O Sr. Frederico, esse enxadrista refinado, nos deixou órfãos de sua companhia em 8 de janeiro de 1995, aos 72 anos.

Transcrição

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2 PREFÁCIO Foi no final da década de 80 que me tornei sócio da Galeria de Xadrez Borba Gato. Em geral, os frequentadores dos clubes de xadrez costumam ser pessoas que estão mais interessadas em passar umas horas divertidas, jogando com os adversários de sempre do que pessoas sisudas se esforçando em estudar para chegar a um xadrez de alto nível. Se algum desavisado passar pela porta de um clube de xadrez num sábado à tarde, vai achar que lá dentro estão jogando truco ou dominó, tamanha algazarra que muitos dos jogadores fazem. E confesso que eu sempre fui um daqueles que mais contribuiu para promover a bagunça nos clubes em que passei. Mas não era assim no Borba Gato dos anos 80. Os fundadores do clube eram pessoas mais para a meia idade e que levavam o xadrez muito, muito a sério. Lembro especialmente do Viñas, do Naur e do motivo deste livro, o Sr. Fritz Loepert, ou Sr. Frederico como era chamado na nossa língua. Até a molecada se comportava bem naquele ambiente gentil, mas firme. Convivi com o Sr. Frederico muito tempo menos do que gostaria. Tinha um xadrez equilibrado entre a estratégia e a tática. A impressão que dava é que suas partidas, ganhasse ou perdesse, eram uma sequência de lances harmoniosos, como se a estética fosse o seu guia principal no desenrolar de uma partida. Talvez seu jogo refletisse sua profissão que era ser consultor de moda. Gentil e educado, ele se impunha naturalmente por onde passasse. Eu, que sempre fui um pouco arreliento, me comportava bonitinho na frente daquele alemão refinado. Jogador muito forte no nível amador, dava mais valor à elegância do jogo do que ao resultado da partida. Lembro que certa vez fiz um sacrifício retumbante contra ele. O sacrifício era retumbante, mas

3 incorreto e perdi a partida. Ainda hoje me lembro do seu conselho: Antes de sacrificar as próprias peças, a gente precisa aprender a sacrificar as peças do adversário. Sem dúvida, seu lado artístico e sua paixão por achar a verdade da posição foram os elementos que o levaram para o terreno da composição de problemas. Não sei se gostava mais de jogar, ou de compor problemas de xadrez. Também me lembro dos sábados à tarde, no Borba Gato, em que ele ficava me mostrando suas composições e ficávamos toda a tarde sem jogar uma única partida! Em 1982, o Sr. Frederico fez editar, fora do circuito comercial, um pequeno número de exemplares do livro onde reproduziu seus trabalhos mais interessantes, segundo suas palavras. Foi esse livro, intitulado Mate 1982 que digitalizei e que se transformou no texto que você está lendo agora. Fiz isso para que outras pessoas, que sequer conheceram o Sr. Frederico, possam se deliciar com as obras que esse artista criou. Se você tiver alguma informação adicional sobre ele, por favor, nos envie (luisvilanova@terra.com.br), que vamos incorporá-la. Parte das informações aqui mencionadas foram conseguidas no site O Problemista, de Leo Mano ( O Sr. Frederico, esse enxadrista refinado, nos deixou órfãos de sua companhia em 8 de janeiro de 1995, aos 72 anos. Abaixo, foto da visita que o campeão mundial (1957 e 1958), Vasily Smyslov fez à Galeria de Xadrez Borba Gato, onde realizou uma simultânea. Da esquerda para a direita, dois sócios do clube, Francisco Sala e Lourenço Cordioli, Smyslov e nosso amigo, Frederico Loepert.

4 Para navegar com maior facilidade entre os problemas e suas soluções, você pode deixar visível a janela dos marcadores do pdf (clicando na bandeirinha de São João que fica à esquerda da tela). Luis Molist Vilanova, ou melhor, vila 8 de maio de 2016

5 INTRODUÇÃO Quase todos os problemistas se iniciam nos mates diretos. Não fui exceção. Conhecia apenas as regras fundamentais de composição. Desconhecia temas, possuía pouca literatura. Com o correr dos anos, me beneficiei com o contato pessoal com problemistas consagrados que me ensinavam, corrigiam, orientavam, estimulavam. Quero citar, especialmente, A. Ellerman, G. Martin, P. Dala Rosa, O. Farias, A. Witte, J. Coutinho, T. Motta, V. Adamovski e J. Figueiredo. Chegou uma época em que senti vontade de explorar outros terrenos. Tentei os ajudados, fiz excursões nos heterodoxos, tropecei até nos tridimensionais. Finalmente, cheguei aos inversos, gênero que me fascinou e se constituiu, durante muitos anos, no objeto quase exclusivo de minhas pesquisas. Por este motivo, os inversos formam a maioria de minhas composições e a eles dedico um capítulo especial. Em terrenos pouco trilhados, quiçá pioneiros, compus problemas híbridos, de mates duplos, mates duplos inversos, inversos ajudados e moto perpétuos. Este livro condensa o resultado de trinta anos de pesquisa e composição enxadrística. De mais de 300 problemas, todos inéditos, pouco mais de 90 são aqui publicados. Os melhores, na opinião do autor, e os que, não sendo os melhores, apresentam ideias interessantes o bastante para não serem excluídos. Os problemas foram compostos, em sua maioria, entre 1949 e Se, na época em que foram criados, muitos de seus temas já não correspondiam aos modismos então imperantes, à luz das atuais concepções muitos dos problemas são peças de museu. Entretanto, mais tempo, menos tempo, as modas retornam, o saudosismo ou, talvez, o cansaço de tanta modernidade faz renascer o fascínio do antigo. É assim que a gente reproduz, com deleite, partidas de xadrez jogadas há muitas décadas, apesar de reconhecer que as

6 aberturas são, atualmente, tratadas de forma diferente. Por tudo isso, decidi não deixar inéditos meus problemas, sejam de escola antiga ou moderna. Considerando, também e sobretudo, a intemporalidade da arte. E os problemas são, inquestionavelmente, o ramo artístico e poético do xadrez. Este livro é publicado em Edição do Autor, fora do comércio. Ele tem a missão de preservar os frutos de longos anos de pesquisa e composição. Ofereço esta obra a todos os aficionados da requintada arte problemística. Fritz Loepert

