PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA: BOCAS DE MINAS ABANDONADAS ÁREA DE ESTUDO 4: ITANEMA

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1 2010 PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA: BOCAS DE MINAS ABANDONADAS ÁREA DE ESTUDO 4: ITANEMA

2 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 2 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Localização da área de estudo... 8 Figura 2 Limite das áreas mineradas em subsolo na área de estudo Figura 3 Fratura margeada por pastagem. Nota-se a presença de bovinos e estrebaria nas proximidades Figura 4 Saída de água do interior da boca de mina. Nota-se que a drenagem não precipita ferro e enxofre Figura 5 Detalhe da boca de mina BM Figura 6 Local de acesso à antiga galeria, de acordo com o morador. Foi realizada uma obra para drenar um possível acúmulo de água pluvial Figura 7 BM0514 em corte de encosta Figura 8 Drenagem ácida de mina proveniente da galeria de encosta BM0566 misturando-se com esgoto residencial Figura 9 BM0819 visível em corte de encosta Figura 10 Esboço do mapa geológico da área do PRAD Figura 11 Perfil litológico da Formação Rio Bonito Figura 12 Desenho do perfil geológico local (sem escala), baseado no furo de sondagem exploratória LM-01-SC, realizado pela CPRM Figura 13 Esboço do mapa hidrogeológico da área do PRAD (sem escala) Figura 14 Modelo digital do terreno Figura 15 Mapa de declividade Figura 16 Representação esquemática das zonas de recarga e descarga e da circulação da água subterrânea Figura 17 - Aspecto geral da localização das bocas de mina, com presença de árvores nativas (A) e detalhe da BM0512 (B) Figura 18 - Aspecto geral das bocas de minas BM0514 (A) e BM0819, localizadas em uma pastagem Figura 19 Metodologia aplicada para a captura dos quirópteros possibilitando identificar a saída ou entrada de indivíduos Figura 20 - Individuo da espécie Anoura caudifer capturado entrando e saindo da BM

3 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 3 Figura 21 Articulação das folhas do fotoíndice do voo de 1956, a semelhança do fotoíndice da FATMA da década de 70. Como observado pelo círculo em vermelho, a área de inserção do município de Lauro Müller está compreendido nas folhas Q44 e Q Figura 22 Localização das bocas de minas sobre o recorte fotográfico de 1978, fotos números e Percebe-se que a atividade mineira desenvolveu-se em cortes de encosta ao longo de drenagem Figura 23 Localização das bocas de mina na imagem do ano de Em relação a 1978, verifica-se o estabelecimento de algumas residências e abertura de malha viária no local específico do PRAD Figura 24 Contexto estrutural da área do PRAD... 63

4 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 4 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Empresa responsável pela área... 7 Tabela 2 Equipe técnica do CTCL/SATC... 7 Tabela 3 Relação de bocas de minas estudadas na área 4, Itanema... 9 Tabela 4 Informações gerais da área... 9 Tabela 5 Identificação do superficiário... 9 Tabela 6 - Cronograma físico-financeiro Tabela 7 Coluna estratigráfica da área Tabela 8 Declividade dos terrenos onde ocorrem as bocas de minas Tabela 9 Declividade dos terrenos onde ocorrem as bocas de minas Tabela 10- Lista florística das espécies florestais arbóreas selecionadas para implantação do projeto de revegetação, onde: G.E Grupo ecológico, definido como espécies pioneiras (Pio), secundárias iniciais (Sin), secundárias tardias (Sta) e Climácicas (Cli)... 70

5 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 5 SUMÁRIO 1. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO RESPONSÁVEL PELA ÁREA EMPRESA RESPONSÁVEL PELO ESTUDO EQUIPE TÉCNICA LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO IDENTIFICAÇÃO DO PROPRIETÁRIO DO SOLO HISTÓRICO DA ÁREA E OUTRAS INFORMAÇÕES CRONOGRAMAS CARACTERIZAÇÃO ENTORNO BM BM BM BM BM BM BM MEIO FÍSICO Geologia regional Geologia local Geologia de subsuperfície Hidrogeologia regional e local Caracterização geotécnica Solos Recursos hídricos superficiais Recursos hídricos subterrâneos MEIO BIÓTICO BM0510; BM BM0511; BM0512; BM BM0514; BM MEIO ANTRÓPICO... 57

6 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE RISCOS, DA NECESSIDADE DE FECHAMENTO OU INTERVENÇÃO E AVALIAÇÃO QUANTO A POSSIBILIDADE DE ENTRADA OU SAÍDA DE ÁGUA BM BM IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS COM MATERIAL DE EMPRÉSTIMO NAS PROXIMIDADES POSIÇÃO RELATIVA DA BOCA DE MINA EM RELAÇÃO AO CONTEXTO MINEIRO, GEOLÓGICO, ESTRUTURAL E HIDROGEOLÓGICO OBRAS PARA INTERVENÇÃO OU FECHAMENTO MEMORIAL DESCRITIVO Obra civil Projeto de resgate de espécies da quirepterofauna Projeto de revegetação USO FUTURO PLANO DE MONITORAMENTO MONITORAMENTO DO MEIO FÍSICO MONITORAMENTO DO MEIO BIÓTICO Monitoramento da vegetação Monitoramento da quiropterofauna REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LISTA DE APÊNDICES LISTA DE ANEXOS EQUIPE TÉCNICA DO PROJETO... 81

7 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 7 1. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 1.1. RESPONSÁVEL PELA ÁREA Tabela 1 Empresa responsável pela área Nome oficial e razão social Carbonífera Catarinense Ltda. CNPJ Inscrição estadual / Endereço CEP SC 438 km 150. Distrito de Guatá Município Estado Fone/fax Lauro Müller SC (48) astridbarato@carboniferacatarinense.com.br Fonte: Do Autor 1.2. EMPRESA RESPONSÁVEL PELO ESTUDO Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina - SATC Endereço: Rua Pascoal Meller, 73, bairro Universitário. CEP Criciúma/SC CNPJ: / CREA/SC C CRBio 3ª Região Telefone/fax: (48) / (48) Endereço eletrônico: EQUIPE TÉCNICA Tabela 2 Equipe técnica do CTCL/SATC NOME FORMAÇÃO CURRÍCULO LATTES Márcio Zanuz Eng. de minas, coordenador Antonio S. J. Krebs Geólogo, Dr. Denise Aparecida da Rosa Advogada Denise O. Ugioni Garcia Engenheira civil Edilane Rocha Nicoleite Bióloga. MSc Graziela Torres Rodrigues Técnica em mineração Jefferson de Faria Engenheiro agrimensor Jonathan J. Campos Engenheiro agrimensor, MSc Jussara Gonçalves da Silveira Técnica em secretariado

