e instalações de componentes nas plataformas fixas em operação, reparos de trincas e regiões corroídas em plataformas semi-submersíveis e reparos de trincas de fadiga em componentes estruturais de plataformas semi-submersíveis e em bolinas de FPSOs. É verificada internacionalmente a tendência de emprego de estruturas flutuantes (navios e plataformas semi-submersíveis) na produção de petróleo offshore. Contudo, consideráveis prejuízos podem ocorrer se for necessária a interrupção da produção para docar a unidade flutuante visando sua manutenção e reparo. Por exemplo, a parada de produção por um mês de uma plataforma, com produção média de barris/dia, pode implicar em lucros cessantes da ordem de R$ ,00. Portanto, é importante aperfeiçoar métodos de reparo estrutural operacionalmente simples e versáteis como a soldagem subaquática molhada para reparos in loco pelo processo de soldagem de eletrodos revestidos. Esta técnica oferece melhores resultados quando aplicada em águas rasas (profundidades de até 20m), correspondendo às profundidades máximas dos componentes estruturais das unidades flutuantes quando em operação. Porém, é necessário que a confiabilidade destes reparos seja reconhecida tanto pelas operadoras quanto pelas sociedades classificadoras envolvidas para avaliações de integridade estrutural, sob a ótica da qualidade para uso específico, sejam aceitas. Ainda, a aplicação da soldagem molhada em instalações flutuantes de produção aumenta em viabilidade técnica considerando que os aços utilizados nas construções navais apresentam boa soldabilidade, resultando em menor risco de fissuração a frio durante a soldagem.

3 Em soldagem subaquática usualmente referencia-se o código AWS D3.6M:2010 Underwater Welding Code [3], onde as soldas estruturais são classificadas em duas categorias. Para as soldas classe A estão presentes requisitos de tenacidade, resistência, ductilidade, dureza e dobramento em níveis semelhantes aos exigidos pelos principais códigos de engenharia em soldagem atmosférica que raramente são alcançadas em soldagem molhada. Para as soldas classe B, conceituadas como soldas com qualidade estrutural limitada, tanto os testes aplicados na qualificação de procedimentos quanto os critérios de aceitação são menos rigorosos que os referentes ao tipo A. Para a aceitação de procedimentos de soldagem que resultam em soldas classe B, onde o nível de qualidade especificado é aquele adequado à aplicação em questão, estudos adicionais são usualmente necessários para garantir a integridade estrutural da instalação. Significativos avanços na tecnologia da soldagem molhada por eletrodos revestidos foram obtidos recentemente por meio de projetos de pesquisa realizados no Brasil por PETROBRAS, PUC-Rio, UFMG e ESAB [4]. Estes projetos tiveram como objetivo: - desenvolver um eletrodo oxi-rutílico para soldagem molhada cuja operabilidade fosse superior à dos eletrodos do tipo oxidante e cuja soldabilidade metalúrgica (no que se refere à suscetibilidade a trincas por hidrogênio) fosse superior à dos eletrodos de base rutílica; - levantar propriedades do eletrodo desenvolvido por meio de testes soldagem molhada em simulador hiperbárico em pressões equivalentes a 0,5m, 10m e 20m de profundidade; - qualificar procedimentos de soldagem molhada com mergulhadores-soldadores válidos para aplicação até 15m de profundidade, empregando o eletrodo oxi-rutílico nas posições plana, vertical descendente e sobre cabeça. Parte dos resultados destas pesquisas foram divulgados em periódicos e congressos [5-9] e apresentados no capítulo principais resultados a seguir, destacandose o desenvolvimento de um eletrodo revestido oxi-rutílico, com teor de hidrogênio difusível menor que 20ml/100g de metal depositado, com o qual foram produzidas soldas com baixa porosidade, ausência de microtrincas no metal de solda (MS) e na zona afetada pelo calor (ZAC). Os valores de ductilidade, assim como os de tenacidade Charpy são superiores ao mínimo exigido pelo código AWS D3.6M classe A, código de soldagem subaquática comumente adotado por operadoras e classificadoras. PRINCIPAIS RESULTADOS O eletrodo oxi-rutílico desenvolvido, aqui denominado WW70, apresentou resultados promissores no sentido de substituir os eletrodos comerciais do tipo oxidante e do tipo rutílico existentes no mercado nacional e internacional para reparos nas profundidades testadas (até 20m), vide tabelas 1 e 2. A tabela 1 apresenta alguns resultados comparativos obtidos por soldagem mecanizada por gravidade em laboratório. O teor de hidrogênio difusível do eletrodo WW70 e, portanto, o risco de fissuração pelo hidrogênio é tão baixo quanto o do eletrodo oxidante comercial testado, aqui denominado A1. Sua tenacidade e sua ductilidade equivalem ou superam àquelas dos principais eletrodos comerciais do tipo rutílico aqui denominados W1 e S1, disponíveis no mercado internacional. A resistência mecânica do metal de solda do eletrodo supera 460 Mpa, permitindo enquadrá-lo na classe AWS E70XX. Os resultados de propriedades mecânicas mostrados na tabela 2, exceto quanto ao ensaio de dobramento e dureza na ZAC (não apresentados aqui), atendem aos requisitos do

4 D3.6M:2010 classe A para soldagem de aços navais com limite de escoamento superior a 350 Mpa. Foram alcançados, com grande frequência, valores de alongamento superiores a 18%. O hidrogênio difusível e a porosidade do eletrodo WW 70 mostraram-se pouco sensíveis ao aumento de profundidade até 20m. Tabela 1 - Comparação de algumas propriedades do metal de solda depositado pelo eletrodo WW70 com os eletrodos comerciais rutílicos (W1 e S1) e com o eletrodo oxidante comercial (A1) em testes de laboratório. Eletrodo Hdif (ml/100g) Prof.: 0,5m Tenacidade Charpy 0ºC (J) Prof.: 20m Porosidade (Área%) Prof.: 20m L. R. (Mpa) Prof.: 0,5m* e 10m** Alongamento (%) Prof.: 0,5m* e 10m** W1 97,2 35,3 2,36 515* 11,0* S1 85,4 41,9 2,17 522* 6,6* A1 20,4 37,3 0,41 456* 24,0* WW70 21,3 41,3 0,06 490** 18,2** Hdif=hidrogênio difusível L.R.=Limite de resistência à tração Tabela 2 Propriedades do metal de solda em juntas soldadas em laboratório com o eletrodo oxi-rutílico desenvolvido (WW70) em posição plana, nas profundidades equivalentes de 0,5m, 10m e 20m. Profundidade equivalente (m) L.E. (MPa) L.R. (MPa) Al (%) Tenacidade Charpy 0ºC (J) Porosidade (%) Hdif ml/100g 0, ,6 46,3 0,00 21,3 10, ,2 47,0 0,07 28,9 20, ,6 41,3 0,06 32,8 L.E.=Limite de escoamento L.R.=Limite de resistência à tração Al=Alongamento Hdif=hidrogênio difusível medido em corpos de prova soldados sob pressão equivalente a 0,5m 10m e 20m de profundidade

5 O avanço mais significativo alcançado neste desenvolvimento é o conjunto consistente de resultados de alongamento (acima de 14%) abrindo novas possibilidades para a obtenção de soldas molhadas com qualidade estrutural plena (classe A do AWS D3.6M: 2010). A tenacidade situa-se em patamar pouco superior comparado aos demais resultados. A baixa porosidade e ausência de microtrincas no metal de solda são as características principais responsáveis por esse avanço (vide figuras 1 e 2). Os resultados obtidos, em geral, atendem à maioria dos requisitos do AWS D3.6M: 2010 classe A, são pouco influenciados pela profundidade e são superiores à maioria dos resultados obtidos na literatura internacional sobre soldagem molhada (figura 2). Nesta figura, alguns resultados relativos a propriedades dos eletrodos oxi-rutílicos produzidos em diferentes fases do projeto são comparados com resultados de eletrodos oxidantes, ácidos e rutílicos obtidos na literatura especializada. Por outro lado, foram obtidos os seguintes resultados negativos quanto ao atendimento dos requisitos do AWS D3.6M: 2010 classe A: - inconsistência na obtenção de resultados aprovados no ensaio de dobramento; - dureza máxima na zona afetada pelo calor do metal de base dos passes de acabamento superior ao especificado; - foi constatada uma maior tendência à formação de trincas de raiz na soldagem com o eletrodo oxi-rutílico comparativamente aos do tipo rutílico testados; - aprisionamento de escória quando da soldagem na posição vertical descendente; e maior dificuldade de remoção de escória comparativamente aos eletrodos do tipo rutílico testados. Para reduzir o risco de formação de trincas de raiz foi desenvolvido um eletrodo de base rutílica, denominado WW70RP destinado unicamente à soldagem do passe de raiz. Testes de laboratório (mecanizados) e de campo (com soldador-mergulhador) utilizando este procedimento híbrido (raiz com o eletrodo WW70RP e enchimento com WW70) apresentaram resultados positivos quanto à redução da incidência de trincas de raiz. Testes de campo a 5m de profundidade foram realizados com metal de base de especificação ASTM A 131/A 131M 08 AH36. Foi utilizado um procedimento híbrido com eletrodo rutílico no passe de raiz e acabamento com eletrodo oxi-rutílico objetivando evitar a formação de trincas de raiz. Os resultados de ensaios mecânicos obtidos estão apresentados na tabela 3 em conformidade com os requisitos para enquadramento no AWS D3.6M:2010 classe B nas posições plana e sobre-cabeça para juntas em ângulo. Entretanto, na posição vertical descendente não foram obtidos resultados satisfatórios devido à presença de descontinuidades do tipo inclusão de escória acima do especificado. Em relação ao atendimento aos requisitos da classe A, os corpos de prova falharam no ensaio de dobramento devido à presença de inclusões de escória e a dureza máxima da ZAC ultrapassou em alguns pontos 325 HV que é o valor limite especificado pelo AWS D3.6M:2010. Houve aprovação quanto às demais propriedades mecânicas (tabela 3).