7 PREFATORY NOTE Almost all problemists start out with direct problems. I was no exception. My knowledge was confined to basic rules of composition. I had no themes and scant reading. Later, I had the advantage of personal contacts, spread over many years, with great problemists who coached and encouraged me, among them A. Ellerman, G. Martin, P. Dala Rosa, O. Farias, A. Witte, J. Coutinho, T. Motta, V. Adamovski and J. Figueiredo. Time came when I felt a desire to explore. I tried helpmates, pushed ahead into unorthodox problems, stumbled onto tridimensionals. Finally, I was brought up against selfmates, wich fascinated me and constituted almost the sole subject of my researches for many years. Selfmates, therefore, make up most of my compositions and are the subject of a separate chapter in this book. Travelling off the beaten track, I have composed alternative problems, double mates problems, double selfmates, helpselfmates, and what I call a perpetuum mobile. This book is a summing-up of the results of 30 years of chess research and composition. Out of 300 problems, unpublished all of them, 92 are presented here. There are the best ones in the author s view, and those which, not being the best, are interesting enough to warrant publication on this score. Most of my problems were composed between 1949 and If, at the time they were created, the themes of many of them lagged behind the fashion of those days, those problems will be rated museum pieces in the light of current conceptions. But fashions have a way of returning as times goes by; nostalgia or, perhaps, a surfeit of so much modernity will bring back fascination with tradition. That is why one delights in replaying chess games of many decades ago while acknowledging the different treatment given openings

8 today. For all these reasons I have decided not to leave my problems unpublished, modern or old-school ones. Considering that, after all and above all, art is timeless. And that problems constitute without question the artistic, or poetic, branch of Chess. This book is being published by as author s edition, for distribution, not sale. I wish to keep the fruits of long year s research and composition work. I offer this book to all fans of the fine art of the chess problem. Fritz Loepert

9 PROSA E POESIA Prosa e poesia, eis duas formas de expressão da literatura. Também o xadrez tem essas formas de expressão. Aquela é o xadrez partidista, o jogo disputado entre adversários, seja frente a frente, seja à distância, por correspondência, telefone, telégrafo, ou outros meios. Esta, a forma poética, consiste em composições artísticas, exigindo desempenhos aparentemente impossíveis, tais como mates em determinado número de lances, ganhos ou empates, a partir de posições construídas. O xadrez partidista é o xadrez jogado. É a luta entre duas mentes em busca da vitória. É a luta balizada por regras e regulamentos, pelo relógio que limita o tempo de reflexão. O xadrez partidista é o xadrez-prosa. O xadrez-poesia, a composição artística, é o produto de uma só mente, limitada apenas à observância das regras do xadrez, porém liberta dos regulamentos de torneio, de tempo de reflexão e, sobretudo, da contra-ação de uma mente adversária. Desde tempos imemoriais, a espécie humana exalta as vitórias de Davís contra Golíases, da elegância e da técnica sobre a força. Empolga-se com a superação de obstáculos máximos com recursos mínimos. Produzir essa exaltação do espírito, fazer aflorar um sorriso de admiração, uma exclamação de surpresa, proporcionar satisfação pela solução de um enigma, pela captação de uma ideia é a suprema meta do xadrez-poesia. A criação de problemas é iniciada a partir de uma ideia. Dispondo de tempo praticamente ilimitado algumas concepções têm exigido muitos anos para alcançar a sua ultrarequintada forma definitiva o compositor materializa a sua ideia visando à criação de uma posição na qual cada peça realize o máximo possível de sua potencialidade e

10 na qual não exista material sem função. O grau de sucesso alcançado pode ser medido pelo grau de impacto estético produzido sobre o solucionista, ante o desempenho de forças aparentemente incapazes de cumprir a missão a elas cometida. Todo esse leque de combinações artísticas, - problemas, finais, estudos, fantasias, tem a valorizá-las uma máxima possível dificuldade de solução (... artistic combinations, the solution of which is often concealed as deeply as human wit can hide itself Dr. Emanuel Lasker, Manual of Chess). As artes evoluem. Elas espelham o espírito de sua época. A música, a pintura, a escultura, a poesia de nossos dias distanciaram-se das suas congêneres do passado. O mesmo se diga da poesia do xadrez. Fatores técnicos vieram sobrepor-se aos fatores estéticos. A atonalidade e dissonâncias na música, o abstracionismo na pintura e escultura, a ausência de rimas na poesia, encontram nos problemas de xadrez seu equivalente nos ensaios, séries e gêmeos, jogos virtuais, falsas soluções e, sobretudo, máxima pureza temática. Se a esses fatores puder ser acrescido um impacto estético, muito bem. Se não, pouco importa. Bach e Beethoven, Stravinsky e Schoenfeld, Miguel Ângelo e Rubens, Picasso e Van Gogh, Camões e Goethe, Manuel Bandeira e Carl Sandburg, Sam Loyd e Allan White, Alex Casa e Jacov Vladimirov, cada artista é único. A verdadeira obra de arte é sempre valiosa. Um bom problema de xadrez, seja de escola antiga ou moderna, sempre é arte, sempre é poesia.

11 PROSE AND VERSE Game chess and problem chess compare with literary prose and verse. A game of chess, art though but more down-to-earth, is played by two opponents. They may be facing each other across a board or sending their moves, by mail, telephone, wire or other means, across a distance. A chess problem is more of an artistic composition, being a set-up starting position linked to a requirement of a seemingly impossible feat, usually a mate in a given number of moves, a win or a draw. A game of chess is a struggle between two minds, each aiming at victory. A fight governed by rules and regulations, by a clock limiting each player s time for thinking. Game chess is prose chess. A chess problem, being an artistic composition comparable to verse, is devised by a single mind bound by the rules of the game, but unbound by tournament rules, by time limits and, above all, by contention from an opposing mind. From time beyond memory, mankind has exulted in the defeat of Goliath by David, of raw strength by cunning and technique, in the overcoming of huge obstacles by scantiest means. To induce this exultation of the mind, to elicite a smile of admiration, a cry of surprise, to gratify a mind in solving a riddle, in catching an idea, is the highest aim of problem chess, or verse chess as I see it. All problem creating starts out with an idea. With practically limitless time at his disposal, - some problems have been polished over many years after inception before reaching their final shape the composer of a problem acting on his idea tries to create a position that will enable each piece used achieve its highest potential and will use no piece without a function. The degree of success reached in this can be measured by the degree of aesthetic

12 impact on the solucionist on contemplating forces seemingly incapable of carrying out the mission entrusted to them. All these artistic combinations problems, endgames, studies, fantasies are valued the higher the harder they are to solve, as Dr. Emanuel Lasker writes in Manual of Chess: artistic combinations, the solution of which is often concealed as deeply as human wit can hide itself. Art changes, keeping up with the times. The music, painting, sculpture, verse of our day no longer are what they used to be. The same goes for problem chess, or verse chess. Technique has come to be valued over aesthetics. Atonal or dissonant music, abstract painting and sculpture, rymeless verse, correspond with set mates, set plays, twins, tries and, above all, the highest degree of theme purity, in problem chess. If aesthetic impact can be added to those factor, very well. If not, no matter, Bach and Beethoven, Stravinsky and Schoenfeld, Michelangelo and Rubens, Picasso and Van Gogh, Camoens and Goethe, Manuel Bandeira and Carl Sandburg, Sam Loyd and Allan White, Alex Casa and Jacov Vladimirov each artist is unique. True art never loses its worth. A good chess problem, old school or new, like some fine poetry, will always be art.