8 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 8 NOME FORMAÇÃO CURRÍCULO LATTES Luciane Garavaglia Geóloga, MSc Maria Gisele R. de Souza Engenheira ambiental Michael Salvador Crocetta Engenheiro químico Mirlene Meis Amboni Engenheira civil Ricardo Vicente Biólogo, MSc Roberto Romano Neto Geólogo Ronaldo Moreira Téc. em meio ambiente Tiago Meis Amboni Engenheiro ambiental William Sant Ana Geógrafo, MSc Cléber José B. Gomes* Engenheiro de minas Fonte: Do Autor *SIECESC, fiscal do contrato 1.4. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO Figura 1 Localização da área de estudo Fonte: Do Autor

9 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 9 Nesta área de estudo foram mapeadas sete BMAs sob responsabilidade da empresa. De acordo com a tipologia estabelecida pelo SIECESC e aceita pelo GTA, na área de estudo ocorrem as seguintes BMAs (Tabela 3): Tabela 3 Relação de bocas de minas estudadas na área 4, Itanema NUM NOME TIPO DESCRIÇÃO DIAGNÓSTICO 1 BM Fechada sem drenagem Não necessita intervenção 2 BM Aberta com saída de drenagem Monitorar 3 BM Aberta com saída de drenagem Monitorar 4 BM Fechada sem drenagem Não necessita intervenção 5 BM Aberta sem drenagem Necessita intervenção 6 BM Aberta com saída de drenagem Monitorar 7 BM Aberta sem drenagem Necessita intervenção Fonte: Do Autor Tabela 4 Informações gerais da área Denominação Área 4 Itanema Local Município Distrito Itanema Lauro Müller Distrito 03 Barro Branco Vias de acesso Rodovias SC 447 (via Treviso, 44 km) ou SC 446 e SC 448 (via Orleans, 52 km) Coordenadas UTM do centro da área (SAD69) Localização hidrográfica Leste Norte Bacia Sub-bacia Tubarão Rio Palmeiras Fonte: Do Autor 1.5. IDENTIFICAÇÃO DO PROPRIETÁRIO DO SOLO Tabela 5 Identificação do superficiário IDENTIFICAÇÃO BMA PROPRIETÁRIO SUPERFICIÁRIO BM0510 BM0511 BM0512 BM0513 BM0514 BM0566 BM0819 João Batista Pedro Osmar Pedro Osmar Pedro João Batista Pedro Marcos Pedro Edivaldo Fieira Marcos Pedro Fonte: Do Autor *Não foi feito a verificação da titularidade das propriedades, apenas do superficiário que estava ocupando a área no momento do estudo.

10 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema HISTÓRICO DA ÁREA E OUTRAS INFORMAÇÕES O levantamento dos dados históricos da Mina da Figueira, bem como das técnicas e equipamentos utilizados, resultou em uma série de informações desencontradas, por vezes incoerentes. Acredita-se tratar-se de uma mina antiga, sem registros de mapas ou quaisquer outros documentos capazes de descrever a atividade ali desenvolvida. Todavia, observando as plantas de subsuperfície visualiza-se que a lavra era compartimentada em três áreas distintas, e que o sistema adotado era o de câmaras e pilares, atuante na camada Barro Branco. Figura 2 Limite das áreas mineradas em subsolo na área de estudo Fonte: Do Autor

11 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema CRONOGRAMAS Tabela 6 - Cronograma físico-financeiro BMA Projetos Atividades Aterramento da boca Laje Projeto de revegetação Resgate da quirepterofauna Aterramento da boca Laje Projeto de revegetação Execução do aterramento Limpeza e escavação do local Execução das formas Execução da armadura 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano 6º ano semestre semestre semestre semestre semestre semestre 1º 2º 1º 2º 1º 2º 1º 2º 1º 2º 1º 2º Total geral * 1061, , ,50 880,00 880, ,00 457,25 457, ,50 904,25 904, ,50 Concretagem 655,30 655, ,60 Desforma e limpeza 125,00 125, ,00 Coveamento e aplicação do 288,37 288, ,74 substrato Plantio de mudas 444,00 444, ,00 Captura dos quirópteros 3477, , ,00 Execução do aterramento 1061, , ,00 Limpeza e escavação do 880,00 880, ,00 local Execução das formas 457,25 457, ,50 Execução da armadura 904,25 904, ,50 Concretagem 655,30 655, ,60 Desforma e limpeza 125,00 125, ,00 Coveamento e aplicação do 288,37 288, ,74 substrato

12 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 12 BMA Projetos Atividades 514 Monitoramento 819 Monitoramento 510 Monitoramento 513 Monitoramento Fonte: Do Autor *valores em reais (R$) Plantio de mudas Monitoramento meio físico Monitoramento meio biótico Monitoramento meio físico Monitoramento meio biótico Monitoramento meio físico Monitoramento meio físico 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano 6º ano semestre semestre semestre semestre semestre semestre 1º 2º 1º 2º 1º 2º 1º 2º 1º 2º 1º 2º Total geral * 444,00 444, , ,70 195,70 195,70 195,70 195,70 195,70 195,70 195,70 195,70 195, , ,45 604,45 604,45 604,45 604,45 604,45 604,45 604,45 604,45 604, , ,70 195,70 195,70 195,70 195,70 195,70 195,70 195,70 195,70 195, , ,45 604,45 604,45 604,45 604,45 604,45 604,45 604,45 604,45 604, , ,70 195,70 195,70 195,70 195,70 195,70 195,70 195,70 195,70 195, , ,70 195,70 195,70 195,70 195,70 195,70 195,70 195,70 195,70 195, ,00 Total * 13108, , , , , , , , , , , , ,68 A Tabela 6 traz a totalização dos recursos necessários para os trabalhos de fechamento e monitoramento propostos, durante cinco anos, na bocas de minas em questão. O detalhamento de tais recursos, bem como os valores atribuídos a cada um deles, poderá ser visto no APÊNDICE A.