6 Porosidade (area %) Alongamento (%) Energia Charpy 0 o C (J) Energia Charpy 0 o C (J) 0,5 m rut oxi acid oxi-rut m Profundidade (m) mínimo AWS D3.6 LSS - Class A Profundidade (m) mínimo AWS D3.6 HSS - Class A 20 m 0 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0, Profundidade (m) Profundidade (m) Fig. 1 Macrografias representativas das juntas soldadas em laboratório com o eletrodo WW70 nas profundidades equivalentes de 0,5m, 10m e 20m. Fig. 2 - Resultados de tenacidade, alongamento e porosidade obtidos com os eletrodos oxirutílicos desenvolvidos no projeto de pesquisa comparados com resultados publicados por diversos autores na literatura técnica especializada. [10-15].

7 Tabela 3 Resultados de testes de campo* com procedimento híbrido (raiz com o eletrodo WW70RP e enchimento com WW70) Prof. (m) Tração do metal de solda L.R. (Mpa) L.E. (Mpa) Along. (%) T.RT. (Mpa) T.R.C. (Mpa) 504 > ,6 533 >450 * Soldagem em posição plana, profundidade: 5m T.R.T = Tensão de ruptura em tração transversal T.R.C. = Tensão de ruptura em cisalhamento MS = metal de solda ZAC = zona afetada pelo calor Charpy 0ºC (J) MS Charpy 0ºC (J) ZAC Dureza do Metal de Solda Hv / / CONSIDERAÇÕES - QUALIDADE ESTRUTURAL PLENA ( CLASSE A) Para atingir a qualificação Classe A em soldas molhadas, segundo o código AWS D3.6M:2010, são grandes os desafios a serem vencidos, em função da ação direta da água sobre a poça de fusão e sobre a zona afetada pelo calor. Os seguintes requisitos podem ser considerados os mais críticos na qualificação de procedimentos de soldagem molhada na classe A: - ausência de trincas no metal de solda e na zona afetada pelo calor; - alongamento mínimo no ensaio de tração do metal de solda - dureza máxima de 325HV10 no metal de solda e na zona afetada pelo calor; - aprovação total nos quatro corpos de prova no ensaio de dobramento Ausência de trincas no metal de solda e na zona afetada pelo calor As trincas em soldas molhadas podem ser de duas naturezas: trincas de hidrogênio (podem ocorrer tanto ZAC do metal de base quanto no metal de solda) e trincas de raiz no metal de solda. As trincas de hidrogênio dependem fundamentalmente da composição química e do teor de hidrogênio difusível (Hdif), uma vez que é extremamente difícil controlar a velocidade de resfriamento. Trincas de raiz no metal de solda ocorrem comumente em juntas em ângulo e no ponto de contato com o mata-junta e a parede do chanfro. Sua formação é decorrente da concentração de tensões residuais na raiz da solda e facilitada pela presença de inclusões não metálicas, escória e segregações nesta região. Este problema pode ser reduzido pelo emprego de eletrodos selecionados ou desenvolvidos especialmente para a soldagem do passe de raiz. De acordo com o AWS D3.6M:2010 as juntas soldadas devem ser examinadas macrograficamente em seção transversal com ampliação de 5 X. Nestas condições as trincas por hidrogênio, mais frequentes em eletrodos rutílicos, podem não ser reveladas por serem normalmente de comprimento muito pequeno, inferior a 0,5mm. Por outro lado as trincas de raiz podem facilmente exceder o comprimento máximo admissível para soldas classe A que é de 1,0mm. As figuras 3, 4 e 5 exemplificam os tipos de trincas mencionados.

8 Figura 3 - Distribuição de trincas de hidrogênio na ZAC e no MS em seção longitudinal de corpo de prova de teste de soldabilidade CTS ( Controlled Thermal Severity ). Metal de base: 0,21% C e 1,05% de Mn. Profundidade de soldagem equivalente: 20m. Eletrodo comercial rutílico. Hidrogênio difusível: 90ml/100g [4]. Figura 4 - Trincas de hidrogênio no metal de soda com eletrodo rutílico em visão tridimensional. Imagem obtida por microtomografia de raios X [4]. Figura 5 - Trinca de raiz - junta em ângulo. Eletrodo do tipo oxi-rutílico. Metal de base: ASTM AH 36. Espessura da chapa: 16 mm. Profundidade de soldagem: 10m [4].

9 Alongamento mínimo no ensaio de tração do metal de solda O código AWS D3.6M:2010 requer alongamento mínimo de 14% para os aços com limite de escoamento (LE) acima de 350 MPa e 18% para os aços com LE inferior a 350 Mpa. Os eletrodos do tipo rutílico, usualmente aplicados em soldagem molhada raramente atendem a este requisito, seja pela presença de trincas no metal de solda ou porosidade acentuada [5,9,16]. Por outro lado, eletrodos com comportamento oxidante depositam metal de solda de melhor ductilidade atingindo mais frequentemente alongamentos superiores a 18%. Alguns trabalhos apontam o teor de hidrogênio difusível como o principal fator responsável pelo controle da ductilidade do metal de solda [5,9] e sugerem que para satisfazer ao requisito de alongamento do metal de solda é essencial controlar o hidrogênio difusível (abaixo de aproximadamente 20ml/100g) e a porosidade (abaixo de aproximadamente 0,5%). Dureza máxima de 325 HV10 na zona afetada pelo calor A dureza na ZAC é principalmente influenciada pela composição química do metal de base e pela taxa de resfriamento. Esta, por sua vez, é sempre muito elevada pela ação direta da água, sendo pouco influenciada pelo aporte térmico na soldagem molhada com eletrodos revestidos. Nas condições de soldagem usuais, a taxa de resfriamento expressa pelo tempo de resfriamento entre 800ºC e 500ºC (Δt8-5) varia entre 1s e 3s, aproximadamente. Numa abordagem conservadora pode-se admitir que em regiões da ZAC não reaquecidas por passes subsequentes a microestrutura seja formada por 100% de martensita. Esta é a situação encontrada na ZAC do metal de base provocada pelos passes de acabamento. Portanto, numa abordagem conservadora, a dureza máxima prevista na ZAC em aços C-Mn pode ser estimada pela bem conhecida relação entre dureza da martensita em função do teor de carbono do aço. Assim, considerando os teores de carbono e manganês especificados para os principais aços estruturais navais conforme a norma ASTM A 131 é necessário lançar mão de técnicas especiais para reduzir sensivelmente a velocidade de resfriamento ou reaquecer as regiões críticas da ZAC para atender ao requisito para classe A do AWS D3.6M 2010 (dureza máxima inferior a 325 HV). Aprovação total nos quatro corpos de prova no ensaio de dobramento O código AWS D3.6M:2010 requer, para classe A, a aprovação nos 4 testes de dobramento a 180º a partir de corpos de prova extraídos de uma única junta. A prática tem revelado enorme dificuldade em se conseguir tal aprovação de forma consistente e sistemática. Resultados recentes [4,16] têm demonstrado que a simples presença de um pequeno defeito aceito pelo código (menor que 1,5 mm) pode levar a falha no teste e, portanto, impedir a qualificação do procedimento de soldagem. Excepcionalmente, conforme documentado na figura 6 foi conseguida aprovação nos testes de dobramento em condição limite onde as decontinuidades atingiram comprimento próximo do limite (3mm). Considera-se que a aprovação nos testes de dobramento esteja condicionada pelo desenvolvimento de novos consumíveis resultando em aumento da ductilidade do metal de solda, redução da dureza da ZAC e ausência de micro-trincas. A grande influência de pequenas descontinuidades no resultado do teste de dobramento torna este aspecto da qualificação fortemente dependente da habilidade do soldador/mergulhador e do desempenho em nível operacional do processo.

10 Figura 6 - Corpos de prova dobrados de 180º em testes de dobramento lateral mostrando trincas inferiores a 3mm e, portanto, aprovados. A junta de topo foi soldada em laboratório na pressão equivalente a 10m de profundidade com eletrodo oxi-rutílico [4]. APLICABILIDADE EM UNIDADES FLUTUANTES Dentre as possíveis aplicações da soldagem molhada para reparos permanentes, algumas são de extrema dificuldade como aquelas em profundidades superiores a cerca de 30 m, onde a baixa qualidade atingida tem sido normalmente adequada apenas a reparos temporários. Outras são inaceitáveis, independente da profundidade, por exemplo, aquelas que envolvem riscos do tipo vazamento de óleo ou gás, como é o caso de reparos em dutos. Deve-se distinguir, entretanto, uma classe de aplicação que se restringe a reparos em águas rasas de estruturas flutuantes onde há uma conjugação interessante de fatores facilitadores que concorrem para viabilizar a utilização da soldagem molhada em reparos permanentes: Soldabilidade dos aços A norma ASTM A 131/A 131M 08 Standard Specification for Structural Steel for Ships [17] estabelece limites de composição química de modo a possibilitar boa soldabilidade aos aços utilizados em construção naval. O carbono equivalente é limitado a 0,40 nos aços de baixa resistência em geral e nos aços de alta resistência nas espessuras inferiores a 50mm. O teor de carbono especificado, em geral é inferior a 0,2%. Alguns autores [10,18] consideram 0,38 o máximo carbono equivalente possível de ser soldado em condições subaquáticas com baixo risco de ocorrência de fissuração a frio. Assim, em termos práticos, a composição química dos aços a serem reparados deverão em muitos casos ser favorável do ponto de vista da soldabilidade metalúrgica.