13 O PROBLEMA INVERSO O Problema Inverso é a quintessência do antixadrez. Explico. A finalidade de uma partida de xadrez é dar mate ao adversário. Solucionar um problema direto é descobrir o lance ou lances ocultos, inaparentes o quanto possível, que conduzam ao mate do rei adversário, no número de lances exigido. As brancas se esforçam para dar mate, as negras lutam para evitá-lo. Os adversários não confraternizam. É a lei da guerra. Já não há guerra nos ajudados. Um dos adversários as negras colabora para precipitar a própria derrota. Adversário? Não, parceiro! É o antixadrez, concebido para possibilitar economia de material e proporcionar sequências estéticas dificilmente atingíveis em problemas de luta, diretos. Nos ajudados, as negras realizam o primeiro lance. Indiscutivelmente, porém, o antixadrez no nível máximo é o problema inverso. É um problema de luta, luta sem quartel. As brancas se empenham para conseguir o mate no número exigido de lances. As negras fazem o possível para que as brancas não consigam o mate. Mas, a que mate aspiram as brancas? Suprema perversão! Elas aspiram ao mate do seu próprio rei. Inverte-se a finalidade maior do xadrez: dar mate ao adversário. As brancas lutam para sofrê-lo, as negras, para não dá-lo. O problema inverso, antixadrez em seus propósitos, revela, frequentemente, um xadrez de alto nível em seus percursos de solução. Ao contrário dos problemas diretos e ajudados em que predominam exigências de solução em dois ou três lances, os inversos situam-se, majoritariamente, em faixas de mais lances. Tornam-se assim, muitas vezes, desencorajadores para solucionistas. Mas, paradoxalmente, inversos de médio e longo percursos não são compostos para, antes de tudo e como um fim em si, serem

14 solucionados. Quem conseguir encontrar a solução terá dupla satisfação: uma por ter sido bem sucedido em seus esforços, outra, por haver compreendido a ideia exposta e desenvolvida. O inverso de médio e longo cursos subvaloriza a dificuldade de chave e solução e supervaloriza a substância, a originalidade, a beleza, a correta execução da ideia ou do tema. É, portanto, menos um problema de solução do que de composição. Com propósitos tão distintos dos diretos e dos ajudados, os inversos também têm temas, estratégias, táticas e técnicas distintos daqueles. Movidos por objetivos antinaturais, os inversos produzem, não obstante, sequências de jogo mais naturais, mais emocionantes do que muitos problemas diretos. Indubitavelmente, em breve deixarão de ser produto da excentricidade de especialistas, para conquistar a merecida divulgação e popularidade.

15 THE SELFMATE PROBLEM The selfmate problem is the essence of anti-chess. I go on to explain. The object of a game of chess is to mate your opponent. To solve a direct problem is to discover the move, or moves, that will lead to the mating of your opponent s king in the required number of moves, the discovery being as difficult as the composer could contrive to make it. No confraternization between these opponents. They are at war. Not so with helpmates. One opponent black will help to defeat itself. One opponent? No, a partner! That is anti-chess designed to economize pieces and to make possible aesthetic sequences such as would be hard to obtain in direct problems. Unquestionably, however, the selfmate problem presents the highest degree of anti-chess. It is a problem of battle, battle without quarter. White will do everything in order to get a mate in the required number of moves. Black will do what it can in order to prevent white from getting that mate. But which king is white trying to mate? What a perversion! White is aiming at mating its own king. The aim of chess, being the mating of the opponent, is inverted, white trying to get mated, black to avoid that. The selfmate problem, anti-chess by aim, often shows high-skill chess in its solution runs. Unlike direct or helpmate problems, which usually call for solution in two or three moves, most selfmate problems require a larger number of moves. Thus, they are often discouraging to solutionists. But, solution is not, paradoxically, the chief of medium or long-run selfmate problems. Finding the solution will be doubly gratifying, firstly, through success crowning effort, and secondly, through intelligence of an idea presented and expounded. The medium and long-run selfmate problem plays down difficulty of key and plays up substance, originality, beauty,

16 and faithful execution of idea or theme. It presents more of a problem to the composer than it does to the solutionist. As they differ in aim from direct and helpmate problems, so do selfmate problems differ from those in theme, strategy, tactics and technique. Moved by unnatural aims, selfmate problems nevertheless present more natural, more exciting game sequences than do many direct problems. No doubt they will soon be viewed no longer as some eccentric specialist s brainchildren and will gain the wide interest they deserve.

17 NOVAS FRONTEIRAS Mate duplo: Exige-se dar mate simultâneo a dois reis negros. Mate duplo inverso: Exige-se forçar as negras a dar mate simultâneo a dois reis brancos. Mate inverso ajudado: As negras fazem o primeiro lance. Problemas híbridos: Na posição do diagrama, exige-se mate em... lances, como também mate inverso no mesmo número de lances. Todas as peças devem ter função nas duas versões. Nota: Os problemas híbridos apresentados nesta obra são de escasso valor, quer como versão de mate direto, quer de mate inverso. Mas o tema, provavelmente inédito, é fascinante e desafiador. Moto perpétuo: Moto Perpétuo é um problema inverso, cuja posição inicial se reproduz infinitamente, após o último lance do percurso de solução das brancas, em sua fase original, ou final, respectivamente. Ou seja,

18 partindo-se da posição inicial, chega-se a uma posição no último lance das brancas (quando as negras seriam obrigadas a dar mate no lance seguinte) que constitui um novo problema inverso. Portanto, a passagem de um ciclo ao seguinte é obtida com as brancas fazendo dois lances seguidos. O Moto Perpétuo pode ser monofásico ou bifásico. No monofásico, a reprodução da posição inicial realiza-se ao término de um único percurso de solução das brancas. No bifásico, o término do primeiro percurso de solução das brancas produz um novo problema de mate inverso, com exigência de solução idêntica do primeiro, e a reprodução da posição inicial realiza-se somente ao término do segundo percurso de solução das brancas. O bifásico, por sua vez, divide-se entre simétrico e assimétrico. Naquele, as peças brancas regressam à posição inicial numa perfeita reversão. Nesta, a peça que perde ou ganha um tempo regressa por caminho diferente. A posição inicial do Moto Perpétuo com brancas a jogar é sempre igual à posição final com negras a jogar. Logicamente, devem as brancas extrair do percurso de solução a perda ou ganho de um tempo.