13 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema CARACTERIZAÇÃO 3.1. ENTORNO BM0510 BMA oriunda de subsidência ou fratura, fechada, em meio a terreno rural. Este sulco na superfície, com cerca de um metro de largura e um metro de profundidade, está inserido em terreno com pastagem, de finalidade pecuária. Não é verificada a entrada de água no local da fratura uma vez que o terreno apresenta significativa inclinação, facilitando o rápido escoamento da água pluvial. Da mesma forma, não é observada saída de drenagem ácida de mina. Ao norte e a leste do ponto há duas residências unifamiliares, seguramente distantes, concluindo-se que não seja necessário o implemento de obra de conformação topográfica ou demais tipo de recuperação ambiental.

14 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 14 Figura 3 Fratura margeada por pastagem. Nota-se a presença de bovinos e estrebaria nas proximidades Fonte: Do Autor BM0511 Corte de encosta em cabeceira de drenagem, com galeria horizontal aberta, com saída de água de seu interior. Todavia com uma particularidade, tendo em vista que esta drenagem, possivelmente, é oriunda da infiltração das águas de um açude construído sobre o teto imediato.

15 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 15 Fonte: Do Autor Figura 4 Saída de água do interior da boca de mina. Nota-se que a drenagem não precipita ferro e enxofre Os terrenos circundantes são recobertos por pastagem, para criação pecuária. Em meio ao potreiro, à montante da abertura das galerias, é possível observar suaves subsidências e fratura. Recomenda-se o monitoramento hidrológico, pelo período de um ano, para verificar se o efluente, realmente, é oriundo do açude citado.

16 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 16 Figura 5 Fratura na superfície a montante da embocação BM0511 Fonte: Do Autor BM0512 Galeria de encosta situada em frente à BM0511. Encontra-se aberta, aparentemente, sem saída de drenagem ácida de mina, todavia existe acúmulo de água na entrada da galeria. Desta forma recomenda-se o monitoramento hidrológico para verificar se o acúmulo citado é oriundo de águas pluviais ou trata-se de uma drenagem de mina intermitente.

17 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 17 Figura 5 Detalhe da boca de mina BM0512 Fonte: Do Autor A jusante das bocas, o escoamento superficial intermitente, somado com a água proveniente da BM0511, reúne-se ao longo de talvegue onde se evidencia pequenas pilhas de rejeito nas margens. Mesmo assim, pratica-se atividade pecuária sobre estes terrenos, inclusive, com o gado servindo-se destas águas BM0513 Antiga galeria de encosta fechada, com área circundante recuperada ambientalmente há cerca de um ano. Nas adjacências existe residência unifamiliar do Sr. João Pedro. O morador informou que no trabalho de recuperação foi

18 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 18 implantada uma tubulação de 100 m para desviar água de montante, evitando que a mesma, de boa qualidade e de uso para finalidades agropastoris, ficasse em contato com o rejeito ali disposto. O antigo depósito de rejeito foi recoberto, sobre o mesmo foi introduzido pastagem e, atualmente, cria-se bovinos no local. Figura 6 Local de acesso à antiga galeria, de acordo com o morador. Foi realizada uma obra para drenar um possível acúmulo de água pluvial Fonte: Do Autor BM0514 A embocação aberta em corte de encosta, visivelmente seca, sem a possibilidade de entrada de águas pluviais e saída de drenagem ácida de mina. A jusante existe acúmulo de rejeito piritoso entulhando um talvegue, que comporta a

19 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 19 água advinda da BM0511. A embocação está situada na margem direita do referido talvegue. Ressalta-se que todo o terreno circundante é de uso exclusivamente para atividade pecuária. Figura 7 BM0514 em corte de encosta Fonte: Do Autor BM0566 Galeria de encosta localizada em cabeceira de drenagem, apresentandose aberta e com drenagem ácida de mina. Ao sul do local da galeria existem duas residências que despejam o esgoto diretamente no talvegue, misturando-se com a drenagem ácida. No local ciliar à cabeceira, existe remanescente vegetal, ao norte da encosta utiliza-se o solo para finalidade pecuária, a oeste a terra está lavrada, pronta para a atividade agrícola. À jusante da galeria, margeando o talvegue que

20 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 20 comporta a DAM e esgoto residencial, existe um pequeno depósito de rejeito exposto. Figura 8 Drenagem ácida de mina proveniente da galeria de encosta BM0566 misturando-se com esgoto residencial Fonte: Do Autor BM0819 Galeria de encosta, totalmente aberta e preservada quanto à originalidade da entrada. O local não possui drenagem ácida de mina, nem relevo que facilite a entrada ou saída de água. Assim como a BM0514, esta embocação está voltada para oeste, ocupando a meia encosta, sendo que, à jusante, situa-se drenagem perene com as águas advindas de outras aberturas. O entorno da área também é

21 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 21 caracterizado pela existência de pastagem e aproveitamento do solo para uso pecuário. Figura 9 BM0819 visível em corte de encosta Fonte: Do Autor 3.2. MEIO FÍSICO Geologia regional A descrição sobre a geologia regional e local objetiva instruir o projeto integrado de recuperação das bocas de minas existentes na localidade de Itanema, município de Lauro Müller, região carbonífera do estado de Santa Catarina.