11 Amplitude de tensão (ksi) Baixa profundidade A profundidade em que os componentes estruturais serão reparados raramente deverá ultrapassar 20 m. Resultados apresentados na tabela 2 indicam que com o desenvolvimento, já alcançado, é possível produzir soldas molhadas com pequena variação de propriedades mecânicas até esta profundidade. Resistência à fadiga Ao considerar a aplicabilidade da soldagem molhada em unidades flutuantes de produção onde muitas juntas soldadas são submetidas a cargas variáveis com o tempo, deve ser avaliado o desempenho em serviço das soldas de reparo, notadamente sob fadiga. Infelizmente, são poucos os dados disponíveis na literatura sobre o comportamento à fadiga tanto em serviço como em testes de laboratório. Possivelmente, o estudo mais detalhado sobre o tema foi apresentado no relatório SSC-370 do Ship Structure Committee intitulado Underwater Repair Procedures for Ship Hulls (Fatigue and Ductility of Underwater Wet Welds) [14]. O gráfico da figura 7 construído a partir de resultados de testes de fadiga apresentados no relatório SSC-370, mostra que a vida à fadiga de juntas produzidas por soldagem molhada pode ser equivalente à de soldas ao ar testadas nas mesmas condições, apesar das diferenças de propriedades mecânicas estáticas entre as duas modalidades de solda. Acrescenta-se, ainda, que como as soldas de reparos por soldagem molhada são usualmente de pequenas extensões é possível utilizar técnicas para aumento da resistência à fadiga a serem aplicadas pós-soldagem possibilitando até mesmo superar a resistência à fadiga de juntas soldadas ao ar semelhantes às utilizadas em construção naval. Dentre estas técnicas destacam-se o adoçamento por desbaste e o martelamento das margens da solda Soldas de topo sem cobre-junta solda molhada solda ao ar curva de referência de soldas ao ar 20 limite inferior para 95% de confiança (soldas ao ar) Nº de ciclos Figura 7 - Curvas SxN de soldas ao ar e de soldas subaquáticas a partir de dados do relatório SSC-370 [14].

12 Inspeção em serviço Em se tratando de áreas restritas onde as soldas de reparo são realizadas, os planos de inspeção das unidades de produção que possuem juntas reparadas por soldagem molhada podem conter procedimentos diferenciados tanto em relação aos métodos de inspeção não destrutiva a serem aplicados quanto à periodicidade das inspeções, acrescentando confiança no bom desempenho em serviço das juntas de reparo não classificadas como juntas de qualidade estrutural plena (classe A). Assim, adotando uma metodologia de qualidade para uso específico procedimentos de soldagem qualificados em classe B podem ser aplicados para reparos permanentes desde que sejam cumpridas avaliações adicionais dentro de um plano de inspeção específico para as juntas em questão. CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO PARA UNIDADES FLUTUANTES Duas rotas devem ser percorridas no sentido de viabilizar a aplicação da soldagem molhada em reparos estruturais pede unidades flutuantes de produção de petróleo (navios e plataformas semi-submersíveis). A primeira é o aperfeiçoamento da técnica e dos consumíveis de forma a atender aos requisitos da classe A, sendo o principal a ductilidade do metal de solda, que implica em reprovação no ensaio de dobramento. Novos projetos de pesquisa devem ser conduzidos segundo sugestões apresentadas por diversos autores. A segunda rota depende de esforços conjuntos por parte de operadoras e classificadoras para considerar no contexto das normas de soldagem molhada a soldagem de reparo em estruturas flutuantes como um caso específico. Com base no conhecimento estabelecido e eventualmente no levantamento de novos dados técnicos algumas alterações nos critérios atuais poderiam ser realizadas sem ameaçar a integridade das estruturas reparadas. Seguem algumas sugestões de alterações a serem melhor avaliadas para discussão com as sociedades classificadoras, com o comitê de normas técnicas da PETROBRAS e endereçamento ao subcomitê diretor de soldagem subaquática da AWS: a - Criação de uma nova classe de soldas além das tradicionais classes A e B do AWS D3.6M:2010, de aplicação restrita à qualificação de procedimentos de soldagem para reparos em estruturas flutuantes de produção de petróleo construídas com aços de características semelhantes aos aços navais da norma ASTM A 131. b - A nova classe de solda poderia ser baseada na atual classe B do AWS D3.6M:2010, introduzindo algumas modificações tornando-a mais severa: b1 - A exigência de ensaio de tração do metal de solda para todos os tipos de juntas e estabelecendo como critério de aceitação um valor de alongamento da ordem de 14%, justificado por ser este o valor especificado para a soldagem molhada de aços de alta resistência em classe A conforme o AWS D3.6M:2010. No critério vigente não há exigência de realização de ensaio de tração do metal de solda para soldas classe B. b2 a exigência de realização de ensaios metalográficos em seção longitudinal no metal de solda, passando pelo eixo da solda, para detectar a presença de microtrincas em seção polida com magnificação da ordem de 50x. Critérios de aceitação de microtrincas deverão ser definidos. Adicionalmente sugere-se que em seção transversal a amostra também seja examinada com magnificação da ordem de 50x. Na versão de 2010 o

13 código exige apenas a realização de uma macrografia em seção transversal observada com magnificação de 5x. c - Alternativamente, a nova classe de solda poderia ser baseada na atual classe A do AWS D3.6M:2010, introduzindo algumas modificações tornando-a menos severa: c1 Unificação do critério de aceitação em um valor de alongamento da ordem de 14%, justificado por ser este o valor especificado para a soldagem molhada de aços de alta resistência em classe A conforme o AWS D3.6M:2010. Na versão 2010 o código exige alongamento mínimo de 18% para a soldagem dos aços de baixa resistência. c2- Utilização dos critérios de aceitação da classe B de descontinuidades em testes não destrutivos e destrutivos. c3 Utilização da metodologia e do critério de aceitação da classe B para os ensaios de dobramento ( aumentando assim o diâmetro do cutelo) e de dureza (aumentando assim a dureza máxima aceitável de 325 para 375 HV). CONCLUSÕES Projetos de pesquisa realizados no Brasil no período resultaram no desenvolvimento de um eletrodo oxi-rutílico (WW70). Os resultados de hidrogênio difusível, porosidade e propriedades mecânicas (com exceção do dobramento) das soldas realizadas com este eletrodo, entre 0,5m e 20m, mostraram que esta formulação apresentou ótimos resultados em comparação com resultados disponíveis na literatura internacional. Os resultados de propriedades mecânicas, exceto quanto ao ensaio de dobramento e dureza na ZAC, atendem aos requisitos do D3.6M:2010 classe A para soldagem de aços navais com limite de escoamento superior a 350 Mpa. Foram alcançados, com grande frequência, valores de alongamento superiores a 18%. As principais propriedades mecânicas, o hidrogênio difusível e a porosidade do eletrodo WW70 mostraram-se pouco sensíveis ao aumento de profundidade até 20m; Foram identificadas deficiências quanto à operacionalidade do eletrodo WW70 que precisam ser corrigidas. Nos testes de qualificação de procedimentos a 5m de profundidade com metal de base ASTM A 131 AH36 os resultados obtidos estão em conformidade com os requisitos para qualificação no AWS D3.6M:2010 classe B nas posições plana e sobrecabeça para juntas em ângulo. Entretanto, na posição vertical descendente não se obteve a qualificação em classe B devido à presença de descontinuidades do tipo inclusão de escória acima do especificado. Em relação à qualificação de procedimentos em classe A, os maiores obstáculos a serem superados quanto à qualidade do metal de solda são a aprovação no ensaio de dobramento e a produção de soldas com inclusões de escória menores que 2mm. Outro importante obstáculo é a obtenção de valores de dureza na ZAC abaixo de 325 HV (requisito para classe A).

14 Os testes de laboratório e de soldas realizadas em tanque a 5m por soldadormergulhador com um procedimento híbrido (raiz com eletrodo rutílico e enchimento com oxi-rutílico apresentaram resultados positivos em geral, mas mesmo assim não alcançaram a qualificação de procedimento devido à presença de inclusões de escória com tamanho e quantidade ligeiramente superiores aos estabelecidos no AWS D3.6M:2010. Visando o reconhecimento da soldagem molhada como técnica de reparo permanente para unidades flutuantes de produção, sugere-se nova conceituação para a qualificação de procedimentos e alterações em alguns critérios de aceitação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] M.G. Marinho, A.M. Pope, L.C. Meniconi, L.H.M. Alves, C. DELVECHIO, Integrity Assessmentand On-Site Repair of a Floating Production Platform. 24th International Conference on Offshore Mechanics and Arctic Engineering - OMAE. paper Halkidiki. Greece [2] T. J. Reynolds, 2010, Service History of wet welded repairs and modifications. Proceedings: International Workshop on the State of the Art Science and Reliability of Underwater Welding and Inspection Technology. Houston. Texas. pp [3] American Welding Society, D3.6M: Underwater Welding Code, (2010) [4] Relatórios de projetos de pesquisa PETROBRAS, divulgação não autorizada. [5 V. R. Santos, M. J. Monteiro, F. C. Rizzo, A. Q. Bracarense, E. C. P. Pessoa, R. Reppold, J. R. Domingues, L. A. Vieira, Recent Evaluation and Development of Electrodes for Wet Welding of Structural Ship Steels. 29th International Conference on Ocean, Offshore and Arctic Engineering, Shangai. Proceedings of the 29th International Conference on Ocean, Offshore and Arctic Engineering (2010) [6] V. R. Santos, M. J. Monteiro, A. Q. Bracarense, E. C. P. Pessoa, Underwater Welding Consumables Development, International Workshop on the State of the Art Science and Reliability of Underwater Welding and Inspection Technology, ABS, Houston, Texas, (2010) [7] A. Q. Bracarense, E. C. P. Pessoa, V. R. dos Santos, M. J. Monteiro, F. C. Rizzo, S. Paciornik, R. Reppold, J. R. Domingues, L. A. Vieira, Comparative study of commercial electrodes for underwater wet welding, IIW International Congress - 2nd Latin American Welding Congress XXXIV CONSOLDA - Congresso Nacional de Soldagem, São Paulo, SP, (2008) [8] V. R. Santos, M. J. Monteiro, A. Q. Bracarense, E. C. P. Pessoa, 2010, Underwater Welding Consumables Development. Proceedings: International Workshop on the State of the Art Science and Reliability of Underwater Welding and Inspection Technology. Houston. Texas. pp [9] V. R. Santos, M. J. Monteiro, F. C. Rizzo, A. Q. Bracarense, E. C. P. Pessoa, R. Reppold, J. R. Domingues, L. A. Vieira., Development of an Oxyrutile Electrode for Wet Welding. Welding Journal 91, (12), pp. 319-s. [10] M. E. Rowe and S. Liu, Recent Developments in Underwater Wet Welding, Science and Technology of Welding and Joining, Vol. 6, No 6, (2001) [11] T. G. Gooch, Properties of underwater welds. Part 1. Procedural trials. Metal Construction: , (1983) [12] T. G. Gooch. Properties of underwater welds. Part 2. Mechanical properties. Metal Construction: , (1983)