19 NEW FRONTIERS Doubled Mate: Two black kings must be mated at the same time. White is not allowed to check. Double Selfmate: Black must be forced to mate two white kings at the same time. Help Selfmate: Black to move. Alternative problems: Starting from diagram position, mate is required in moves, or else selfmate in same number of moves. All pieces must have some function in either version. Remark: The alternative presented here are not very good when viewed as separate problems of either direct mate or selfmate. But the theme, so far unbroached I think, holds fascination and challenge. Perpetuum Mobile

20 What I call Perpetuum Mobile is a selfmate problem ending at its starting position on completion of white s last move in its one or its second phase of solution, depending on the variety in hand. In the one-phase variety, the starting position is reached at the end of a sole solution-run by White. In the two-phase variety, White s solution-run produces a second problem with the same requirement as does the first, but here starting position is not reached until the end of White s second solution-run. The two-phase variety, in turn, can be either symmetrical or unsymmetrical. If symmetrical, white ends up in its starting position, coming back by the same way it went. If unsymmetrical, whatever piece wins or loses a move comes back by another way. The starting position with white to move is always equal to the end position with black to move. In order to accomplish this, white will have to gain or lose a move in the course of solution.

21 ABREVIATURAS + xeque ++ mate mate em... lances ++++ mate duplo mate duplo em... lances ++/s++... s++... h++... sh++... s e.p. mpm mpbs mpba mate direto e mate inverso em... lances mate inverso em... lances mate ajudado em... lances mate inverso ajudado em... lances mate duplo inverso em... lances em passant moto perpétuo monofásico moto perpétuo bifásico simétrico moto perpétuo bifásico assimétrico

22 ABREVIATIONS + check ++ mate mate in... moves ++++ doublemate doublemate in... moves ++/s++... s++... h++... sh++... s e.p. mpm mpbs mpba mate and selfmate in... moves selfmate in... moves helpmates in... moves selfhelpmate in... moves doubleselfmate in... moves em passant perpetuum mobile 1 phase perpetuum mobile 2 phases - symmetrical perpetuum mobile 2 phases - unsymmetrical

23 MATES DIRETOS DIRECT MATES

24 Problema 1

25 Problema

26 Problema

27 Problema

28 Problema

29 Problema

30 Problema

31 Problema

32 Problema

33 Problema

34 Problema

35 Problema

36 Problema

37 Problema

38 Problema

39 Problema

40 Problema

41 Problema

42 Problema (duas soluções)

43 Problema

44 Problema

45 Problema

46 Problema

47 Problema

48 Problema

49 Problema

50 Problema

51 Problema

52 Problema (duas soluções)

53 Problema

54 MATES INVERSOS SELFMATES

55 Problema 31 s++ 11

56 Problema 32 s++ 11

57 Problema 33 s++ 10

58 Problema 34 s++ 9

59 Problema 35 s++ 9

60 Problema 36 s++ 8

61 Problema 37 s++ 7 mpbs

62 Problema 37-a s++ 7 mpm

63 Problema 38 s++ 7

64 Problema 39 s++ 7

65 Problema 40 s++ 7

66 Problema 41 s++ 7

67 Problema 42 s++ 7

68 Problema 43 s++ 6

69 Problema 44 s++ 6

70 Problema 45 s++ 6

71 Problema 45-a s++ 6

72 Problema 46 s++ 6

73 Problema 47 s++ 5 mpba

74 Problema 48 s++ 5 mpm

75 Problema 49 s++ 5

76 Problema 50 s++ 5

77 Problema 51 s++ 5

78 Problema 52 s++ 5

79 Problema 53 s++ 5

80 Problema 54 s++ 4

81 Problema 55 s++ 4

82 Problema 56 s++ 4

83 Problema 57 s++ 4

84 Problema 58 s++ 4

85 Problema 59 s++ 4

86 Problema 60 s++ 4

87 Problema 61 s++ 3

88 Problema 62 s++ 3

89 Problema 63 s++ 3 mpm

90 Problema 64 s++ 3 mpm

91 Problema 65 s++ 3

92 Problema 66 s++ 3

93 Problema 67 s++ 3

94 Problema 68 s++ 3

95 Problema 69 s++ 3

96 Problema 70 s++ 3

97 Problema 71 s++ 3

98 Problema 72 s++ 2

99 Problema 73 s++ 2

100 Problema 74 s++ 2

101 Problema 75 s++ 2

102 Problema 76 s++ 2

103 Problema 77 s++ 2

104 MATES AJUDADOS HELPMATES

105 Problema 78 h++ 4

106 Problema 78-A h++ 4

107 Problema 79 h++ 3

108 Problema 80 h++ 2 (2 soluções)

109 Problema 81 h++ 2 (2 soluções)

110 NOVAS FRONTEIRAS NEW FRONTIERS

111 Problema 82 ++/s++ 4

112 Problema 83 ++/s++ 2

113 Problema 84 sh++ 4

114 Problema 85 sh++ 3

115 Problema 86 sh++ 3

116 Problema

117 Problema

118 Problema

119 Problema 90 s++++ 6

120 SOLUÇÕES SOLUTIONS

121 Solução 1 1. Bg8 a3 2. Cf7 Rxa2 3. Ce5+ Ra1 4. Ba2 Rxa2 5. Cd3 Ra1 6. Cc1 a2 7. Cb3++

122 Solução 2 1. Da8 (com a ameaça 2. Cxd7+ Rd5 3. Da2++) 1... exf3 2. Da1 (com a ameaça 3. De1++) 2... hxg f2 3. Dxh1 com as ameaças imparáveis Cxd7++ e De Dxh Rxf6 4. Dh8++ (a dama percorre toda a orla do tabuleiro e dá mate na casa de origem) 3... d3 4. Da f2 4. Cxd7++