22 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 22 A descrição do meio físico-geológico tem como referência os trabalhos desenvolvidos pela CPRM Serviço Geológico do Brasil sobre a área correspondente à Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão (CPRM, 2008). Na área de ocorrência das bocas de minas, afloram rochas sedimentares situadas na base da coluna estratigráfica da Bacia do Paraná às quais se sobrepõem rochas vulcânicas, associadas com os derrames de fissura que recobriram essa bacia no Mesozóico. Essa sequência vulcano-sedimentar é coberta por sedimentos inconsolidados que formam os depósitos aluviais atuais. O embasamento cristalino regional não aflorante é composto de rochas granitóides tardi a pós-tectônicos. Na Tabela 7, é apresentada a coluna estratigráfica na qual está inserida a área em foco, descrevendo-se os domínios geológicos com base na sequência cronológica da base para o topo das formações Embasamento Cristalino - Granitóides Tardi a Pós-Tectônicos O embasamento da sequência sedimentar gonduânica ocorre a nordeste da área, próximo das cidades de Cocal do Sul, Morro a Fumaça e Pedras Grandes. Na porção nordeste dessa bacia ocorre o denominado Granitóide Pedras Grandes que é formado por rocha granítica de cor rósea, granulação média a grossa, textura porfirítica, constituída principalmente de quartzo, plagioclásio, feldspato alcalino e biotita. Como mineral acessório ocorre titanita, apatita, zircão e opacos. Apresenta textura isotrópica sendo, frequentemente, recortada por veios aplíticos e/ou pegmatíticos.

23 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema Sequência Gonduânica Formação Rio do Sul As litologias da Formação Rio do Sul não afloram na área de interesse para os projetos de recuperação. São identificadas nas sondagens realizadas para prospecção de carvão executada pela CPRM em diversos locais da bacia carbonífera (Furos série PB Projeto Carvão Pré-Barro Branco; CAYE et al., 1975).

24 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 24 Tabela 7 Coluna estratigráfica da área IDADE CENOZÓICO MESOZÓICO PALEOZÓICO Cascalhos areias e lamas resultantes de processos de fluxos gravitacionais e aluviais de transporte de material. Nas porções mais distais, depósitos resultantes do retrabalhamento por ação fluvial dos sedimentos colúvioaluvionares. PRÉ- CAMBRIANO QUATERNÁRIO Terciário/ Quaternário Cretáceo Jurássico Triássico Permiano Holoceno Pleistoceno Plioceno/ Holoceno Inferior Superior Inferior Superior Inferior/Superior Inferior Superior Fonte: Krebs, 2004 TERMI NOLO GIA Sistema Laguna- Barreira IV Sistema Laguna-Barreira III Sistema de Leques Aluviais Grupo São Bento Grupo Passa Dois Grupo Guatá Grupo Itararé AMBIENTE/FORMAÇÃO Depósitos Aluvionares Atuais Depósitos Praiais Marinhos Eólicos Depósitos Lagunares Depósitos Flúvio- Lagunares Depósitos Paludais Depósitos Praiais Marinhos e e e Eólicos Retrabalhamen to Eólico Atual Depósitos de Encostas e Retrabalhamen to Fluvial Serra Geral Botucatu Rio do Rasto Estrada Nova Irati Palermo Rio Bonito Rio do Sul Membro Siderópolis Membro Paraguaçu Granitóides tardi a pós tectônicos Membro Triunfo DESCRIÇÃO LITOLÓGICA Sedimentos argilosos, argilo-arenosos, arenosos e conglomeráticos depositados junto às calhas ou planícies dos rios. Areias quartzosas, esbranquiçadas, com granulometria fina à média, com estratificação plano-paralela (fácies praial) e cruzada, de pequeno a grande porte (fácies eólica). Areias quartzosas junto às margens e lamas no fundo dos corpos d água. Areias síltico-argilosas, com restos de vegetais, cascalhos depósitos biodetríticos Turfas ou depósitos de lama, ricos em matéria orgânica. Areais quartzosas médias, finas a muito finas, cinzaamarelado até avermelhado. Nas fácies praiais são comuns estruturas tipo estratificação plano-paralela, cruzada acanalada. Nas fácies eólicas é frequente a presença de matriz rica em óxido de ferro, que confere ao sedimento tons avermelhados. Derrames basálticos, soleiras e diques de diabásio de cor escura, com fraturas conchoidais. O litotipo preferencial é equigranular fino a afanítico, eventualmente porfirítico. Notáveis feições de disjunção colunar estão presentes. Arenitos finos, médios, quartzosos, cor avermelhada, bimodais, com estratificação cruzada tangencial e acanaladas de médio e grande porte. Arenitos finos bem selecionados, geometria lenticular, cor bordô, com estratificação cruzada acanalada. Siltitos e argilitos cor bordô, com laminação plano-paralela. Argilitos folhelhos e siltitos intercalados com arenitos finos, cor violácea. Nos folhelhos, argilitos e siltitos cinza-escuro a violóaceos, ocorrem concreções de marga. Folhelhos e siltitos pretos, folhelhos pirobetuminosos e margas calcáreas. Siltitos cinza-escuros, siltitos arenosos cinza-claro, interlaminados, bioturbados, com lentes de arenito fino na base. Arenitos cinza-claro, finos a médios, quartzosos, com intercalações de siltitos carbonosos e camadas de carvão Siltitos cinza-escuro, com laminação ondulada, intercalado com arenitos finos. Arenitos cinza-claro, quartzosos ou feldspáticos, sigmoidais. Intercala siltitos. Folhelhos e siltitos várvicos com seixos pingados, arenitos quartzosos e arenitos arcoseanos, diamectitos e conglomerados. A nível de afloramento, constitui espessa sequência rítmica. Granitóides cinza-avermelhado, granulação média à grossa, textura porfirítica, constituídos principalmente por quartzo, plagioclásio, feldspato alcalino e biotita. Como acessório, ocorre titanita, apatita, zircão e opacos. São aparentemente isótropos e recortados por veios aplíticos ou pegmatíticos.