15 [13] T. C. West, G. Mitche, E. Lindberg, Wet welding electrode evaluation for ship repair. Welding Journal 69, (8), pp.48, (1990). [14] SSC-370. Underwater Repair Procedures for Ship Hulls, Fatigue and Ductility of Underwater Wet Welds, Ship Structure Committee (1993) [15] A. F. Nóbrega, Study of underwater welding with covered electrodes, MSc Thesis;, Federal University of Rio de Janeiro, Brazil (in Portuguese) (1981) [16] E. C. P. Pessoa, A. Q. Bracarense, V. R. Santos, M. J. Monteiro, R. Reppold, L. A. Vieira, Desafios para o Desenvolvimento um Eletrodo para a Soldagem Molhada Classe A, como Requerido pela Norma AWS D3.6, XXXVIII CONSOLDA, 2012, Ouro Preto, MG, Brasil. [17] ASTM A 131/A 131M 08, Standard Specification for Structural Steel for Ships. [18] S. Ibarra, C. E. Grubbs, D. L Olson, Metallurgical aspects of underwater welding, Journal of Metals. Vol. 40, no. 12, pp. 8-10, (1988)

INSPEÇÃO DE SOLDAGEM. Qualificação de Procedimentos de Soldagem e de Soldadores

INSPEÇÃO DE SOLDAGEM. Qualificação de Procedimentos de Soldagem e de Soldadores INSPEÇÃO DE SOLDAGEM Qualificação de Procedimentos de Soldagem e de Soldadores e Soldadores Definições Peça de Teste Chapa ou tubo de teste Chapa ou Tubo de Teste Peça soldada para a qualificação de procedimento

Leia mais

Estudo comparativo de eletrodos comerciais para soldagem subaquática molhada

Estudo comparativo de eletrodos comerciais para soldagem subaquática molhada Estudo comparativo de eletrodos comerciais para soldagem subaquática molhada (Comparative study of commercial electrodes for underwater wet welding) Alexandre Q. Bracarense1, Ezequiel C. Pessoa2, Valter

Leia mais

Processo Eletrodos Revestidos 2 Tipos de eletrodos A especificação AWS A5.1

Processo Eletrodos Revestidos 2 Tipos de eletrodos A especificação AWS A5.1 Processo Eletrodos Revestidos 2 Tipos de eletrodos A especificação AWS A5.1 Tipos de revestimento Celulósico O revestimento celulósico apresenta as seguintes características: - elevada produção de gases

Leia mais

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO III SOLDAGEM METALURGIA DA SOLDAGEM

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO III SOLDAGEM METALURGIA DA SOLDAGEM PROCESSOS DE FABRICAÇÃO III SOLDAGEM METALURGIA DA SOLDAGEM Professor: Moisés Luiz Lagares Júnior 1 METALURGIA DA SOLDAGEM A JUNTA SOLDADA Consiste: Metal de Solda, Zona Afetada pelo Calor (ZAC), Metal

Leia mais

Título do projeto: SOLDABILIDADE DE UM AÇO ACLIMÁVEL DE ALTO SILÍCIO PARA CONSTRUÇÃO METÁLICA COM RESISTENCIA EXTRA A CORROSÃO MARINHA

Título do projeto: SOLDABILIDADE DE UM AÇO ACLIMÁVEL DE ALTO SILÍCIO PARA CONSTRUÇÃO METÁLICA COM RESISTENCIA EXTRA A CORROSÃO MARINHA Título do projeto: SOLDAILIDADE DE UM AÇO ACLIMÁVEL DE ALTO SILÍCIO PARA CONSTRUÇÃO METÁLICA COM RESISTENCIA EXTRA A CORROSÃO MARINHA Linha de Pesquisa: Metalurgia da Transformação. Soldagem e Processos

Leia mais

Introdução Conteúdo que vai ser abordado:

Introdução Conteúdo que vai ser abordado: Introdução Conteúdo que vai ser abordado: Considerações sobre seleção de materiais; Propriedades dos materiais (metais, polímeros e cerâmicas); Seleção de materiais segundo: Resistência mecânica Resistência

Leia mais

Processo de Soldagem Eletrodo Revestido

Processo de Soldagem Eletrodo Revestido Processos de Fabricação I Processo de Soldagem Eletrodo Revestido Prof.: João Carlos Segatto Simões Características gerais O Processo Manual Taxa de deposição: 1 a 5 kg/h Fator de ocupação do soldador

Leia mais

Influência do Molibdênio em Propriedades do Metal de Solda na Soldagem Molhada com Eletrodos Óxi-Rutílicos

Influência do Molibdênio em Propriedades do Metal de Solda na Soldagem Molhada com Eletrodos Óxi-Rutílicos (Influence of Molybdenum in Metal Weld Properties in Welding Wet with Oxy-Rutillic Electrodes) Luciana Ferreira Silva 1, Valter Rocha dos Santos 1, Sidnei Paciornik 1, Fernando Assunção Rizzo 1, Mauricio

Leia mais

Influência do Molibdênio em Propriedades do Metal de Solda na Soldagem Molhada com Eletrodos Oxi-Rutílicos

Influência do Molibdênio em Propriedades do Metal de Solda na Soldagem Molhada com Eletrodos Oxi-Rutílicos Luciana Ferreira Silva Influência do Molibdênio em Propriedades do Metal de Solda na Soldagem Molhada com Eletrodos Oxi-Rutílicos Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito parcial

Leia mais

NOÇÕES DE SOLDAGEM. aula 2 soldabilidade. Curso Debret / 2007 Annelise Zeemann. procedimento de soldagem LIGAS NÃO FERROSAS AÇOS.

NOÇÕES DE SOLDAGEM. aula 2 soldabilidade. Curso Debret / 2007 Annelise Zeemann. procedimento de soldagem LIGAS NÃO FERROSAS AÇOS. NOÇÕES DE SOLDAGEM aula 2 soldabilidade Curso Debret / 2007 Annelise Zeemann LIGAS NÃO FERROSAS Niquel Aluminio Titânio Cobre aço ao carbono aço C-Mn aço Cr-Mo aço inox AÇOS composição química processamento

Leia mais

consumíveis de solda

consumíveis de solda consumíveis de solda TOTALFIX APRESENTA HYUNDAI WELDING TOTALFIX, uma empresa especializada na distribuição exclusiva de marcas que representam qualidade e alto padrão tecnológico, apresenta mais uma inovação.

Leia mais

O tipo de Metal de Base (MB) escolhido é um aço ASTM A 36, de espessura 3/8 e

O tipo de Metal de Base (MB) escolhido é um aço ASTM A 36, de espessura 3/8 e A INFLUÊNCIA DAS VELOCIDADES DE VENTO NO CORDÃO DE SOLDA NO PROCESSO DE SOLDAGEM ARAME TUBULAR AUTO PROTEGIDO Autores : Cristiano José TURRA¹; Mario Wolfart JUNIOR². Identificação autores: 1 Graduando,

Leia mais

Título: SOLDAGEM EM TETO DE TANQUE EM OPERAÇÃO DE FPSO E FSO: Um estudo sobre as temperaturas alcançadas durante um procedimento de soldagem

Título: SOLDAGEM EM TETO DE TANQUE EM OPERAÇÃO DE FPSO E FSO: Um estudo sobre as temperaturas alcançadas durante um procedimento de soldagem Título: SOLDAGEM EM TETO DE TANQUE EM OPERAÇÃO DE FPSO E FSO: Um estudo sobre as temperaturas alcançadas durante um procedimento de soldagem Autores: MSc. Marcus Vinicius Cruz Sampaio¹, MSc. Paulo Faria¹

Leia mais

PROVA DE SELEÇÃO 2016 Página: 1 de 7

PROVA DE SELEÇÃO 2016 Página: 1 de 7 Página: 1 de 7 1) Considerando as responsabilidades do Inspetor de Soldagem Nível 1, em relação à qualificação e certificação dos procedimentos de soldagem e às normas técnicas, identifique a única opção

Leia mais

Microscopia Digital na Caracterização de Porosidade e Inclusões em Aços

Microscopia Digital na Caracterização de Porosidade e Inclusões em Aços Microscopia Digital na Caracterização de Porosidade e Inclusões em Aços Aluno: Júlia Nascimento Martins Orientador: Sidnei Paciornik e Valter Rocha dos Santos Introdução A principal motivação do projeto

Leia mais

5 Discussão dos Resultados

5 Discussão dos Resultados 79 5 Discussão dos Resultados É possível comparar visualmente o ponto de solda nas macrografias mostradas da Figura 21 a Figura 26. Na comparação entre as diferentes velocidades de rotação da ferramenta,

Leia mais

Características. Fundamentos. Histórico SOLDAGEM COM ARAME TUBULAR

Características. Fundamentos. Histórico SOLDAGEM COM ARAME TUBULAR Histórico SOLDAGEM COM ARAME TUBULAR FLUX CORED ARC WELDING (FCAW) Década de 20: Surgimento dos Processos de Soldagem com Proteção Gasosa. Década de 40: Surgimento da Soldagem GTAW Década de 50: Surgimento

Leia mais

VARIAÇÃO DA POROSIDADE AO LONGO DE SOLDAS SUBAQUÁTICAS MOLHADAS MULTIPASSES E SUA INFLUÊNCIA SOBRE AS PROPRIEDADES MECÂNICAS