123 Solução 3 1. Da Rxd5 2. Dc1 Re5 3. Df Rd5 4. Db d5 4. Df Rxf5 2. Dg1 Re5 3. Dd Rf5 4. Dh5++ 3 f5 $.Dd4++

124 Solução 4 1. Rb5 c6+ 2. Rc4 Rc7 3. Cd6 3 Rxd6 4. Bb8++ 3 Rd8 4. Bb6++

125 Solução 5 1. Bc7 1 Rxc7 2. Ce6+ 2 Rxb6 3. bxa5++ 2 Rd7 3. Td8++ 1 Bxb6 2. Td8+ Rxc7 3. Ce6++ 1 Bb8 2. Bxb8 axb4 3. Txb7++ 1 axb4 2. Txb7 com as ameaças imparáveis 3. Bb8++ e 3. Td8++

126 Solução 6 1. O-O 1... Cxd7 2. Db5 2 Td8 3. Bf7++ 2 O-O-O 3. Txc Cc6 2. Td5 Cd8 3. Bd Th6 2.Txf8+ Rxf8 3. Td8++

127 Solução 7 1. Th Rc5 2. Tb7 2 Rd5 3. Tb5++ 2 d5 3. Bb Re5 2. Tf7 2 Rd5 3. Tf5++ 2 d5 3. Bf4++

128 Solução 8 1.Cd8 Rc5 2.Ta Rd4 3.Bg Rb4 3.Cc Rb6 3.Cc4++ Numa miniatura sem peões, três mates econômicos por cada uma das peças menores.

129 Solução 9 1. Rg8 gxh6 2. Da1 (Db2 também serve) 2... hxg5 3. Dh Rxg5 3. De5++

130 Solução Td6 1 Rxd6 2.Rxf7 2 Rc7 3.Be5++ 2 Cc7 3.Td8++ 1 Cc7 2.Tbd8 2 Cxe8 3.T8d7++ 2 Ce6 3.T6d7++

131 1. Cd5 com a ameaça 2. Cb4++ Solução 11

132 Solução Tc5 com a ameaça 2. Cb3++ A torre se oferece à captura por cinco peças adversárias.

133 1. Cd4 com a ameaça 2. C7b5++ Solução 13

134 Solução Df2 As negras ficaram em zugzwang. Enquanto todos os lances agressivos falham, a tranquila chave produz um bloco completo.

135 Solução exf6 e.p. com a ameaça 2. Txd7++ Justificativa: o último lance das negras não pode ter sido captura de peão. Teria sido, no mínimo, uma terceira captura, quando somente duas peças brancas não estão no tabuleiro. Assim, forçosamente, o último lance das negras foi f5, legitimando a chave. Segue prova de partida: 1. e3 c5 2. Bd3 Ca6 3. Bg6 hxg6 4. d4 Db6 5. b4 Rd8 6. b5 Cf6 7. Bxa6 Rc7 8. Cf3 Dxb1 9. Txb1 Cg4 10. Tb6 Ce5 11. Td6 Cc6 12. d5 Rb8 13. Dd4 Rc7 14. Dxc5 Rb8 15. Ch4 Rc7 16. Cf5 e6 17. Be2 Bb7 18. Cxe7 Te8 19. Cxc8 Rb8 20. h3 Rc7 21. O-O Rb8 22. Td1 Rc7 23. Td4 Rb8 24. Th4 Rc7 25. Th8 Rb8 26. Rh2 b5 27. Rg3 b4 28. Dxb4+ Rc7 29. Dh4 e5 30. Dh7 e4 31. Rg4 Rb8 32. Be5 Rc7 33. Bh2 Rb8 34. f4 Rc7 35. a4 Rb8 36. a5 Rc7 37. c4 Rb8 38. c5 Rc7 39. Rg5 Te fxe5 Cb8 41. c6 f5

136 1. Cg4 com a ameaça Cf2++ Solução 16

137 1. Td4 com a ameaça 2. Td5++ Solução 17

138 Solução Cd1 com a ameaça de mate ao retirar o cavalo de d5. Uma rosácea do cavalo. Cada defesa elimina apenas sete das oito ameaças.

139 Solução 19 Primeira solução: 1. e4 com a ameaça 2. Txd5++ Segunda solução: 1. c4 com a ameaça 2. Txd5++

140 Solução exf6 e.p. e as negras estão em zugzwang Justificativa: o último lance das negras não pode ter sido captura de peão. Teria sido, no mínimo, uma terceira captura, quando somente duas peças brancas não estão no tabuleiro. Assim, forçosamente, o último lance das negras foi f5, legitimando a chave. 1. h4 g6 2. h5 Bg7 3. h6 Bd4 4. b4 a5 5. Bb2 Ta6 6. Cc3 d5 7. Cb5 Cd7 8. f3 Cgf6 9. Ch3 Ch5 10. g4 Rg8 11. gxh5 Tg7 12. hxg7 Cf6 13. h6 Bf5 14. a4 Ba7 15. Be5 Bb8 16. Bh2 Tb6 17. Ca7 Bd3 18. e4 Dd6 19. e5 Bc4 20. d4 Ce4 21. fxe4 dxe4 22. d5 Ta6 23. b5 Rd8 24. bxa6 Bb5 25. axb7 Bd7 26. Bb5 Bf5 27. Bc6 Bg4 28. c4 Be2 29. Cf2 Bxc4 30. Cg4 Bb5 31. axb5 a4 32. Cf6 a3 33. Ce8 Dd7 34. Txa3 Dd6 35. Rf2 Dd7 36. Rg3 Dd6 37. Rh4 De6 38. Te3 Dd7 39. Df3 Df5 40. Td1 Dg Rxg5 f5