25 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 25 Furos executados a partir de 1971, através do Convênio DNPM/CPRM, na Bacia Carbonífera de Santa Catarina (e.g., FABRÍCIO, 1973; CAYE et al., 1975, SÜFFERT; CAYE; DAEMON, 1977) constataram que a espessura máxima apresentada pela Formação Rio do Sul atinge cerca de 130 m, no furo 1 PB-15-SC. A constituição litológica é formada por um conjunto de folhelhos e siltitos cinza-escuros a pretos, conglomerados, diamictitos, ritmitos, varvitos e depósitos de arenito com estratificações plano-paralela, cruzada de baixo ângulo e cruzada hummocky. Do ponto de vista genético, a proximidade com as rochas do embasamento, a geometria sigmoidal das camadas de arenitos e a interpretação do conjunto de estruturas sedimentares permitem interpretar estes arenitos como depósitos de leque deltáico proximal. Os diamictitos apresentam cores em tons cinza-escuro e são constituídos por clastos com tamanhos que variam de grânulos até matacões, formados principalmente por rochas graníticas e, subordinadamente, arenitos. Estes clastos encontram-se dispostos caoticamente em uma matriz síltica a arenosa, quartzofeldspática, mal selecionada, geralmente maciça ou com estratificação irregular incipiente, às vezes apresentando estruturas de escorregamento ou convolutas. Esses diamictitos são cortados por sequências de ritmitos o que indica que esses depósitos podem ter sido gerados a partir de fluxos canalizados em uma plataforma rasa em ambiente glacial a periglacial. Com relação aos varvitos, a predominância de material argiloso, a laminação fina plano-paralela, a alternância de silte e argila e a presença de seixos e matacões de rochas graníticas, sugerem uma sedimentação lacustre ou corpo d água isolado formada em zonas de baixadas, rodeada por altos do embasamento cristalino, em regime de clima glacial a periglacial. Os arenitos com estratificação cruzada de baixo ângulo são muito finos a médios, eventualmente grossos, de coloração creme-amarelado, a esbranquiçados, e cinza-claro (amarelo-ocre com tons castanhos e avermelhados por alteração), friáveis, bem selecionados, com grãos arredondados a subarredondados de quartzo, apresentando estratificações plano-paralelas, mais comumente, e cruzadas de baixo ângulo, às vezes maciços e micáceos, entre os planos de fratura. Essas estruturas sedimentares observadas nos arenitos são indicativas de deposição em zonas de praia supramaré (backshore) e intermaré (foreshore).

26 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 26 A persistência de estruturas sedimentares tipo estratificação hummocky indicam que estes arenitos correspondem a barras de costa-a-fora (offshore), formadas em um ambiente marinho de plataforma rasa, ao nível de ação das ondas de tempestades. A Formação Rio do Sul contém restos de flora e uma grande quantidade de palinomorfos. Através da análise destes dados palinológicos, os sedimentos desta unidade foram situados no Permiano Médio Formação Rio Bonito O mapa geológico (Figura 10) mostra que as litologias da Formação Rio Bonito ocorrem em toda a área que delimita este PRAD e ao longo de uma extensa faixa contínua, orientada segundo a direção geral NE-SW. RbSs Figura 10 Esboço do mapa geológico da área do PRAD Fonte: CPRM (2008) A descrição dessa formação, feita por Bortoluzzi et al. (1978), divide sua sequência da base para o topo nos membros Triunfo, Paraguaçu e Siderópolis (Figura 11).

27 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 27 Figura 11 Perfil litológico da Formação Rio Bonito Fonte: Bortoluzzi et al. (1978)

28 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 28 Em 2004, Krebs, através de correlações feitas a partir da interpretação de perfis litológicos dos furos de sondagem na bacia carbonífera e de visitas a afloramentos, individualizou o Membro Siderópolis nas três associações: Associação Litofaciológica Superior (sequência Barro Branco); Associação Litofaciológica Média (sequência Irapuá); Associação Litofaciológica Inferior (sequência Bonito) As litologias dos Membros Triunfo e Paraguaçu correspondem à porção basal da Formação Rio Bonito e não afloram na área do PRAD. Membro Siderópolis O Membro Siderópolis constitui um espesso pacote de arenitos, com intercalações de siltitos, folhelhos carbonosos e camadas de carvão que está subdividido em três sequências litológicas distintas: Associação Litofaciológica Inferior - Sequência Bonito Nessa sequência, geralmente os arenitos possuem cor cinza-amarelado, textura média, localmente grossa, sendo moderadamente classificados, com grãos arredondados a subarredondados de quartzo e, raramente, feldspato. abundante matriz quartzo-feldspática. Possuem As camadas apresentam espessuras variáveis, desde alguns centímetros até mais de metro, geometria lenticular ou tabular, sendo a estruturação interna constituída de estratificação acanalada, de médio e pequeno porte. Ocorrem também arenitos com granulometria fina a muito fina; sua cor, normalmente é cinzaclaro a cinza-médio, tendo como principais estruturas a laminação plano-paralela, truncada por ondas e cruzada cavalgante (climbing), acamadamento flaser e drapes de argilas, bioturbação e fluidização.

29 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 29 No topo da sequência basal do Membro Siderópolis, ocorre uma espessa camada de carvão - Camada Bonito. A sequência basal possui espessura máxima de 35 m, como pode ser verificado nos perfis de sondagem dos furos da CPRM da série PB, como PB-01 (Projeto Pré-Barro Branco; CAYE et al., 1975) e da série MA, como 1 MA-69 (Projeto Carvão de Santa Catarina; FABRÍCIO, 1973), sendo aflorante nas nas localidades de Guatá e Rocinha. Associação Litofaciológica Média - Sequência Irapuá A sequência média é a mais espessa das três, ocupando extensa faixa posicionada ao longo dos vales dos rios Sangão e Criciúma, estando presente também no norte da área do PRAD onde aflora de maneira contínua. No terço superior, ocorre a camada de carvão Irapuá. De maneira subordinada, intercaladas nessa sequência arenosa, ocorrem camadas de siltito e folhelho carbonoso. Localmente, ocorrem conglomerados constituídos de areia grossa, grânulos e seixos de composição variada (quartzo, folhelhos, argilitos e siltitos), imersos em uma matriz fina (areno-pelítica), feldspática e micácea. Secundariamente, são encontrados folhelhos e siltitos cinza-escuro a quase pretos, carbonosos, micáceos, com nódulos de pirita, às vezes maciços ou com laminações plano-paralela, ondulada e lenticular. Ocorrem ainda arenitos muito finos, com laminação flaser. A espessura do Membro Triunfo, nas proximidades da cidade de Treviso, varia é de 24,30 m na localidade de São Pedro. Medidas de paleocorrentes, efetuadas em afloramento de arenitos situados à entrada de Lauro Müller, no ponto 1, por ocasião da elaboração do roteiro geológico da COLUNA WHITE, Castro et al. (1994), obtiveram em estratificações cruzadas 240º e 250º e em sigmóides uma variação de 250º a 280º, indicando um sentido da corrente para oeste e sudoeste, sendo que a área-fonte estaria situada a leste-nordeste. Pelas características litológicas e geometria sigmoidal das camadas, o Membro Triunfo pode ser interpretado como formado em um ambiente deltáico, dominado por rios e ondas. A ocorrência de arenitos lenticulares com intenso