VARIAÇÃO DA POROSIDADE AO LONGO DE SOLDAS SUBAQUÁTICAS MOLHADAS MULTIPASSES E SUA INFLUÊNCIA SOBRE AS PROPRIEDADES MECÂNICAS VARIAÇÃO DA POROSIDADE AO LONGO DE SOLDAS SUBAQUÁTICAS MOLHADAS MULTIPASSES E SUA INFLUÊNCIA SOBRE AS PROPRIEDADES MECÂNICAS Ezequiel Caires Pereira Pessoa ezequiel@demec.ufmg.br Alexandre Queiroz Bracarense

Leia mais

A Tabela 2 apresenta a composição química do depósito do eletrodo puro fornecida pelo fabricante CONARCO. ELETRODO P S C Si Ni Cr Mo Mn

A Tabela 2 apresenta a composição química do depósito do eletrodo puro fornecida pelo fabricante CONARCO. ELETRODO P S C Si Ni Cr Mo Mn 3 Materiais e Procedimentos Experimentais 3.1 Materiais Utilizados Com o objetivo de se avaliar o efeito do Mn no comportamento do metal de solda depositado, foram produzidos experimentalmente pela CONARCO

Leia mais

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO III SOLDAGEM NORMAS E QUALIFICAÇÃO EM SOLDAGEM

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO III SOLDAGEM NORMAS E QUALIFICAÇÃO EM SOLDAGEM PROCESSOS DE FABRICAÇÃO III SOLDAGEM NORMAS E QUALIFICAÇÃO EM SOLDAGEM Professor: Moisés Luiz Lagares Júnior 1 INTRODUÇÃO Códigos, leis, normas são regras de controle de atividades humanas A Revolução

Leia mais

SOLDAGEM SUBAQUÁTICA MOLHADA PELO PROCESSO SMAW

SOLDAGEM SUBAQUÁTICA MOLHADA PELO PROCESSO SMAW SOLDAGEM SUBAQUÁTICA MOLHADA PELO PROCESSO SMAW Alecsander Texeira dos Santos alexemilu@yahoo.com.br Hugo Freitas Carvalho Ribeiro hfreitascarvalho@gmail.com Laura Batista Vasconcelos laurabatista@hotmail.com

Leia mais

3. PROCESSO DE SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO

3. PROCESSO DE SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO 1 3. PROCESSO DE SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO O processo de soldagem com eletrodo revestido é um processo no qual a fusão do metal é produzida pelo aquecimento de um arco elétrico, mantido entre a ponta

Leia mais

3 Material e Procedimento Experimental

3 Material e Procedimento Experimental 3 Material e Procedimento Experimental 3.1. Material Para este estudo foi utilizado um tubo API 5L X80 fabricado pelo processo UOE. A chapa para a confecção do tubo foi fabricada através do processo de

Leia mais

Caracterização microestrutural do aço ASTM-A soldado por GMAW.

Caracterização microestrutural do aço ASTM-A soldado por GMAW. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO USP ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA Caracterização microestrutural do aço ASTM-A516-10-60 soldado por GMAW. Alunos: Alexandre Dutra Golanda Guilherme Souza Leite Paulo Ricardo

Leia mais

Processo d e soldagem

Processo d e soldagem Processo de soldagem Conteúdo Descrição do processo Equipamento e consumíveis Técnica de soldagem Principais defeitos e descontinuidades Aplicações Processo MMA ou SMAW Definição: soldagem a arco elétrico

Leia mais

9.1 Medição do hidrogênio difusível pela técnica de cromatografia gasosa

9.1 Medição do hidrogênio difusível pela técnica de cromatografia gasosa 95 9 Resultados 9.1 Medição do hidrogênio difusível pela técnica de cromatografia gasosa As análises realizadas pela UFMG para cada tipo de consumível resultaram nas seguintes quantidades de hidrogênio

Leia mais

ESTUDO COMPARATIVO DA SOLDABILIDADE DO AÇO PARA GASODUTOS API 5L X80 COM AÇOS TEMPERADOS E REVENIDOS

ESTUDO COMPARATIVO DA SOLDABILIDADE DO AÇO PARA GASODUTOS API 5L X80 COM AÇOS TEMPERADOS E REVENIDOS XXXVIII CONSOLDA Congresso Nacional de Soldagem 15 a 18 de Outubro de 2012 Ouro Preto, MG, Brasil ESTUDO COMPARATIVO DA SOLDABILIDADE DO AÇO PARA GASODUTOS API 5L X80 COM AÇOS TEMPERADOS E REVENIDOS Angel

Leia mais

Avaliação das principais descontinuidades encontradas nas juntas soldadas, causas e possíveis soluções

Avaliação das principais descontinuidades encontradas nas juntas soldadas, causas e possíveis soluções Contribuição técnica nº 9 Avaliação das principais descontinuidades encontradas nas juntas soldadas, causas e possíveis soluções Autor: Paulo Rogerio Santos de Novais novais.welding@gmail.com Resumo: Os

Leia mais

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO III SOLDAGEM MODOS DE TRANSFERÊNCIA METÁLICA MIG/MAG DEFEITOS EM SOLDAGEM E ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO III SOLDAGEM MODOS DE TRANSFERÊNCIA METÁLICA MIG/MAG DEFEITOS EM SOLDAGEM E ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO III SOLDAGEM MODOS DE TRANSFERÊNCIA METÁLICA MIG/MAG E ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS Professor: Moisés Luiz Lagares Júnior 1 MODOS DE TRANSFERÊNCIA METÁLICA MIG/MAG Forças que governam

Leia mais

Capítulo IV FRATURA FRÁGIL

Capítulo IV FRATURA FRÁGIL pg.1 Capítulo IV FRATURA FRÁGIL 1 INTRODUÇÃO O objetivo deste critério de avaliação é evitar uma fratura frágil catastrófica consistente com a filosofia do código ASME. A intenção é prevenir a iniciação

Leia mais

AVALIAÇÃO DA SOLDABILIDADE DO AÇO SINCRON-WHS-800T QUANDO SOLDADO PELO PROCESSO FCAW

AVALIAÇÃO DA SOLDABILIDADE DO AÇO SINCRON-WHS-800T QUANDO SOLDADO PELO PROCESSO FCAW Título do projeto: AVALIAÇÃO DA SOLDABILIDADE DO AÇO SINCRON-WHS-800T QUANDO SOLDADO PELO PROCESSO FCAW Linha de Pesquisa: Metalurgia da Transformação. Soldagem Justificativa/Motivação para realização

Leia mais

Trincas a Frio. Fissuração pelo Hidrogênio. Mecanismo de Formação. Trincas a Frio. Mecanismo de Formação Trincas a Frio

Trincas a Frio. Fissuração pelo Hidrogênio. Mecanismo de Formação. Trincas a Frio. Mecanismo de Formação Trincas a Frio Fissuração pelo Hidrogênio Trincas a Frio Trincas a Frio Mecanismo de Formação Ocorre devido a ação simultânea de 4 fatores: H2 dissolvido no metal fundido. Tensões associadas à soldagem. Microestrutura

Leia mais

SOLDAGEM DOS METAIS CAPÍTULO 10 DEFEITOS EM OPERAÇÕES DE SOLDAGEM

SOLDAGEM DOS METAIS CAPÍTULO 10 DEFEITOS EM OPERAÇÕES DE SOLDAGEM 70 CAPÍTULO 10 DEFEITOS EM OPERAÇÕES DE SOLDAGEM 71 DESCONTINUIDADES MAIS FREQÜENTES NAS OPERAÇÕES DE SOLDAGEM Podemos definir descontinuidade como sendo uma interrupção das estruturas típicas de uma junta

Leia mais

ELETRODOS NÃO RESSECÁVEIS. O MERCADO E SUAS EXPECTATIVAS

ELETRODOS NÃO RESSECÁVEIS. O MERCADO E SUAS EXPECTATIVAS ELETRODOS NÃO RESSECÁVEIS. O MERCADO E SUAS EXPECTATIVAS Autores: Alexandre Q. Bracarense, PhD 1, Aurecyl Dalla B. Jr 2, 1 Universidade Federal de Minas Gerais UFMG, Laboratório de Soldagem, Robótica e

Leia mais

5 Discussão Desempenho da soldagem

5 Discussão Desempenho da soldagem 5 Discussão 5.1. Desempenho da soldagem Na etapa experimental foram realizados testes para treinamento dos soldadores antes de executar a junta soldada com a finalidade de se adequar melhor ao material

Leia mais

INFLUÊNCIA DE ASPECTOS MICROESTRUTURAIS NA RESISTÊNCIA À FRATURA DE AÇO ESTRUTURAL COM APLICAÇÕES OFFSHORE

INFLUÊNCIA DE ASPECTOS MICROESTRUTURAIS NA RESISTÊNCIA À FRATURA DE AÇO ESTRUTURAL COM APLICAÇÕES OFFSHORE INFLUÊNCIA DE ASPECTOS MICROESTRUTURAIS NA RESISTÊNCIA À FRATURA DE AÇO ESTRUTURAL COM APLICAÇÕES OFFSHORE Bernardo Soares Engelke 1 Marcos Venicius Soares Pereira 2 1 Aluno de Graduação do curso de Engenharia

Leia mais

SOLDABILIDADE DOS AÇOS INOXIDÁVEIS RESUMO DA SOLDABILIDADE DOS AÇOS INOXIDÁVEIS

SOLDABILIDADE DOS AÇOS INOXIDÁVEIS RESUMO DA SOLDABILIDADE DOS AÇOS INOXIDÁVEIS SOLDABILIDADE DOS AÇOS INOXIDÁVEIS RESUMO DA SOLDABILIDADE DOS AÇOS INOXIDÁVEIS Ramón S. Cortés Paredes, Dr. Eng. LABATS DEMEC UFPR 1 Diagrama de Schaeffler (1) Formação de trincas de solidificação ou