141 Solução e4 e as negras estão em zugzwang

142 Solução De2 e as negras estão em zugzwang

143 Solução Bd5 e as negras estão em zugzwang

144 Solução exf e.p. e as negras estão em zugzwang Precisamos responder duas perguntas para ter certeza que a tomada en passant foi possível. A primeira pergunta é se o último lance das negras pode ter sido Rc7 em resposta a Txg8 + (a torre parte de h8 e toma uma torre ou um cavalo em g8 dando xeque). A segunda pergunta é se o último lance das negras pode ter sido Cxd7+ (o cavalo parte de f8 e toma um cavalo ou uma torre em d7, dando xeque descoberto; o cavalo não poderia ter tomado um peão em d7 porque seria um lance ilegal, pois o peão preto em d5 seria dobrado quando todas as peças brancas estão no tabuleiro). A resposta para ambas as perguntas é negativa, já que o peão branco em a6, partindo de e2 capturou, necessariamente, dois cavalos, uma torre e o peão c. Assim, forçosamente, o último lance das negras foi f5, legitimando a chave. Segue prova da partida. 1. h4 c5 2. h5 Ca6 3. h6 Dc7 4. hxg7 Db8 5. g4 Rd8 6. g5 Rc7 7. Th6 d5 8. Td6 e5 9. f4 h5 10. Td8 Th6 11. Txf8 Th6 12. fxe5 h4 13. g6 Ce7 14. Tg8 Cc6 15. Ca3 Ccb4 16. Cc4 Tb5 17. Ca5 c4 18. Ch3 Bd7 19. Cg5 Bc8 20. Ch7 Bd7 21. b3 Bc8 22. Bb2 Bd7 23. Bd4 Bc8 24. Bh3 Bd7 25. Rf2 Bc8 26. Rf3 Bd7 27. Rf4 Bc8 28. Rg5 Cd3 29. exd3 Bd7 30. dxc4 Bc8 31. cxb5 Bd7 32. bxa6 Bc8 33. Dh5 Bd7 34. Tf1 Bc8 35. Tf6 Bd7 36. Td6 Be6 37. Cf6 Bc8 38. Cd7 f5

145 1. Cc5 com a ameaça Ce6++ Solução 25

146 1. Cf3 Solução 26

147 1. e4 com a ameaça Cef5 Solução 27

148 1. Cd7 Solução 28

149 Solução Te2 e as negras estão em zugzwang. 2. c6

150 Solução exf e.p. e as negras estão em zugzwang. O último lance das negras não pode ter sido captura de peão. Teria sido, no mínimo, uma quinta captura, quando somente quatro peças brancas não estão no tabuleiro. Assim, forçosamente, o último lance das negras foi f5, legitimando a chave. Segue prova da partida. 1. a4 b5 2. a5 Bb7 3. c4 Ca6 4. h4 g6 5. h5 b4 6. hxg6 b3 7. Cc3 Ch6 8. d4 Bg7 9. Ce4 Cg4 10. Cd6+ exd6 11. c5 dxc5 12. Dd2 De7 13. Db4 cxb4 14. Bf4 O-O-O 15. Bh2 Rb8 16. Tc1 h5 17. Ch3 Dc5 18. Cf4 Tde8 19. Cd5 Te3 20. Cb6 Td3 21. Ca8 Te8 22. f4 Db6 23. axb6 Bf8 24. Tc5 Ce5 25. Rf2 Cc4 26. exd3 Bc8 27. dxc4 Te1 28. Txh5 Te8 29. Tb5 Bc5 30. dxc5 Te1 31. g3 Te3 32. Bh3 Txg3 33. Te1 Tg5 34. Rf3 Te5 35. Rg4 Te2 36. Rg5 Te8 37. b7 Te fxe5 f5

151 Solução 31 O movimento das peças de xadrez foi estabelecido há centenas, quiçá milhares, de anos. Mais recente foi a introdução de movimentos opcionais condicionados. Heterodoxos ao ensejo de sua criação, esses movimentos integram-se, hoje, na ortodoxia partidista. Eles são: A promoção do peão O roque A captura en passant. Para cumprir a exigência deste problema, as brancas precisam utilizar todos esses movimentos extraordinários. 1. Cd4 b3 2. O-O-O b4 3. Cc2 bxc2 4. Tg1 b3 5. Tg5 hxg5 6. b8=c g4 7. Df4+ e5 8. dxe e.p. Bd6 9. Cg3 Be5 10. Ca6+ Rd6 11. c7 Bxf4++

152 Solução 32 Sem a presença da torre em b2, as brancas forçariam o mate num único lance. Para alcançar a posição do diagrama sem essa torre, as manobras das brancas formam, seguidamente, cinco baterias encadeadas, negras e brancas, cuja ação resulta em cinco xeques cruzados. O desempenho da torre é insuperável. 1. Tc2 Rh7 +descoberto 2. Tc3 +descoberto Rg7 3. Td3 Rh7 + descoberto 4. Td4 +descoberto Rg7 5. Te4 Rh7 + descoberto 6. Te5 +descoberto Rg7 7. Tf5 Rh7 + descoberto 8. Tf6 +descoberto Rg7 9. Tg6 Rh7 + descoberto 10. Tg7 +descoberto Rxg7 11. Dh1 Rxf8++

153 Solução 33 Contentar-se com o menos, quando o mais está ao alcance, pode ser um precioso investimento. A solução deste problema exige três desses investimentos. 1. d7 Rg7 2. d8=b R joga 3. c3 Rg7 4. c4 R joga 5. c5 Rg7 6. c6 R joga 7. c7 Rg7 8. c8=c R joga 9. Ce7 Rg7 10. Cg6 fxg6++

154 Solução De8 c5 2. Bc3 c6 3. Rd3 c4+ 4. Rc2 c5 5. Ba5 c3 6. Ca4 c4 7. Rb1 c2+ 8. Ra1 c3 9. Cb2 cxb2++

155 Solução Tg8 b3 2. Df8+ b4 3. Da8 b5 4. Ra1 b6 5. Ta2+ bxa2 6. Tg3+ b3 7. Df8+ b4 8. Da8 b5 9. Tg7 b2++ O tema tartaruga com uma evolução dos quatro peões negros.

156 Solução Bd3 a6 2. Cb1 a3 3. Cd2 Ra4 4. Cb3 a5 5. c3 axb4 6. Bb1 bxc3 7. Cc5+ Ra5 8. Tb2 axb2++

157 Solução 37 Moto perpétuo bifásico simétrico 1ª fase 1. Td1 Dc1 2. Rf1 Db1 3. Bc4 Dc1 4. Bd3 Db1 5. Be4 Dc1 6. Rg1 Db1 7. Tc1 Dxc1++ Com 7. Tc1 termina a primeira fase. Surge um novo problema. 2ª fase 1. Td1 Dc1 2. Rf1 Db1 3. Bd3 Dc1 4. Bc4 Db1 (Rb1) 5. Ba2 (+) Dc8 (Ra1) 6. Rg1 Db1 7. Tc1 Dxc1++ Com 7. Tc1 termina a segunda fase. Ressurge o problema do diagrama. Nas duas fases, torre e rei preparam a triangulação de seu bispo. No regresso à casa de origem, o bispo inverte seu percurso da primeira fase.