30 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 30 retrabalhamento por ondas de tempestade (hummockys) sugere a presença de barras marinhas de costa fora. A persistência de marcas de onda no topo das camadas sugere profundidade de deposição pequena, provavelmente inferior a 30 m, partindo-se do pressuposto que se tratava de uma bacia intracratônica. Associação Litofaciológica Superior - Sequência Barro Branco Na sequência superior do Membro Siderópolis, ocorrem arenitos finos a médios, cor cinza-claro, bem retrabalhados, com grãos bem arredondados, quartzosos, com ou sem matriz silicosa. Estes arenitos apresentam geometria lenticular e a estruturação interna das camadas é formada por estratificação ondulada, com frequentes hummockys, que evidenciam retrabalhamento por ondas. Neste intervalo ocorre a mais importante camada de carvão existente na Formação Rio Bonito, denominada camada Barro Branco. Além dessa, em locais isolados da bacia carbonífera, ocorre outra camada de carvão, denominada Treviso. A espessura do Membro Siderópolis é bastante variável. De acordo com os mapas de isópacas das camadas Barro Branco e Bonito Inferior e com os furos de sonda dos diversos projetos executados para pesquisa de carvão pela CPRM (ABORRAGE; LOPES, 1986; FABRÍCIO, 1973; KREBS et al., 1982; KREBS, 1983; 1984), a espessura média é de 80 m, podendo chegar a 168 m próximo à localidade de São Pedro em Treviso. A interrelação das diferentes unidades de fácies identificadas nos membros Siderópolis e Triunfo sugere um ambiente de deposição relacionado a um sistema lagunar e deltáico, influenciado por rios e ondas. A presença de cordões litorâneos, evidenciada pelo arenito de cobertura da camada de carvão Barro Branco, que apresenta frequentes estruturas tipo micro-hummocky, indica que este ambiente lagunar/deltáico era periodicamente invadido pelo mar. Por outro lado, a persistência de fácies predominantemente pelíticas no Membro Paraguaçu sugerem a atuação de correntes de maré. O conteúdo fossilífero da Formação Rio Bonito é evidenciado pela abundância de restos vegetais e palinomorfos encontrados nos carvões e rochas

31 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 31 associadas que permitiram situar esta formação no Permiano Inferior, mais especificamente entre o Artinskiano e a base do Kunguriano Formação Palermo Essa formação aflora de maneira contínua, desde as proximidades da BR 101, a sul-sudeste, até o limite norte desta bacia, ao longo do alto curso dos rios Mãe Luzia e Dória. À medida que se dirige para oeste, é encoberto pela formação Irati ou pelos depósitos de leques aluviais. A Formação Palermo, que caracteriza o início do evento transgressivo, é constituída de um espesso pacote de ritmitos, com interlaminação de areia-silte e argila, com intenso retrabalhamento por ondas. A alternância de tonalidades claras e escuras evidencia a intercalação de leitos arenosos e síltico-argilosos, respectivamente. A análise dos perfis de sondagem para carvão (furos de sigla MB, na região de Criciúma, e furos de sigla EP, na região de Treviso) demonstra que há um decréscimo de areia da base para o topo desta formação. Verificações realizadas em testemunhos de sondagem realizados pela CPRM a pela Carbonífera Metropolitana evidenciam que no terço médio desta formação ocorrem com frequência leitos de siltitos arenosos esverdeados com cimento carbonático e nódulos e concreções carbonáticas. A espessura total dessa formação, na região de Criciúma e Forquilhinha, de acordo com a correlação dos perfis de sondagens realizados na área da Mina B por Krebs et al. (1982), é da ordem de 92 m. A presença de fácies areno-pelíticas intercaladas bem como a frequência de estruturas tipo micro-hummocky, bioturbação e estruturas de fluidização, sugerem um ambiente marinho raso, com intensa ação de ondas e atuação de microorganismos. Este evento marca o início da transgressão marinha que afogou o ambiente deltáico/lagunar da Formação Rio Bonito.

32 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema Formação Irati A Formação Irati é constituída na sua base por folhelhos e siltitos cinzaescuro, eventualmente cinza-claro a azulados. Quando intemperizados, os folhelhos adquirem tons amarelados, micáceos, mostrando desagregação conchoidal (Membro Taquaral). No seu topo, (Membro Assistência) é formada por um pacote de folhelhos cinza-escuro a pretos, intercalados com folhelhos pirobetuminosos e associados a lentes de margas creme a cinza-escuro, dolomíticas. Localmente, é comum encontrar-se estes folhelhos pirobetuminosos interestratificados com as camadas de margas, dando ao conjunto um aspecto rítmico, onde se destacam laminação plano-paralela, convoluta, concreções silicosas, marcas onduladas e estruturas de carga. Cristais euédricos e disseminados de pirita são encontrados nas margas, e nos folhelhos pirobetuminosos são observadas exsudações de óleo em fraturas e amígdalas. A espessura da Formação Irati é constante, de aproximadamente 40 m, como verificada nos furos de sondagens BG-41, 27, 28 e 125. Com muita frequência, parte desta formação é consumida por intrusões de diabásio. Nas áreas que constituem as cristas dos rios formadores da sub-bacia do rio Mãe Luzia e em morros-testemunhos de menor expressão, esta formação é intrudida por rochas vulcânicas que constituem as soleiras que sustentam a topografia. As características litológicas e sedimentares da Formação Irati indicam um ambiente marinho de águas rasas e calmas, abaixo do nível de ação das ondas, com os folhelhos pirobetuminosos tendo sido depositados em ambiente restrito, e as margas, em áreas plataformais. Seus melhores afloramentos localizam-se ao longo do vale do rio Manim, nas proximidades das cidades de Criciúma e Nova Veneza.