Leia mais

EMPREGO DO PÓS-AQUECIMENTO NA SOLDAGEM SUBAQUÁTICA MOLHADA

EMPREGO DO PÓS-AQUECIMENTO NA SOLDAGEM SUBAQUÁTICA MOLHADA EMPREGO DO PÓS-AQUECIMENTO NA SOLDAGEM SUBAQUÁTICA MOLHADA Aluno: Daniel Lamarca Marques Orientadores: Fernando Cosme Rizzo Assunção e Valter Rocha dos Santos 1 Índice 1. Introdução...3 2. Objetivo...3

Leia mais

SOLDAGEM SUBAQUÁTICA. Soldagem Subaquática LRSS

SOLDAGEM SUBAQUÁTICA. Soldagem Subaquática LRSS SOLDAGEM SUBAQUÁTICA Prof. Alexandre Queiroz Bracarense Universidade Federal de Minas Gerais Departamento de Engenharia Mecânica Laboratório de Robótica Soldagem e Simulação MG BH UFMG UFMG Universidade

Leia mais

SOLDAGEM. Engenharia Mecânica Prof. Luis Fernando Maffeis Martins

SOLDAGEM. Engenharia Mecânica Prof. Luis Fernando Maffeis Martins 07 SOLDAGEM Engenharia Mecânica Prof. Luis Fernando Maffeis Martins Processo de soldagem por arco elétrico Este é mais um processo de soldagem que utiliza como fonte de calor a formação de um arco elétrico

Leia mais

Brasil 2017 SOLUÇÕES INTEGRADAS EM ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS

Brasil 2017 SOLUÇÕES INTEGRADAS EM ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS Brasil 2017 SOLUÇÕES INTEGRADAS EM ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS FORNO DE REAQUECIMENTO DE PLACAS FORNO DE REAQUECIMENTO DE PLACAS 2 FORNO DE REAQUECIMENTO DE PLACAS As tecnologias de inspeção da IB-NDT aplicadas

Leia mais

EPS 10 FACIULDADE SENAI NADIR DIAS DE FIGUEIREDO

EPS 10 FACIULDADE SENAI NADIR DIAS DE FIGUEIREDO EPS 10 FACIULDADE SENAI NADIR DIAS DE FIGUEIREDO POS GRADUAÇÃO EM INSPEÇÃO E AUTOMAÇÃO EM SOLDAGEM PROFESSOR: LUIZ GIMENES Jr. ALUNO: ROBERTO BATISTA DOS SANTOS E-mail: inspetor.dutos@yahoo.com.br FEVEREIRO

Leia mais

12, foram calculados a partir das equações mostradas seguir, com base nas análises químicas apresentadas na Tabela 8.

12, foram calculados a partir das equações mostradas seguir, com base nas análises químicas apresentadas na Tabela 8. 5 Discussão O estudo da fragilização ao revenido com base nos fenômenos de segregação tem como ponto de partida os resultados obtidos de experiências com pares de elementos liga e/ou impurezas, correspondendo

Leia mais

0 Introdução à Soldagem. Professor: Luiz Cláudio Furlan

0 Introdução à Soldagem. Professor: Luiz Cláudio Furlan 0 Introdução à Soldagem Professor: Luiz Cláudio Furlan 1 SOLDAGEM FUNDAMENTOS E TECNOLOGIA Terminologia e Simbologia de Soldagem; Princípios de Segurança em Soldagem. Normas e Qualificação em Soldagem.

Leia mais

Soldagem arco submerso III

Soldagem arco submerso III Soldagem arco submerso III Péricles Cirillo - E-mail: pericles.cirillo@hotmail.com 1. Aplicação de uniões por soldagem à arco submerso 1.1 Indústria de construção naval Figura 1: mostra tipos de soldas

Leia mais

Norma Técnica Interna SABESP NTS 035

Norma Técnica Interna SABESP NTS 035 Norma Técnica Interna SABESP NTS 035 Consumíveis de Soldagem Especificação São Paulo Dezembro - 1999 NTS 035 : 1999 Norma Técnica Interna SABESP S U M Á R I O 1 QUALIFICAÇÃO DE CONSUMÍVEIS DE SOLDAGEM...1

Leia mais

2 Fundamentos para a avaliação de integridade de dutos com perdas de espessura e reparados com materiais compósitos

2 Fundamentos para a avaliação de integridade de dutos com perdas de espessura e reparados com materiais compósitos 2 Fundamentos para a avaliação de integridade de dutos com perdas de espessura e reparados com materiais compósitos Este capítulo apresenta um resumo dos fundamentos básicos de avaliação de dutos com e

Leia mais

ANÁLISE DE SOLDA COM ELETRODO REVESTIDO EM AÇO SAE Acadêmico de Engenharia Mecânica, IFPI, Teresina-PI,

ANÁLISE DE SOLDA COM ELETRODO REVESTIDO EM AÇO SAE Acadêmico de Engenharia Mecânica, IFPI, Teresina-PI, Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia CONTECC 2018 Maceió - AL 21 a 24 de agosto de 2018 ANÁLISE DE SOLDA COM ELETRODO REVESTIDO EM AÇO SAE 1020 MATHEUS GABRIEL ALMEIDA 1 ; NATÁLIA

Leia mais

C R E E M SOLDAGEM DOS MATERIAIS. UNESP Campus de Ilha Solteira. Prof. Dr. Vicente A. Ventrella

C R E E M SOLDAGEM DOS MATERIAIS. UNESP Campus de Ilha Solteira. Prof. Dr. Vicente A. Ventrella C R E E M 2 0 0 5 SOLDAGEM DOS MATERIAIS Prof. Dr. Vicente A. Ventrella UNESP Campus de Ilha Solteira C R E E M 2 0 0 5 SOLDAGEM DOS MATERIAIS 1. Introdução 2. Terminologia de Soldagem 3. Simbologia de

Leia mais

Arame de Solda Inox 308L

Arame de Solda Inox 308L Arame de Solda Inox 308L Não necessita de adaptador, rolo pronto para o uso. Arame enrolado no processo capa a capa, não corre perigo de enrolar no rolo ou máquina. Arame com certificação de composição

Leia mais

Metalurgia da Soldagem Particularidades Inerentes aos Aços Carbono

Metalurgia da Soldagem Particularidades Inerentes aos Aços Carbono Metalurgia da Soldagem Particularidades Inerentes aos Aços Carbono A partir do estudo deste texto você conhecerá as particularidades inerentes a diferentes tipos de aços: aços de médio carbono (para temperaturas

Leia mais

Aços estruturais e materiais de ligação

Aços estruturais e materiais de ligação Aços estruturais e materiais de ligação Introdução O aço é um material de construção utilizado em diversas estruturas fixas, como as edificações, e em estruturas móveis, como máquinas e equipamentos. Para

Leia mais

Eletrodos Revestidos

Eletrodos Revestidos Eletrodos Revestidos O eletrodo revestido é um consumível composto formado por duas partes: uma metálica, chamada de alma, e outra na forma de massa, chamada de revestimento. Na soldagem de aços-carbono

Leia mais

SOLDAGEM DO AÇO API 5LX - GRAU 70 COM ARAME TUBULAR AWS E-81T1-Ni1 E ELETRODO REVESTIDO AWS E-8010-G.

SOLDAGEM DO AÇO API 5LX - GRAU 70 COM ARAME TUBULAR AWS E-81T1-Ni1 E ELETRODO REVESTIDO AWS E-8010-G. SOLDAGEM DO AÇO API 5LX - GRAU 70 COM ARAME TUBULAR AWS E-81T1-Ni1 E ELETRODO REVESTIDO AWS E-8010-G. Vicente Afonso Ventrella RESUMO Neste trabalho estudou-se a microestrutura e a tenacidade ao impacto

Leia mais

4 Soldabilidade. 4.1 Testes de Soldabilidade

4 Soldabilidade. 4.1 Testes de Soldabilidade 27 4 Soldabilidade A soldabilidade pode ser definida como a capacidade que um material apresenta de ser soldado sob as condições impostas pelos códigos e normas de fabricação para uma estrutura específica

Leia mais

FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI NADIR DIAS DE FIGUEIREDO. Pós- Graduação Especialização em Soldagem. Disciplina- Engenharia de Soldagem. Prof.

FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI NADIR DIAS DE FIGUEIREDO. Pós- Graduação Especialização em Soldagem. Disciplina- Engenharia de Soldagem. Prof. FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI NADIR DIAS DE FIGUEIREDO. Pós- Graduação Especialização em Soldagem. Disciplina- Engenharia de Soldagem. Prof. Gimenez Aluno ANDRÉ LUIZ VENTURELLI ESTUDO PARA DEFINIR A ESPECIFICAÇÃO

Leia mais

Elaboração de Especificação de Procedimento de Soldagem EPS N 13.