158 Solução 37-a Moto perpétuo monofásico 1. Cc3 Rd4 2. Tg1 Re3 3. Tg3 Rd4 4. Tg2 Re3 5. Tf2 Rd4 6. Tf1 Re3 7. Ce2 dxe Agora, cabe à torre branca triangular e também defender o peão em f3 quando atacado pelo rei negro. Não sendo possível executar as duas tarefas a partir da casa onde está, a torre deve achar outra a partir da qual possa cumprir as duas missões.

159 Solução Dg1 Rb7 2. Ta5 Rc6 3. Ta7 Rd5 4. Ta6 Re4 5. Ta5 Rf3 6. Ta4 Rxg3 7. Cg5 Txg1++

160 Solução Dd4 exd4 2. Cfe5 dxe5 3. Cb4 d3 4. Cc6 bxc6 5. dxc6 Rxe6 6. Rc5 Rf6 7. Rd5 e6++

161 Solução Cc3 d5 2. Td6 exd6 3. Cbxd5 b4 4. Bb5 bxc3 5. Cxc3 d5 6. Df8 Bxb5 7. Da3+ Ba4++ As negras dão mate com duas peças pregadas.

162 Solução Ba6 Rg2 2. Dh4 Rf3 3. Dg5 Re4 4. Df6 Rd5 5. De7 Rc6 6. Bb7+ Rb5 7. Db4+ axb4++ O rei negro está distante de seus dois peões dobrados. Somente juntos podem representar uma força operacional.

163 Solução 42 É compreensível que as brancas recorram aos lances extraordinários do xadrez (roque, promoção, captura en passant) para forçar o mate ou cumprir a exigência de um problema. Mas por que haveriam as negras de usar esses recursos? A resposta é: forçadas por zugzwang ou defesa de uma ameaça. Neste problema, as negras têm de recorrer a t o d o s aqueles lances para não dar mate... em menos de sete lances. 1. d4 cxd3 2. Bd4 O-O 3. Tf5+ Tf7 4. Bxf7+ Rf8 5. Td5 e1=d (e1=t) 6. Cxe1 qualquer lance das negras 7. Txc8+ Txc8++

164 Solução Td6 exd6 2. Cc3 d5 3. Ce4 dxe4 4. Cc5 bxc5+ 5. Rc4 b6 6. Dc3 Bg8++

165 Solução Ta6 Bg7 2. hxg7 h6 3. Tb6 Ra4 4. g8=t Rb3 5. Tg3 Ra4 6. Txc3 Cb3++

166 Solução Bh3 Ra4 2. Bd7 Ra5 3. Be8 Ra4 4. Bc6 Ra5 5. Bb7 Ra4 6. Ra6 Ta5++ O terceiro lance das brancas é um lance de timing.

167 Solução 45-a 1. Cc1 Rd2 2. Db1 Rc3 3. Db4+ Rc2 4. Dd4 Rd2 5. Da1 Rc2 6. Cb3 axb3++

168 Solução Th4 gxh4 2. Rh3 g5 3. Dd3 g6 4. Cf5 gxf5 5. Dg3+ hxg3 6. Bg2 fxg4++

169 Solução 47 Moto perpétuo bifásico assimétrico 1ª fase 1. Be5 Bf6 2. Tg6 Bg7 3. Ta6 Bf6 4. Ta7 Bg7 5. Bf6 Bxf6++ Com 5. Bf6 termina a primeira fase. Surge um novo problema. 2ª fase 1. Be5 Bf6 2. Tf7 Bg7 3. Tff1 Bf6 4. Tfg1 Bg7 5. Bf6 Bxf6++ Com 5. Bf6 termina a segunda fase. Ressurge o problema do diagrama. A torre retornou à casa de origem por colunas e linhas diferentes das percorridas na primeira fase.

170 Solução 48 Moto perpétuo monofásico 1. Td3 Rh7 2. Tg3+ Rh6 3. Tg6+ Rh7 4. Tc6+ Rh8 5. Tc3 bxc3++ Com 5.Tc3 termina o percurso de solução. A torre branca e o rei negro concluíram as suas excursões e regressaram às suas respectivas casas de origem. Ressurge a posição do diagrama... com as negras a jogar.

171 Solução Dg4 a4 2. Te2 Rd1 3. Rb2 a3+ 4. Ra1 Rc1 5. Tb2 axb2++

172 Solução d8=b g2 2. Bg5 g1=b 3. Bh6 Bh2 4. Dg3 Bg1 5. Df2+ Bxf2++ g1=c 3. Dc4 Ch3 4. Bxf4+ Cxf4 5. Dd3+ Cxd3++

173 Solução Ca4 bxa4 2. b5 axb5 3. Bb4 bxc4 4. Bc5 dxc5 5. Rxa4 Rxb6++ bxc4 2. b5 axb5 3. Bb4 bxa4 4. Bc5 dxc5 5. Rxa4 Rxb6++

174 Solução 52 O peão negro parece inofensivo, mas Cc4 b6 2. Ca5 bxa5 3. b4 axb4 4. Cd2 b3 4. O-O-O b2++

175 Solução 53 Um tema de difícil realização: chave de roque, forçando defesa de roque. 1. O-O-O O-O 2. Ch6+ Rh8 3. Dc3+ Tf6 4. Cf7+ Rg8 5. Dxc8+ Txc8++

176 Solução Td4 a5 2. Bd5 a4 3. Ra1 a3 4. Ba2 axb2++

177 Solução Be6 dxe6 2. Dh7 e5 3. Dxb7+ Bxb7+ 4. e4 fxe3++

178 Solução Dh8 Tf3 2. Dh5 e3 3, Re4 d5+ 4. Dxe5 Txf4++

179 Solução Tb4 Rxd5 2. Rf5 Rc6 3. Re4 d5+ 4. Re5 d6++

180 Solução Bd3 Ra2 2. Tb1 b3 3. Rc3 b2 4. Dc2 Bb4++

181 Solução Cg5 e6 2. f5 exf5 3. Cxf5 h6 4. Cg3 hxg5++

182 Solução Ca5 bxa5 2. Tc5 dxc5 3. Dxc5+ Td6+ 4. Rb5 c6++

183 Solução O-O-O Rxa2 2. Bb2 a3 3. Dd2 axb2++

184 Solução Tg3 fxg3 2. Ch3 Rxg2 3. Cf2 gxf++

185 Solução 63 Conversão do problema 32 em Moto Perpétuo monofásico 1. Tf5 Rh7 xq desc 2. Tf6 xq desc Rg7 3. Tf8 Rxf8++

186 Solução 64 Moto Perpétuo monofásico 1. Bf6 Rh6 3. Bc3 xq desc Rh7 3. Bb2 axb2++ Mascarando, alternadamente, a própria torre e a torre adversária, o bispo perde o tempo necessário para retornar ao diagrama, mas com a vez das negras jogar.