33 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema Formação Rio do Rasto A Formação Rio do Rasto aflora de maneira contínua ao longo da encosta média do planalto. No extremo norte da área aflora a partir da cota 580 m e, à medida que se dirige para sudoeste, aflora em cotas inferiores até ser encoberta pelos depósitos de leques aluviais ao norte da cidade de Jacinto Machado. Tem ampla distribuição na porção centro-oeste desta bacia hidrográfica, onde aparece capeando morros alongados que constituem os divisores de água de importantes mananciais. Está presente também campeando ou no terço superior de pequenos morros que ocorrem na área costeira. O Membro Serrinha, inferior, é constituído por arenitos finos, bem selecionados, intercalados com siltitos e argilitos cinza-esverdeado, amarronados, bordôs e avermelhados, podendo localmente conter lentes ou horizontes de calcário margoso. Os arenitos e siltitos possuem laminação cruzada, ondulada, climbing e flaser, sendo, às vezes, maciços. As camadas síltico-argilosas mostram laminação plano-paralela, wavy e linsen. Os siltitos e argilitos exibem desagregação esferoidal bastante desenvolvida, a qual serve como um critério para a identificação desta unidade. Nesta porção inferior, as camadas de arenitos são pouco espessas, raramente superiores a 40 cm, e subordinadas. O Membro Morro Pelado, superior, é constituído por lentes de arenitos finos, avermelhados, intercalados em siltitos e argilitos arroxeados. O conjunto mostra também cores em tonalidades verdes, chocolate, amareladas e esbranquiçadas. Suas principais estruturas sedimentares são a estratificação cruzada acanalada, laminação plano-paralela, cruzada, e de corte e preenchimento. As camadas de arenitos apresentam geometria sigmoidal ou tabular e, geralmente, possuem espessuras superiores a 50 cm, podendo alcançar em alguns casos mais de 2 m. A deposição da Formação Rio do Rasto é atribuída inicialmente a um ambiente marinho raso (supra a inframaré) que transiciona para depósitos de planície costeira (Membro Serrinha), passando posteriormente à implantação de uma sedimentação flúvio-deltáica (Membro Morro Pelado).

34 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema Formação Botucatu Aflora de maneira contínua ao longo do terço superior da encosta do planalto, no qual pode ser acompanhada desde o extremo norte da área onde constitui escarpas de arenitos capeadas por rochas ígneas extrusivas da Formação Serra Geral. Nesta mesma porção, ocorre localmente, capeando morros alongados que devido à erosão diferencial apresentam relevo ruiniforme. À medida que se dirige para sudoeste, ocorre também capeando morros alongados nos municípios de Meleiro, Morro Grande e Timbé do Sul. Litologicamente esta formação é constituída por arenitos bimodais, médios a finos, localmente grossos e conglomeráticos, com grãos arredondados ou subarredondados, bem selecionados. Apresentam cor cinza-avermelhada e é frequente a presença de cimento silicoso ou ferruginoso. Constituem expressivo pacote arenoso, com camadas de geometria tabular ou lenticular, espessas, que podem ser acompanhadas por grandes distâncias. No terço inferior, apresenta finas intercalações de pelitos, sendo comuns interlaminações areia-silte-argila, ocorrendo frequentes variações laterais de fácies. À medida que se dirige para o terço médio, desaparecem as intercalações pelíticas, predominando espessas camadas de arenitos bimodais, com estratificação acanalada de grande porte, indicando que as condições climáticas se tornavam gradativamente mais áridas, implantando definitivamente um ambiente desértico. A persistência de estruturas sedimentares, tais como estratificação cruzada acanalada de grande porte, estratificação cruzada tabular tangencial na base e estratificação plano-paralela, a bimodalidade dos arenitos, evidenciada por processos de grain fall e grain flow e ainda as frequentes intercalações pelíticas, ripples de adesão e marcas onduladas de baixo-relevo sugerem ambiente desértico com depósito de dunas e interdunas. Até hoje não se encontraram fósseis nesta formação. Sua idade é atribuída aos períodos Jurássico Superior e Cretáceo Inferior, através de relações estratigráficas com as formações que lhe são subjacentes.

35 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema Formação Serra Geral As rochas vulcânicas da Formação Serra Geral constituem a escarpa superior do planalto gonduânico. Estas rochas afloram a partir da cota 760 m. No topo do planalto ocorrem cotas de m, indicando uma espessura de 690 m para esta formação neste local. Ocorrem também sob a forma de sills, capeando os morros acima da altitude de 300 m. As rochas dessa formação abrangem uma sucessão de derrames de lavas, predominantemente básicas, contendo domínios subordinados intermediários e ácidos, principalmente no terço médio e superior. Nas observações de campo, foram verificados termos básicos a intermediários, de cor cinza-escuro a preto, de granulação fina à afanítica, com termos variando desde amigdaloidal até maciços. Geralmente encontram-se bastante fraturados, exibindo fraturas conchoidais características. Ao nível de afloramento, verificam-se nitidamente três zonas de resfriamento, como amigdaloidal, disjunção vertical e disjunção horizontal. As zonas de disjunção horizontal e vertical são espessas, algumas vezes com espessuras superiores a 10 m. A zona amigdalóide normalmente não ultrapassa 2 m de espessura. É muito frequente a intrusão de diabásios em rochas sedimentares gonduânicas. Constatou-se que estas intrusões ocorrem principalmente no intervalo estratigráfico correspondente às Formações Rio Bonito e Irati e à base da Formação Estrada Nova. Esta formação é consequência de um intenso magmatismo de fissura, correspondendo este vulcanismo ao encerramento da evolução gonduânica da bacia do Paraná. Muhlmann et al. (1974) situa a Formação Serra Geral no Cretáceo Inferior (entre 120 e 130 milhões de anos) através de dados radiométricos obtidos por diversos autores.