Elaboração de Especificação de Procedimento de Soldagem EPS N 13. FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI NADIR DIAS DE FIGUEIREDO Elaboração de Especificação de Procedimento de Soldagem EPS N 13. Aluno: Flavio Martins Pereira Da Silva Curso: Pós-Graduação em Inspeção e Automação

Leia mais

Ensaios Mecânicos de Materiais. Dobramento. Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues

Ensaios Mecânicos de Materiais. Dobramento. Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Ensaios Mecânicos de Materiais Aula 4 Ensaio de Dobramento Tópicos Abordados Nesta Aula Ensaio de Dobramento. Definição do Ensaio O ensaio de dobramento fornece somente uma indicação qualitativa da ductilidade

Leia mais

Faculdade SENAI de Tecnologia Nadir Dias de Figueiredo Pós Graduação Latu Sensu Inspeção e Automação em Soldagem

Faculdade SENAI de Tecnologia Nadir Dias de Figueiredo Pós Graduação Latu Sensu Inspeção e Automação em Soldagem Disciplina: Metalurgia da Soldagem, módulo 3 Prof Dr.: Luiz Gimenes Aluno: Gilberto Tadayuki Nakamura Data: 04 / agosto / 2012 1-Objetivo Elaboração de uma EPS conforme dados abaixo: - Soldagem de Topo

Leia mais

INCOLOY 800HT. Envelhecimento de Tubulação Operando em Altas Temperaturas UNIB-RS

INCOLOY 800HT. Envelhecimento de Tubulação Operando em Altas Temperaturas UNIB-RS 1 INCOLOY 800HT Envelhecimento de Tubulação Operando em Altas Temperaturas UNIB-RS Luis Carlos Greggianin Rodrigo Kunrath Rio de Janeiro 01 de Setembro de 2016 2 Luis Carlos Greggianin SNQC 9346-END&IF-CTN1-

Leia mais

Normas e Qualificação em Soldagem

Normas e Qualificação em Soldagem UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Soldagem I Normas e Qualificação em Soldagem (Adaptado e atualizado de texto escrito pelo prof. Michael D. Hayes)

Leia mais

Eletrodos Revestidos Impermeáveis do Tipo Baixo Hidrogênio (Low hydrogen impermeable covered electrodes)

Eletrodos Revestidos Impermeáveis do Tipo Baixo Hidrogênio (Low hydrogen impermeable covered electrodes) Eletrodos Revestidos Impermeáveis do Tipo Baixo Hidrogênio (Low hydrogen impermeable covered electrodes) Claudio Turani Vaz 1, Ivanilza Felizardo, Aurecyl Dalla Bernardina 2, Alexandre Queiroz Bracarense

Leia mais

DESCONTINUIDADES NA SOLDAGEM

DESCONTINUIDADES NA SOLDAGEM DESCONTINUIDADES NA SOLDAGEM Rogério de Luca rogério_luca@live.com 24/05/2014 Antes de abordamos sobre descontinuidades, é conveniente que seja definida as três palavras seguintes: - Indicação: evidencia

Leia mais

DEFEITOS EM SOLDAGEM. Preparado por: Ramón S. C. Paredes, Dr. Engº.

DEFEITOS EM SOLDAGEM. Preparado por: Ramón S. C. Paredes, Dr. Engº. DEFEITOS EM SOLDAGEM Preparado por: Ramón S. C. Paredes, Dr. Engº. 1 Trinca longitudinal na ZTA. 2 Trinca longitudinal na ZF 3 Trinca de cratera Defeitos do metal de solda Alguns dos defeitos que podem

Leia mais

Aços de alta liga resistentes a corrosão II

Aços de alta liga resistentes a corrosão II Aços de alta liga resistentes a corrosão II Aços de alta liga ao cromo ferríticos normalmente contêm 13% ou 17% de cromo e nenhum ou somente baixo teor de níquel. A figura da esquerda apresenta uma parte

Leia mais

FADIGA EM JUNTAS SOLDADAS

FADIGA EM JUNTAS SOLDADAS FADIGA EM JUNTAS SOLDADAS Beatriz Borges Faria Fonseca, Universidade de Itaúna, bibiborges_11@hotmail.com. José Afonso Lelis Junior, Universidade de Itaúna, joselelisjr@hotmail.com. José Felipe Dias, Universidade

Leia mais

3 Materiais e Métodos

3 Materiais e Métodos 41 3 Materiais e Métodos Serão apresentados neste capitulo os materiais e os métodos que foram utilizados no desenvolvimento deste trabalho. Durante a experiência foram utilizados cinco eletrodos oxi-rutílicos

Leia mais

4 Resultados e Discussão

4 Resultados e Discussão 4 Resultados e Discussão Neste capítulo são apresentados e analisados os resultados obtidos do processo de curvamento e dos ensaios mecânicos e metalográficos realizados. 4.1. Análise Dimensional Como

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC CENTRO DE ENGENHARIA, MODELAGEM E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES (BC 1105)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC CENTRO DE ENGENHARIA, MODELAGEM E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES (BC 1105) UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC CENTRO DE ENGENHARIA, MODELAGEM E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES (BC 1105) ENSAIOS MECÂNICOS PARTE A ENSAIOS DE TRAÇÃO E FLEXÃO 2 1. INTRODUÇÃO Algumas

Leia mais

INFLUÊNCIA DE ASPECTOS MICROESTRUTURAIS NA RESISTÊNCIA À FRATURA DE AÇO ESTRUTURAL COM APLICAÇÕES OFFSHORE

INFLUÊNCIA DE ASPECTOS MICROESTRUTURAIS NA RESISTÊNCIA À FRATURA DE AÇO ESTRUTURAL COM APLICAÇÕES OFFSHORE INFLUÊNCIA DE ASPECTOS MICROESTRUTURAIS NA RESISTÊNCIA À FRATURA DE AÇO ESTRUTURAL COM APLICAÇÕES OFFSHORE Aluno: Tiago Sampaio Leonardos Orientador: Marcos Venicius Soares Pereira I Introdução A exploração

Leia mais

LABORATÓRIOS METALÚRGICOS E MECÂNICOS SGS

LABORATÓRIOS METALÚRGICOS E MECÂNICOS SGS LABORATÓRIOS METALÚRGICOS E MECÂNICOS SGS O QUE É PRECISO SABER? UMA DISCUSSÃO CONCEITUAL SOBRE A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DOS MATERIAIS METÁLICOS ATUALMENTE EM USO NA MODERNA INDÚSTRIA BRASILEIRA ABRIL/2018

Leia mais

Soldagem TUBOxESPELHO em vasos de pressão do tipo trocador de calor casco e tubo

Soldagem TUBOxESPELHO em vasos de pressão do tipo trocador de calor casco e tubo Soldagem TUBOxESPELHO em vasos de pressão do tipo trocador de calor casco e tubo Nome: Leonardo Zuqui Coelho E-mail:leonardozuqui@live.com Data: 24/05/2014 Local: Cotia-SP Introdução Este trabalho tem

Leia mais

Palavras-chave: soldagem subaquática, eletrodo revestido, porosidade. 1. INTRODUÇÃO

Palavras-chave: soldagem subaquática, eletrodo revestido, porosidade. 1. INTRODUÇÃO ESTUDO COMPARATIVO DO DESEMPENHO DE ELETRODOS REVESTIDOS E6013, E7024 E E7018 EM SOLDAGEM SUBAQUÁTICA EM ÁGUA DOCE DO AÇO A36 À PROFUNDIDADES DE 50 E 100 METROS Ezequiel Caires Pereira Pessoa - ezequiel@demec.ufmg.br

Leia mais

FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI SP ESCOLA SENAI NADIR DIAS DE FIGUEIREDO. Curso de Inspeção e Automação em Soldagem AUGUSTO JOSÉ DA SILVA

FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI SP ESCOLA SENAI NADIR DIAS DE FIGUEIREDO. Curso de Inspeção e Automação em Soldagem AUGUSTO JOSÉ DA SILVA FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI SP ESCOLA SENAI NADIR DIAS DE FIGUEIREDO Curso de Inspeção e Automação em Soldagem AUGUSTO JOSÉ DA SILVA Disciplina: Metalurgia da Soldagem Professor: LUIZ GIMENES JR. EPS

Leia mais

Processo de Soldagem MIG/MAG. Processo MIG / MAG Prof. Vilmar Senger

Processo de Soldagem MIG/MAG. Processo MIG / MAG Prof. Vilmar Senger Processo de Soldagem MIG/MAG Gases de proteção O ar atmosférico é expulso da região de soldagem por um gás de proteção com o objetivo de evitar a contaminação da poça de fusão. A contaminação é causada

Leia mais

SOLDAGEM DE FLANGE EM TUBO DE ALUMÍNIO

SOLDAGEM DE FLANGE EM TUBO DE ALUMÍNIO SOLDAGEM DE FLANGE EM TUBO DE ALUMÍNIO Material A SB 210 tp 6061 Diâmetro:6 polegadas Espessura da parede ; 8mm Grupo ASTM : M23 / ASME IX P23 Autor: Tarcísio Egas Belluzzo Tempera : T4, adotada essa tempera

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS EFEITO DA PROFUNDIDADE DE SOLDAGEM SOBRE O HIDROGÊNIO DIFUSÍVEL DAS SOLDAS MOLHADAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS EFEITO DA PROFUNDIDADE DE SOLDAGEM SOBRE O HIDROGÊNIO DIFUSÍVEL DAS SOLDAS MOLHADAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA EFEITO DA PROFUNDIDADE DE SOLDAGEM SOBRE O HIDROGÊNIO DIFUSÍVEL DAS SOLDAS MOLHADAS WESLLEY CARLOS DIAS DA SILVA Belo

Leia mais

TENACIDADE AO IMPACTO DO METAL DE SOLDA DO AÇO API X70 SOLDADO COM ARAME TUBULAR AWS E-81T1-Ni1

TENACIDADE AO IMPACTO DO METAL DE SOLDA DO AÇO API X70 SOLDADO COM ARAME TUBULAR AWS E-81T1-Ni1 TENACIDADE AO IMPACTO DO METAL DE SOLDA DO AÇO API X70 SOLDADO COM ARAME TUBULAR AWS E-81T1-Ni1 Vicente Afonso Ventrella RESUMO Neste trabalho estudou-se a tenacidade ao impacto do metal de solda do aço

Leia mais

6 AÇÕES MITIGADORAS PARA FALHAS POR CORROSÃO

6 AÇÕES MITIGADORAS PARA FALHAS POR CORROSÃO 132 6 AÇÕES MITIGADORAS PARA FALHAS POR CORROSÃO Após a realização da inspeção e a partir da aplicação de um critério de aceitação, as anomalias detectadas podem ser classificadas como um dano, com o qual

Leia mais

5.3. ANÁLISE QUÍMICA 5.4. ENSAIO DE DUREZA

5.3. ANÁLISE QUÍMICA 5.4. ENSAIO DE DUREZA 35 5.3. ANÁLISE QUÍMICA A composição química dos parafusos foi determinada por Espectrometria de Emissão Óptica. A Tabela 04 apresenta a composição percentual dos elementos mais relevantes. A Norma SAE

Leia mais

A composição química das amostras de metal solda, soldadas a 10 m de profundidade, está listada na Tabela 2.