187 Solução Rc1 c2 2. Dc3 dxc3 3, Td2 exd2++

188 Solução Dc8 Bg7 2. Bf6 Bh8 3. Bg7 Bxg7++ Bf8 3. Bg7 Bxg7++ exf6 3. e7 xq desc f5++

189 Solução Be1 Cd3 2. Df1 c1=c 3. De2 Cxe2++ c1=b 3. Bd2 Bxd2++ (ou Bxb2++)

190 Solução 68 Para forçar o mate em b3, as brancas devem impedir o acesso do bispo adversário a esta casa, e manter o controle de d2. 1. Tg2 Bxg2 2. Bh6 Bf1 3. Db3+ axb3++ Be6 2. Dc5+ Bc4 3. b4 axb3++

191 Solução De8 Txg2 2. Cgxh4 xq desc. Tg6 xq desc. 3. Cg2 Bxg2++

192 Solução Df3 Re6 2. Re8 Rd6 3. Df7 Txb8++

193 Solução Ccd4 c6 2. Cb5 cxb5 3. Cd4 xq desc e6++

194 Solução 72 O rei preto é parte de uma bateria bidirecional. 1. Cxf3 Bxf3 2. O-O Rxh3++ Bd3 2. Ch2 Rxh3++ Em variantes que em nada se assemelham, os lances finais, mecanicamente idênticos, produzem mates completamente diferentes.

195 Solução Th4 Rxh4 2. Bf2+ g3++ Rf3 2. Txg4 Bxg4++ gxh4 2. Dxg4+ Bxg4++

196 Solução 74 Obviamente, é o peão dobrado em b o captor da única peça branca ausente o bispo do rei. Evidencia-se, assim, que o único lance negro que poderia ter produzido a posição do diagrama é f5, legitimando a chave. 1. exf3 d3 2. Te3+ Bxe3++ Bxd6 2. Tf4+ Bxf4++

197 Solução Cd3 exd3 xq desc. 2. De7 Tg8++

198 Solução Td3 cxd3 2. Dxc3+ Bxc3++ Bxg7 2. Txc3+ Bxc3++ c2 2. Db2+ Bxb2++

199 Solução Tb5 c6+ 2. Rxc6 Bxb7++ c5 2. Bxc5 Bxb7++ cxd6 2. Bxd6 Bxb7++ cxb6 2. Bc1 Bxb7++

200 Solução Rd6 2. b5 Rc7 3. bxc6 Rb8 4. Rd7 Ba7 5. c7++

201 Solução 78-A 1. Re6 2. cxb6 c5 3. Ba8 Rd6 4. b7 Rc6 5. b8=d++ 80 e 80-A mostram o peão branco mudar de coluna, mascarar e desmascarar seu bispo e a peça remanescente negra bloquear a casa de fuga de seu rei.

202 Solução Re8 2. Ce6 Rd7 3. Bd1 Rc6 4. Ba4++ O mate perfeito.

203 Solução 80 Primeira solução 1. Bg7 Tb3 2. O-O+ Tb8++ Segunda solução 1. Bb8 Tb3 2. O-O+ Tg3++ Recíproco branco/negro. Primeira solução: interposição em b8 pela torre branca e controle de g7 pelo bispo negro; Segunda solução: interposição em b8 pelo bispo negro e controle de g7 pela torre branca.

204 Solução 81 Primeira solução Bb3 2. Cbc3 Bc4 3. O-O-O ++ Segunda solução Bf3 2. Ca3 Be4 3. Td1++

205 Solução 82 Mate direto: 1. Bd5 d2+ 2. Bxd2+ Rd3 3. Tb4 Rc7 4. Be4++ Mate inverso: 1. Be5 Rf3 2. Tg3+ Re4 3. Te3+ Rxe3 4. Bd5 d2++

206 Solução 83 Mate direto 1. b5 axb5 2. Rxb5++ Mate inverso 1. Cd7 Rb7 2. Cb6 cxb6++

207 Solução Cc6 2. b8=b Be6 3. Ba7 Bd5 4. Bc5 O-O-O++

208 Solução d2 2. Cd3 Bc1 3. Ce1 dxce1=c++

209 Solução 86 Uma análise da posição do diagrama resulta na conclusão que o último lance das brancas só pode ter sido c dxc3 2. Rxe3 Ba7 3. Rxd3 c4++ Segue prova de partida: 1. h4 g5 2. Th3 gxh4 3. f4 h5 4. Rf2 Ch6 5. Tg3 hxg3+ 6. Rf3 Cg4 7. b4 Ce3 8. Bb2 Cxf1 9. Dxf1 a5 10. Bxh8 Bg7 11. bxa5 Bxh8 12. Cc3 Bxc3 13. Db1 Bg7 14. Db5 Txa5 15. Dxa5 Ca6 16. Dxh5 Cb4 17. Da5 c5 18. Dxd8+ Rxd8 19. Ch3 f5 20. Cf2 e5 21. d4 exd4 22. Cg4 Cxa2 23. Ce3 Cb4 24. Cg4 Cd5 25. Ce3 Ce7 26. Cg4 Cg8 27. Ce3 Ch6 28. Cg4+ d5 29. Ce3 dxe3 30. Ta8 Be5 31. Ta1 d4 32. Ta8 b5 33. Ta1 b4 34. Ta8 b3 35. Ta1 Be6 36. Ta8+ Rc7 37. Ta7+ Rb6 38. Ta6+ Rb5 39. Ta5+ Rb4 40. Ta1 Bc4 41. Ta8 Bd3 42. Tb8+ Bxb8 43. c4

210 Solução Tc7 Bb8 2. Bd8 Bxc7 3. Bxc7++ Ba7 3. Td7++

211 1. Db8 com a ameaça 2. Cf5++++ Solução 88

212 Solução Ced3 e as negras estão em zugzwang

213 Solução 90 A apostila que serviu de base para este e-book não trazia a solução deste problema. Se alguém conseguir resolver, agradeço se nos repassar a solução para que a possamos completar a obra do Sr. Frederico.