36 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema Depósitos Aluviais Atuais Na porção oeste-noroeste, onde se posiciona a encosta do platô gonduânico, os vales são encaixados e têm gradientes acentuados. Nesta porção, os depósitos aluviais são pouco expressivos e se constituem, geralmente, de depósitos conglomeráticos ou areno-conglomeráticos que se concentram nas calhas dos cursos d água, formando barras transversais ou longitudinais e barras de pontal. Na porção situada ao norte da área do PRAD, onde os vales são mais abertos e afloram rochas pelíticas nas encostas dos morros, os depósitos aluviais resultantes são mais expressivos e predominantemente argilosos ou areno-sílticoargilosos. O material geralmente apresenta plasticidade média e cores variegadas, principalmente em tons cinza-amarelado Geologia local A geologia local descrita para a área em tela é baseada no Mapa Geológico da Bacia da Bacia do Rio Tubarão (CPRM 2008; Escala 1: ), cujo esboço é apresentado na Figura 10. Esse mapa compila os dados dos diversos levantamentos geológicos da CPRM, feitos na região carbonífera e acrescenta informações obtidas pela equipe de técnicos do CTCL em trabalhos de campo, reinterpretação de fotografias aéreas e de perfis de furos de sondagem, integrando, ainda, as estruturas geológicas existentes nas minas de carvão antigas. O contexto geológico no qual está inserida a área do PRAD está representado pela sequência de topo do Grupo Guatá, Formações Rio Bonito e Palermo, sequência média do Grupo Passa Dois, Formação Irati e por intrusões de diabásio da Formação Serra Geral. As formações gonduânicas ocorrem em faixas paralelas entre si na direção NE-SW, acompanhando a conformação geral da borda leste da bacia do Paraná.

37 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 37 As rochas que compõem a Formação Rio Bonito ocorrem em toda a área de estudo, sendo representadas pela porção superior do Membro. A constituição litológica do Membro Siderópolis é formada, principalmente, por arenitos de origem transgressiva, nos quais se intercalam as camadas de carvão Barro Branco e Irapuá. Os afloramentos das sequências superior e média do Membro Siderópolis ocorrem ao norte e fora da área do PRAD. A área de estudo está compartimentada em três blocos delimitados por zonas de falhas diretas relacionadas com o sistema N E, as quais delimitaram os trabalhos mineiros (subsolo e céu aberto) e são as principais responsáveis, pela conexão da água subterrânea com as minas subterrâneas exauridas. Os depósitos aluvionares e de retrabalhamento fluvial encontram-se posicionados ao longo da bacia deposicional do rio Palmeiras e afluentes. Esses depósitos são formados por sedimentos de granulometria heterogênea e constituídos por siltes, argilas e areias Geologia de subsuperfície A geologia de subsuperfície de caráter geral e a partir da altitude de 440 m é descrita com base no perfil do furo de sondagem exploratória LM-01-SC (Figura 12) realizado pela CPRM (FABRÍCIO, 1973) e no trabalho de reconhecimento geológico realizado em campo. Ó perfil geológico local do topo para a base é constituído por 3 m de diabásio cinza escuro da Formação Serra Geral, 42 m de siltitos e folhelhos da sequência basal da Formação Irati, 102 m de siltitos e siltitos arenosos carbonáticos da Formação Palermo e 12 m de arenitos e siltitos da Formação Rio Bonito até a capa da camada Barro Branco. A sequência superior da Formação Palermo possui espessura de 60 metros, sendo formada por siltitos cinza escuros finamente micáceos com esparsas lâminas de arenito fino micáceo e camada de arenito cinza claro, muito fino com cimento carbonático. Essas litologias se sobrepõem à sequência média formada por 20 m de camadas de arenitos muito finos e de siltitos arenosos cinza esverdeados com cimento carbonático que por sua vez recobrem a sequência basal composta por

38 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 38 siltitos arenosos com laminação convoluta. Essa sequencia basal representa a zona de contato transicional com a Formação Rio Bonito e possui cerca de 22 m de espessura. Para a Formação Rio Bonito faz-se a caracterização dos estratos até o topo da camada de carvão Barro Branco, cuja extração deu origem às bocas de minas objeto deste PRAD. A sequência litológica da Formação Rio Bonito até o topo da camada de carvão Barro Branco é formada por uma camada de arenito fino a médio, cinza claro, quartzo-feldspáticos com níveis de siltitos laminados com arenito. A organização interna dos arenitos alterna leitos com estratificação rítmica plano paralela ou cruzada, podendo inclusive apresentar laminação Hummocky em locais. Na área em tela, essa camada de arenito é sotoposta por um leito de siltito cinza escuro a preto, carbonoso com espessura de 0,30 m que se sobrepõe, por sua vez, à camada de carvão Barro Branco.

39 Projeto de recuperação de área degradada bocas de minas abandonadas Itanema 39 PERFIL GEOLÓGICO (LM-01-SC) ESPESSURA FORMAÇÃO SERRA GERAL (Ksg) 3 m BASALTO / DIABÁSIO FORMAÇÃO IRATI (Pi) 42 m FOLHELHO PRETO CARBONOSO SOTOPOSTO POR SILTITO CINZA ESCURO, MICÁCEO, CARBONÁTICO F O R SEQUÊNCIA SUPERIOR (60 m) M A SITLITO CINZA CLARO A CINZA ESCURO, MICÁCEO Ç Ã O 102 m SEQUÊNCIA MÉDIA (20 m) P A SITLITO CINZA ESVERDEADO COM NÓDULOS DE CARBONATO L ARENITO CINZA MUITO FINO COM CIMENTO CARBONÁTICO E R M SEQUÊNCIA INFERIOR (22 m) O SILTITO ARENOSO CINZA ESCURO COM LAMINAÇÃO (Pp) CONVOLUTA, LOCALMENTE PARALELA E CRUZADA 12 m FORMAÇÃO RIO BONITO (Prb) MEMBRO SIDERÓPOLIS SEQUÊNCIA SUPERIOR ARENITO FINO A MÉDIO, QUARTZO-FELDSPÁTICO, CINZA CLARO, COM ALGUNS NÍVEIS DE SILTITOS LAMINADOS COM ARENITO INTERCALADOS 2,65 m CAMADA DE CARVÃO BARRO BRANCO Figura 12 Desenho do perfil geológico local (sem escala), baseado no furo de sondagem exploratória LM-01-SC, realizado pela CPRM Fonte: Fabrício (1973) Hidrogeologia regional e local A hidrogeologia da área estudada está representada por três sistemas de fluxo da água subterrânea relacionados na hidroestratigrafia com as Formações Serra Geral, Irati/Palermo e Rio Bonito (Figura 13). Vale salientar que apesar de o

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