A composição química das amostras de metal solda, soldadas a 10 m de profundidade, está listada na Tabela 2. 52 4 Resultados 4.1. Análise Química A composição química das amostras de metal solda, soldadas a 10 m de profundidade, está listada na Tabela 2. Tabela 2: Composição química do metal de solda (porcentagem

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES (BC 1105) ENSAIOS MECÂNICOS ENSAIOS DE TRAÇÃO E FLEXÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES (BC 1105) ENSAIOS MECÂNICOS ENSAIOS DE TRAÇÃO E FLEXÃO 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC CENTRO DE ENGENHARIA, MODELAGEM E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES (BC 1105) ENSAIOS MECÂNICOS ENSAIOS DE TRAÇÃO E FLEXÃO 2 1. INTRODUÇÃO Algumas das

Leia mais

ESTUDO DE CASO PARA VERIFICAR A SEGURANÇA EM DUTOS COM DEFEITOS DE CORROSÃO

ESTUDO DE CASO PARA VERIFICAR A SEGURANÇA EM DUTOS COM DEFEITOS DE CORROSÃO ESTUDO DE CASO PARA VERIFICAR A SEGURANÇA EM DUTOS COM DEFEITOS DE CORROSÃO Maylon Dieferson Silva de Sobral 1 ; Juliana Von Schmalz Torres 2 1 Estudante do Curso de Engenharia Civil CAA UFPE. E-mail:

Leia mais

INFLUÊNCIA DA SOLDA NA VIDA EM FADIGA DO AÇO SAE 1020

INFLUÊNCIA DA SOLDA NA VIDA EM FADIGA DO AÇO SAE 1020 INFLUÊNCIA DA SOLDA NA VIDA EM FADIGA DO AÇO SAE 1020 H. W. L. Silva, M. P. Peres, H. J. C. Woorwald Rua Sebastião Martins, 55 - Lagoa Dourada I - Cruzeiro - SP - CEP: 12711-390 e-mail: hwlsilva@dglnet.com.br

Leia mais

Análise das regiões de uma junta soldada com e sem adição de calor através do Pré e Pós aquecimento.

Análise das regiões de uma junta soldada com e sem adição de calor através do Pré e Pós aquecimento. 1 Análise das regiões de uma junta soldada com e sem adição de calor através do Pré e Pós aquecimento. Nome: Alex Sandro Fausto dos Santos E-mail: alex.fausto@ig.com.br 24/05/2014 - Guarulhos 1-Introdução

Leia mais

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE SOLDAGEM SOBRE UM EIXO RECUPERADO

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE SOLDAGEM SOBRE UM EIXO RECUPERADO ESTUDO DA INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE SOLDAGEM SOBRE UM EIXO RECUPERADO COF-2015-0480 Resumo: A soldagem de manutenção é um meio ainda muito utilizado para prolongar a vida útil das peças de máquinas

Leia mais

INFLUÊNCIA DE ASPECTOS MICROESTRUTURAIS NA RESISTÊNCIA À FRATURA DE AÇO ESTRUTURAL COM APLICAÇÕES OFFSHORE

INFLUÊNCIA DE ASPECTOS MICROESTRUTURAIS NA RESISTÊNCIA À FRATURA DE AÇO ESTRUTURAL COM APLICAÇÕES OFFSHORE INFLUÊNCIA DE ASPECTOS MICROESTRUTURAIS NA RESISTÊNCIA À FRATURA DE AÇO ESTRUTURAL COM APLICAÇÕES OFFSHORE Bernardo Soares Engelke 1 Marcos Venicius Soares Pereira 2 1 Aluno de Graduação do curso de Engenharia

Leia mais

Processo de Soldagem Eletroescória HISTÓRICO

Processo de Soldagem Eletroescória HISTÓRICO Processo de Soldagem Eletroescória HISTÓRICO Prof. Luiz Gimenes Jr. Prof. Manuel Saraiva Clara Os precursores do processo começaram ainda no século passado com a soldagem na posição vertical em um único

Leia mais

Trabalho Prático N o :. Técnica Operatória da Soldagem SAW

Trabalho Prático N o :. Técnica Operatória da Soldagem SAW Trabalho Prático N o :. Técnica Operatória da Soldagem SAW 1. Objetivos: Familiarizar-se com o arranjo e a operação do equipamento utilizado na soldagem mecanizada ao arco submerso. Familiarizar-se com

Leia mais

4 Resultados. 4.1.Perfil do cordão de solda

4 Resultados. 4.1.Perfil do cordão de solda 4 Resultados 4.1.Perfil do cordão de solda A figura 27 mostra quatro macrografias das amostras retiradas dos quatro quadrantes do perímetro como mostrado na tabela 8. Elas apresentam as distintas regiões

Leia mais

ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA/ECONÔMICA PARA ESPECIFICAÇÃO DE SOLDAS EM EMENDAS A 90º ENTRE ALMA E MESA DE PERFIS I NÃO ENRIJECIDOS

ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA/ECONÔMICA PARA ESPECIFICAÇÃO DE SOLDAS EM EMENDAS A 90º ENTRE ALMA E MESA DE PERFIS I NÃO ENRIJECIDOS ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA/ECONÔMICA PARA ESPECIFICAÇÃO DE SOLDAS EM EMENDAS A 90º ENTRE ALMA E MESA DE PERFIS I NÃO ENRIJECIDOS Martinho R. Giacomitti Junior 1 m.junior@brafer.com 1 Especialista em

Leia mais

TÍTULO: ESTUDO COMPARATIVO DAS ZONAS TERMICAMENTE AFETADA DO AÇO ABNT 1045 SOLDADO POR ELETRODO REVESTIDO E MAG

TÍTULO: ESTUDO COMPARATIVO DAS ZONAS TERMICAMENTE AFETADA DO AÇO ABNT 1045 SOLDADO POR ELETRODO REVESTIDO E MAG TÍTULO: ESTUDO COMPARATIVO DAS ZONAS TERMICAMENTE AFETADA DO AÇO ABNT 1045 SOLDADO POR ELETRODO REVESTIDO E MAG CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA SUBÁREA: ENGENHARIAS INSTITUIÇÃO: FACULDADE

Leia mais

SOLDAGEM Aula 01. Faculdade Pitágoras Núcleo de Engenharias Engenharia Mecânica 9º Período Barreiro, Agosto 2016

SOLDAGEM Aula 01. Faculdade Pitágoras Núcleo de Engenharias Engenharia Mecânica 9º Período Barreiro, Agosto 2016 SOLDAGEM Aula 01 Faculdade Pitágoras Núcleo de Engenharias Engenharia Mecânica 9º Período Barreiro, Agosto 2016 Índice Introdução Definição Formação de uma junta soldada Principais processos de soldagem

Leia mais

CONAEND&IEV CONTROLE DIMENSIONAL E MONITORAMENTO DAS TENSÕES RESIDUAIS

CONAEND&IEV CONTROLE DIMENSIONAL E MONITORAMENTO DAS TENSÕES RESIDUAIS CONAEND&IEV2012 017 CONTROLE DIMENSIONAL E MONITORAMENTO DAS TENSÕES RESIDUAIS NA FASE DE SUB-MONTAGEM DURANTE A FABRICAÇÃO DE NAVIOS Tatiana Gurova 1, Segen F. Estefen 2, Anatoli Leontiev 3 Copyright

Leia mais

ESPECIFICAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE SOLDAGEM (EPS) - 34

ESPECIFICAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE SOLDAGEM (EPS) - 34 FACULDADE SENAI DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS METALÚRGICOS PÓS-GRADUAÇÃO INSPEÇÃO E AUTOMAÇÃO EM SOLDAGEM Eng. Oreste Guerra Neto ESPECIFICAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE SOLDAGEM (EPS) - 34 Osasco SP 2012 RESUMO

Leia mais

3 Material e Procedimento Experimental

3 Material e Procedimento Experimental 44 3 Material e Procedimento Experimental 3.1 Material O material adotado neste trabalho foi um aço estrutural de alta resistência mecânica e baixa liga, classificado pela IACS (International Association

Leia mais

Soldagem de metais ferrosos para a indústria de energia

Soldagem de metais ferrosos para a indústria de energia Soldagem de metais ferrosos para a indústria de energia LEADRO FERREIRA E-mail: inspetor@infosolda.com.br LUIZ GIMENES E-mail: gimenes@infosolda.com.br Figura 1. Macrografia da soldagem de um aço carbono

Leia mais

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3 MATERIAIS E MÉTODOS 40 3 MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 MATERIAL O material utilizado para realização dos ensaios necessários para suportar este trabalho foi o aço baixa liga 2.1/4Cr 1Mo temperado e revenido, conforme especificação

Leia mais

SOLDAGEM TIG. Prof. Dr. Hugo Z. Sandim. Marcus Vinicius da Silva Salgado Natália Maia Sesma William Santos Magalhães

SOLDAGEM TIG. Prof. Dr. Hugo Z. Sandim. Marcus Vinicius da Silva Salgado Natália Maia Sesma William Santos Magalhães SOLDAGEM TIG Prof. Dr. Hugo Z. Sandim Marcus Vinicius da Silva Salgado Natália Maia Sesma William Santos Magalhães Soldagem TIG Processo de soldagem TIG Fonte: www.infosolda.com.br e Welding Metallurgy

Leia mais

GMEC7301-Materiais de Construção Mecânica Introdução. Módulo II Ensaios Mecânicos

GMEC7301-Materiais de Construção Mecânica Introdução. Módulo II Ensaios Mecânicos GMEC7301-Materiais de Construção Mecânica Introdução Módulo II Ensaios Mecânicos OBJETIVOS DOS ENSAIOS MECÂNICOS Os ensaios são realizados com o objetivo de se obter informações específicas em relação

Leia mais